Projecto Actual H. Dussel
Projecto Actual H. Dussel
Projecto Actual H. Dussel
Quelimane
2022
Quelimane
2022
Índice
1. Introdução...................................................................................................................................4
1.1. Delimitação do tema...............................................................................................................4
1.2. Objectivos...............................................................................................................................4
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2. Gerais.........................................................................................................................................5
2.1. Específicos..............................................................................................................................5
2.2. Justificativa.............................................................................................................................5
3. Problematização.........................................................................................................................6
3.1. Hipótese..................................................................................................................................6
3.2. Hipótese básica.......................................................................................................................6
3.3. Hipóteses secundárias.............................................................................................................6
3.4. CAPÍTULO I: PERCURSO METODOLÓGICO...................................................................7
3.5. Metodologias..........................................................................................................................7
4. Tipo de Pesquisa.........................................................................................................................7
4.1. Método de abordagem............................................................................................................7
4.2. Método de procedimento........................................................................................................8
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................8
6. CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................9
7. Superação Ética da Ontologia: Metafísica da Alteridade: Analética.........................................10
7.1. Definição dos termos............................................................................................................11
8. Cronograma..............................................................................................................................11
Orçamento........................................................................................................................................12
9. ESTRUTURA DA FUTURA MONOGRAFIA.......................................................................12
9.1. CAPITULO I: Vida, obra, e influências do pensamento de Dussel......................................12
9.2. CAPÍTULO II: FILOSOFIA DUSSELIANA DA LIBERTAÇÃO: ABORDAGEM DE
CONCEITOS FUNDAMENTAIS...................................................................................................12
9.3. CAPÍTULO III: IMPLICAÇÕES DE UMA ÉTICA DE LIBERTAÇÃO............................13
10. Referências bibliográficas....................................................................................................14
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1. Introdução
O tema da presente pesquisa é Ética de libertação: Superação do Irracionalismo Moderno e
exclusão social em Enrique. H. Dussel. Por meio da filosofia da libertação de Dussel
pretende-se analisa-se o processo opressivo da dominação, em que uns se tornam senhores de
outros no plano mundial, questionando o discurso da modernidade.
Tanto a sua filosofia, quanto a sua ética da libertação possuem clara opção política pelas
vítimas do sistema-mundo, compreendendo como o processo de ampliação de influência
cultural de um sistema inter-regional (alta cultura ou sistema civilizatório) a outras culturas. A
civilização moderna se apresenta como a mais desenvolvida e mais superior, cuja
superioridade se dimensiona como uma exigência moral, que obriga os superiores a
desenvolverem os mais primitivos.
1.2. Objectivos
É necessário traçar-se objectivos em qualquer tipo de pesquisa para a resolução ou
esclarecimento de um determinado problema que se deseja estudar. Daí que, formularam-se
os seguintes.
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2. Gerais
Analisar de forma geral o fundamento da ética da libertação dusseliana.
2.1. Específicos
Descrever a vida, obra, e influências do pensamento de Dussel;
Identificar conceitos fundamentais da filosofia da libertação;
Discutir as formas de superação do irracionalismo moderno e exclusão social pela
ética da libertação.
2.2. Justificativa
Gil (2008 p. 18), entende que ‘’justificativa se trata de uma apresentação inicial do projecto
que pode incluir factores que determinam a escolha do tema, argumentos relativos à
importância da pesquisa e a referência da sua possível contribuição para o conhecimento de
uma questão teórica ou prática.’’
A escolha do tema foi motivada pelo facto de estar a fazer o curso de filosofia e o conteúdo do
mesmo enquadra-se na ciências humana, uma vez que a filosofia ela toma conta de varias
áreas do saber científico é de responsabilidade de cada filósofo preocupar-se os resultados da
chamada era da globalização que a modernidade forjou.
De acordo com Dussel (2000 p.15) a ética da libertação não pretende ser uma filosofia critica
para maioria, nem para época excepcionais de conflito ou revolução. Trata-se de uma ética
quotidiana, desde e em favor das imensas maiorias da humanidade excluídas da globalização,
na presente “normalidade” histórica vigente.
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3. Problematização
Para Marconi e Lakatos (2007 p. 23), ‘’problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no
conhecimento de alguma coisa de real importância para a qual se deve encontrar uma
solução.’’
Para se formular um problema tem de haver clareza, concisão e objectividade de onde deve
ser levantado, o problema, de formas interrogativas e delimitas, pois a gravidade de uma
dificuldade depende da importância dos objectivos e da eficácia das alternativas.
3.1. Hipótese
3.5. Metodologias
Para Gonçalves (2003), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa,
investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.
Segundo Lakatos & Marconi (2003, p.44), ‘‘método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que este caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado’’.
4. Tipo de Pesquisa
Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos,
aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das
relações, dos processos e dos fenómenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.
Todo o trabalho de cariz filosófico é um trabalho qualitativo, é por isso que o nosso trabalho
baseia-se em estudar as relações dos conhecimentos dedicados por Dussel e aos demais
filósofos que descrevem sobre o desenvolvimento da ética da libertação.
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo (Duarte, 2019, p. 56-57) não há pesquisa sem uma teoria que a norteie. Assim, é
natural que, desde a escolha do tema, já se pense qual teórico nos dará base para analisar o
que problematizamos. A definição da teoria, muitas vezes, nos dá a segurança necessária para
ter uma boa análise, etapa crucial do encerramento da pesquisa.
Em nossa pesquisa, temos como base teórica o filósofo Latino-Americano Henrique Dussel e
a sua magna obra Ética da Libertação: Na idade da Globalização e da Exclusão, tal título que
para Dessul é uma ferramenta metodológica: engloba a questão do que é e não é ética da
libertação, orientando também o debate numa outra direcção, ao concentrar-se nas condições
de possibilidade da ética como parte de um corpo mais amplo de conhecimento.
Como vimos a Filosofia da Libertação dusseliana se apresenta com dois propósitos que se
fundem em um único: Libertar filosófico-politicamente. Ou seja, quer libertar a filosofia da
hegemonia eurocêntrica que se perpetua em nosso meio, mesmo com a incompatibilidade de
não verificarmos sua validação na sociedade, por termos valores, crenças, culturas “distintos”
àquelas em que foram elaboradas, fazendo assim que filosofia seja sinônimo de viagem,
abstração, fuga da realidade.
Dussel (1977, p. 50) assume que, a libertação filosófica e a libertação política se completam e
são inseparáveis, contemplam todas as dimensões de nossa vida pessoal e social, sendo assim,
possibilitam-nos instrumentos teórico-práxicos para libertação integral, não só como pessoas,
mas como sociedade, impelindo-nos a uma nova ordem.
Em torno do “mito da modernidade”, Enrique Dussel indica algumas figuras que foram
criadas do egocentrismo europeu, como: a invenção do ser asiático no Novo Mundo, seu
descobrimento, conquista e colonização: O “ser asiático” e nada mais que uma invenção que
só existiu no imaginário, na fantasia estética e contemplativa dos grandes navegantes do
Mediterrâneo. É o modo como “desapareceu” o Outro, o “índio”, não foi descoberto como
Outro, mas como o “si-mesmo” já conhecido (o asiático) e só reconhecido (negado então
como outro): “encoberto”.
São figuras que hoje são duramente criticadas, pois os asiáticos, índios das Índias, nunca
existiram. Os europeus descobriram terras que já eram habitadas por seus nativos. A conquista
foi um etnocídio culposo, e a colonização irracionalidade da razão moderna nascente: O “eu
colonizo” o Outro, a mulher, o homem vencido, numa erótica alienante, numa económica
capitalista mercantil, continua a caminhada do “eu conquisto” para o “ego cogito” moderno.
Para Alves, o europeu vê no outro o “si mesmo”, sua vontade é de “poder” fazer do outro um
igual a “si mesmo”. Dussel utiliza esta expressão para indicar o encobrimento do outro pelo
estabelecido mundo europeu. Consequentemente, nega o outro em sua alteridade única e
indivisível, com defende:
Com sua ética da libertação, Enrique Dussel desvela o outro lado da modernidade, a “outra
face da mesma moeda”, a irracionalidade da racionalidade moderna. O projecto de superação
da modernidade, que é diferente de antimodernismo, é trans-moderno. No horizonte da
mundialidade, o ser humano surge com o rosto da África, da Ásia e da América Latina. Esta
trans-modernidade proposta por Dussel não é excludente, mas “global” (mundializante): o
outro africano, asiático e latino-americano participa da história de seu processo não como
colono, objecto coisificado, mas como sujeito, como pessoa, sendo o que é.
A alteridade, ou o fato de reconhecer-se como diferente, distinto, tem seu ápice na relação
rosto-a-rosto. O rosto, para Lévinas expressa toda nossa subjetividade e alteridade, pois é
único desde sua configuração física. Toda subjetividade do rosto, desde rugas configuradas a
partir do sofrimento, até a pele esticada por causa de plásticas. E o que parece nos expor à
alteridade é o olhar. Quando olhamos para alguém, sentimo-nos interpelados por este e
somos, por natureza, responsáveis por ele; desde sempre, mas especialmente a partir do olhar
ao Outro. Imagine-se olhando frente a frente, demoradamente para uma pessoa que ama.
Para Dussel (2000, p. 566) libertar não é só quebrar as cadeias (o momento negativo descrito),
mas "desenvolver" (libertar no sentido de dar possibilidade positiva) a vida humana ao exigir
que as instituições, o sistema, abram novos horizontes que transcendam a mera reprodução
como repetição de "o Mesmo" e, simultaneamente, expressão e exclusão de vítimas.
A categoria da vítima pode ser utilizada nos mais diversos continentes e situações, pois a
vítima é aquela que de uma forma ou de outra está excluída no sistema-mundo. A vítima é
sempre uma pessoa, podendo estar localizada nos subúrbios.
8. Cronograma
Segundo SEVERINO ‘’o cronograma é utilizado para a elaboração do desenvolvimento da
pesquisa, onde devem ser distribuídas no tempo, as tarefas nos períodos do calendário’’.
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Meses de Execução
No Actividade Janeir Fevereiro Março Abril
Planificada o 2022 2022 2022
2022
01 Escolha do
tema do
projecto
02 Percurso
Metodológico
03 Fundamentação
Teórica
04 Revisão
Bibliográfica
05 Submissão
Orçamento
Bens e Serviços Quantidade Preço unitário Total
Esferográficas 4 10 40,00
Bloco de notas 2 75 150,00
Lápis 3 5 50,00
Internet Correspondente 1500 1500,00
Impressão Correspondente 300 300,00
Cópia Correspondente 200 200,00
Total ________________ _______________ 2400,00
Obras Secundárias
MUDIMBE, Valentin Yves. (1988). A invenção de África: Gnose, filosofia e a ordem do
conhecimento. Luanda: Edições Pedago.
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4a Edição, são Paulo: Atlas,
2008.
Alves, O. (2005). Liberdade e Libertação na Ética de Dussel. Rio do Grande Sul: PUS.