Antropologia Atividade 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIENCIAS DA SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL


DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL DE CAMPOS

ANTROPOLOGIA - ATIVIDADE 2 (4 pontos)

Data de entrega: até quinta-feira 23/6 às 23.59h

NOME COMPLETO: Karolayne Silva dos Santos Pontes

Após a leitura do texto “Baianas de acarajé: patrimônio, comida e dádiva” de Nina Pinheiro
Bitar, responder (brevemente) as questões a seguir:

1. Por que seria importante o reconhecimento e registro formal de atividades como as das baianas
de acarajé, o jongo, o frevo, roda de capoeira como patrimônio cultural imaterial?
Resposta: O conceito de patrimônio imaterial está vinculado com a cultura de cada uma dessas
atividades, o que demonstra a sua importância na preservação de costumes e tradições. Como
mencionado no texto o intuito é preservar “o registro dos aspectos culturais ou simbólicos”,
envolvendo as manifestações culturais. Dessa forma, é possível que todas as atividades acima sejam
reconhecidas garantido que seus conhecimentos, práticas, lugares e modos de vivência e de se
expressar sejam valorizados e respeitados.
Assim também, uma forma de reconhecimento e legitimação para cada atividade cultural presente
em nosso país, com isso, é possível passar a segurança para esses grupos ao mostrar parte de sua
construção social para toda a sociedade. Por isso a necessidade do registro formal, pois é o que
garante o reconhecimento dessas práticas para que não haja outras interpretações deslegitimando a
cultura de cada grupo social, impedindo também a apropriação cultural.

2. Por que é “imaterial”? Qual seria seu valor simbólico?


Resposta: Essa formulação de “patrimônio imaterial” foi formulada pela Unesco, a fim de alcançar
os aspectos intangíveis da cultura, com o intuito de legitimar as atividades culturais de cada grupo
especifico. A palavra “imaterial” significa algo que não pode ser palpável, como sentimentos e
emoções, a partir desse conceito trazendo para as atividades culturais, podemos entender o valor que
cada cultura carrega está no sentimento de como é representado, está no saber que cada indivíduo
carrega para mostrar a sua cultura que foram adquiridas através de suas vivencias e relações sociais,
na qual muitos foram métodos de sobrevivência, por isso a importância de torna-las um registro
oficial, que demonstra a valorização das suas lutas através da cultura.
3. Em torno da cultura, das atividades e bens culturais, se expressam diversos entre grupos com
interesses diversos e concepções de mundo diferentes. Qual seria um dos conflitos, em torno do
acarajé, que o artigo menciona?
Resposta: O conflito citado no texto, envolve o surgimento do “acarajé de jesus” vendido por
evangélicos, que demonstra a descaracterização verdadeira do produto vendido pelas baianas, ao ser
associado a Jesus e aos cultos evangélicos, refutando ao ciclo religioso do candomblé. Com isso, traz
o descontentamento e a contestação pelas baianas que estão vinculadas as religiões afro-brasileiras,
reivindicando a origem do acarajé, que surgiu nos terreiros, também a perda do seu significado
religioso, o que mostra a apropriação evangélica, gerando o preconceito e intolerância religiosa a
esses grupos.

4. Você sabia que o chuvisco, doce feito à base de gemas de ovo e açúcar, foi declarado, em 2011,
patrimônio imaterial da cidade pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal
(Coppam)? (VER: https://mapadecultura.com.br/manchete/chuvisco). Levando também em
conta o texto de Garcia Canclini sobre as culturas populares no capitalismo, você consideraria
o chuvisco como uma manifestação popular da sociedade campista? Comente.
Resposta: o texto de Garcia Canclini mostra que os princípios culturais populares se formam através
da adaptação de bens econômicos e sociais pré-definidos por uma nação ou etnia, assim também
como um produto da interação das relações sociais. A partir então deste conceito, podemos
considerar sim o chuvisco como uma manifestação popular da sociedade campista, visto que, por
mais que o doce venham da culinária portuguesa, ele foi adaptado e melhor desenvolvido na região
de Campos dos Goytacazes, e até hoje se mantendo no mercado e nas nossas casas, dessa forma,
demonstrando o significado do chuvisco para a cultura campista.

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