Inclusão Social

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Disciplina: A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades

Educacionais Especiais

Autores: D.ra Roberta Paye Bara

Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva / D.ra Maria Tereza Costa

Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso

Ano: 2017

Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas


páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em
cobrança de direitos autorais.

1
Roberta Paye Bara

A inclusão social e educacional de


pessoas com Necessidades
Educacionais Especiais
1ª Edição

2017
Curitiba, PR
Faculdade São Braz

2
FICHA CATALOGRÁFICA

BARA, Roberta Paye.


A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais
Especiais / Roberta Paye Bara. – Curitiba, 2017.
37 p.
Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva / Maria Tereza Costa.
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso.
Material didático da disciplina de A inclusão social e educacional de pessoas com
Necessidades Educacionais Especiais – Faculdade São Braz (FSB), 2017.
ISBN: 978-85-94439-06-2

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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO

Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!

Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier,


nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão
Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas
também brasileiros conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e
estudantes.

Bons estudos e conte sempre conosco!


Faculdade São Braz

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Apresentação da disciplina

Esse material foi elaborado para contribuir na sua formação profissional.


Para que tenha mais conhecimento sobre a inclusão de pessoas com
necessidades educacionais especiais, com a finalidade de proporcionar um
ambiente escolar inclusivo educacional e socialmente. Para o completo
aproveitamento do curso é necessário que você participe de todas as mídias que
o curso disponibiliza em todas as disciplinas. É extremamente importante que
acesse e realize as atividades disponíveis no ambiente virtual, aproveitando
todos os recursos que irão contribuir para o domínio de todos os conteúdos
abordados nas disciplinas deste curso.

Nesta disciplina serão abordados temas como: as necessidades


educacionais especiais, práticas pedagógicas inclusivas, educação na
diversidade e Anamnese. Todos esses assuntos irão contribuir para a sua futura
prática profissional inclusiva, descrevendo procedimentos, práticas e posturas
que todo professor deve ter em sala de aula para contemplar, de forma ampla, a
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais.

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Aula 1 – As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições
das teorias do desenvolvimento humano

Apresentação da aula 1

Nesta aula serão abordadas as informações sobre Necessidade


Educacionais Especiais (NEE) e à respeito das teorias do desenvolvimento
humano.

1. As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das


teorias do desenvolvimento humano

Em 2015, foi promulgada a Lei Brasileira da Inclusão (Lei 13.146/2015),


que define punições para atitudes discriminatórias e contempla mudanças em
várias áreas, como na educação. Essa lei trata de questões sobre acessibilidade,
educação, trabalho e combate à discriminação. No âmbito escolar, a Lei
Brasileira da Inclusão, também conhecida como Estatuto da Inclusão, obriga as
escolas privadas a acolher os estudantes com necessidades educacionais
especiais no ensino regular e a adotar medidas necessárias para facilitar a
acessibilidade desses alunos sem gerar custos financeiros adicionais aos
responsáveis. As escolas públicas já acolhiam os alunos com necessidades
educacionais especiais, inclusive sendo realizado mudanças estruturais e
disponibilizando professores auxiliares.

Para Refletir
Até os anos 2000 eram comuns no Brasil a existência de
escolas especializadas em atendimento de alunos com
necessidades especiais. Quando se iniciou o movimento de
inserção desses alunos no ensino regular, principalmente em
escolas públicas, houve muita resistência por parte de pais e
responsáveis. Reflita sobre quais foram os fatores que
levaram os pais e responsáveis a resistirem na aceitação da
inclusão no ensino regular.

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1.1 As NEE e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano

O estudo sobre as necessidades educacionais especiais e as teorias do


desenvolvimento humano norteiam a prática pedagógica inclusiva, pois as
teorias do desenvolvimento humano dão suporte as ações que estimulam o
desenvolvimento cognitivo. O estudo das necessidades educacionais especiais
faz com que essas ações sejam adaptadas, a fim de respeitar as necessidades
de cada aluno. As adaptações das atividades pedagógicas são importantes para
criar uma escola inclusiva.

A escola inclusiva proporciona educação para todos os alunos em salas


de aula regulares, garantindo oportunidades educacionais adequadas e
desafiadoras, sempre ajustadas às necessidades e habilidades de cada um.
Assim, alunos com ou sem necessidades especiais terão oportunidades iguais.
Além de aprenderem a conviver com as diferenças, aceitando e respeitando as
limitações de cada um, cabe ao professor estimular o uso das habilidades
individuais para superarem as dificuldades.

Pesquise
Com o avanço das pesquisas sobre práticas pedagógicas
inclusivas ocorreram mudanças também nas nomenclaturas.
Pesquise como eram nomeados antigamente os alunos que
hoje em dia são definimos como alunos com Necessidade
Educacionais Especiais.

1.2 NEE

NEE é a sigla para Necessidades Educacionais Especiais ou Necessidade


Educativa Especial. No geral é a mesma coisa, o que muda é o emprego da
concordância gramatical. Entre as NEE estão a deficiência auditiva, a física, a
visual, a intelectual e as deficiências múltiplas (quando há presença de mais de
uma deficiência). Entre outras possibilidades de fatores que limitam o
desenvolvimento social, cognitivo e físico dos alunos temos o autismo, a partir
de 2013 compreendido como Transtorno do Espectro Autista – TEA (TEA -
Transtornos do Espectro Autista conforme o DSM 5 - Manual Diagnóstico e

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Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª edição), o Transtorno Global do
Desenvolvimento (TGD), Paralisia Cerebral, Síndrome de Down, Síndrome de
Asperger, Síndrome de Williams e Síndrome de Rett, além de outros fatores mais
raros como, a Síndrome de Angelman que caracteriza-se por atraso
no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, movimentos desconexos
e sorriso constante. Outro caso raro é a Osteogênese Imperfeita, também
conhecida popularmente como Ossos de Vidro. É uma doença genética e
hereditária onde a principal característica é que os ossos quebram facilmente.

Vocabulario
Espectro - Aplicado em Espectro Autista, refere-se a graus de
autismo, como níveis, em que é possível apresentar muitas
características do autismo ou algumas.

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas


interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco
anos de vida. Os indivíduos com TGD manifestam comunicação oral repetitiva,
com pouco interesses em realizar as atividades. Engloba diferentes Transtornos
do Espectro Autista, como Asperger e também as Psicoses Infantis e a
Esquizofrenia. Muitos apresentam altas habilidades cognitivas, porém há
dificuldades na socialização e na comunicação. Evitam o contato visual e
demonstram aversão ao toque de outros, podem estabelecer contato por meio
de comportamentos não verbais e geralmente se isolam em atividades em grupo.

Os indivíduos com Síndrome de Williams possuem uma desordem no


cromossomo 7 apresentando, desde o primeiro ano de vida, uma irritabilidade,
uma hipersensibilidade auditiva e dificuldade para se alimentar. Apresentam
também problemas motores, falta de equilíbrio e incapacidade para realização
de tarefas motoras, como cortar papel e amarrar o sapato. Contudo, apresentam
boa memória auditiva e facilidade na comunicação. Essa síndrome acomete
ambos os sexos.

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A Síndrome de Rett é um dos TGD, é uma doença neurológica resultante
de uma mutação genética que acomete, na maioria dos casos, crianças do sexo
feminino. Ocorre o comprometimento progressivo das funções motora e
intelectual, cujo desenvolvimento se deu de forma aparentemente normal entre
8 e 18 meses, com posterior regressão dos ganhos psicomotores e mudanças
no padrão de desenvolvimento. As habilidades de fala, a capacidade de andar e
o controle do uso das mãos começam a regredir. A comunicação se dá apenas
pelo olhar. A partir dos 10 anos, o aparecimento de escolioses e de rigidez
muscular fazem com que muitas crianças percam totalmente a mobilidade, além
de apresentarem níveis de deficiência intelectual.

Existem diversos fatores que podem contribuir para a existência de uma


necessidade educacional especial, seja adquirido por um acidente, ou sequela
de alguma doença ou por alterações genéticas. O importante é que sejam
realizadas adaptações de materiais, de metodologias e postura do professor, a
fim de atender todas as necessidades de todos os alunos.

1.3 Teorias de desenvolvimento humano

O estudo do desenvolvimento humano analisa as mudanças ao longo da


vida, busca descrever, explicar e prever o comportamento. Inicialmente, no
Século XIX, o foco era o desenvolvimento infantil, incluindo a adolescência. Essa
só se tornou uma fase separada a partir do Século XX. O estudo do
desenvolvimento na vida adulta é denominado desenvolvimento no ciclo vital.

O desenvolvimento tem três principais dimensões:

 física;

 cognitiva;

 psicossocial.

O desenvolvimento dessas áreas não ocorre isoladamente, um interfere


no outro.

Vale reforçar a existência de vários fatores que influenciam o


desenvolvimento humano, alguns de origem genética ou ambiental. Nos fatores

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de origem ambiental, destaca-se a influência familiar, seja a família nuclear (os
que moram juntos e convivem diariamente) ou a família extensa (composta por
amigos próximos e parentes que participam do cotidiano). Dentro dos fatores
ambientais existe a condição socioeconômica (que define qualidade e
manutenção das necessidades relacionadas à saúde), a cultura, o grupo social
(tradições) e, em alguns casos, a origem étnica.

As influências que ocorrem no desenvolvimento das pessoas são


categorizadas como normativas ou não normativas. Há as normativas etárias,
que ocorrem com pessoas de mesma idade e as não normativas, não seguem
uma regra, geralmente são aleatórios.

Há estudos que descrevem períodos críticos para o desenvolvimento


físico inicial, enquanto que para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial há
maior flexibilidade.

As Teorias do Desenvolvimento Humano consideram as seguintes


questões básicas: a hereditariedade, o ambiente, o caráter ativo ou passivo no
desenvolvimento e a existência de estágios de desenvolvimento. Há a teoria
mecanicista e organísmico. Na teoria mecanicista as pessoas reproduzem
atividades repetidamente, como máquinas. No organísmico as pessoas são
ativas no seu processo de ensino-aprendizagem, como organismos ativos em
crescimento.

A perspectiva psicanalítica defende que o desenvolvimento ocorre pelo


estímulo de conflitos emocionais inconscientes, destacando a Teoria de Freud
do Desenvolvimento Psicossexual e a Teoria de Erikson do Desenvolvimento
Psicossocial.

Na perspectiva da aprendizagem o desenvolvimento é visto como


resultante de um processo de ensino-aprendizagem, destacando a Teoria
Behaviorista de Skinner (que defende que o comportamento pode ser
condicionado por reforço ou punição) e a Teoria da Aprendizagem Social de
Bandura (aprendizagem resultante da observação).

Na perspectiva humanista defende-se que os indivíduos decidem


conscientemente seus objetivos de desenvolvimento, destacando a Teoria
Hierárquica de Necessidade de Maslow.

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Na perspectiva cognitiva considera-se que os indivíduos atingem os
objetivos de desenvolvimento através de estímulos, destacando-se as Teorias
sobre Estágios de Desenvolvimento Cognitivo Etário de Piaget e a abordagem
na Neurociência Cognitiva.

Na perspectiva etológica o comportamento adaptativo é que define a


sobrevivência do grupo social. Nesta linha destacam-se os trabalhos de Bowlby
e Ainsworth.

Na perspectiva contextual é considerado fortemente o papel do contexto


social no desenvolvimento. Nessa vertente destacam-se a Teoria Bioecológica
de Bronfenbrenner (influência ambiental dividida em 5 partes: microssistema,
mesossistema, exossistema, macrossistema e cronossitema) e a Teoria
Sociocultural de Vygotsky.

1.4 Contribuições das teorias do desenvolvimento humano as NEE

As teorias do desenvolvimento humano fornecem informações sobre


vários fatores que contribuem para o desenvolvimento, conforme a visão de
vários pesquisadores. Também é possível compreender como a falta desses
pode contribuir para falta de estímulo no desenvolvimento.

Sabendo os fatores que contribuem para o desenvolvimento humano, é


possível definir procedimentos que ajudem a estimular o desenvolvimento motor,
social e cognitivo de pessoas que necessitam de atendimento especializado. Os
terapeutas ocupacionais realizam trabalho nessa área, atendendo todos os
casos de necessidades especiais e em todas as faixas etárias.

Na educação básica, os professores precisam dominar informações sobre


como estimular o desenvolvimento motor, social e cognitivo referente as idades
e conteúdos da educação básica, a fim de proporcionar um ambiente acolhedor
em sala de aula, estimulando o respeito pelas diferenças e proporcionando
estímulos ao desenvolvimento motor, psicossocial e cognitivo.

Um exemplo de contribuição das teorias do desenvolvimento humano no


atendimento de indivíduos que possuem necessidades especiais, são os centros
de atendimento às crianças que nasceram com microcefalia. Nesses centros, os

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terapeutas ocupacionais, demais profissionais e a equipe médica realizam
procedimentos específicos e orientam os responsáveis em como efetivar
atividades que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo, fisioterápico,
visual, entre outros. Uma atividade recorrente que estimula o desenvolvimento
social, motor e cognitivo é a fisioterapia no mar. Grupos de mães e bebês são
levados para praias da região, onde os bebês são estimulados, através de
atividades motoras, contato com texturas da natureza e no convívio social com
outros bebês.

Saiba Mais
Para saber mais à respeito do Educação Inclusiva em sua
prática acesse o site Diversa, no qual é possível consultar
artigos, notícias, tirar dúvidas sobre inclusão, acompanhar
relatos e estudos de caso.
Link: http://diversa.org.br/

Há vários fatores que podem gerar uma dificuldade cognitiva, social ou


motora. Independentemente da origem da dificuldade, há a necessidade de
preparar aulas que atendam às necessidades de todos os alunos, incluindo
aqueles que possuem Necessidades Educacionais Especiais. Conhecer o que
interfere no desenvolvimento, seja de forma positiva ou negativa, irá contribuir
para uma prática pedagógica inclusiva. Por isso, é importante compreender os
fatores que influenciam no desenvolvimento humano e as teorias que descrevem
o aprendizado.

Vídeo
Assista o filme Teoria de Tudo (The Theory of Everything),
dirigido por James Marsh (2015), no qual é possível ver parte
da biografia de Stephen Hawking, um dos maiores cientistas
atuais, apesar de suas limitações físicas.
Link do trailler:
https://www.youtube.com/watch?v=SbUVNHdPE4w

12
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Leia o livro Inclusão: um guia para
educadores, de autoria de Susan Stainback
e William Staimback. Na obras é possível
encontar sugestões para fazer com que haja
uma interação produtiva em sala de aula
entre os alunos.

Resumo da aula 1

Nesta aula vimos sobre o que se refere as NEE, considerando a


importância de adaptações de materiais, metodologias e didáticas utilizadas em
sala de aula com a finalidade de atender todos os alunos de forma igualitária.
Foram mencionadas algumas síndromes e suas características no
desenvolvimento humano. Além disso, foi descrita, resumidamente, algumas
teorias do desenvolvimento humano e suas contribuições ao estudo das
necessidades educacionais especiais, pois a partir das teorias do
desenvolvimento humano é possível definir ações que estimulem o
desenvolvimento social, cognitivo e psicomotor.

Atividade de Aprendizagem
Faça uma lista de todas as adaptações que são necessárias
para atender dificuldades de alunos com deficiência em
distintas áreas (exemplo: para alunos com deficiência visual é
necessário adaptar o material para Braille, atentando-se na
descrição oralmente todas as informações).

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Aula 2 - Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas
pedagógicas inclusivas

Apresentação da aula 2

Nesta aula serão abordadas as habilidades sociais, as quais são


desenvolvidas nas relações interpessoais e durante as práticas pedagógicas
inclusivas. O foco dessa aula são as habilidades sociais, as quais podem ser
estimuladas em sala de aula em processo inclusivo com os alunos com NEE.

2. Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas pedagógicas


inclusivas

O desenvolvimento humano na área social é importante para todos os


alunos, independentemente da presença de Necessidades Educacionais
Especiais. Mas para os alunos que possuem Necessidades Educacionais
Especiais, é ainda mais importante, pelo papel de inclusão social, reduzindo
preconceitos e estimulando um ambiente acolhedor. Para os alunos com NEE,
incluindo os que compreendem o espectro autista, esse tipo de habilidade é
fundamental para facilitar a independência e o convívio em sociedade, mas é
importante respeitar as limitações sem forçar situações constrangedoras ou
conflituosas.

Para Refletir
Na última década houve um aumento de casos de depressão
em indivíduos menores de idades. Os alunos com depressão
geralmente apresentam dificuldades em se socializar.
Pesquise sobre a estatística de casos de depressão na
infância e na adolescência e reflita sobre quais podem ser os
fatores que justificam esse aumento na ocorrência.

2.1 As habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas


pedagógicas inclusivas

As práticas pedagógicas podem ser inclusivas através de atividades que


incluam todos os alunos, respeitando suas individualidades e necessidades,

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fomentando a colaboração social e a inclusão. E obviamente, contribuindo para
o desenvolvimento humano.

As relações interpessoais em sala de aula se referem a forma de


socialização entre os alunos, a convivência e como se relacionam. Para
proporcionar um ambiente acolhedor em sala de aula, é necessário fazer as
devidas intervenções para reduzir conflitos e facilitar um bom relacionamento.
Em turmas com alunos que possuem necessidades educacionais especiais é
fundamental propor atividades que estimulem o acolhimento, o respeito a
diversidade, facilitem a socialização e a boa convivência. Assim evitam-se
futuros conflitos.

Pesquise
Pesquise as relações interpessoais. Como eram abordadas
no passado? O que estudos recentes descrevem sobre
como as relações interpessoais interferem no ambiente
escolar e no trabalho.

2.1.1 Habilidades sociais

As habilidades sociais são um conjunto de competências


comportamentais que são fundamentais para se viver em sociedade de forma
respeitosa e harmoniosa.

Os indivíduos que possuem habilidades sociais apresentam


comportamento respeitoso em relação às adversidades:

 de opinião, de crenças;

 de sentimentos e;

 são empáticos.

A empatia é crucial para diminuir as distâncias sociais, pois quando nos


colocamos no lugar do outro é possível perceber e analisar a pertinência de
certas atitudes. Desenvolver a habilidade da empatia, facilita a compreensão das

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dificuldades apresentadas pelos colegas com necessidades educacionais
especiais, contribuindo para a inclusão e redução dos conflitos, como bullying.

Vocabulario
Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro e
perceber suas necessidades, entendendo a realidade desse
outro.

As atividades em duplas, dinâmicas, dança, música ou cantigas de roda


facilitam a socialização entre os alunos e estimulam o desenvolvimento de
habilidades sociais. É importante associar a essas atividades, a explanação
sobre conduta social respeitosa, principalmente em casos onde há alunos com
Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD). Nesses casos é importante
lembrar que se deve evitar gritaria e contato físico ou, juntamente com a equipe
pedagógica, planejar atividades que exijam contato físico gradativamente.

As habilidades sociais se dividem em habilidade de comunicação,


civilidade, enfrentamento, empática, habilidade de trabalhar em grupo e de
expressão de sentimento positivo.

A habilidade social da comunicação engloba todas as formas de


comunicação (fala, escrita, Libras, olhar ou qualquer outra forma de
comunicação alternativa). Trata-se da capacidade de se comunicar, manter um
diálogo, perguntar e responder, elogiar, pedir e receber críticas.

As habilidades sociais de civilidade referem-se a capacidade de


interações no cotidiano, os denominados "bons modos": como pedir licença,
pedir desculpas, agradecer e pedir por favor.

As habilidades sociais referentes ao enfrentamento indicam


comportamento de posicionamento, manifestação de opiniões, capacidade de
admitir erros, desculpar-se, expressar sentimentos, aceitar e recusar solicita-
ções.

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As habilidades sociais empáticas referem-se à capacidade de
reconhecer sentimentos em si e nos outros, se colocar no lugar do outro e
compreender suas necessidades.

No ambiente do trabalho é necessário algumas posturas para boa


convivência, como gerenciamento de pessoas, falar em público, atendimento ao
público e resolver questões interpessoais com os colegas. Essas são as
habilidades sociais de trabalho.

As habilidades sociais de expressão de sentimento positivo tratam,


no geral, de todas as capacidades relacionadas ao comportamento bondoso,
como piedade, carinho, amor, capacidade de fazer amizade e se solidarizar.

As habilidades sociais não correspondem às características pessoais,


mas as comportamentais. Essas habilidades podem ser desenvolvidas, na maior
parte dos casos.

Pesquise
Pesquise quais os casos em que não é possível desenvolver
habilidades sociais. Como casos comportamentais em que
há a dificuldade em desenvolver as habilidades sociais,
como pessoas diagnosticadas com psicopatias, que não
conseguem ter empatia.

2.1.2 As habilidades sociais nas relações interpessoais

As relações interpessoais, ou seja, a relação entre as pessoas seja aluno-


aluno, professor-aluno ou professor com seus colegas de trabalho estão
presentes no ambiente escolar. E um dos principais objetivos de usar o
desenvolvimento das habilidades para atingir uma prática pedagógica inclusiva
é facilitar e melhorar as relações interpessoais, reduzindo conflitos, estimulando
as amizades e a camaradagem, fomentando o respeito e a tolerância
(contribuindo para a realização de atividades em grupo), contribuindo para
redução do preconceito, trabalhando a tolerância com o diferente, estimula o

17
respeito e resulta em um ambiente agradável e estimulante. Quando as pessoas
se sentem bem em um lugar, produzem melhor, seja nos estudos ou no trabalho.

O desenvolvimento das habilidades sociais no ambiente escolar irá


facilitar as relações interpessoais futuras em outros ambientes, como no
trabalho. Mas não há como viver em sociedade sem ter que lidar com as relações
interpessoais, por isso é tão relevante aprender a usar as habilidades sociais
para desenvolver a capacidade de lidar com as mesmas de forma positiva,
evitando conflitos e problemas.

2.1.3 As habilidades sociais nas práticas pedagógicas inclusivas

O desenvolvimento ou domínio das habilidades sociais facilita as relações


interpessoais em qualquer ambiente, mas no espaço escolar é fundamental para
construir um ambiente acolhedor e agradável. Boa parte dos alunos em idade
escolar passam mais tempo diário na escola do que com seus familiares e
responsáveis. Por isso é importante que sejam estimuladas boas práticas nas
relações interpessoais, para proporcionar um ambiente escolar de inclusão, com
respeito e tolerância as diferenças.

Por exemplo, o desenvolvimento da empatia favorece que respeitem a


diferença em um colega, sem rotular ou fazer bullying, pois irão se colocar no
lugar do outro (a proposta é criar atividades que façam refletir sobre não fazer
para o outro o que não gostaria que fizessem para si).

Já o desenvolvimento da habilidade de responder e dizer que não aceita,


facilita com que os alunos não repitam uma atitude grosseira, só para se
enturmar.

Nas práticas pedagógicas inclusivas é fundamental estimular as


habilidades sociais para contribuir para boas relações interpessoais. Alguns
alunos já possuem certas habilidades sociais, mas é importante que tenha como
objetivo criar práticas pedagógicas que estimulem o desenvolvimento das
habilidades sociais e as boas práticas de relacionamento interpessoal. Para
aqueles alunos que já desenvolveram algumas habilidades, essas atividades
terão um papel de reforço, o que é muito válido e enriquecedor.

18
Saiba Mais
Para saber mais sobre as NEEs, acesse os sites indicados,
os quais trazem considerações especificas para as
necessidades educacionais especiais.

- Laramara (Associação brasileira de assistência à pessoa


com deficiência visual).
Link: http://laramara.org.br/

- Movimento Down
Link: http://www.movimentodown.org.br/

Vídeo
Assista o documentário Meu Olhar Diferente Sobre as Coisas
(2012), o qual foi elaborado por um grupo de pessoas com
Síndrome de Down, aborda o olhar desses perante suas vidas,
falando sobre a relação com a Síndrome de Down, amor,
felicidade, cidadania, casamento, filhos, trabalho, sonhos
realizados e os que ainda realizarão.
Link do trailler:
https://www.youtube.com/watch?v=I47f-De0Tlg

O desenvolvimento das habilidades sociais é fundamental para as


relações interpessoais, para criar um ambiente agradável de convivência, seja
na escola, no trabalho ou em qualquer outro ambiente. Como na maioria dos
casos é possível desenvolver as habilidades sociais, a escola acaba tendo um
papel fundamental para auxiliar os indivíduos na construção de suas
características comportamentais.

19
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Leia o livro Caminhos para a inclusão
organizado por José Pacheco. A obra reúne
experiências bem-sucedidas, realizadas na
Áustria, Islândia, Espanha e em Portugal,
direcionadas à Educação Inclusiva em
escolas obrigatórias desses países, objeti-
vando ofertar aos professores, pais e
serviços de apoio, informações sobre
práticas de educação escolar inclusiva.

Resumo da aula 2

Nesta aula vimos brevemente a explicação e definição de várias


habilidades sociais, relacionando-as com as relações interpessoais e as práticas
pedagógicas inclusivas, visando criar um espaço acolhedor e estimulante, com
o foco na construção de um ambiente inclusivo.

Atividade de Aprendizagem
Elabore uma aula (qualquer conteúdo), na qual contemple-se
atividades pedagógicas inclusivas. Lembre-se que é
necessário ter em mente o desenvolvimento (ou reforço) de
habilidades sociais para boas relações interpessoais. Faça o
plano de aula com toda a estrutura obrigatória, com a descrição
dos objetivos, da metodologia, dos recursos e da avaliação.

Aula 3 – Ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma


educação na diversidade

Apresentação da aula 3

Nesta aula trataremos da ética praticada pelo professor para proporcionar


uma educação inclusiva, realçando os fundamentos para proporcionar uma
educação de respeito e tolerância à diversidade.

20
3. A ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma
educação na diversidade

Nos últimos anos, houve um aumento no número de matrículas de alunos


com necessidades especiais no ensino regular. Para acompanhar a demanda,
se faz necessária a capacitação dos docentes para facilitar a prática pedagógica
e o processo de ensino aprendizagem. Além da capacitação é importante o
diálogo entre os envolvidos: pais, professores, gestores e alunos. Tudo isso pa-
ra uma real consolidação de uma escola inclusiva, conforme definido
legislativamente.

Para a construção de um ambiente escolar acolhedor, com respeito as


diferenças se faz necessário um aprofundamento dos fundamentos para uma
educação na diversidade. Isso engloba a postura do professor, a ética em sala
de aula e as práticas pedagógicas inclusivas. A postura do professor trata não
só das relações interpessoais, mas também da forma como realiza as
intervenções metodológicas, nos momentos de conflitos e no estímulo do
desenvolvimento das habilidades sociais.

Pesquise
Pesquise sobre ética profissional, em especial sobre ética do
professor em sala de aula e com os colegas de trabalho.
Analise as consequências da falta de ética.

3.1 Formação de professores para uma educação inclusiva

A concepção de inclusão abrange adaptações por parte da sociedade


para criar um ambiente social inclusivo e, principalmente nas escolas, que são
os locais de formação educacional. As adaptações necessárias englobam a
formação de professores, adaptações do ambiente escolar, dos materiais e das
atividades.

21
Para Refletir
Você já ficou com receio de falar ou realizar alguma atividade
com uma pessoa com necessidades especiais? Conhece
alguém que tem receio? Quais são os fatores que favorecem
a redução desse receio? Reflita sobre a frase de Alessandro
Buzinari: "Tudo que é novo é um desafio que representa
medo, receio, afinal é o "DESCONHECIDO".

A família é o primeiro meio social em que um indivíduo recebe


informações e estímulos para o desenvolvimento de habilidades sociais. A
escola reforça essas habilidades e ajuda a desenvolver outras competências.
Obviamente, para a construção de uma escola inclusiva, tornam-se
fundamentais as adaptações estruturais que garantam acessibilidade e a
disponibilidade de materiais didáticos acessíveis, mas tudo isso só terá efeito se
for associado a uma prática pedagógica inclusiva, que é resultado de uma
formação de professores voltada para a inclusão de alunos com necessidades
especiais, além da presença de uma estrutura familiar que incentive o
desenvolvimento.

Com a obrigatoriedade da inclusão de alunos com Necessidades


Educacionais Especiais, tem ocorrido muitas reflexões, principalmente, sobre
como adaptar as atividades pedagógicas para alunos com necessidades
especiais no ensino regular, atendendo também aos outros alunos, aplicando
uma rotina escolar, trabalhando o currículo e os conteúdos escolares. Esse é um
dos aspectos que mais tem preocupam os professores (por esse motivo faz-se
importante a discussão sobre o papel da formação de professores no processo
de inclusão escolar).

A formação de professores para uma educação inclusiva deve abranger


o entendimento das origens das dificuldades que os alunos com necessidades
especiais possuem. Isso inclui o estudo das síndromes, das deficiências e de
suas características, para compreender as limitações e as habilidades
intrínsecas em cada caso.

22
O professor dominando as informações sobre as características e
necessidades dos alunos com necessidades educacionais especiais, poderá
planejar aulas com atividades que busquem fomentar o desenvolvimento
cognitivo de todos os alunos, incentivar o desenvolvimento das habilidades
sociais e das relações interpessoais, com intervenções metodológicas e análise
da prática docente. A análise da prática docente corresponde a busca pelo
aperfeiçoamento das metodologias, da didática, da pesquisa sobre novas
informações, contribuindo para a inclusão e para impulsionar os saberes
necessários para que os alunos possam transcender além de suas
especificidades e compreendam as dificuldades dos outros, com respeito e
tolerância.

Além das alterações na prática docente, é importante ressaltar a ética do


professor na escola. Não basta trabalhar com os alunos o respeito as
diversidades e não as respeitar. Não exponha os alunos, seja os que possuem
algum tipo de limitação ou os que possuem altas habilidades ou superdotação.
Jamais use de expressões que possam ridicularizar os alunos e suas
dificuldades.

Reflita sobre possíveis dificuldades, se adiante e altere as atividades. Por


exemplo, se houver uma gincana na escola onde é necessário correr e você
possui um aluno com deficiência física, que não consegue se deslocar
rapidamente. Proponha que, em vez de cada aluno participar de todas as
atividades, sejam formados grupos onde cada um dos participantes irá realizar
uma única tarefa. Ou se houver um passeio, verifique anteriormente se o local
de destino possui adaptações que permitem a acessibilidade. Como em casos
de visita a museus com turmas com alunos com deficiência visual, verifique se
há audiodescrição.

Lembre-se que o processo de inclusão escolar é propiciar um ambiente


coletivo de quebra de paradigmas sociais, que permita a equiparação de
oportunidades para todos os alunos, evitando atitudes assistencialistas.

23
3.2 Educação na diversidade

Atualmente, todos estão expostos a uma grande diversidade de pessoas,


seja pela globalização, pela inclusão no ensino regular e pelos avanços das
pesquisas em identificar casos que necessitam de tratamento especial, não só a
diversidade que se refere aos indivíduos com limitações sociais, cognitivas,
motoras, diversidades étnicas, religiosas e diferenças sociais. Além dessas
diversidades já conhecidas nas últimas décadas, também há a diversidade de
gênero, que é uma informação mais recente. Recente em definições e reflexões,
pois já ocorria em décadas anteriores, mas não havia espaço para esse tipo de
reflexão na sociedade ou no meio acadêmico. Porém, com a autorização do uso
do nome social no ambiente escolar, se faz necessário entender do que se trata.

A diversidade compõe a sociedade em que vivemos. Para desmistificar e


compreender do que se trata cada caso, é relevante destacar a importância da
tolerância e o respeito, para propiciar um ambiente que facilite as discussões
construtivas.

Além dos indivíduos que possuem necessidades educacionais especiais


devido a algum tipo de limitação (social, cognitiva ou motora), temos aqueles
casos descritos como altas habilidades ou superdotação, o que no passado eram
denominados apenas como superdotados. É relevante evitar o sentimento de
superioridade, isso afasta o aluno de seus colegas e atrapalha as relações
interpessoais. Alguns dos indivíduos que possuem altas habilidades ou
superdotação, não apresentam bom rendimento escolar por não ter interesse em
assuntos para eles considerados muito fáceis, resultando na falta de registro na
participação de atividades de avaliação. Alguns ainda apresentam comporta-
mento desafiador.

3.3 Exemplos de atividades

As práticas pedagógicas inclusivas favorecem não só no processo de


ensino-aprendizagem, mas também no desenvolvimento de habilidades sociais
para boas relações interpessoais. É importante entender as necessidades de
seus alunos para adaptar as atividades e explorar suas habilidades e assim
superar as dificuldades. Também é fundamental para evitar conflitos internos

24
(entre os alunos); evite atividades que exponham a dificuldade e assim você evita
reações dos colegas que fomentem o bullying.

Para a Educação Infantil e anos iniciais há atividades de desenho


impresso, desenho animado e revistas em quadrinhos que podem ser utilizadas
em sala de aula para abordar o tema da inclusão. É possível utilizar as revistas
em quadrinhos que abordem a temática para trabalhar assuntos referentes aos
personagens que possuem necessidades especiais ou, pesquisar com os
alunos, personagens em destaque da vida real, como artistas e atletas.

Para atender alunos com Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) é


aconselhado criar rotinas em grupo, pois a rotina transmite segurança e facilita
a iteração social e a comunicação. Proponha atividades que não estimulem o
barulho excessivo nem o contato físico (ainda mais sem aviso prévio). Alguns
casos de TGD, quando surpreendidos por contato físico, barulho alto ou
atividades fora da rotina pré-definida, apresentam atitudes agressivas ou se
isolam, apresentado um comportamento físico de recolhimento (alguns se
escondem ou ficam encolhidos se balançando ou ainda podem ficar repetindo
uma mesma palavra/frase). Por esse motivo faz-se necessário o entendimento
de que deve-se evitar a gritaria e o contato físico (sem aviso prévio) em turmas
de alunos com TGD, evitando assim que os mesmos apresentem atitude
agressiva.

Para atender alunos com Síndrome de Williams deve-se contemplar


atividades sociais, musicais que não exijam coordenação motora. Lembre-se
que esses alunos possuem ótima sensibilidade, memória auditiva e não
possuem dificuldade de socialização. Então explore atividades com música.

Além de adaptar as atividades acadêmicas é possível propor atividades


para reflexão das limitações. Por exemplo, se existir algum aluno com deficiência
visual na escola, proponha que os alunos sejam vendados (pode usar tiras de
tecido tipo TNT) e que realizem algumas tarefas vendados, como abrir o caderno,
vestir um casaco, se deslocar pela sala ou tentar identificar um objeto pelo tato.
Também é possível fornecer material em Braille para que os alunos tentem
identificar os padrões. Depois, sem a venda, você pode mostrar o que cada
combinação representa.

25
Outras possibilidades de atividades que podem ajudar seus alunos a
desmistificar as necessidades educacionais especiais e respeitar as limitações
do outro, das quais podemos citar:

 Desenhar e escrever com os pés, com a boca, com o lápis embaixo


do braço, com a mão contrária a que têm habilidade;

 Pular corda com um pé só;

 Ver um filme sem o som e depois descrever o que entendeu;

 Ler um texto escrito de trás para frente;

 Comunicar-se por meio de gestos, mímicas, etc.

O uso de histórias, sejam bibliográficas ou de construção coletiva,


também podem ser utilizadas como atividades as quais contribuem no processo
da inclusão. Pode reproduzir uma história através de painéis táteis, com
materiais texturizados.

Em alguns casos de paralisia cerebral, forneça canetas e lápis mais


grossos (pode envolvê-los com espuma/eva de forma a aumentar a espessura
para que o aluno tenha mais facilidade em segurar). Use folhas avulsas e
escreva com letras grandes e deixe o aluno mais perto do quadro. Em alguns
casos é necessário o uso de uma placa de comunicação. Caso não tenha
disponível, você pode criar com EVA, feltro ou papelão. Uma outra atividade é
construir essa placa com a turma e até propor que eles se comuniquem usando
a placa de comunicação.

Nos casos de deficiências múltiplas, é importante estimular os sentidos


que não foram totalmente afetados, seja pela manipulação de objetos ou por
atividades de trabalho em grupo.

Para atender os alunos com deficiência auditiva se faz necessário o uso


de recursos que facilitem a comunicação, como Libras. É possível que o
professor trabalhe os movimentos orofaciais, que podem ser aprendidos com o
auxílio de uma fonoaudióloga.

26
Vocabulario
Orofacial: capacidade motora orofacial abrange a expressão
facial, movimentando a musculatura do rosto.

No atendimento dos alunos com deficiência intelectual construa um


portfólio e guarde as atividades produzidas ao longo do período escolar. Isso
facilita na análise da evolução, auxilia inclusive no desenvolvimento das
atividades em períodos futuros. Também facilita a visualização da evolução por
parte da família e do próprio aluno, que irá auxiliar na construção de
continuidade. Quando a atividade escolar exigir um grau muito elevado de
desenvolvimento cognitivo, procure fornecer opções de elementos que chamem
a atenção como uso de cores diferentes, figuras e outros materiais que se
destaquem e que tenham uma opção de atividade com grau menor de
desenvolvimento cognitivo, como se os alunos forem criar um cartaz com os
dados de uma equação, incluindo gráfico e resolução. Estimule a participação
na criação do cartaz, seja passando a limpo a resolução ou pintando o gráfico
(tudo depende do grau de comprometimento do aluno).

O objetivo da prática docente voltada para a inclusão é educar os alunos


em uma perspectiva de cidadania, prepará-los para viver e colaborar para a
construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.

Saiba Mais
Para saber mais à respeito da inclusão acesse os sites
Instituto Mara Gabrilli, Fundação Dorina Nowill e Escola de
Gente, os quais trazem importantes questões relacionadas à
temática inclusiva.
- Instituto Mara Gabrilli
Link: http://img.org.br/
- Fundação Dorina Nowill
Link: https://www.fundacaodorina.org.br/
- Escola de Gente
Link: http://www.escoladegente.org.br/

27
Vídeo
Assista o filme Óleo de Lorenzo, dirigido por George Miller
(1992), conta a história real de um menino de oito anos que
possui uma doença rara chamada adrenoleucodistrofia (ALD).
Link do trailler:
https://www.youtube.com/watch?v=81YZS7IeDHA

Amplie Seus Estudos


SUGESTÃO DE LEITURA
Leia o livro Inclusão Escolar: Conjunto de
práticas que governam, de Maura Corcini
Lopes e Morgana Domênica Hattge. A obra
discute a inclusão escolar analisando
práticas que se estabelecem na escola e no
seu entorno, buscando olhar para essas
questões como políticas de governo que se
articulam e constroem o cenário educacional
inclusivo que vivenciamos no momento.

Faz-se necessária a compreensão da importância da formação de


professores, a qual deverá contemplar informações à respeito da inclusão,
exemplos de atividades e entendimento das necessidades, sendo fator
fundamental na construção de uma escola inclusiva. A formação do professor
deve contemplar o entendimento das diversidades e desenvolvimento escolar
respeitoso, cordial e tolerante.

Resumo da aula 3

Nesta aula foram abordadas as questões que permeiam a formação de


professores para a construção de uma escola inclusiva em uma sociedade com
grande diversidade, com exemplos de atividades que podem ser realizadas na
educação básica e fomentar reflexões sobre inclusão escolar e necessidades

28
educacionais especiais, considerando a ética docente e o trabalho educacional
em meio a diversidade de nossa sociedade. Reforçou-se também o papel de
reforço da escola no estímulo do desenvolvimento das habilidades sociais, pois
a família é o primeiro meio social.

Atividade de Aprendizagem
Escolha uma das deficiências ou síndromes que foram citadas
na primeira aula. A partir dessa escolha, planeje uma aula
com atividades que fomentem nos outros colegas o
entendimento das dificuldades. Como a atividade de vendar
olhos dos alunos para compreender a deficiência visual.

Aula 4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE:


fundamentos e conduta profissional

Apresentação da aula 4

Nesta aula serão abordadas a Anamnese e sua contribuição na


identificação das necessidades educacionais especiais, incluindo os
fundamentos e a conduta profissional, destacando as características de uma
Anamnese.

4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos


e conduta profissional

Para Refletir
Como é feita a identificação das NEE? O que você viu ao
longo da sua formação como professor, sobre diagnóstico?
Por exemplo, muitos casos de deficiência visual, altas
habilidades ou superdotação ou ainda deficiência auditiva
leve, são identificados na escola após apresentarem alguma
dificuldade de aprendizagem.

29
Com a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência em 2015,
aumentou a necessidade de formalização da identificação dos alunos com
necessidades especiais. Ao contrário das deficiências físicas, onde é clara a
informação da dificuldade motora, outros casos, como os que são resultantes de
algumas síndromes, necessitam de uma avaliação. No setor público, o professor
identifica uma dificuldade, avalia junto a equipe pedagógica que, caso haja a
suspeita, encaminha o aluno para uma avaliação em um Centro Especializado.
Neste Centro (o nome varia conforme a localidade), o aluno é avaliado por
psicopedagogas e psicólogas.

Em alguns casos, outros especialistas são acionados para contribuir no


diagnóstico, como neurologistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, fisiote-
rapeutas, fonoaudiólogos, entre outros.

LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015

Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência).

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

[...]
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados
sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a
vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características,
interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da
sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a
salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar,
incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o
aprendizado ao longo de toda a vida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de
acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e
de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional
especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender
às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao
currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua
autonomia;

30
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade
escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e
em escolas inclusivas;
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem
o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o
acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas
pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia
assistiva;
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento
educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e
de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas
instâncias de atuação da comunidade escolar;
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos
linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a
criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial
e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento
educacional especializado;
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional
especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de
profissionais de apoio;
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de
tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes,
promovendo sua autonomia e participação;
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em
igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas;
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de
educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com
deficiência nos respectivos campos de conhecimento;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a
atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais
integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades
concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.
[...]

Disponível na integra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm

A Anamnese é uma ferramenta para início do diagnóstico de uma


Necessidade Educacional Especial, pois em alguns casos, é necessário a
realização de exames.

Na escola há profissionais com percepção mais sensível em verificar a


presença de alguma dificuldade de aprendizado que esteja à margem da
normalidade. Por isso, muitas vezes são os professores, juntamente com a
equipe pedagógica, que indicam a necessidade de uma avaliação com
especialistas. Professores e pedagogos, pela experiência profissional e o
conhecimento na área do desenvolvimento, acabam desenvolvendo essa

31
percepção mais sensível, que auxilia no encaminhamento dos alunos para
avaliação.

Pesquise
Pesquise quais são os procedimentos para identificação de
alunos Asperger, Autistas e Esquizofrênicos. Qual a idade
em que se pode concluir um diagnóstico em cada um desses
casos?

4.1 Anamnese

Anamnese é uma análise inicial de características do aluno que é


realizada através de entrevista ao responsável. São abordados assuntos sobre
histórico de saúde familiar, composição familiar, histórico de saúde do aluno,
entre outras informações que possam ser pertinentes para compreender as
necessidades e características de cada aluno.

Há vários modelos de Anamnese, inclusive pode-se consultar na Internet


alguns modelos prontos. Mas todos possuem alguns pontos em comum, os quais
listarei a seguir.

Inicialmente as fichas de Anamnese contêm questionamentos sobre


dados pessoais: nome do aluno, nome dos pais, dados de contato dos
responsáveis, data de nascimento do aluno e dos pais. Em seguida iniciam os
questionamentos básicos sobre o histórico de saúde do aluno: como foi o
nascimento (parto normal, natural, cesárea, uso de fórceps), qual o tempo de
gestação (se nasceu antes das 36 semanas é considerado prematuro e,
gestação a termo, se refere ao nascimento no tempo previsto de 40 semanas),
qual foram as notas Apgar, qual era o peso/perímetro encefálico/altura no
nascimento, se tomou todas as vacinas, se possui alergia, se teve alguma
doença ou se sofreu algum acidente.

Faz-se importante atentar-se em questões como com “qual idade


começou a falar, engatinhar e andar?”, as quais referem-se aos dados de

32
desenvolvimento ou em questões como “qual foi a nota Apgar?”, as quais
referem-se aos dados do histórico de saúde.

Em uma avaliação psicopedagógica são analisadas as características


comportamentais e realizada uma avaliação das capacidades educacionais.
Nesse contexto são avaliados a leitura, a escrita, a interpretação e a resolução
de problemas na área da capacidade educacional.

Vocabulario
Apgar: é uma nota dada ao recém-nascido. Esse teste foi
criado em 1952 pela anestesista norte-americana Virginia
Apgar, com o objetivo de avaliar a vitalidade do recém-
nascido. É realizado no primeiro e no quinto minuto de vida da
criança. O teste baseia-se em cinco critérios de
avaliação: frequência cardíaca, respiração, tônus muscular,
prontidão reflexa e cor da pele, que, individualmente, podem
receber notas de 0 a 2, somando um total de 10 pontos.

Faz-se necessário também o espaço para a análise do histórico de saúde


familiar (geralmente se inicia com a pergunta se é filho biológico ou adotivo). Se
os pais possuem algum problema de saúde, se alguém na família teve alguma
doença, se há histórico de suicídios na família, se os pais foram usuários de
entorpecentes, se algum familiar foi usuário de entorpecentes. Também são
realizadas perguntas específicas sobre a saúde da mãe, se já teve abortos ou
se apresentou algum problema na gestação. Nos casos de filho adotivo, são
necessárias as informações sobre o histórico de saúde da família biológica
(quando possível).

Em seguida são questionados os dados sobre o desenvolvimento do


aluno: com qual idade começou a falar, engatinhar e andar. Se teve dificuldade
em falar, como gagueira. Também são questionados dados do histórico escolar,
quando começou a frequentar a escola, por quais escolas passou, se houve
alguma reprovação ou dificuldade.

Há espaço para os dados sociofamiliares (a posição na ficha varia, pode


ser no meio ou no final). São questionados com quem o aluno mora, quantos
33
moram na mesma residência, se ele possui um quarto individual, qual é o tempo
que moram nesse endereço, pode se questionar se os pais são oficialmente
casados (ou união estável) e se já houve separações.

Há algumas fichas onde o responsável que participa da anamnese pode


descrever sua opinião sobre o aluno, o que espera da escola, o que deseja para
o futuro e quais suas percepções sobre o aluno (características
comportamentais, como se percebe o aluno mais sensível ou mais agressivo).

A anamnese é um instrumento de avaliação psicopedagógica utilizado em


escolas públicas e privadas do ensino básico.

4.2 Contribuições na Identificação das NEE

As avaliações psicopedagógicas como a Anamnese, são essenciais para


iniciar a identificação de alunos com necessidades educacionais especiais. A
partir dessas avaliações, serão fundamentadas as intervenções que serão
realizadas para fornecer recursos aos alunos e contribuir para o
desenvolvimento escolar, social, cognitivo e motor.

As avaliações abrangem a identificação dos fatores que geram


dificuldades nos alunos, avaliação das capacidades educacionais (leitura,
escrita, interpretação e resolução de problemas) e identificação das
características comportamentais. É possível aplicar atividades lógico-
matemáticas, desenhos, jogos e outros recursos durante a avaliação.

Para identificar algumas Necessidades Educacionais Especiais é


necessário complementar com a realização de exames médicos e consultas com
especialistas.

O importante é que após a identificação seja possível direcionar as ações


pedagógicas para uma prática docente inclusiva, atendendo as necessidades
dos alunos e facilitando o processo de ensino-aprendizagem.

Para que realmente seja construída uma escola inclusiva com práticas
pedagógicas coerentes é essencial que seja realizado a identificação das
necessidades especiais. No passado, muitos indivíduos apresentaram
dificuldades de aprendizagem, porque não havia a identificação adequada das

34
necessidades educacionais especiais e assim não ocorreram as intervenções
necessárias para criar um ambiente acolhedor. Para que esse tipo de coisa não
se repita, precisamos compreender os fatores que limitam e/ou potencializam o
desenvolvimento educacional, social, cognitivo e motor.

Amplie Seus Estudos


SUGESTÃO DE LEITURA
Leia o Manual Prático do Diagnóstico
Psicopedagógico Clínico, de autoria de
Simaia Sampaio. A obra traz de maneira
prática e objetiva os passos e a aplicação
das técnicas usadas no diagnóstico
psicopedagógico clínico baseado na
Epistemologia Convergente, Outros Tes-
tes, Anamnese, Devolução e Informe
Psicopedagógico.

Resumo da aula 4

Nesta última aula vimos as características da Anamnese, quais são os


assuntos analisados e como a Anamnese pode contribuir na identificação das
necessidades educacionais especiais, resultando no ponto chave para
elaboração de práticas educacionais inclusivas. Evidenciando que a anamnese
são perguntas que abordam o histórico de saúde familiar, composição familiar,
histórico de saúde do aluno, entre outras informações pessoais

Atividade de Aprendizagem
Pesquise modelos de fichas de Anamnese (há várias
disponíveis na Internet) e elabore uma ficha de Anamnese que
englobe o máximo de informações possível.

35
Resumo da disciplina

Nesta disciplina apresentaram-se vários aspectos referentes à inclusão


social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais,
como a formação de professores para a construção de uma escola inclusiva em
uma sociedade com grande diversidade, explicação e definição de várias
habilidades sociais, relacionando essas habilidades com as relações
interpessoais, as práticas pedagógicas inclusivas e o papel da Anamnese na
identificação de necessidades educacionais especiais. Também foram tratados
os assuntos sobre o que se refere a terminologia NEE, considerando a
importância de adaptações de materiais, metodologias e didáticas utilizadas em
sala de aula, com a finalidade de atender todos os alunos de forma igualitária.

Evidenciou-se a importância de conhecer as características de cada NEE


para se adiantar e alterar uma atividade já planejada, evitando assim o
constrangimento do aluno. Na prática pedagógica inclusiva, deve-se evitar o
assistencialismo. Nas atividades inclusivas, é importante o propósito de
desenvolver a empatia e a tolerância com as diferenças, propondo atividades
onde os alunos experimentem se colocar no lugar com colega com NEE,
vivenciando. As reflexões à respeito da educação na diversidade, se refere à
diversidade cognitiva, motora, étnica, religiosas e social.

36
Referências

ASSOCIAÇÃO Americana de Psiquiatria. Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais. Washington, 2013.

FERNANDES, T. L. G., VIANA, T. V. Alunos com necessidades educacionais


especiais (NEEs): avaliar para o desenvolvimento pleno de suas
capacidades. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 20, n. 43, maio/ago. 2009.

MORAES, D. N. M. Diagnóstico e avaliação psicopedagógica. Revista de


Educação do IDEAU, v. 5, n. 10, Rio Grande do Sul, 2010.

PAPALIA, D. E., OLDS, S. W., FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª


edição, Porto Alegre, Artmed Editora, 2006.

ROSSINI, M. A. S. Pedagogia Afetiva. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SOARES, M. F. C. Com-paixão e afetividade: caminhos para inclusão


escolar e social. Dissertação, Programa de Pós-graduação em Teologia,
Faculdade EST. São Leopoldo, 2015.

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