O Centro Cirurgico

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Enf. Ricardo N.

Scheiner

O CENTRO CIRÚRGICO

Ricardo N. Scheiner
Membro Acadêmico do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ( AcCBC)
Membro Acadêmico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica ( SOBRACIL)
Enfermeiro – Instrumentador Cirúrgico
Cruz Vermelha Brasileira - RJ
Universidade Severino Sombra – USS
Enf. Ricardo N. Scheiner

Área complexa e de acesso restrito, onde a


arquitetura e sua área física devem atender a
legislação vigente. ( SOBECC, 2003).
CONJUNTO DE

2
Enf. Ricardo N. Scheiner

Áreas minimas necessárias para seu funcionamento:

Vestiário – destinado a troca de roupa por todos que terao


acesso ao Interior do centro cirúrgico. O uniforme privativo
do centro cirurgico é composto por pijama cirúrgico, touca,
pro-pé ( sapatilhas) e máscara.

Sala Administrativa – local destinado ao controle


administrativo da unidade, Chefia de enfermagem e
secretaria.
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Areas minimas necessarias para seu funcionamento:

Lavabos – Um lavabo deve ter, no mínimo, 2 torneiras para


cada 2 salas cirúrgicas. As torneiras devem ter acionamento
não manual. Devem conter recipientes para escovas e
soluções anti-sépticas.

Salas de Cirurgia – area destinada a realização de


procedimentos cirúrgicos. Segundo o Ministério da Saúde, o
número de salas de cirurgia e quantificado com base na
capacidade de leitos do hospital. Preconizam-se 2 salas para
cada 50 leitos não especializados , ou para cada 15
especializados.
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Sala para guarda de medicamentos e materiais


descartáveis – armazena soro, soluções desinfetantes,
materiais descartáveis, etc.

Sala para guarda de material de anestesia – guardados


materiais e aparelhos da Anestesia

Sala de Material Esterilizado – area para guarda de


material esterilizado como Capotes, campos cirúrgicos,
caixas de instrumental, dentre outros.
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Sala de Depósito de cilindro de gases – guarda cilíndros


de oxigênio e óxido Nitroso.

Sala de guarda de aparelhos e equipamentos – serve


para guardar equipamentos que não estão sendo
utilizados, como por exemplo, focos auxiliares, bisturis
elétricos, carrinhos de parada vazios, etc.
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Rouparia , Anatomia Patologica , Sala de revelacao de


chapas, Copa: opcionais.

Sala de material de limpeza – guarda todos os materiais


utilizados na limpeza da unidade.
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Expurgo – local destinado a receber e lavar materiais


usados na cirurgia. Deve possuir um recipiente com
sistema de descarga para desprezar as secreções dos
frascos de aspiradores.

Sala de recuperação anestésica ( RPA ) – local onde o


paciente fica em observacao apos o ato cirúrgico, ate a
recuperacao da anestesia.
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-TEMPERATURA E UMIDADE: A temperatura ideal do


centro-cirúrgico está entre 19 e 21 graus centígrados,
pois abaixo disto, pode provocar hipotermia aos pacientes.
Quanto à umidade relativa do ar, deve situar-se entre 45 e
55%, pois valores abaixo destes provocam perda excessiva
de água pelos pacientes e, acima, favorecem o
desenvolvimento de bactérias.
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- Zona de Proteção

- Zona Limpa

- Zona Estéril ou Asséptica


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Zona de Proteção
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Zona de Proteção
Enf. Ricardo N. Scheiner

Zona Limpa
Enf. Ricardo N. Scheiner

Zona Estéril ou Asséptica


Enf. Ricardo N. Scheiner

Zona Estéril ou Asséptica


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Equipamentos de uma sala de cirurgia:

Fixos – Foco central, sistema de canalização de ar e


gases, prateleiras.

Móveis – mesa cirúrgica, acessórios, colchonete de


espuma, perneiras metálicas, suportes de ombro,
aparelhos de anestesia, mesas auxiliares ( mesa de Mayo)
, negatoscópio, aspirador de secreções, focos auxiliares,
dentre outros.
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Divisão do Centro Cirúrgico:

Restrita – áreas que apresentam limites definidos para a


circulação de pessoal, equipamentos e materiais.
Ex: sala de cirurgia, lavabo e corredor interno.

Semi-restrita – áreas que possibilitam a circulação tanto


do pessoal como de equipamentos, de maneira a não
interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia
médico-cirúrgica.
Ex: sala de guarda de material, administrativa, expurgo.

Área não restrita – áreas de circulação livre na unidade,


Ex: vestiários, corredor de entrada de pessoal e paciente.
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Divisão da Equipe Cirúrgica:


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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Cirurgião

• Realiza o ato operatório e acompanha o cliente.


• Não pode ser residente de medicina.
• E o responsável pelo paciente
• Realiza o diagnóstico
• Indica a necessidade e prioridade de cirurgia
• executa o ato cirúrgico
• Acompanha as intercorrências e acidentes trans-
operatório.
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica
Auxiliar
• ajuda no ato operatório
• Exerce atividades delegadas pelo cirurgião.
• Pode ser residente de medicina. Podemos encontrar até
4 auxiliares, dependendo do ato operatório.
• Recebem o paciente
• auxiliam a passagem da maca
• Realizam técnica de escovação
• tricotomia
• Anti-sepsia do paciente
• Montagem dos campos cirúrgicos
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Anestesista
• Realiza a visita pré-operatória no dia anterior a cirurgia
• prescreve o pré-anestésico
• acompanha o cliente desde a indução anestésica até a
liberação do cliente da RPA ( Recuperação Pós-
Anestésica).
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica


Enfermeiro
• Realiza atividades administrativas
• responsável pela chefia da enfermagem
• instrumentar cirurgias
• Realiza procedimentos complexos invasivos dentro de
sua esfera de competência
• Encaminha peças para biópsia
• levanta pedido de material.
• Coordena a equipe de técnicos de enfermagem
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Técnico de Enfermagem
• Auxilia o enfermeiro
• verifica o estado de conservação dos materiais
• Solicita conserto quando necessário
• controla estoque de material esterilizado e sua data de
vencimento
• recebe as peças anatômicas para biópsia
• Podem exercer atividades como circulante de sala.
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Instrumentador Cirúrgico
profissional devidamente qualificado, responsável pela
limpeza e conservação do material cirúrgico.
Montagem da mesa de Mayo e Mesa Auxiliar.
verifica todo o material antes, durante e depois da cirurgia.
falta de materiais, material danificado.
Antes do inicio da cirurgia, certificar-se de que providenciou
todo o material solicitado pelo cirurgião e sua equipe.
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Funções do Instrumentador Cirúrgico:


1ª etapa
- Solicitar ao responsável a caixa para a devida cirurgia (
caixa de geral média ou grande, caixa de vascular, caixa
de ortopedia, etc)
- Informar-se sobre a quantidade de capotes necessários
bem como a quantidade e o número das luvas a serem
usadas, fios de sutura , e materiais particulares.
- Preparar a mesa auxiliar para a montagem
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

Funções do Instrumentador Cirúrgico:


1ª etapa

- COLOCAR A MASCARA CIRÚRGICA


- ATENTAR PARA RETIRAR BRINCOS, CORDÕES,
PULSEIRAS, RELÓGIO.

- Proceder a escovação das mãos, anti-sepsia.


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Preparação
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

2ª etapa:
- Montagem das mesas ( mayo e auxilixar)
- Preparar a solução para anti-sepsia do paciente
- Auxiliar na vestimenta dos capotes dos cirurgiões , bem
como no calçamento das luvas.
- Auxiliar a equipe na montagem dos campos cirúrgicos (
quando solicitado)
- Atentar para que a placa neutra do bisturi elétrico esteja
devidamente acoplado ao paciente.
Enf. Ricardo N. Scheiner

Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

3ª etapa:
- Atentar para a limpeza dos instrumentais cirúrgicos
durante a cirurgia.
- Nao deixar materiais jogados no campo cirúrgico.
- Atentar para o número de compressas usadas no ato
cirúrgico.
- Comunicar a circulante responsável , materiais
solicitados pelo cirurgião. ( materiais avulsos, fios de
sutura, soro para lavagem, cateteres, etc).
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica

3ª etapa:

- PRESTAR ATENÇÃO NA PASSAGEM DOS MATERIAIS,


PRINCIPALMENTE LAMINAS DE BISTURI, SERINGAS
COM AGULHAS E MATERIAIS CORTANTES.

- NUNCA DESCARTAR MATERIAIS OU PEÇAS SEM O


CONSENTIMENTO DO CIRURGIÃO E SUA EQUIPE.
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica
4ª etapa:
- Verificar se todas as compressas cedidas foram
devidamente devolvidas.
- Ajudar, o cirurgião e seu auxiliar, na sutura das cavidades
( quando solicitado)
- Acompanhar o curativo cirúrgico.
SOMENTE APÓS O CURATIVO PROCEDER NA
DESMONTAGEM DA MESA
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Competências e atribuições da Equipe Cirúrgica


5ª etapa: ( desmontagem)
- Retirar as agulhas de sutura, coloca-as no DESCARPAK ou
, dentro das seringas usadas no ato cirúrgico, e assim,
descartadas em local adequado.
- Colocar todo o material dentro da caixa cirúrgica e fechá-la.
- Retirar os campos das mesas, compressas, etc e descartá-
las em local adequado.
- Encaminhar o material usado para o CME ( centro de
esterilização ) para lavagem do material , montagem da
caixa e encaminhamento para a esterilização.
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RESOLUÇÃO COFEN-214/1998
Dispõe sobre a Instrumentação Cirúrgica

Dispõe sobre a Instrumentação Cirúrgica. O Conselho Federal de Enfermagem-


COFEN, no uso de suas atribuições legais e estatutárias;

CONSIDERANDO os diversos estudos existentes sobre a matéria, notadamente


as conclusões emanadas do Encontro Nacional do Sistema COFEN/CORENs
realizado no dia 02/12/97;

CONSIDERANDO inexistir Lei que regulamente a Instrumentação Cirúrgica,


como ação privativa de qualquer profissão existente no contexto na Área de
Saúde;

CONSIDERANDO Parecer, aprovado no Conselho Nacional de Saúde, nos


autos do Processo 25000.0.10967/95-385, que aprova ser a Instrumentação
Cirúrgica uma especialidade/qualificação, a ser desenvolvida por
Profissionais, com formação básica na Área de Saúde;

CONSIDERANDO que a Instrumentação Cirúrgica é matéria, regularmente


ministrada na grade curricular dos Cursos de Enfermagem;
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CONSIDERANDO que o Decreto n.º 94.406/87, que regulamenta a Lei n.º


7.498/86, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, preceitua em seu art.
11, inciso III, alínea “J”, ser atividade do Auxiliar de Enfermagem “circular sala
de cirurgia e, se necessário, Instrumentar”;

CONSIDERANDO que o currículo dos Cursos de Instrumentação não dá


embasamento técnico-científico profundo sobre esterilização, mas apenas
noções, sendo que sem conhecimento mais amiúde sobre esterilização,
quando no ato de Instrumentar uma cirurgia, este Profissional, pode causar
sérios danos a saúde do paciente;

CONSIDERANDO que o “Curso de Instrumentação Cirúrgica, em seu


currículo, foi aprovado pelo Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade
Federal do Paraná, como extensão Universitária, conforme Processo n.º
59.139/82”, e não como Curso de Formação Profissional;

CONSIDERANDO que num ato cirúrgico, um Profissional não pode se limitar


apenas a cuidar do Instrumental, levando em consideração eventuais
imprevistos com cliente e equipe;
CONSIDERANDO o que mais consta dos PADs-COFEN-202/91 e 115/93, bem
como os subsídios encaminhados pelos CORENs, em resposta ao Ofício
CIRCULAR COFEN GAB. N.º 164/98;

CONSIDERANDO a Lei n.º 7.498/86, em seu artigo 15 e o Decreto n.º


94.406/87, em seu artigo 13; CONSIDERANDO deliberação do Plenário, em sua
268ª Reunião Ordinária;

RESOLVE:
Art. 1º – A Instrumentação Cirúrgica é uma atividade de Enfermagem, não
sendo entretanto, ato privativo da mesma.

Art. 2º – O Profissional de Enfermagem, atuando como Instrumentador Cirúrgico,


por força de Lei, subordina-se exclusivamente ao Enfermeiro Responsável
Técnico pela Unidade.

Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando


disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1998


Hortência Maria de Santana
COREN-SE Nº 28.275
Presidente Nelson da Silva Parreira
COREN-GO N.º 19.377
Primeiro-Secretario
FIM!!

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