John Locke

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John Locke (1632 - 1704)

09 DE MAIO

Jusnaturalistas – existem direitos que são dados por natureza. O direito positivo
deve estar em consonância com o natural.

Locke é um filósofo defensor do empirismo.


Inatismo do homem – ideias são resultantes da interação com o meio. Homem
tábula rasa.
Obra: Dos tratados sobre o governo civil

“Onde não há lei, não há liberdade.”

Liberdade negativa – ausência de impedimento para agir.


Liberdade positiva – pensada a partir das relações das liberdades dos indivíduos,
de forma a garantir que todos sejam livres.

Liberalismo político → controle mínimo do Estado sobre o indivíduo

1º Tratado – Objetivo: Rebater o absolutismo monárquico → Robert Filmer – O


Patriarca → Teorias divinas do poder real – a vontade de Deus é o que legitima o poder
do rei → rei inquestionável.
Árvore genealógica real → remonta a Adão.

2º Tratado – Objetivo: conjectura-se que esteja criticando a antropologia e


teorias políticas de Thomas Hobbes (de forma velada)
Semelhanças: Ambos partem da hipótese filosófica de estado de natureza
anterior ao estado civil. Concebem o contrato como elemento fundante do Estado.
Diferenças: Estados de natureza opostos.
Estado de Natureza Estado Civil
Vida
Liberdade
Igualdade
Propriedade

Direitos imanentes ao homem: vida, liberdade e propriedade. Reconhecer a si


mesmo como livre e racional implica ao homem reconhecer o outro como semelhante a
mim, detentor dos mesmos direitos. Eu sou proprietário de mim mesmo, bem como
cada qual dos outros indivíduos são de si.
Condição natural: Igualdade de direitos → inexiste necessidade de um julgo de
um ser humano sobre o outro.
Hierarquias e desigualdades que existem no estado de natureza e que contribuem
para a igualdade entre os sujeitos: Pais e filhos – preparação para a vida – temporário
(orientar as condutas infantis; crianças não são donas de si → capacidade plena de razão
é imprescindível para a posse de si).
Propriedade de bens exteriores: Deus ofertas bens e recursos naturais para o ser
humano sobreviver → o homem se apropria desses bens → se esforçam para extrair o
que é suficiente para si, sem precisar pedir autorização para toda a humanidade →
adicionar esforços corporais aos bens da natureza a fim de transformá-los – o meu
trabalho torna esse objeto minha propriedade (mixar meu esforço ao objeto – torna
propriedade)
Retirar da natureza o que é necessário para a minha sobrevivência e que sobre
para a do outro
Excedente deve ser transformado em metais preciosos – criar riqueza, reserva.
Deus oferece os bens → trabalho torna o homem dono das propriedades
Propriedade de si → uso de mim mesmo (trabalho) para modificar um bem →
torno propriedade minha

Direito ao fruto do trabalho – por imprimir ao bem natural o seu trabalho,


transformando-o. NOTA: preciso deixar ao outro os recursos para que sobrevivam.

Não é um pacifismo completo e absoluto.


Origem do conflito: Declaração de guerra contra toda a humanidade →
transgredir o direito de uma outra pessoa. Punir com justa medida (intensidade
proporcional ao crime perpetrado) o transgressor. Objetivo reparador e preventivo.
11 DE MAIO
Resumindo...

Contratualista → pai do Liberalismo Político


→ critica a monarquia absolutista
→ critica Hobbes (absolutismo com bases naturalistas)
→ mesmo itinerário filosófico (Estado de natureza → estado civilizado)
→ semelhanças: o homem não é um ser político por natureza → Estado
resultado de um contrato social
→ diferenças: motivo da assinatura do contrato e o que é feito deste
contrato (poder estabelecido mediante ele)
→ natureza humana livre, igual, conduzida pela razão → única autoridade
→ homem proprietário de si (direito natural à vida, liberdade e a propriedade) – todos
os homens são iguais
→ a identificação racional da liberdade de si implica na de todos os outros
→ igualdade de direitos – dado do Estado de natureza
→ hierarquias que favorecem a igualdade
→ propriedade de si x de bens exteriores
→ bens oferecidos por Deus de maneira igualitária – o homem se apropria da
natureza (patrimônio comum) por meio da aplicação de seu esforço corporal para
transformá-la (ex: saciar a sede, comer um fruto, até cultivo do solo)
→ propriedade privada – direito natural
→ a apropriação deve considerar que aos outros deve sobrar para a sua sobrevivência
→ limites naturais da propriedade ficam mais complexos com a criação da moeda (não
se restringe àquilo que existe de modo concreto, mas ao dinheiro – abstrato)
→ excedente deve ser transformado em metais preciosos
→ lei da natureza: conservar a sua liberdade e a vida da humanidade em geral. Saúde,
integridade e autonomia dos demais não devem ser atentados → todos são iguais e têm
os mesmos direitos
→ não é um pacifismo completo → as relações humanas são conflituosas
→ uma transgressão contra um indivíduo – contra a humanidade → todos os indivíduos
estão autorizados a executar a lei da natureza: punir o transgressor com justa medida
com objetivo de reparação.
Continuando...

→ nenhum homem pode ter direito àquilo a quem o trabalho tornou propriedade sua.
→ lei da natureza: obrigação de conservar a sua liberdade e a liberdade da
humanidade em geral
→ Não se pode infringir a saúde, integridade e autonomia dos outros. Todos têm
direito à vida, liberdade e propriedade, e são iguais.
→ condição de natureza – não é um pacifismo absoluto → inclinações
destrutivas e possibilidade de disputas → eventuais transgressões das leis da natureza
(crime contra a liberdade e propriedade dos demais) → crime contra toda a humanidade
→ seres humanos nem sempre são juízes imparciais → passionais – ultrapassam
os limites da proporcionalidade, principalmente quando são os afetados
→ todos têm direito a punir o transgressor
→ nem sempre a punição é justa
→ estimula ressentimentos e ódios – multiplicam-se as disputas
→ inconveniências do estado de natureza – compromete a estabilidade
dos direitos
→ remoção dessas inconveniências – assinatura do contrato
→ legitimidade da sociedade política – criação do Estado → preservar os direitos
naturais essenciais
→ certas restrições à liberdade humana – subtrai a condição de executores da lei

Estado civil → pacto social → consentimento da criação de um poder político → há a


subtração da condição de executores da lei da natureza → Estado (poder comum
racionalmente estruturado)

→ Estado: poder comum racionalmente estruturado – em substituição ao


autogoverno dos cidadãos
→ representante do poder dos cidadãos. Deve ser obedecido. Remover as
ameaças à vigência dos direitos naturais.
→ uma associação de proprietários, destinada à promoção do bem
comum na plena vigência dos direitos individuais.
→ resguardar a condição do ser humano como proprietário de si e das
propriedades externas → bem comum
→ o Estado não tem poder absoluto – primazia dos direitos individuais – não deve
suprimir os direitos humanos fundamentais
→ deve proporcionar liberdade aos cidadãos
→ cria e executa as leis em conformidade com a preservação dos direitos
naturais → deve haver correspondência entre as leis do Estado e as leis da natureza
→ ninguém pode transferir um poder que não tinha para o Estado – não deve
transgredir direitos individuais

→ prioridade do poder legislativo ao executivo – cria as leis


→ parlamentarismo – assembleia: deve haver rotatividade para não haver
possibilidade de transgressão dos direitos individuais
→ leis positivas em concordância com as leis naturais.
→ poder executivo e poder federativo – administração e manutenção da ordem.
Estabelecer as relações internacionais.
→ se o Estado se desviar das suas funções, com o detentor do poder buscando o bem
particular, justificam-se os movimentos contestatórios → situação inferior ao Estado de
natureza – transgressão dos direitos

→ A intolerância vai contra o espírito evangélico.


→ Ordem política e ordem externa
→ Fé é matéria de crença e essa não é ato de vontade, o Estado não pode obrigar
alguém a crer ou não. Magistrado só pode coagir a vontade.
→ a tolerância não deve se estender aos romanos (pq servem a outro Estado) e aos ateus
(pq não tem base moral)

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