Módulo Brigada de Emergência

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

BRIGADA DE EMERGÊNCIA

OBJETIVO

Preparar pessoas para atuarem em situações emergenciais, operando equipamentos de combate a


incêndios, auxiliando no plano de abandono, identificando produtos perigosos e reconhecendo seus
riscos ou prestando os primeiros socorros, visando preservar a vida e o patrimônio.

Exigida por lei, a brigada de incêndio é uma condição geralmente necessária para a obtenção do Auto
de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Este documento certifica que a edificação possui as
condições de segurança contra incêndio, contemplando medidas estruturais, técnicas e
organizacionais integradas, que possam garantir à edificação proteção no segmento de segurança
contra incêndios.

COMPOSIÇÃO

5.1 Composição da brigada de incêndio:

5.1.1 A composição da brigada de incêndio de cada pavimento, compartimento ou setor é


determinada pela Tabela

A.1, que leva em conta a população fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta.

5.1.2 Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas deve
ser calculado levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco. O número de brigadistas só é
calculado para cada grupo de ocupação se as unidades forem compartimentadas ou se os riscos forem
isolados.

5.1.3 A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de pessoas de todos os
setores.

5.2 Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista Os candidatos a brigadista devem
atender preferencialmente aos seguintes critérios básicos:

5.2.1 Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho;

5.2.2 Experiência anterior como brigadista;

5.2.3 Possuir boa condição física e boa saúde;

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5.2.4 Possuir bom conhecimento das instalações, devendo ser escolhidos preferencialmente os
funcionários da área de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção geral;

5.2.5 Ter responsabilidade legal;

5.2.6 Ser alfabetizado.

Nota: Caso nenhum candidato atenda a todos os critérios básicos relacionados, devem ser
selecionados aqueles que atendam ao maior número de requisitos.

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BRIGADA DE INCÊNDIO

5.3 Organização da brigada de incêndio

5.3.1 Brigada de incêndio

A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente, como segue:

a) Brigadista ou Brigadista Profissional: membro da brigada de incêndio que executa as atribuições


previstas no item 8 (procedimentos da brigada de incêndio);

b) Líder: brigadista ou brigadista profissional responsável pela coordenação e execução das ações de
emergência de um determinado setor/pavimento/compartimento. É escolhido dentre os brigadistas
aprovados no processo seletivo;

c) Chefe da edificação ou do turno: brigadista ou brigadista profissional responsável pela


coordenação e execução das ações de emergência de uma determinada edificação da planta. É
escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo, devendo ser uma pessoa com
capacidade de liderança, com respaldo da direção da empresa ou que faça parte dela;

d) Coordenador geral: brigadista ou brigadista profissional responsável pela coordenação e execução


das ações de emergência de todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do
número de turnos. É escolhido dentre os integrantes da brigada de incêndio que tenham sido
aprovados no processo seletivo, devendo ser uma pessoa com capacidade de liderança, com respaldo
da direção da empresa ou que faça parte dela. Na ausência do coordenador geral, deve estar previsto
no plano de emergência da edificação um substituto treinado e capacitado, sem que ocorra o acúmulo
de funções.

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Nota: O chefe e o coordenador da Brigada de incêndio deverá ser submetido a currículo
complementar conforme Anexo G.

NBR 14.276

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE EMERGÊNCIA

 Dispositivos e exigências legais;


 Objetivos;
 Definição;
 Responsabilidades;
 Aplicações;
 Composição, atribuições e seleção de brigadista;
 Organograma;
 Conhecendo o fogo;
 Tipos de fumaça;
 Métodos de extinção do fogo;
 O incêndio e suas classes;
 Propagação do fogo;
 Elementos do fogo;
 Fases do fogo;
 Pontos e temperaturas de combustão;
 Formas de combustão;
 Equipamentos de prevenção e combate a incêndio (redes passiva e ativa);
 Primeiros socorros;
 Simulado de emergência (exercícios internos).

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NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


NORMA REGULAMENTADORA Nº 23 – NR 23

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

(Redação dada pela Portaria SIT n.º 221/2011)

23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade


com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.

23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:

a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;

b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;

c) dispositivos de alarme existentes.

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que
aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência.

23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando a direção da saída.

23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.

23.5 As saídas de emergência.

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COMBATE A INCÊNDIO

INTRODUÇÃO
A maioria dos incêndios é de grande proporção, aqueles que por vezes até provocam fatalidades, tem
sua origem num insignificante princípio de incêndio que, simplesmente, deixa de ser controlado no
tempo certo.

Dentre os diversos fatores que prejudicam um combate eficaz aos chamados princípios de incêndio,
podemos destacar a dificuldade que um usuário leigo, ou com apenas o treinamento básico de
utilização dos equipamentos de combate a incêndios, enfrenta ao tentar manusear aqueles
equipamentos numa situação real de emergência.

CONCEITO DE FOGO
a)Brasil - NBR 13860: Fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz.

b) Estados Unidos da América - (NFPA): Fogo é a oxidação rápida auto-sustentada acompanhada de


evolução variada da intensidade de calor e de luz.

c) Internacional - ISO 8421-1: Fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor
acompanhado de fumaça, chama ou ambos.

d) Inglaterra - BS 4422:Parte 1: fogo é o processo de combustão caracterizado pela emissão de calor


acompanhado por fumaça, chama ou ambos

FOGO
Fogo é a resultante de uma reação química de oxidação com desprendimento de luz e calor.

Pode-se dizer, ainda, que fogo é a parte visível de uma combustão. Consequentemente, o fogo pode
se apresentar fisicamente de duas maneiras diferentes, as quais podem aparecer de forma isolada ou
conjuntamente:

a) Em forma de chama;

b) Em forma de brasa.

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CONCEITO DE INCÊNDIO

É a propagação rápida e violenta do fogo, provocando danos materiais ou perda de vidas, após fugir o
controle do homem.

NATUREZA DO FOGO

COMBUSTÃO

É uma reação química que ocorre com a presença docombustível, comburenteecalor,com


desprendimento de luz e calor.

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TRIÂNGULO DO FOGO

TETRAEDRO DO FOGO

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NATUREZA DO FOGO

COMBUSTÍVEL
É todo material capaz de entrar em combustão: madeira, papel, pano, tinta, alguns metais etc.
São classificados:

 Quanto ao estado físico;


 Quanto à volatilidade;
 Quanto à presença do comburente.

QUANTO AO ESTADO FÍSICO

 Sólidos - (carvão, madeira, pólvora, etc.);


 Líquidos - (gasolina, álcool, éter, óleo de linhaça, etc.);
 Gasosos - (metano, etano, etileno, butano, etc.).
QUANTO À VOLATILIDADE

 Voláteis: Nas condições normais de temperatura e pressão, desprendem vapores capazes de se


inflamarem.
 Não Voláteis: Desprendem vapores inflamáveis após aquecimento acima da temperatura
ambiente.

QUANTO À PRESENÇA DO COMBURENTE

 Com Comburente (pólvoras, cloratos, nitratos e metaiscombustíveis, tais como: lítio, zircônio,
titânio, etc.)
 Sem Comburente (madeira, papel, tecidos, etc.).

COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS
 A maioria dos combustíveis não queima no estado sólido, sendo necessário transformar-se em
vapores, para então reagir com o comburente, ou ainda transformar-se em líquido para
posteriormente em gases, para então queimarem. Como exceção, podemos citar o enxofre e os
metais alcalinos (potássio, magnésio, cálcio, etc.), que queimam diretamente no seu estado
sólido e merecem atençãoespecial como veremos mais a frente. Essa conversão do
combustível para o estado gasoso é chamado de PIRÓLISE, que é a decomposição química
de uma substância através do calor.

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NATUREZA DO FOGO

COMBURENTE
É um gás que está presente no ar atmosférico, indispensável para o ser humano sobreviver e também
para o fogo, pois este gás da vida ao fogo.
O comburente é todo elemento que associado quimicamente ao combustível, é capaz de entrar em
combustão a uma determinada temperatura.

O AR ATMOSFÉRICO É COMPOSTO DE:

 78,06% de nitrogênio;
 21% de oxigênio;
 0,03% de gás carbônico; e
 0,91% de gases raros e nobres.

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NATUREZA DO FOGO

TEMPERATURA DE IGNIÇÃO
É a temperatura necessária para que a reação química ocorra entre o combustível e o comburente,
produzindo gases capazes de entrarem em combustão.
O calor é gerado pela transformação das diferentes formas de energia:

TIPOS DE ENERGIA:

 Energia Química- calor gerado pelo processo de combustão.


 Energia Elétrica - O calor gerado pela passagem de eletricidade através de um condutor.
 Energia Mecânica - O calor gerado pelo atrito de dois corpos.
 Energia Nuclear - O calor gerado pela fissão do núcleo de átomo.

FONTES DE CALOR
Calor gerado pelo Símbolo
Fogueira Ferro elétrico
atrito de dois corpos Nuclear

ELETRICIDADE ESTÁTICA
É o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro, geralmente em relação à terra.
Forma-se, na grande maioria dos casos por atrito, mas como evitar?
Aterrando o equipamento a ela sujeito, isto é, ligando a carcaça do equipamento à terra, por meio de
um condutor.

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FORMAS DE COMBUSTÃO
A combustão pode ser classificada conforme sua velocidade em:

 Completa;
 Incompleta;
 Espontânea;
 Explosão.
Combustão Completa - É aquela em que a queima produz calor echamas e se processa em ambiente
rico em oxigênio.

Combustão Incompleta - É aquela em que a queima produz calor epouca ou nenhuma chama, e se
processa em ambiente pobre em oxigênio.

Combustão Espontânea - Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem por si


só, entrar em combustão. Como exemplo pode citar: alfafa, carvão, tecidos impregnados de
óleo, sisal e serragem.

Explosão - É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais


confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar.

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A FISÍCA DA COMBUSTÃO

FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO CALOR


O calor pode se propagar de três diferentes maneiras:
 Condução;
 Convecção;
 Irradiação.
Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura mais alta
paraaqueles com temperatura mais baixa.

CONDUÇÃO
É a transmissão de calor que se faz de molécula para
molécula, através de um movimento vibratório que as
anima e permite a comunicação de uma para outra.

CONVECÇÃO
É a transmissão de calor característica dos líquidos e
gases. Consiste na formação de correntes ascendentes
no seio da massa fluida.

IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor por ondas de energia


calorífica que se deslocam através do espaço. As
ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a
intensidade com que os corpos são atingidos aumenta
ou diminui à medida que estão mais próximos ou
mais afastados da fonte de calor.

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EXERCÍCIO
1. O que é fogo?

2. Fogo pode se apresentar fisicamente de duas maneiras quais são?

3. O que é incêndio?

4. O que é combustão?

5. Para haver uma combustão o que é necessário?

6. O que é combustível?

7. Quanto ao estado físico como podem ser os combustíveis?

8. Quanto à volatilidade como podem ser os combustíveis?

9. Quanto à presença do comburente como podem ser os combustíveis?

10. O que é o comburente?

11. Como é composto o ar atmosférico?

12. O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, quais são elas?

13. O calor pode se propagar de três diferentes maneiras quais são elas?

14. O que é Eletricidade estática?

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COMPORTAMENTO DO FOGO
Em 1986, os bombeiros da Suécia começaram a observar que alguns incêndios em ambientes
compartimentados, como residências, apartamentos e escritórios, apresentavam um comportamento
muito agressivo quanto à sua propagação e intensidade.

Depois de estudos e testes, observou-se que a fumaça, por causa da reação em cadeia, é inflamável,
sendo um importante fator nesse processo, fazendo com que haja comportamentos extremos do fogo,
com danos consideráveis.

Ao longo dos anos, comportamentos extremos do fogo ceifaram a vida de muitas pessoas e
machucaram outras, o que inclui tanto bombeiros quanto civis

COMPORTAMENTOS EXTREMOS DO FOGO

Nunca quebrar uma janela ou abrir uma porta em um incêndio sem desconfiar no que tem atrás dela.

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FENÔMENOS DA COMBUSTÃO
ROLLOVER (CHAMAS ROLANDO)
Esse fenômeno ocorre normalmente na fase inicial de um incêndio que se desenvolve em
compartimento confinado, quando os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao
ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido á alta temperatura naquela área.

FLASHOVER
Esse fenômeno ocorre em um ambiente onde o incêndio iniciou que pode estar fechado e chegar ao
estágio de inflamação generalizada. O Flashover é a ignição simultânea de todos os materiais
combustíveis do ambiente.

Se este ambiente não possuir ventilação, estará exposto a uma situação de explosão deste ambiente
quando houver entrada de oxigênio, conhecida como BACKDRAFT.

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BACKDRAFT
Através de uma queima lenta e pobre em oxigênio, o fogo fica confinado por algum tempo, sem
alimentação do comburente. Quando o comburente entra no local, ocorre uma explosão, onde é dada
esta denominação para o fenômeno.

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FENÔMENO DO FOGO
BLEVE

“BOILING LIQUID EXPANDING VAPOUR EXPLOSION”


(EXPLOSÃO DO VAPOR LÍQUIDO EXPANDIDO NA EBULIÇÃO)

BLEVE ou "Bola de Fogo" é uma combinação de incêndio e explosão, com uma emissão intensa de
calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno.
O fenômeno pode ocorrer, por exemplo, em um tanque no qual um gás liquefeito é mantido abaixo de
seu ponto de ebulição atmosférico.
Se houver um vazamento instantâneo de um vaso de pressão, devido a uma falha estrutural, todo, ou
a maior parte de seu conteúdo, é expelido sob a forma de uma mistura turbulenta de gás e líquido,
que se expande rapidamente, dispersando-se no ar sob a forma de nuvem.
A ignição dessa nuvem gera a "Bola de Fogo", que pode causar danos materiais e queimaduras a
centenas de metros de distância, dependendo da quantidade de gás liquefeito envolvida.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS


 Cigarros e fósforos atirados em locais impróprios;
 Trapos e estopas embebidos em óleo ou graxos;
 Acúmulo de gordura nas telas e dutos de extração da cozinha;
 Serviços com equipamento de solda elétrica ou oxi-acetileno;
 Porão com acúmulo de óleo ou lixo;
 Vasilhames destampados contendo combustíveis voláteis;
 Uso desnecessário de materiais combustíveis;
 Materiais inflamáveis ou combustível de bordo, tais como óleos, graxas, tintas, solventes etc.,
armazenados indevidamente;
 Presença de vazamentos em sistemas de óleo combustível e lubrificante;
 Partes aquecidas de máquinas próximas a redes de óleo;
 Uso de ferramentas manuais ou elétricas em tanques não devidamente desgaseificados, ou nos
compartimentos adjacentes a esses tanques;

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

ABAFAMENTO

Consiste em reduzir a quantidade de oxigênio abaixo do limite de 16%.

RESFRIAMENTO

Consiste em reduzir a temperaturade um combustível abaixo de sua temperatura de ignição.

ISOLAMENTO

Consiste em retirar todo material combustível que possa alimenta o fogo.


QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA

É a introdução de determinadas substâncias na reação química da combustão com o propósito de


inibi-la (atua a nível molecular).

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CLASSES DE INCÊNDIO
Classificação elaborada pela NFPA (NationalFireProtectionAssociation) e adotada pela: ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas)

CLASSE A - COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS


São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e deixam resíduos. Ex:
Madeira, papel, tecidos, borracha, plásticos e etc.

CLASSE B - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS


São os que se verificam em líquidos inflamáveis e também em graxas e gases inflamáveis.
Ex:Óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool etc.

CLASSE C – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS


São os que se verificam em equipamentos e instalações elétricas, enquanto a energia estiver
alimentada. Ex: Computador, televisão, máquinas e etc.

CLASSE D - METAIS COMBUSTÍVEIS


São os que se verificam em metais combustíveis (pirofóricos).
Ex: Magnésio, titânio e lítio e etc.

CLASSE K - OLEOS E GORDURAS


São os que se verificam produtos como gorduras e banhas quentes.
Ex: Óleos e Gorduras de cozinhas, etc.

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PERIGO DE FUMAÇA
FUMAÇA CAUSA 90% DE MORTOS EM UM INCÊNDIO
Devido a rápida formação de muita fumaça já no início de um incêndio, Rápida divulgação os
caminhos de emergência e na prática depois de 15 minutos á uma baixas chances de sobreviver,
ocorre que as vitimas morre pela fumaça bem antes de serem queimadas pelo fogo.

CAUSAS DE MORTE:
 Sufocamento;
 Gases tóxicos;
 Gases quentes (queima dos pulmões).

A fumaça é uma mescla de gases, partículas solidas e vapores de água.A fumaça originaria da
combustão apresentam características diferentes em seus aspectos mediante a queima do combustível
o que sugere a identificação do material que esta sendo consumido pelo fogo.

FUMAÇA BRANCA OU CINZA CLARA


Indica que é uma queima de combustível comum como: madeira, pano,papel,tecido, etc.

FUMAÇA NEGRA OU CINZA ESCURA


É originaria de combustão incompleta, geralmente produtos derivados de petróleo, tais como: graxas,
óleos, pneus, plásticos, etc.

FUMAÇA AMARELA OU VERMELHA


É indicação que a queima é produzidos por combustíveis cujos seus gases são altamente tóxicos, a
exemplo dos produtos químicos e etc.

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Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:


 Natureza do combustível;
 Taxa de aquecimento;
 Temperatura dos gases envolvidos;
 Concentração de oxigênio.

PRINCIPAIS GASES LIBERTADOS DURANTE UMA COMBUSTÃO


MONÓXIDO DE CARBONO (CO):
O monóxido de carbono destaca-se entre os gases tóxicos. A maioria das mortes em incêndios ocorre
por causa do monóxido de carbono (CO). É mais leve que o ar, é tóxico (impede o oxigênio de atingir
o cérebro), é combustível, um gás sem cor e sem odor que está presente em todo incêndio. A queima
incompleta é responsável pela formação de grande quantidade de CO.

DIÓXIDO DE CARBONO (CO2):


É mais pesado que o ar é asfixiante (provoca aceleração na respiração, facilitando a absorção de
outros gases tóxicos), e é um bom agente extintor.

DIÓXIDO DE AZOTO:
É muito tóxico e provoca paralisação da garganta.
Além desses já citados, existem outros gases tóxicos e asfixiantes que causam efeitos prejudiciais à
saúde do homem.
 Cloreto de hidrogênio (HCl);
 Cianeto de hidrogênio (HCN);
 Óxido de nitrogênio (NO);
 Fosgênio (COCl2).

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS RESPIRATÓRIOS


Os riscos respiratórios classificam-se normalmente, por:
 Deficiência de oxigênio;
 Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou não;
 Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos, etc.);
 Contaminação por gases e aerodispersóides: imediatamente;
 Perigosos à vida, ou não.
O conteúdo normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 21% em volume. As
concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são consideradas inseguras para as exposições humanas
devido aos efeitos nocivos nas funções do organismo, processos mentais e coordenação muscular.

GASES IMEDIATAMENTE PERIGOSOS À VIDA


São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando a
exposição for por um período curto.

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GASES NÃO IMEDIATAMENTE PERIGOSOS À VIDA


São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco de vida,
porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um período longo ou
em períodos curtos, repetidas muitas vezes.

CLASSES DE CONTAMINANTES GASOSOS


Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:
 Inertes - Não são metabolizados pelo organismo.
Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.
 Ácidos - Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de
edemas pulmonares.
Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.
 Alcalinos - Idem aos Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.
 Orgânicos - Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex:
Acetona, Cloreto de Vinila e etc.
 Organo - Metálicos Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.
Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico

FALTA DE OXIGÊNIO
O processo de combustão consome oxigênio (O2) e, ao mesmo tempo, produz gases tóxicos. Estes
ocupam o lugar do O2 ou diminuem sua concentração. Quando as concentrações de O2 estão abaixo
de 18%, o corpo humano reage com aumento da frequência respiratória, como se estivesse sendo
submetido a um esforço físico maior.
Outras causas:
 Temperaturas elevadas;
 Temperaturas elevadas;
 Gases tóxicos.
AGENTES EXTINTORES
Agente extintor é qualquer material empregado para abafar, resfriar as chamas ou quebrar a reação
em cadeia de uma combustão, proporcionando sua extinção.
 Água;
 Pó Químico;
 (CO2) Dióxido de Carbono;
 Espuma.

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AGENTE EXTINTOR ÁGUA:


A água age principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade
de calor, porem atua também por abafamento (aplicada em forma de neblina), em razão da existência
de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença
de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico.

A água é utilizada principalmente para materiais sólidos (classe A), podendo ser utilizado em
líquidos inflamáveis (Classe B) na ausência de espuma, aplicada em forma de neblina é altamente
eficiente no combate a fogo. Porém, lançada em jato sólido, há o risco de ocorrer transbordamento do
líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.

Água é o agente extintor de uso mais comum, sendo utilizado sob três formas básicas:

 Jato Sólido;
 Neblina de Baixa Velocidade;
 Neblina de Alta Velocidade.

Neblina de baixa Neblina de Alta


Jato Sólido velocidade Velocidade

PÓ QUÍMICO:
Os Pós Químicos tem como objetivo extinguir e suprimir um incêndio. Pós químicos secos regulares
podem extinguir incêndios de Classe "B" e "C". Pós químicos secos tipo Multiuso suprimem
incêndios de Classe "A", "B" e "C".
Geralmente, quanto menor a partícula do pó químico seco, mais eficaz é o agente. No entanto, se
todas as partículas do agente são muito pequenas, o alcance da descarga é diminuído. Portanto,
quando o pó químico é fabricado, uma distribuição granulométrica é mantida para assegurar o
máximo alcance e eficácia de extinção. A embalagem a ser empregada neste material é a normal para
qualquer composto que consiste de uma gama de tamanhos das partículas, incluindo os pós químicos
secos. Alguns agentes se compactam mais densamente do que outros. Todos os pós químicos secos e
todos os extintores são concebidos para fluidificar os materiais compactados e descarregar um
mínimo de 85% do conteúdo do extintor. Os ingredientes ativos de todos os pós químicos secos são
solúveis em água, razão pela qual a sua exposição à umidade deve ser minimizada. Os fabricantes
fazem um tratamento com agentes repelentes de água para evitar a absorção de umidade nas

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manipulações normais, tais como enchimento ou manutenção. A exposição prolongada da substância
química seca à água fará com que o agente empedre. Evidentemente, pó químico empedrado em um
extintor o tornaria um aparelho inutilizável, bloqueando o fluxo de agente.Os agentes extintores
baseados em pós químicos extinguem o fogo separando as quatro partes do "tetraedro do fogo" que
assim evitam a reação química entre calor, combustível e oxigênio e impedem a produção de
"radicais livres" que mantém a chama, assim extinguindo o fogo.

FOSFATO DE MONOAMÔNIO:
Também conhecida como pó químico "tri-classe", "polivalente" e "ABC", usado na Classe A, B e C
de incêndios. Ele recebe a sua classificação do agente Classe A da sua capacidade para derreter e
fluir a 177 ° C para abafar o fogo. É mais corrosivo do que outros pós químicos secos. Sua cor é
amarela claro.

BICARBONATO DE SÓDIO:
Conhecido de "regular" ou "comum" usado em incêndios da Classe B e C, foi o primeiro pó químico
desenvolvido. Ele interrompe reação química do fogo, e era muito comum nas cozinhas comerciais
antes do aparecimento dos agentes químicos úmidos, mas é menos eficaz do que Púrpura - K para
incêndios da Classe B, e é ineficaz na Classe A de incêndios. Cor branca.

BICARBONATO DE POTÁSSIO:
Também conhecido por Púrpura-K, utilizado em incêndios Classe B e C. Cerca de duas vezes mais
eficaz em incêndios da classe B do que o bicarbonato de sódio é o pó químico seco preferido da
indústria petrolífera e do gás. É o único pó químico seco certificado pela NFPA para o salvamento e
combate ao fogo em aeronaves. Apresenta uma cor violeta.

BICARBONATO DE POTÁSSIO E COMPLEXO DE URÉIA:


Também conhecido por Monnex, utilizado em incêndios Classe B e C. Mais eficaz do que todos os
outros pós devido à sua capacidade de decrepitar (onde o pó quebra em partículas menores) na zona
de chama, criando uma maior superfície de inibição de radicais livres.

CLORETO DE POTÁSSIO:
KCL ou pó químico seco Super-K, foi desenvolvido em um esforço para criar um pó químico seco de
alta eficiência e compatível com espuma de proteína. Desenvolvido nos anos 60, antes do Púrpura-K,
nunca foi tão popular como outros agentes uma vez que sendo um sal, era bastante corrosivo. Para
incêndios Classe B e C, cor branca.

MET-L-X:
É uma variação especial de bicarbonato de sódio para combater incêndios da classe D em materiais
pirofóricos (inflamam em contacto com o ar). Além de bicarbonato de sódio, ele também contém
partículas de sílica gel. O bicarbonato de sódio interrompe a reação em cadeia do combustível e a
sílica absorve qualquer combustível não queimado, evitando contato com o ar.

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CO2 - DIÓXIDOCARBÔNICO:
O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é uma substância química formada
por dois átomos de oxigênio e um de carbono. É um gás importante para o reino vegetal, pois é
essencial na realização do processo de fotossíntese das plantas (processo pelo qual as plantas
transformam a energia solar em energia química). Este gás é liberado no processo de respiração (na
expiração) dos seres humanos e também na queima dos combustíveis fósseis (gasolina, diesel,
querosene, carvão mineral e vegetal). A grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera é
prejudicial ao planeta, pois ocasiona o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global.Este
gás é usado comercialmente em algumas bebidas (carbonatadas) e também em extintores de incêndio.
Se inalado, em grande quantidade, pode provocar irritações nas vias aéreas, vômitos, náuseas e até
mesmo morte por asfixia (o que ocorre geralmente nos incêndios).Trata-se de um gás inerte, por isso
ele atua de forma primária com o método de abafamento e de forma secundária resfriamento devido a
baixa temperaturas. É eficaz na classe “B” líquidos inflamáveis e na classe “C” elétricos energizados,
por não ser condutor de eletricidade e por não deixa resíduos.

ESPUMA:
O uso da espuma é ideal para combate a incêndios classe B (líquidos inflamáveis, graxas e gases
combustíveis), já que age primariamente por abafamento e depois por resfriamento. Além disso, ela
dificulta a re-ignição e é eficiente para incêndios classe A.existem duas formas de espuma; a química
e a mecânica.

ESPUMA QUÍMICA:
A espuma química encontrada principalmente em extintores são usados para combater incêndios de
Classe “A” e “B”, Os extintores de espuma possuem em sua característica química, 3 elementos que
são eles: Água, concentrado de espuma e ar, estes elementos juntos e misturados na proporção
correta, cria uma espuma homogenia que no contato com o fogo de classe A e B separa o oxigênio
(comburente) do triangulo do fogo (combustível, comburente e calor) fazendo um cobertor de
espuma eliminando o fogo.

ESPUMA MECÂNICA:
Empregada para produção de grandes volumes de espuma por meio de equipamentos que misturam
proporcionalmente o líquido gerador de espuma (LGE) com ar e água. A água entra com 85% e cerca
de 90% em volume de ar ou CO2na composição da espuma. Essa espuma se forma quando o LGE
(Líquido Gerador de Espuma), um detergente concentrado e especialmente formulado conforme a
NBR 15511, entra em contato com a água e ar.Anteriormente, o LGE funcionava de maneira química
e era produzido com proteína animal (LGEsProteinicos e Fluoroproteinicos), até chegar no LGE que
é usado hoje, que possui grandes vantagens quando o assunto é performance:

 Possibilidade de uso com água do mar;


 Melhor atuação em incêndio com derramamento de líquidos;
 Rápido abate às chamas;
 Uso em extintores portáteis;
 Melhora a atuação da água em incêndios classe A (papeis, tecido, madeira).

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AFFF e AFFF/ARC é a última geração de LGE Contra Incêndio para líquidos Inflamáveis. Do
Inglês, (AqueousFilmFormingFoam), o AFFF significa uma Espuma com capacidade de Gerar um
filme Aquoso que vem a ser uma película muito fina, por isto chamada de filme. Este filme é uma
exclusividade dos AFFF e uma vez gerado, pela drenagem líquida da espuma, tem a capacidade de
flutuar sobre o combustível.Um Recipiente de AFFF de 20L produz aproximadamente 3.000L de
espuma e cobrem em média uma área de 20 m2.

Equipamentos para formação da espuma mecânica:

 ESGUICHO NPU
 FB5X
 FB 10X
 ESGUICHO UNIVERSAL
 MISTURADOR ENTRELINHAS
 MISTURADOR TIPO FW
 ESTAÇÃO GERADORA DE ESPUMA

Os esguichos abaixo são bastante semelhantes.

Esguicho NPU: Faz o duplo papel de misturador e introdutor de ar, utilizando um tubo de aspiração
a ele conectado. Pode ser utilizado com qualquer tipo de misturador entrelinhas instalado antes dele.

FB5X: Produz aproximadamente 225 litros de espuma por minuto com pressão de 80 lb/pol².

FB 10X: Aplicado em locais onde necessita alta produção de espuma. Produz cerca de 450 litros de
espuma por minuto.

ESGUICHO UNIVERSAL: Capaz de extinguir incêndio classe “B” de pequeno vulto. Utilizado
para essa classe na falta de equipamento adequado.

MISTURADOR ENTRELINHAS: Tem a função de introduzir o líquido gerador na mistura água e


ar. Pode ser instalado fora do limite primário de fumaça. Deve trabalhar com linhas de mangueira de
mesma dimensão.

MISTURADOR TIPO FW: Semelhante às entrelinhas, com diferença que ele possui uma válvula
para graduação da percentagem do líquido1% a 6%.

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ESTAÇÃO GERADORA DE ESPUMA:Locais de grande risco de incêndio classe “B” exigem
recursos de maior vulto para geração de espuma. São estações de alta capacidade, produz à mistura
água líquido gerador, que é canalizada para os canhões e tomada em diversos pontos de bordo.

REDE DE INCÊNDIO
Exitem varios tipos de equipamentos a serem utilizados em uma rede de incendio, de forma a atender
os requisitos minimos exigidos por lei e também para atender de forma mais profunda, precisa e
rapida em uma situação de emegencia.
 Detectores e Sensores
 Reservatório de Água
 Tubulações
 Bombas
 Paines de Comando

SISTEMAS HIDRÁULICOS
Instalação de Sistema Hidráulico ao Combate a Incêndios
A instalação de combate contra incêndio com o emprego de água pode ser através de sistema manual
ou sistema automático.As caixas de incêndio são colocadas em quantidade e locais tais que
assegurem a possibilidade de se combater incêndio de qualquer ponto do pavimento.Os dispositivos
do sistema automático atuam ao ser atingido determinado nível de temperatura ou de comprimento de
onda de radiações térmicas ou luminosas oupela presença de fumaça no ambiente.

A rede de incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimenta tomada de incêndios e


sistema de borrifo, através de bombas que constantemente as mantêm pressurizadas.

PRESSÃO DA REDE DE INCÊNDIO


 MÍNIMA:70LBS/POL²;
 IDEAL: 100 LBS/POL² ;
 MÁXIMA: 150 LBS/POL².

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RESERVATÓRIO DE ÁGUA
O reservatório de água é um compartimento construído na edificação, em concreto armado, metal
apropriado ou qualquer outro material que apresente resistência mecânica às intempéries e ao fogo.
Destina-se a armazenar uma quantidade de água (reserva de incêndio) que, efetivamente, deverá ser
fornecida para o uso exclusivo de combate a incêndios. Quanto à localização, os reservatórios podem
ser;

 Elevados;
 Nível do solo (apoiado);
 Semi-enterrados;
 Subterrâneos(enterrado);
Devendo ser observadas as exigências previstas nas Normas Técnicas (NBR 13714/2000).

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ABASTECIMENTO
O abastecimento poderá ser feito de três modos:
 Bombeamento;
 Gravidade;
 Modo Combinado.

POR BOMBEAMENTO
Uma ou mais bombas captam água de um manancial e a descarregam em estações de tratamento.
Posteriormente, a água é novamente bombeada para o sistema de distribuição.

POR GRAVIDADE
Quando existe uma fonte de água situada em local mais elevado que o sistema de distribuição, a
gravidade proporciona a pressão necessária à distribuição.

MODO COMBINADO
É a utilização dos dois modos: bombeamento e gravidade. Quando o consumo de água é pequeno,
o abastecimento por gravidade pode ser suficiente, não sendo necessário o bombeamento. Porém,
quando o consumo aumenta, o bombeamento é associado ao abastecimento por gravidade, para
suprir a demanda.

BOMBA DE INCÊNDIO
A Bomba de Incêndio tem a finalidade de efetuar o deslocamento de água no interior das tubulações.
Entra em funcionamento mediante acionamento manual de botoeiras tipo liga-desliga próximo aos
hidrantesou acionada de forma automática através de chave de fluxo para reservatórios elevados ou
pressostatos/manômetros para reservatórios subterrâneos, no nível do piso ou semi-enterrados.
Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deverá possuir pelo menos uma bomba
elétrica ou de combustão interna e esta deverá abastecer exclusivamente o sistema. As dimensões das
casas de bombas devem ser tais que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio e espaço
suficiente para qualquer serviço de manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de
comando, inclusive viabilidade de remoção completa de qualquer das bombas de incêndio,
permanecendo a outra em condição de funcionamento imediato. As bombas de incêndio devem ser
protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade.

BOMBAS CENTRÍFUGAS NBR 13714


Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o equipamento mais simples em qualquer planta de
processo. Seu propósito é converter a energia de uma fonte motriz principal (um motor elétrico ou
turbina), a princípio, em velocidade ou energia cinética, e então, em energia de pressão do fluido que
está sendo bombeado. As transformações de energia acontecem em virtude de duas partes principais
da bomba:

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 Impulsor
 Voluta
O impulsor é a parte giratória que converte a energia do motor em energia cinética.
A voluta ou difusor é a parte estacionária que converte a energia cinética em energia de pressão
As BOMBAS CENTRÍFUGAS têm de um propulsor rotativo (rotor) que gira com grande velocidade
dentro de uma caixa de metal, de forma espiral ou cilíndrica, denominada “corpo da bomba”.

TIPOS DE FLUXO
O Fluxo da água no interior da bomba centrífuga pode tomar diferentes direções, o que faz com que
sejam classificadas da seguinte forma:
 Bombas de fluxo radial;
 Bombas de fluxo axial;
 Bombas de fluxo helicoidal ou misto.

BOMBA DE FLUXO RADIAL


A água entra pela parte central do rotor onde é lançada pelas pás deste e pela ação da força
centrífuga, para a periferia da bomba e, daí, para o tubo de elevação.

FUNCIONAMENTO
Quando o líquido é forçado do centro para a periferia, há formação de vácuo, que é imediatamente
preenchido pela água existente na canalização de sucção.

TIPOS DE ROTORES PARA BOMBAS CENTRÍFUGAS

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ROTOR FECHADO
O rotor fechado tem as pás compreendidas entre dois discos paralelos, podendo ter entrada de um só
lado (sucção simples) ou de ambos os lados. É mais eficiente que os outros tipos, porém é
recomendado para água limpa.

ROTOR ABERTO E SEMI ABERTO


O rotor aberto tem pás livres na parte frontal e quase livres na parte posterior. No rotor semi-aberto,
as pás são fixadas de um lado num mesmo disco, ficando o outro lado livre. Estes dois tipos de
rotores destinam-se a bombear líquidos viscosos ou sujos (com partículas sólidas em suspensão), pois
dificilmente são obstruídos.

COMPONENTES DA CARCAÇA OU CORPO DA BOMBA


Feita geralmente em ferro fundido abriga o rotor em seu interior. As carcaças das bombas de
escoamento radial podem se apresentar como CARACOL (voluta ou espiral) ou turbina (circular) e
para as bombas de escoamento axial e misto, o formato é geralmente cilíndrico.

CARCAÇA OU CORPO DA BOMBA


As carcaças em forma de CARACOL são projetadas para que a vazão de escoamento em torno da
periferia do rotor. Seja constante e para reduzir a velocidade da água ao entrar na canalização de
recalque.

Nas bombas do tipo turbina os rotores são rodeados por palhetas guia que reduzem a velocidade da
água e transformam a altura cinética (velocidade) em altura piezométrica (pressão).

BOMBA PRINCIPAL
Bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio. As
bombas principais devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica, sem interposição de
correias e correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem e a jusante uma válvula de
retenção e outra de paragem.
A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada de maneira que, após a partida
do motor, seu desligamento seja somente manual no seu próprio painel de comando, localizado na

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casa de bombas. Pelo menos um acionamento manual para as bombas principais ou de reforço deve
ser instalado em um ponto seguro da edificação e que permita fácil acesso.
O funcionamento automático é iniciado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da
instalação. As bombas principais devem atingir pleno regime em aproximadamente 30seg.após a sua
partida.
As bombas de incêndio, preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção positiva.
Esta condição é conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível X de água.
Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2 m acima do nível X de água, ou a 1/3 da
capacidade efetiva do reservatório, o que for menor, acima é considerado condição de sucção
negativa.
A capacidade das bombas principais, em vazão e pressão, é suficiente para manter a demanda do
sistema de hidrantes e mangotinhos, de acordo com os critérios adotados.
Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 1 MPa.(
10.19kgf/cm2 ).
Um painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna, deve
ser instalado onde haja vigilância permanente, dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais
bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos:

BOMBA ELÉTRICA:
 Painel energizado;
 Bomba em funcionamento;
 Falta de fase;
 Falta de energia no comando de partida.

BOMBA DE COMBUSTÃO INTERNA:


 Painel energizado;
 Bomba em funcionamento;
 Baixa carga da bateria;
 Chave seletora na posição manual ou painel desligado.

As bombas principais devem ser dotadas de manômetro para determinação da pressão em sua
descarga.
Nos casos em que foram instaladas em condição de sucção negativa, deverão também ser dotadas de
manovacuômetro para determinação da pressão em sua sucção.

BOMBA DE REFORÇO
Bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais
desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente pelo reservatório
elevado.

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BOMBAS ACOPLADAS A MOTORES ELÉTRICOS


A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, de forma a
permitir o desligamento geral da energia elétrica, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba
de incêndio.
Na falta de energia da concessionária, as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podendo
ser alimentadas por um gerador a diesel.
A entrada de força para a edificação a ser protegida deve ser dimensionada para suportar o
funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais componentes elétricos da
edificação, a plena carga.Deve ser instalado um sistema de supervisão elétrica, de modo a detectar
qualquer falha nas instalações elétricas da edificação, que possa interferir no funcionamento das
bombas de incêndio.As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser
sinalizadas com a inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO - NÃO
DESLIGUE”.
Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida
pelo sistema de hidrantes ou de mangotinhos, devem ser protegidos contra danos mecânicos e
químicos, fogo e umidade.Nos casos em que houver necessidade de instalação de bomba de reforço,
o funcionamento desta bomba deverá ser automático, através de chave de alarme e fluxo, com
retardo.

BOMBAS ACOPLADAS A MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA


O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer
hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou dotado de sistema de preaquecimento
permanentemente ligado. São dotados de injeção direta de combustível por bomba injetora ou de ar
comprimido, para dar a partida. São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou água, não sendo
permitido ar comprimido para tanto.
A aspiração de ar para combustão pode ser natural ou forçada (turbo). Dispõe de controlador de
rotação, o qual deve manter a rotação nominal, tolerada uma faixa de +- 10%, seja qual fora carga.
Dispõe de meios de operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição
normal.
As bombas de incêndio devem ter condição de operar a plena carga, no local onde forem instaladas,
durante 6hininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias.
Injeção direta de água, da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do
fabricante. A saída de água de resfriamento deve passar no mínimo 15 cm acima do bloco do motor e
terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga.

BOMBA DE PRESSURIZAÇÃO (JOCKEY):


Bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema pressurizado em uma faixa
preestabelecida.

As automatizações da bomba de pressurização (Jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente e


da bomba principal para somente ligá-la automaticamente devem ser feitas através de pressostatose
ligados nos painéis de comando e chaves de partida dos motores de cada bomba.

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DISPOSITIVO DE RECALQUE
Dispositivo para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema,
podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido.
Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consistindo em um prolongamento
de mesmo diâmetro da tubulação principal, com diâmetro mínimo DN50 (2") e máximo de DN100
(4"), cujos engates são compatíveis aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros local.
As Redes Públicas de Hidrantes e redes públicas de abastecimento de água tem pouca confiabilidade
de abastecimento.
As Redes Privadas de Hidrantes e redes interna e externas aos edifícios devem estar reservadas e com
pressurização.

SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO:
 Por gravidade;
 Por bomba principal (bomba de incêndio);
 Bomba jockey - bomba hidráulica centrífuga destinada a manter o sistema pressurizado em
uma faixa pré-estabelecida;
 Tanque de pressão.

SISTEMA DE COMANDO:
 Acionamento automático: chaves de fluxo ou pressostatos;
 Acionamento manual: botoeiras;
 Ligação das bombas elétricas, independente da energia do edifício.

COMPONENTES DE COMANDO OU SINALIZAÇÃO CHAVES DE FLUXO:


Aciona o sistema pelo deslocamento de fluido (água) na tubulação devido abertura de um hidrante.
 Posição de instalação - direção do fluxo;
 Local da instalação: não próxima a mudanças de direção - alteração do fluxo.

COMPONENTES DA REDE DE INCENDIO


RESERVA DE INCÊNDIO:
Volume de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio.

 RESERVATÓRIO INFERIOR
Bomba de incêndio + Tanque de Pressão;
Bomba de incêndio + Bomba Jockey.
Utilização: Conjunto de edificações, Edificações horizontais, industriais etc.

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 RESERVATÓRIO SUPERIOR
Gravidade (central / ramificado);
Gravidade + bomba de incêndio.
Utilização: Edifícios verticais, Edifícios industriais etc..
Poço de sucção: Aspecto construtivo do reservatório, destinado a maximizar a utilização do volume
de água acumulado,bem como para evitar a entrada de impurezas no interior das tubulações.
Sistema de Hidrantes ou de Mangotinhos: Sistema de combate a incêndio composto por reserva de
incêndio,bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e
outros acessórios.
Tubulação: Conjunto de tubos, conexões e outros acessórios destinados a conduzir a água, desde a
reserva de incêndio até hidrantes ou mangotinhos.
A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2½").
Para sistemas tipo 1, poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2"), desde que
comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, e aprovado pelo
órgão competente Drenos, recursos para simulação e ensaios, escorvas, etc., devem ser
dimensionados conforme a aplicação. A tubulação aparente do sistema deve ser em cor vermelha.
Válvulas: As válvulas são acessórios da tubulação, destinada a controlar ou bloquear o fluxo de água
no interior das tubulações.
Válvulas de INTERCEPTAÇÃO:São encontradas na própria rede e nas suas derivações. Têm por
finalidade permitir a segregação da rede em partes independentes, visando o reparo e o contorno.

SISTEMAS FIXOS DE COMBATE, DETECÇÃO E


ALARME
SISTEMAS FIXOS
Um sistema fixo é uma instalação permanente.
A rede hidráulica de incêndio deve garantir o abastecimento de água a qualquer ponto da edificação
onde possa originar-se um incêndio.

 SISTEMA FIXO DE BORRIFO COM ESPUMA


A rede de espuma garante a aplicação de espuma em qualquer ponto da área que esteja protegida pelo
sistema.

 SISTEMA FIXO DE BORRIFO COM ÁGUA


A rede de água garante a aplicação de água borrifada para do incêndio, na área protegida pelo
sistema.

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CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
O sprinkler automático ou chuveiro automático é um equipamento capaz de controlar ou suprimir
um incêndio antes que ele se espalhe, por meio da distribuição de um jato de água que atua sobre o
foco inicial do fogo. O “Sprinkler” tem uma válvula que é mantida na posição fechada através de um
elemento sensível ao calor, e quando a mesma é rompida pulveriza água no compartimento.

AMPOLA DE VIDRO - TEMPERATURAS /COLORAÇÃO

SISTEMA FIXO DE BORRIFO COM GASES


O sistema fixo de Gases é uma instalação adequada para praça de máquinas e paióis, saturando com
um determinado gás toda a atmosfera interior desses compartimentos. Esses Gases utilizados podem
ser;
 CO2;
 Gases Inertes;
 Gases Sintéticos.

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Mangueira em sarilho - consiste em duas ou mais ampolas ligadas a uma seção de mangueira
especial para CO2, colhida em um sarilho com um difusor na extremidade e uma válvula que
controla a descarga do gás.
Descarga direta à distância - Consiste em duas ou mais ampolas que descarregam para uma
canalização que leva o co2 aos compartimentos protegidos. Uma vez iniciada a descarga das
ampolas, não mais poderá ser interrompida.
Dispositivo duplo agente - União de um esguicho AFFF com um esguicho de pó químico (PKP),
presos por uma barra de ferro, proporcionando a extinção das chamas peloPKP e a manutenção do
abafamento pelo AFFF.

SISTEMA FIXO DE BORRIFO COM PÓ QUÍMICO


O sistema fixo de pó químico seco é uma instalação adequada para praça de
máquinas,casa de bombas e também porões de navios que transportam carga
inflamável,saturando com um determinado pó toda a atmosfera interior desses
compartimentos.
SISTEMA FIXO COM CILINDROS MODULARES
Minimiza gasto com instalação;
 FM-200 - Centro de Controle de Sistemas Navais, Salas de controle, Quadros elétricos, CPD
e etc.
 FE-13 e 36 - Praça de máquinas, paiol de tinta, estação de transferência de óleo.

SISTEMA FIXO COM BATERIA DE CILINDROS


 FM-200 - Centro de Controle de Sistemas Navais, Salas de controle, Quadros elétricos, CPD
e etc;
 FE-13, 25, 36 - Praça de máquinas, paiol de tinta, estação de transferência de óleo, oficinas de
solda etc;
 Gases inertes - Praça de máquinas, quadros elétricos, paiol de tintas, salas elétricas e etc;
 Watermist - Inundação total;
 WaterMist - Aplicação local Turbina a gás.

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME


Trata-se de um sistema composto pelos diversos sensores e do meio de comunicação (sinais sonoro e
visual), com o propósito de detectar um possível foco ou princípio de incêndio identificando-o e
acionando o alarme para o combate ao incêndio.

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO:


O projeto do sistema de detecção e alarme de incêndio deve conter os elementos necessários ao seu
completo entendimento, onde os procedimentos para elaboração da proposta de proteção devem
atender a instruções técnicas;

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Todo sistema deve ter 2 (duas) fontes de alimentação. A principal é a rede de alimentação normal da
Empresa e a auxiliar que é constituída por baterias ou NOBREAK.
As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivos de teste dos indicadores luminosos e dos
sinalizadores acústicos e a central de alarmes e os painéis repetidores devem ficar em locais onde
haja constante vigilância humana e de fácil visualização.

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REDE FIXA DE HIDRANTE


São aparelhos ligados às redes de abastecimento de água que permitem a instalação de mangueiras ou
mangotes para o combate a incêndios.

SEGUNDO A ABNT (NBR 5667-2 E NBR 5667-1)


1. OBJETIVO
Esta Norma fixa os caracteres mínimos exigidos para o recebimento de hidrantes urbanos de incêndio
de ferro fundido, para serem empregados em linha de água sob pressão.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES.
Na aplicação desta norma é necessário consultar:
 NBR 6314 - Peças de ligas de cobre fundida em areia – Especificação;
 NBR 6589 - Ferro fundido cinzento – Especificação;
 NBR 7195 - Norma de cor na segurança do trabalho – Procedimento;
 NBR 7669 - Conexões de ferro fundido cinzento – Padronização.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.4.

3.1 HIDRANTES
Aparelhos ligados aos encanamentos de abstecimento d’água que permitem a adapatação de bombas
e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios.

3.2 BUJÃO
Parte do hidrante de coluna que, fixando a sua boca expulsora, permite através da rosca externa a
conexão de mangueiras e/ou mangotes, a fim de que sejam estabelecidas as bombas de incêndio.
3.2.1 Estabelecer uma bomba de incêndio significa levá-la à posição de operação e conectá-la com a
linha de abastecimento.

3.3 TAMPÃO
Peça móvel do hidrante de coluna, em forma de tampa, provida de rosca interna que se adapta ao
bujão, o qual, uma vez atarraxado, intercepta completamente a passagem de água, impede a entrada
de detritos para o corpo do hidrante e protege a rosca externa do bujão. O tampão deve ter,
externamente, ranhuras que permitam seu aperto e desaperto.

3.4 PRESSÃO NOMINAL (PN)


Pressão máxima na qual podem ser utilizados os hidrantes.

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4 CONDIÇÕES GERAIS
4.1 MATERIAIS
4.1.1 CORPO
Deverá ser fabricado de ferro fundido com resistência mínima à ruptura de 150 MPa (NBR 6589),
classe FC-150, não devendo apresentar falha de fundição que possa prejudicar seu desempenho em
serviço.

4.1.2 BUJÃO
Deverá ser fabricado de latão, fundido com resistência mínima à tração de 230 MPa (NBR 6314).

4.1.3 TAMPÃO
Deverá ser fabricado do mesmo material do corpo.
4.1.3.1 O tampão de 60,0 mm de diâmetro deverá ter três ranhuras externas e o tampão de 100 mm de
diâmetro deverá ter quatro ranhuras externas.
4.1.3.2 As ranhuras externas do tampão deverão ter 8 mm a 12 mm de profundidade, 8 mm a 12 mm
de largura e ser uniformemente espaçadas na circunferência do tampão.

4.2 MARCAÇÃO
Os hidrantes deverão ter marcados no corpo, em relevo de fundição, a pressão nominal de 1 Mpa e a
marca ou logotipo do fornecedor.

4.3 PINTURA
Os hidrantes deverão ser fornecidos pintados em vermelho (NBR 7195).

4.4 UNIDADE DE COMPRA


A unidade de compra é o hidrante completo, com todos os componentes, tal como consta na Figura 1.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1 DIMENSÕES
5.1.1 É normalizado o tipo de hidrante esquematizado na Figura 1, composto de uma saída
apropriada para estabelecimento de bomba de 60,0 mm de diâmetro.
5.1.2 O flange de ligação à linha deverá ter dimensões e furação segundo a NBR 7669.
5.1.3 São considerados normais as roscas para bujões e tampões, segundo as Figuras 2, 3, 4 e 5.

6 INSPEÇÃO
6.1 ENSAIOS
Todos os hidrantes deverão ser ensaiados a uma pressão hidrostática de 1,5 Mpa durante um mínimo
de 1 min.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

6.2 PROCEDIMENTO
6.2.1 A inspeção de aceitação dos hidrantes poderá ser feita no estabelecimento do fabricante, ou em
órgão oficial competente, pelo comprador ou pelo seu representante.
6.2.2 É garantido ao comprador ou seu representante o acesso aos pontos em que serão efetuados os
ensaios no estabelecimento do fabricante, bem como toda a aparelhagem necessária para a execução
dos ensaios.
6.2.3 O fabricante deverá avisar ao comprador com antecedência mínima de 10 dias da data em que
terão lugar as inspeções dos hidrantes.
6.2.4 O não comparecimento do comprador ou seu representante na data marcada para a inspeção
importará na aprovação, devendo o fabricante, neste caso, oferecer uma declaração escrita de que os
ensaios foram efetivamente realizados e os resultados obtidos.

7. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
Os hidrantes que satisfizerem as exigências desta Norma, em materiais e dimensões, bem como aos
ensaios hidrostáticos, são considerados aprovados.

TIPOS DE HIDRANTES

COLUNA COLUNA RECALQUE PAREDE


TIPO Y TIPO T

ABRIGO DE MANGUEIRA OU CAIXAS DE HIDRANTES


São locais onde são armazenadas as mangueiras e equipamentos de combate a incêndio. Podem ser
embutidas ou aparentes, devem estar próximas às colunas, ter fácil acesso e inscrições de
“INCÊNDIO” na porta.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ACESSÓRIOS DE HIDRANTES

Conexões e reduções Mangueiras

Chave de mangueira Derivantes

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

Esguichos

MANGUEIRA DE INCÊNDIO
Equipamento de combate à incêndio, constituído essencialmente por um duto flexível dotado de
uniões, contendo um comprimento padrão de 15,25 metros.

QUANTO AO DIÂMETRO: NBR 12779


As mangueiras existentes são de1 1/2’’, 2”, 2 1/2” e 3 1/2”.
As seções são de 15,25 m (50 pés) de comprimento, 20m, 25m, e 30 metros.

ACONDICIONAMENTO:
 Em aspiral;
 Aduchada simples;
 Aduchada com alças;
 Em ziguezague.
Aduchada - É de fácil manuseio, tanto no combate a incêndio, como no transporte. O aduchamento é
realizado por dois homens.
Aduchada com alça-Facilita o transporte quando da necessidade de subir escadas ou em outras
situações na qual o transporte seja difícil.
Em ziguezague- Acondicionamento próprio para uso de linhas prontas, em compartimentos
específicos.

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CLASSIFICAÇÃO
 Quanto as fibras;
 Disposição das lonas;
 Diâmetro.
Quanto as fibras:Naturais ou sintéticas
As sintéticas possuem peso reduzido, maior resistência à pressão, baixa absorção de água em relação
as fibras naturais.
Disposição das lonas:Lona simples, Lona dupla ou Lona revestida.

LONA SIMPLES
Mangueiras constituídas de um tubo de borracha, envolvido por uma camada têxtil, que forma a lona.

LONA DUPLA
Mangueiras constituídas de um tubo de borracha, envolvido por duas camadas têxteis sobrepostas.

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REVESTIMENTO SINTÉTICO
Constituídas de um tubo de borracha, envolvido por uma ou duas camadas têxteis revestidas por
material sintético.

TIPOS DE MANGUEIRAS
 TIPO I - Destinada à edifícios de ocupação residencial.
 TIPO II - Destinada à edifícios comerciais, áreas industriais e corpo de bombeiros.
 TIPO III - Destinadas à área naval e industrial.
 TIPO IV - Destinadas à área industrial, na qual se necessita de alta resistência a abrasão e
superfícies quentes.
 TIPO V - Destinadas à área industrial, na qual se necessita de alta resistência a abrasão e
superfícies quentes.

INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E CUIDADOS EM


MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
Devem-se seguir todas as instruções contidas na Norma NBR 12779 - INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO
E CUIDADOS EM MANGUEIRAS DE INCÊNDIO.
 A mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado.
 Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco.
 Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou vapores de produtos químicos
agressivos.
 Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.) que não
seja o combate a incêndio.
 Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em treinamentos de
brigadas, evitando danos e desgastes.
 As mangueiras utilizadas em treinamento de brigadas devem ser mantidas somente para este
fim.

INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
Inspeção: Presença de deformidades, dificuldade de acoplamento, correta vedação da borracha;
inscrição conforme NBR 11186, desprendimento do revestimento.

Manutenção: Norma NBR 12.779 - inspeção mangueiras - Inspecionada a cada 06 meses e a cada 12
meses submetida à manutenção e ensaio hidrostático; o usuário deverá manter em seu poder o
certificado de manutenção de suas mangueiras de incêndio.

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Cuidados: Secagem após uso; acondicionamento aduchado.

EXTINTORES
Equipamento com finalidade de extinguir ou controlar princípios de incêndio.

PORTÁTEISSOBRE RODAS

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES DA NBR 12962

NBR 7195 - Cor na segurança do trabalho - Procedimento;


NBR 9654 - Indicador de pressão para extintores de incêndio - Especificação;
NBR 9695 - Pó químico para extinção de incêndio - Especificação;
NBR 10721 - Extintores de incêndio com carga de pó químico - Especificação;
NBR 11715 - Extintores de incêndio do tipo carga d’água - Especificação;
NBR 11716 - Extintores de incêndio com carga de gás carbônico - Especificação;
NBR 11751 - Extintores de incêndio - Tipo espuma mecânica - Especificação;
NBR 11762 - Extintores de incêndio portáteis dehidrocarbonetos halogenados - Especificação;
NBR 11863 - Carga para extintor de incêndio à base de espuma química e carga líquida -
Especificação.

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TIPOS DE EXTINTORES

TABELA DE DEMOSTRAÇÃO DE USO DOS EXTINTORES

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INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EXTINTORES


Semanal - Verificar acesso, visibilidade, sinalização e se o lacre encontra-se violado.

Mensal - Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a pressão do manômetro (se
houver), o lacre e o pino de segurança. Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás
comprimido, quando houve, anotando no cartão de controle existente. Se o peso do extintor estiver
abaixo de 90% do especificado, recarregar.

Semestral - Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre.

Anual - Verificar as condições físicas do extintor.

Quinquenal- Fazer, por pessoal especializado, o teste hidrostático a cada 5 anos ou toda vez que o
aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou
corrosão. Neste teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho.

DIMENSIONAMENTO DE EXTINTORES
O dimensionamento dos extintores é feito em cima dos riscos encontrados sobre a área total local,
estipulando assim a área protegida e distancia de resposta do sinistro.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

INCÊNDIO
EM
AERONAVES

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INCÊNDIO EM AERONAVES
INTRODUÇÃO
No mundo moderno a aviação tornou-se um meio de transporte corriqueiro, o que gerou sobre as
cidades um grande número de aeronaves em vôo, desde helicópteros transportando executivos até
grandes aeronaves comerciais transportando cargas e passageiros. Com esse crescimento da aviação e
devido a suas características específicas, e com a possibilidade de ocorrer um acidente ou incidente
aeronáutico, em algum lugar a qualquer momento, surgiu a necessidade de uma especialização dos
serviços de bombeiros no salvamento e combate a incêndios em aeronaves.Os serviços de combate a
incêndio nos aeroportos foram criados para darem uma pronta resposta no caso da ocorrência de um
acidente ou incidente aeronáutico em um aeródromo, buscando-se, assim, preservar a vida humana e
minimizar os danos ao patrimônio eventualmente envolvido.

Com os avanços da aviação criou-se um serviço de proteção ao vôo que pudesse proporcionar um
crescimento seguro e ordenado da aviação, e por se tratar de um assunto de interesse internacional,
foi criado um organismo internacional para regular o assunto a International Civil
AviationOrganization (ICAO) ou OrganizaçãodeAviação Civil Internacional (OACI), sediada na
cidadeAviação Civil Internacional (OACI), sediada na cidade de Montreal, Canadá.

INCÊNDIO EM AERONAVES
Dentre os diversos documentos emitidos pela OACI, voltados para os mais variados setores da
aviação, tem interesse para as atividades de salvamentoe combate a incêndios em aeronaves e
aeroportos, primeiramente, o Anexo 14 à Convenção, que trata das normas e dos métodos
recomendados aos aeródromos. Este documento, em seu Capítulo 9, Serviços de Emergência e outros
Serviços, fixa as orientações básicas relacionadas à atividade contra-incêndio em aeródromos, por
meio de normas e recomendações. Aspectos Legais:É importante sabermos os aspectos legais,

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA
sistemas e órgãos que norteiam a atividade de salvamento e combate a incêndio em aeronavesno
Brasil, a saber:
Código Brasileiro de Aeronáutica Norma reguladora no território brasileiro que estabelece como
autoridadesaeronáuticas competentes todas aquelas do Comando da Aeronáutica,conforme as
atribuições definidas nos respectivos regulamentos, sendo submetidos ao Comando da Aeronáutica: o
tráfego aéreo;a navegação aérea; a infra-estruturaaeronáutica; a aeronave; a tripulação e os serviços
direta ou indiretamente relacionados ao vôo.
Constitui infra-estrutura aeronáutica o conjunto de órgãos, instalações ou estruturas terrestres de
apoio à navegação aérea, para promover-lhe a segurança, a regularidade e a eficiência,
compreendendo diversos sistemas. O Sistema contra-incêndioestabelecido pelo Código Brasileiro de
Aeronáutica, que tem por finalidade a orientação, a supervisão, a fiscalização e a coordenação das
atividades de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos e edificações do Comando
da Aeronáutica, integram o SISCON (Sistema Contra-incêndio) do Comando da Aeronáuticaum
órgão central e vários órgãos executivos, chamados de elos do SISCON.O órgão central do SISCON
é a Diretoria de Engenhariada Aeronáutica (DIRENG), do Comando da Aeronáutica
Os elos do SISCON são os órgãos e elementos executivos, dotados de efetivos e equipamentos
necessários ao cumprimento de seus encargos, como as Seções Contra-incêndio das organizações
militares, dos aeroportos ou aeródromos de organizações estatais ou paraestatais, federais, estaduais
ou municipais.Atendendo à recomendação da Organização de Aviação Civil Internacional, a
DIRENG efetua a categorização dos aeródromos, como forma de explicitar o nível de proteção
contra-incêndio requerido em cada um deles, caracterizando assim as necessidades de pessoal,
equipamentos especializados e carros contra-incêndio a serem alocados nos elos do sistema.
A Empresa brasileira de infra-estrutura aeroportuária (INFRAERO), é uma empresa pública,
vinculada ao Comando da Aeronáutica, com a finalidade de implantar, operar e explorar industrial e
comercialmente a infra-estrutura aeroportuária no Brasil, bem como administrar os aeroportos sendo
a responsável pela instalação, manutenção e operação dos Serviços de Salvamento e Combate a
Incêndio nos aeroportos por ela administrados. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), tem
como atribuições o estudo, a orientação, o planejamento, a coordenação, o controle, o incentivo e o
apoio às atividades da aviação civil, pública e privada.

FAMILIARIZAÇÃO COM AEROPORTOS


Quando o efetivo do Corpo de Bombeiros for empregado em atividades de salvamento e combate a
incêndios em aeronaves e em aeroportos, possuir conhecimento das características do aeroporto onde
irão atuar a resposta a uma emergência aeronáutica será de forma mais ágil e eficaz, contribuindo
efetivamente para que vidas humanas e patrimônios valiosos sejam salvos.Assim, os efetivos do
Corpo de Bombeiros empregados em aeroportos ou em locais próximos devem estar familiarizados
com a planta do aeródromo e todos os seus detalhes, principalmente as pistas de pouso e decolagem,
bem como todos os seus sistemas de pistas de taxiamento, portões, cercas, vias de acesso, terminais
de passageiros e de cargas e demais características geográficas particulares que possam compor o
complexo aeroportuário.
Como mencionado acima, a rapidez no atendimento a uma emergência aeronáutica é fundamental
para o sucesso das operações de salvamento e combate às chamas. Assim, os bombeiros devem estar
em condições de encontrar, rapidamente, as vias de acesso a qualquer ponto do aeroporto, mesmo à
noite ou em condições meteorológicas adversas que reduzam a visibilidade.Os bombeiros devem
também ter um conhecimento da estrutura básica de um aeroporto.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

DIFERENÇA ENTRE AERÓDROMO E AEROPORTO


Entende-se por aeródromo a área definida sobre a terra ou água, destinada à chegada, partida e
movimentação de aeronaves.
Aeroporto é todo aeródromo público, dotado de instalações e facilidades para o apoio de operações
de aeronaves, embarque e desembarque de pessoas e cargas.
Comunidade Aeroportuária: É um grupamento de pessoas, físicas ou jurídicas, que de alguma
forma estejam realizando atividades ligadas ao transporte aéreo.
Principais Instalações Aeroportuárias: Entende-se como instalações aeroportuárias o conjunto de
dependências, equipamentos ou áreas localizadas noaeródromo, onde serão desenvolvidas as diversas
atividades voltadas à infra-estrutura aeroportuária.
Pistas de pouso e decolagem:Pista de pouso e decolagem é uma área retangular definida, em um
aeródromo terrestre, preparada para o pouso e decolagem de aeronaves.Os bombeiros devem
observar atentamente a movimentação das aeronaves nas pistas de pouso e decolagem, pois
normalmente as aeronaves são direcionadas para o pouso ou decolagem no sentido contrário ao do
vento.
Depósito de combustível de aviação: É o conjunto de instalações fixas, compreendendo tanques,
equipamentos e edifícios de administração e manutenção, com a finalidade de receber, armazenar e
distribuir os combustíveis de aviação e dotados de sistemas de proteção contra-incêndio.
Casa de força: Instalação fixa, destinada à guarda do(s) grupo(s) gerador(es), subestação e painéis de
controle de luz e força auxiliares do aeroporto.
Seção contra-incêndio: É um Posto de Bombeiros localizado próximo a pista de um aeroporto de
forma a poder atender rapidamente às emergências aeronáuticas, dotada de instalações específicas
(sistema de comunicações, reserva de água para fins de proteção contra-incêndio, etc.) que abriga os
carros de combate a incêndio e o pessoal que os opera.
Outros: Além das acima mencionadas, podem-se citar ainda como instalações aeroportuárias os
hangares, os depósitos, as comissárias, as edificações em geral, os sistemas e equipamentos de
proteção ao vôo, os almoxarifados, o sistema viário, as áreas verdes e demais instalações relacionadas
com a infra-estrutura aeronáutica, que devem ser protegidas por facilidades e instalações de proteção
contra-incêndio apropriadas.
Helipontos: Helipontos são áreas de pouso e decolagem para aeronaves de asas rotativas. Os
helipontos poderão ser de superfície, quando construídos em terra ou sobre a superfície da água.
Serão elevados, quando construídos sobre uma estrutura terrestre elevada.
Heliporto: É um heliponto público dotado de instalações e facilidades para o apoio de helicópteros
de passageiros, tais como: pátio de estacionamento, estação de embarque e desembarque de
passageiros, locais deabastecimento, estação de comunicação autorizada, rádio, equipamentos de
manutenção, etc.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

FAMILIARIZAÇÃO COM AERONAVES


Devido à grande importância que representa para a sobrevivência das tripulações e passageiros de
uma aeronave, no caso de ocorrer um incidente ou acidente aeronáutico, os conhecimentos acerca dos
detalhes construtivos de um avião, bem como dos sistemas que o possibilitam operar, são
fundamentais para os bombeiros encarregados do salvamento e combate a incêndios em uma
aeronave.Dessa forma, é imperativo que os bombeiros, quando atenderem às ocorrências envolvendo
aeronaves, tenham um conhecimento dos diversos tipos de aviões existentes, bem como dos sistemas
neles incorporados, para que possam atuar de forma rápida e eficiente.

Combustíveis para Aviação: O tipo de combustível empregado nos motores das aeronaves pode ser
a Gasolina de Aviação ou Querosene de Aviação.
A gasolina de aviação (AVGAS) é o tipo de combustível usado em aeronaves equipadas com motores
convencionais (a pistão), esse combustível é uma substância constituída basicamente por
hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contêm átomos de carbono e hidrogênio), com o valor de
octanagem, por volta de 120, sendo que as gasolinas automotivas comuns, comercializadas no Brasil,
apresentam uma octanagem em torno de 80.Os dois principais tipos de gasolina para aviação são a
AVGAS 100 e a AVGAS 100LL.
O querosene de aviação é o tipo de combustível usado em aeronaves equipadas com motores à reação
(turbina). Alguns desses são: QAV, “Turbo Fuel” e Jet Petroleum.

VIATURAS E EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO


A possibilidade de um acidente aeronáutico acontecer nas cercanias deum aeroporto é bem maior do
que em outro local, devido às constantes operações de pouso e decolagem, às manutenções de rotina
e também às operações de abastecimento. Quando uma aeronave se envolve em um acidente, a
probabilidade de ocorrer um incêndio fica aumentada, pois a quantidade de combustível presente no
local normalmente é grande, além da presença de inúmeros lubrificantes e fluidos hidráulicos, bem
como dos próprios materiais combustíveis utilizados na construção da aeronave.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA
Por essa razão, os veículos utilizados nas operações de resgate e combate a incêndios em aeronaves
devem estar em condições de intervir rápida e eficientemente nessas ocorrências e serem dotados de
todos os equipamentos necessários a essas operações.

VEÍCULOS DE SALVAMENTO E COMBATE A INCÊNDIOS


Um incêndio em aeronave é um grande desafio para o pessoal envolvido nas operações de
salvamento de vítimas e combate às chamas, pois o incêndio em um avião produz altas temperaturas
em um curto espaço de tempo, além de envolver extensas áreas, devido à presença de uma grande
quantidade de combustível derramado.Os veículos utilizados nas operações de salvamento e combate
a incêndios em aeronaves e aeroportos devem ter como uma de suas principais características é poder
descarregar adequadas quantidades de agente extintor em um curto período de tempo. Portanto, os
aeródromos deverão ser dotados de carros contra-incêndio especialmente projetados que atendam ao
nível de proteção requerida para a categoria do aeródromo. Pelas normas do Comando da
Aeronáutica, os carros contra-incêndio são classificados em dois tipos: Agentes Combinados (AC) e
Ataque Principal (AP).

CARROS CONTRA-INCÊNDIO (CCI) DO TIPO AGENTES COMBINADOS


São aqueles cuja quantidade de agentes extintores estejam enquadrados conforme a Tabela
1DESIGNAÇÃO ÁGUA (Litros) EFE (Litros) PÓ BC (kg).
 AC-1 400 51 204;
 AC-2 800 102 204;
 AC-3 1200 a 1500 153 a 191 100 a 204;
 AC-4 2000 255 204 Tabela 1 - CCI do tipo Agentes Combinados.

CARROS CONTRA-INCÊNDIO (CCI) DO TIPO ATAQUE PRINCIPAL


São aqueles cuja quantidade de agentes extintores esteja enquadrada conforme a Tabela 2,
DESIGNAÇÃO ÁGUA (Litros) EFE (Litros) PÓ BC (Kg)
 Classe 1 3000 a 4500 383 a 576 100 a 204;
 Classe 2 5000 a 6000 640 a 766 100 a 204;
 Classe 3 9000 1149 204;
 Classe 4 10 1404 204;
 Classe 5 15140 1933 204;
 Classe 6 18900 2413 204;
 Classe 7 22710 2899 204.
Tabela 2 - CCI do tipo Ataque Principal
O número mínimo de carros contra-incêndio necessários para prover um aeródromo e aplicar com
eficácia os agentes extintores nas quantidades especificadas para cada categoria de aeródromo deve
estar de acordo com a Tabela 3.
Tabela 3 - Quantidade mínima de CCI por categoria de aeródromo
Os Carros Contra Incêndio são capazes de aplicar os agentes extintores por diversos meios, dentre os
quais ressaltamos aqueles mais usuais: canhões de espuma, existentes na sua parte superior;

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA
mangueiras de incêndio e mangotinhos e ainda por esguichos especiais localizados na parte inferior
da superestrutura.

Para uma grande aplicação de agente extintor, durante uma operação de extinção de incêndio, as
viaturas deverão estar dotadas de um ou mais canhões de espuma. Esses canhões, normalmente, estão
instalados sobre as cabinas dos veículos e podem ser operados tanto manualmente quanto por
controle remoto e são capazes de descarregar os agentes extintores em jatos de diversos tipos e
formas. O agente extintor do tipo pó BC, que utiliza normalmente o nitrogênio como agente
expelente, é aplicado por meio de pistolas especiais conectadas a mangotinhos resistentes a altas
pressões.

CCI DO TIPO AP EMERGENCY-ONE TITAN:


Com a finalidade de auxiliar nas atividades de salvamento e combate a incêndios em aeronaves e
aeroportos, viaturas utilizadas nas rotinas diárias de um Corpo de Bombeiros poderão ser adaptadas
para prestar serviços em um aeroporto. As modernas viaturas projetadas para as atividades rotineiras
de combate a incêndios poderão ser dotadas de um sistema proporcionador de espuma, bem como de
um canhão lançador e assim estarem em condições de serem empregadas em aeroportos, sem maiores
problemas.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO EM


AERONAVES
As ferramentas e todo o equipamento utilizado no atendimento às ocorrências envolvendo aeronaves
são, na maioria, os mesmos utilizados nas atividades rotineiras de um Corpo de Bombeiros, com
algumas variações, para atender à especificidade do serviço em um aeroporto. Os equipamentos de
que necessita a equipe de salvamento, para utilização imediata no local do acidente aeronáutico,
devem ser transportados nos carros contra-incêndios do tipo agentes combinados e estarem em
condições de pronto emprego.

Esses equipamentos normalmente são os seguintes: Meios de iluminação, alimentados


preferencialmente por um gerador autônomo. Ferramentas mecânicas, alimentadas preferencialmente
por uma fonte de energia portátil, incluindo serra circular, para cortes de grandes superfícies, moto
abrasivos, desencarceradores, martelete portátil ou outros. Para cortes mais precisos; Ferramentas

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manuais, incluindo cisalhas para cortar cabos, chaves de fenda de tamanhos e modelos apropriados,
alavancas, martelos, machados e talhadeiras;Macacos hidráulicos, munidos de acessórios adequados,
que possibilitem flexibilidadede utilização na aplicação dos esforços sobre as estruturas;
equipamentos de proteção respiratória e máscaras contra gases; Estojo de primeiro socorros; Mantas
aluminizadas e macas; Megafone transistorizado portátil e equipamentos de comunicação portátil,
para comunicação com as equipes que se encontrem dentro e fora da aeronave.

EQUIPAMENTOS PARA ENTRADA FORÇADA


Os meios de iluminação devem incluir projetores de luz, destinados à iluminação geral, e projetores
menores, para serem utilizados nos locais de trabalho. Esses projetores e o gerador devem funcionar
sem perigo na presença de gases inflamáveis.

MOTOABRASIVO

A composição exata do jogo de ferramentas manuais necessário deve ser determinada em função dos
tipos de aeronaves que utilizam o aeroporto.Os equipamentos necessários à equipe do SESCINC, que
podem ser transportados, tanto nos carros contra-incêndio do tipo agentes combinados, quanto nos
do tipo ataque principal, devem incluir ainda:

Cunhas, tampões para estancar mangueiras, tubulações de combustível e fluido hidráulico, croquis e
escadas de tipo e tamanhos apropriados à aeronave acidentada.

Equipamentos que permitam insuflar ar fresco, por meio de ventiladores e dutos, utilizando
preferencialmente a técnica da ventilação por pressão positiva; Equipamento que permita aspergir
água no interior da fuselagem.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E DE


PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É fundamental que todo o pessoal que venha a participar de uma operação de combate a incêndio em
uma aeronave esteja adequadamente trajado com o equipamento de proteção individual
apropriado.Um EPI padrão basicamente é constituído de um capacete com viseira, de um traje, que
deverá ser de duas peças, com jaqueta e calça (pois é necessário uma proteção para as pernas de
combustíveis derramados), de botas e luvas. Alguns cuidados peculiares devem ser observados no
EPI dos bombeiros que atuam em um Posto de Bombeiros de um Aeroporto: Recomenda-se que as
roupas de proteção tenham um revestimento altamente refletivo, aluminizado com uma maior
tolerância ao calor irradiado do fogo em grandes quantidades de combustível. As solas das botas

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devem ser feitas de material antiderrapante e com resistência ao calor, às substâncias ácidas e aos
combustíveis de aviação, e as ponteiras reforçadas com aço. É aconselhável que as luvas tenham um
revestimento externo refletivo resistente ao calor irradiante, além de da palma e dos dedos de
material resistente à abrasão e à penetração, e as costuras devem ser resistentes à penetração de
líquidos. Quando próximo a aeronaves com os motores ligados ou em operações de pouso e
decolagem é importante o uso de protetores auriculares.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


Os processos de combustão dos materiais encontrados no interior de uma aeronave certamente irão
provocar gases com alto teor de toxidade, tais como, o monóxido de carbono, o ácido clorídrico, o
gás sulfídrico, o ácido cianídrico, o cloro e o fosgênio.

ROUPA DE
PROTEÇÃO
ALUMINIZADA

Diante da necessidade de ingressar em uma aeronave que contenha fumaça, os bombeiros devem
utilizar o equipamento de proteção respiratória autônomo,aprovado para as operações de bombeiros.

Aplicação da Água: Como agente extintor, a água não é o agente extintor adequado para ser
empregado em uma aeronave, sem a adição de um extrato formador de espuma ou um agente
surfactante. No entanto, embora não seja indicado, poderá constituir-se em uma alternativa para
extinguir o fogo em uma aeronave sinistrada, cabendo ressaltar que a água é também um excelente
agente extintor para incêndios no interior de aviões.

A água também é indicada para resfriar a fuselagem de uma aeronave, reduzindo desse modo à
possibilidade de uma reignição. Adicionalmente, pode possibilitar uma proteção contra o calor
excessivo para os passageiros e os bombeiros encarregados de dar combate às chamas utilizando os
jatos na forma de neblina.

Finalmente, é muito eficiente nas operações de rescaldo, especialmente onde haja incêndio de classe
“A”, contribuindo para a extinção completa das chamas.

Aplicação da Espuma:Devido a grande quantidade de líquidos e fluidos inflamáveis nas aeronaves,


como a gasolina de aviação ou o querosene, os agentes espumantes são os mais indicados s para
combater incêndios em aeronaves.

A NFPA e a ICAO reconhecem as vantagens de usar os extratos AFFF em lugar dos extratos de
proteína ou fluoroproteína, ao permitirem uma redução de um terço na quantidade de água, além de
serem compatíveis com o uso combinado com o pó químico seco, pó ABC e pós especiais nas
atividades de combate a incêndios em aeronaves.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

Pó Químico Seco: Nas operações de combate a incêndio em aeronaves, os agentes extintores dos
tipos pó químico seco, normalmente são do tipo “BC” ou “ABC”, podendo ser utilizados os agentes
extintores especiais para incêndios que envolvam metais inflamáveis, como o magnésio por exemplo.

A aplicação acontece das seguintes maneiras:

 Quando os incêndios ainda não alcançaram grandes proporções


 No caso de incêndios em componentes do trem de pouso das aeronaves.
 Contra os incêndios em pontos ocultos, inacessíveis.

O êxito no emprego do pó químico seco depende, em grande parte, da técnica de aplicação utilizada,
uma vez que o pó BC não oferece um efeito refrigerante como a água ou a espuma, por exemplo,
significando que os incêndios em combustíveis líquidos podem ser extintos sem que se consiga a
correspondente redução da temperatura nos componentes metálicos situados na área do incêndio,
propiciando assim uma reignição.

Nos incêndio em metais combustíveis (materiais classe D), como por exemplo o Magnésio e o
Titânio, presentes nos componentes das aeronaves, pode ser utilizados os agentes extintores
especiais, como o Pó Met-L-X e o Pó G-1.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

BOMBEIROSxAEROPORTOS
Quando o efetivo do Corpo de Bombeiros for empregado em atividades de salvamento e combate a
incêndios em aeronaves e em aeroportos, possuir conhecimento das características do aeroporto onde
irão atuar a resposta a uma emergência aeronáutica será de forma mais ágil e eficaz, contribuindo
efetivamente para que vidas humanas e patrimônios valiosos sejam salvos.Assim, o efetivo do Corpo
de Bombeiro empregado em aeroportos ou em locais próximos deve estar familiarizado com a planta
do aeródromo e todos os seus detalhes, principalmente as pistas de pouso e decolagem.

Muitos fatores colaboram para acidentes aéreos como aves, tempestades, falhahumana e motora, mas
a maior preocupação ainda é comos incêndios e com os incendiários, por esse motivo os aeroportos
eoCorpo de bombeirosjunto as suas brigadas investem pesado nas campanhasde
conscientizaçãocontra incêndiosprincipalmente em matas fechadas e em torno dos aeroportoscomo
também na pratica de soltar balões intensificando muito as campanhasnos mesesde junho por conta
das festas juninas.

Balões juninos e aeronaves são uma combinação explosiva,pense nisso antes de solta um balão, pois
você estará colocando vidas em risco para sua simples diversão.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

INCÊNDIOS
FLORESTAIS

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL


INTRODUÇÃO
Incêndio Florestal é todo fogo sem controle que incide nas áreas florestadas. Eles causam enormes
prejuízos: materiais, ao meio ambiente e ao homem.Em 1989, o Governo Federal criou o Sistema
Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - PREVFOGO, ficando o IBAMA
responsável pelo combate aos mesmos e às queimadas.
Os danos causados pelos incêndios às florestas são de várias naturezas:
As árvores - Morte por superaquecimento do câmbio ou diminuição da sua resistência ao ataque de
pragas e doenças.
Ao solo - Morte da microflora e da microfauna da camada superficial (até 7,5 cm) e favorecimento da
erosão.
Planejamento do corte - O incêndio força o corte prematuro das árvores, alterando o "princípio da
persistência" ou do rendimento anual sustentado.
Lazer contemplativo - Nas florestas usadas como parque, o incêndio torna impróprias as atividades
recreativas e de lazer (pelo menos temporariamente), por afetar seu aspecto paisagístico.
Flora e fauna - O fogo mata plantas e animais, destruindo também as fontes de alimentos, abrigos,
ninhos e animais jovens.
Propriedade - O fogo destrói habitações, cercas, postes, máquinas, veículos, etc...

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS


O sucesso da operação de extinção depende do conhecimento da classificação dos incêndios em
mata. A classificação é feita de acordo com a localização dos combustíveis e podem ser como e
segue:
Incêndio subterrâneo- Também chamado de "incêndio de solo", ocorre no piso da floresta, até uma
camada de cerca de 15cm acima do solo mineral, afetando o material orgânico em decomposição.
Devido ao pouco oxigênio aí disponível, o fogo desenvolve-se lentamente, sem chamas, com pouca
fumaça mais persistentemente, com intenso calor e força destruidora uniforme.
Incêndio superficial ou rasteiro - Ocorre também no piso da floresta, queimando os restos vegetais
não decompostos: folhas, galhos, etc., localizados até a altura de 1,80 m do solo. São caracterizados
por uma propagação relativamente rápida, abundância de chamas e muito calor, não sendo porem,
muito difíceis de combater. São os mais comuns. É a forma pela qual começam quase todos os
incêndios florestais.
Incêndio aéreo ou de copa - São os que ocorrem nas árvores, a partir de 1,80 m do solo. A folhagem
é totalmente destruída e as árvores geralmente morrem. Salvo raras exceções (casos dos raios e
balões), todos os incêndios de copa se originam de incêndios superficiais. Propagam-se rapidamente,
liberando grande quantidade de calor e são os mais difíceis de serem combatidos. Incêndio total -
Quando temos todas as formas de incêndio acima descritas.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

FATORES QUE INFLUEM NA PROPAGAÇÃO


Os cinco principais fatores que influem na propagação do incêndio florestal são os seguintes:
 Quantidade;
 Tipo e arranjo do material combustível;
 Umidade do material combustível;
 Condições climáticas;
 Topografia; e Tipo de floresta.

QUANTIDADE, TIPO E ARRANJO DO MATERIAL


COMBUSTÍVEL
a) QUANTIDADE: Em uma floresta existe grande quantidade de material combustível em
potencial. O material morto é, geralmente, o principal responsável pela propagação do incêndio.

b) TIPO DE MATERIAL:Os materiais combustíveis presentes nas florestas podem ser


classificados conforme as suas respectivas localizações. São divididos em combustíveis;

 Leves
 Pesados
 Verdes.

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COMBUSTÍVEIS LEVES OU DE QUEIMA RÁPIDA (PERIGOSO)


Pequenos galhos (com diâmetro inferior a 1cm), folhas, liquens, musgos e gramíneas, todos em
estado seco. Produzem muita chama e muito calor e queimam com maior facilidade, permitindo uma
propagação rápida do fogo. Fornecem calor para que os combustíveis pesados entrem em combustão
e para que os combustíveis verdes sequem e queimem com facilidade.

COMBUSTÍVEIS PESADOS OU DE QUEIMA LENTA (SEMI-PERIGOSO)


Galhos com diâmetro superior a 1cm, troncos caídos, tocos e humus. Embora de ignição mais lenta,
em decorrência do seu volume e da umidade que retêm, dão intenso calor e podem manter combustão
latente e reiniciar incêndios tidos como controlados. Quando queimam, ardem por longo período e
sua extinção é mais trabalhosa.

COMBUSTÍVEIS VERDES
Vegetação viva em crescimento existente na floresta. Devido ao alto teor de umidade, são às vezes
considerados "não inflamáveis". Não é de fácil combustão, porém, grande volume de fogo pode secá-
la rápida e favoravelmente para entrada em combustão.

Certos vegetais, como eucalipto, pinheiro e cedro, possuem óleos em sua constituição que, uma vez
queimados, produzem grande volume de fogo.

c) ARRANJO DO MATERIAL: Não havendo continuidade de combustível,o fogo tem dificuldade


de se propagar.A compactação do materialverde é inversamente proporcional à propagação do
fogo.Isto é,quanto mais compactado (menor foro espaçamento entre as árvores) estiver o material,
mais difícil será a combustão.Isso se explica pelamaior umidade relativa, maior transpiração,menor
evaporação(e, consequentemente,maior umidade do solo), menor insolação e menos espaço para o ar
ou vento circularem no interior da massa vegetal.

d) CONDIÇÕES CLIMÁTICAS:A temperatura do ar, a umidade relativa e o vento são os


principais componentes do clima que interferem nosincêndios florestais.

e) TOPOGRAFIA: A influência da topografia do terreno na velocidade depropagação do incêndio


florestal é tão marcante,que este parâmetro sempre foi considerado um importante fator no
comportamento do fogo e aocontrário dascondiçõesmeteorológicas, que variam frequentemente,
oterreno é um fator constante.

ACLIVE:O fogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, aschamas encontrão maior
quantidade de combustível, aliando-se aos gasesquentes que produzem a convecção. Um incêndio se
propagando em umacentuado aclive, se assemelha a um incêndio se propagando no plano,sob um
forte vento.

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DECLIVE:O fogo é lento porque as correntes de convecção vão ao sentido oposto aos combustíveis,
não os aquecendo. Em declives íngremes, troncos incandescentes podem rolar, causando riscos para
os bombeiros, quer pelo impacto com o material, quer pela possibilidade que este tem de conduzir o
fogo para a retaguarda dos bombeiros, colocando-os entre duas frentes.

TIPO DE FLORESTA
Uma floresta aberta, rala, com grande espaçamento entre as árvores, permite a penetração mais livre
dos raios solares e do vento, provocando um aumento da temperatura e da taxa de evaporação,
contribuindo assim para um maior risco de incêndio. A menor transpiração da massa florestal, por
sua vez, proporciona um menor aumento na umidade relativa do ar.

ELIMINAÇÃO DO MATERIAL COMBUSTÍVEL


A eliminação ou redução do material combustível é uma das medidas mais eficientes na prevenção
dos incêndios florestais. Nas florestas, os riscos de incêndio e da perda de controle da situação são
ainda piores, pois as altas chamas, o terreno normalmente inclinado, os obstáculos representados
pelos troncos e o perigo da queda de árvores são muito grandes.

As técnicas de combate ao fogo são especiais: abafadores, aviões dotados de tanques com água ou
produto químico extintor, helicópteros com bolsas d'água, etc.

CONSTRUÇÃO DE ACEIROS
Os Aceiros são faixas sem vegetação, interpoladas estrategicamente entre os talhões florestais, para
deter ou dificultar o avanço do fogo e, principalmente, facilitar o acesso de pessoal (da brigada de
incêndio), no caso de combate ao fogo.

A largura dos aceiros depende muito das condições locais, mas não deve ser inferior a 10 m,podendo
chegar a 50 m. Em geral, a largura mais recomendada é de 20 m. Deve haver uma rede de aceiros (os
principais, mais largos e os secundários, mais estreitos) e estes devem ser mantidos constantemente
limpos, livres de vegetação.

CORTINAS DE SEGURANÇA
Esta técnica consiste na implantação de faixas, formando cortinas, com espécies florestais menos
combustíveis, como as folhosas.

CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS
A construção prévia de barragens de terra, distribuídas estrategicamente por toda a área florestal é de
grande utilidade para:

 Captação de água durante o incêndio;


 Aumento da evaporação e elevação da umidade relativa do ar.

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APLICAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL


A aplicação da legislação vigente, também é uma maneira de se prevenir contra incêndios. O Código
Florestal dedica alguns dos seus artigos para recomendar providências para evitar os incêndios
florestais.

As principais causas dos incêndios florestais são:

 Raios;
 Incendiários;
 Queimas para limpeza;
 Fumantes (cigarros,charutos,etc.);
 Fogos campestres;
 Operações florestais;
 Estradas de ferro;
 Outras -balões de festas juninas; efeito-lente de cacos de vidro; etc.

Os principais efeitos de um incêndio florestal são os seguintes:

Solo - Microrganismos, matéria orgânica, pH, erosão e inundações.

Vegetação - Morte ou enfraquecimento, seguido de tombamento e ataque de pragas.

Ar atmosférico -Monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidrocarbonatos e partículas. Cerca de


90% dos produtos da combustão do material florestal são água e gás carbônico. A fumaça visível é a
mais importante emissão dos incêndios florestais, pelos problemas de visibilidade ao tráfego aéreo.

Vida silvestre -O fogo encurrala e mata animais, destrói ninhos de pássaros, etc.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO
Após iniciado o fogo, o calor deve ser transferido para outros materiais combustíveis, a fim de que o
incêndio possa avançar ou se propagar pela floresta.

PARTES DO INCÊNDIO
Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas ê dividido em partes. São elas:
Perímetro - É a borda do fogo. É o comprimento total das margens da área queimando ou queimada.
O perímetro está sempre mudando, até a extinção do fogo.
Cabeça - É a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça caminha no sentido do
vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controlá-la e prevenir a formação de uma nova
cabeça é, geralmente, a questão chave para o controle do fogo.
Dedo-Faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando não
controlado, dá origem a uma nova cabeça.

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Costas ou retaguarda-Parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça. Queima com
pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives.
Flancos - As duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos,
formam-se os dedos. Se houver mudança no vento, os flancos podem se transformar em uma nova
cabeça.
Focos secundários - Provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por materiais
incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente para não se transformarem
em novas cabeças e crescerem em tamanho.
Bolsa - Área não queimada do perímetro.Normalmente espaço não queimado entre os dedos.
Ilha- Pequena área, não queimada, dentro do perímetro.

COMBATE A INCÊNDIOS
A proteção contra incêndios florestais envolve basicamente três (3) etapas:
 Prevenção
 Detecção
 Extinção

DETECÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO INCÊNDIO


O método mais prático e econômico de detecção e localização dos incêndios florestais é o uso das
torres de vigilância. Outras formas possíveis são: a prevenção com o patrulhamento terrestre;de
avião; ou através de imagens de satélites (como é feito na Amazônia). As torres podem ser
construídas, de madeira, aço ou concreto. Têm no topo uma cabine envidraçada fechada, com
visibilidade para todos os lados e onde permanece o vigia.
A altura da torre depende da topografia, variando de 10 a 40 m. As mais altas são construídas nas
áreas planas. A distância máxima entre duas torres é de cerca de 15km e cada uma pode cobrir de 15
a 18.000 ha. Ao se instalar uma rede de torres, não é necessária uma visibilidade de 100% da área.
Uma cobertura de cerca de 70% da área florestada já é suficiente e economicamente viável.

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AS BRIGADAS DE INCÊNDIO
Chamam-se de brigadas de incêndio os grupos de pessoas que receberam treinamento para o combate
ao fogo. Cada brigada, por razões de ordem prática, deve ter no máximo, 20 homens. Após a
detecção, comunicação e localização do incêndio (tarefas essas da responsabilidade do vigia da
torre), é necessário que o pessoal responsável pelo combate ao fogo, chegue o mais rápido possível
ao local do incêndio.
Em incêndios florestais de grande porte, é necessário recorrer aos equipamentos pesados, tais como:
 Tratores com lâmina;
 Caminhões-tanque;
 Moto-niveladora;
 Moto-bombas;
 Aviões;
 Helicópteros especiais.
A escolha adequada dos equipamentos empregados ao combate ao incêndio florestal faz toda a
diferença nos resultados do controle ao mesmo.

EQUIPAMENTOS PARA O COMBATE:


 Mcleod (ancinho+enxada);
 Polaski (machado+picareta);
 Moto Roçadeira;
 Moto Serra;
 Bambi Bucket;
 Fireflex Tank;
 Bombas e Sacos Costais;
 Foice e Facão;
 Abafador;
 Pinga fogo.

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Deve-se garantir sempre a segurança individual e coletiva e identificar todas as situações para
garantir o sucesso no combate ao incêndio florestal. É importante manter sempre contato com o Posto
de Comando e elaborar, em todo ataque, as rotas de fuga.
Dentre as ferramentas manuais mais usadas no combate ao incêndio florestal, destacam-se: Mcleod,
polaskis, machados, enxadas, foices, pás, rastelos, abafadores, serras, bombas costais, baldes,
regadores, lanternas e lança-chamas.
Deve-se, também, zelar pelo cuidado, manutenção e bom uso das ferramentas de combate a incêndios
em mata (principalmente quando fora da época de fogo em mato, quando devem ser feitas as
previsões de necessidade para preparação para o período crítico). Daí resulta: a escolha do método de
combate; a distribuição das brigadas de incêndio (designando o setor e o serviço de cada qual); e a
seleção e uso dos recursos necessários para o combate efetivo ao incêndio florestal.

MÉTODOS DE COMBATE AO FOGO


Existem dois (2) métodos básicos de combate nos incêndios florestais:

COMBATE DIRETO
O combatente entra na zona de calor gerada pelas chamas, sendo este o meio mais desgastante,
apesar de parecer ser o meio mais rápido e eficaz.

COMBATE INDIRETO
O combatente não entra na zona de calor, usado quando a intensidade do fogo estiver alta. É o
método mais seguro, apesar de parecer demorado e cansativo.

Métodos utilizados são;


 Construção de Aceiros e;
 Apoio Aéreo;
 Lançamento de água; e
 Lançamento de retardante.

MEDIDAS DE SEGURANÇA APÓS O COMBATE


As principais medidas de segurança a serem adotadas após o combate ao incêndio florestal são:
 Procurar e apagar possíveis "incêndios de manchas", causados por fagulhas;
 Ampliar o aceiro em torno da área, para melhor isolamento;
 Derrubar as árvores ou arbustos que estejam queimando;
 Eliminar todos os resíduos de fogo dentro da área queimada; e
 Manter o patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de
reativação do fogo. Voltar no dia seguinte, para nova verificação.

RESCALDO
É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio. É uma fase trabalhosa, porém, é a
única maneira capaz de garantir que o incêndio foi extinto e que não tem mais riscos de reignição.
Procedimentos para o rescaldo:
 Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto.

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 Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio.
 Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob controle.
 Ter certeza de que o aceiro está limpo.
 Cortar ou apagar com água os troncos que possam soltar faíscas além do aceiro.
 Extinguir focos esparsos.
 Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água ou terra para
dentro do perímetro (se for o caso, enterrá-lo).
 Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o aceiro.

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PRIMEIROS

SOCORROS

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O QUE É PRIMEIROS SOCORROS


É o atendimento realizado no momento da emergência, utilizando técnicas como massagem
cárdiorespiratória, respiração artificial e outras, até a chegada de uma equipe especializada.
Não é um atendimento médico, porém representa a diferença entre a vida e a morte.

COMPROMISSO DO SOCORRISTA BRIGADISTA


Para ser um socorrista é necessário ter conhecimentos e manter-se atualizado em técnicas de
primeiros socorros no período de reciclagem de 1 ano.

FAZ PARTE DE TODO ATENDIMENTO DO SOCORRISTA:


 Honestidade;
 Ética;
 Responsabilidade com a vítima;
 Aprender a ouvir;
 Aprender a Integrar;
 Liderar as equipes.

SEGURANÇA E PROTEÇÃO PESSOAL


O socorrista nuncadeve expor a sua vida ao risco. A sua segurança e a sua proteção devem estar
sempre em primeiro lugar independente da situação.
É preciso que o socorrista esteja seguro para que possa prestar um bom socorro. Mesmo que algumas
vezes o socorrista entre em contato com saliva, sangue e outros fluidos corpóreos, existe sempre uma
ameaça de contrair doenças infecciosas.

O QUE FAZER PARA EVITAR UM MAIOR RISCO DE CONTRAÍ-LAS?


 Utilizar sempre luvas
 Máscaras
 Aventais
 Proteção ocular
 E outros materiais adequados a sua segurança.

OBS: Recolha todo material utilizado no socorro para descarte correto.

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PRIMEIRA AÇÃO DO SOCORRISTA EM UMA


EMERGÊNCIA
PEDIDO DE AJUDA ESPECIALIZADA
O pedido de ajuda é a primeira ação do socorrista na chegada a emergência. Pois havendo a sua
chegada, é a garantia da remoção da vítima dentro da hora crítica, aumentando as chances de vida da
vítima.
Não presenciando um acidente se faz necessário uma avaliaçãopara identificar se é uma possível
vitima.

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:
 Tipo de acidente;
 Local exato do acidente;
 A quem pedir;
 Quanto tempo do acontecido;
 O número de vítimas envolvidas.

NÚMEROS IMPORTANTES

 POLÍCIA MILITAR 190;


 SAMU 192;
 CORPO DE BOMBEIRO 193;
 DEFESA CIVIL 199.

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AVALIAÇÃO DO LOCAL
Antes do atendimento a vitima, devemos estudar o local do acidente fazendo um estudo de zona para
podermos identificar o grau de risco da área sinistrada e assim evitarmos novos acidentes:
Zona Fria:Local que não oferece riscos adicionais ao socorrista a sua equipe aos curiosos e a própria
vitima.
 Local apropriado para atendimento das vitimas
Zona Morna: Local que oferece riscos moderados ao socorrista a sua equipe aos curiosos e a própria
vitima.
 Não é o ideal para o atendimento.
Zona Quente:Local que oferece riscos potenciais a todos os envolvidos.
 Local impróprio para atendimento.

TÉCNICAS PARA DIMINUIÇÃO DE RISCO NO LOCAL


Balizamento - Manter distante o risco de invasão na área de socorro, se o acidente for com
automóveis, procure fazer o balizamento no local com a distância segura, que deverá ser multiplicada
duas vezes a velocidade permitida na via.
Exemplo: 80 km -Velocidade permitida na via

02 X 80 = 160 m – distância segura de balizamento no acidente.


Exemplos de Locais e Situações de Risco:
 Vias de tráfego intenso.
 Curvas com zonas cegas.
 Área sujeita o vazamento de produtos químicos.
 Áreas de energia elétrica.
 Áreas de desmoronamentos

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS E SINAIS DE APOIO


O que são Sinais Vitais?
São evidências que devem ser encontradas em todo ser humano e que através de sua avaliação
podemos estabelecer parâmetros de normalidade ou anormalidade.

Os Sinais Vitais mais importantes são:


 Respiração;
 Pulso;
 Temperatura.

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RESPIRAÇÃO

É um processo biológico de troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar atmosférico e as


células do corpo.

 Adultos e Adolescente: 12 a 20 respirações por minuto.


 Crianças: 15 a 30 respirações por minuto.
 Bebê: 25 a 50 respirações por minuto.

APARELHO RESPIRATÓRIO

PULSAÇÃO
É o ciclo de expansão e relaxamento das artérias do corpo. Pode ser percebido facilmente em regiões
específicas do corpo, sendo útil na abordagem de emergência.A pulsação corresponde às variações de
pressão sanguínea na artéria durante os batimentos cardíacos.

FREQUÊNCIA CARDÍACA
 Adulto e Adolescente: 60 a 100 (batimentos por minuto).
 Criança: 60 a 140 (batimentos por minuto).
 Bebê: 85 a 205 (batimentos por minuto).

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TEMPERATURA
Sinais encontrados:
 Pele fria e úmida - choque, hemorragia;
 Pele fria e seca - exposição ao frio;
 Pele fria ou suor pegajoso - choque, ataque cardíaco e ansiedade;
 Pele Quente e seca - febre alta e exposição ao calor;
 Pele Quente e úmida – infecção

EXAME DAS PUPILAS


O exame das pupilas é feito levando em consideração o tamanho das pupilas referente a Iris do olho.

DILATADAS OU MIDRÍASE

Falta de oxigênio no cérebro, choque, parada cardíaca, sangramento ou medicamento.

CONTRAÍDAS OU MIOSE

Lesão causada por medicamentos ou drogas derivados de opiáceos.

ASSIMÉTRICAS OU ANISOCORIA

Trauma craniano ou AVC. (Acidente vascular cerebral)

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ISOCORIAS (NORMAIS)

Sem indicação de trauma ou alterações.

OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


Geralmente quando ocorre um acidente e a vítima está inconsciente, pode ocorrer uma perda do
controle muscular da garganta. Isso fará com que a parte posterior da língua, que é um músculo,
curve-se e bloqueie a passagem do ar.
Pode ocorre também através de alguns mecanismos externos como vômito, sangue e outros fatores.

COMO IDENTIFICAR UMA OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


Deve-se fazer 2 ventilações para verificar se as vias aérea estão obstruídas,constatada a obstrução,
aplica-se a manobra de desobstrução.

COMO FAZER DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


Deve-se fazer a Manobra de Heimlich ou Abraço da vida em vítima Consciente e Manobra de
Desobstrução em vitima Inconsciente.

MANOBRA DEHEIMLICHMANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO – BEBÉ

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SE A VÍTIMA CONTINUAR SEM RESPIRAR APÓS A DESOBSTRUÇÃO, O QUE FAZER?
Cheque a pulsação,se estiver com pulsação e mesmo assim não estiver respirando, aplique a
respiração artificial por um minuto e depois cheque novamente a pulsação.

E SE NÃO ESTIVER COM PULSAÇÃO, O QUE FAZER?


REANIMAÇÃO CÁRDIO PULMONAR (RCP)
Não encontrada a pulsação, deve ser feita rapidamente a reanimação cárdio pulmonar.Essa manobra é
feita para tentar restabelecer a circulação do fluxo sanguíneo para irrigar o cérebro, sendo assim,
voltando o batimento do coração.
Marque dois dedos acima do apêndice xifóide, no centro do tórax. Posicione-se em ângulo de 90º
graus com as mãos entrelaçadas (adulto) e inicie as compressões torácica sendo 30 massagens para
cada 2 ventilações em um período de 2 min. após a manobra volte a checar o pulso carotídeo durante
10 seg para verificar o retorno da pulsação.

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PROTOCOLO UNIVERSAL CAB


PRINCIPAIS QUESTÕES E ORIENTAÇÕES DO AHA 2015
 Retorno total do tórax apos cada compressão;
 Minimização das interrupções nas compressões torácicas;
 Evitar excesso de ventilação.
Não houve alteração na recomendação referente à relação (Compressão – ventilação) de 30:2 para
um único socorrista de adultos, crianças e bebes (excluindo-se recém-nascidos).
As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE continuam recomendando que as ventilações de
resgate sejam aplicadas em, aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea avançada
colocada, as compressões torácicas poderão ser continuas (a uma frequência de 100 a 120/minuto) e
não mais alternadas com ventilações. As ventilações de resgate, então, poderão ser aplicadas a
frequência de cerca de uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por
minuto), deve-se evitar ventilação excessiva.

ALTERAÇÃO NA SEQUÊNCIA DA RCP: C-A-B, EM VEZ DE A-B-C

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PROTOCOLO CAB
 C (CIRCULATION)

 Circulação, controle do sangramento, massagem cardíaca (RCP).

 A (AIRWAYS)

 Abertura das vias aérea com controle da coluna cervical se necessário.

 B (BREATHING)

 Boa ventilação, manutenção das vias aéreas ventilação artificial (RA).

 D (DISABILITY)

 Avaliação do nível de consciência.

 E (EXPOSURE)

 Exame Físico, cuidados com fraturas, buscas de outros ferimentos ou lesões.

QUANDO CESSAR A REANIMAÇÃO CÁRDIO PULMONAR?


 Quando o médico do suporte avançado mandar;
 Quando entrar em exaustão;
 Quando a vítima voltar ao seu estado de consciência.

FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO TORÁCICA

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PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

QUEIMADURAS

GRAUS DE QUEIMADURA
As queimaduras são classificadas de acordo com a sua profundidade e tamanho, sendo geralmente
mensuradas pelo percentual da superfície corporal acometida.
Classicamente as queimaduras são classificadas em 1º, 2º e 3º graus, de acordo com a camada de pele
acometida.
Queimaduras de 1º grau: também chamada de queimadura superficial, são aquelas que envolvem
apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele.Os sintomas da queimadura de primeiro grau
são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. A lesão da queimadura
de 1º grau é seca e não produz bolhas. Geralmente melhoram após 3 a 6 dias, podendo descamar e
não deixam sequelas.
Queimaduras de 2º grau: atualmente é dividida em 2º grau superficial e 2º grau profundo. A
queimadura de 2º grau superficial é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da
derme.Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau incluindo ainda o aparecimento de
bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada podendo levar até 3 semanas; não
costuma deixar cicatriz mas o local da lesão pode ser mais claro.
As queimaduras de 2º grau profundas são aquelas que acometem toda a derme, sendo semelhantes às
queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, este tipo de
queimadura, que é bem mais grave, pode até ser menos doloroso que as queimaduras mais
superficiais. As glândulas sudoríparas e os folículos capilares também podem ser destruídos, fazendo
com a pele fique seca e perca seus pelos.
A cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes
Queimaduras de 3º grau: são as queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge
tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e
capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões
esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico,
necessitando de enxertos.

a) Queimadura leve:
Menos de 10% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau;
Menos de 5% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau;
Menos de 2% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.

b) Queimadura moderada:
10 a 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau;
5 to 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau;
2 to 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau;

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Suspeita de queimaduras do trato respiratório por inalação de ar quente;
Queimaduras leves em pacientes com doenças que predisponham infecções como imunossupressão,
diabetes ou anemia falciforme;
Queimaduras em formato circunferencial, tipo pulseira, colar ou bracelete.

c) Queimadura grave:
Mais de 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau;
Mais de 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau;
Mais de 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau;
Queimaduras elétricas por alta voltagem;
Queimaduras comprovadas do trato respiratório por inalação de ar quente;
Queimaduras significativas na face, olhos, orelhas, genitália ou articulações;
Outras graves lesões associadas a queimadura, como fraturas e traumas.

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HEMORRAGIA
Hemorragia é caracterizada por uma intensa perda de sangue por algum orifício, ou corte, para dentro
ou para fora do corpo. Sempre que um indivíduo for identificado com uma hemorragia de maior
volume e que não ceda espontaneamente, recomenda-se levá-lo ao hospital o mais rápido possível.

A HEMORRAGIA PODE SER CLASSIFICADA COMO


Hemorragia Interna: ocorre quando não a vemos sem exames específicos ou quando há um
pequeno sangramento no nariz ou nos ouvidos.
Hemorragia Externa: ocorre quando o sangue pode ser visto a olho nu, como ocorre nos acidentes
automobilísticos, por exemplo.
Quando há uma hemorragia interna ela só pode ser identificada por médicos com base em exames
específicos. No hospital será procurado, então, o local onde está ocorrendo o sangramento para ser
tratado, mas saber quais são os primeiros socorros para hemorragia pode salvar uma vida.

COMO IDENTIFICAR UMA HEMORRAGIA


Quando há uma hemorragia externa, deve-se observar a coloração do sangue, se a cor for vermelho
vivo, será um jato forte necessitando de uma compressa feita imediatamente, pois há grande risco de
morte por perda sanguínea.
Se a cor do sangue for mais escura, há menor risco de morte, mas também é uma situação grave que
deve ser tratada o quanto antes.A hemorragia interna pode ser observada através da saída de uma
pequena quantidade de sangue pelas narinas ou nos ouvidos e dor abdominal intensa.

COMO CONTROLAR UMA HEMORRAGIA


Para parar uma hemorragia, recomenda-se fazer um garrote alguns centímetros acima da lesão, como,
por exemplo, amarrar uma camisa limpa num braço, ou numa perna que tenha um sangramento
grave.
As hemorragias internas só podem ser cessadas pelos médicos e é preciso levar o indivíduo para o
hospital o mais rápido possível. Numa hemorragia, as principais complicações que podem ocorrer são
o risco de infecção e o estado de choque hipovolêmico, devido a falta de sangue nos principais
órgãos do organismo que são o cérebro, coração e rins.

AMPUTAÇÃO
É a separação de um membro ou estrutura do restante do corpo. Pode ser causada por diversos tipos
de acidentes. Entre os mais comuns estão os com objetos cortantes (serra elétrica), os acidentes de
trânsito (principalmente de moto), a violência, o choque e o esmagamento.
Nesse tipo de emergência, a rapidez na busca pelo atendimento é um fator determinante para conter
qualquer tipo de infecção e também para o sucesso da reimplantação do membro.

COMO AGIR
 Se for preciso limpar o local da amputação, faça isso com um pano bem limpo e não use
nenhuma outra substância;

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 Faça a compressão do local com força, com um pano limpo para conter o sangue;

 Não se esqueça de recolher a parte amputada. Se a distância até o hospital não for longa,
enrole-a com um pano limpo e coloque-a dentro de uma sacola plástica limpa;

 Se o socorro for demorar mais de 6 horas, enrole a parte amputada em um pano limpo,
coloque-a em um pacote plástico bem fechado e, sem seguida, ponha o pacote dentro de outra
sacola com gelo;

 Não coloque a parte amputada diretamente no gelo, é necessário apenas refrigerá-la;

 As amputações podem ocasionar hemorragia e infecção, e levar ao estado de choque e à


morte. Por essa razão é preciso procurar o socorro rápido para evitar a falta de vascularização
no local, o que pode ocasionar gangrena;

 O sucesso do reimplante vai depender principalmente do tipo de corte e do tempo decorrido


do acidente até o recebimento do socorro apropriado.

FRATURA
É o rompimento de um ou mais ossos.

DEFINIÇÃO
Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A
fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da
pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente,
possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção.
No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da lesão. O socorrista poderá
identificar também, deformidades, edemas, hematomas, exposições ósseas, palidez ou cianose das
extremidades e ainda, redução de temperatura no membro fraturado.

A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas de


fraturas.

 Quebra de um osso;
 Ruptura total ou parcial de um osso;
 Perda da continuidade óssea.

TIPOS DE FRATURAS

Fechada (simples): A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas;


Aberta (exposta): O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se
estende desde o osso fraturado até a pele.

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CLASSIFICAÇÃO

A fratura pode ser fechada (não há rompimento da pele, o osso não aparece) e externa ou aberta
(quando o osso exterioriza-se).

SINAIS E SINTOMAS

 Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que não possui
articulação;

 Sensibilidade: geralmente o local da fratura está muito sensível ou não há sensação nos
extremos do membro lesado;

 Crepitação: se a vítima se move podemos escutar um som áspero, produzido pelo atrito das
extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal intencionalmente, porque aumenta a dor e
pode provocar lesões;

 Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura é acompanhada de um certo


inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A alteração de cor poderá
demorar várias horas para aparecer;

 Incapacidade ou Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das


extremidades. A vítima geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com
dificuldade e dor intensa;

 Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se projetar através
da pele ou serem vistos no fundo do ferimento;

 Dor: sempre acompanha a fatura de forma intensa;

 Secção de tecido: o osso ou parte dele rompe o tecido e se retrai para sua posição original ou
interna;

 Mobilidade anormal: a vítima da fratura não consegue movimentar-se normalmente,


apresentando dificuldades ao se deslocar ou segurar algo;

 Hemorragia: a lesão pode ser acompanhada de sangramento abundante ou não, dependendo


de secção ou não de artéria importante;

 Hematoma: em caso de ferimentos fechados, é um bom indicador de trauma ósseo ou


suspeita deste;

 Espasmos musculares: logo após a fratura, há a tendência de que, as lesões em ossos longos,
mais especificamente no fêmur, o músculo que trabalha nesta região e que sempre
permaneceu tenso, ao ter o osso fraturado, começa a vibrar intensamente por alguns
momentosaté se relaxar e se contrair bruscamente.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ATENDIMENTO

 Evite movimentar o local fraturado

 Caso o socorro for demorar ou seja um local onde não tenha como chamar uma
ambulância e for necessário transportar, serão necessários procedimentos para atender a
vítima antes de transportá-la.(imobilização adequada).

 Se foi chamado socorro, não realize esses procedimentos, deixe que a equipe de socorro o
faça, pois eles dispõem de material adequado para o mesmo.

 Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam interferir na
circulação (relógio, anéis, calçados, etc.), porque ocorre edema (inchaço) no membro
atingido.

 Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso ou de pouco fluxo,


proteja a área com um pano limpo e enrole com uma atadura no local do sangramento

 Evite comprimir o osso

 Improvise uma tala.

 Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o membro da maneira que se encontra, sem
movimentá-lo.

 Fixe as extremidades com tiras largas.

 Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema e também para
observar a evolução e para não forçar o osso para dentro, podendo romper vasos
sangüíneos e causar intensa dor.

 Utilize uma tipóia, lenço ou atadura.

 Não tente recolocar o osso no lugar, isso é um procedimento médico realizado dentro do
hospital, com todos os cuidados necessários.

 Se suspeita de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de maneira


que ela não possa realizar movimentos, não lateralize a cabeça e não eleve-a.

 Em caso de fratura de bacia, o risco de ter hemorragia interna deve ser avaliado. pois
pode ter rompido vasos sangüíneos importantes, como a artéria femural e ou a veia
femural, observe se há presença de sinais e sintomas que possam levar ao Estado de
Choque.

 Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima, o ideal é uma superfície rígida (tipo
uma tábua), fixe-a com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical.
 Mantenha-a avaliada constantemente.

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OMISSÃO DE SOCORRO

 Art. 135 CP - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,o socorro da
autoridade pública:

 Pena - detenção,de um a seis meses,ou multa.

 Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão


corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

 Código Penal Comentado - Legislação Complementar – 6ª Edição – Ed. Renovar


(Art. 135, pág. 288) – DELMANTO.

 Art. 304 da Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997 – Omissão de socorro nos


delitos de Trânsito.

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EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Todas as atividades profissionais que possam imprimir algum tipo de risco físico para o trabalhador
devem ser cumpridas com o auxílio de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, que incluem
óculos, protetores auriculares, máscaras, mangotes, capacetes, luvas, botas, cintos de segurança,
protetor solar e outros itens de proteção. Esses acessórios são indispensáveis em fábricas e processos
industriais em geral.

EPI PARA GARANTIR A SAÚDE E PROTEÇÃO


O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando
consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é usado para
garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a
capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual que devem ser
fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo
de trabalho facilita a identificação dos perigosos dentro de uma planta industrial, por exemplo, e
ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.

IMPORTÂNCIA DO EPI
O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de
ameaça ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma
norma técnica chamada NR-6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao
trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os profissionais façam o uso adequado dos
equipamentos de proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de
trabalho, seguindo todas as determinações da organização.
No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é responsabilidade da empresa substituí-lo
imediatamente. O uso adequado e responsável do EPI evita grandes transtornos para o trabalhador e,
também, para a empresa, além de garantir que as atividades sejam desempenhadas com mais
segurança e eficiência.
Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam
ter um Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em conformidade com
as determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e empregadores devem compreender a
importância do uso de equipamentos de proteção no dia a dia da empresa.

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EPR - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


O equipamento de proteção respiratória (EPR) é de suma importância na atividade de extinção de
incêndio, tendo em vista que na maioria das ocorrências, o bombeiro irá se deparar com um ambiente
nocivo, com alto acumulo de gases e fumaça e baixa concentração de oxigênio, que já fora
consumido como comburente na reação de combustão.
O EPR Visa suprir o operador de ar através de uma liberação gradual e direta, independendo assim da
situação atmosférica existente no ambiente. O ar armazenado em cilindros é conduzido ao operador,
através de um circuito intercalado com dispositivos reguladores e marcadores. São utilizados em
ambientes onde a taxa de oxigênio ou a presença de agentes agressivos tornem essa atmosfera
imprópria para o ser humano. Existem no mercado vários fabricantes, sendo que em um mesmo
fabricante podemos encontrar mais de um modelo, porém o princípio de funcionamento deles são
basicamente iguais. Essencialmente o EPR utilizado e a mascara de respiração autônoma que é
constituído pela peça facial, cilindro de alta pressão, suporte dorsal, manômetros, regulador de
pressão e alerta sonoro.

SISTEMAS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


A variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória é demasiadamente grande para
um único tipo universal de equipamento. Desenvolveu-seportanto, para atender às inúmeras tarefas
distintas, várias espécies diferentes de proteção respiratória.
Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória são divididos em 2 grupos
principais, assim temos “os dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico e “os
independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico ambiental.
Os filtros de respiração retêm os poluentes do ar respirado, porém não fornecem oxigênio. Em
decorrência deste fato só poderão ser usados em atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em
volume de oxigênio.
Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas.

MÁSCARAS CONTRA GASES IRRITANTES E TÓXICOS


Em todo incêndio é normal a formação de gases irritantes aos olhos e às vias respiratórias.
Dependendo do material em combustão, é possível também a formação de gases tóxicos.
Determinados tipos de máscaras dotadas de filtros (normalmente de carvão) permitem a respiração
em atmosferas assim contaminadas, desde que essa atmosfera disponha ainda de um percentual
adequado de oxigênio.

São concebidos como:


 Filtros de encaixe;
 Filtros de rosca;
 Filtros de cartucho.

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DRAGGER PA-54
O cilindro trabalha com a pressão de 200 bar, que é reduzida para a pressão média e constante de 5
bar. O seu volume é de 7 litros de ar (a 200 Bar) que equivalem a 1400 litros de ar na pressão
atmosférica normal. Quando o cilindro atinge 50 bar, soa um alarme.
É possível se adaptar um dispositivo de comutação para respiração através de mangueira de ar
comprimido, abastecendo por longo tempo o usuário da máscara.

BASCA (BREATHING APPARATUS, SELF CONTAINED, COMPRESSED


AIR)
O cilindro trabalha com a pressão de 207 bar e possui a capacidade de 1400 litros de ar no modelo
padrão e 1210 litros de ar para a versão não-magnética.Quando o cilindro está totalmente carregado,
Pno modelo padrão, dá uma autonomia de 27 minutos até o disparo do apito-alarme, ou de 25
minutos na versão não-magnética.Após o alarme ainda permanecem sete minutos de ar para a
utilização.

MÉTODO CORRETO DE USO


Para uso com segurança das máscaras faciais, existe um método padronizado e
seguro cujos passos passamos a mostrar:
 Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha, pois estará sempre pronta para o uso;
 Segure a parte superior da máscara com as duas mãos, tendo antes o cuidado de “soltar”
totalmente todos os tirantes;
 Coloque primeiramente o queixo, “vestindo” a máscara totalmente, posicionando-a no lugar
certo;
 Aperte os tirantes inferiores, puxando as tiras de borracha auto-travantes;
 Faça a mesma operação com os tirantes superiores;
 Da mesma forma ajuste o tirante posicionado sobre o couro cabeludo.

IMPORTANTE
 Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando a traqueia da mascara.
 Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do equipamento aderirá fortemente ao rosto,
impedindo possíveis infiltrações de gases para dentro da mascara.
 Se isso não ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo teste.
Obs.: Nas mascaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito com o suprimento de ar fechado.
Em seguida deverá ser colocado o filtro e/ou aberto o suprimento de ar.

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NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO FOI ALTERADA


Talvez para evitar o choque com as legislações estaduais e municipais que sempre gerava muitos
conflitos e confusões.

O texto ficou muito enxuto, nem de longe lembra o que foi um dia.

A nova Redação foi dada pela Portaria n.º 221, de 06 de maio de 2011…

Os assuntos que antes eram tratados nela, agora serão tratados nas normas municipais e estaduais do
Corpo de Bombeiros.

NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Atualizações/Alterações D.O.U.
Portaria SNT n.º 06, de 29 de outubro de 199131/10/91
Portaria SNT n.º 02, de 21 de janeiro de 1992 22/01/92
Portaria SIT n.º 24, de 09 de outubro de 200101/11/01
Portaria SIT n.º 221, de 06 de maio de 2011 10/05/11

(Redação dada pela Portaria SIT n.º 221, de 06 de maio de 2011)


23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade
com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.

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23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que
aqueles que seencontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de
emergência.
23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou
sinais luminosos, indicando a direção da saída.
23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de
trabalho.
23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam
fácil abertura do interior do estabelecimento.

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A sinalização de saída é obrigatória nos acessos e descargas das escadas de emergência em geral, em
prédios não residenciais e nos acessos e descargas dos locais de reuniões de publico, mesmo quando
não dotados de escadas.
Os textos e símbolos de sinalização devem ter de preferência, cor branca sobre fundo
verdeamarelado, para melhor visualização através da fumaça, admitindo-se a cor vermelha nos locais
em que a luz verde vier a prejudicar condições necessárias de escuridão, como, por exemplo, em
cinemas, laboratórios especiais e outros.
O elemento de sinalização e suas partes devem atender aos requisitos de desempenho estabelecidos,
para que seja garantida sua legibilidade e integridade, quando dimensionado e instalado em
conformidade com as ABNT NBR 13434-1, ABNT NBR 13434-2 e ABNT NBR 13434-3.

Os símbolos de segurança são caracterizados quanto às cores e formas pré-definidas:


Formas:
 Circular: Proibição e ação de comando.
 Triangular: Alerta
 Quadrada ou Retangular: Orientação, socorro, emergência, salvamento e equipamentos.
Utilizados em combate a incêndio e alarme.

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CORES
 Vermelha: Utilizada para símbolos de proibição e identificação de equipamentos utilizados
em combate a incêndio e alarme.
 Verde: Utilizada para símbolos de orientação e socorros.
 Preta - Utilizada para símbolos de alerta e sinais de perigo.
 Cores de contrastes – As cores de contrastes são a branca ou a amarela. As cores de
contrastes devem ser fotoluminescentes para sinalização de orientação e de equipamentos.

A SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO DEVE OBEDECER A:


 Forma: circular;
 Cor de contraste: branca;
 Barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
 Cor do símbolo: preta;
 Margem (opcional): branca;
 Proporcionalidades

SINALIZAÇÃO DE ALERTA
 A sinalização de alerta deve obedecer a:
 Forma: triangular;
 Cor do fundo (cor de contraste): amarela;
 Moldura: preta;
 Cor do símbolo (cor de segurança): preta;
 Margem (opcional): branca;
 Proporcionalidades

SINALIZAÇÃO DE ORIENTAÇÃO E SALVAMENTO


 A sinalização de orientação deve obedecer a:
 Forma: quadrada ou retangular;
 Cor do fundo (cor de segurança): verde;
 Cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
 Margem (opcional): fotoluminescente;
 Proporcionalidades paramétricas.

SINALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
 A sinalização de equipamentos de combate a incêndio deve obedecer:
 Forma: quadrada ou retangular;
 Cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
 Cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
 Margem (opcional): fotoluminescente;
 Proporcionalidades paramétricas.

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ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
 Nas instalações os sistemas de iluminação em emergência deverão ser projetadas e
construídas em estrita observância às normas da ABNT aplicáveis, sendo indicado no projeto
as posições das luminárias ou pontos, da fonte de alimentação e a legenda do sistema. Os
pontos de iluminação deverão estar distribuídos nas áreas de risco, escadas, antecâmaras,
acessos e locais de circulação. As fontes de alimentação do sistema deverão garantir
autonomia mínima de uma hora.

 A iluminação de emergência é obrigatória nas escadas destinadas a saídas de emergência


sempre que as escadas não tiverem iluminação natural; no caso destas escadas forem
enclausuradas. A iluminação de emergência também é obrigatória quando as rotas de saídas
ultrapassarem 30m, excetuadas nas edificações residenciais; em qualquer edificação não
residencial com mediana resistência ao fogo (edificações com estrutura resistente ao fogo,
mas com fácil propagação de fogo entre os pavimentos).

CORES PARA INDENTIFICAÇÃO DE TUBULAÇÕES

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PRODUTOS PERIGOSOS

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

CARGA COM PRODUTOS PERIGOSOS


É qualquer carga que contenha, parcial ou totalmente, produtos perigosos que representem riscos a
seres humanos, causem prejuízos materiais e /ou danos ao meio ambiente.

CARGA PERIGOSA
É qualquer carga que apresente riscos, mesmo que não contenha produtos perigosos.
CARGA PERIGOSA PRODUTO PERIGOSO

INDENTIFICAÇÃO DE UM CAMINHÃO COM PRODUTO PERIGOSO

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CLASSES DE RISCO

PAINEL DE SEGURANÇA
A letra “X” indica que a substância reage perigosamente com a água.

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

A REPETIÇÃO DO NÚMERO INDICA, EM GERAL, AUMENTO DA


INTENSIDADE DAQUELE RISCO.

X886

ROTULO DE RISCO
É a simbologia utilizada a fim de visualizar e distinguir a classe de risco a qual o produto perigoso
pertence.

DIAMANTE DE HOMMEL

TIPOS DE CARGAS

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ALFABETO FONÉTICO DA OTAN

O alfabeto fonético da OTAN é o alfabeto de soletração mais utilizado no mundo. Embora


chamados de "alfabetos fonéticos", alfabetos de soletração não têm conexão com sistemas de
transcrição fonética como o alfabeto fonético internacional. Ao invés disso, o alfabeto
da OTAN define palavras-chave para letras do alfabeto inglês por meio de um princípio acrofônico
(Alfa para A, Bravo para B, etc.) para que combinações críticas de letras (e números) possam ser
pronunciadas e entendidas por aqueles que transmitem e recebem mensagens
de voz por rádio ou telefone, independente de seu idioma nativo, especialmente quando a segurança
de navegação ou de indivíduos é essencial.

LETRA ESCRITA PRONUNCIA


A ALFA ÁLFA
B BRAVO BRÁVO
C CHARLIE TCHÁRLIE
D DELTA DÉLTA
E ECHO ÉCO
F FOXTROT FOXTRÓT
G GOLF GÔLF
H HOTEL RÓTEL
I INDIA ÍNDIA
J JULIETT DGIULIÉT
K KILO KILO
L LIMA LIMA
M MIKE MÁIKE
N NOVEMBER NOVÊMBER
O OSCAR ÓSCAR
P PAPA PÁPA
Q QUEBEC QUIBÉC
R ROMEO RÔMIO
S SIERRA SIÉRRA
T TANGO TANGO
U UNIFORM IÚNIFORM
V VICTOR VICTOR
W WHISKEY UÍSKI
X XRAY ÉKSRÉI
Y YANKEE IÂNKI
Z ZULU ZULU

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ANEXO I - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

ANEXO III – REDE DE BOMBA DE INCÊNDIO

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BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ANEXO II – AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHO DE RISCO

102
BRIGADA DE EMERGÊNCIA

ANEXO III – PET PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO

103
BRIGADA DE EMERGÊNCIA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A FAMÍLIA PRECONST,

Parabeniza todos os colaboradores que conseguiram concretizar o objetivo do


treinamento de Brigada de Emergência e faz votos para que cada um possa
usufruir e colocar em pratica os conhecimentos adquiridos ao longo do
treinamento.

Felicidades a todos, e que o nosso senhor Jesus Cristo os abençoe.

Heder Santos.

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