SC Cosit N 127-2021

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Cosit

Fls. 1

Coordenação-Geral de Tributação

Solução de Consulta nº 127 - Cosit


Data 14 de setembro de 2021
Processo
Interessado
CNPJ/CPF

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS


CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA A CARGO DO EMPREGADOR SOBRE O
SALÁRIO-MATERNIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. TEMA DECIDIDO PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL.
Tendo em atenção o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento do Recurso Extraordinário nº 576.967/PR, com
repercussão geral reconhecida (Tema nº 72), sem modulação de efeitos, e
em razão do disposto nos arts. 19, VI, § 9º, e 19-A, III, § 1º, da Lei nº
10.522, de 2002, na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014, e nos
Pareceres SEI nº 18361/2020/ME e nº 19424/2020/ME, da Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, é inconstitucional a incidência da contribuição
previdenciária patronal sobre o salário-maternidade, inclusive a sua
respectiva contribuição adicional, bem como aquela destinada a terceiros
cuja base de cálculo seja, exclusivamente, a folha de salários.
O acolhimento da aludida tese permite o reconhecimento administrativo
do direito à restituição e compensação dos valores efetivamente pagos,
na forma do art. 165 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de
1966), observando-se o prazo decadencial do art. 168, I, do mesmo
diploma legal, ao abrigo, inclusive, do Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396, de
2013.
Ressalte-se, porém, que essa declaração de inconstitucionalidade não
abrange a contribuição devida pela trabalhadora segurada (empregada,
trabalhadora avulsa, contribuinte individual e facultativa), eis que a "ratio
decidendi" do Tema nº 72 não se estende a essa exação, que possui
contornos constitucionais e legais distintos do caso julgado.
A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil está vinculada ao
referido entendimento.
Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 1966, arts. 165 e 168; Lei nº 8.212, de
1991, arts. 22, I e II, §§ 1º e 2º, e 28, I, §§ 2º e 9º, "a", parte final; Lei nº
10.522, de 2002, arts. 19, VI, § 9º, e 19-A, III, § 1º; Decreto nº 3.048, de
1999, art. 214, §§ 2º e 9º, I; Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396, de 2013;

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Pareceres SEI nº 18361/2020/ME e nº 19424/2020/ME; Portaria Conjunta


PGFN/RFB nº 1, de 2014; Nota Cosit nº 361, de 2020.

Relatório

Trata-se de consulta interposta a 5 de novembro de 2020 (cfr. fl. 1) pela pessoa


jurídica em epígrafe 1 a respeito da incidência da contribuição previdenciária sobre o salário-
maternidade, nos termos do art. 28, I, §§ 2º e 9º, "a", parte final, da Lei nº 8.212, de 24 de
julho de 1991, e do art. 214, §§ 2º e 9º, I, do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, tendo
em vista a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso
Extraordinário (RE) nº 576.967/PR, com repercussão geral, através da qual essa Corte
declarou, incidentalmente e sem modulação de efeitos, a inconstitucionalidade das
mencionadas disposições (fls. 353-496).

2. Informa que vem efetuando o recolhimento da contribuição previdenciária


incidente sobre o salário-maternidade recebido pelas trabalhadoras que emprega, em
observância à Solução de Consulta Cosit nº 292, de 7 de novembro de 2019 (fls. 497-511).

3. Articula, porém, que, em face do julgamento do aludido RE, por força do art. 19 da
Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 12 de
fevereiro de 2014, estaria desobrigada do recolhimento do tributo e teria direito a pleitear a
restituição ou compensação dos valores pagos nos últimos cinco anos, ao abrigo do art. 168
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional) e do art. 65 da
Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de 2017.

4. De seguida, a consulente formula estes quesitos:

i) O entendimento adotado está adequado?

ii) Pode, doravante, deixar de reter e recolher o salário-maternidade previsto no


art. 28, § 2º, e § 9º, "a", parte final, da Lei nº 8.212, de 1991, e,
consequentemente, excluí-lo da base de cálculo para fins da incidência da
contribuição previdenciária patronal de que trata o art. 22, I, do citado diploma
legal?

iii) Se forem positivas as respostas às questões acima, poderá apresentar pedido


de restituição ou compensação dos valores indevidamente pagos nos últimos
cinco anos?

iv) Em caso contrário, qual o entendimento correto acerca da matéria e qual o


procedimento a ser adotado?

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Cfr. cópias de estatuto social e de procuração às fls. 8-41 e 43-46, respectivamente.
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5. Ao final, presta as declarações exigidas pelo art. 3º, § 2º, inciso II, da Instrução
Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.

6. Esse é o relatório, em apertada síntese.

Fundamentos

7. De início, cumpre realizar o juízo positivo de admissibilidade do feito ora em


análise, visto estarem preenchidos os requisitos legais pertinentes. Nada obstante, ressalta-se
que a consulta não sobrestá os prazos de recolhimento de tributo retido na fonte, de entrega
de declaração de rendimentos ou de cumprimento de outras obrigações acessórias,
tampouco sua solução convalida informações apresentadas nos autos, sem prejuízo do poder-
dever da Administração Tributária de, por meio de procedimento fiscal, verificar o efetivo
enquadramento do caso concreto na hipótese abrangida pela resposta, forte no art. 49 do
Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, e nos arts. 9º, 11 e 28 da Instrução Normativa RFB
nº 1.396, de 2013.

8. Preceitua a Lei nº 8.212, de 1991:

Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social,


além do disposto no art. 23, é de:
I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e
trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do
trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer
do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada
pela Lei nº 9.732, de 1998).
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado grave.
III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais
que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
[...]

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§ 1o No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e
entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições
referidas neste artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois
vírgula cinco por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
§ 2º Não integram a remuneração as parcelas de que trata o § 9º do art. 28.
[...]
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma
ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes
de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei
ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas
em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da
remuneração;
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais
empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o
mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5º; (Redação dada pela
Lei nº 9.876, de 1999)
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite
máximo a que se refere o § 5º. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
[...]
§ 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-contribuição.
[...]
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei,
exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o
salário-maternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
9. A Lei nº 10.522, de 2002, preconiza:

Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional dispensada de


contestar, de oferecer contrarrazões e de interpor recursos, e fica autorizada
a desistir de recursos já interpostos, desde que inexista outro fundamento
relevante, na hipótese em que a ação ou a decisão judicial ou administrativa
versar sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
[...]
VI - tema decidido pelo Supremo Tribunal Federal, em matéria
constitucional, ou pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo Tribunal Superior
do Trabalho, pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pela Turma Nacional de

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Uniformização de Jurisprudência, no âmbito de suas competências, quando:


(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
a) for definido em sede de repercussão geral ou recurso repetitivo; ou
(Incluída pela Lei nº 13.874, de 2019)
[...]
§ 9º A dispensa de que tratam os incisos V e VI do caput deste artigo poderá
ser estendida a tema não abrangido pelo julgado, quando a ele forem
aplicáveis os fundamentos determinantes extraídos do julgamento
paradigma ou da jurisprudência consolidada, desde que inexista outro
fundamento relevante que justifique a impugnação em juízo. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)
[...]
Art. 19-A. Os Auditores-Fiscais da Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil não constituirão os créditos tributários relativos aos temas de que
trata o art. 19 desta Lei, observado: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
[...]
III - nas hipóteses de que tratam o inciso VI do caput e o § 9º do art. 19 desta
Lei, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional deverá manifestar-se sobre as
matérias abrangidas por esses dispositivos. (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
§ 1º Os Auditores-Fiscais da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
do Ministério da Economia adotarão, em suas decisões, o entendimento a
que estiverem vinculados, inclusive para fins de revisão de ofício do
lançamento e de repetição de indébito administrativa. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)
(negritou-se)
10. Estatui a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014:

Art. 2º A PGFN cientificará a RFB acerca das decisões de interesse da Fazenda


Nacional proferidas pelo STF e pelo STJ na sistemática de julgamento dos
arts. 543-B e 543-C do CPC, no prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação
do acórdão.
§ 1º Na ciência de que trata o caput, a PGFN comunicará, quanto aos
julgamentos desfavoráveis à Fazenda Nacional, sua possível inclusão na lista
de dispensa de contestar e recorrer.
§ 2º A RFB, no prazo de até 30 (trinta) dias contado do recebimento da
referida ciência, fará considerações ou questionamentos acerca da
extensão, do alcance ou da operacionalização do cumprimento das
decisões.
§ 3º Decorrido o prazo do §2º, a PGFN poderá incluir a matéria na lista de
dispensa de contestar e recorrer.
Art. 3º Na hipótese de decisão desfavorável à Fazenda Nacional, proferida na
forma prevista nos arts. 543-B e 543-C do CPC, a PGFN informará à RFB, por
meio de Nota Explicativa, sobre a inclusão ou não da matéria na lista de
dispensa de contestar e recorrer, para fins de aplicação do disposto nos §§
4º, 5º e 7º do art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e nos
Pareceres PGFN/CDA nº 2.025, de 27 de outubro de 2011, e PGFN/CDA/CRJ
nº 396, de 11 de março de 2013.
§ 1º A Nota Explicativa a que se refere o caput conterá também orientações
sobre eventual questionamento feito pela RFB nos termos do § 2º do art. 2º

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e delimitará as situações a serem abrangidas pela decisão, informando sobre


a existência de pedido de modulação de efeitos.
[...]
§ 3º A vinculação das atividades da RFB aos entendimentos desfavoráveis
proferidos sob a sistemática dos arts. 543-B e 543-C do CPC ocorrerá a partir
da ciência da manifestação a que se refere o caput.
§ 4º A Nota Explicativa a que se refere o caput será publicada no sítio da RFB
na Internet.
[...]
§ 6º Para fins do disposto neste artigo, ratificam-se as Notas PGFN/CRJ nº
1.114, de 30 de agosto de 2012, PGFN/CRJ nº 1.155, de 11 de setembro de
2012, PGFN/CRJ nº 1.582, de 7 de dezembro de 2012, e PGFN/CRJ nº 1.549,
de 3 de dezembro de 2012.
§ 7º A PGFN manterá lista atualizada, acessível à RFB, contendo os temas
definidos em sede de recursos submetidos à sistemática de julgamento dos
arts. 543-B e 543-C do CPC, em sentido desfavorável à Fazenda Nacional, em
relação aos quais as suas unidades se encontrem dispensadas de contestar e
recorrer, por força do inciso V do art. 1º da Portaria PGFN nº 294, de 22 de
março de 2010, bem como em relação aos quais haja orientação expressa da
PGFN no sentido de que o tema continuará sendo objeto de contestação e
recurso.
§ 8º A lista de que trata este artigo poderá conter situações específicas, para
as quais o entendimento judicial não se aplica, e orientação sobre eventual
modulação de efeitos.
§ 9º A PGFN comunicará à RFB as alterações na lista de dispensa de contestar
e recorrer.
Art. 4º Para fins de aplicação do entendimento firmado no Parecer PGFN/CRJ
nº 492, de 30 de março de 2011, a PGFN cientificará a RFB, por meio de Nota
Explicativa, acerca do trânsito em julgado das decisões proferidas pelo STF,
favoráveis ou não à Fazenda Nacional, em controle concentrado de
constitucionalidade e na sistemática do art. 543-B do CPC, a qual deverá
conter as providências a serem adotadas pela RFB.
(ênfase acrescentada)
<http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anot
ado&idAto=50023>
11. Julgado o mérito do RE nº 576.967/PR pelo Excelso Pretório, esta Coordenação-
Geral encaminhou a Nota Cosit nº 361, de 17 de setembro de 2020, à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, nos seguintes termos parcialmente reproduzidos:

8. O salário-maternidade é um benefício previdenciário, conforme a alínea


“g”, inciso I, do art. 18 da Lei nº 8.213, de 1991.
9. A declaração de inconstitucionalidade da incidência da contribuição
previdenciária a cargo da empresa sobre o valor do salário-maternidade não
afeta a obrigação de a empresa pagar o valor deste benefício previdenciário à
segurada e seu direito de promover o reembolso por meio de dedução do
montante correspondente quando do recolhimento das contribuições
previdenciárias para o RGPS, conforme o § 1º, art. 72, da Lei nº 8.213, de 24
de julho de 1991.
10. Observa-se que a declaração de inconstitucionalidade da incidência da
contribuição previdenciária ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS)

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sobre o valor do salário-maternidade, segundo a tese firmada, não abrange a


contribuição a cargo da segurada, somente a contribuição a cargo da
empresa.
11. A tese está em consonância com a alínea “a”, inciso I, do art. 195 da
CF/88, que não prevê a incidência de contribuição previdenciária, a cargo da
empresa, sobre os valores pagos aos segurados do RGPS a título de
benefícios previdenciários. A autorização deste dispositivo constitucional é
para a incidência sobre os salários e demais rendimentos do trabalho.
Diferentemente, quanto à contribuição a cargo dos trabalhadores vinculados
ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), o inciso II, art. 195, da CF/88
vedou sua incidência sobre os proventos de aposentadoria e pensão, dando
ao legislador uma amplitude maior para instituir contribuição previdenciária
sobre outros valores pagos à pessoa física, inclusive sobre os valores relativos
aos demais benefícios previdenciários, caso do salário-maternidade.
[...]
13. Muito embora a tese esteja em consonância com a CF/88, conforme
mencionado – inconstitucionalidade restrita à regra de incidência da
contribuição previdenciária a cargo da empresa, sobre o valor do salário-
maternidade, de modo a restar a manutenção da constitucionalidade quanto
à incidência da contribuição sobre esta rubrica, a cargo da segurada – é
necessário que o acórdão esclareça que a declaração de
inconstitucionalidade do dispositivo do § 2º do art.do art. 28 e do termo
“salvo o salário-maternidade” da alínea “a”, § 9º, deste art. 28, da Lei nº
8.212, de 1991, abrange tão somente a contribuição patronal, de modo que
estes mesmos dispositivos continuem válidos, para efeito de incidência da
contribuição sobre o valor do salário-maternidade, a cargo da segurada
(empregada, trabalhadora avulsa, contribuinte individual e facultativa).
14. Outro ponto importante é delimitar se a declaração de
inconstitucionalidade sob análise alcança também as contribuições a cargo
da empresa, arrecadadas junto com as contribuições previdenciárias, mas
destinadas a terceiros ou outras entidades ou fundos, a que se referem o art.
3º da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, e os arts. 109 e seguintes da
Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009.
14.1. São elas: Contribuições sobre a folha de salários, conforme o art. 240
da CF/88, e art. 62 do ADCT, destinadas ao sistema “S”(SESI, SENAI, SESC,
SENAC, SEST, SENAT, SENAR, Sescoop, fundo aeroviário e dos portos), e as
contribuições ao SEBRAE/APEX/ABDI, além da contribuição ao INCRA e o
salário-educação, únicas contribuições de terceiros cuja base de incidência
não está relacionada ao art. 240 da CF/88.
[...]
16. Assim, é preciso esclarecer se a tese do RE 576.967/PR que decretou a
inconstitucionalidade da incidência da contribuição previdenciária a cargo do
empregador, sobre o salário-maternidade, alcança também as contribuições
destinadas a terceiros, a cargo da empresa, hoje incidentes sobre o salário-
maternidade, da mesma forma que a contribuição previdenciária.
16.1. No caso sob análise, a diferença entre a contribuição previdenciária
sobre o valor do salário-maternidade, a cargo da segurada, e a contribuição
de terceiros, a cargo da empresa, é que aquela, além de não ser
inconstitucional, como explicado, está expressamente prevista no do § 2º do
art. 28 e no termo “salvo o salário-maternidade” da alínea “a”, § 9º, deste
art. 28, da Lei nº 8.212, de 1991, enquanto a contribuição de terceiro seria

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inconstitucional, tendo em conta o art. 240 da CF/88, ao incidir sobre rubrica


que não tenha natureza salarial, além do fato de que não há uma norma
prevendo expressamente a incidência de contribuição de terceiros sobre o
salário-maternidade, mas sobre o salário ou remuneração. Isto, se o
fundamento da tese for o fato de o salário-maternidade não ter natureza
salarial.
[...]
18. Resumidamente, as dúvidas sobre a tese do RE 576.967/PR são as
seguintes:
18.1. Delimitar se a declaração de inconstitucionalidade do § 2º do art. 28 e
do termo “salvo o salário-maternidade” da alínea “a”, § 9º, deste art. 28 da
Lei nº 8.212, de 1991, abrange tão somente a contribuição patronal, com
consta nos termos da tese, de modo que esses mesmos dispositivos
continuem válidos para efeito de incidência da contribuição a cargo da
trabalhadora segurada.
18.2. Delimitar se a tese no RE nº 576.967/PR alcança também as
contribuições destinadas a terceiros, a cargo da empresa, para efeito da não
incidência destas contribuições sobre o salário-maternidade.
18.3. Delimitar os efeitos retroativos da tese, à luz do disposto no art. 19-A,
§ 1º, da Lei nº 10.522, de 2002 [...].
(grifos do original)
12. Em resposta, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional emitiu o Parecer SEI nº
18361/2020/ME, publicado em 24 de novembro de 2020, cujo inteiro teor está disponível em
vários sítios da rede mundial de computadores, podendo ser facilmente encontrado através
das ferramentas de busca.

13. O Parecer SEI nº 18361/2020/ME elucida o seguinte nestes excertos 2:

Recurso Extraordinário nº 576.967/PR. Tema nº 72 de repercussão geral. É


inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária patronal sobre o
salário-maternidade.
Tese definida em sentido desfavorável à Fazenda Nacional. Autorização para
dispensa de contestar e recorrer com fulcro no art. 19, VI, “a”, da Lei n°
10.522, de 2002, e art. 2º, V, da Portaria PGFN n° 502, de 2016.
Possibilidade de estender os fundamentos determinantes do precedente às
contribuições de terceiros, cuja base de cálculo seja a folha de salários, com
amparo no art. 19, § 9º, da Lei nº 10.522, de 2002, e no art. 2º-A, da Portaria
PGFN nº 502, de 2016. Inviabilidade de aplicá-los à contribuição
previdenciária a cargo da empregada.
Manifestação Explicativa de que trata o art. 3º da Portaria Conjunta
PGFN/RFB nº 01, de 2014, e art. 19, VI, a c/c art. 19-A, III, da Lei nº 10.522,
de 2002.
[...]
104. Finalmente, em relação à última indagação formulada pela RFB, cumpre
noticiar que a decisão proferida no tema nº 72 não foi objeto de pedido de
modulação de efeitos, de modo que a declaração de inconstitucionalidade
da incidência da contribuição previdenciária do empregador sobre o
salário-maternidade produzirá efeitos retroativos, devendo-se, por certo,

2
https://receita.economia.gov.br/acesso-rapido/legislacao/decisoes-vinculantes-do-stf-e-do-stj-repercussao-geral-
e-recursos-repetitivos/arquivos-e-imagens/parecer_sei_n__18361_2020_me_salario-maternidade.pdf
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observar os prazos prescricionais aplicáveis ao ajuizamento das ações e aos


pleitos administrativos.
III
Conclusões e encaminhamentos
105. Ante o exposto, propõe-se a inclusão do tema objeto da presente Nota
Explicativa na lista de dispensa de contestação e recursos desta
Procuradoria-Geral, com fulcro no art. 19, VI, “a” e § 9º, da Lei nº 10.522, de
2002, c/c o art. 2º, V, da Portaria PGFN nº 502, de 2016, nos termos
seguintes:
1.8 – Contribuição Previdenciária xx) Inconstitucionalidade da contribuição
previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade. Resumo:
O STF, julgando o tema 72 de repercussão geral, firmou a tese de que “É
inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo do
empregador sobre o salário-maternidade”.
Observação 1. Os fundamentos determinantes do acórdão-paradigma
podem ser estendidos às contribuições de terceiros a cargo do empregador e
incidentes sobre a folha de salários, para reconhecer a inconstitucionalidade
da sua incidência sobre o salário-maternidade.
Observação 2. Por sua vez, a ratio decidendi do tema nº 72 não se aplica à
contribuição previdenciária devida pela empregada, na medida em que essa
exação não foi objeto de julgamento do RE nº 576.967/RJ e possui contornos
constitucionais e legais distintos do caso julgado, devendo-se defender a
validade dessa exação em juízo.
Precedente: RE nº 576.967/RJ (tema 72 de repercussão geral)
106. Sugere-se que a presente Manifestação Explicativa, uma vez aprovada,
seja remetida à RFB para os fins da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 01/2014.
(grifou-se)

14. Por seu turno, adicionalmente, o Parecer SEI nº 19424/2020/ME, publicado em 21


de dezembro de 2020, esclarece nestes trechos 3:
Recurso Extraordinário nº 576.967/PR. Tema nº 72 de repercussão geral. É
inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária patronal sobre o
salário-maternidade. Tese definida em sentido desfavorável à Fazenda
Nacional. Extensão dos fundamentos determinantes às contribuições de
terceiros incidentes sobre a folha de salários. Dispensa de contestar e
recorrer autorizada no Parecer SEI nº 18361/2020/ME, com fulcro no art. 19,
VI, “a”, e § 9º, da Lei n° 10.522, de 2002, e arts. 2º, V, e 2º-A, da Portaria
PGFN n° 502, de 2016.
Esclarecimento quanto às contribuições previdenciárias incluídas na referida
dispensa de impugnação judicial. Art. 22, I e §1º, da Lei nº 8.212, de 1991. A
contribuição adicional de que trata o art. 22, §1º, da Lei nº 8.212, de 1991,
está abarcada na dispensa contida no Parecer SEI nº 18361/2020/ME, em
razão da sua relação de acessoriedade com a contribuição principal prevista
no art. 22, I, da Lei nº 8.212, de 1991. Ratificação do entendimento esposado
na Nota PGFN/CRJ/ Nº 604/2015.
Consulta quanto à extensão dos fundamentos determinantes do tema nº 72
de repercussão geral às contribuições previdenciárias, a cargo do
empregador, disciplinadas nos arts. 22, II, da Lei nº 8.212, de 1991,
(SAT/RAT) e 57, §6º, da Lei nº 8.213, de 1991 (adicional à contribuição do
3
https://www.gov.br/pgfn/pt-br/assuntos/legislacao-e-normas/documentos-portaria-502/ParecerSEI19424.pdf
9
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Fls. 10

SAT/RAT). Possibilidade à luz do disposto no art. 19, § 9º, da Lei nº 10.522,


de 2002, e no art. 2º-A, da Portaria PGFN Nº 502, de 2016.
Manifestação Explicativa de que trata o art. 3º da Portaria Conjunta
PGFN/RFB nº 01, de 2014, e art. 19, § 9º, c/c art. 19-A, III, da Lei nº 10.522,
de 2002, no tocante à ampliação da ratio decidendi objeto deste Parecer.
[...]
18. Nesse sentido, propõe-se a inclusão do tema objeto da presente
Manifestação Explicativa na lista de dispensa de contestação e recursos
desta Procuradoria-Geral, com fulcro no art. 19, § 9º, da Lei nº 10.522, de
2002, c/c o art. 2º-A, da Portaria PGFN nº 502, de 2016, e a reformulação do
seu teor, que passará a ter a seguinte redação:
1.8 – Contribuição Previdenciária xx) Inconstitucionalidade da contribuição
previdenciária, a cargo do empregador, sobre o salário-maternidade.
Resumo: O STF, julgando o tema 72 de repercussão geral, firmou a tese de
que “É inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo do
empregador sobre o salário-maternidade”.
Observação 1. O julgamento do tema nº 72 girou em torno da contribuição
previdenciária do empregador enunciada no art. 22, I, da Lei nº 8.212, de
1991. No entanto, o precedente se aplica, também, à respectiva contribuição
adicional descrita no art. 22, §1º, da mesma lei, em razão da relação de
acessoriedade existente entre elas. Desse modo, a dispensa tratada no
Parecer SEI nº 18361/2020/ME alcança apenas essas duas exações.
Observação 2. Os fundamentos determinantes do acórdão-paradigma
podem ser estendidos às contribuições previdenciárias a cargo do
empregador detalhadas no art. 22, II, da Lei nº 8.212, de 1991, e no art. 57,
§6º, da Lei nº 8.213, de 1991, para reconhecer a inconstitucionalidade da
inclusão do salário-maternidade sobre esses tributos.
Observação 3. Além disso, os fundamentos determinantes do acórdão-
paradigma podem ser estendidos às contribuições de terceiros a cargo do
empregador e incidentes exclusivamente sobre a folha de salários, para
declarar a invalidade da cobrança de tais tributos sobre o salário-
maternidade.
Observação 4. Por sua vez, a ratio decidendi do tema nº 72 não se estende à
contribuição previdenciária devida pela empregada, na medida em que essa
exação possui contornos constitucionais e legais distintos do caso julgado,
que se encontram explicitados no Parecer SEI nº 18361/2020/ME e que
interditam a pretendida ampliação. Nesse sentido, deve-se defender a
validade da inclusão do salário-maternidade sobre a sua base de cálculo,
impugnando-se as decisões que equivocadamente aplicam o tema nº 72 à
contribuição da empregada.
Precedente: RE nº 576.967/PR (tema nº 72 de repercussão geral)
[...]
20. Sugere-se que a presente Manifestação Explicativa, uma vez aprovada,
seja remetida à RFB para os fins da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 01/2014.
(destacou-se)

15. Acentue-se que o aludido Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396, de 2013, publicado no


Diário Oficial da União de 5 de julho de 2013, Seção 1, págs. 27 a 36, prevê esta orientação
genérica quanto à possibilidade de restituição e compensação em casos semelhantes ao
consultado:

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4. Consequências da introdução da nova interpretação jurídica da Fazenda


Nacional na legislação tributária, fundada em precedente formado nos
moldes dos arts. 543-B e 543-C do CPC [de 1973].
[...]
4.2. Restituição do indébito e compensação. A mudança de entendimento
em sentido favorável ao contribuinte enseja a possibilidade de restituição e
de compensação dos valores efetivamente pagos, na forma da legislação em
vigor.
[...]
144. Por conseguinte, caso a Fazenda Nacional acolha o mérito da tese
definida pelos Tribunais Superiores na forma dos art. 543-B e 543-C, do CPC,
cujo teor, por sua vez, afasta a incidência tributária (total ou parcialmente)
em dadas circunstâncias, a introdução desse novo entendimento jurídico
mais benéfico ao contribuinte deve aplicar-se retroativamente aos
lançamentos já efetuados sob a regência do entendimento mais gravoso, de
modo a afastar a exigência tributária em desacordo com a nova exegese.
[...]
154. O acolhimento de tese jurídica firmada sob a técnica dos arts. 543-B e
543-C do CPC [de 1973], em sentido mais favorável ao contribuinte, permite
o reconhecimento administrativo do direito à restituição do indébito, na
forma dos arts. 165 e 168 do CTN.
155. Ao admitir a correção da interpretação jurisprudencial que afasta, no
todo ou em parte, a exigência tributária, a Fazenda Nacional passa a reputar
indevidos os créditos lançados de acordo com os critérios superados,
surgindo, como consequência, a possibilidade de restituição e de
compensação dos valores efetivamente pagos, na forma da legislação em
vigor.
156. Em tais hipóteses (de valores efetivamente pagos), a repetição do
indébito dar-se-á conforme as regras dispostas nos arts. 165 e seguintes do
CTN, observando-se o prazo decadencial do art. 168, I, do mesmo diploma
legal.

Conclusão

16. Diante do exposto, tendo em atenção o entendimento firmado pelo Supremo


Tribunal Federal no julgamento do RE nº 576.967/PR, com repercussão geral reconhecida
(Tema nº 72), sem modulação de efeitos, e em razão do disposto nos arts. 19, VI, § 9º, e 19-A,
III, § 1º, da Lei nº 10.522, de 2002, na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014, e nos
Pareceres SEI nº 18361/2020/ME e nº 19424/2020/ME, exarados pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional e que passam a fazer parte integrante, inseparável e complementar do
presente ato, como se nele estivessem inteiramente reproduzidos, é inconstitucional a
incidência da contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade, inclusive a
sua respectiva contribuição adicional, bem como aquela destinada a terceiros cuja base de
cálculo seja, exclusivamente, a folha de salários.

17. O acolhimento da aludida tese permite o reconhecimento administrativo do


direito à restituição e compensação dos valores efetivamente pagos, na forma do art. 165 do
Código Tributário Nacional, observando-se o prazo decadencial do art. 168, I, do mesmo
diploma legal, ao abrigo, inclusive, do Parecer PGFN/CDA/CRJ nº 396, de 2013.

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18. Ressalte-se, porém, que essa declaração de inconstitucionalidade não abrange a


contribuição devida pela trabalhadora segurada (empregada, trabalhadora avulsa,
contribuinte individual e facultativa), eis que a ratio decidendi do Tema nº 72 não se estende
a essa exação, que possui contornos constitucionais e legais distintos do caso julgado.
19. A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil está vinculada ao referido
entendimento.

Encaminhe-se para procedimento próprio.

Assinado digitalmente
ROBERTO PETRÚCIO HERCULANO DE ALENCAR
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil

De acordo. Encaminhe-se ao Coordenador de Contribuições Previdenciárias e


Normas Gerais.

Assinado digitalmente
FLÁVIO OSÓRIO DE BARROS
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Chefe da Disit04

De acordo. Ao Coordenador-Geral de Tributação para aprovação.

Assinado digitalmente
RODRIGO AUGUSTO VERLY DE OLIVEIRA
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador de Contribuições Previdenciárias e Normas Gerais

Ordem de Intimação
Aprovo a Solução de Consulta. Nada obstante, informa-se que desta decisão cabe
a interposição de recurso especial, sem efeito suspensivo, e de representação de divergência,
na forma do art. 48, §§ 5º a 10, da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, dos arts. 19 a 21
da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, bem como do art. 10 da Norma de Execução
Cosit nº 1, de 25 de junho de 2014, sendo aplicável esta última hipótese no caso de existência
de despacho decisório de ineficácia sobre a espécie fundado no art. 18, VII e IX, da Instrução
Normativa RFB nº 1.396, de 2013.

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Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº


1.396, de 2013. Dê-se ciência à consulente. Adote a unidade da RFB do domicílio tributário da
consulente as medidas adequadas à observância do presente ato (art. 23, inciso V, da
Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013).

Assinado digitalmente
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
Coordenador-Geral de Tributação

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