Transcrição Entrevista Mário Da Atafona Editora
Transcrição Entrevista Mário Da Atafona Editora
Transcrição Entrevista Mário Da Atafona Editora
Tudo bem!
Sou Oswald Rabelo, sou aluno graduando de letras da UFMG, sou professor também de
idiomas. Estou fazendo trabalho de conclusão de curso na edição de livro, por isso tenho
interesse em investigar sua editora para estudo de caso de uma editora independente
comercial belo-horizontonina e para ver se ela se enquadra no modelo teórica elaborada por
minha orientadora e saber a lógica de funcionamento da editora.
- Primeira Parte.
Mario Santigoa!
Uma vez aconteceu encaminhar original para trabalho de diagram~çao e planejamto gáfico,
ilusitraçao, fotografia, buscar alguém para fazer prefácio, apresentação, acompanhar de perto,
muito de perto, porque me agrada fazer isso, eu gosto de fazer isso, acompanhar muito de
perto o pessoal de projeto gráfici, são todos muito amigos, temos confiança mutua imensa
com todo eles. Acomapnahr esse trabalho, até finalização.
No caso dos livros impressso, vou muito nas gráficas dos processses de design, para ver os
primerias provas de impresso, quando é livro digital, eu tenho possiblidade de enviar proejto
previamente finalizado para enviar para vários pessoas que considere e oopinem sobre
projeto antes de ser publicado.
EU faço trabalho de encaimnhameotn, por exemplo, registro, ISBN, preencho formulário ISSBN
e para ficha catlogográfica, eu mesmo providencio mandar material para biblioteca nacional,
depoisto legal, eu divulgo nas redes que administro minha e nas redes criadas para
editora..divulgo trabalho dessas pessoas. Eu sou muito solidário com os autores, com questões
economias, os livros são via de regra financiada pelos proprioa autores, vaquinha,
financiamento coletivo, e fico perto dele acompanmahdno, ajunddo, respondendo questões
que eles colocam, no trabalho pude ir de uma ponta a outra, desde antes disso, antes disso, eu
queria comentar.
As vezes eu não tenho nem o original, mas lembro e aluguém, li alguém que acho que seria
intressante ter um conto, um poema por publicar.
Trabalho, estimula essa pessoa a produzir o texto literário, fazer trabalho editorial. É um
trabalho do editor artesão, do editor artesão, que está presente em todas as etapas. Eu só não
sei fazer o projeto, não manipulo os programas e não tenho mais tempo para aprender, tem
quem saiba muito bem e me explica. Chegou do começo ao fim do projeto editorial, e antes do
início e vou após o projeto concluído, o livro, circulando na internet ou nas mãos dos amigos,
dos autores e administro, todo meu trabalho. Aprenid a fazer edição de sites, mantenho
vinculado ao site um blog, blog pessoal, que tenho há mais de 20 anos, quem eu sou, quem
está por trás desse negócio, tem um sujeito por trás disso..faço maior questão disso. E além
disso, eu me envolvo muito com pessoal da universidade, eu me envolvo muito com
compromisso, sem que isso seja nenhuma pretensão de qualquer natureza, de me ocupar um
pouco com a formação das pessoas.
Como que faço isso? Recomendando as pessoas, quando li isso, lembrei de vc, fico perto da
pessoa, acompanahdno a leitura dela, ela me dá retorno, ela tem a liberdade de tomar
material que mandei, passar para redes dela, espalha isso também. Então trabalho, trabalho
que é cheia de vida.
Trabalho muito, estou atualmente com 70 anos, trabalho demais, nos últimos tempos, tenho
que me auto decretei, sexta-feira, meio dia eu fecho, só abro segunda, as 8h da manhã. Tenho
família, filho, mulher e precisa se dedicar um pouco a essa vida pessoal. Quando eu recebo, as
vezes recebo, to trabalhnaod aí, deixa eu segunda feira eu abro, não preciso fazer isso. Isso
auqi, trabalho também, de expansão da minha ,da rede de relacionamento da editora. È muito
importante tornar a marca Atafona conhecida de um público, que eu não tenho, não consigo
mensura-lo quantitativamente não. Tenho gratificiante em receber que eles respondem muito,
mas não pela minha atuação, mas pela atuação do círculo de solidariedade. Cheguei o ponto
de poder trabalhar com um monte de a gente, pessoas podem ser vistas como aliados, os
meus aliados, pessoas a quem, a quem eu confio para entregar um projeto para eles. Revisão,
redação, projeto gráfico, ilustração, etc, etc, etc.
E, felizmente até hoje, as respostas tem sido muito boas, as pessoas estão muito satisfeitas,
elas se sentem estimuladas, ao mesmo tempo que me enovlvi com perpectiva editoral, as
pessoas que trago também se envolem com isso, quererm saber como acontece.
Quais, você não quer fazer essa página com tal papel, tal fonte, aquela outra colorida. Busco
com quem sabe dar uma opinião melhor sobre isso, e é muito bom essa liberdade de não
decidir nada pelos outros. Liberade extrema de decidir junto com os outros, isso é
rigorosamente fundamental, não obrigar nada a fazer algo, jamais farei isso. Fico feliz que as
pessoas entendem essa é minha vontade de ser, minha índole. Gosta de fazer essa proposta.
Voltando ao início da respota. É um trabalho, sou irmão de maestro de orquestra, foi meu
segundo pai, me conheceu quando tinha 5 anos de idade. Acompanehi vida profisisnal dele
desde uqe tinha 5 anos de idade e nos tornamos amigos por quase 85 anos, eu tive muito
perto da atividade profissional dele, de regente inclusive, de acompanhar ensaios, ouvir as
coisas, as recomendações, então são coisas, que acaba descobrindo que se aproximam muito,
não tem muito estranheza entre essas coisas ,formas de ser, são aprendizagem, acho que to
aprendendo, não tem nenhum problema aprender, sou suficiente humilde e honesto para
admitir isso. Sou muito gratiifcaod por agir dessa forma fundamental.
Oswald: Sobre Atafona, chegou a mencionar alguns membros, colaborareas, tem algum
orgnaigrama, as pessosa são freelancer?
Não tem como contratar ninguém. A editora ela vive do trabalho que faz. O que as pessoas
pagam por esse trabalho. Não tenho um quadro de pessoal estável, só trabalho com
freelancer. Mas a questão está, eu não regateio isso com ninguém. Não peço desconto para
ninguém. Via de regra, contratam comigo, o preço que contratariam no mercado normal. Eles
trabalham para outras empresas e não tem nenhum problema isso não. Com os autores idem,
eu fico feliz em combinar com os autores, retirados os custos da editora, são muito pequenos.
Quando um livro é vendido, tem uma unidade tem um custo, retirado esse custo, o preço pelo
qual ele vai ser vendido, a diferença é integralmente do autor. O direito autoral é 100% é
cobrado além do custo, e o que autor paga pela publicação do livor dele, é ótimo isso. As
pessoas ficam, se sentem bem assim.
Muitas, chega, formatação preliminar, o arquivo em word, por exemplo, primeiro ele vai ser,
uma vez passada pelo comitê de julgmaente da qualidade original, 3 ou 4 pessoas. As vezes
acontece um emapte, tenho uqe desempatar, buscando outras pessoas pra opinar. Tenho 4
pessoas pelo menos para orientar, ajudar deicidr se aquele original pode ser transformado
num livro. Aqui vai passar para trabalho de revisão. Via de regra, tabalho com 2 revisores, o
que faz revisão propriamente dit,a ortaografia, linguagem, gramática, e uma vez o livro
concluído, formatado, impresso não, alguém vai lá , e acha defeitos. Defeitos na formatação,
nas referências, defeitos, muitas vezes, pelo revisor passa um erro, erro tem muitas coisas,
tem muitas coisas na cabeça dele, as vezes ele passa, deixa passar um erro que só vai ser
perebido na revisão final, isso é muito comum.
Eu me esforço ao máixmo para liberar nenhum trabalho com algum erro, seja de diagramação,
seja de revisão. O projeto gráfico. O projeto gráfico, indivudal, uma pessoa faz projeto gráfico,
pega original, faz diagramçao, pensa como seria a resolução daquilo, sugere ilustrador, sugere
fotógrafo para fazer ilustração, trabalha a capa, discute muito a capa dos livro,s entre
discurssão da diagramaço por exemplo. Por que faço isso? Porque ganho muito, eu leio muitos
livros. Não tenho livro nas mãos, para abrir e sair lendo de qualeur jeito, eu olho papel, eu vejo
a fonte, eu vejo tamanho da fonte, eu vejo o projeto gráfico do livro, isso me ensina muito.
Não é que preciso sair imititnaod, me dá as condições para discutir com designer lá, uma
foram de resolução gráfica que seja mais adequda para aquele livro, isso varia muito.
Então tem esse pessoal. Depois eu tenho, quando o livor vai impresso, vou para gráfica, a
questão da gráfica´e muito interessante. A gráfica tem de ser escolhida pela afinidade, e não
pelo preço. Quando consegue descobri conhecer alguém pela afindae que pelo custo. PEssao
trata bem, resolve questão de prazo da forma mais interessante possível e uma amizade sai
disso também. Acho isso super gratificiante. Não saio por ai fazendo colheita de preço, tenho
uma ideia de quanto custa. E qunado vou conversar com alugém,p ergunto faça uma proposta
por isso, papel legal que vai custar barato mas sem prejudicar a qualidade do trabalho, tem de
ser amigo das pessoas, não tem jeito de ser difenrte. Tenho felicidade de dizer que encontrei
as pessaos. Pelo teleofne a gente resolve muita coisa, troca idiea, ele sugere, a pessoa com
experiência de impressão, sugere, vc tá doido, não faz isso nã ique vai dar errado,. Vou
impormir uma prova para vc ver como fica e fazer uma porva para ver como que fica. Naõte
temem com revisor, nem com deisgner, nem com designer, nem com tradutor, não tenho
neuhm relação comercial, são todas relçaeos de amizades, camaradagem, companheirismo, e
fico extremamtne feliz, recebo a felicidade dele de ter trabalhado naquele proejto lá. Isso é
incrível, é um presnete.
Não tenho pretensões comerciais, industriais, não me passa pela cabeça a idiea de sair por aí
imprimnido milhres e milhares e ficariam entulhados na prateirea de algum gráfica ou editora.
Não faço isso.
Quando escolhi como princípio editoral, trabalhar com novos autores, porqeu sei quais saõ as
dificuldades dessas pessoas. Não tenho pela qualidade do trabalho, pela forma, pela exigência
de submis~são que as grandes fazem aos pequenos. Não faço exigenicia nenhuma para
ninguém. Não posso e não quero e não devo fazer. Não é necessário. Me interesse ampliar
ciruclo de pessao, camaradagem, traer pessoa para uma roda. Atofna é uma roda, roda que
não para de gíria, mas não gira do memso ritmo todo tempo naõ. Alguns projetos ela gira de
um jeito, com outos projetos giram de outro jeito. As vezes tenho 3 ou 4 projetos trabalhnndo
simultanetment, quando acho que os 3 es~toa indo no mesmo tempo, de repente um deles
parma ,por algum motivo. 3 seguem e 1 parou. Teve problema cmo tradução, revisão,
iluttraço, não tem essa coisa da produção em série. Não sei fazer isso e não quero fazer isso.
Mario: outo dia, trabalhei num lançamento, fico muto feliz com isso. Cada hora é uma
possiblidade diferente. Há duas semansa atras, convite de alunas, pariticpar de uma amoastra
intenraicla de narradores de história. Podia trazer mateirial para expor,. Não tenho livro novo
para lnaçar. Serve fazer relançameot de livros impressos. Pode trazer, tá bom. E foi uma festa.
De repente tinah uma mesa cumpirda, sesc palladium, com 5 autores que publicquei , todos
juntos, vendneod seu livro. E daí, qual problema? Eles naõ se conheciam pessoalmente ,foi
muito bom que se tivesse conhecido, um autor tava comprando livro do outro, isso é
gratificante, isso é profundamente gratificante.
Isso é grande recompensa do meu trabalho, e exige muita dedicçao. Não se faz isso se
dedicnaod pouco, não se faz isso sem compromemitment, sem vontade de fazer a coisa legla,
de fomra sernea, com seriedade.
É isso.
Você tem, vc falou inicialmente, pelo que percebi, objetivo é lançar novos autores, é isso
mesmo?
Agora tem autores, que você sente, conversando com ele, novos autores, essa vontade,
desejo, de ter publicado um livro. O texto dele numa coletânea. Tem vários. Essa série de
publicações de até 100 palavras, 4º está sendo editado, não tem outro objetivo. Preciso
aproximar de gente que gostar de escrever mas não tem coragem de publicar, quando ele ve o
livro dele sendo publicado, é uma festa.
O primeiro livro dessa série que publiquei, são pequenos estórias, sobre imagem e um
fotógrafo, grande fotógrafo, cedeu imagens, e queria que as pessoas escrevesse história sobre
aquela imagem.
Quando comecei receber as história e enviar para pessoal fazer seleção. Primeriro imagem
está se aproximando. Primerio de maio está se aproxiamdno, e essa imgem é deu m
trabalhador que está lendo um tabloido, procurnaod trabalho, um senhor desempregado,
setnado numa calçada da praça 7, e as histórias escritas por esse homem, me levam a
entender quem é essse nome, que desconheço, quem footagrafoi não foi eu. Lancei 1º de
maio, 4 anos atras´. Este livro veio pela internet, lancei no site da editora e coloquei no
instagram, no facebook, no meu blog pessoal. Fiquei absolutamten comovido, estava
começando, já lançou o livro, acabei de lançar, as respostas chegaram imediamtanet.
Os autores já haviam recebido que o livro estava publicado, já estavam espanlhando o livro nas
redes dele, foi uma história extraordinária. E eles , muito comovidos, não sabia que vc
escrevia, porque escondeu isos por tanto tempo da gente, isso para mim é tudo. Isso me
comove.
Quer dizer, poxa a vida, eu apresentei como professor, mas não me afastei dessa preocupação
de, certa pedagogia também. Objetivo é valorizar as pessoas, ser compaheior delas, ter alegria
de saber que elas estão por perto, trabalhando, ajudando, opinando, escrevendo. Vai se
ampliando, de jeito de todo tipo, tem vários acadêmicos, muitos acadêmico, são muitos.
Eu publcio para um professor do Cefet, da literatura aqui, um livro que sai ao final, ele tem um
semestre, que ele ministra disciplina, os melhores trabalhos finais daquela disciplina
transforma num livro, isso é muito bacana.
É uma realização, e das pessaos que viram, potencial deles, do trabalho deles. Vai para
currículo deles, evidentemten, e muitos voltam indivudalmente, ah , vc quer publicar meus
poemas, naõ tem uma linearidade. Que tem aí é um movimento riquíssimo, agradável, super
gostoso, de viver, experimentar.
Outra pergunta. Qual rela~çao do seu público, e contatos, é de camaradagem? Confirma essa
afirmação?