Divorcio Consensual

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA

FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DO FORO DA COMARCA DE...

COM PEDIDO DE PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO – LEI Nº 8.069, 13/07/90(ECA)

(10 LINHAS)

João da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, portador da C.I nº 11.111.111-1, expedida


pelo DETRAN/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº 222.222.222-22, domiciliado no Estado do
Rio de Janeiro, onde reside na Rua Bangu, nº 3, Bangu, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21.000-000
e Maria das Dores, brasileira, casada, psicó loga, portadora da C.I nº 33.333.333-33
expedida pelo DETRAN/RJ, inscrita no CPF/MF sob o nº 333.333.333-33, domiciliada no
Estado do Rio de Janeiro, onde reside na Rua Conde do Bonfim, nº 4, Tijuca, Rio de Janeiro,
RJ, CEP: 21.000-111, por seu advogado e bastante procurador e que esta subscrevem
(instrumento de mandato incluso), com endereço profissional na Rua..., nº...,.. CEP nº...,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL C/C GUARDA COMPARTILHADA

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Os requerentes nã o possuindo condiçõ es financeiras para arcar com à s custas


processuais e honorá rios advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família.
Nesse sentido, junta declaraçã o de hipossuficiência. (doc. Em anexo). Por tais razõ es,
pleiteia-se, os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituiçã o
Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, art. 98 e seguintes.

II – DOS FATOS

As partes contraíram matrimô nio em 01/01/2014, sob o regime de comunhã o


parcial de bens, conforme certidã o de casamento expedida pelo Oficial de Registro Civil
das Pessoas Naturais e de Interdiçõ es e Tutelas da Sede desta comarca, matrícula
nú mero...

Desta uniã o nã o nasceram dois filhos, menores impú beres, absolutamente


incapazes, Joã o da Silva Junior, nascido em ____/____/2017 e Maria das Dores Filha
nascida em ___/____/2014, conforme certidõ es de nascimento em anexo.

Na constâ ncia do casamento adquiriram duas casas, sendo uma em Bangu, na qual
reside Joã o e outra na Tijuca, onde mora Maria das Dores, ambas estã o avaliadas em R$
250.000,00. Adquiriram, ainda, dois veículos, sendo que cada um utiliza com exclusividade
o seu pró prio carro (avaliados em R$ 50.000,00, o de Joã o e R$ 54.000,00 o de Maria).
Maria das Dores nã o mudou o seu nome quando da ocasiã o do casamento.

O casal chegou a um acordo, no qual cada um ficará com a casa na qual atualmente
reside. Cada um ficará com o veículo que atualmente utiliza.

Em relaçã o aos filhos, Joã o e Maria terã o a guarda compartilhada e a livre visitaçã o.

III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Os cô njuges pretendem, por mú tuo consentimento, dissolver a sociedade


conjugal, atravé s do DIVORCIO DIRETO CONSENSUAL previsto tanto na Lei nº
6.515/77, quanto no art. 226, § 6º da CRF/88, este ú ltimo dispondo sobre a
dissolubilidade do casamento civil pelo divó rcio, sem a necessidade de
comprovaçã o do lapso temporal da separaçã o.

III.1 – DA GUARDA COMPARTILHADA DOS MENORES

Nos termos do art. 1.583, § 2º, do CC, os Requerentes pleiteiam a Guarda


Compartilhada, de tal sorte que os filhos terã o a assistência mú tua dos Requerentes que,
em conjunto, levarã o a efeito os necessá rios cuidados dos filhos comum como
consequência do Poder Familiar, afirmando a necessidade e concordâ ncia em
compartilhar com as atribuiçõ es decorrentes da Guarda.

Nesse esteio, como consequência do estabelecimento da Guarda Compartilhada,


pretendem os Requerentes que a convivência com os menores ocorra de forma igualitá ria,
mediante a alternâ ncia de lares, acordando que a convivência se dará da seguinte forma:

 tanto o genitor quanto a genitora, sã o responsá veis em levar e buscar os menores


em suas respectivas residências para permanecer em sua companhia nos dias
semanais, devendo um comunicar o outro do horá rio que irá levar e buscar os
menores;
 tanto pai e mã e poderã o levar e buscar os menores na escola;
 nos dias de comemoraçã o de Natal e Ano-Novo, os menores ficarã o com pai e mãe
alternadamente, devendo permanecer em cada data comemorativa, na convivência
de um depois de outro;
 nas férias escolares de janeiro, os menores ficarã o, nos primeiros 15 (quinze) dias,
com quem passou o Ano-novo e, a outra quinzena, com o outro responsá vel;
 nas férias de julho, os menores passarã o 15 (quinze) dias com o pai e 15 (quinze)
dias com a mãe, devendo os pais concordarem entre si, sobre quem permanecerá
com os menores na primeira quinzena e com quem os menores permanecerã o na
segunda quinzena;
 no dia dos pais e aniversá rio do pai, os filhos passarã o a data na companhia do
genitor;
 no dia das mães e no aniversá rio da mãe, os filhos passarã o a data na companhia
da genitora;
 no caso de viagem, os Requerentes devem comunicar-se, com antecedência,
informando o local de destino e o período da viagem.
Desse modo, compreendem os genitores que a Guarda Compartilhada é de
corresponsabilidade dos pais no exercício do dever parental, reforçando os laços
familiares por meio do esforço conjunto na criaçã o e educaçã o dos menores, mantendo a
necessá ria referência materna e paterna. Assim, os Requerentes buscam pelo melhor
desenvolvimento da criança, sendo certo que assim já agem, sem nenhum obstá culo para
efetivá -la.

III.2 – DOS ALIMENTOS

A nossa Carta Magna, em seu art. 227, institui que “É dever da família, sociedade e
Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saú de, à alimentaçã o, à educaçã o, ao lazer, à profissionalizaçã o, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitá ria, além de coloca-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminaçã o, exploraçã o, violência, crueldade e opressã o”.

Assim, o art. 229, da Lei constitucional, dispõ e que “Os pais tem o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os
pais na velhice, carência ou enfermidade;”.

No mesmo sentido, se demonstra o  art. 1.634, inciso I, do CC quanto à criaçã o e


educaçã o dos filhos menores, bem como, o art. 22 do ECA, se refere ao dever de sustento,
criaçã o e educaçã o.

No caso em questã o, os Requerentes acordam que os gastos diários e de lazer


com o filho, serã o arcados pelos 02 (dois), ficando, pai e mã e, responsá veis pelas despesas
no período em que o menor se encontrar sob seus cuidados.

Quanto as despesas relativas a matrícula escolar, material didático, uniforme


escolar e mensalidade escolar, os valores serã o rateados entre pai e mãe, arcando cada
um, com o valor equivalente a 50% do total das despesas.

O genitor arcará com o pagamento mensal para contrataçã o de plano de saúde


particular em benefício do menor, até a maioridade civil do filho.

Dessa maneira, os Requerentes dispensam o pagamento de pensã o alimentícia


destinada ao filho, já que ambos arcarã o com as despesas diá rias e mensais para o
sustento do menor.

III.3 – DA PENSÃO ALIMENTICIA ENTRE OS DIVORCIANDO

Os requerentes renunciam, reciprocamente, a pensã o alimentícia entre si.

Renunciam expressamente, um em favor do outro, qualquer direito de herança que


possam ter, seja a que título for.
III.4 - DOS BENS DO CASAL

Durante a uniã o, os Requerentes adquiriram de forma onerosa, 02 (dois) veículos,


(marca/cor/modelo/ano), avaliados em R$ 50.000,00, o de Joã o e R$ 54.000,00 o de
Maria; 02 (dois) imó veis, (medidas) localizado na Rua Bangu, nº 3, Bangu, Rio de Janeiro/
RJ CEP 21.000-000, avaliado em R$ 250.000,00 o qual reside Joã o; e outro localizado em
Rua Conde de Bonfim, nº 4, Tijuca, Rio de Janeiro/RJ, CEP 21.000-111, avaliado em R$
250.000,00 o qual reside Maria.

Assim, como forma de partilha O casal chegou a um acordo, no qual cada um ficará
com a casa na qual atualmente reside. Cada um ficará com o veículo que atualmente utiliza.

III.5 – DO NOME DA CÔNJUGE VAROA

A mulher desde que contraiu nú pcias sempre usou o nome de solteira, ou seja, Maria das
Dores, assim sendo, nã o há necessidade de modificaçã o de nome no Cartó rio de Registro
Civil.

IV – PEDIDOS

Ante o exposto, requer se digne Vossa Excelência:

1. seja deferida a prioridade na tramitação com fulcro nos arts. 1.048, inciso II, do
CPC e 152, Pará grafo Ú nico, da Lei nº 8.096/90;
2. seja concedido aos Requerentes, os benefícios da Assistência Judiciária, nos
termos do art. 5º, inciso LXXIV, da CRFB/88, arts. 98 e 99, do CPC e Lei 1.060/50,
em razã o da hipossuficiência dos Requerentes;
3. a procedência do pedido, para extinguir definitivamente o vínculo conjugal
mediante Sentença que decrete o Divó rcio, de logo renunciando ao prazo recursal,
em razã o do cará ter consensual da Açã o, mantendo-se todas as obrigaçõ es
estabelecidas entre os Requerentes;
4. nos termos do art. 178, inciso II, do CPC, tendo em vista o interesse dos menores
impú beres, requer a oitiva do douto Representante do Ministério Pú blico;
5. seja concedida a Guarda Compartilhada dos menores, nos termos especificados
nesta peça exordial;
6. a expediçã o de Mandado de Averbação ao Oficial de Registro Civil das Pessoais
Naturais Cartó rio do (xxx) Ofício de (xxx), para cumprimento dos devidos
procedimentos;
7. que todas as publicaçõ es, intimaçõ es e qualquer ato de comunicaçã o realizados na
presente Açã o, sejam feitas exclusivamente em nome da Advogada (xxx), OAB/(xx)
nº (xxx), que subscreve a Açã o, sob pena de nulidade dos atos que vierem a ser
praticados, em conformidade com o que dispõ e o art. 272, § 2º, do CPC.

V - DAS PROVAS

Requer a produçã o de provas admitidas em direito, em especial pela produçã o de


prova documental, testemunhal, pericial e inspeçã o judicial, além da juntada de novos
documentos e demais meios que se fizerem necessá rios.
VI - DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES

Requer-se ainda, que todas as publicaçõ es sejam emitidas em nome da Dra...,


OAB/... Nº... Com endereço profissional, para receber intimaçõ es, na Rua..., nº..., CEP nº...

VII - VALOR DA CAUSA

Dá -se à causa o valor de R$ 604.000,00 (seiscentos e quatro mil reais)

Termos em que,

pede deferimento.

Local / Data

Advogado

OAB/UF

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