2 - Fameca 2013

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133242

Processo Seletivo Vestibular


medicina 2013

001. prova de conhecimentos gerais

Confira seus dados impressos neste caderno.


Esta prova contm 86 questes objetivas e ter durao total de 4 horas.
Para cada questo, o candidato dever assinalar apenas uma alternativa.
Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta.
Encontra-se neste caderno a Classificao Peridica, a qual, a critrio do candidato, poder ser til para
a resoluo de questes.
O candidato somente poder entregar a folha de respostas e sair do prdio depois de transcorridas
3 horas, contadas a partir do incio da prova.

19.12.2012

01. Um fertilizante tem 20% de nitrato. Sabe-se que 20% do nitrato desse fertilizante composto por nitrognio, e a massa
do fertilizante sem nitrato no contm matria com nitrognio. Considerando uma certa quantidade, em gramas, desse
fertilizante, a parte do fertilizante sem nitrato corresponde a
1,52 kg da massa total considerada. Nas condies dadas, o
total de nitrognio nesse fertilizante, em gramas, igual a

04. As 23 vagas de um estacionamento so numeradas de 1 a


23, sendo que as vagas de nmeros 1 a 8 so para carros
grandes e as de nmeros 9 a 23 para carros pequenos. Esse
estacionamento possui 18 carros estacionados, sendo que 5
deles so grandes, e todos esto estacionados aleatoriamente
nas vagas numeradas referentes ao seu tamanho, pequeno ou
grande. Se Joo possui um carro pequeno e um carro grande
estacionados nesse estabelecimento, a probabilidade de que
ambos estejam ocupando vagas de numerao mpar igual a

(A) 60,8.
(B) 95,0.

(A) 4

(C) 38,0.

15

(D) 76,0.

(B) 4

(E) 84,6.

13

(C) 1

1 1 2 1 2 3 1 2 3 4 
02. Na sucesso  , , , , , , , , , , ...  , a
1 2 1 3 2 1 4 3 2 1 

(D) 1

posio ocupada pela frao 3 a


11

16

(E) 2

(A) 78..

(B) 81..
05. Na figura, as retas r e s so paralelas.

(C) 85..
(D) 75..

60

(E) 80..

(B)

(A) 20.
(B) 45.

y
y  450

(C) 30.

(D) 15.

450  y

(E) 65.

2y
2y
900  y

(E)

2y
y  900

FMCA1201/001-ConhecGerais

Nessas condies, x igual a

(C) 900y

(D)

03. Uma indstria de pesticidas anunciou um novo produto,


afirmando que, para o uso de cada x quilogramas do pesticida por hectare, a produtividade extra por hectare da colheita
seria de y quilogramas, sendo que y e x esto relacionados
900x
. De acordo com os dados fornecipela frmula y 
2x
dos, o uso do pesticida implica que uma produtividade extra
por hectare de y quilogramas poder ser obtida com uso de
um total de quilogramas de pesticida por hectare igual a
(A)

06. Seja Q a rea do crculo circunscrito a um quadrado, e T a


rea do crculo circunscrito a um tringulo equiltero de
mesmo permetro que o quadrado dado. Em tais condies,
Q
igual a
T

08. Os dois grficos indicados no plano cartesiano ortogonal


referem-se s funes polinomiais do 2 grau, denotadas por
f e g. Sabe-se que o grfico de f intersecta o de g no vrtice
da parbola definida por g, e na origem do plano cartesiano.
y

(A) 16

f
4

25

(B) 3
4

(C) 9
16

(D) 27

Nas condies descritas, f(g(x)) igual a

32

(A) x4 + 4x3 + 8x2.

(E) 3

(B) x4 8x3 + 16x2.

(C) x4 4x3 + 8x2.

07. A figura indica a vista lateral de um prdio de altura AC e


comprimento DC . Nesta vista, o ponto mais alto do telhado

(D) x4 4x2 + 8x.


(E) x4 + 8x3 + 16x2.

AB est a 30 m do cho e o ponto mais baixo a 24 m do


cho.
telhado

09. Sejam os sistemas de equaes I e II nas incgnitas x e y,


com m sendo um nmero real.

3x 2y  2
I
 2x  my  16

fora de escala

Sabendo que os sistemas tm apenas uma soluo em comum, o valor de m igual a

60
D

x 2y  6
 xy  8

II 

cho

Sendo AB = 10 m, a medida aproximada de DC, em metros,

(A) 3.

(A) 24,6.

(B) 3.

(B) 21,8.

(C) 5.

(C) 25,4.

(D) 6.

(D) 26,4.

(E) 5.

(E) 18,6.

FMCA1201/001-ConhecGerais

10. Uma escada imaginria, com as medidas em centmetros,


possui degraus que seguem o padro descrito na figura.

12. Um grupo de pesquisadores extraiu um princpio ativo, extremamente eficiente no combate a um determinado cncer,
do androceu de um vegetal. Um segundo grupo de cientistas
obteve, em vegetais avasculares, uma fragrncia adequada
a um perfume. Um terceiro grupo identificou nos aglomerados de esporos vegetais, denominados soros, uma enzima
muito til para estudos biotecnolgicos.
Assinale a alternativa que contm, correta e respectivamente, os grupos vegetais dos quais foram extradas as substncias pesquisadas pelos trs grupos de cientistas.

32
terceiro degrau
16

8 segundo degrau
4

(A) Monocotiledneas, talfitas e brifitas.

2 primeiro degrau
1
cho

(B) Pteridfitas, talfitas e gimnospermas.

Se essa escada atinge a altura, em relao ao cho, de h centmetros no n-simo degrau, ento, n um nmero natural igual a
(A)

(C) Gimnospermas, pteridfitas e talfitas.


(D) Angiospermas, brifitas e pteridfitas.

3h  6
log 4 2

(B)

(E) Dicotiledneas, gimnospermas e pteridfitas.

3h  4

13. A figura ilustra, simplificadamente, etapas no lineares do


processo da evoluo humana, ocorrido ao longo de milhes
de anos e registrado pelos fsseis, encontrados em diferentes
regies do globo.

log 4 2
(C)

3h  2
log 4 2

(D)

3h  2

log 4 4
(E)

3h 1

log 4 2
11. Os pontos A(3,2), B(3,6), C(5,6) e D(5,2) no plano cartesiano ortogonal so vrtices do polgono convexo ABCD. Se P
um ponto do interior desse polgono tal que os tringulos
ABP, BCP, CDP e DAP tenham as mesmas reas, ento, a
soma das coordenadas cartesianas de P igual a

Australopithecus sp

Homo
habilis

Homo
erectus

Homo
neanderthalensis

Homo
sapiens

(www.sohistoria.com.br.)

Com relao a esse processo, correto afirmar que

(A) 8.

(A) gorilas no fazem parte da figura pois so ancestrais de


Australopithecus sp.

(B) 10.

(B) todas as espcies da figura pertencem ao grupo dos homindeos.

(C) 7.
(D) 6.

(C) o gnero Australopithecus pode ser encontrado em florestas africanas.

(E) 9.

(D) a espcie atual mais prxima ao ser humano Homo


neanderthalensis.
(E) toda espcie humana descende dos chimpanzs
Australopithecus sp.

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14. Um organismo duplo heterozigoto, AB/ab, que apresenta os


alelos A e B situados no mesmo cromossomo, ao fecundar
um duplo recessivo, ab/ab, gera descendentes. Caso ocorra
uma taxa de permutao de 30% no indivduo heterozigoto,
a frequncia esperada dos descendentes AB/ab, ab/ab, Ab/ab
e aB/ab , respectivamente, em porcentagem:

16. A sudorese e o eriamento dos pelos so mecanismos fisiolgicos humanos que objetivam, de maneira inversa, o controle da temperatura corprea. Tal controle fundamental,
pois o funcionamento adequado do organismo depende da
temperatura corprea em torno de 36,5 C.
Tais respostas fisiolgicas so desempenhadas, respectivamente, por meio

(A) 15; 15; 35; 35.

(A) da secreo de lquido produzido por glndulas endcrinas e da contrao celular epitelial do pelo.

(B) 20; 20; 30; 30.


(C) 30; 20; 30; 20.

(B) da secreo de lquido filtrado nas glndulas anfcrinas


e do encurtamento das fibras de colgeno da base do
pelo.

(D) 35; 35; 15; 15.


(E) 30; 30; 20; 20.

(C) da secreo de lquido produzido por glndulas excrinas e da contrao muscular existente na base do pelo.
(D) do extravasamento de lquido dos capilares glandulares
e da secreo de substncias densas no folculo piloso.

15. A sanguessuga utilizada para fins teraputicos h mais de


2 500 anos, contribuindo para o desenvolvimento da medicina. Sua saliva contm substncias relacionadas ao seu
hbito alimentar hematfago e capazes tambm de auxiliar
em procedimentos mdicos, como enxertos e transplantes. A
fotografia mostra uma sanguessuga na pele humana.

(E) do extravasamento de lquido dos tecidos glandulares


e da ao de nervos efetuadores ligados ao folculo
piloso.
17. Observe a estrutura bioqumica interna e externa do HIV,
representada de maneira estilizada.

(www.infoescola.com)

Sobre a taxonomia da sanguessuga e o local de ao de suas


substncias salivares no ser humano, assinale a alternativa
correta.
(A) Animal do mesmo filo dos poliquetos e suas substncias salivares agem nos capilares drmicos.
(B) Animal do mesmo filo das lesmas e suas substncias
salivares agem no tecido epidrmico.
(www.fiocruz.br. Adaptado.)

(C) Animal do mesmo filo dos vermes segmentados e suas


substncias salivares agem na queratina epidrmica e
drmica.

A regio apontada pela seta responsvel pela adsoro viral membrana plasmtica das clulas alvo. correto afirmar que a seta indica

(D) Animal da mesma classe dos vermes cilndricos e suas


substncias salivares agem nos trombcitos e eritrcitos.

(A) lipdeos do envelope viral, que se ligam aos lipdeos da


membrana dos neutrfilos.

(E) Animal da mesma classe da minhoca e suas substncias


salivares agem nos eritrcitos e leuccitos.

(B) protenas do cpside viral, que se ligam s protenas da


membrana dos acidfilos.
(C) protenas da membrana viral, que se ligam aos lipdeos
da membrana dos macrfagos.
(D) lipdeos do cpside viral, que se ligam ao glicoclix da
membrana dos eosinfilos.
(E) protenas do envelope viral, que se ligam ao glicoclix
da membrana dos linfcitos.
5

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18. O uso racional da gua necessrio para o correto aproveitamento desse recurso cada vez mais escasso. Em funo da
enorme escassez existente em diversas regies e da necessidade de sobrevivncia humana, comum a utilizao da
gua, sem qualquer tratamento adequado e muito longe do
ideal, para diversos fins domsticos.

20. A figura ilustra o processo da hematose em mamferos.


3

Tendo em vista tanto a economia de gua tratada, clorada e


fluoretada pelas companhias de abastecimento, como, principalmente, a sade humana, a gua da chuva pode ser utilizada diretamente e sem riscos para

2
1
4

(A) a rega de plantas, a descarga de dejetos e o consumo.


(B) o consumo, a lavagem de quintais e a escovao dentria.
(C) o banho, a lavagem de roupas e a descarga de dejetos.
(D) a lavagem de quintais, a escovao dentria e o banho.
(E) a lavagem de roupas, a descarga de dejetos e a rega de
plantas.

5
(http://profs.ccems.pt. Adaptado.)

Os algarismos 1 e 2 indicam o processo de


.
O algarismo 3 representa o
. O algarismo 4 indica
o fluxo sanguneo bombeado pelo
e o 5 indica o
fluxo sanguneo com destino ao
.

19. Considere um aparelho de som reproduzindo um arquivo


eletrnico musical.
Tendo em vista o sentido da audio humana, desde a captao da informao at seu processamento no sistema nervoso central, correto afirmar que os ouvidos

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.


(A) transporte ativo de gases epitlio simples capilar
trio esquerdo ventrculo direito

(A) internos captam e direcionam as ondas sonoras at o tmpano e os ossculos, que as transformam em impulsos
nervosos, conduzindo-os diretamente at o crebro.

(B) osmose sangunea de gases endotlio capilar ventrculo esquerdo trio esquerdo

(B) externos captam as ondas sonoras que so transformadas


em impulsos nervosos pelo ouvido interno, que os conduzem pelos nervos at o crebro.

(C) difuso facilitada de gases epitlio alveolar ventrculo esquerdo trio direito
(D) difuso simples de gases endotlio capilar ventrculo direito trio esquerdo

(C) externos captam e direcionam as ondas sonoras at a poro interna do ouvido, que as transformam em impulsos
nervosos, conduzidos por nervos at a medula nervosa.

(E) transporte passivo de gases epitlio alveolar trio


direito ventrculo esquerdo

(D) internos captam as ondas sonoras, transformando-as diretamente em impulsos nervosos, conduzidos por ossculos e pelo tmpano at a medula nervosa e o crebro.
(E) externos captam as ondas sonoras, transformando-as
diretamente em impulsos nervosos e os conduzem at a
medula nervosa e o crebro.

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21. A figura ilustra o processo de sucesso ecolgica.

23. Leia a notcia.


ndia ter chuvas insuficientes em 2012;
agricultura em risco

clmax

secundrias

As chuvas de mono na ndia devero ser insuficientes em


2012, disse o centro meteorolgico do pas nesta quinta-feira, sinalizando a primeira seca em trs anos, uma vez que
o fenmeno climtico do El Nio deve reduzir as precipitaes na segunda metade da temporada que vai de junho a
setembro. A ndia, importante produtor e consumidor mundial de produtos alimentcios com uma populao de 1,2
bilho de pessoas, sofreu com uma seca pela ltima vez em
2009, quando teve que importar acar, elevando os preos
globais da commodity.

clmax dinmico

pioneiras
colonizadoras

(http://www.ceplac.gov.br)

(http://br.reuters.com. Adaptado.)

Considerando a taxa de biomassa e a de diversidade, durante


o processo de sucesso ecolgica sem interferncia humana
ou de catstrofes naturais, correto afirmar que

As atividades agrcolas e os preos dos alimentos dependem, entre outros fatores, das condies climticas. Com
relao ao fenmeno climtico El Nio, correto afirmar
que o seu efeito

(A) dependem diretamente uma da outra.

(A) provoca a intensificao dos ventos alsios na regio


equatorial, favorecendo a formao de tufes e tempestades tropicais que atingem a sia.

(B) tendem a ser sempre maiores, a cada perodo de tempo.


(C) a primeira sempre aumenta e a segunda estabiliza-se.

(B) diminui a temperatura das guas nas costas do Peru e do


Chile, contribuindo para o maior rendimento da pesca,
apesar dos problemas na agricultura.

(D) se estabilizam e raramente se modificam.


(E) a primeira estabiliza-se e a segunda sempre aumenta.

(C) est associado ao aquecimento anormal das guas superficiais do Oceano Pacfico, com consequncias climticas sentidas em vrios continentes.

22. Os processos bioqumicos da fotossntese e da respirao


aerbica apresentam antagonismos com relao ao gs oxignio, gs carbnico, gua e energia envolvidos em suas
equaes.

(D) exerce pouca influncia na produtividade agrcola


brasileira, pois o pas est situado na costa do Oceano
Atlntico, que no possui tais anomalias climticas.

Um antagonismo existente consiste no fato de a fotossntese

(E) ocorre a cada 3,5 anos, e obriga os agricultores a mudar


o tipo de cultura, afetando os preos de mercado e penalizando os mais pobres.

(A) liberar energia na forma de ATP, consumindo gua e


gs oxignio, enquanto a respirao consome energia
na forma de ATP, produzindo gua.
(B) liberar energia e vapor dgua, fixando o gs carbnico,
enquanto a respirao consome energia da glicose, produzindo gs carbnico e gua.
(C) consumir energia e gs carbnico, produzindo glicose,
enquanto a respirao degrada a glicose at gs carbnico, liberando energia e produzindo gua.
(D) consumir energia e gua, liberando oxignio, enquanto
a respirao produz gs carbnico a partir do oxignio,
liberando energia.
(E) liberar energia na forma de ATP, fixando o gs carbnico, enquanto a respirao libera energia na forma de
ATP, consumindo glicose e gua.

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24. O grfico apresenta os custos de produo da energia eltrica no Brasil de acordo com a fonte utilizada.

25. Analise a tabela.


Produto Interno Bruto (PIB) e crescimento nominal
(valores correntes em R$ milhes)

Custo de produo de energia eltrica no Brasil

Biomassa (bagao de cana)

Regies
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Brasil

101,75

Pequenas centrais hidreltricas

116,55

Hidreltrica

118,40

Gs natural liquefeito

125,80

Carvo importado

127,65

Carvo nacional

135,05

Nuclear

138,75

Gs natural

140,60

De acordo com a anlise da tabela e de conhecimentos prvios sobre a geografia regional brasileira, correto afirmar
que a regio

330,22

leo combustvel

491,61

leo diesel
R$/MWh

100

2009
Variao %
163.208
135,48
437.720
128,46
1.792.049
113,94
535.662
114,59
310.765
139,70
3.239.404
119,20

(IPECE. A evoluo do PIB dos estados e regies brasileiras


no perodo 2002-2009: valores definitivos, 2011. Adaptado.)

197,95

Elica

2002
69.310
191.592
837.646
249.626
129.649
1.477.822

200

300

400

500

(A) Sudeste, por ser a mais rica do pas, apresentou o maior


crescimento do PIB durante o perodo analisado.

600

(ANEEL. Atlas de Energia Eltrica do Brasil, 2008. Adaptado.)

(B) Nordeste tem aumentado o seu PIB em funo da criao de uma zona de livre comrcio similar instalada
em Manaus.

A partir da anlise do grfico e de conhecimentos sobre a


matriz energtica, correto concluir que
(A) a biomassa, alm de ter o menor custo de produo, a
que provoca os menores danos ambientais.

(C) Norte tem diminudo a sua participao no PIB em razo da reduo do desmatamento, que tem prejudicado
a indstria madeireira.

(B) o leo diesel, apesar de seu alto custo de produo, possui a vantagem de seu custo no oscilar com as variaes do preo do petrleo.

(D) Sul tem aumentado a sua participao no PIB nacional


em virtude da valorizao do preo do caf no mercado
internacional.

(C) a energia nuclear faz uso dos resduos dos tradicionais


combustveis fsseis, de tal forma que reduz o custo da
produo.

(E) Centro-Oeste apresentou o maior crescimento, beneficiado pela expanso da atividade agropecuria.

(D) o gs natural liquefeito extrado das termoeltricas, o


que encarece a produo dessa energia.
26. As empresas transnacionais exercem importante papel no
comrcio internacional e nos investimentos estrangeiros
espalhados ao redor do mundo. Com relao atuao das
empresas transnacionais, correto afirmar:

(E) a energia hidreltrica, obtida pelo potencial hidrulico


dos rios, a mais cara das energias renovveis.

(A) ocorre nos pases subdesenvolvidos e responsvel


tanto pelo desenvolvimento econmico e social local
quanto pela diminuio das desigualdades de classes.
(B) permite a independncia financeira e de operao de investimentos das filiais frente s matrizes.
(C) busca verticalizar, por meio da globalizao, a produo, objetivando a reduo final do custo.
(D) transfere as matrizes localizadas nos pases sede, como
EUA, Europa e Japo, para pases subdesenvolvidos, a
fim de pagar menos impostos.
(E) restringe-se aos pases desenvolvidos, em virtude da
presena de um mercado consumidor mais lucrativo.

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27. As pirmides apresentam a estrutura etria da populao em


1980 e a sua projeo para 2080.

28. Em 1985, o estadista Mikhail Gorbachev assumiu o poder


do Partido Comunista, realizando profundas reformas polticas (Glasnost) e econmicas (Perestroika) com o objetivo
de fortalecer as repblicas soviticas e evitar a sua desagregao. Apesar dos esforos adotados, a URSS chegou ao fim
em dezembro de 1991. As causas da desagregao da URSS
estiveram relacionadas

Brasil, 1980
80 e +
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4

Homens

(A) presena de reservas de petrleo em praticamente


todas as repblicas, o que favoreceu a independncia
econmica.

Mulheres

(B) intransigncia de Mikhail Gorbachev que, apesar das


reformas realizadas, impediu a abertura poltica e econmica.

(C) ao acidente nuclear de Chernobil na Ucrnia, que causou descontentamento generalizado entre a populao e
enfraqueceu o Estado.

(D) ao descontentamento da populao em relao ao sistema de governo vigente, que a impedia de obter melhorias na qualidade de vida.

Brasil, projeo para 2080


80 e +
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
5-9
0-4

(E) presena de multipartidarismo que dificultava a ao


do Estado nas tomadas de decises.
Homens

29. Analise a charge.

Mulheres

10

(www.ecodebate.com.br)

Analisando a inverso da pirmide, correto afirmar que ela


traz como consequncia a
(A) necessidade de conciliar o crescimento do nmero de
aposentados com a diminuio da populao economicamente ativa.
(B) superao do desequilbrio das populaes feminina e
masculina, em decorrncia do aumento da expectativa
de vida.

(http://neccint.wordpress.com)

A charge ilustra uma caracterstica importante do mundo


globalizado, que se refere

(C) urgncia na ampliao dos investimentos em educao


de base e formao de mo de obra qualificada para o
setor produtivo.

(A) ao isolamento do Brasil em relao a uma eventual crise


internacional.

(D) redefinio das metas das polticas pblicas para atender maior demanda por servios em todas as faixas
etrias.

(B) interdependncia econmica entre pases com fortes


relaes comerciais.

(E) diminuio da oferta de emprego na faixa etria da populao em idade produtiva.

(C) aos benefcios econmicos adquiridos pelo Brasil durante a crise americana.
(D) distncia poltica e econmica que separa os EUA e
o Brasil.
(E) desigualdade econmica entre os EUA e os pases da
Amrica Latina.

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30. O grfico mostra a quantidade de pessoas vivendo em favelas na Amrica Latina e no Caribe em termos relativos e
absolutos.

31. O mapa ilustra o local de nascimento e de libertao de trabalhadores escravos no Brasil.

Brasil Fluxo dos trabalhadores escravos

Amrica Latina e Caribe: tendncia da


populao urbana que vive em favelas, 1990-2010
100
90

116
114

milhes de pessoas

70
110

60

108

50

106

40
30

104

20
102
100
1990

1995

2000

2005

2010

% da populao urbana

80

112

Origem e destino
dos trabalhadores libertados

10
0

823

populao urbana total em favelas


% da populao urbana em favelas

617

(ONU. Estado de las ciudades de Amrica Latina y el Caribe 2012:


Rumbo a una nueva transicin urbana, 2012. Adaptado.)

500 km

412
206

Analisando a evoluo da populao residente em favelas,


e conhecendo as caractersticas econmicas e sociais desses
pases, correto concluir que

(Herv Thry et al. Atlas do trabalho escravo no Brasil, 2012.)

A anlise do mapa permite concluir corretamente que os trabalhadores

(A) as favelas continuam crescendo em termos absolutos e


relativos, em decorrncia do descaso das autoridades da
America Latina e do Caribe com a populao pobre.

(A) cearenses so escravizados, principalmente, na Bahia.


(B) baianos so escravizados, principalmente, na Paraba.

(B) a populao residente nas favelas tem aumentado em


nmeros relativos e diminudo em nmeros absolutos
de 1990 a 2010, em razo do intenso xodo rural observado nesse perodo.

(C) maranhenses so escravizados, principalmente, no Par.


(D) paraenses so escravizados, principalmente, no Maranho.

(C) a populao absoluta em favelas tem diminudo constantemente de 1990 a 2010, indicando uma suposta
queda na porcentagem de natalidade observada nesses
pases.

(E) mato-grossenses so escravizados, principalmente, no


Piau.

(D) o crescimento da populao urbana menor nas favelas


do que no restante das cidades, o que pode indicar uma
tendncia de melhoria da qualidade de vida.

32. Coube a Juscelino Kubitschek, em meados da dcada de


1950, a grande misso de transferir a capital, antes localizada no litoral (Rio de Janeiro), para o interior do Brasil
(Braslia). Com relao transferncia da capital, correto
afirmar que

(E) a populao rural tem perdido o interesse em migrar


para as cidades, devido ao crescimento contnuo do nmero de favelas, baixa qualidade de vida e poluio
ambiental.

(A) a mo de obra, durante a fase de construo, era proveniente basicamente da regio Sul, por ser considerada a
mais qualificada na poca.
(B) tinha como objetivos aumentar a centralidade de poder
federal e incentivar a ocupao das regies Centro-Oeste e Norte.
(C) foi realizada sem haver qualquer planejamento urbano, o que explica os graves problemas de infraestrutura
existentes atualmente.
(D) se tratava de ideia totalmente nova defendida pelo presidente e que contrariava os interesses dos militares.
(E) almejava diminuir o poder poltico das regies Sul e
Sudeste como forma de evitar possveis movimentos
separatistas.

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10

33. O cartograma ilustra as reas de atrao das principais cidades brasileiras.

34. Um gs perfeito, confinado em um recipiente de volume V,


exerce sobre as paredes do mesmo uma presso p, quando
seus n mols se apresentam a uma temperatura T.
A lei que rege a dependncia entre essas variveis de estado conhecida como equao de Clapeyron: pV = nRT,
em que R uma constante que depende do sistema de unidades. Se uma massa de gs passar por uma transformao
adiabtica, uma brusca compresso, por exemplo, o grfico
que melhor representa o comportamento de sua presso em
funo de seu volume
(A) p

(B) p
(Herv Thry e Neli Aparecida Mello. Atlas do Brasil: disparidades
e dinmicas do territrio, 2005. Adaptado.)

Analisando o cartograma e conhecendo o poder de atrao


das principais cidades brasileiras, correto afirmar que:

(A) Salvador e Recife, por estarem distantes de So Paulo,


no so influenciadas pelo seu poder de polarizao.

(C) p

(B) Belo Horizonte irradia sua influncia para todo o


Centro-Oeste, em virtude da expanso das indstrias de
minerao.
(C) Rio de Janeiro a principal cidade de atrao da regio
Sudeste, em grande parte devido expanso da atividade petrolfera.

(D) p

(D) So Paulo apresenta uma grande rea de atrao que


engloba grande parte do Centro-Oeste e do Norte.
(E) Goinia exerce grande influncia nas regies Sul e Sudeste, em virtude do crescimento do agronegcio.

(E) p

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35. O grfico ilustra qualitativamente o comportamento da velocidade de um avio durante o procedimento de decolagem,
em trajetria plana e retilnea.

37. Segundo dados fornecidos por importantes fontes de pesquisa no ramo da nutrio, um ser humano adulto necessita ingerir alimentos que lhe ofeream 2 000 kcal por dia. Se essa
quantidade de energia pudesse ser integralmente utilizada
por uma pessoa de 80 kg para subir uma escada de 4,0 m de
altura, considerando 1 cal = 4 J e g = 10 m/s2, o nmero mximo de vezes que essa ascenso poderia ser feita igual a

v
D

(A) 2000.

(B) 4000.
B

(C) 1250.
(D) 625.

(E) 2500.
0

38. O barco pesqueiro da figura feito de madeira, tem densidade absoluta de 0,50 g/cm3 e massa de 2,5 t (toneladas).

Analisando o grfico, conclui-se corretamente que


(A) a acelerao e o deslocamento do avio so menores no
trecho A.
(B) a acelerao maior no trecho C e o deslocamento menor ocorre no trecho A.
(C) a acelerao e o deslocamento do avio so maiores no
trecho E.
(D) a velocidade mdia em todo o percurso a mdia
aritmtica entre as velocidades de cada trecho.
(E) a acelerao mdia em todo o percurso a mdia aritm
tica entre as aceleraes de cada trecho.

(http://saofranciscodeitabapoana.olx.com.br.)

Para flutuar com 90% de seu volume submerso na gua, de


massa especfica 1,0 g/cm3, ele deve receber uma carga de

36. Quando abandonado sobre um plano inclinado de um ngulo


(sen=0,6, cos=0,8) com a horizontal, um paraleleppedo desce o plano com velocidade constante.

(A) 1,0 t.
(B) 0,5 t.
(C) 2,5 t.

(D) 1,5 t.

No mesmo local, onde a acelerao da gravidade vale


10 m/s2, o paraleleppedo em questo, lanado no sentido
ascendente pela mesma trilha usada na descida, efetuar um
movimento uniformemente retardado com acelerao de valor absoluto, em m/s2, igual a

(E) 2,0 t.
39. Evangelista Torricelli, no sculo XVII, demonstrou que a
presso atmosfrica, ao nvel do mar, equivale presso
exercida por uma coluna de 76 cm de mercrio, de densidade 13,6 g/cm3. Enviada pelos cientistas da Nasa, a sonda
Curiosity chegou, recentemente, superfcie de Marte, onde
se presume no haver atmosfera e cujo campo gravitacional
tem intensidade prxima de 40% do campo gravitacional
terrestre. Assim, se Torricelli pudesse refazer sua experincia na superfcie de Marte, ele encontraria, para a coluna do
mesmo mercrio, o valor, em cm, de

(A) 10.
(B) 8,0.
(C) 12.
(D) 4,0.
(E) 6,0.

(A) 38.
(B) 152.
(C) 76.
(D) 19.
(E) zero.

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12

40. Uma das formas mais utilizadas para o aproveitamento da


energia solar o aquecimento da gua em edificaes residenciais, industriais, comerciais e, principalmente, em hospitais, por meio de aquecedores solares. A figura ilustra o
esquema de funcionamento de um aquecedor solar de gua.

42. A figura mostra um audiograma, grfico que demonstra a


relao entre o limite de recepo e a frequncia de vibrao
dos sons que a orelha humana capaz de perceber. No eixo
vertical esto os valores da intensidade fsica e no eixo horizontal esto os valores da frequncia.
intensidade fsica (em W/cm2)

10 2
DOR
limiar de dor

10 4
10 6

MSICA
10 8
CONVERSAO

10 10
10 12

or

10 14

reservatrio
de gua quente

limiar de audio

10 16

reservatrio
de gua fria

co
let

radiao
solar

100
4 000 10 000
2 000
1 000
frequncia das vibraes (em hertz)

20
gua quente
para o consumo

(Maurcio Pietrocola et al. Fsica em contextos, 2012. Adaptado.)

placa escura

Analisando o grfico, conclui-se corretamente que

vidro

(Wolfgang Palz. Energia solar e fontes alternativas, 1981.)

(A) uma emisso sonora de 1,0 kHz e intensidade de


104 W/cm2 causa sensao dolorosa.

correto afirmar que a energia vinda do Sol, por

(B) uma emisso sonora de 800 Hz e de intensidade


1010 W/cm2 causa sensao dolorosa.

(A) radiao, aquece a gua que circula na tubulao tambm por radiao.

(C) impossvel ouvir uma emisso de 1,0 kHz e de intensidade 105 W/cm2.

(B) radiao, aquece a gua que ser armazenada num reservatrio adiabtico.

(D) o limiar de dor para uma emisso sonora de 100 Hz o


mesmo que para uma emisso de 5,0 kHz.

(C) conduo, aquece a gua que circula na tubulao por


radiao.

(E) o ser humano no consegue ouvir sons emitidos com


intensidade de 1014 W/cm2 e frequncia de 800 Hz.

(D) radiao, aquece a gua que ser armazenada num reservatrio bom condutor trmico.

43. Ao mudar seu consultrio de endereo, um mdico cardiologista verificou que seu cardigrafo, como o da figura, de
caractersticas 220 W-110 V, necessitaria de adaptaes para
funcionar na rede de 240 V do novo local.

(E) conduo, aquece a gua que circula na tubulao por


conveco.

41. Lupa, tambm conhecida como microscpio simples ou


lente de aumento, um instrumento ptico de comprovada
utilidade na vida prtica. Para que uma lente de vergncia
4,0 di funcione como uma lupa, os objetos que tero sua
imagem direita e ampliada devem estar localizados prximos ao eixo principal e a uma distncia da lente
(A) exata de 50 cm.
(B) exata de 25 cm.
(C) compreendida entre 25,1 cm e 49,9 cm.
(D) inferior a 25 cm.
O mdico associou corretamente, em srie com o cardigrafo, um resistor hmico de resistncia R e potncia de consumo P, cujos valores so, em ohm e em watt, respectivamente,

(E) superior a 50 cm.

(A) 65 e 240.
(B) 110 e 260.
(C) 65 e 260.
(D) 32,5 e 240.
(E) 130 e 260.
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45. Os romanos assimilaram o modelo de conhecimento grego


e, mais do que isso, ajudaram a universaliz-lo por meio de
suas conquistas. Mas Roma foi muito alm da plis grega
ao criar um Estado que unificou diferentes povos do mundo mediterrneo. Os gregos excluram quase totalmente os
estrangeiros da cidadania, enquanto os romanos desenvolveram um sistema de leis e participao social vlido em
todo o Imprio, ultrapassando o provincianismo tpico da
cidade-Estado grega. Os gregos distinguiram-se pelos seus
filsofos; o gnio de Roma encontrou expresso no direito e
no governo universal.

44. A figura ilustra o esquema de funcionamento de um galvanmetro analgico rudimentar, instrumento que mede tenses ou correntes eltricas contnuas.
0

R1

C


(Flvio de Campos e Renan Miranda. A escrita da Histria, 2005.)

R2

Os autores destacam a
R3

(A) importncia da expanso territorial grega para a difuso


do racionalismo romano.

Resistores R1, R2 e R3, ao serem percorridos por correntes


contnuas geradas pela fonte , fazem com que o cursor metlico C sofra uma fora magntica, pois a escala que ele
percorre est contida na regio A de um campo magntico
uniforme. O resistor R1 exerce a funo de uma mola restauradora que, ao cessar a passagem de corrente eltrica, faz o
cursor retornar ao ponto zero. Uma parte do cursor, articulado em B, tambm atravessada pela corrente. A orientao
do campo na regio A a da figura

(B) contribuio grega na poltica e na sistematizao das


leis e do conhecimento.
(C) rivalidade entre a civilizao grega e a romana, devido
s divergncias culturais.
(D) excluso dos estrangeiros do direito de cidadania nos
limites do Imprio Romano.
(E) herana cultural de gregos e romanos, apesar de suas
diferenas polticas.

(A)

46. No sculo XI, os teceles de Flandres comearam a produzir


a preo mdico panos de l que eram muito superiores aos
tecidos em casa. Eles tiveram um crescente sucesso, primeiro em escala local, depois no exterior. Os teceles tiveram
que buscar em torno de si novas fontes de abastecimento.
Acharam-nas na Inglaterra.

(B)

(C)

O comrcio de genoveses, pisanos e venezianos no leste


transformou as ls flamengas na mais popular e lucrativa
de suas mercadorias, que se tornou um poderoso instrumento da expanso dessas cidades.

(D)

O texto descreve

(E) ......

(A) os contatos comerciais entre cristos e muulmanos,


graas s relaes de suserania e vassalagem.

(Colin McEvedy. Atlas de histria medieval, 2007. Adaptado.)

......

(B) o dinamismo mercantil da Europa Medieval, com destaque para as cidades italianas e flamengas.

......

(C) os motivos da decadncia das feiras, devido s novas


rotas comerciais entre o Norte e o Sul da Europa.
(D) o processo de formao do feudalismo, devido ruralizao provocada pelas invases Europa.
(E) o papel primordial do movimento cruzadista para o enriquecimento das cidades medievais, como as italianas.

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47. Na Amrica, o traumatismo da conquista agravou-se com


os massacres que chegaram a ser classificados de genocdio embora no premeditados , sobretudo nas ilhas que,
algumas, foram totalmente despovoadas. Ora, parece que o
choque microbiano foi o elemento principal dessa catstrofe demogrfica, pelo menos nas terras baixas, e antes
que interviessem reaes de imunizao. No Mxico, por
exemplo, s restavam no altiplano 2 milhes de ndios em
1650 contra uns 20 milhes em 1519.

49. As teorias evolucionistas de Darwin repercutiram em todas


as reas de conhecimento. Em sociologia, criou-se o darwinismo social, que inspirou inmeros pensadores a analisar
as sociedades segundo o modelo da evoluo das espcies.
Por esse pensamento, as sociedades foram classificadas
como mais ou menos evoludas. [...].
O sculo XIX foi o momento das transformaes tecnolgicas mais revolucionrias do mundo ocidental, mesmo que
muitos inventos ou descobertas s tenham sido aplicados
plenamente no sculo XX. [...].

(Marc Ferro. Histrias das colonizaes, 1999.)

De acordo com o texto, essa catstrofe demogrfica

O sculo XIX trouxe o sucesso da cincia, dos experimentos,


das invenes, dos mecanismos revolucionrios tudo isso
somado vontade de ganhar dinheiro.

(A) resultou da catequese, fundamental integrao dos


povos.

(Ronaldo Vainfas et al. Histria, 2010.)

(B) desestruturou as comunidades nativas com a escra


vizao.

Esse contexto mencionado pelos autores est relacionado


(A) ao neocolonialismo e aos avanos da industrializao.

(C) dependeu de aes planejadas de guerra biolgica.

(B) descolonizao afro-asitica e ao neoliberalismo.

(D) gerou lutas de resistncia, vencidas pelos indgenas.

(C) ao imperialismo e ao apogeu do monoplio mercantilista.

(E) esteve ligada mais s doenas do que s guerras de extermnio.

(D) corrida imperialista e ao auge do capitalismo mercantil.


(E) expanso martimo-comercial e ao mercantilismo.

48. Leia os documentos.


Texto 1

50. Observe a charge.

O prncipe, como prncipe, no visto como um homem


especfico, mas como personagem pblica. Todo o Estado
encontra-se nele e a vontade de todo o povo est contida na
sua. Tal como em Deus est reunida toda a perfeio e toda
a virtude, assim tambm todo o poder dos indivduos est
reunido na pessoa do rei. Que grandeza, um nico homem
conter tanta coisa!

BOA PIADA! NINGUM CONHECE


AS NOSSAS INTENES, HEIN?

VERDADE!
NEM NS...

Texto 2
H, em cada Estado, trs espcies de poderes [...]. Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos
principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses trs
poderes: o de fazer leis, o de executar as decises pblicas
e o de julgar os crimes ou as divergncias dos indivduos.
(Apud Armelle Enders, Marieta Ferreira e Renato Franco.
Histria em curso: da Antiguidade globalizao, 2008.)

Analisando-se os textos, correto afirmar que


(A) ambos justificam a monarquia absoluta, mas o primeiro
usa a teoria do direito divino e o segundo, o racionalismo.

Dois bons camaradas


(Belmonte. Folha da Noite, 22.09.1939.)

(B) ambos fornecem a justificativa ideolgica dos Estados


absolutistas, baseada no binmio religio-poltica.

A charge refere-se
(A) expanso sovitica na Europa Ocidental, com o apoio
de franceses e ingleses.

(C) o primeiro fundamenta a origem divina do poder real,


enquanto o segundo defende a diviso do poder.

(B) ao pacto de no agresso germano-sovitico, que culminou na diviso da Polnia.

(D) o primeiro repudia o absolutismo monrquico, enquanto o segundo apresenta argumentos para defend-lo.

(C) ao xito da Revoluo Bolchevique, que espalhou os


ideais totalitrios pela Europa.

(E) ambos negam a ideia de concentrao dos poderes em


apenas um indivduo, tpica do Iluminismo.

(D) ao principal fator da aliana entre alemes e italianos, a


defesa do fascismo.
(E) diviso da Alemanha aps a Segunda Guerra, determinada no Tratado de Potsdam.
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51. Em 1710, por exemplo, apenas cinco pessoas foram responsveis por 47,65% de todo ouro produzido na Intendncia
do Rio das Mortes. Um sculo depois, quando o volume j
minguava, a desigualdade ainda era regra: os cinco maiores produtores conseguiram quase 82 quilos de ouro uma
mdia de 16 quilos para cada um , enquanto os 568 menores ficaram com menos de 184 quilos mdia de 347 gramas para cada um [...].
Embora importante para a economia colonial, era pequena
a quantidade de pessoas envolvidas na minerao. A maior
parte da populao da capitania morava nos campos e vivia
dos trabalhos agrcolas e pastoris.

53. Em 1889, o Brasil tornou-se uma Repblica. Na viso de


alguns idelogos e defensores do regime republicano, esta
seria uma possibilidade de eliminar muitas desigualdades,
com a ampliao do poder popular no lugar do poder centralizado do imperador, por exemplo. Significaria a possibilidade de os brasileiros exercerem sua cidadania, participando diretamente da vida poltica.

(Angelo Carrara. Revista de Histria da


Biblioteca Nacional, novembro de 2008.)

(A) o voto aberto e as fraudes eleitorais impediram a liberdade de escolha e o pleno exerccio democrtico.

(Roberto Catelli Jr. Histria em rede: conhecimentos


do Brasil e do mundo, 2011.)

As prticas polticas vigentes na Primeira Repblica permitem afirmar corretamente que

De acordo com os dados apresentados pelo autor, correto


afirmar que a minerao

(B) os anseios desses idelogos concretizaram-se, pois houve efetiva participao do povo nas decises polticas.

(A) estabeleceu uma sociedade democrtica.

(C) o federalismo determinado pela Constituio era apenas terico, pois ainda predominava o centralismo do
Imprio.

(B) criou um eficiente sistema tributrio.


(C) desenvolveu uma sociedade urbana.

(D) a extenso do direito de voto aos analfabetos e s mulheres significou, de fato, a ampliao da cidadania.

(D) possibilitou o enriquecimento da maioria.

(E) as desigualdades foram, gradativamente, eliminadas


com a aprovao da reforma agrria e do voto universal.

(E) resultou em grande concentrao de renda.

54. Inteligente e verstil, de fato encarnou uma imagem rara,


agindo como um burgus democrata, em um pas onde o patronato poltico se caracterizou, basicamente, pela repulsa
democracia. Foi perfeito na sua capacidade de facilitar,
na chefia do Estado, a reproduo e ampliao das relaes
capitalistas, sem ampliar o uso da violncia. Acima de tudo,
foi o hbil negociador, que soube canalizar as massas para
seu projeto desenvolvimentista, espalhando otimismo e dourando o carter de dominao e explorao do Estado brasileiro. Apesar das inevitveis tenses polticas e militares,
seu governo adquiriu uma lendria estabilidade, realmente
singular em nossa trajetria institucional.

52. Observe o mapa.

MARANHO
PIAU
CEAR
RIO GRANDE DO NORTE
PARABA
PERNAMBUCO

GRO-PAR

MATO GROSSO

BAHIA

ALAGOAS
SERGIPE

GOIS
MINAS
GERAIS
SO PAULO

ESPRITO SANTO
RIO DE JANEIRO

SANTA CATARINA
RIO GRANDE DO SUL
PROVNCIA CISPLATINA

Cabanagem

(Edgard de Barros. O Brasil de 1945 a 1964,1990. Adaptado.)

Balaiada
Sabinada
Guerra dos Farrapos

O presidente a que o texto se refere e um trao marcante de


seu governo foram

(Francisco de Assis Silva. Histria do Brasil, 2000.)

As rebelies mostradas no mapa

(A) Getlio Vargas e a criao das leis trabalhistas e da Petrobrs.

(A) levaram o imperador D. Pedro I a impor o Poder Moderador.

(B) Joo Goulart e o programa nacionalista de reformas de


base.

(B) criaram uma instabilidade responsvel pela crise do


parlamentarismo.

(C) Eurico Gaspar Dutra e a construo da nova capital,


Braslia.

(C) impediram a poltica de recolonizao das Cortes portuguesas.

(D) Juscelino Kubitschek e a instalao da indstria automobilstica.

(D) colocaram em risco a unidade poltico-territorial do Imprio brasileiro.

(E) Jnio Quadros e a adoo da poltica externa independente.

(E) foram lideradas pela camada popular, que conquistou


o poder.

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55. A violncia, que o marechal Costa e Silva confessou ter sentido ao editar o AI-5, ia deixar de ser uma figura de retrica.
A partir do dia 13 de dezembro de 1968, ela se abateria de
fato sobre a alma e a carne de toda uma gerao.

56. gua um recurso natural que, apesar de renovvel, tem


apresentado diminuio de oferta devido a uma crescente
demanda. Considerando que 97% da gua do mundo salgada, novas usinas de dessalinizao mais baratas poderiam
expandir a oferta de gua doce para os centros populacionais
costeiros. Os esquemas a seguir mostram duas maneiras de
se retirar o sal da gua.

(Zuenir Ventura. 1968: o ano que no terminou, 1988.)

A afirmao do jornalista pode ser justificada pelo fato de


que o AI-5

FIGURA 1

(A) reprimiu a luta armada de forma radical, pois instituiu a


censura, a tortura e a pena de morte como mecanismos
legais.

radiao
solar

(B) ampliou as atribuies do poder Executivo federal, com


o direito de colocar o Legislativo em recesso e suspender direitos polticos.
(C) garantiu ao marechal o poder de intervir nos estados e
municpios e de indicar senadores e deputados federais
e estaduais.
(http://inventomania.wordpress.com)

(D) extinguiu o poder Legislativo federal, permitindo ao


presidente da Repblica governar por medidas provisrias.

FIGURA 2

(E) estabeleceu a pena de morte e a priso perptua para os


crimes contra a segurana nacional, reforadas com a
Lei de Anistia.

alta
presso

soluo de
cloreto de sdio
em gua

gua
pura
gua

membrana semipermevel
(http://alfaconnection.net)

Os esquemas apresentados nas figuras 1 e 2 representam,


respectivamente, processos de dessalinizao conhecidos
como
(A) filtrao e osmose reversa.
(B) destilao e decantao.
(C) decantao e evaporao.
(D) filtrao e decantao.
(E) destilao e osmose reversa.
57. O cloreto de sdio largamente utilizado pela populao na
preparao de alimentos, mas pode ser prejudicial sade se
for consumido em excesso, favorecendo a reteno de lquidos e, consequentemente, produzindo a elevao da presso
arterial. Em relao a essa substncia, o tipo de ligao e o
nmero total de pares de eltrons da ltima camada do on
cloreto so, respectivamente,
(A) covalente e 4.
(B) inica e 2.
(C) inica e 6.
(D) inica e 4.
(E) covalente e 8.
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58. Presso de vapor de uma substncia a presso exercida


pelo vapor quando existe um equilbrio entre as fases lquida
e de vapor em uma dada temperatura. A presso de vapor da
gua, a 27 C, 26 mmHg. J a umidade relativa (UR) do
ar indica a relao percentual entre a presso real exercida
pelo vapor na condio atual e a presso de vapor na mesma
condio.
Sabendo que R = 62,3 mmHg L mol1 K1, que em
um dia ensolarado a temperatura mdia de 27 C e que
a concentrao de gua na atmosfera (condio atual) de
4,0 104 mol L1, correto afirmar que a umidade relativa
(UR) do ar, nessas condies, estar prxima de

60. Fenilcetonria uma doena gentica causada pela defi


cincia na produo de uma enzima que converte o aminocido fenilalanina em tirosina, outro aminocido. Com isso,
a concentrao de fenilalanina aumenta progressivamente,
podendo causar deficincia mental. As molculas de fenilalanina e tirosina esto apresentadas a seguir.
COO
+

H3N

COO
+

H3N

CH2

CH2

(A) 30%.
(B) 40%.
(C) 50%.

OH
tirosina

fenilalanina

(D) 70%.

Considerando as informaes sobre esses aminocidos contidas no texto, correto afirmar que

(E) 60%.

(A) fenilalanina e tirosina apresentam atividade ptica.

59. Uma tcnica de separao de compostos chamada cromatografia utiliza a afinidade entre substncias como princpio de separao. Uma coluna preenchida com uma resina
atravessada pela mistura, e quanto maior a afinidade de uma
substncia pelo material da resina, maior o tempo para que
essa substncia atravesse a coluna. Se, no entanto, a afinidade for semelhante, a corrida ser vencida pela substncia de
menor massa molar.
O esquema a seguir representa trs estgios distintos de uma
separao de dois componentes por cromatografia.

(B) possuem odor caracterstico, sendo por isso classificadas como aromticas.
(C) as duas molculas de aminocidos podem ser escritas
nas formas cis e trans.
(D) fenilalanina e tirosina so ismeros de funo.
(E) a converso da fenilalanina em tirosina consiste na formao de um lcool.

61. A fenolftalena um indicador muito utilizado em laboratrios para diferenciar meios cidos e bsicos. A converso
entre as formas ionizada e no ionizada do indicador est
representada a seguir.
HO

substncia X

HO

OH

substncia Y

A figura representa a passagem de uma mistura por uma coluna preenchida por uma resina de carter
,
sendo que a substncia X
eaY

+ H2 O

O
incolor

As lacunas do texto so, correta e respectivamente, preenchidas por

O
C

+ H3 O +

O
rosa
(www.deboni.he.com.br)

De acordo com o Princpio de Le Chatelier, para que o indicador adquira colorao rosa, deve-se utilizar soluo de

(A) polar butano amnia.


(B) apolar cido actico benzeno.

(A) NaC.

(C) apolar metano amnia.

(B) CH3COOH.

(D) polar etanol propano-1-ol.

(C) HC.

(E) polar tolueno fenol.

(D) NH4C.
(E) NH4OH.

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O
C

18

62. Um consrcio de 12 pases est construindo na Frana um


reator de fuso nuclear. Esse reator pode ser um passo decisivo em direo energia limpa e ilimitada. Uma reao de
fuso consiste na juno de dois ncleos leves, formando um
novo ncleo mais pesado, com liberao de grande quantidade de energia.

65. O bagao da cana-de-acar, formado principalmente pelo


carboidrato , atualmente uma excelente fonte de energia. Pode ser utilizado como , diretamente em fornos para gerao de energia, ou como matriaprima para gerao de etanol a partir de sua .
As lacunas do texto so, correta e respectivamente, preenchidas por

A equao que representa uma fuso nuclear est corretamente escrita em:

(A) celulose biomassa fermentao.

(A) 14 N  1 H  12 C  4 He
7

(B) sacarose biomassa destilao.

(C) sacarose comburente fermentao.

(B) 2 H  3 H  4 He  1 n
1

(C) 14 C 
6

(D)

235
92

0

1

4
2

U  

(D) glicose carvo destilao.


(E) celulose comburente hidrlise.

14
N
92

231
90

Th

66. A morfina uma substncia natural extrada de uma planta


conhecida como papoula e possui propriedades entorpecentes, sendo utilizada para aliviar as dores de pacientes terminais de cncer.

(E) 235 U  1 n  95 Sr  139 Xe  2 1 n


92

38

54

possvel potencializar os efeitos narcticos da morfina


atravs de um processo qumico, produzindo a herona. Inicialmente essa substncia foi produzida comercialmente,
mas devido a prejuzos que pode causar ao organismo humano, a herona hoje proibida.

63. A poluio atmosfrica uma das maiores causas de infarto


do miocrdio no mundo todo, segundo o peridico mdico
The Lancet. So considerados poluentes atmosfricos o material particulado fino (partculas de at 2,5 micrometros de
dimetro), alm dos compostos gasosos dixido de enxofre
(SO2), dixido de nitrognio (NO2), monxido de carbono
(CO) e oznio (O3), para os quais nossa legislao estabelece padres mnimos aceitveis.

As molculas de morfina e herona esto representadas a seguir.


O
CH3 C O

HO

Sobre os compostos gasosos citados, correto afirmar que


(A) os quatro so responsveis pela formao de chuvas
cidas.

O
N

(B) os quatro so classificados como xidos.

O
CH3

HO

(C) o monxido de carbono um gs do efeito estufa.

CH3 C
morfina

CH3

O
herona

A converso de morfina em herona ocorre por meio de duas


transformaes qumicas classificadas como reaes de

(D) o nmero de oxidao do enxofre no SO2 4+.


(E) os quatro so formados por molculas diatmicas.

(A) oxidao.
(B) adio.

64. Solues isotnicas so aquelas que apresentam a mesma


concentrao de partculas (molculas ou ons).

(C) esterificao.
(D) ozonlise.

Se uma soluo de Ca(NO3)2 apresenta concentrao igual a


0,2 mol L1, ela ser isotnica de uma soluo de

(E) saponificao.

(A) Na2SO4 de concentrao 0,2 mol L1.


(B) CaC2 de concentrao 0,3 mol L1.
(C) Ca(NO3)2 de concentrao 0,3 mol L1.
(D) A(NO3)3 de concentrao 0,2 mol L1.
(E) C6H12O6 de concentrao 0,2 mol L1.

19

FMCA1201/001-ConhecGerais

Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros


67 a 69.

69. Assinale a alternativa em que a substituio da palavra ou


locuo em destaque por aquela que aparece entre parnteses altera o sentido original da frase.

Houve fundamentalmente dois grandes modelos de organizao mdica na histria ocidental: o modelo suscitado pela lepra e o modelo suscitado pela peste. Na Idade Mdia, o leproso
era algum que, logo que descoberto, era expulso do espao comum, posto fora dos muros da cidade, exilado em um lugar confuso onde ia misturar sua lepra lepra dos outros. O mecanismo
da excluso era o mecanismo do exlio, da purificao do espao
urbano. Medicalizar algum era mand-lo para fora e, por conseguinte, purificar os outros. A medicina era uma medicina de
excluso. O prprio internamento dos loucos, malfeitores, etc.,
em meados do sculo XVII, obedece ainda a esse esquema. Em
compensao, existe um outro grande esquema poltico-mdico
que foi estabelecido, no mais contra a lepra, mas contra a peste. Trata-se do modelo mdico e poltico da quarentena. Neste
caso, a medicina no exclui, no expulsa para uma regio negra
e confusa. O poder poltico da medicina consiste em distribuir
os indivduos uns ao lado dos outros, isol-los, individualiz-los,
vigi-los um a um, constatar o estado de sade de cada um, ver
se est vivo ou morto e fixar, assim, a sociedade em um espao
esquadrinhado, dividido, inspecionado, percorrido por um olhar
permanente e controlado por um registro, tanto quanto possvel
completo, de todos os fenmenos.

(A) Na Idade Mdia, o leproso era algum que, logo que


descoberto, era expulso do espao comum [...]. (assim
que)
(B) O poder poltico da medicina consiste em distribuir os
indivduos uns ao lado dos outros [...]. (dispor)
(C) Em compensao, existe um outro grande esquema
poltico-mdico que foi estabelecido, no mais contra a
lepra, mas contra a peste. (em contrapartida)
(D) O prprio internamento dos loucos [...], em meados do
sculo XVII, obedece ainda a esse esquema. (contudo)
(E) Houve fundamentalmente dois grandes modelos de
organizao mdica na histria ocidental [...]. (basicamente)
Instruo: Leia o soneto XLVI do poeta mineiro Cludio Manuel
da Costa (1729-1789) para responder s questes de nmeros
70 e 71.

(Michel Foucault. O nascimento da medicina social.


Microfsica do poder, 2005. Adaptado.)

No vs, Lise, brincar esse menino


Com aquela avezinha? Estende o brao,
Deixa-a fugir, mas apertando o lao,
A condena outra vez ao seu destino.

67. Segundo o texto, o modelo de organizao mdica suscitado


pela lepra e aquele suscitado pela peste constituem esquemas

Nessa mesma figura, eu imagino,


Tens minha liberdade, pois ao passo
Que cuido que estou livre do embarao,
Ento me prende mais meu desatino.

(A) excludentes.
(B) similares.

Em um contnuo giro o pensamento


Tanto a precipitar-me se encaminha,
Que no vejo onde pare o meu tormento.

(C) distintos.
(D) aleatrios.
(E) idnticos.

Mas fora menos mal esta nsia minha,


Se me faltasse a mim o entendimento,
Como falta a razo a esta avezinha.
(Cludio Manuel da Costa. Obras, 1996.)

68. De acordo com o texto, correto afirmar que


(A) a internao de loucos e delinquentes, em meados do
sculo XVII, obedecia ainda ao modelo de organizao
suscitado pela lepra.

70. visvel nesse soneto uma acentuada projeo do eu lrico.


Tal caracterstica afasta-o do Arcadismo, aproximando-o do
(A) Naturalismo.

(B) o modelo de organizao suscitado pela lepra implicava


um exame minucioso de cada um dos indivduos.

(B) Parnasianismo.

(C) o modelo de organizao suscitado pela lepra no afastava os indivduos para uma regio de indeterminao.

(C) Classicismo.
(D) Realismo.

(D) o modelo de organizao suscitado pela peste visava


purificao do espao urbano.

(E) Romantismo.

(E) a disposio dos indivduos em um espao permanentemente vigiado foi uma decorrncia do modelo de organizao suscitado pela lepra.

FMCA1201/001-ConhecGerais

20

71. O Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa assim define o


termo pleonasmo: redundncia de termos no mbito das
palavras, mas de emprego legtimo em certos casos, pois
confere maior vigor ao que est sendo expresso. Esse recurso ocorre no verso:

73. Assinale a alternativa que contm o verso no qual o eu lrico


expressa um desejo cuja realizao se mostra impossvel.
(A) O que em mim sente st pensando.
(B) Na sua voz h o campo e a lida,

(A) Se me faltasse a mim o entendimento

(C) Mais razes pra cantar que a vida.

(B) Em um contnuo giro o pensamento

(D) Ah, canta, canta sem razo!

(C) Que no vejo onde pare o meu tormento

(E) Ah, poder ser tu, sendo eu!

(D) A condena outra vez ao seu destino

74. No verso Ouvi-la alegra e entristece, , o poeta portugus


lana mo de uma conhecida figura de linguagem, a saber,

(E) Ento me prende mais meu desatino

(A) metfora.
Instruo: Leia o poema Ela canta, pobre ceifeira do poeta portugus Fernando Pessoa (1888-1935) para responder s questes
de nmeros 72 a 75.

(B) paradoxo.
(C) metonmia.
(D) hiprbole.

Ela canta, pobre ceifeira*,


Julgando-se feliz talvez;
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
De alegre e annima viuvez,

(E) sinestesia.
75. Todas as seis quadras do poema de Fernando Pessoa so
compostas por versos
e obedecem ao esquema
de rimas
.
As lacunas do texto so, correta e respectivamente, preenchidas por

Ondula como um canto de ave


No ar limpo como um limiar,
E h curvas no enredo suave
Do som que ela tem a cantar.

(A) decasslabos ABBA.

Ouvi-la alegra e entristece,


Na sua voz h o campo e a lida,
E canta como se tivesse
Mais razes pra cantar que a vida.

(B) octosslabos ABBA.


(C) dodecasslabos ABAB.
(D) decasslabos ABAB.

Ah, canta, canta sem razo!


O que em mim sente st pensando.
Derrama no meu corao
A tua incerta voz ondeando!

(E) octosslabos ABAB.


76. Este romance estranho, diferente de tudo o que habitualmente se escrevia, misto de romance e memrias, tambm
na feitura era complexo: oscilava entre as insinuaes de
Machado de Assis e as ousadias dos naturalistas, variava
no estilo da sobriedade ao rebuscamento. O componente memorialstico do texto deve-se a um episdio marcante da vida de seu autor, pelo trauma que lhe causou. Aos
dez anos tornou-se aluno de um famoso internato carioca,
cujo diretor era amplamente conhecido por sua severidade e prepotncia. Assim, reconstruir as atrocidades cometidas nos bastidores do grande colgio da poca, frequentado pela fina flor da sociedade brasileira; criticar o
sistema educativo da instituio, com suas punies, seu
autoritarismo, o regime de hipocrisia e espionagem insti
tudo pelo diretor, constitui uma das faces da obra.

Ah, poder ser tu, sendo eu!


Ter a tua alegre inconscincia,
E a conscincia disso! cu!
campo! cano! A cincia
Pesa tanto e a vida to breve!
Entrai por mim dentro! Tornai
Minha alma a vossa sombra leve!
Depois, levando-me, passai!
(Fernando Pessoa. Obra potica, 1995.)

* Ceifeira: mulher que trabalha no corte de cereais, utilizando foice ou outro


instrumento apropriado.

(Emilia Amaral. Apresentao [da obra em questo], 1999. Adaptado.)

72. correto afirmar que a forma verbal imperativa em destaque no 2. verso da ltima estrofe Entrai por mim dentro!
refere-se, no contexto do poema,

Este comentrio refere-se a um conhecido romance da literatura brasileira, a saber,


(A) O Ateneu de Raul Pompeia.

(A) cincia e vida.

(B) Memrias do crcere de Graciliano Ramos.

(B) inconscincia e conscincia.

(C) Memrias pstumas de Brs Cubas de Machado de


Assis.

(C) ao cu, ao campo e cano.

(D) Memrias de um sargento de milcias de Manuel Antnio de Almeida.

(D) ao campo, cano e cincia.


(E) alma e sombra.

(E) Triste fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto.


21

FMCA1201/001-ConhecGerais

77. Quando voc me deixou, meu bem


Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de cime, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros


78 a 86.
Brazilian women rebel against caesarean births

Quando voc me quiser rever


J vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que voc faz
Ao sentir que sem voc eu passo bem demais

Juliana Barbassa
Aug 12, 2012

From the day Mariana Migon discovered she was pregnant,


she knew she wanted a natural birth. So just weeks before her
due date, the first-time mother abandoned her obstetrician, her
health plan and her private hospital room for the free public
hospital in downtown Rio where she had a real chance at a
vaginal birth. If Id stayed with my health care plan and my
doctor, I would have had a caesarean section, said Ms Migon,
as she sat beside the incubator holding her baby girl, who was
premature.
In Brazil, where natural childbirth fell out of favour years
ago, more than half of all babies are born via caesarean section,
a figure that rises to 82 per cent for women with private health
insurance. However, that trend may be turning around in a
country with one of the highest caesarean rates in the world.
More women are pushing for more of a say in childbirth whether
by caesarean section or naturally, at home or in a hospital, with
a midwife or a medical doctor. As patients in doctors offices and
street protesters reject the pressure to have surgical births, the
federal government is investing billions of dollars into a natural
childbirth campaign, including the building of hospitals devoted
to maternal care.
We need to have a serious discussion in this country to
see what can be done to change this culture, said Dr Olimpio
Moraes Filho, one of the head doctors with the Brazilian
Association of Obstetricians and Gynecologists. Women are
starting to rebel, and they should.
A tipping point came in July, when a medical regulating
agency in Rio de Janeiro forbade doctors from doing home births
and labour coaches known as parteiras from helping out in
hospitals, saying there are many complications possible during
labour that require immediate medical attention. In response,
women organized marches in 13 cities. In Sao Paulo, they bared
their breasts and carried posters reading Our Children, Our
Decision while chanting Brazil, dont follow Rios example.
They enacted natural births using dolls covered with Portuguese
words reading Born Free.
After the resolution was reversed by court order July 30,
about 200 people gathered in Rio to celebrate, with yet more
banners and painted bellies defending womens freedom to
choose how their babies are born. Similar marches took place in
28 other Brazilian cities, where women also defended their right
to reject episiotomies cutting the vaginal opening to prevent
tearing and to have company during the birth. A 2005 law says
women should have a companion of their choice during labour,
but its frequently not respected.
The World Health Organization warns against unnecessary
surgeries, saying that while there is no ideal caesarean section
rate, the percentage should hover between 10 and 15 percent. In
China, which also has a very high caesarean rate, 46 percent of
babies were delivered via the surgery in 2008, the latest year for
which data is available. In the US, more than a third of births are
by caesarean section.

[...]
Quando talvez precisar de mim
C sabe que a casa sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que voc diz
Quero ver como suporta me ver to feliz
(www.chicobuarque.com.br)

Neste fragmento da conhecida cano Olhos nos olhos,


composta em 1976, o compositor Chico Buarque de Hollanda recorre a um eu lrico
. Tal recurso, contudo,
remonta aos primrdios da literatura em lngua portuguesa e
era caracterstico das
.
As lacunas do texto so, correta e respectivamente, preenchidas por
(A) masculino cantigas de amor.
(B) feminino cantigas de amor.
(C) feminino cantigas de amigo.
(D) masculino cantigas de amigo.
(E) feminino cantigas de maldizer.

(www.guardian.co.uk. Adaptado.)

FMCA1201/001-ConhecGerais

22

82. A expresso that trend refere-se, no texto, a

78. According to the text, in Brazil,


(A) over 80% of women would rather have a natural birth,
if they had a choice.

(A) options in childbirth.


(B) 82% of women.

(B) the caesarean section rate is lower than in China and in


the US.

(C) maternal care.


(D) natural childbirth.

(C) most women prefer to undergo a caesarean section


because it is less painful.

(E) a very high caesarean section rate.

(D) the caesarean section percentage is one of the most


elevated in the world.

83. Dr Olimpio Moraes Filho

(E) it is easier to have a natural birth if you pay for a private


hospital.

(A) started a discussion about maternal care in public


hospitals.
(B) disagrees with the procedures adopted by the Association
of Obstetricians and Gynecologists.

79. According to the text, the caesarean section procedure


(A) is now being rejected as the favoured childbirth
alternative.

(C) apparently supports the womens claims.


(D) believes that the protests are not serious.

(B) is unnecessary and expensive if its recommended by


private health care plans.

(E) wants to change the natural birth culture.

(C) has been forbidden long ago in Rio de Janeiro because


it may be dangerous.

84. According to the text, one of the issues women defend is

(D) is well regarded by the Brazilian Association of


Obstetricians and Gynecologists.

(A) to breastfeed in public.


(B) to have a doctors companion of their choice.

(E) may induce premature birth.

(C) to carry compulsory episiotomies.


(D) to carry banners and paint their bellies.

80. Women organized demonstrations in over a dozen cities


because

(E) to ensure the right to have a say in childbirth.

(A) labour coaches should replace doctors in maternal care.


85. No trecho do quinto pargrafo but its frequently not
respected. ,s pode ser corretamente substitudo por

(B) only babies born naturally can be considered healthy


and free.
(C) they rebelled against private health care.

(A) is.

(D) So Paulo has to follow the same rules as Rio de Janeiro.

(B) was.

(E) Rio de Janeiro issued restrictions for certain childbirth


practices.

(C) has.
(D) goes.
(E) does.

Instruo: As questes de nmeros 81 e 82 referem-se ao seguinte trecho do segundo pargrafo do texto However, that
trend may be turning around in a country with one of the highest
caesarean rates in the world.

86. No trecho do sexto pargrafo while there is no ideal


caesarean section rate, the percentage should hover between
10 and 15 percent. , should indica

81. A palavra however introduz

(A) possibilidade.

(A) um contraste.

(B) recomendao.

(B) uma consequncia.

(C) variao.

(C) um exemplo.

(D) probabilidade.

(D) uma razo.

(E) obrigatoriedade.

(E) uma suposio.


23

FMCA1201/001-ConhecGerais

CLASSIFICAO PERIDICA
1
1

18
2

He
2

13

14

Li

Be

6,94
11

9,01
12

Na

Mg

23,0
19

24,3

1,01
3

39,9
36

Mn

Fe

Co

Ni

Cu

Zn

Ga

Ge

As

Se

Br

Kr

54,9
43

55,8
44

58,9

58,7

63,5

65,4

69,7

72,6

74,9

79,0

79,9

83,8

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

Mo

Tc

Ru

Rh

Pd

Ag

Cd

In

Sn

Sb

Te

Xe

103
77

106
78

108
79

112
80

115
81

119
82

122
83

128
84

127
85

131
86

Sc

Ti

Cr

45,0
39

47,9
40

50,9
41

52,0
42

Rb

Sr

Zr

Nb

Smbolo
Massa Atmica
o

( ) = n. de massa do
istopo mais estvel

20,2
18

26

40,1
38

Nmero Atmico

19,0
17

Ar

Ca

(226)

16,0
16

35,5
35

39,1
37

Ra

14,0
15

Cl

(223)

12,0
14

32,1
34

25

Fr

10,8
13

24

89 -103
Srie dos
Actindios

Ne

31,0
33

23

137
88

22

Ba

28,1
32

21

133
87

Si

20

Cs

10

4,00

27,0
31

57-71
Srie dos
Lantandios

Al
7

56

12
30

55

11
29

88,9

17

10
28

87,6

16

9
27

85,5

15

91,2

92,9

95,9

(98)

72

73

74

75

101
76

Hf

Ta

Re

Os

Ir

Pt

Au

Hg

Tl

Pb

Bi

Po

At

Rn

178
104

181
105

184
106

186
107

190
108

192
109

195
110

197
111

201

204

207

209

(209)

(210)

(222)

Rf

Db

Sg

Bh

Hs

Mt

Ds

Rg

(261)

(262)

(266)

(264)

(277)

(268)

(271)

(272)

Srie dos Lantandios


57
58
59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

La

Ce

Pr

Nd

Pm

Sm

Eu

Gd

Tb

Dy

Ho

Er

Tm

Yb

Lu

139

140

141

144

(145)

150

152

157

159

163

165

167

169

173

175

Srie dos Actindios


89
91
90

92

93

94

95

96

97

98

99

100

101

102

103

Ac

Th

Pa

Np

Pu

Am

Cm

Bk

Cf

Es

Fm

Md

No

Lr

(227)

232

231

238

(237)

(244)

(243)

(247)

(247)

(251)

(252)

(257)

(258)

(259)

(262)

(IUPAC, 22.06.2007.)

Processo Seletivo Vestibular


Medicina 2013
19.12.2012

001. Prova de Conhecimentos Gerais


Verso 1
1-D
11 - A
21 - B
31 - C
41 - D
51 - E
61 - E
71 - A
81 - A

FMCA1201

2-B
12 - D
22 - C
32 - B
42 - A
52 - D
62 - B
72 - C
82 - E

3-D
13 - B
23 - C
33 - D
43 - C
53 - A
63 - D
73 - E
83 - C

4-A
14 - D
24 - A
34 - E
44 - D
54 - D
64 - A
74 - B
84 - E

5-C
15 - A
25 - E
35 - B
45 - E
55 - B
65 - A
75 - E
85 - A

6-D
16 - C
26 - C
36 - C
46 - B
56 - E
66 - C
76 - A
86 - B

7-B
17 - E
27 - A
37 - E
47 - E
57 - D
67 - C
77 - C

8-B
18 - E
28 - D
38 - E
48 - C
58 - A
68 - A
78 - D

9-E
19 - B
29 - B
39 - E
49 - A
59 - C
69 - D
79 - A

10 - C
20 - D
30 - D
40 - B
50 - B
60 - A
70 - E
80 - E

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