Mapa Estudos Ambientais Urbanos - George Martins Mariani

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Acadêmico: GEORGE MARTINS MARIANI R.A.

: 21068587-5
Curso: ARQUITETURA E URBANISMO
Disciplina: ESTUDOS AMBIENTAIS E URBANOS
Valor da atividade:
Prazo para postagem: 01/010/2021

RESOLUÇÃO MAPA DISCIPLINA ESTUDOS AMBIENTAIS E URBANOS

ETAPA 1

Para que seja iniciado um empreendimento voltado para a comercialização de


combustível automotivo, o empreendedor deverá observar as normas que
estabelecem diretrizes ambientais para sua implementação. Dessa forma, as
legislações nacionais que devem ser consultadas são:
 Resolução CONAMA N. 273, de 29 de novembro de 2000: “estabelece
diretrizes para o licenciamento ambiental de postos de combustíveis e
serviços e dispõe sobre a prevenção e controle da poluição”.
 Lei N. 10.165, de 27 de dezembro de 2000: institui a Taxa de Controle e
Fiscalização Ambiental (TCFA).
 Norma ABNT NBR 17505-5, de 03 de julho de 2006: armazenamento de
líquidos inflamáveis e combustíveis.
 Resolução CONAMA N. 420, de 28 de dezembro de 2009: “dispõe sobre
critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental
de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades
antrópicas”.
No âmbito estadual, a legislação mineira a ser consultada é a Deliberação
Normativa COPAM Nº 217, De 06 De Dezembro De 2017 que estabelece critérios
para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, bem como os
critérios locacionais a serem utilizados para definição das modalidades de
licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos
ambientais no Estado de Minas Gerais e dá outras providências. Também deverá
ser consultada a Deliberação Normativa COPAM N. 108, de 24 de maio de 2007:
que “estabelece os procedimentos para o licenciamento ambiental de postos
revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e
postos flutuantes de combustíveis e dá outras providências”.
Em se tratando das normas ambientais municipais, para os empreendedores
do município de Ubá/MG deverão observar a LEI COMPLEMENTAR Nº 191, DE 26
DE DEZEMBRO DE 2016 - Dispõe sobre a política de proteção, conservação,
preservação, controle, licenciamento e fiscalização do meio ambiente e da melhoria
da qualidade de vida no Município de Ubá, concomitantemente ao Decreto Municipal
6.619 de 12 de julho de 2021 e Deliberação Normativa CODEMA Nº 01, DE 15 DE
JANEIRO DE 2020.
Considerando todas as normas citadas, para fins de licenciamento ambiental
para o empreendimento de abastecimento de combustível automotivo, conforme
preconiza a Deliberação Normativa 217 do COPAM, esta atividade se enquadra no
código F-06-04-6 Base de armazenamento e distribuição de lubrificantes,
combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros
combustíveis automotivos, cujo potencial poluidor/degradador seria de grau médio.
Sendo assim, para estipular o tipo de estudo ambiental e o enquadramento do tipo
de licenciamento a ser adotado, primeiramente deverá ser definido a capacidade de
armazenagem que o empreendimento possuirá, o qual se constituirá como de
pequeno, médio ou grande porte. Se a capacidade de armazenagem for menor que
250 m³ o empreendimento será de pequeno porte. Caso seja sua capacidade de
armazenagem acima de 250 m³ e abaixo ou igual a 3000 m³, será considerado de
médio porte. Para ser considerado como um empreendimento de grande porte, a sua
capacidade de armazenagem deverá ser maior que 3000 m³.

ETAPA 2

Os postos de combustível são empreendimentos de risco relevante ao meio


ambiente, tendo em vista a possibilidade de vazamentos nos tanques de
armazenamento e de suas tubulações, além das operações rotineiras que geram
efluentes como nas sobras de roca de óleos e lubrificantes, lavagem de veículos e
potenciais derramamentos de combustível nos abastecimentos.
São diversas as operações e produtos que geram resíduos nos postos de
combustível com potenciais impactos ambientais negativos. Dentre os serviços e
produtos, podem gerar resíduos a bomba de gasolina, os tanques de combustíveis
que geralmente são enterrados, os pontos de descarga de combustíveis, onde os
caminhões tanques fazem o reabastecimento, o tanque para recolhimento e guarda
de óleo lubrificante usado, o centro de lubrificação e lavagem de veículos, o sistema
de drenagens oleosas e fluviais, a loja de conveniência e os escritórios
administrativos.
Esses resíduos gerados nos postos de combustíveis podem ser classificados
em diferentes categorias, conforme o seu grau de periculosidade e contaminação. A
NBR 10004 de 2004 classifica os resíduos sólidos da seguinte maneira:
 Classe I (Perigosos) – São os resíduos que ficam impregnados no
estabelecimento como: óleo, combustível, fluidos de freio, aditivos em geral,
embalagens de óleo, de fluidos automotivos, filtros de óleo, filtros de combustíveis,
solo contaminado e líquido e sólido proveniente de caixa separadora.
 Classe II A – Podem ser classificados como resíduos não perigosos e não
nocivos à saúde e ao meio ambiente. Podem se encaixar nessa categoria
embalagens de papel, filtros de ar, borracha (pneu, câmara e palheta de para-brisa).
Estes não precisam de tratamento específico, entretanto necessitam de uma
empresa licenciada que realize o seu transporte e descarte de forma adequada.
 Classe II B – São altamente perigosos e inertes. São nocivos à saúde humana
e principalmente ao meio ambiente. É de suma importância que sejam transportados
e acondicionados corretamente, seguindo rigorosamente a legislação ambiental.
Dentre os resíduos liberados nas operações de um empreendimento de
abastecimento de combustível, são exemplos, conforme atividades desenvolvidas:
 Armazenamento de combustível - gera vapores tóxicos lançados diretamente
no ar;
 Abastecimento de veículos - pode gerar efluentes líquidos em eventuais
derramamentos e resíduos sólidos como flanelas utilizadas no abastecimento;
 Lavagem de veículos - gera efluentes líquidos, além de resíduos sólidos como
esponjas e flanelas utilizadas na lavagem;
 Troca de óleo, filtro e lubrificação - gera efluentes líquidos, óleo queimado,
filtros usados, embalagens de lubrificantes e estopas utilizadas no processo;
 Loja de conveniência - materiais orgânicos como resto de alimentos, papeis e
embalagens plásticas e de vidros, efluentes líquidos propiciados das lavagens
do estabelecimento;
 Escritório Administrativo - Papeis de escritório e eventuais embalagens
plásticas utilizados no dia-a-dia da atividade.

Observa-se que os principais resíduos gerados em um posto de abastecimento


automotivo são os vapores de combustíveis, estopas e flanelas contaminadas,
efluentes líquidos, óleo queimado, embalagens de lubrificantes, efluentes líquidos
como águas oleosas. Considerando um funcionamento anormal e descontrolado
deste empreendimento, são diversos os impactos ambientais resultantes, direta ou
indiretamente, entre estes a contaminação do solo, de águas superficiais e
subterrâneas e a poluição do ar, gerando consequentes danos à saúde humana e
ao meio ambiente.

ETAPA 3
O bom funcionamento de um determinado empreendimento é fundamental para
a vida econômica da comunidade, permitindo aos indivíduos um trabalho e
consequente estilo de vida social aceitável. No entanto, este mesmo
empreendimento deve operar em consonância com o bem estar dos demais
membros desta mesma comunidade, em especial sem agredir o ambiente em que
vivem. Para tanto, a gestão ambiental é fundamental para garantir este equilíbrio,
tendo como princípio o alinhamento das atividades humanas com intuito de que estas
gerem o menor impacto possível sobre o meio ambiente. A gestão ambiental correta
permitirá escolher as melhores técnicas de processamento das atividades em busca
do comprimento da legislação e a aplicação de uma política ambiental duradoura
para o empreendimento.
Dentre as ações previstas em uma boa gestão ambiental em um posto de
combustível, cita-se a educação ambiental aplicada aos operadores da atividade. A
prática educativa dos colaboradores do empreendimento permitirá sua consciência
ambiental, transformando e construindo posturas corretas, hábitos e boas condutas
operativas, visando a responsabilidade perante ao meio ambiente.
Outra ação preventiva em um posto de combustível está ligado diretamente às
operações de logística reversa do empreendimento, destinando corretamente os
resíduos gerados na atividade, desde seu armazenamento ao descarte correto. Para
tanto existem empresas especializadas na coleta desses resíduos, bem como
equipamentos tecnológicos que tratam a água contaminada, por exemplo, antes da
sua destinação.
Além disso, destaca-se a manutenção preventiva em todos os equipamentos e
instalações do posto de combustível, evitando danos e consequentes vazamentos e,
em caso de ocorrências, dispositivos adequados para o controle e contenção.

ETAPA 4

A legislação ambiental existe para proteger o meio ambiente e permitir ao ser


humano desenvolver suas atividades laborativas sem degradar o meio em que
vive. Ao longo dos anos foi comprovado que uma boa legislação ambiental, ainda
que muito abrangente, é suficiente para o período de sua criação. Considerando as
evoluções industriais, tecnológicas e humanas, a legislação ambiental deverá
sistematicamente ser reescrita e readaptada ao contexto mais atual possível.
Dessa forma, em síntese, a legislação voltada para o meio ambiente jamais será
suficiente e imutável.
Em se tratando da legislação ambiental voltada para o empreendimento de
abastecimento de combustível automotivo, aparentemente essa se mostra
suficiente para os dias atuais, apesar de pouco falar em sustentabilidade. Para que
um posto de combustível seja considerado sustentável, sugere-se uma gestão mais
ampla do empreendimento, buscando sua ecoeficiência.
A ecoeficiência deste empreendimento não está ligada diretamente ao
abastecimento de combustível, mas nas atividades ao entorno da principal. A
lavagem dos carros, por exemplo, pode ser efetuada por água reutilizada, após
tratamento adequado. Gerir a energia elétrica utilizada nos escritórios
administrativos e loja de conveniência também é uma ação de sustentabilidade.
Outrossim, na base do empreendimento, ao ser planejada a sua edificação, a
sustentabilidade será destacada nas etapas da construção e acabamento, onde
seriam usados materiais e métodos adequados ao compromisso ambiental.
Por último, considerando o uso constante do que o empreendimento oferece
ao cliente, ter um ambiente limpo e organizado com recipientes adequados para
descarte do lixo, oferecer produtos com embalagens sustentáveis e banheiros com
torneiras e vasos sanitários reguladores do consumo de água, são procedimentos
simples que garantem a ecoeficiência e sustentabilidade do empreendimento, além
das obrigações legais preestabelecidas.

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