CONSTRUCAO SUSTENTAVEL - SHELCIO Edit
CONSTRUCAO SUSTENTAVEL - SHELCIO Edit
CONSTRUCAO SUSTENTAVEL - SHELCIO Edit
2
3.2.3. Murro de Gabião...............................................................................................32
3.3. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.....................................................34
3.3.3. Gestão de resíduos sólidos................................................................................34
3.3.3.1. Acondicionamento........................................................................................34
3.3.3.2. Coleta............................................................................................................34
3.3.3.3. Contentores...................................................................................................34
3.4. Reflorestamento de mangal..................................................................................35
3.5. Resultados esperados............................................................................................36
Conclusão........................................................................................................................38
Referências bibliográficas...............................................................................................39
Figuras
3
Capítulo I
1. Introdução
Neste presente trabalho, pretende-se falar das estratégias de requalificação de
assentamento da região da Orla Marítima da Matola A, que abrange a área de Makopene
e Mucambene, com a aplicação de construção sustentável usando materiais que não
agridão o meio ambiente e que contribua para o bem-estar da comunidade.
Desde muito tempo a região da Orla Marítima é assolada pelos fenómenos da natureza,
uma vez próxima do rio Matola e encontra-se junto da bacia de Maputo. No entanto, o
estudo desta região é de grande importância uma vez que faz parte da capital do país é
necessário se preservar a imagem de uma boa cidade.
Por fim o terceiro capítulo, ``o estudo de caso´´, que trata do desenvolvimento e da
apresentação dos resultados encontrados acerca da pesquisa.
4
1.2. Problematização
A tentativa de minimizar os efeitos do crescimento urbano desordenado e a necessidade
de criação de instrumentos eficazes que promovam o ordenamento do território têm sido
um grande desafio para países em vias de desenvolvimento. Não obstante a
Moçambique que apresenta dificuldades de implementação do reordenamento e altos
indicadores de baixa qualidade de vida tornando assim cada vez mais difícil o acesso a
espaços formais e viáveis de habitação, promovendo dessa forma o desordenamento
territorial, resultando na procura de abrigos em lugares impróprios, regiões periféricas
arredores da cidade, zonas industriais ou mesmo em áreas naturalmente de alto risco à
habitação humana à mercê as forças da natureza como solução do problema de
habitação instigando o conceito de assentamento informal urbano.
O modo em que as residências estão organizadas faz com que haja complicações na
condução das águas pluviais e dificultando o encaminhamento para o rio, provocando
assim inundações nas vias de acesso, agravado ainda mais pelos resíduos sólidos
encontrados nas vias, consequentemente surgem doenças relacionadas aos mesmos,
sendo as crianças mais afetada.
Outro aspeto que não se deve deixar do lado é o fator da educação sanitária, que é
bastante fundamental e tem como objetivo induzir a população a hábitos que promovam
a saúde e a prevenção de doenças, que pelo que vive a população da área de estudo
5
perante as condições do ambiente encontram-se sob uma zona pantanosa no que vem a
influenciar no índice de doenças.
Presença de residuos
sólidos nas vias de
acesso
Figure 1: situação Makopene e Mucambene
1.4. Hipóteses
No que diz respeito a sustentabilidade habitacional têm-se as seguintes hipóteses:
6
1. Construção de habitações sustentáveis: Fundação com pneu; cobertura a base de
chapa Isocobertura. Esses elementos de construção provavelmente contribuirão
para a sustentabilidade e durabilidade da habitação;
2. Implementação de um sistema de saneamento: vala de drenagens,
microdrenagem e murro de alvenaria nas residências com um sistema de
tubagem com capacidade de encaminhar a água pluvial ate as valas de drenagem
possivelmente diminuirá as inundações nas residências e nas vias de acesso;
3. Colocação de Murro de contenção para pontos críticos que apresentam uma cota
de nível elevada possivelmente impedirá um possível deslizamento de terra;
4. Implementação de um sistema de recolha de resíduo sólido evitará
provavelmente a colocação inapropriada dos resíduos sólidos nas vias de acesso
e na costa;
5. Reflorestamento de mangais ao longo da costa provavelmente restaurará o
ecossistema marinho e a preservação do mesmo;
1.5. Objetivos
1.6. Justificativa
O incentivo da escolha da área de estudo deve-se a compreensão da origem do resultado
do assentamento informal urbano relacionado com a sobrevivência e bem-estar da
comunidade. Pois a preocupação com as questões ambientais tem sido um tema bastante
7
recorrente para os Moçambicanos principalmente para a comunidade que se encontra na
região não habitável. A população da região da Orla Marítima, especificamente na área
de Makopene e Mucambene vive uma tragédia dia pós dia perante as condições
ambientais. Facto triste para o município que por detrás da bela vista existem
comunidades que vivem sob condições precárias de segurança perante aos sistemas
básicos de habitação, saneamento, vias de acesso e saúde. Nem precisa se quer pensar
muito para perceber a batalha e sofrimento do dia-dia dessa comunidade que habitam
numa região de depressão absoluta do relevo por apresentar uma altitude baixa em
relação ao nível medio das águas, principalmente nas épocas chuvosas. Com isso as
águas pluviais provenientes das áreas mais altas influenciam na degradação e na
permeabilidade da água no solo. Aliado a esse aspeto, o solo apresenta um índice
elevado de salubridade devido ao lençol freático salubre, o que danifica as habitações
bem como a saúde sendo as crianças e idosos mais vulneráveis.
Outro fator principal a se considerar são as residências, que apresentam um aspeto não
condigno e que deixam muito a desejar, tanto quanto a precariedade do material que não
é adequado para construção nesta região em estudo, aspetos estes que afetam
negativamente na vida útil das habitações.
Visto que a área em estudo não é apropriada para a construção de infraestruturas a base
de materiais de construção precários, viu-se a necessidade de uma intervenção urbana
diante de um espaço que hoje encontra-se desordenado e degradado.
8
informações coletadas em obras literárias, documentos e sites da internet, que depois de
analisadas foram sintetizadas de forma descritiva, relatando desde a motivação da
escolha do espaço e do tema, a metodologia que foi usada, a origem do assentamento
informal urbano em estudo, a influência que tem no processo de provisão dos serviços
básicos e no desenvolvimento urbano sustentável das povoações.
A presente pesquisa é classificada como aplicada, pois far-se-á o estudo das estratégias
de requalificação do assentamento informal urbano da região da Orla Marítima, entre
Makopene e Mucambene. E, depois desse estudo, poderão também ser aplicadas as
estratégias em outros distritos em que passam a mesma situação. Além disso, a pesquisa
tem como objetivo através da aplicação prática gerar informações que poderão ser úteis
para a solução da problemática deste estudo, é mesmo dedicado pela necessidade de
resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não, sem contradizer a síntese de
APOLINÁRIO (2004, p.152) salienta que pesquisas aplicadas têm o objetivo de
“resolver problemas ou necessidades concretas e imediatas.” (APOLINÁRIO, 2004,
p.152 apud MOIANE, 2016, p.23).
No entanto, foi um estudo de campo, onde houve uma interação entre o autor e o objeto
em estudo, campo de recolha de dados, através da extração de fotografias. Neste
contexto, houve uma Secretário do Bairro da Matola A de forma propor um modelo que
beneficie o ambiente.
9
1.7.5. Quanto aos procedimentos técnicos
No que diz respeito a procedimentos técnicos, a pesquisa foi elaborada com recurso a
fontes bibliográficas, análise documental, síntese e compilação de dados. Consultou-se
livros que falam sobre o tema em discussão. Em seguida fez se a seleção dos dados que
seriam usados na pesquisa, após essa etapa fez se a interpretação dos dados já
mencionados e por fim chegou-se ao resultado final da pesquisa a partir do modelo
hipotético-dedutivo.
1.8. Delimitação
10
Figure 2: Área delimitada de Makopene e Mucambene
O fenómeno que mais destaca-se é o ciclone Eline (mais conhecido por cheias de 2000).
Em que fora submetido um projeto que visava reassentar as populações afetadas pelo
ciclone para o bairro de Tsalala com vista a eliminar o crescimento demográfico de
populações na região da Orla Marítima (Secretário do Bairro da Matola A, 2020). Com
isso, mantendo o determinismo apenas uma e duas famílias cumpriram com as ordens,
no que veio a implicar ao que se encontra nos dias de hoje.
11
Outro aspeto fundamental sem deixar de lado que tem influenciado significativamente
na expansão da região da Orla Marítima é o fator socioeconómico.
Os habitantes das regiões centro e norte do país, muitos têm-se deslocado de suas
origens em busca de melhores condições de vida na capital do país, no entanto, essa
tentativa tem se visto frustrada, pois a maioria acabam se tornando guardas noturnos nas
empresas locais, vendedores ambulantes como caso de vendedores de crédito,
acessórios de celulares, roupas, etc.
Contudo, tem-se verificado uma alta expansão urbana nesta região, em que um
quarteirão estava para 60 casas e nos dias atuais um quarteirão está para mais de 100
casas, tendo analisado em períodos de 2002, 2010 e 2019.
12
Figure 4 delimitação temporal de 2010 de Makopene e Mucambene
13
Capítulo II
2. Fundamentação teórica
Como toda a pesquisa científica é baseada em alguns fundamentos teóricos já debatidos
por outros pesquisadores é importante conter a revisão da literatura pois através dela é
possível limitar-se apenas em uma única direção, sem ultrapassar a reflexão de
FAQUETI & ALBINO (2007) que diz: “Toda pesquisa parte de alguns referenciais já
conhecidos pela comunidade cientifica” (FAQUETI & ALBINO,2007 apud
MERCEDES et al, 2019).
Neste capítulo serão trazidos alguns conceitos principais que servirão de base para o
desenvolvimento da pesquisa, sendo eles: Planeamento Urbano, Expansão Urbana,
Assentamento Urbano Informal, Zona Húmida ou Pantanosa, Desigualdades Sociais.
A ocupação desordenada do espaço urbano vem crescendo constantemente, que por sua
vez envolve muitos consequências tais como o crescimento urbano desordenado, o
acúmulo de resíduos urbanos, aumento da densidade populacional, exclusão social e
territorial, violência, fome, poluição, falta de saneamento, além de problemas
econômicos, sociais e políticos. Por conta destes problemas ambientais e
socioeconômico surge a estratégia de planeamento urbano junto com a sustentabilidade
urbana.
14
limitações que deverão ser observadas, de forma a manter e aumentar a qualidade de
vida de seus munícipes.
De acordo com o SOUSA (2008, p.58 apud FILHO e OLIVEIRA, 2013, p.56) sugere
uma abordagem mais ampla do Planeamento Urbano se baseando na abordagem de
DUARTE (2007).
O importante para entendermos o planeamento urbano é que ele não pode ser
restrito a uma disciplina especifica. Nesse sentido, o campo se abre para
conhecimento e metodologias que abrangem aspectos da sociologia, da
economia, da geografia, da engenharia, do direito e da administração
(DUARTE, 2007 p. 25 apud FILHO e OLIVEIRA, 2013, p.56).
A expansão urbana está associada ao crescimento das cidades e este por sua vez ao
aumento demográfico e das atividades.
Para PINTO (2018) a expansão urbana é o crescimento do espaço urbano além dos seus
limites, acompanhado pela difusão do modo de vida urbano e pelo desaparecimento de
estruturas e modos de vida rurais, hoje como há séculos em lugares agora consolidados
(PINTO, J. C. O., 2018, p.50).
De acordo com as ideias de Friedman & Wolff (1982) e Williams, et. al (1983,5),
passam a definir urbanização como um “processo envolvendo duas atitudes:
15
b) A mudança no estilo de vida de rural para urbano adotando os inerente valores,
atitudes e comportamento”.
São variáveis principais no primeiro caso, densidade populacional e funções
económicas, enquanto em relação ao segundo, as variáveis dependem de fatores sociais,
psicológicos e comportamentais, sendo estes por sua vez, aspectos complementares as
duas fases (FRIEDMAN & WOLFF ,1982 citado por MERCEDES et al, 2019, p.10) e
(WILLIAMS, et. al, 1983, p.5 citado por MERCEDES et al, 2019, p.10),
Sabe-se que atualmente, cerca de 2,5 mil milhões de habitantes de zonas rurais
dependem diretamente da agricultura, silvicultura, pesca, caça, ou de alguma
combinação destas atividades, como modo de subsistência (RAMSAR, 2014, p.2)
16
Pela definição da convenção de Ramsar e das organizações parceiras as Zonas Húmidas
incluem lagos e rios, pântanos e pauis, prados húmidos e turfeiras, oásis, estuários,
deltas e intermareal, áreas marinhas próximas da costa, mangais e recifes de coral, e
sítios artificializados como viveiros de peixes, arrozais e salinas (RAMSAR et al, 2014,
p.3).
Entre as atividades agrícolas que podem alterar as funções das zonas húmidas e os
ecossistemas destacam-se a drenagem e a conversão de zonas húmidas em terras de
cultivo ou para aquacultura, a introdução de espécies invasoras de flora e de fauna, a
introdução de vetores de doenças e a alteração dos padrões de reprodução, migração e
17
alimentação da fauna das zonas húmidas. Por exemplo, a expansão acentuada da criação
intensiva de camarão tem contribuído para o desaparecimento de extensas zonas
húmidas costeiras em diversos países e a consequente perda dos serviços dos
ecossistemas associados como sejam a proteção contra as tempestades costeiras, o
pescado e os produtos florestais dos mangais.
2.4. Assentamentos
Assentamentos Informais – são áreas residenciais onde: (1) moradores não têm
segurança de posse com relação à terra ou moradias que habitam, com modalidades que
variam entre ocupações ilegais e locação informal; (2) os bairros geralmente carecem ou
estão isolados dos serviços básicos e da infraestrutura urbana e (3) as habitações podem
não cumprir com os regulamentos vigentes de planeamento e construção, e muitas vezes
estão situadas em áreas geograficamente e ambientalmente perigosas. Além disso, os
assentamentos informais podem ser uma forma de especulação imobiliária para todos os
níveis de renda dos residentes urbanos, ricos e pobres. As favelas e bairros de lata são as
formas mais destacadas de assentamentos informais, caracterizadas pela pobreza e
grandes aglomerações de habitações em ruínas, muitas vezes localizadas em terrenos
urbanos mais perigosos. Além da insegurança da posse, os moradores carecem de uma
oferta formal em infraestrutura básica e serviços, espaços públicos e áreas verdes, e
estão constantemente expostos à expulsão, doenças e violência (UNITED NATION
CONFERENCE ON HOUSING AND SUSTAINABLE URBAN DEVELOPMENT,
2015, p.1).
Enquanto para Araújo (1997) entende que o assentamento urbano assemelha-se entre a
relação com a forma como a população se organiza no espaço. E, salienta ainda, que são
fenómenos dinâmicos que adquirem características próprias de acordo co o tipo de
desenvolvimento sócio-econômico-cultural do grupo e da forma como este se relaciona
com a terra (ARAÚJO, 1997 apud MERCEDES et al, 2019, p.8).
18
Também, o conceito de assentamento informal é confundido com o conceito de
periferia. É possível distinguir dos dois a partir da reflexão de KOWARICK (2000, p.
43), em que:
Quando se fala em desigualdades sociais presentes no meio urbano, logo são associadas
as imagem das favelas, guetos, ocupações em morros, beira de rios e córregos, cortiços,
periferias entre tantas outras interpretações. As explicações para tantas desigualdades
que ocorrem com maior materialização nos espaços urbanos se amparam na retórica da
exclusão social, segregação sócio espacial, espoliação urbana ou outros termos criados
para caracterizar os motivos da concentração e manutenção da pobreza nas cidades.
Independente do conceito ou caracterização indicada para determinado fenômeno de
exclusão no espaço urbano, o importante é desenvolver ferramentas teórico-
metodológicas que possam auxiliar na interpretação das desigualdades sociais urbanas e
que possam contribuir para apontar medidas que sejam voltadas para tais problemas,
junto às ações dos poderes públicos. No entanto, resta avaliar a ação dos agentes
responsáveis pelo aumento ou a falta de iniciativa para diminuir as desigualdades
sociais urbanas, por mais que muitas explicações tenham sua origem em episódios
precedentes.
19
Souza (2003) defende ainda que o que se deve priorizar no discurso de renovação das
cidades (ao menos na renovação social das mesmas), é a alteração do discurso de
desenvolvimento usado como sinônimo de desenvolvimento econômico pura e
simplesmente (SOUZA, 2003 citado por MEIRA,2005, p.9).
2.6. Mangais
São plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições de submersão em
águas salobras (em baías protegidas contra ação direta das ondas das águas do mar,
estuários, deltas, margem de rios).
Os mangais ocorrem:
20
Na zona tropical e subtropical;
Zona entre marés;
Zonas protegidas;
Ao longo da costa;
Lagoas;
Margens dos rios;
Nos estuários e deltas
Em Moçambique, assim como em outros países, esforço estão sendo feitos para
preservar o mangal e restabelecer as áreas destruídas, a destruição de mangal é
progressiva. No mundo, estima-se que os mangais tenham reduzido para cerca de 1/3 da
área original que ocupavam há 20 anos atrás (Vance et al 1996 apud BALIDY, 2014).
Causas antropogênicas:
1. Urbanização;
2. Combustível lenhoso;
21
3. Estacas para construção;
4. Toros para construção de barcos;
5. Salinas;
6. Agricultura;
7. Aquicultura de camarão;
Causas naturais
1. Ciclones;
2. Inundações ou cheias;
Esta chapa estabelece um alto conforto térmico e acústico. Pois para além de ser
utilizada como cobertura também pode ser utilizada como forma de divisão de
compartimentos como vedação de paredes e fachadas.
A sua espessura deve ser de no mínimo 30 milímetros mas pode variar de acordo com o
nível de isolamento acústico que você procura. E as faces metálicas da chapa pode ser
pintada com tinta eletrostática, de forma a dar um visual mais criativo para a obra em
aplicação.
Simples: aquela em que a parte superior é feita com a chapa metálica e a inferior
com uma folha de alumínio.
Dupla: tanto a parte superior com a inferior é feita com chapas metálicas.
22
Reduz o risco de alastramento de chamas, em caso de incêndio;
Redução da humidade (não absorve a água);
É de fácil manutenção;
Desvantagens
Alto custo;
Necessidade de profissionais altamente especializados
Capítulo III
3. Estudo de caso
A investigação desenvolvida permitiu sobretudo identificar as questões críticas, as
dificuldades e os obstáculos que surgem a par das soluções propostas para dar resposta
ao fenómeno não só dos assentamentos informais mas também de bairros precários,
tanto no que se refere especificamente ao caso de estudo da região da Orla Marítima.
23
Matos (1997) faz uma abordagem mais profunda para o aspeto do que é estar alojado e a
questão da qualidade habitacional:
``Estar alojado é muito mais do que estar numa casa, esta tem de
possuir determinadas características (conforto, espaço suficiente para
a família, equipamentos, distancia aos serviços públicos/privados, aos
diferentes tipos de comércio e a outras atividades complementares à
habitação, como por exemplo as de lazer). O conceito de qualidade
habitacional é complexo porque não é absoluto, nem estático, pelo
contrário, é relativo, pois varia de país para país, com os diferentes
grupos sociais e com o tempo. A existência de más condições
habitacionais não pode ser considerada, apenas, como um problema
arquitetônico ou técnico; é fundamentalmente um problema
económico e político´´(Matos, 1997).
24
Figure 7 chapa Isocobertura
25
não haver problemas de abastecimento de água, porém, a maioria não atende aos
padrões de potabilidade devido ao armazenamento inapropriado e a má gestão dos
resíduos que origina a contaminação da mesma.
26
urbanas para evitar enchentes nas vias, implementando um murro de alvenaria nas
residências com um sistema de tubagem com capacidade de encaminhar a água pluvial
ate a vala de drenagem. Nesse caso, as tubagens serão colocadas na parte inferior da
alvenaria e se juntarão com as outras das outras residências que por sua vez essas irão
ligar-se a tubagem principal que dá entrada a drenagem urbana.
3.2.4. Microdrenagem
27
A função do sistema de microdrenagem é de recolher e conduzir a água pluvial até ao
sistema de macrodrenagem, além de retirar a água pluvial dos pavimentos das vias
públicas, oferecer segurança aos pedestres e motoristas e evitar ou reduzir danos.
Portanto, o sistema de microdrenagem é bastante ideal para ser utilizada nesta região,
pois pode ser provavelmente a melhor solução que responderia com bastante eficácia a
problemática das inundações nas residências assim como nas vias de acesso. Tanto que
também pode servir como um sistema eficaz de escoamento de águas pluviais para a
drenagem principal ou macrodrenagem assim como também para a irrigação de algumas
produções locais como: cana-de-açúcar, legumes com alface, tomate, cebola, piri-piri,
etc.
28
Estrada é a base de desenvolvimento de qualquer sociedade, e uma estrada com
condições adequadas oferecendo segurança facilitam o desenvolvimento humano
(MERCEDES et al. 2019, p.18).
29
A projeção das vias de acesso estão feitas com propósito de transformar a estrada em
uma jusante que apenas as vias serão revestidas por alcatrão e pneus de borracha como
sub-base, tornando assim o pavimento impermeável uma vez que o lençol freático é
elevado.
Fonte: Pinterest,2020
30
Figure 13: Vias de acesso
Fonte: Archicad,2020
Sistema de Drenagem
Via Principal
Via Secundária
Via Terciária
Legenda:
31
As residências que se encontram a nível mais alto que a estrada descarregarão suas
águas no sistema de recolha da estrada (valetas), contendo dos dois lados da via, que
conduzirá a água até ao sistema de drenagem.
As principais características dos murros de gabiões são flexibilidade que permite que a
estrutura se acomode a rejeições diferenciais e a permeabilidade.
32
Este tipo de murro de contenção será aplicado em locais da região da Orla Marítima
onde apresentam primeiro uma cota de elevação elevada em relação a superfície que
apresentam um alto risco de deslizamento de terra. Também colocar-se-á na beira da
costa que servirá não só da sua utilidade principal mas também como forma de
estabelecer um limite para evitar o alastramento das populações.
33
Figure 17 murro de gabião
3.3.3.1. Acondicionamento
É a etapa de preparação dos resíduos para a coleta adequada de acordo com o tipo e
quantidade gerada. Os resíduos são acondicionados em recipientes próprios e mantidos
até o momento em que são coletados e transportados ao aterro sanitário ou outra forma
de destinação final.
34
3.3.3.2. Coleta
3.3.3.3. Contentores
35
Figure 18 mangais
36
propensas a risco do mesmo. Quarto, com a implementação de um sistema de gestão de
resíduos sólidos espera evitar o descarte em lugares inapropriados como a beira da costa
do rio preservando o ecossistema marinho e diminuir o impacto ambiental. Quinto, com
o reflorestamento do mangal espera-se restaurar a Orla Marítima e promover a
reprodução de espécies marinhas.
37
Conclusão
Feito o estudo das estratégias de requalificação da região da Orla Marítima em face ao
desenvolvimento urbano e municipal da Matola, concluiu-se que:
A região da Orla Marítima é uma das regiões costeiras da capital do país que tem como
imagem a ocupação desordenada do solo, problemas graves de condições desfavoráveis,
problemas de saneamento básico entre outro devido ao assentamento informal. Perante
essa situação viu-se a necessidade de implementar estratégias de Planeamento Urbano
do modo a requalificar a dada região.
38
Referências bibliográficas
39
Portal de Governo, Governo da Província de Maputo, disponível em
www.pmaputo.gov.mz/A-Provincia/Perfis-Distritais/Matola, acesso em 20 de
Março de 2020.
RAMSAR et al, 2014, zona húmidas & agriculturas: parceiros para o
desenvolvimento, dia mundial das zonas húmidas 2 de fevereiro, disponível em
wwd14_portugal_leaflet.pdf, acesso em 14 de Abril de 2020
RIBERIRO, J. W. & ROOKE, J. M.S., 2010, Saneamento básico e sua relação
com o meio ambiente e a saúde pública. Universidade Federal de Juiz de Fora,
27p.
Vivadecora: Busca conforto térmico e acústico? Descubra porque as
telhas acústicas é a solução ideal, disponível em
www.vivadecora.com.br, acesso dia 21 de abril de 2020;
40