Planejamento Contábil Tributário
Planejamento Contábil Tributário
Planejamento Contábil Tributário
3º/4º SEMESTRES
Manual do Aluno
IMPOSTOS DE RENDA
E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO
SIMPLES NACIONAL
E
MEI
4
SIMPLES NACIONAL
www8.receita.fazenda.gov.br
Portal do Simples Nacional
LEGISLAÇÃO
O Simples Nacional foi criado com o objetivo de beneficiar as Microempresas (ME) e as Empresas
de Pequeno Porte (EPP), simplificar o processo burocrático e unificar pagamento de tributos.
Microempresa (ME): que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.
Empresa de Pequeno Porte (EPP): que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.
Microempreendedor Individual
Considera-se Microempreendedor individual o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil
ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços
no âmbito rural, optante pelo Simples Nacional.
Microempreendedor individual: que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta até R$ 81.000,00.
Com o objetivo de tirar da informalidade diversos trabalhadores, o governo federal instituiu a figura
do microempreendedor Individual (MEI) na forma prevista da Lei Complementar nº 123/2006, e que atenda
as seguintes condições:
• tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano, (no caso de início de atividade o limite será de
R$ 6.750,00 multiplicado pelo número de meses compreendidos entre o mês de início da atividade
e o final do respectivo ano-calendário);
• que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa;
• contrate no máximo um empregado que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial
da categoria profissional.
• exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XI da Resolução CGSN nº 140, de 2018,
o qual relaciona todas as atividades permitidas ao MEI, com alterações posteriores.
Ex. açougueiro, cuidador de animais (pet sittter), animador de festas, agente de viagens, artesão de
bijuterias cabeleireiros, manicure, pedicure, carpinteiro, costureira, comerciantes (verificar o tipo de
comércio), cozinheira, doceira, instalador e reparador de cofres, trancas e travas de segurança,
transportador intermunicipal de passageiros sob frete em região metropolitana, transportador Intermunicipal
e Interestadual de travessia por navegação fluvial, vigilante independente.
Nota: O MEI fica dispensado da escrituração dos livros fiscais e contábeis, da Declaração Eletrônica de
Serviços e da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). Apesar da dispensa de realizar a escrituração o
MEI poderá contratar um profissional da contabilidade para fornecer informações para tomada de decisões,
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emitir notas fiscais, enviar declarações e calcular e recolher impostos, podendo inclusive reduzir o imposto
de renda.
DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO
A pessoa formalizada como Micro Empreendedor Individual (MEI) tem obrigações e responsabilidades para
poder exercer a sua atividade. Além de pagar mensalmente o DAS, existe também a Declaração Anual
Simplificada do MEI, que deve ser entregue até o último dia de maio com o valor do faturamento do ano
anterior.
Porém além das obrigações de empresário, o MEI tem também as obrigações de cidadão contribuinte, ou
seja, é necessário que o empreendedor também declare o seu Imposto de Renda Pessoa Física.
O lucro líquido obtido pelo MEI na operação do seu negócio é isento e não tributável no Imposto de Renda
Pessoa Física – IRPF.
No entanto, a parcela da receita bruta que pode ser considerada como lucro líquido, de acordo com o artigo
14 da LC nº 123 de 2006 fica limitada aos percentuais previstos para o lucro presumido.
EXEMPLO 1
O MEI que presta serviço e teve receita bruta no valor de R$ 60.000,00, e despesas auferidas no valor de
R$ 20.000,00, consequentemente um lucro de R$ 40.000,00.
De acordo com o percentual de Isenção da Prestação de Atividade, a parcela de lucro isenta para ele deve
ser de 32% sobre a receita bruta. Assim temos:
EXEMPLO 1.1.
Vamos considerar, agora, que o contribuinte tenha recebido aluguel no valor de R$ 10.000,00
EXEMPLO 2
Uma empresária que exerce a atividade comercial está enquadrada na Lei do MEI e obteve os seguintes
resultados no ano de 2020:
MEI – Comércio
EXEMPLO 3
Um empresário enquadrado com MEI, cuja atividade é Comerciante de Artigos de Vestuário (Revendedor
de Roupas), apresentou a seguinte situação no ano de 2020:
Receita Bruta Anual R$ 80.000,00
Compra de Mercadorias R$ 20.000,00
Aluguel da loja R$ 12.000,00
Água, luz, telefone R$ 3.000,00
MEI – Comércio
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O MEI que possui escrituração contábil geralmente precisa contar com a ajuda de um profissional de
contabilidade para enviar regularmente à Receita Federal a relação dos lucros da pessoa jurídica.
Nesta forma não há limite para o valor referente aso lucros isento na declaração do Imposto de Renda.
Todos os lucros são lançados na ficha rendimentos isentos e não tributáveis.
No caso do exemplo 3 o MEI prestador de serviços teria R$ 45.000,00 de lucro isentos do IR.
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QUADRO SINÓTICO
Quando foi instituída a figura do microempreendedor individual (MEI), o Governo federal teve por obje tivo tirar da informalidade
diversos trabalhadores. Com essa providência, tornou -se possível a legalização da pessoa que trabalha por conta próp ria como
pequeno empresário.
O MEI está em vigor desde 1º.07.2009 e, atualmente, as regras aplicáveis a esse regime são as constantes na Lei Complementar
nº123/2006 e na Resolução CGSN nº 140/2018 , e alterações posteriores.
Consideram-se MEI:
a) o empresário que exerça profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou para a circulação de bens ou
MEI - Conceito serviços;
b) o empresário individual que exerça atividade de comercialização e processamento de produtos de natureza extrativista;
c) o empreende dor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural (vigência
a partir de 1º.01.2018).
Limite
Ter auferido receita bruta, no ano-calendário anterior de até R$ 81.000,00 (vigência desde 1º.01.2018).
Além de se enquadrarem no conceito de MEI é necessário que atenda cumulativamente às seguintes condições:
a) que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (vigência desde 1º.01.2018);
b) que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar por esta sistemática;
Opção
c) exerça, de forma independente, tão somente as ocupações constantes do Anexo XI da Resolução CGSN nº 140/2018 ;
f) possua um único empregado que receba exclusivamente um salário -mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial
da categoria profissional, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria.
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Formalização do
MEI
Portal do Empreende dor (www.portaldoempreendedor.gov.br).
No ano-calendário de 2021, o MEI recolherá o valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas:
Recolhimento
a) Contribuição para a Seguridade Social: R$ 55,00;
mensal
c) terminais de autoatendimento disponibilizados por parceiros institucionais e pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena
Empresa (Se brae).
Prazo de
recolhimento
Até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
a) nas operações com venda de mercadorias ou prestações de serviços para consumidor final pessoa física; e
b) nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário emitir nota fiscal de entrada.
Notas fiscais
O MEI também está dis pensado da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), ressalvada a possibilidade de emissão facultativa
dis ponibilizada pelo ente federado.
b) nas operações com mercadorias para destinatário inscrito no CNPJ, quando o destinatário não emitir nota fiscal de entrada.
DASN-Simei O MEI optante pe lo Simei deverá apresentar à RFB, até o último dia do mês de maio de cada ano, a Declaração Anual do Simples
Nacional (DASN-Simei), a qual conterá as informações a seguir, com dados do ano-calendário anterior:
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b) receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às atividades sujeitas ao ICMS;
SIMPLES NACIONAL
CONCEITOS
Receita Bruta (RB): o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e
os descontos incondicionais concedidos.
Conta Alheia: são os resultados obtidos pela venda de produtos ou mercadorias pertencentes a
terceiros, mediante pagamento de comissão.
DEFINIÇÃO DE TERMOS
Período de Apuração (PA): o mês–calendário considerado como base para apuração da receita bruta.
(RBT12 x Aliq) – PD
___________________
RBT12
RBT12 = Receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
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Exemplo
Admita uma empresa do ramo Comercial, cuja Receita Bruta, no mês de agosto de 2019, seja de R$
110.000,00 e Receita Bruta Acumulada nos 12 meses anteriores seja de R$ 1.200.000,00.
SOLUÇÃO
Anexo I - Comércio
Art. 4º A opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, no montante apurado na forma prevista nesta Resolução, em substituição aos valores
devidos segundo a legislação específica de cada tributo, dos seguintes impostos e contribuições,
ressalvado o disposto no art. 5º: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, incisos I a VIII)
Art. 6º A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio do Portal do Simples Nacional na internet,
sendo irretratável para todo o ano-calendário.
• § 1º A opção de que trata o caput deverá ser realizada no mês de janeiro, até seu último dia útil,
produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção;
• I - a ME ou EPP, após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter a sua inscrição municipal e, caso
exigível, a estadual, terá o prazo de até 30 (trinta) dias, contados do último deferimento de inscrição,
para efetuar a opção pelo Simples Nacional;
• II - após a formalização da opção, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disponibilizará aos
Estados, Distrito Federal e Municípios a relação dos contribuintes para verificação da regularidade da
inscrição municipal ou, quando exigível, da estadual;
• a opção produzirá efeitos desde a respectiva data de abertura constante do CNPJ, salvo se o ente
federado considerar inválidas as informações prestadas pela ME ou EPP nos cadastros estadual e
municipal, hipótese em que a opção será indeferida.
• § 7º A ME ou EPP não poderá efetuar a opção pelo Simples Nacional na condição de empresa em
início de atividade depois de decorridos 180 (cento e oitenta) dias da data de abertura constante do
CNPJ, observados os demais requisitos previstos no inciso I do § 5º.
Agendamento da Opção
Art. 15. Não poderá recolher os tributos na forma do Simples Nacional a ME ou EPP:
interno ou superior ao mesmo limite em exportação para o exterior, observado o disposto no art.
3º;
2) de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
3) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no
exterior;
4) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123,
de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse um dos limites máximos de que trata o
inciso I do caput;
5) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não
beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que a receita bruta global ultrapasse
um dos limites máximos de que trata o inciso I do caput;
6) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse um dos limites máximos de que trata o
inciso I do caput;
7) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
8) que participe do capital de outra pessoa jurídica;
9) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência
complementar;
10) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
11) constituída sob a forma de sociedade por ações;
12) que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento
de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis
a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
13) que tenha sócio domiciliado no exterior;
14) de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual
ou municipal;
15) que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
16) que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto: • a) na
modalidade fluvial; ou • b) nas demais modalidades, quando: • 1. possuir características de
transporte urbano ou metropolitano; • 2. realizar-se sob fretamento contínuo em área
metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores;
17) que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
18) que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
19) que exerça atividade de importação de combustíveis;
20) que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: • a) cigarros, cigarrilhas, charutos,
filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; • b) cervejas
sem álcool; e • c) bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por ME
ou EPP registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que obedeça à
regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da RFB quanto à produção e à
comercialização de bebidas alcoólicas, nas seguintes atividades: (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 17, § 5º) • 1. micro e pequenas cervejarias • 2. micro e pequenas vinícolas; • 3.
produtores de licores; • 4. micro e pequenas destilarias;
21) que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
22) que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
23) que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de
serviços tributados pelo ISS;
24) com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou
estadual, quando exigível, observadas as disposições específicas relativas ao MEI.
25) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de
pessoalidade, subordinação e habitualidade.
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Mercado Interno e Receitas de Exportação (Resolução CGSN nº 140/2018, Art. 2º, Item 5)
§ 1º Para fins de opção e permanência no Simples Nacional, a ME ou a EPP poderá auferir em cada
ano-calendário receitas no mercado interno até o limite de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais) e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou serviços para o
exterior, inclusive quando realizada por meio de empresa comercial exportadora ou de sociedade de
propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006, desde que as receitas de
exportação também não excedam R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, §§ 10 e 14).
Limites de Receitas
A empresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual ou o limite adicional
para exportação fica excluída do Simples Nacional.
I – mês subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada no ano for superior a 20%
de cada um dos limites previstos.
II – ano-calendário subsequente àquele em que o excesso da receita bruta acumulada no ano não for
superior a 20% de cada um dos limites.
Alíquota Efetiva = ((4.800,0000,00 x alíquota nominal da 6ª faixa) – parcela a deduzir da 6ª faixa) x % de distribuição dos tributo
4.800.000,00 federais da 6ª faixa
Exemplo
Uma Empresa de Pequeno Porte Comercial optante pelo Simples Nacional, apresenta os seguintes
dados em determinado mês de 2021.
RBT12 (nos 12 meses anteriores ao do período de apuração) : R$ 4.000.000,00
RBA (no ano calendário) : R$ 5.000.000,00
RBT do mês: R$ 1.000.000,00 (se não tivesse excedido o limite seria R$ 800.000,00)
RBT do mês que excedeu o limite: R$ 200.000,00
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SOLUÇÃO
Cálculo do Excesso
As Receitas decorrentes das atividades de Comércio, Indústria e prestação de Serviços também devem
ser segregadas para fins de utilização dos respectivos anexos.
Exemplo
Admita uma Empresa de Pequeno Porte optante pelo simples nacional que explore a atividade de
Comércio e a atividade de indústria. A Receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período
de apuração foi de R$ 545.000,00 e Receita Bruta mensal de R$ 60.000,00, distribuída da seguinte
forma:
ICMS e ISS fora do Simples Nacional (Lei Complementar nº 123/2006, Art. 13-A)
Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no Simples Nacional, o limite máximo de
que trata o inciso II do caput do art. 3o será de R$ 3.600.000,00.
A Resolução CGSN nº 135/2017, em seu Art. 20, item III a) determina, ainda, que o percentual
máximo destinado ao ISS será de 5% e a eventual diferença será transferida de forma proporcional aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual.
Exemplo:
Considere uma empresa cuja atividade está enquadrada no Anexo III e tenha divulgado as seguintes
informações:
SOLUÇÃO
O fator “R” do Simples Nacional serve para que a empresa possa descobrir em qual dos anexos
a empresa se encaixa: Anexo III ou Anexo V.
Folha de Salários = Salários + Pro-Labore + INSS patronal + FGTS + 13º Salário no mês de
competência + Férias no mês de Competência + Abonos + Adiconais)
• Se o resultado for igual ou superior a 28%, a empresa está enquadrada no Anexo III.
A recomendação é que se faça esse cálculo todos os meses. Isso porque o valor das alíquotas pode
variar trazendo, assim, vantagens a empresa.
• Arquitetura e Urbanismo – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-M, I, da Lei
Complementar 123/06
• Fisioterapia – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-M, I, da Lei Complementar
123/06
• Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o
Art. 18, § 5º-M, I, da Lei Complementar 123/06
• Odontologia e prótese dentária – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-M, I,
da Lei Complementar 123/06
• Administração e locação de imóveis de terceiros – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o
Art. 18, § 5º-M, II, da Lei Complementar 123/06
• Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais – Anexo III, mas sujeita ao
fator R – Veja o Art. 18, § 5º-M, II, da Lei Complementar 123/06
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• Empresas montadoras de estandes para feiras – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o
Art. 18, § 5º-M, II, da Lei Complementar 123/06
• Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica – Anexo III, mas sujeita ao fator R –
Veja o Art. 18, § 5º-M, II, da Lei Complementar 123/06
• Serviços de prótese em geral – Anexo III, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-M, II, da
Lei Complementar 123/06
• Medicina veterinária – Anexo V, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-J, da Lei
Complementar 123/06
• Perícia, leilão e avaliação – Anexo V, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-J, da Lei
Complementar 123/06
• Jornalismo e publicidade – Anexo V, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, § 5º-J, da Lei
Complementar 123/06
• Agenciamento, exceto de mão de obra – Anexo V, mas sujeita ao fator R – Veja o Art. 18, §
5º-J, da Lei Complementar 123/06
• Quaisquer outros serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual não
relacionados no art. 25-A, § 1º, III, IV e IX § 2º, I, da Resolução CGSN 94/2011.
Exemplo 1
Folha de salários, incluídos encargos, dos 12 meses anteriores ao período de apuração: R$ 926.608,45
23
Receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores ao período de apuração (mercado interno e
exportação): R$ 3.353.630,00
SOLUÇÃO
Exemplo 2
Folha de salários, incluídos encargos, dos 12 meses anteriores ao período de apuração: R$ 933.739,70
Receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores ao período de apuração (mercado interno e
exportação): R$ 3.323.600,00.
SOLUÇÃO
Obrigações Acessórias
As empresas optantes pelo Simples Nacional precisam estar atentas com as suas obrigações
acessórias, dentre elas:
Base de Cálculo
• A base de cálculo para determinação do valor devido mensalmente pela ME e EPP optantes
pelo Simples Nacional será a receita bruta total mensal auferida (Regime de Competência) ou
recebida (Regime de Caixa) conforme opção feita pelo contribuinte
• O regime de reconhecimento da receita bruta será irretratável para todo ano-calendário. A
escolha é feita via internet entre novembro e dezembro e vale para todo o ano seguinte
24
• Na hipótese de a ME e EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas
brutas de todos os estabelecimentos.
• A receita bruta auferida ou recebida será segregada.
• Deverão ser pagos até o dia 20 do mês subsequente. Quando não houver expediente bancário
no prazo estabelecido os tributos deverão ser pagos até o dia útil imediatamente posterior.
• Na hipótese de a ME e EPP possuir filiais, o recolhimento será efetuado pela matriz.
• O valor não pago até o vencimento sofrerá incidência de encargos legais.
• O cálculo do imposto deverá ser efetuado por meio de aplicativo específico disponível PGDAS-D
que também irá gerar o DAS (Documento de Arrecadação do Simples).
Investidor Anjo
Características
Em algumas condições a empresa pode não estar sujeita ao pagamento de alguns tributos e
deverá, portanto, segregar a alíquota efetiva encontrada para conhecer o percentual de tributos a
desconsiderar. É o caso da tributação das Receitas de Exportação que no cálculo do valor devido deve-
se desconsiderar os percentuais relativos à COFINS, PIS, IPI, ICMS E ISS conforme a atividade.
Para tanto, é necessário o cálculo da repartição dos tributos para se encontrar o percentual
destinado a cada tributo.
Exemplo
Dentro dessa alíquota de 8,97%, de acordo com a tabela de percentual de repartição dos tributos, na 4ª
faixa, o percentual de 5,50% é destinado ao IRPJ, 3,50 à CSLL, 12,74% à Cofins e assim por diante.
25
Em % Em R$
IRPJ = 5,50% x 8,97 = 0,49% 5,50% x 15.249,00 = 838,70
CSLL = 3,5% x 8,97 = 0,32% 3,5% x 15.249,00 = 533,73
COFINS = 12,74% x 8,97 = 1,14% 12,74 x 15.249,00 = 1.942,72
PIS = 2,76% x 8,97 = 0,25% 2,76% x 15.249,00 = 420,87
CPP = 42% x 8,97 = 3,77% 42% x 15.249,00 = 6.404,58
ICMS = 33,50% x 8,97 = 3,00 % 33,50% x 15.249,00 = 5.108,42
8,97 15.249,00
TABELAS
ANEXO I
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
ANEXO II
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
ANEXO III
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços
não relacionados no § 5o-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006.
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma
proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a
alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será:
ANEXO IV
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma
proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a
alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:
ANEXO V
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
Anexo II – Indústria
Anexo IV
Anexo V
EXERCÍCIOS
33
RETENÇÕES
• IMPOSTO DE RENDA
• PIS/PASEP
• COFINS
• CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
34
1. Considerações Iniciais
7. Situações de Autorretenção
8. Questões Polêmicas
8.1. Logística
8.6. Software
8.9. Medicina
14. Anexos
35
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pela definição legal pode-se extrair a conclusão de que o fato gerador da referida retenção é a
importância paga ou creditada, das duas a que ocorrer primeiro. Por tempos se cogitou de inúmeras
interpretações para a extensão da palavra "crédito", sendo que a Secretaria da Receita Federal do
Brasil por meio da Solução de Divergência COSIT nº 26/13 assim define:
Assunto: Imposto sobre a renda retido na fonte - IRRF - Fato gerador - Momento de ocorrência -
Prestação de serviço de natureza profissional - Importâncias creditadas.
A retenção do imposto de renda na fonte, incidente sobre as importâncias creditadas por pessoa
jurídica à outra pessoa jurídica pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional,
se dará na data da contabilização do valor dos serviços prestados, considerando-se a partir desta data
o prazo para o recolhimento.
Dispositivos Legais: Art. 647 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999 (Decreto nº 3.000,
de 26 de março de 1999); Parecer Normativo CST nº 07, de 02/04/86; Parecer Normativo CST nº 121,
de 31 de agosto de 1973 e arts. 43, 114, 116, incisos I e II, e 117, incisos I e II, do Código Tributário
Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966)".
Neste contexto, podemos observar que o fato gerador da retenção do Imposto de Renda, em
regra, é diferente do fato gerador da retenção das Contribuições Sociais.
Tendo em vista que o fato gerador da retenção das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e
CSLL) é o efetivo pagamento, observamos que ocorrendo mais de um pagamento para a mesma nota
36
fiscal haverá o fracionamento da retenção das referidas Contribuições por cada pagamento efetuado e
não no momento da emissão do documento fiscal.
Estão sujeitos à retenção do Imposto de Renda à alíquota de 1,5% bem como das Contribuições
Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL) de 4,65% os seguintes serviços profissionais prestados por
pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (art. 714 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto
de Renda e art. 1º da Instrução Normativa SRF nº 459/04):
IR 1,5%
PIS 0,65%
CSL 1,00%
II - advocacia;
IV - análises técnicas;
V - arquitetura;
VIII - auditoria;
IX - avaliação e perícia;
X - biologia e biomedicina;
XI - cálculo em geral;
XII - consultoria;
XIII - contabilidade;
XV - economia;
XIX - estatística;
XX - fisioterapia;
XXI - fonoaudiologia;
37
XXII - geologia;
XXIII - leilão;
XXIV - medicina, exceto aquela prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa
de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro;
XXVI - odontologia;
XXIX - planejamento;
XXX - programação;
XXXI - prótese;
XXXIII - química;
XXXIX - urbanismo; e
XL - veterinária.
Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte à alíquota de 1% bem como das Contribuições
Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL) de 4,65% os rendimentos pagos ou creditados por pessoas
jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação dos serviços de (art. 716 do
Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda e art. 1º da Instrução Normativa SRF
nº 459/04):
1. limpeza; IR = 1,0%
3. segurança;
4. vigilância; e
Estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota de 1,5%, e não estão sujeitas
à retenção das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL) as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação dos serviços de (art. 718 do
Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda):
7. SITUAÇÕES DE AUTORRETENÇÃO
Ocorre que apesar de ser responsabilidade do tomador dos serviços, em regra, proceder à
retenção do Imposto de Renda, para os casos a seguir elencados teremos uma exceção onde o próprio
prestador de serviços procede à retenção na fonte perfazendo-se em uma autorretenção.
c) distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa jurídica atuar como agente
da companhia emissora;
d) operações de câmbio;
Ressaltamos que além das atividades descritas nos itens "a" até "h" também se sujeita à
autorretenção (o próprio prestador faz a retenção na fonte) os serviços de propaganda e publicidade.
8. QUESTÕES POLÊMICAS
O Regulamento do Imposto de Renda - arts. 714, 716 e 718 do Decreto nº 9.580/18, disciplina a
lista de serviços sujeitos à retenção do Imposto de Renda quando da prestação de serviços de pessoa
jurídica para outra jurídica de direito privado, porém, nem sempre os referidos artigos são auto
explicativos, gerando polêmicas quanto a determinados serviços.
A seguir discorremos quanto aos serviços mais polêmicos e à legislação complementar pertinente
ao tema.
39
8.1. Logística
Porém estabeleceu que fosse cabível a retenção do imposto de renda de que trata o art. 718 do
Regulamento do Imposto de Renda - Decreto nº 9.580/18, nos pagamentos relativos à comissão ou à
taxa de administração ou de adesão ao plano privado de assistência médica e odontológica.
Com base na Solução de Consulta COSIT nº 288, de 14/10/2014, a Secretaria da Receita Federal
do Brasil se manifestou no sentido de que as importâncias pagas ou creditadas pela prestação de
serviços de processamento de dados contratados entre pessoas jurídicas, por não constar tal serviço no
rol taxativo daqueles de natureza caracterizadamente profissional, não estão sujeitas à retenção do
Imposto sobre a Renda na fonte.
Com base na Solução de Consulta COSIT nº 50, de 20/02/2014, a Secretaria da Receita Federal
do Brasil se manifestou no sentido de que os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas de direito privado pela remuneração de serviços de recrutamento, agenciamento,
seleção e colocação de mão de obra, a título de comissão a agências de empregos por empresas que
contratam pessoal por seu intermédio submetem-se à retenção de IRPJ à alíquota de 1,5%, por força
do art. 53 da Lei nº 7.450/85, combinado com o art. 6º da Lei nº 9.064/95 e o art. 718 do Decreto
nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda.
Destaca-se que, os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de
direito privado pela remuneração de serviços de recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de
mão de obra não estão sujeitas à retenção na fonte das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e
CSLL), por ausência de previsão legal, porquanto não consta do rol do art. 714, § 1º, do Decreto
nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda, combinado com o art. 30 da Lei nº 10.833/03.
8.6.Software
Com base nas Soluções de Consulta da 8ª Região Fiscal nºs 47, de 23/02/2012 e 406, de
25/11/2010, a Secretaria da Receita Federal do Brasil se manifestou no sentido de que se considera
remuneração por serviço profissional, portanto sujeita à obrigação de retenção do Imposto de Renda
bem como das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS, CSLL), os pagamentos referentes tanto a
uma contratação para intervenção isolada como a um contrato de trato continuado, pela prestação dos
serviços de:
e) manutenção e suporte técnico remoto desde que vinculado às atividades enumeradas nas
alíneas "b" e "d" anteriores.
b) a licença de uso em caráter permanente de cópia de softwarede uso geral, não exclusivo,
para uso em um mercado ou segmento de mercado;
c) o aluguel ou licença de uso provisória de cópia de softwarede uso geral, não exclusivo, para
uso em um mercado ou segmento de mercado;
Com relação aos serviços de conservação e manutenção, inicialmente é preciso tecer algumas
orientações quanto à diferenciação.
Para fins do disposto no art. 716 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda,
para fins de retenção do Imposto de Renda a legislação traz a palavra "conservação" que é aplicável
somente para bens imóveis.
Conforme definição do art. 79 da Lei nº 10.406/02 - Código Civil, consideram-se bens imóveis o
solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Para fins de retenção das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL), a legislação
aplicável (Instrução Normativa SRF nº 459/04) define como serviço de manutenção todo e qualquer
serviço de manutenção ou conservação de edificações, instalações, máquinas, veículos automotores,
embarcações, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando
destinadas a mantê-los em condições eficientes de operação, exceto se a manutenção for feita em
caráter isolado, como um mero conserto de um bem defeituoso.
Assim, com base nas definições anteriores podemos concluir que serviço de manutenção de bens
móveis estará sujeito apenas à retenção das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL)
sendo incabível a retenção do Imposto de Renda por ausência de previsão legal que disponha quanto à
incidência.
A contrario senso, com base no art. 716 do Decreto nº 9.580/18 e no art. 1º da Instrução
Normativa SRF nº 459/04 para os serviços de conservação incidirá a retenção tanto do Imposto de
Renda de 1% quanto das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL) de 4,65%, por se tratar
de conservação em bens imóveis.
Ainda quanto ao tema "manutenção", importante frisar que serviços de manutenção preventiva
sofrem a retenção das Contribuições Sociais enquanto serviços que se caracterizem um mero conserto
de bem defeituoso não sofrem a referida retenção por força da definição contida no inciso II do § 2º do
art. 1º da Instrução Normativa SRF nº 459/04.
Manutenção sendo um mero Não (não tem previsão legal Não (inciso II do § 2º do art. 1º da
conserto de bem defeituoso. de incidência) Instrução Normativa SRF nº 459/04)
Assim, com base na exceção anteriormente descrita, bem como na orientação expressa
no Parecer Normativo CST nº 8/86, estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda e das
Contribuições Sociais apenas os serviços de Engenharia prestados de forma isolada.
Consequentemente os serviços constantes de uma empreitada global onde serão prestados serviços de
execução de obra de construção civil não estão sujeitos às retenções.
8.9. Medicina
De acordo com o Parecer Normativo CST nº 8/86, não estão sujeitos à retenção do Imposto de
Renda de 1,5%, bem como das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL), os serviços
profissionais de medicina, quando efetuados dentro do ambiente físico dos ambulatórios, bancos de
sangue, casas de saúde, casas de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospitais e prontos-
socorros.
Neste sentido fica clara a orientação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, extraída da
Solução de Consulta COSIT nº 6, de 06/01/2014, a qual dispõe que somente os serviços de medicina
prestados por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob
orientação médica, hospital e pronto-socorro estão fora do alcance da retenção do imposto de renda na
fonte, de que trata o art. 714 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda. Os
pagamentos relativos a serviços médicos prestados por outras pessoas jurídicas, ainda que nas
dependências dos estabelecimentos citados, em virtude de caracterizar prestação de serviços
profissionais, estão sujeitos à retenção do IRPJ na fonte.
Pelo entendimento explanado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil por meio das Soluções
de Consulta nºs 41/10 e 24/12, os serviços de monitoramento, via satélite, efetuados pelas pessoas
jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, sujeitam-se à retenção na fonte do Imposto de
Renda na Fonte à alíquota de 1% bem como das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL)
à alíquota de 4,65%.
Esquematizando:
Tomador Prestador
IRRF (PIS/PASEP/COFINS/CSLL)
(Paga o rendimento) (Recebe o rendimento)
Sim
SIMPLES Nacional Não é SIMPLES Nacional Não
1,5%
Sim Sim
Não é SIMPLES Nacional Não é SIMPLES Nacional
1,5% 4,65%
Os valores retidos devem ser recolhidos pela pessoa jurídica que efetuar a retenção de forma
centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
De acordo com o que dispõe a letra "e" do inciso I do art. 70 da Lei nº 11.196/05 e o art. 35 da Lei
nº 10.833/03, com nova redação dada pela Lei nº 13.137/15, o prazo para o recolhimento da retenção
do Imposto de Renda, bem como das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL), será até o
último dia útil do segundo decêndio (em regra dia 20, e se este não for dia útil, antecipar) do mês
subsequente àquele em que tiver ocorrido o fato gerador de incidência (vide tópicos 2 e 3).
As alíquotas para retenção do Imposto de Renda serão de 1,5% para os serviços listados
nos arts. 714 e 718 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda (vide tópicos 4 e 6), e
de 1% para os serviços listados no art. 716 do Decreto nº 9.580/99 - Regulamento do Imposto de Renda
(vide tópico 5).
Para a retenção das Contribuições Sociais (PIS/PASEP, COFINS e CSLL), será aplicada a
alíquota de 4,65% sendo:
a) 0,65% do PIS/PASEP;
b) 3% da COFINS; e
c) 1% da CSLL.
a) 1708 - para retenção na prestação de serviços listados nos tópicos 4 e 5 deste trabalho que
correspondem aos arts. 714 e 716 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda;
b) 8045 - para retenção na prestação de serviços listados no tópico 6 deste trabalho que
corresponde ao art. 718 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda, inclusive para os
casos de autorretenção mencionados no tópico 7.
Observamos que não há previsão legal de somatória dos valores no mês, porém, com base
na Solução de Consulta COSIT nº 161, de 24/06/2014, tem-se o entendimento de que ocorrido o fato
gerador (vide tópicos 2 e 3) no mesmo dia eles deverão ser somados para fins de retenção.
Quando se tratar de imposto devido como antecipação e a fonte pagadora comprovar que o
beneficiário já incluiu o rendimento em sua declaração, aplicar-se-á a penalidade prevista no art. 998 do
Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda, além dos juros de mora pelo atraso,
calculados sobre o valor do imposto que deveria ter sido retido, sem obrigatoriedade do recolhimento
deste.
As pessoas jurídicas beneficiárias de isenção ou de alíquota zero devem informar esta condição
na nota ou documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se não o fizerem,
sujeitarem-se à retenção sobre o valor total da nota ou documento fiscal conforme determina o § 3º do
art. 2º da Instrução Normativa SRF nº 459/04.
De acordo com o que dispõe o art. 717 do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de
Renda e o art. 7º da Instrução Normativa SRF nº 459/04, os valores retidos serão considerados como
antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção e poderão ser compensados com
tributos da mesma natureza a partir do mês da retenção.
As pessoas jurídicas que efetuarem retenção devem fornecer à pessoa jurídica beneficiária do
pagamento comprovante anual da retenção.
Foi regulamentado pela Instrução Normativa SRF nº 119/00 o modelo de Comprovante Anual de
Rendimentos Pagos ou Creditados e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte a ser utilizado pelas
pessoas jurídicas que tiverem efetuado pagamento ou crédito de rendimentos, a outras pessoas
jurídicas, sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte.
O Comprovante deverá ser impresso na cor preta, em papel branco, no formato 210 x 297 mm,
com as características do modelo anexo à Instrução Normativa SRF nº 119/00, devendo conter, no
rodapé, o nome e o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa que os
imprimir.
O comprovante deverá ser fornecido, em uma única via, até o último dia útil do mês de fevereiro
do ano-calendário subsequente àquele a que se referirem os rendimentos informados.
A pessoa jurídica que deixar de fornecer o Comprovante de Rendimentos aos beneficiários dentro
do prazo ou fornecer com inexatidão ficará sujeita ao pagamento de multa de R$ 41,43 por documento.
A fonte pagadora que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou imposto
retido na fonte será aplicada multa de 300% sobre o valor que for indevidamente utilizável, como
redução do imposto a pagar ou aumento do imposto a restituir ou a compensar, independentemente de
46
Fonte:
QUADRO SINÓTICO
Códigos de Receita
Alíquotas
(DARF)
Natureza do Serviço Prestado
· Advocacia;
· Análises técnicas;
· Arquitetura;
· Assistência social;
· Auditoria;
· Avaliação e perícia;
· Biologia e biomedicina;
· Consultoria;
· Contabilidade;
47
· Desenho técnico;
· Economia;
· Elaboração de projetos;
· Ensino e treinamento;
· Estatística;
· Fisioterapia;
· Fonoaudiologia;
· Geologia;
· Leilão;
· Nutricionismo e dietética;
· Odontologia;
· Pesquisa em geral;
· Planejamento;
· Programação;
· Prótese;
· Psicologia e psicanálise;
· Química;
· Radiologia e radioterapia;
· Relações públicas;
· Serviço de despachante;
· Terapêutica ocupacional;
· Tradução ou interpretação
comercial;
· Urbanismo;
· Veterinária.
48
· Limpeza;
· Conservação;
· Segurança;
· Representação comercial;
· Assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de
1,5% 1,0% 3,0% 0,65% 5944 5952
contas a pagar e a receber.
· Manutenção preventiva;
EXEMPLO
EXERCÍCIOS
49
IMPOSTO DE RENDA
E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
50
1 – LUCRO PRESUMIDO
LEGISLAÇÃO
1. EMPRESAS OBRIGADAS
Por força da Lei nº 12.814/13, a partir de 01/01/2014, podem optar pelo lucro presumido as
pessoas jurídicas cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$
78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 meses, exceto as pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real que
listamos a seguir.
Não podem optar pelo lucro presumido, sendo obrigatória a adoção do regime de tributação pelo
lucro real, as pessoas jurídicas (art. 59 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, art. 257 do Decreto nº
9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda, art. 46 da Lei nº 10.637/02 e Ato Declaratório
Interpretativo SRF nº 5/01):
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção
ou à redução do imposto;
VIII - que tenham sido constituídas como sociedades de propósito específico, formadas por
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, observado o disposto no art. 56 da Lei Complementar
nº 123/06; e
A opção pelo lucro presumido deverá ser manifestada com o pagamento da primeira ou única
quota do IRPJ devido correspondente ao 1º período de apuração de cada ano-calendário (art. 214 da
Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, art. 587, do Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de
Renda).
A pessoa jurídica que iniciar atividades a partir do 2º trimestre deverá manifestar a opção pelo
pagamento da 1ª quota ou quota única do imposto devido relativa ao período de apuração
correspondente ao início de atividade (art. 214 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 e art. 590 do
Decreto nº 9.580/18 - Regulamento do Imposto de Renda).
Vale salientar que o fato de a pessoa jurídica não efetuar o pagamento da 1ª quota ou quota
única no prazo de vencimento não impede o exercício da opção pelo lucro presumido. Nesse caso, o
imposto pago após o vencimento ficará sujeito aos acréscimos legais incidentes sobre os pagamentos
efetuados fora de prazo.
A opção pela tributação com base no lucro presumido é definitiva em relação a todo o ano-
calendário (art. 214 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 e art. 587, § 1º, do Decreto nº 9.580/18 -
Regulamento do Imposto de Renda).
Desse modo, a pessoa jurídica que exercer a opção pelo lucro presumido não poderá alterá-la
durante o ano-calendário.
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183
da Lei nº 6.404, de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
Para efeito de enquadramento no limite de receita bruta anual (R$ 78.000.000,00 no ano ou R$
6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividades no ano, quando inferior a 12),
considera-se receita total o somatório da receita bruta mensal incluindo (arts. 26 e 214 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700/17):
d) a parcela das receitas auferidas nas operações de exportação realizadas com pessoas
vinculadas ou residentes e domiciliadas em paraísos fiscais, na forma da Instrução Normativa RFB nº
1.312/12;
e) os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404/76, observado o disposto no § 2º do art. 26 da
Instrução Normativa RFB nº 1.700/17.
OBSERVAÇÃO: o conceito de Receita Bruta e os valores que compõem a Receita Bruta são
válidos para todas as formas de tributação.
Para fins de enquadramento no limite que autoriza a opção pelo lucro presumido, a receita bruta
do ano-calendário anterior será considerada segundo o regime de competência ou de caixa, observado
o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no
lucro presumido. (RIR/2018, art. 587 § 2º).
O lucro presumido será determinado pelo regime de competência ou de caixa. A pessoa jurídica
submetida à tributação pelo lucro presumido e que vem adotando o regime de caixa não poderá, dentro
do ano-calendário, alterar sua opção e passar a apropriar suas receitas pelo regime de competência.
Uma vez adotado o regime de caixa no lucro presumido, ele deve ser seguido em relação a todas as
receitas e por todo o ano-calendário (Solução de Consulta Disit nº 207/2001 da 6ª. Região Fiscal-Minas
Gerais).
53
O resultado presumido será determinado mediante aplicação dos percentuais da tabela abaixo
sobre a receita bruta definida pelo art. 26 da referida normativa.
Percentuais
Atividade aplicáveis
sobre a Receita
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico
1,6%
carburante e gás natural.
• Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia,
fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica,
imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina
nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos,
procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e
oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
• Transporte de carga.
• Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de
8%
terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda
e a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda.
• Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais
indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
• Venda de mercadorias (exceto revenda de combustíveis para consumo).
• Outras atividades não mencionadas nos itens anteriores (exceto prestação
de serviços).
• Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto
intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem
encomendou a industrialização.
• Transporte (exceto de cargas).
• Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de 16%
profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com
receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. (Item 5.3)
• Serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de
obra ou com emprego parcial de materiais.
• Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de 32%
infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos,
independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
• Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os
materiais.
• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nos itens
anteriores.
54
Percentuais
Aplicáveis
Atividade
sobre a
Receita
• Receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida das
devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais
12%
concedidos.
• Prestação de Serviços de transporte e serviços hospitalares.
• Prestação de serviços em geral, (exceto hospitalares e transporte).
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza.
• Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de
serviço público, independentemente do emprego parcial ou total de
32%
materiais.
• Coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de
descarte.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de
obra ou com emprego parcial de materiais.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os
materiais.
De acordo com os § 10 do art. 215 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 as pessoas jurídicas
exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00,
poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ de que trata o caput, o
percentual de 16%.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% de que trata esse subtítulo para o
pagamento trimestral do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado trimestre do ano-
calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto
postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido.
A diferença deverá ser paga em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre
em que ocorrer o excesso quando paga até o prazo previsto, a diferença apurada será recolhida sem
acréscimos.
55
Conforme dispõe o art. 215 da Instrução Normativa nº 1.700/17, o lucro presumido será
determinado mediante aplicação dos percentuais de presunção sobre a receita bruta, relativa a cada
atividade, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida das devoluções e vendas
canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.
6.2. Acréscimos à base de cálculo do imposto (acréscimos dos ganhos de capital e demais
receitas e resultados).
De acordo com o § 3º do art. 215 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 serão acrescidos às
bases de cálculo do IRPJ e da CSLL:
b) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
c) os juros equivalentes à taxa referencial do SELIC, para títulos federais, relativos a impostos
e contribuições a serem restituídos ou compensados;
e) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das
obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou
contratual;
i) em relação à base de cálculo do IRPJ, a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos
bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro
ou o valor dos bens e direitos entregue para a formação do referido patrimônio;
j) em relação à base de cálculo da CSLL, o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio;
56
VII - as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a
título de indenização, por causa de rescisão de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 79
da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17.
• Lucro não realizado decorrente de contratos com entidades governamentais. (RIR/2018, art.
479)
• Lucro não realizado relativo à venda de bens do Ativo não circulante com recebimento do preço
em prazo que ultrapasse o ano-calendário seguinte ao da contratação (RIR/2018, art. 503).
8. CÁLCULO DO IMPOSTO
8.1. Alíquotas
b) Da alíquota adicional de 10% sobre a totalidade do lucro presumido trimestral que exceder a
R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividade no trimestre, sobre o limite
57
8.3. Compensações
9. PAGAMENTO DO IMPOSTO
O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única, até o último dia útil do
mês subsequente ao do encerramento do período de sua apuração ou, por opção da empresa, em até 3
quotas mensais, iguais e sucessivas, observando-se o seguinte.
a) As quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao do
encerramento do período de apuração.
b) Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a R$
2.000,00 será pago em quota única.
c) O valor de cada quota (excluída a 1ª., se paga no prazo, será acrescido de juros
equivalentes à taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Taxa básica de
juros), acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do segundo mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e
de 1% no mês do pagamento.
d) O DARF não pode ser utilizado para pagamento de impostos e contribuições de valor inferior
a R$ 10,00. Se o imposto apurado for inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao imposto
devido em períodos subsequentes até que o valor total seja igual ou superior a R$ 10,00,
quando então, deverá ser pago no prazo para o pagamento do imposto devido nos períodos
em que esse limite for atingido juntamente com esse imposto, sem nenhum acréscimo
moratório.
Fonte
58
59
QUADRO SINÓTI CO
O lucro presumido como a própria denominação sugere é uma forma tributação do Imposto de Renda da P essoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), em que o lucro é determinado com base na presunção, calculado a par tir da incidência sobre
a receita bruta, dos percentua is de 1,6%, 8%, 16% ou 32%, conforme a atividade geradora. Sobre es se resultado ainda devem ser
adicionados, as demais receitas e os ganhos de capital . Nesses termos, apurada a base de cálculo, são apli cadas as alíquota s do IRPJ
e da CSL.
Demonstramos no quadro a seguir, os p rincipais pontos a serem observados pelas em presas que pretendem optar pelo lucro
presumido:
LUCRO PRESUMIDO
Podem opt ar pela tributação com base no lucro presu mido as pessoas jurídic as, desde que não estejam obr igadas à apuração do lucro real,
e cuja receita bruta total n o ano-calendário imediat amente ant erior tenha s ido igual ou inferior a R$ 78.00 0.000, 00 ou a R$ 6.500.000,00,
Quem pode opt ar multiplicado pelo número de mes es de atividade do an o-calendário ant erior, quan do inferior a 12 mes es (veja a relação de empr esas
impedidas de o ptar pelo lu cro presumido no tópico 3 ).
No regime do lucro pr esumido, a apuraç ão do imposto será f eit a trimestralmente, por per íodos encerrados em 31.03, 30.06, 30.09 e 31.12
Forma e prazo de de c ada ano-calendário.
opção A opção pela tribut ação co m base no lucro presumido será m anifestada por ocas ião do pagamento da 1 ª qu ota ou quota única do imposto
devido no 1º trimestre do ano-calendário, vencível no último dia út il de abril.
O lucro presumido será det erminado aplicando-s e sobre a receita bruta de vendas de mercadorias, produtos e/ou da prestaç ão de s erviços,
apurada em cada trim estre, os percentuais de 1,6%, 8%, 16% ou 32%, conforme a at ividade geradora.
Base de cálculo Ao valor det erminado mediante a aplicação dos percentuais mencionados sobr e a rec eita bruta deverão ser adicionados, por inteiro, as
demais rec eitas ou resultados positivos decorrentes de operações não enquadradas no conceito de receita bruta e os ganhos de c apit al,
percebidos no perío do.
Sobre a bas e de c álculo incidirá o IRPJ apurado trimes tralmente, que s erá c alculado mediante a aplic ação:
Alíquotas a) da alíquota de 15% sobr e a totalidade do lucro presumido apurado no trimest re;
b) da alíquota adicional de 10% sobre a parc ela do lu cro presumido trimestral que exceder a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou
encerramento de atividades no trimestre, sobre o lim ite equivalente ao result ado da multiplic ação de R$ 20.000,00 pelo número de meses
60
O IRPJ apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única, até o últim o dia útil do m ês subsequente ao do encerram ento do
período de sua apuração o u, por opção da em presa, em at é 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, o bservando-se o s eguinte:
a) as quotas dever ão ser pagas até o últ imo dia útil dos meses subsequentes ao de encerramento do período de apuraç ão;
Prazoe formas de
pagamento b) nenhuma quota poderá t er valor inf erior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única;
c) o valor de c ada quota (excluída a 1ª, s e paga no pr azo) será acresc ido de juros equivalent es à taxa Selic para t ítulos federais,
acumulada mensalm ente, a partir do 1º dia do segundo mês subsequ ente ao do encerramento do período de apuraç ão at é o últ imo dia do
mês anterior ao do pagamento, e de 1% no m ês do pagamento.
Fonte
61
2 – LUCRO ARBITRADO
LEGISLAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
A autoridade tributária utilizará essa forma de tributação quando a pessoa jurídica deixar de
cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, conforme o
caso.
Quando conhecida a receita bruta, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento
previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do Imposto de Renda
correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.
De acordo com o parágrafo único do art. 226 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 a pessoa
jurídica que pagar o IRPJ com base no lucro arbitrado determinará a base de cálculo da CSLL com
base no resultado arbitrado.
2. HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO
Conforme dispõe o art. 603 do Decreto nº 9.580/18 - RIR/18, o Imposto de Renda, devido
trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos critérios do lucro
arbitrado, quando (art. 226 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17):
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na
forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela
legislação fiscal;
III - o contribuinte, não obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de apresentar à
autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, nos
quais deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária;
Quando conhecida a receita bruta, de que trata o art. 208 do Decreto nº 9.580/18 - RIR/18, e
desde que ocorridas às hipóteses previstas no art. 603 do mesmo diploma legal, o contribuinte poderá
efetuar o pagamento do imposto sobre a renda correspondente com base no lucro arbitrado,
observadas as seguintes regras:
I - a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada, ainda,
a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoa
jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real
dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação; e
II - o imposto sobre a renda apurado na forma prevista no item I deste subtópico terá por
vencimento o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento de cada período de apuração.
3. REGIME DE COMPETÊNCIA
O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita bruta, será determinado
mediante a aplicação dos seguintes percentuais (art. 605 do Decreto nº 9.580/18 - RIR/18 e § 4º do art.
227 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17):
63
Percentuais
Atividade aplicáveis
sobre a Receita
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico
1,92%
carburante e gás natural.
• Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e
terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia,
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias
clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia,
quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses
serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
• Transporte de carga.
• Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda e a venda de 9,6%
imóveis construídos ou adquiridos para revenda.
• Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais
indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
• Venda de mercadorias (exceto revenda de combustíveis para consumo).
• Outras atividades não mencionadas nos itens anteriores (exceto prestação de
serviços).
• Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o
material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a
industrialização.
• Transporte (exceto de cargas).
• Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões
19,2%
regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual
não superior a R$ 120.000,00. (Item 4.3)
• Serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou
com emprego parcial de materiais.
• Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no
caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do
emprego parcial ou total de materiais. 38,4%
• Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nos itens
anteriores.
• Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring).
• Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências
de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
45%
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.
64
Percentuais
aplicáveis
Atividade
sobre a
Receita
• Receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida das devoluções,
das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. 12%
• Prestação de Serviços de transporte e serviços hospitalares.
• Prestação de serviços em geral, (exceto hospitalares e transporte).
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.
• Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço 32%
público, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
• Coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de descarte.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou
com emprego parcial de materiais.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual
seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para determinação do lucro arbitrado trimestral, o
percentual de 19,2%.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de disposto neste subtópico para o
pagamento trimestral do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até um determinado trimestre do ano-
calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto
postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido.
A diferença do Imposto deverá ser paga em quota única até o último dia útil do mês subsequente
ao trimestre em que ocorrer o excesso. Quando paga até o prazo de vencimento, a diferença apurada
será recolhida sem acréscimos.
De acordo com o art. 227 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, o lucro arbitrado, quando
conhecida a receita bruta, será determinado mediante a aplicação dos percentuais informados sobre a
receita bruta definida pelo art. 26 da referida normativa, relativa a cada atividade, auferida em cada
período de apuração trimestral, deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos.
65
5.1. Acréscimos à base de cálculo do imposto (acréscimos dos ganhos de capital e demais
receitas e resultados).
b) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
c) os juros equivalentes à taxa referencial do SELIC, para títulos federais, relativos a impostos
e contribuições a serem restituídos ou compensados;
e) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das
obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou
contratual;
i) em relação à base de cálculo do IRPJ, a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos
bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro
ou o valor dos bens e direitos entregue para a formação do referido patrimônio;
j) em relação à base de cálculo da CSLL, o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio;
VII - as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a
título de indenização, por causa de rescisão de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 79
da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17.
6. CÁLCULO DO IMPOSTO
O Imposto de Renda calculado sobre o valor determinado com base no lucro arbitrado será
calculado aplicando-se a alíquota de (art. 29 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17):
b) adicional de 10% - sobre a parcela da base de cálculo que exceder ao valor de R$ 60.000,00
em cada trimestre (R$ 20.000,00 multiplicado pelo número de meses do período).
Poderá ser deduzido do imposto apurado com base no lucro arbitrado o imposto pago ou retido
na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo (art. 221 da Instrução Normativa RFB nº
1.700/17).
Do imposto calculado com base no lucro arbitrado não será permitida qualquer dedução a título
de incentivo fiscal.
O Imposto de Renda devido será pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente
ao do encerramento do período de apuração (art. 55 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17):
a) o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis
no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder;
b) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto ou contribuição de valor
inferior a R$ 2.000,00 deverá ser pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração;
De acordo com o art. 232 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, o lucro arbitrado e o resultado
arbitrado das pessoas jurídicas, correspondentes a cada trimestre, quando não conhecida a receita
bruta, serão determinados, em procedimento de ofício, mediante aplicação de uma das seguintes
alternativas de cálculo:
I - 1,5 do lucro real, no caso do IRPJ, e do resultado ajustado, no caso da CSLL, referentes ao
último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e
fiscais;
67
II - 0,12 da soma dos valores do ativo circulante e do ativo não circulante, existentes no último
balanço patrimonial conhecido;
III - 0,21 do valor do capital, inclusive sua correção monetária contabilizada como reserva de
capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou
alteração da sociedade;
VI - 0,4 da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das
compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem;
Fonte:
68
LEGISLAÇÃO
Vimos no item 1.1. do módulo anterior que algumas empresas estão obrigadas à adoção do
regime de tributação pelo lucro real. Entretanto qualquer empresa, independentemente do faturamento,
do porte ou da atividade explorada pode optar pelo lucro real.
Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas por este regulamento (RIR/2018, art. 258).
2.1. Adições
2.2. Exclusões
2.3. Compensações
Pelo Lucro Real, o Imposto de Renda e a CSL são determinados de acordo com informações da
escrituração contábil.
A finalidade do LALUR e LACS é demonstrar a passagem do lucro contábil para o lucro real,
obrigatório para todos os contribuintes sujeitos à tributação do IR e CSL pelo Lucro Real. Neles devem
ser registradas todas as operações que influenciam a composição do Lucro Real e servirá de base para
o cálculo dos valores devidos.
O e-Lalur e o e-Lacs será entregue em meio digital e a pessoa jurídica deverá (RI/2018, art.277):
Parte B: Destina-se ao controle dos valores que influenciarão na determinação do Lucro Real de
períodos futuros.
Como se trata de um imposto trimestral, a opção pelo lucro real deverá ser manifestada com o
pagamento da primeira ou quota única do IRPJ.
A opção pela tributação com base no lucro real é definitiva em relação a todo o ano-calendário.
Desse modo, a pessoa jurídica que exercer a opção pelo lucro real não poderá alterá-la durante o
ano-calendário.
70
As empresas tributadas pelo lucro real devem obrigatoriamente reconhecer suas receitas,
despesas e custos pelo regime da competência (RIR/2018, art. 285).
7. CÁLCULO DO IMPOSTO
7.1. Alíquotas
b) Da alíquota adicional de 10% sobre a totalidade do lucro real trimestral que exceder a R$
60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividade no trimestre, sobre o limite
equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período
de apuração (RIR/2018, art. 623 e 624).
7.4. Compensações
8. PAGAMENTO DO IMPOSTO
O imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago, em quota única, até o último dia útil do
mês subsequente ao do encerramento do período de sua apuração ou, por opção da empresa, em até 3
quotas mensais, iguais e sucessivas, observando-se o seguinte.
a) As quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao do
encerramento do período de apuração.
b) Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a R$
2.000,00 será pago em quota única.
c) O valor de cada quota (excluída a 1ª., se paga no prazo, será acrescido de juros
equivalentes à taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Taxa básica de
juros), acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do segundo mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento,
e de 1% no mês do pagamento.
d) O DARF não pode ser utilizado para pagamento de impostos e contribuições de valor
inferior a R$ 10,00. Se o imposto apurado for inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado
ao imposto devido em períodos subsequentes até que o valor total seja igual ou superior
a R$ 10,00, quando então, deverá ser pago no prazo para o pagamento do imposto
devido nos períodos em que esse limite for atingido juntamente com esse imposto, sem
nenhum acréscimo moratório.
72
LEGISLAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido por Estimativa é uma
alternativa de apuração para as empresas obrigadas ou optantes pelo Lucro Real.
Por esta forma de tributação os contribuintes poderão optar pelo pagamento mensal do imposto
por estimativa, observados os procedimentos na legislação. Todavia, o exercício dessa opção implica a
obrigatoriedade de apuração anual do lucro real.
Importa observar que é facultado ao contribuinte, optar mês a mês, pelo pagamento do IRPJ com
base na estimativa ou no lucro real mensal, desde que observe as formalidades pertinentes a cada
forma de apuração.
Observado o que dispõe o art. 257 do Decreto nº 9.580/18 (RIR/18), bem como as alterações
posteriores introduzidas pela Lei nº 12.814/13, estão obrigadas ao regime de tributação com base no
lucro real as pessoas jurídicas elencadas no item 1.1 do módulo Lucro Presumido, visto no início deste
trabalho.
A opção pela forma de pagamento pelo Lucro Real por Estimativa é exercida com o pagamento
correspondente ao mês de janeiro de cada ano-calendário ou ao primeiro mês de atividade, ainda que
intempestivamente, e é irretratável durante o mesmo ano, ficando a empresa impedida de optar pela
tributação pelo lucro presumido.
4.1. Mensal
a) na estimativa; ou
4.1.1. Estimativa
Neste caso o imposto poderá ser pago sobre base de cálculo estimada, lembrando que em 31 de
dezembro o contribuinte estará obrigado à apuração do lucro real. O lucro estimado de cada mês será
determinado mediante aplicação dos seguintes percentuais sobre a receita bruta auferida na atividade.
Percentuais
Atividade aplicáveis
sobre a Receita
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico
1,6%
carburante e gás natural.
• Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e
terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia,
anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias
clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia,
quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses
serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
• Transporte de carga.
• Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda e a venda de 8%
imóveis construídos ou adquiridos para revenda.
• Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais
indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
• Venda de mercadorias (exceto revenda de combustíveis para consumo).
• Outras atividades não mencionadas nos itens anteriores (exceto prestação de
serviços).
• Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o
material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a
industrialização.
• Transporte (exceto de cargas).
• Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões
16%
regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual
não superior a R$ 120.000,00. (Item 4.14)
• Serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou
com emprego parcial de materiais.
• Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no 32%
caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do
emprego parcial ou total de materiais.
• Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nos itens
anteriores.
75
Percentuais
Aplicáveis
Atividade
sobre a
Receita
• Receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida das devoluções,
das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. 12%
• Prestação de Serviços de transporte e serviços hospitalares.
• Prestação de serviços em geral, (exceto hospitalares e transporte).
• Intermediação de negócios.
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.
• Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço 32%
público, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
• Coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de descarte.
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou
com emprego parcial de materiais.
• Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
De acordo com os § 10 do art. 215 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 as pessoas jurídicas
exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00,
poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ de que trata o caput, o
percentual de 16%.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% de que trata esse subtítulo para o
pagamento trimestral do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado trimestre do ano-
calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto
postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido.
A diferença deverá ser paga em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre
em que ocorrer o excesso quando paga até o prazo previsto, a diferença apurada será recolhida sem
acréscimos.
Serão acrescidos às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, no mês em que forem auferidos, os
ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na receita bruta definida no art. 26 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17, inclusive:
III - a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica,
deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
IV - os juros equivalentes à taxa referencial do SELIC para títulos federais relativos a impostos e
contribuições a serem restituídos ou compensados;
VI - as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das
obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou
contratual;
VIII - a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
entregues para a formação do referido patrimônio.
VII - a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método da
equivalência patrimonial;
VIII - o ganho proveniente de compra vantajosa de que trata o § 9º do art. 178 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700/17, que integrará as bases de cálculo estimadas no mês em que houver a
alienação ou baixa do investimento; e
IX - as receitas de subvenções para investimento de que trata o art. 198 da Instrução Normativa
RFB nº 1.700/17 e as receitas relativas a prêmios na emissão de debêntures de que trata o art. 199 da
referida normativa, desde que os registros nas respectivas reservas de lucros sejam efetuados até 31
77
de dezembro do ano em curso, salvo nos casos de apuração de prejuízo previstos no § 3º do art. 198 e
no § 3º do art. 199 todos da referida normativa.
§ 1º Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda
fixa e de renda variável não integrarão a base de cálculo estimada do IRPJ. (*)
§ 2º Os rendimentos e ganhos a que se refere o § 1º serão considerados na
determinação da base de cálculo estimada do IRPJ quando não houverem sido submetidos à
incidência na fonte ou ao recolhimento mensal previstos nas regras específicas de tributação a
que estão sujeitos.
§ 3º Os juros sobre o capital próprio auferidos não integrarão a base de cálculo
estimada do IRPJ.
(*) Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e
de renda variável serão acrescidos à base de cálculo estimada da CSLL. (Art. 39 da Instrução
Normativa RFB nº 1.700, § 17).
a) suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido,
calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto sobre a
renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o
balanço ou balancete levantado;
Nesse caso o período de apuração sempre vai compreender de 01 de janeiro até o último dia do
mês a que se referir a apuração, por exemplo:
Janeiro 01 a 31 de janeiro
5. CÁLCULO DO IMPOSTO
5.1. Alíquotas
b) Da alíquota adicional de 10% sobre a totalidade do lucro real trimestral que exceder a R$
60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividade no trimestre, sobre o limite
equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do
período de apuração (RIR/2018, art. 623 e 624).
5.4. Compensações
6. PAGAMENTO DO IMPOSTO
Art. 56. O IRPJ e a CSLL apurados na forma prevista nos arts. 32 a 47 deverão ser pagos até
o último dia útil do mês subsequente àquele a que se referirem.
79
Parágrafo único. O prazo a que se refere este artigo aplica-se inclusive ao imposto e à
contribuição relativos ao mês de dezembro, que deverão ser pagos até o último dia útil do mês de
janeiro do ano subsequente.
Art. 57. Os saldos do IRPJ e da CSLL apurados em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas
referidas no § 4º do art. 31:
I - se positivos, serão pagos em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano
subsequente, observado o disposto no § 1º;
II - se negativos, poderão ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74
da Lei nº 9.430, de 1996.
§ 1º Os saldos do IRPJ e da CSLL a pagar de que trata o inciso I do caput serão acrescidos
de juros calculados à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente,
calculados a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por
cento) no mês do pagamento.
§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao IRPJ e à CSLL relativos ao
mês de dezembro, que deverão ser pagos até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente.
§ 3º O saldo negativo a ser restituído ou compensado, a que se refere o inciso II do caput,
será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais, calculados a partir
de 1º de fevereiro até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1% (um por cento)
referente ao mês em que a compensação ou restituição for efetuada.
a) Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a
R$ 2.000,00 será pago em quota única.
b) O valor de cada quota (excluída a 1ª., se paga no prazo, será acrescido de juros
equivalentes à taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Taxa básica
de juros), acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do segundo mês subsequente
ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do
pagamento, e de 1% no mês do pagamento.
c) O DARF não pode ser utilizado para pagamento de impostos e contribuições de valor
inferior a R$ 10,00. Se o imposto apurado for inferior a R$ 10,00, deverá ser
adicionado ao imposto devido em períodos subsequentes até que o valor total seja
igual ou superior a R$ 10,00, quando então, deverá ser pago no prazo para o
pagamento do imposto devido nos períodos em que esse limite for atingido
juntamente com esse imposto, sem nenhum acréscimo moratório.
Fonte:
80
ANEXO I
LUCRO REAL TRIMESTRAL
PRINCIPAIS ADIÇÕES E EXCLUSÕES
(RIR/2018, art. 260 e 261; IN RFB 1700/2017, art. 62 e 63 e Anexos I e II)
A relação completa das ADIÇÕES E EXCLUSÕES consta no Anexo I e II da Instrução Normativa RFB Nº 1700/17
V. Doações X X
Exceto:
1) Operações de caráter cultural e artístico aprovados pela Comissão
Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) - art. 26 da Lei nº 8.313/1991
(Lei Rouanet), ou seja, projetos que dão direito a deduzir incentivo
fiscal diretamente do IR devido. (Ver Incentivos Fiscais)
(RIR/2018 – art. 385 e 533)
2) Instituições de ensino e pesquisa sem fins lucrativos. X X
3) Limite:
1.5% do lucro operacional antes de computada a sua dedução e a que trata
o inciso seguinte.
4) (Entidades Civis)
3) Entidades civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, X X
que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa
jurídica doadora e respectivos dependentes ou em benefício da
comunidade onde atuem.
Limite:
2% do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada
a sua dedução.
81
I RENDA CSSL
VI. Doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Incentivo fiscal dedutível do IR devido). X X
VII. Doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais ou Municipais do
Idoso, devidamente comprovadas. (Incentivo fiscal dedutível do IR X X
devido).
VIII. Doações e Patrocínios a Projetos Culturais – Lei 8.313/91, art. 18
(Incentivo Fiscal dedutível do IR devido). X X
IX. Resultado Negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de
participações societárias em sociedades coligadas ou controladas, X X
caracterizadas como investimento relevante em sociedades
controladas e coligadas.
X. Juros Remuneratórios do Capital Próprio que excederem aos X X
limites de dedutibilidade.
XI. Remuneração Indireta de administradores, diretores, gerentes e
seus assessores (fring benefits), quando não identificados e
individualizados os benefícios, bem como o IRRF, incidente sobre X
essa remuneração.
XII. Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores
(exceto, quanto ao IRPJ forem enquadradas como remuneração X X
indireta dessas pessoas, com identificação dos beneficiários).
XIII. Gratificações e participações no resultado ou nos lucros atribuídas
a dirigentes ou administradores e participações nos lucros
atribuídas a partes beneficiárias emitidas pela empresa (no caso X
S.A.) e a técnicos estrangeiros, domiciliados ou residentes no
exterior, para execução de serviços especializados em caráter
provisórios.
XIV. Perdas decorrentes de créditos não liquidados que houverem sido
computadas no resultado sem observância dos limites e das X X
condições previstas na legislação.
Limites dedutíveis
IRENDA CSSL
III – Com garantia, vencidos há mais de dois anos, de valor:
a) Até R$ 50.000,00, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das
garantias; e
b) Superior a R$ 50.000,00, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das
garantias; e
IRENDA CSSL
EXCLUSÃO
VII. Perdas em operações nos mercados de renda variável e de swap
que tenham sido adicionadas ao lucro líquido de período de
apuração anterior, por terem excedido aos ganhos auferidos em X
operações da mesma natureza, até o limite da diferença positiva
entre ganhos e perdas decorrentes de operações dessas mesmas
espécies e computados no resultado do período-base.
EXEMPLO DE DOAÇÕES
Vendas 90.000,00
(-) Despesas de Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa (10.000,00)
(-) Despesas de Doações a Entidades Civis (5.000,00)
ANEXO II
QUADRO RESUMO
INCENTIVOS FISCAIS DEDUTÍVEIS DO IMPOSTO DE RENDA
LIMITES
INCENTIVO LIMITE LIMITE DESPESAS PAGAS DEDUTIBILIDADE APROVEITAMENTO
INDIVIDUAL COLETIVO
PAT 4% 15% Dedutível 2 anos-
Programa de Alimentação ao Trabalhador (RIR/2018, Art. 641) calendários
subsequentes
PDTI/PDTA (aprovados até 31/12/2005) (*) 4% 2 anos
PDTI - Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial 4% 15% Dedutível calendários
PDTA - Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agrário
subsequentes
OPERAÇÕES DE CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO Doações: 40% Dedutíveis
(RIR/2018, Art. 539 – Lei 8.313/1991 Art. 25 e 26 4% Patrocínios: 30%
(RIR/2018, Art. 538 – Lei 8.313/1991 Art. 18 4% 100% Indedutível
ATIVIDADES AUDIOVISUAIS – FUNCINES 3% 4% 100% Dedutível
(Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional_
(Produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras)
(Até 2019) – LEI Nº 13.196 DE 01.12.2015 – RIR/2018, Art. 546 e 563)
PRONON - 100% até limite Indedutível
Programa Nacional de apoio à atenção Oncológica 1% fixado anualmente pelo
(Até 2021) – LEI Nº 12.715 DE 17.09.2012 poder executivo
(RIR/2018, Art. 578)
PRONAS -
Programa Nacional de atenção à saúde da pessoa com deficiência 1% 100% Indedutível
(Até 2021) – Lei nº 12.715 de 17.09.2012
(RIR/2018 – Art. 578)
FUNDO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO 1% - 100% Indedutível
ADOLESCENTE
(RIR/2018, Art. 649 e 651)
FUNDO NACIONAL DO IDOSO 1% - 100% Indedutível
(RIR/2018, Art. 649 e 651)
REMUNERAÇÃO DA EMPREGADA OU EMPREGADO - 100% Indedutível
PRORROGAÇÃO DA LICENÇA MATERNIDADE OU LICENÇA
PATERNIDADE (60 dias) (rir/2018, Art. 648)
ATIVIDADES DE CARÁTER DESPORTIVO 1% - 100% Indedutível
(Até 2022)
(RIR/2018, Art. 557).
87
(*) Os benefícios de PDTI e PDTA foram revogados a partir de 01/01/2006 – Lei 11.196/2005.
(*) Os benefícios de PDTI aprovados até 03/06/93 o limite era de 8%.
88
LEI 8.313/1991
Art. 25
Art. 18
:
a) artes cênicas;
b) livros de valor artístico, literário ou humanístico;
c) música erudita ou instrumental;
d) exposições de artes visuais;
e) doações de acervos para bibliotecas públicas, museus, arquivos públicos e cinematecas, bem como
treinamento de pessoal e aquisição de equipamentos para a manutenção desses acervos;
f) produção de obras cinematográficas e videofonográficas de curta e média metragem e preservação e
difusão do acervo audiovisual;
g) preservação do patrimônio cultural material e imaterial; e
h) construção e manutenção de salas de cinema e teatro, que poderão funcionar também como centros
culturais comunitários, em municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes.