EIA-RIMA ETE Itapoá
EIA-RIMA ETE Itapoá
EIA-RIMA ETE Itapoá
Itapoá – SC
Julho de 2020
Elaboração: Ambientum Consultoria
Aprovação: Itapoá Saneamento
Classificação: Público
Abrangência: Corporativa
Data da Aprovação: 22/07/2019
REVISÕES
TE: A – VERSÃO PRELIMINAR D – PARA CONHECIMENTO ACTA – AMBIENTUM CONSULTORIA
TIPO EMISSÃO
B – PARA APROVAÇÃO C – CANCELADO ISA – ITAPOÁ SANEAMENTO
ÍNDICE
3. OBJETIVOS ............................................................................................................................32
ACESSO AO EMPREENDIMENTO...............................................................................................78
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA....................................................................................................80
ORIGEM ............................................................................................................................ 92
FEDERAL........................................................................................................................ 108
ESTADUAL...................................................................................................................... 115
LISTA DE FIGURAS
Figura 35 - Localização das áreas de relevância para extração mineral. .......... 150
Figura 36 - Tais poços de monitoramento foram executados respeitando a norma
ABNT NBR 15495-1 (Construção de Poços de Monitoramento e amostragem –
procedimento). .............................................................................................................. 151
Figura 37 - Planta do Mapa Potenciométrico Hidrodinâmico, destacando direção
e sentido de fluxo das águas para W............................................................................. 158
Figura 38 - Localização dos aquíferos subterrâneos e poços tubulares próximos a
área da ETE. ................................................................................................................. 159
Figura 39 - Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina. A bacia
hidrográfica referente a área de estudo é a RH 6 – Baixada Norte. FONTE: SDS, 2017.
...................................................................................................................................... 160
Figura 40 - Mapa de identificação da Bacia Hidrográfica do rio Saí-Mirim e Bacia
de Contribuição para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Município de Itapoá,
SC. ................................................................................................................................ 161
Figura 41 - Localização dos pontos de coleta do programa de monitoramento da
qualidade d´água da Captação de Água e Nova Estação de Tratamento de Água ETA.
...................................................................................................................................... 163
Figura 42 - Localização dos pontos de coleta na terceira e quarta campanha do
programa de monitoramento da qualidade d´água da Captação de Água e Nova Estação
de Tratamento de Água ETA, no mês de março de 2017. Itapoá-SC........................... 164
Figura 43 - Resultados da análise para Cor Verdadeira (Pt/Co) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............. 168
Figura 44 - Resultados da análise para Sólidos dissolvidos (mg/L) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............. 169
Figura 45 - Resultados para a análise de Turbidez (NTU) nos pontos de coleta da
área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............................ 170
Figura 46 - Resultados a análise do oxigênio dissolvido (mg/L O2) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.............. 170
Figura 47 - Resultados das análises do Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5)
nos pontos de coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
...................................................................................................................................... 171
Figura 48 - Resultados das análises do pH nos pontos de coleta da área de estudo
da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. .................................................... 172
Figura 49 - Resultados das análises de condutividade (mS/cm) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............. 173
Figura 50 - Resultados das análises de Cloro Total (mg/L) nos pontos de coleta da
área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............................ 173
Figura 51 - Resultados das análises de Alumínio dissolvido (mg/L) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............. 174
Figura 52 - Resultados das análises de Bário (mg/L) nos pontos de coleta da área
de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC..................................... 175
Figura 53 - Resultados das análises de Boro (mg/L) nos pontos de coleta da área
de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC..................................... 175
Figura 54 - Resultados das análises de Ferro total (mg/L) nos pontos de coleta da
área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............................ 176
Figura 55 - Resultados das análises de Fluoreto (mg/L) nos pontos de coleta da
área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............................ 177
Figura 56 - Resultados das análises de Fósforo total (mg/L) nos pontos de coleta
da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ....................... 177
Figura 57 - Resultados das análises de manganês (mg/L) nos pontos de coleta da
área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC. ............................ 178
Figura 58 - Resultados das análises de nitrato (mg/L) nos pontos de coleta da área
de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC..................................... 179
Figura 59 - Resultados das análises de sulfato (mg/L) nos pontos de coleta da área
de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC..................................... 179
Figura 60 - Resultados das análises de zinco (mg/L) nos pontos de coleta da área
de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC..................................... 180
Figura 61 - Resultados das análises para Coliformes Termotolerantes (NMP/100
mL) nos pontos de coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de
Itapoá/SC. ..................................................................................................................... 181
Figura 62 - Resultados das análises para Densidade de Cianobactérias (cel/mL)
nos pontos de coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
...................................................................................................................................... 182
Figura 63 - Mapa da região hidrográfica Atlântico Sul (ANA) com a região objeto
de estudo (círculo vermelho). ....................................................................................... 184
Figura 64 – Mapa hipsométrico (CPRM). ........................................................ 185
Figura 65 – Mapa isoietas anuais méias (CPRM)............................................. 185
Figura 66 – Distribuição da disponibilidade hídrica superficial (PERHSC). ... 185
Figura 67 – Distribuição do balanço hídrico quali-quantitativo superficial
(PERHSC). ................................................................................................................... 185
Figura 68 – Regiões hidrográficas do Estado de Santa Catarina (PERHSC). .. 185
Figura 69 – Região hidrográfica da Bacia do Norte (PERHSC). ..................... 185
Figura 70 - Regionalização das vazões médias de longo termo (PERH-SC). .. 189
Figura 71 - Regionalização das curvas de permanência das vazões médias
mensais (PERH-SC). .................................................................................................... 189
Figura 72 - Regionalização dos valores médios das vazões mínimas anuais médias
de 7 dias consecutivos. ................................................................................................. 190
Figura 73 - Regionalização da relação K7,T entre a vazão Q7,T e a vazão QMIN,7
(PERH-SC). .................................................................................................................. 190
Figura 74 - Bacias hidrográficas a montante do ponto de lançamento do efluente
tratado ETE Centro. ...................................................................................................... 191
Figura 75 - Imagem aérea do Rio Saí-mirim, considerando o ponto de lançamento
do efluente tratado (ETE Centro) e a foz (Oceano Atlântico). ..................................... 193
Figura 76 - 1ª Etapa de implantação - SES Centro (WBS ENGENHARIA, 2018).
...................................................................................................................................... 200
Figura 220 - Denidade Relativa (%) e Riqueza Específica dos principais grupos
de organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de tratamento de
esgoto do município de Itapoá/SC. ............................................................................... 404
Figura 221 - Densidade Relativa (%) e Riqueza Específica por famílias de
organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de tratamento de
esgoto do município de Itapoá/SC. ............................................................................... 405
Figura 222 - Densidade Absoluta (ind./m3) dos taxa zooplanctônicos coletados na
área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. .......... 405
Figura 223 – Densidade absoluta (ind./m3) e Riqueza específica total, por pontos
de coletas, de organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de
tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ........................................................ 407
Figura 224 – Densidade absoluta (ind./m3) e Riqueza específica por pontos de
coletas, de organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de
tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ........................................................ 407
Figura 225 - Representação gráfica dos Índices de Riqueza de Margalef,
Diversidade de Shannon, Dominância de Simpson e Equitabilidade de Pielou por pontos
de coletas de organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de
tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ........................................................ 408
Figura 226. Dendograma da Análise de Agrupamento aferida para os pontos
amostrais localizados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município
de Itapoá/SC. ................................................................................................................ 409
Figura 227. Comparação da diversidade através do perfil de Diversidade de Renyi
para as campanhas de coletas realizadas na área de estudo da estação de tratamento de
esgoto do município de Itapoá/SC. ............................................................................... 409
Figura 228. Curva de Acumulação de Espécies Observada e Curvas de
Diversidade Estimada pelo Índice de Chao1 e Índice de Jacknife1 aferidas para a área de
estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ...................... 410
Figura 229 - Exemplares da ictiofauna coletados na área de estudo da estação de
tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. A) Hoplias cf. malabaricus; B)
Cyphocharax cf. santacatarinae; C) Pimelodella australis; D) Oligosarcus hepsetus; E)
Centropomus parallelus; F) Hypostomus commersoni. Fotos: R. Scheffer. ................ 417
Figura 230 - Riqueza de espécie (barras claras) e abundância de indivíduos (barras
escuras) por família de peixes observadas na campanha de agosto e novembro de 2017,
na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ..... 418
Figura 231 - Riqueza de espécies por ponto de coleta observadas na campanha de
agosto (barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de estudo da estação
de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ................................................... 418
Figura 232 - Curva de acumulação de espécies da ictiofauna – Riqueza Acumulada
e Diversidade Estimada Chao1 e Jacknife1 por unidade amostral nas campanhas de agosto
de 2017 e novembro de 2017 na área de estudo. .......................................................... 419
Figura 233 – Abundância de indivíduos por ponto de coleta observadas na
campanha de agosto (barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de
estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. ...................... 419
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Matriz de cálculo para comparação de opções tecnológicas ............. 36
Tabela 2 - Aspectos relevantes a serem considerados no processo de análise das
alternativas para a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto no Município de
Itapoá-SC. ....................................................................................................................... 40
Tabela 3 - Coordenadas geográficas das extremidades da área utilizada para a
implantação da Estação de Tratamento de Esgoto, e estrada de acesso, localizada no
Município de Itapoá, SC. ................................................................................................ 83
Tabela 4 - Apresentação do resumo das características do empreendimento e suas
áreas. ............................................................................................................................... 84
Tabela 5 - Metas de Atendimento Previstas. ...................................................... 88
Tabela 6 - Quantidade de obras a serem executadas até 2042. ........................... 89
Tabela 7 - Etapas de Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Itapoá
........................................................................................................................................ 89
Tabela 8 - Coordenadas Geográficas das Estações Elevatórias .......................... 90
Tabela 9 – Caracterização do efluente bruto. ..................................................... 92
Tabela 10 – Caracterização qualitativa do efluente tratado. ............................... 93
Tabela 11 – Resumo das características do empreendimento na fase de instalação.
...................................................................................................................................... 100
Tabela 12 - Resumo de projetos privados na área de influência direto do
empreendimento e sua interação................................................................................... 124
Tabela 13 - Coordenadas geográficas dos Poços de Monitoramento de água
subterrânea, em DATUM WGS84. .............................................................................. 151
Tabela 14 - Profundidades dos Poços de Monitoramento em 11/10/2017. ...... 152
Tabela 15 - Profundidades dos Poços de Monitoramento em 31/10/2017. ...... 152
Tabela 16 - Profundidades dos Poços de Monitoramento em 08/12/2017. ...... 152
Tabela 17 - Perfil estratigráfico do Poços de Monitoramento em 11/10/2017. 153
Tabela 18 - Teores de umidade específica In Situ e coeficiente de permeabilidade
dos poços de monitoramento, para amostras coletadas em 31/10/2017. ...................... 153
Tabela 19 - Resultado integrado das Análises Químicas de Água Subterrânea, para
as campanhas realizadas em novembro de 2017 e janeiro de 2018.............................. 154
Tabela 20 - Lista dos pontos de coleta do programa de monitoramento da nova
captação de água do município de Itapoá, com coordenadas geográficas (WGS) e altitudes
da área de estudo........................................................................................................... 163
Tabela 21 - Lista dos pontos de coleta a montante da nova captação de água, com
coordenadas geográficas (WGS) e altitudes da área de estudo. ................................... 164
Tabela 22 - Resultados dos parâmetros físico-químico e microbiológico para os
pontos montante e jusante em de outubro de 2016, janeiro, março, maio, agosto e outubro
de 2017, para o programa de monitoramento da água superficial do Rio Saí-mirim do
PBA da Nova ETA e Captação de Itapoá/SC. .............................................................. 166
Tabela 23 - Resultados dos parâmetros físico-químico e microbiológico para os
pontos a montante da nova captação, realizados em março e maio de 2017, para o
programa de monitoramento da água superficial do Rio Saí-mirim do PBA da Nova ETA
e Captação de Itapoá/SC. .............................................................................................. 167
Identificação do Empreendedor
MUNICIPIO DE ITAPOA
CNPJ: 81.140.303/0001-01
Rua Mariana Michels Borges, 201 – Jardim Perola Atlântico, CEP 89249-000,
Itapoá/SC.
Identificação do Empreendimento
Rua André Olkoski n.2117 – Bairro Bom Retiro, CEP: 89249-000; Itapoá/SC.
CNPJ: 16.920.256/0001-57
Rua Lindóia, 328 - Bal. Nossa Senhora Aparecida, CEP: 89249-000; Itapoá/SC.
Nome do profissional Formação Área de Atuação Registo de Classe ART Cadastro Técnico Federal
Coordenação Geral
Projetos ETE
Meio Físico
José Carlos Machado Eng. Mecânico Diagnóstico de ruídos CREA 007970-9 6453222-3 -
Thiago Lopes da Silva Araujo Eng. Civil Estudo de Autodepuração CREA 5061478593-SP 28027230210778367 -
Meio Biótico
João Paulo Maçaneiro Eng. Florestal Diagnóstico da Vegetação CREA 119473-1 7218150-1 5608612
Meio Socioeconômico
Gláucio André Mendes Geografo Diagnóstico do Meio Socioeconômico CREA 090917-2 6450171-8 -
2. IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE
Considerando que o município de Itapoá não conta com sistema público de coleta
e tratamento de esgoto coletivo, sendo utilizadas soluções individuais do tipo fossa
sépticas e ainda, fossas rudimentares e até mesmo o lançamento bruto de esgoto em valas
de drenagem e rios; a implantação efetiva de um sistema de tratamento de esgoto,
conforme apresenta este estudo, viabilizará a utilização de um sistema de tratamento que
dará destino ambientalmente correto aos esgotos, minimizando os impactos ambientais
causados pelo não tratamento adequado do mesmo, trazendo benefícios para a saúde da
população e meio ambiente.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
4. JUSTIFICATIVA DA ATIVIDADE
Desta forma, a rede coletora a ser implantada irá encaminhar todo o esgoto
coletado na área de influência deste projeto a um único ponto, para que seja tratado e
lançado no corpo hídrico destinado e licenciado para este fim. A parte atendida da
população deverá atingir nesta primeira fase, ao longo de 30 anos de projeção, um total
de 64.800 habitantes, com uma vazão equivalente de esgoto de 120 l/s, sendo dividida em
duas fases de 60 l/s cada.
5. ESTUDO DE ALTERNATIVAS
tratado, estar afastada da população devido aos possíveis odores gerados, dentre outros
transtornos. O solo tem que ser favorável à compactação para evitar maiores gastos com
transposição do solo. A profundidade do lençol freático é outro fator relevante devido a
contaminação que pode ser causada, para isto deve-se executar sondagens no terreno para
averiguar esta distância. A viabilidade financeira é outro fator que, no estudo de
implantação, tem que ser levantado para evitar retardamento e paralisação da obra.
Alternativas Tecnológicas
Determinação da tecnologia:
- Esgotos domésticos;
- Despejos industriais;
- Estudos populacionais;
- Profundidade;
- Tempo de detenção;
✓ Custos de implantação
✓ Custos anuais
- Depreciação da estação;
- Seguro da estação;
do sistema, uma vez que com menores custos de instalação, maquinários e operacional, o
custo para os usuários será menor.
Para fim de comparação uma matriz de cálculo foi criada com decisão
multicritério, contendo os aspectos apresentados na Tabela 1. Nesta matriz, cada aspecto
avaliado foi valorado em ordem crescente de viabilidade e capacidade (1 = menos
viável/menos capaz; 3 = mais viável/mais capaz). O maior valor encontrado, obtido a
partir da somatória dos valores individuais, forneceu a alternativa tecnológica mais
apropriada. Os critérios utilizados foram adaptados de Von Sperling, 1996, citados nos
parágrafos anteriores.
De acordo com a matriz, fica evidente que o sistema escolhido de tratamento por
lodo ativado com aeração prolongada é o melhor principalmente no ponto de vista de
capacidade de tratamento, utilização de área, custo e menor impacto ambiental.
Lodo Ativado
Jardins
Aspectos relevantes Peso Com Aeração Peso
Filtrantes
Prolongada
Alternativas Locacionais
O local está localizado em área urbana e seu acesso viário é realizado através da
Rua Emanuel Vieira Garcia; fazendo divisas com os bairros Itapoá e Itapema do Norte.
Segundo a Lei municipal n° 676/2016, que dispõe sobre o Zoneamento, Uso e Ocupação
Este local está localizado nos limites da área central do município, onde poderá
atender inicialmente os locais onde há maior geração de efluentes sanitários. O terreno
tem elevação de cerca de 2,0 metros em relação ao Saí-Mirim, sendo firme e a vegetação
é de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas em estágio de regeneração avançado.
Além disso, pela área estar localizada na região mais ao norte do município, o
centro da cidade, onde se concentra a maioria da população, não seria atendida em sua
totalidade na primeira fase de implantação da coleta e tratamento de esgoto sanitário do
município.
Tabela 2 - Aspectos relevantes a serem considerados no processo de análise das alternativas para a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto no Município de
Itapoá-SC.
Aspectos relevantes Alternativa 1 Peso Alternativa 2 Peso Alternativa 3 Peso
a) Densidade populacional do entorno/ setores IBGE censo de 2010. 125,58 hab./km² 3 125,58 hab./km² 3 163,89 hab./km² 2
b) Distância em relação à fonte geradora de resíduos 700m 3 500m 2 50m 1
Rua Emmanoel Vieira
Garcia S/N, área Rua André Olkoski Rua Vicente Machado
c) Localização ou interferência em áreas urbanas 2 2 1
urbana, próximo ao n.2117, área urbana. s/n, área urbana.
rio Saí-Mirim.
d) Ocorrência de Áreas de Preservação Permanente (APPs) não 2 não 2 não 2
não se encontra em não se encontra em
não se encontra em UC,
UC, estando a 2500m UC, estando a 200m
f) Presença ou distância de Unidade de Conservação de proteção integral ou uso estando a 200m da mais
da mais próxima 2 da mais próxima 3 1
sustentável. próxima (Parque
(Parque Municipal dos (Parque Municipal
Municipal dos Carijós)
Carijós) dos Carijós)
g) Zoneamento Urbano (Vetor de Crescimento) Zona de Serviços 1 Zona de serviços 1 Zona de Uso Restrito 1
Área com Vegetação Área com Vegetação Área com Vegetação
em estágio médio. estágio avançado. estágio avançado. Uso
h) Cobertura vegetal e uso e ocupação do solo. 2 1 1
Uso do solo - urbana Uso do solo - urbana do Solo - urbana
de serviços de serviços residencial
i) Necessidade de supressão da Vegetação sim 1 sim 1 sim 1
j) Necessidade de abertura de estrada de acessos. sim 2 sim 2 não 3
k) Interferência em área de importância biológica, áreas prioritárias para
área prioritária MMA 1 área prioritária MMA 1 área prioritária MMA 1
conservação da biodiversidade (MMA) e em áreas legalmente protegidas.
l) Interferência na paisagem. sim 1 sim 1 sim 1
m) Necessidade de realocação populacional não 3 não 3 não 3
n) Impactos à fauna. sim 2 sim 1 sim 1
o) Impactos à paisagem. sim 1 sim 1 sim 1
p) Presença de áreas inundáveis. sim 1 não 3 não 3
q) Presença de recursos hídricos superficiais e subterrâneos não 2 não 2 não 2
r) Aspectos geológicos e geotécnicos sim 1 não 2 não 2
s) Presença ou distância de comunidades tradicionais (quilombos e indígenas). 17 Km 2 16 Km 2 22 Km 2
u) Presença de patrimônio arqueológico, histórico e cultural. não 2 não 2 sem informação 1
A implantação da ETE implica na geração de vários impactos, seja nos meios físico,
biótico e socioeconômico, negativos e positivos. No entanto, a não realização do
empreendimento não é uma alternativa, uma vez que está previsto em lei (Lei Federal do
Saneamento Básico n.11.445/07), a prestação de serviços em saneamento básico, e a coleta e o
tratamento do esgoto é uma delas, trazendo grande melhoria nas condições ambientais,
sanitárias, de balneabilidade das praias e da qualidade de vida da população de Itapoá e dos
turistas.
Este esforço pode ser observado na legislação brasileira no que diz respeito à
implantação de obras de infraestrutura. Tal ação tem levado a sociedade ao exercício de uma
política de cobrança cada vez mais efetiva, e vigilância constante, a fim de se fazer cumprir a
legislação ambiental, norteando a sociedade rumo ao comprimento da mesma.
Aprova, nos termos do inciso XIII, do art. 12, da Lei nº 14.675, de 13 de abril de 2009,
a listagem das atividades sujeitas ao licenciamento ambiental, define os estudos ambientais
necessários e estabelece outras providências.
...
...
Legislação Federal
- Determina que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (Art. 225)-
Lança o fundamento da Lei de Crimes Ambientais, determinando que as condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados
(Parágrafo 3).
Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão incluídos entre os
sujeitos ao Controle da Poluição de Meio Ambiente;
...
...
VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser efetuadas de acordo com
a NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade,
da ABNT.
VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora, emitidas a partir da presente data,
deverão ser compatibilizadas com a presente Resolução.
Art. 1o Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a
política federal de saneamento básico.
...
...
...
Art. 10. A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não
integre a administração do titular depende da celebração de contrato, sendo vedada a sua
disciplina mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.
...
Considerando ser a classificação das águas doces, salobras e salinas essencial à defesa
de seus níveis de qualidade, avaliadas por parâmetros e indicadores específicos, de modo a
assegurar seus usos preponderantes;
Art. 1º - São classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes, as águas
doces, salobras e salinas do Território Nacional:
ÁGUAS DOCES
c) à dessedentação de animais.
a) à navegação;
b) à harmonia paisagística;
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências.
I - Utilidade pública:
...
Art. 4o Toda obra, plano, atividade ou projeto de utilidade pública, interesse social ou
de baixo impacto ambiental, deverá obter do órgão ambiental competente a autorização para
intervenção ou supressão de vegetação em APP, em processo administrativo próprio, nos
termos previstos nesta resolução, no âmbito do processo de licenciamento ou autorização,
motivado tecnicamente, observadas as normas ambientais aplicáveis.
Art.4 - Determina que a supressão de vegetação nestas áreas somente poderá ser
autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social.
- Supressão da Vegetação
Art. 11- Determina que o corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios
avançado e médio de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados quando:
I - A vegetação:
I - Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração dependerá de prévia
autorização do órgão estadual competente e somente será admitida, para fins de loteamento ou
edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em
estágio avançado de regeneração em no mínimo 50% (cinquenta por cento) da área total coberta
por esta vegetação, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta Lei e atendido o disposto
no Plano Diretor do Município e demais normas urbanísticas e ambientais aplicáveis;
II - Nos perímetros urbanos aprovados após a data de início de vigência desta Lei, é
vedada a supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração do Bioma
Mata Atlântica para fins de loteamento ou edificação.
§ 1o Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração somente será admitida,
para fins de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação
de vegetação nativa em estágio médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da
área total coberta por esta vegetação.
§ 2o Nos perímetros urbanos delimitados após a data de início de vigência desta Lei, a
supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração fica condicionada à
manutenção de vegetação em estágio médio de regeneração em no mínimo 50% (cinquenta por
cento) da área total coberta por esta vegetação.
I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima de:
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;
I - Faixa marítima: espaço que se estende por doze milhas náuticas, medido a partir
das linhas de base, compreendendo, dessa forma, a totalidade do mar territorial;
II - Faixa terrestre: espaço compreendido pelos limites dos Municípios que sofrem
influência direta dos fenômenos ocorrentes na zona costeira.
Art. 16. Qualquer empreendimento na zona costeira deverá ser compatível com a
infraestrutura de saneamento e sistema viário existentes, devendo a solução técnica adotada
preservar as características ambientais e a qualidade paisagística.
Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.
§1º Para efeitos desta Resolução, entende-se por órgão responsável pela administração
da UC, os órgãos executores do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC),
conforme definido no inciso III, art. 6º da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000.
Art. 2° A autorização de que trata esta Resolução deverá ser solicitada pelo órgão
ambiental licenciador, antes da emissão da primeira licença prevista, ao órgão responsável pela
administração da UC que se manifestará conclusivamente após avaliação dos estudos
ambientais exigidos dentro do procedimento de licenciamento ambiental, no prazo de até 60
dias, a partir do recebimento da solicitação.
§1º A autorização deverá ser solicitada pelo órgão ambiental licenciador, no prazo
máximo de 15 dias, contados a partir do aceite do EIA/RIMA.
§3º Os estudos específicos a serem solicitados deverão ser restritos à avaliação dos
impactos do empreendimento na UC ou sua ZA e aos objetivos de sua criação.
§ 2º Os estudos complementares deverão ter todo seu escopo definido uma única vez,
sendo vedada, após essa oportunidade, a solicitação de novas demandas, salvo quando
decorrerem das complementações solicitadas.
Parágrafo único. A propriedade da superfície, regida pelo direito comum, não inclui
a das jazidas arqueológicas ou pré-históricas, nem a dos objetos nelas incorporados na forma
do art. 152 da mesma Constituição.
Art. 5º Qualquer ato que importe na destruição ou mutilação dos monumentos a que se
refere o art. 2º desta lei, será considerado crime contra o Patrimônio Nacional e, como tal,
punível de acordo com o disposto nas leis penais.
Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta
Resolução, da seguinte forma:
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
...
Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:
Legislação Estadual
Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art.
23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum
relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate
à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera
a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
...
Art. 1º - Meio ambiente é a interação dos fatores físicos, químicos e biológicos que
condicionam a existência de seres vivos e de recursos naturais e culturais.
I - Licenciamento ambiental;
Altera a Lei nº 14.675, de 2009, que institui o Código Estadual do meio Ambiente e
estabelece outras providências.
No seu Artigo primeiro a Lei altera a redação dos artigos 2 o e 28o da lei nº 14.675, de
13 de abril de 2009.
...
V - área de preservação permanente (APP): área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, cuja função ambiental é preservar os recursos hídricos. a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas:
...
...
...
XLI - Q7/10: vazão mínima média de 7 (sete: dias consecutivos de duração e 10 (dez)
anos de recorrência;
...
XLIII - recuperação ambiental: constitui toda e qualquer ação que vise mitigar os danos
ambientais causados, que compreendam, dependendo das peculiaridades do dano e do bem
atingido, as seguintes modalidades:
...
LIV - usuário de recursos hídricos: toda pessoa física ou jurídica que realize atividades
que causem alterações quantitativas ou qualitativas em qualquer corpo de água:
...
Art. 124-C. Para a aplicação desta Lei, são consideradas de interesse social:
...
...
Art. 124-D. Para a aplicação desta Lei são consideradas de atividades eventuais ou de
baixo impacto ambiental:
...
I - Princípios Fundamentais:
c) a água deve ser reconhecida como um bem público de valor econômico, cuja
utilização deve ser cobrada, com a finalidade de gerar recursos para financiar a realização das
intervenções necessárias à utilização e à proteção dos recursos hídricos:
- A outorga de direitos de uso das águas deve ser de responsabilidade de um único órgão,
não setorial;
...
Aprova, nos termos do inciso XIII, do art. 12, da Lei nº 14.675, de 13 de abril de 2009,
a listagem das atividades sujeitas ao licenciamento ambiental, define os estudos ambientais
necessários e estabelece outras providências.
Essa resolução foi supracitada no Item 1 e define o tipo de licenciamento de acordo com
o código da atividade potencialmente poluidora a ser implantada, sendo assim o Estudo EIA,
deverá ser realizado para o processo de licenciamento do empreendimento.
Dispõe sobre a política florestal do Estado de Santa Catarina e adota outras providências.
Art.3 Ficam sob a tutela desta Lei todas as formações florestais do território catarinense.
a) floresta primária;
e) floresta degradada.
➢ Supressão da Vegetação
Como o terreno encontra-se em área urbana a Instrução normativa a ser seguida deve
ser a IN 24/10.
Art. 2o Para os fins previstos neste Decreto, entende-se por: II - Gerenciamento Costeiro
(GERCO): o conjunto de atividades e procedimentos que, através de instrumentos específicos,
permite a gestão dos recursos naturais da Zona Costeira, de forma integrada e participativa,
objetivando a melhoria da qualidade de vida das populações locais, a preservação dos habitats
específicos indispensáveis à conservação da fauna e flora, adequando as atividades humanas à
capacidade de suporte dos ecossistemas;” (Decreto 5.010/06).
Art. 3o A faixa terrestre da Zona Costeira, para fins do Plano Estadual de Gerenciamento
Costeiro, é composta pela área dos atuais 36 (trinta e seis) municípios, subdivididos em 5
(cinco) Setores Costeiros:
I - Setor 1 - Litoral Norte: Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville,
São Francisco do Sul e Barra Velha;
V - Setor 5 - Litoral Sul: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Içara,
Passo de Torres, Santa Rosa do Sul, São João do Sul e Sombrio.
Art. 7º. A degradação dos ecossistemas, do patrimônio e dos recursos naturais da Zona
Costeira Estadual implicará ao agente a obrigação de reparar o dano causado e a sua sujeição à
penalidade de multa, na forma da normatização estadual afim.
Legislação Municipal
Art. 1º. O Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Itapoá serão
regidos pelos dispositivos desta Lei e de seus anexos integrantes, assim como Estatuto da
Cidade (Lei Federal nº 10.257/01), Código Florestal vigente, Lei Federal de Saneamento Básico
(Lei Federal nº 11.445/07) e Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei Federal nº 6.766/79 e
alterações), e ainda concomitantemente à Lei de Parcelamento do Solo Urbano e Municipal, ao
Código de Obras do Município e Código de Posturas.
...
...
...
...
d) preservar as margens dos rios, lagoas, os sítios geológicos, a orla marítima, fauna e
reservas florestais do Município, evitando a ocupação na área rural, dos locais com declividade
acima de 30%, das áreas sujeitas à inundação e dos fundos de vale, salvo casos de comprovações
especificados em lei;
Da Política Ambiental
Art. 15. A política ambiental municipal tem como objetivo promover a conservação,
proteção, recuperação e o uso racional do meio ambiente, em seus aspectos natural e cultural,
estabelecendo normas, incentivos e restrições ao seu uso e ocupação, visando a preservação
ambiental e a sustentabilidade da Cidade, para as presentes e futuras gerações.
...
...
IV. Permissão de lançamento na natureza, desde que não produza riscos à natureza ou a
saúde pública;
...
...
...
SEÇÃO IV
DO SANEAMENTO BÁSICO
I. abastecimento de água;
sanitário:
II. promover sistema de coleta e tratamento de esgotos na área urbana e dotar a área
rural de alternativas de tratamento, de acordo com as características locais;
III. proceder à análise periódica dos esgotos tratados de acordo com os padrões e normas
vigentes quando da implantação do sistema de esgotamento sanitário;
CAPÍTULO V
DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO VI
DO ZONEAMENTO URBANO
...
CAPÍTULO VII
Art. 87. O território do Município será ordenado por meio de parcelamento do solo, a
ser regulamentado em lei própria, para atender as funções econômicas e sociais da Propriedade
e da Cidade, compatibilizando desenvolvimento urbano, condições ambientais e sanitárias.
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
Art. 112. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA) serão exigidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no
contexto do licenciamento ambiental, à construção, instalação, reforma, recuperação,
ampliação e operação de empreendimentos, atividades ou obras potencialmente causadoras de
significativa degradação do meio ambiente, de acordo com os termos da legislação federal,
estadual e municipal.
Itapoá/SC.
Art. 1º. O Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Itapoá serão
regidos pelos dispositivos desta Lei e de seus anexos integrantes, assim como Estatuto da
Cidade (Lei Federal nº 10.257/01), Código Florestal vigente, Lei Federal de Saneamento Básico
(Lei Federal nº 11.445/07) e Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei Federal nº 6.766/79 e
alterações), e ainda concomitantemente à Lei de Parcelamento do Solo Urbano e Municipal, ao
Código de Obras do Município e Código de Posturas.
...
...
...
Art. 7º. Para os efeitos de interpretação e aplicação desta lei, adotam-se os conceitos e
definições adiante estabelecidas:
...
CAPÍTULO II
II. Macrozonas Rurais, caracterizada pelas demais áreas não contempladas como
urbanas em lei específica.
Seção I
Art. 9º. O uso e ocupação do solo municipal devem cumprir as diretrizes definidas nesta
lei, sem prejuízo do que dispõe a legislação federal e estadual pertinentes.
Art. 10. O Município de Itapoá fica dividido em Macrozonas, conforme Anexo2, parte
integrante desta Lei, que recebem a denominação como segue:
...
Parágrafo único. Tem como finalidade preservar e recuperar o meio ambiente, com o
objetivo de manter o equilíbrio de todo o ecossistema da região, proteger os cursos d’água e
suas margens, além de configurar importante refúgio para a fauna local, caracterizando-se como
corredor de biodiversidade.
CAPÍTULO III
Seção I
Art. 24. A área urbana do Município de Itapoá, constante do Anexo 04 e, parte integrante
desta Lei, fica dividida em zonas urbanas, que passam a ser denominadas como segue:
...
Art. 32. Zona de Serviços I – ZS-I - corresponde às áreas destinadas a serviços de menor
porte, menos poluentes e de menor impacto, e ainda, se subordinando à necessidade do
desenvolvimento sustentável de atividades econômicas, sociais e ambientais, aproveitando a
vocação e potencialidade da infraestrutura existente ao longo das vias da região, conforme mapa
de uso e ocupação.
§1º. Tem como objetivo ordenar a ocupação desta área visando o desenvolvimento
econômico sustentável do Município. Trata-se de uma área de transição e amortecimento às
atividades retro portuárias e industriais, assim como à zona rural.
...
Parágrafo Único. Esta área tem como finalidade preservar e recuperar, com o objetivo
de manter o equilíbrio de todo o ecossistema da região, proteger os cursos d’água e suas
margens, morros e fundos de vales, além de configurar importante refúgio para a fauna local,
caracterizando-se como corredor de biodiversidade.
Art. 47. Atividade que provoque excesso de ruídos, lance gases ou fumaça, exale fortes
odores, gere tráfego de caminhões pesados ou qualquer outro tipo de incômodo à vizinhança,
mesmo que compatíveis com as referidas zonas, terão seu uso regulamentado através de
permissão especial e provisória, após avaliação da Prefeitura e do Conselho de
Desenvolvimento Urbano de Itapoá - CDUI.
Parágrafo Único. Caso a atividade se torne mais incômoda, acima dos padrões admitidos
pelas normas, a licença poderá ser revogada em função de acontecimentos supervenientes.
...
Art. 49. Em todas as zonas, os usos classificados como permissíveis deverão ser
avaliados pelas equipes técnicas da Prefeitura e Conselho de Desenvolvimento Urbano de
Itapoá - CDUI, podendo autorizar ou não em função do impacto que possa provocar naquela
região.
CAPÍTULO V
...
Art. 1º. Conforme o Art. 5º da Lei Federal no 7661, de 16 de maio de 1998, que institui
o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), regulamentado pelo Decreto Federal no
5.300, de 7 de dezembro de 2004, e o Art. 2º da Lei Estadual no 13.553, de 16 de novembro de
2005, esta Lei institui o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) e designa os
órgãos competentes para a sua elaboração e execução, observando as normas gerais, definições,
diretrizes e objetivos específicos do PNFC e PEGC.
...
O Art. 4º ainda institui os objetivos da Gestão Municipal da Zona Costeira através dos
seguintes incisos:
A Lei nº. 14.262/07 estabeleceu a taxa para análise de Licenças Ambientais de Operação
com prazo de validade de 04 (quatro) anos, podendo por decisão motivada, o prazo ser dilatado
ou reduzido com aumento ou diminuição proporcional nos valores a serem cobrados pelo IMA.
De acordo com o disposto nas Resoluções CONSEMA nº. 01/06 e 98/17, as atividades
listadas no Anexo 2 necessitam da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo
Relatório de Impacto Ambiental a ser apresentado na fase de requerimento da Licença
Ambiental Prévia.
Art. 1. Esta Resolução dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para
gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando parcialmente e
complementando a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA.
7. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Acesso ao Empreendimento
O município de Itapoá está situado na divisa do Estado de Santa Catarina com o Estado
do Paraná, distante 88 km de Joinville, principal cidade do polo industrial catarinense, e a 250
km de Florianópolis, capital do estado. As principais rodovias de acesso à área do
empreendimento são a BR-376 (Curitiba-Garuva), e a BR 101, através da rodovia estadual SC-
417, e depois, pela rodovia estadual SC-416, que conecta à Estrada Geral Saí-Mirim, e
Finalmente, o acesso à área do empreendimento se dá pela rua Emmanuel Viera Garcia (Rua
1000) nº 2.117 (Figura 2 e Figura 3). Como acesso secundário se tem a opção de pegar o Ferry-
Boat em São Francisco do Sul, atravessando a baía da Babitonga, chegando à Vila da Glória. O
acesso também pode ser feito pelo mar, chegando ao Porto de Itapoá.
Itapoá limita-se ao Norte com o Estado do Paraná, ao sul com São Francisco do Sul, a
leste com o Oceano Atlântico e a oeste com Garuva e São Francisco do Sul.
Figura 2 - Mapa de acessos a área da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município de Itapoá/SC.
Limites Municipais
O perímetro urbano de Itapoá abrange quase 20% da área total do Município, em uma
faixa média aproximada de 3 km ao longo de todo o litoral, desde a Baía da Babitonga até a foz
do rio Saí-Mirim, na divisa com o Estado do Paraná (Figura 4).
Figura 4 - Mapa de delimitação da área do município e perímetro urbano conforme Plano Diretor.
Localização Geográfica
Figura 6 - Croqui da matrícula 10.667 mostrando o terreno (em vermelho) onde se pretende instalar a
Estação de Tratamento de Água e a Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários do Município de
Itapoá-SC.
Será utilizada ainda, uma área de 700 m² para abertura de estrada de acesso ao terreno
da ETE, prolongando-se a Rua André Olkoski.
As coordenadas geográficas que delimitam a área da ETE e estrada de acesso que será
utilizada para a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto estão apresentadas na Tabela
3.
Tabela 3 - Coordenadas geográficas das extremidades da área utilizada para a implantação da Estação de
Tratamento de Esgoto, e estrada de acesso, localizada no Município de Itapoá, SC.
Coordenadas Geográficas
Vértices Longitude E Latitude S
ETE 1 737481 7112570
ETE 2 737581 7112583
ETE 3 737589 7112512
ETE 4 737489 7112500
ETE 5 737481 7112570
EA 6 737575 7112635
EA 7 737586 7112636
EA 8 737595 7112565
EA 9 737583 7112563
Bacias de Esgotamento
• Brasília
• Jardim Perola do Atlântico
• Jardim Verdes Mares;
• Paese
• Samambaial
• São José 01
• São Jose 02
Figura 8 - Sub-bacias de esgotamento sanitário para o município de Itapoá/SC. Fonte: WBS Engenharia.
Figura 9 - Configuração final do Sistema de Esgotamento Sanitário proposto para o município de Itapoá/SC. Fonte: WBS Engenharia.
CONTRATO DE CONCESSÃO
ANO
ATENDIMENTO (%) ATENDIMENTO (%)
ÁGUA ESGOTO
1 98,10% -
2 98,20% -
3 98,30% -
4 98,40% -
5 98,50% -
6 98,60% -
7 98,70% -
8 98,80% 26,50%
9 98,90% 35,33%
10 99,00% 35,33%
11 99,10% 44,50%
12 99,20% 47,55%
13 99,30% 47,55%
14 99,40% 63,97%
15 99,50% 74,33%
16 99,60% 76,45%
17 99,70% 77,10%
18 99,80% 81,89%
19 99,90% 84,34%
20 100,00% 85,54%
21 100,00% 89,18%
22 100,00% 91,43%
23 100,00% 92,96%
24 100,00% 94,49%
25 100,00% 96,02%
26 100,00% 97,06%
27 100,00% 97,93%
28 100,00% 98,81%
29 100,00% 99,27%
30 100,00% 99,84%
Vazão
Etapa Período Vazão ETE Acumulada
(L/s)
A rede coletora foi toda prevista em tubos de PVC, ponta e bolsa, junta elástica,
tipo Vinilfort Ultra (tubo corrugado). A tubulação da rede coletora e coletores-tronco terá
um diâmetro máximo de 300 mm.
Origem
𝑄. 1000
𝑁=
𝐶
em que:
N = Número de pessoas
Figura 11 - Esquema de tratamento de efluente por lodo ativado com aeração prolongada.
➢ Tratamento Secundário:
➢ Tratamento Terciário:
Essa etapa será para remover o Fósforo por precipitação, utilizando Cloreto
Férrico ou outro reagente/coagulante.
➢ Tratamento Secundário:
➢ Desinfecção final:
Figura 12 - Layout dos sistemas que compõe a Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário do Município de Itapoá/SC. Fonte: Centro Projekt.
Figura 13 - Fluxograma das atividades de instalação da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário e seus controles ambientais.
➢ Fluxo de tráfego
CRONOGRAMA DO EMPREENDIMENTO
CRONOGRAMA FÍSICO
2020
ITEM ATIVIDADE
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
SISTEMA DE
TRATAMENTO DE
ESGOTO - ITAPOÁ
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
2 TERRAPLENAGEM
FUNDAÇÕES E
3
ESTRUTURAS
INSTALAÇÃO DE
4
UNIDADES DE PRODUÇÃO
INSTALAÇÕES
6 ELÉTRICAS E
AUTOMAÇÃO
UNIDADES
8
ADMINISTRATIVAS
PAISAGISMO E
10
URBANISMO
O principal resíduo gerado no tratamento de esgotos é o lodo, o qual vai ser seco
através de centrifuga e posteriormente destinado a aterro sanitário.
➢ Manutenção Periódica
Quanto a área da ETE, caso ocorram quedas de árvores nos limites do terreno,
será feita o corte e remoção, solicitando ao órgão competente autorização e comprovação
de destinação do material. Outras manutenções se darão do próprio sistema da ETE, como
reatores, tanques, e centrifuga de secagem do lodo.
Figura 14 - Fluxograma das atividades de Operação da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário e seus controles ambientais.
Nesta agenda estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza,
segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das
desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de
consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos
e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura,
industrialização, entre outros.
Outras duas importantes iniciativas foram o Prêmio ODM, lançado em 2004 para
incentivar ações, programas e projetos que contribuem efetivamente para o cumprimento
dos objetivos, e o Portal ODM, criado em 2009 com foco no acompanhamento regular da
situação dos municípios brasileiros quanto às metas.
foram construídos tomando os ODM como referência e convergiram para uma agenda
global de desenvolvimento estabelecendo o ano de 2030 como seu horizonte.
Por fim, são necessários marcos institucionais para favorecer a participação social,
para controle do uso da água e monitoração da proteção do meio ambiente (6.b)
As metas:
Até 2030, garantir a todos o acesso universal, a preços acessíveis, à água potável
e segura, ao saneamento adequado e à higiene.
Federal
Teve importância fundamental para o país durante a crise financeira mundial entre
2008 e 2009, garantindo emprego e renda aos brasileiros, o que por sua vez garantiu a
continuidade do consumo de bens e serviços, mantendo ativa a economia e aliviando os
efeitos da crise sobre as empresas nacionais.
O PAC visa promover projetos nas áreas de logística (rodovias, portos, aeroportos,
ferrovias e marinha mercante), infraestrutura energética (geração de energia elétrica,
transmissão de energia elétrica, petróleo e gás), infraestrutura social (saneamento,
prevenção em áreas de risco, pavimentação, cidades históricas, infraestrutura turística,
recursos hídricos e equipamentos sociais).
Criado por meio da Lei 11.488/07, o REIDI é um regime de incentivo que pretende
fomentar e desonerar os investimentos em infraestrutura. Contempla projetos em
diferentes áreas, como geração e transmissão de energia elétrica, transportes, saneamento
básico e irrigação. Nesse sentido, é caracterizado como um regime de incentivo que
pretende fomentar e desonerar os investimentos em infraestrutura. A Portaria que
regulamenta os critérios para aprovação dos projetos no setor portuário marítimo de
acordo com a REIDI foi publicada pela SEP/PR em junho de 2008, através da Portaria
SEP/PR Nº 100/2008.
Governo Brasileiro tem dado especial atenção ao uso sustentável dos recursos
costeiros. Tal atenção se expressa no compromisso governamental com o planejamento
integrado da utilização de tais recursos, visando o ordenamento da ocupação dos espaços
litorâneos. A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Art. 225, § 4º,
considera a Zona Costeira um Patrimônio Nacional, prevendo a sua utilização na forma
da lei, tendo em vista a preservação do meio ambiente e o uso sustentável de seus recursos
naturais.
Assim, ainda em 1988, foi promulgada a Lei No 7.661/88 que instituiu o Plano
Nacional de Gerenciamento Costeiro - PNGC, política pública nacional, que incumbiu
aos estados à delimitação de suas Zonas Costeiras. Com o PNGC II, aprovado pela
Resolução CIRM No 05, de 03/12/1997, procedeu-se a delimitação da Zona Costeira
utilizando os limites políticos para a faixa terrestre e as Linhas de Base estabelecidas de
acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar (1982) para a faixa
marítima. Em 07 de dezembro de 2004 foi publicado o Decreto N° 5.300 que regulamenta
a Lei no 7.661, de 16 de maio de 1988. O PNGC, inicialmente coordenado pela Comissão
Interministerial para Recursos do Mar (CIRM), é atualmente gerenciado pela Secretaria
de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e possui os seguintes princípios
fundamentais:
VIII. A consideração, na faixa terrestre, das áreas marcadas por atividade sócio-
econômico-cultural de características costeiras e sua área de influência imediata, em
função dos efeitos dessas atividades sobre a conformação do território costeiro;
Constituição Federal (Parágrafo 4°, Art. 225) - que define a Zona Costeira como
patrimônio nacional e especifica que sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos
recursos naturais.
Estadual
Lançado em 17 de setembro de 2012, o Pacto por Santa Catarina foi criado para
resolver grandes pendências com a sociedade nas áreas da saúde, educação, proteção
social, segurança, justiça e cidadania, combate à seca, prevenção de enchentes, construção
e recuperação de rodovias, além da retomada da competitividade do setor portuário. Para
não haver atrasos ou contratempos na execução das obras, o Pacto conta com um
escritório de projetos na Secretaria de Estado da Casa Civil, composto por servidores de
carreira. Cada projeto possui um coordenador responsável pela ação estratégica de cada
setor.
Temáticos Regionais GERCO, para cada um dos cinco setores costeiros abrangendo os
36 municípios costeiros através das Secretarias de Desenvolvimento Regionais.
Tais ações são avalizadas pelo Decreto Nº 1.591/2008 que institui o Comitê Gestor
Integrado para o Planejamento Territorial da Região Costeira – CGI, que define um prazo
para a conclusão dos trabalhos em 12 meses.
Para a segunda fase foi destinada a implementação dos outros quatro instrumentos
de execução do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEGC): o Sistema de
Informações do Gerenciamento Costeiro (SIGERCO); o Sistema de Monitoramento
Ambiental (SMA/ZC); o Relatório de Qualidade Ambiental (RQA/ZC); e o Projeto de
Gestão Integrada da Orla Marítima (Projeto Orla).
hidrovia (com mais de 100Km de extensão), este é um aspecto que compreende apenas
um ponto do projeto. A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville está
investindo na organização social e capacitação das pessoas que moram nestas
comunidades atingidas pelo projeto para que possam se inserir nesta nova realidade.
Outra importante relação é que Itapoá passará a ser a praia mais próxima de
Joinville, através de uma via totalmente pavimentada, com exceção de Balneário Barra
do Sul. Atualmente, o centro histórico de São Francisco do Sul, por exemplo, está a
distância de 45,3 km de Joinville via BR-280, e as praias de Ubatuba, Enseada e Prainha
estão a aproximadamente 55 km.
Municipal
Art. 1º. Conforme o Art. 5º da Lei Federal no 7661, de 16 de maio de 1998, que
institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), regulamentado pelo
Decreto Federal no 5.300, de 7 de dezembro de 2004, e o Art. 2º da Lei Estadual no
13.553, de 16 de novembro de 2005, esta Lei institui o Plano Municipal de Gerenciamento
Costeiro (PMGC) e designa os órgãos competentes para a sua elaboração e execução,
observando as normas gerais, definições, diretrizes e objetivos específicos do PNFC e
PEGC.
Desta forma, num primeiro momento, a área de intervenção do Projeto Orla para
Itapoá deveria contemplar não apenas suas praias, mas também as margens do rio Saí-
Guaçu, rio Saí-Mirim, rio Jaguaruna e, principalmente, toda a área de influência da baía
da Babitonga, que podem ser considerados ambientes de interesse especial pela
Outro importante aspecto a ser abordado através do Projeto Orla para o Município
de Itapoá são as ações de proteção da orla, as quais pretendem dar destaque a valorização
da paisagem e dos atrativos turísticos, assim como desenvolvimento de estudos e técnicas
voltados à proteção costeira, buscando como elementos fundamentais a manutenção da
função social e ambiental da orla. Portanto, tais mecanismos pretendem valorizar o
convívio e a geração de pequenos negócios compatíveis com a conservação e utilização
sustentável da biodiversidade local, assim como pelo aumento da arrecadação do
município sobre as atividades instaladas nessa faixa do litoral, a orla, a partir de regras
claras que conduzam ao seu uso sob princípios de sustentabilidade. Assim, se pretende
contribuir para a redução de conflitos relacionados ao uso e ocupação do solo na orla
marítima, estabelecendo estratégias para o resgate da atratividade desse espaço como
local democrático de lazer.
Quanto aos processos que envolvem os dois projetos será o uso dos recursos
hídricos, uma vez que a captação de água bruta da ETA é realizada na margem esquerda
do rio Saí-Mirim e o lançamento do efluente tratado também ocorrerá no mesmo rio,
porém a jusante da área da captação da ETA. A distância entre a captação e o lançamento
será de aproximadamente 100 metros, mas devido as características do efluente tratado
que atenderá os parâmetros legais de qualidade, não existe problemas de interação entre
as atividades.
Interação
Projeto Resumo potencial com o
projeto proposto
Captação e O projeto da ETE será ao lado na nova ETA. E o
Uso de Recurso
Tratamento de ponto de lançamento do efluente tratado fica a
Hídrico
Água (ETA) jusante da captação, aproximadamente 200 metros.
Sendo assim, a Área de influência Direta (AID) para o Meio Físico foi delimitada
pela Bacia Hidrográfica do Rio Saí-Mirim, o qual possui uma área de 191 km², conforme
Figura 18.
Para o Meio Biótico foi delimitado duas Áreas de Influência Direta (AID), sendo
um raio de 1 km² para a fauna terrestre e vegetação (Figura 19) e uma área linear de 3 km
Por fim, para o Meio Socioeconômico foi definida a área de influência como as
áreas (bairros) que serão atendidos pela coleta de esgoto sanitário na primeira fase do
empreendimento (Figura 21).
Figura 16 - Imagem da localização da Área Diretamente Afetada (ADA) da Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários do Município de Itapoá-SC.
Figura 17 - Imagem da área diretamente afetada da ETE e pelo trajeto da tubulação de lançamento do efluente tratado até o ponto de lançamento no rio Saí-
Mirim. Itapoá/SC.
Figura 18 - Imagem da localização da Área de Influência Direta (AID) para o Meio Físico.
Figura 19 - Imagem da localização da Área de Influência Direta (AID) para o Meio Biótico para a fauna terrestre.
Figura 20 - Imagem da localização da Área de Influência Direta (AID) para o Meio Biótico para a fauna aquática.
Figura 21 - Imagem da localização da Área de Influência Direta (AID) para o Meio Socioeconômico.
Figura 22 - Imagem da localização da Área de Influência Indireta (AII) para os Meios Físico, Biótico e Socioeconômico da Estação de Tratamento de
Efluentes Sanitários do Município de Itapoá-SC.
Clima
O clima de uma região é definido por fatores como radiação solar, latitude,
continentalidade, massas de ar e correntes oceânicas. Tais fatores regem os elementos
climáticos como temperatura, precipitação, umidade do ar, e pressão atmosférica, que por
sua vez definem os tipos de clima das regiões.
e São Francisco do Sul. Tais dados históricos foram coletados a partir das estações
citadas, pois somente em 2017 foi instalada estação meteorológica, monitorada pelo
INMET, na cidade de Itapoá (A851-ITAPOA). A referida estação já está produzindo
dados referentes ao clima para o ano corrente, tornando-se uma das bases de dados
referentes ao clima neste estudo.
✓ Precipitação
Figura 24 - Precipitação média mensal ao longo do ano (1929 a 1988). Fonte: Agência Nacional de
Águas - Estação Meteorológica INMET São Francisco (hidroweb.ana.gov.br).
✓ Circulação Atmosférica
✓ Umidade Relativa do Ar
A análise feita a partir dos dados obtidos através da Estação Meteorológica de São
Francisco do Sul permitiu observar que o mês que evidenciou o maior valor de umidade
relativa do ar foi o mês de agosto (88,9%) e, que evidenciou o menor valor de umidade
relativa foi o mês de dezembro (85,2%). A média anual obtida foi de 87,2% (Figura 25).
✓ Temperatura
Geologia e geomorfologia
A partir das análises da Geologia Regional e Local, e dos dados coletados in situ,
pôde-se avaliar a melhor forma de se dispor a implantação dos dispositivos de tratamento
dentro de critérios técnicos de ocupação, de distribuição, de fundação, de movimentação
de terra, de critérios ambientalmente corretos e sustentáveis.
14.1.2.2.1 Fisiografia
O local apoia a sua economia nas cidades de Joinville, maior cidade do Estado de
Santa Catarina, de vocação industrial; em Garuva, cidade norte litorânea catarinense e em
Guaratuba - cidade balneária, do estado do Paraná.
O Cráton Luís Alves se estende por uma área de cerca de 8.500 km2, no segmento
nordeste de Santa Catarina e próximo à costa, é a litologia mais antiga da região,
correspondendo a um núcleo de crosta arqueana remobilizada composta por associações
metamórficas de médio a alto grau, incluindo associações de rochas granulíticas orto e
paraderivadas; núcleos migmatíticos policíclicos, injetados por sucessivos eventos de
geração de rochas graníticas; faixas granítico-gnáissicas regionalmente desenvolvidas.
Foi datado por Hartmann et al. (2000), que definiram protólitos ígneos gerados a
2.716±17 Ma, enquanto o metamorfismo da fácies granulítico teria ocorrido a 2.675±12
Ma.
Para o estudo geológico da região, foram utilizados dados cartográficos das folhas
topográficas de São Francisco do Sul - SG-22-Z-B-II-1 / MI- 2870/2 e MI-2871/1 e
Garuva SG-22-Z-B-II-1 / MI-2870/1, IBGE-1981 e fotografias aéreas tomadas pelas
empresas Cruzeiro do Sul, escala 1:25.000, 1978.
14.1.2.2.3 Geomorfologia
14.1.2.2.4 Pedologia
São solos de baixa fertilidade natural e de baixas altitudes, ocorrendo entre 15,0m
e 100,0m, característico de relevo forte ondulado a ondulado.
Os solos Pdzol Indiscriminados são solos minerais com horizonte B pdzol, que se
caracteriza por ser um horizonte de acumulação e precipitação de matéria orgânica e
compostos amorfos de alumínio com ou sem ferro eluvial.
São solos que normalmente apresentam uma sequência de horizontes A, A2, Bh,
e/ou Bir, podendo ocorrer horizontes Bhir.
14.1.2.3.1 Fisiografia
O local apoia a sua economia nas cidades de Joinville, maior cidade do estado de
Santa Catarina, de vocação industrial, em Garuva, cidade norte litorânea catarinense, em
Guaratuba - cidade balneária, do estado do Paraná e na própria cidade de Itapoá.
14.1.2.3.3 Geomorfologia
14.1.2.3.4 Pedologia
Figura 29 - As imagens fotográficas relacionadas mostram os tipos de solos presentes nas cercanias
e no local de inserção da estação de tratamento o solo maduro, superficial, delgado, cinza escuro -
seta em amarelo, seguido do solo saprolítico essencialmente arenoso, com 4,0m de espessura,
marrom, sotoposto ao solo maduro - seta em preto.
14.1.2.3.5 Intemperismo
14.1.2.3.6 Geotécnica
Do acesso ao local de estudos à estrada que liga Itapoá a fazenda Palmital, com
2,5m a 3,0m de largura, com boa capacidade de suporte, em tangente.
O aterro a ser construído para o local da ETE, seguirá padrão adotado da confecção
do aterro da Estação de Tratamento de Água, situada 30 metros a norte da futura ETE.
Ocorrerá adequação topográfica do terreno para acomodação das edificações de
alvenaria, de pequena altura e deve ser erigido com material de preferência argiloso ou
síltico argiloso - solo maduro e saprolítico, de alteração dos granitoides existentes na
região, proveniente de jazida de solo disponível em locais não muito afastados da área de
implantação da Estação.
A inclinação do talude de aterro que leva o terrapleno a estabilidade com esse tipo
de material é 1V:1H (Figura 33).
Escavações que porventura venham a ser feitas no estrato arenoso local devem ser
condicionadas a uma inclinação de talude situada entre 1V:2H e 1V:3H.
Em qualquer das situações as faces externas dos taludes escavados devem ser
revestidas de pronto com grama em placas, para favorecer a estabilidade dos taludes.
Figura 34 - As imagens mostram os tipos de erosão linear (1) e pequenos escorregamentos do tipo
semicirculares rotacionais (2). Tais rupturas são frequentes nos terrenos de características arenosas
como é o caso do local dos estudos. As rupturas estão associadas à destituição da vegetação de
cobertura e a adoção de inclinação de taludes de cortes inadequados a estabilidade desse material.
Recursos Minerais
A Área de Influência Direta (AID) do empreendimento está dentro dos limites das
áreas de relevante interesse mineral para uso em construção civil. Nesta área de
abrangência existem três processos no CPRM para títulos minerários: 815206/2010 e
815844/2009 de Cesar Pereira e 815373/200 de Extratora de Areia São João Ltda (Figura
35).
Recursos Hídricos
Figura 36 - Tais poços de monitoramento foram executados respeitando a norma ABNT NBR
15495-1 (Construção de Poços de Monitoramento e amostragem – procedimento).
Poços de Coordenada
Coordenada Longitude
Monitoramento Latitude
PM-01 26o05’08,8” 48o37’32,8”
PM-02 26o05’09,7” 48o37’30,0”
PM-03 26o05’10,8” 48o37’31,8”
PM-04 26o05’12,8” 48o37’28,6”
11/10/2017
PM-01 0,6
PM-02 1,15
PM-03 0,8
PM-04 0,3
31/10/2017
PM-01 0,97
PM-02 1,2
PM-03 0,82
PM-04 0,64
08/12/2017
PM-01 0,39
PM-02 1,11
PM-03 0,55
PM-04 0,57
PM-01
Profundidade
Descrição
(m)
Areia silto argilosa, fina a muito fina, de cor variegada. Homogênea,
0-2 com grãos de areia arredondados, bem selecionados e sem
estratificação interna.
PM-02
Profundidade
Descrição
(m)
Areia siltosa, fina, de cor variegada. Homogênea, com grãos de areia
0–2
arredondados, bem selecionados e sem estratificação interna.
PM-03
Profundidade
Descrição
(m)
Areia siltosa, média a fina, de cor variegada. Homogênea, com grãos
0–2
de areia arredondados, bem selecionados e sem estratificação interna.
PM-04
Profundidade
Descrição
(m)
Areia siltosa, média, de cor variegada. Homogênea, com grãos de
0–2
areia arredondados, bem selecionados e sem estratificação interna.
Sismicidades
Tabela 19 - Resultado integrado das Análises Químicas de Água Subterrânea, para as campanhas
realizadas em novembro de 2017 e janeiro de 2018.
Pontos de
PM-01 PM-02 PM-03 PM-04
Amostragem
Descrição Jusante ETA Montante ETA Jusante ETE Montante ETE CONAMA 420/09
Resultados Analíticos
Parâmetros nov/17 jan/18 nov/17 jan/18 nov/17 jan/18 nov/17 jan/18
Alumínio Dissolvido
1041 14211 1488 1593 627 885 4762 60856 3500 μg/L
(μg/L)
Arsênio Total (μg/L) <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 10 μg/L
Chumbo Total (μg/L) <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 15 10 μg/L
Cromo Total (μg/L) <5 <5 <5 <5 <5 <5 <5 13 50 μg/L
Ferro Total (μg/L) 2542 5930 1488 9852 1203 1583 1233 5491 2450 μg/L
Manganês Total (μg/L) 919 1244 84 254 67 102 135 234 400 μg/L
Nitrato (como N) (μg/L) 1390 5540 1100 450 3600 5240 7400 3380 10000 μg/L
Limites de
concentração
Resultados Analíticos elaborados por
Von Sperling,
1996.
DBO (5 dias) (mgO2/L) 4,25 <4 <4 <4 16,4 <4 <4 <4 250 a 400 mg/L
DQO 141,8 734 93 47,9 246 359 462,4 626 450 a 800 mg/L
Fósforo Total < 0,05 1,1 0,05 < 0,05 0,15 0,17 0,3 0,81 4 a 15 mg/L
Nitrogênio Total 3,53 21,2 1,92 1,09 3,26 12,2 4, 91 28,4 35 a 60 mg/L
O mapa potenciométrico abaixo (Figura 37), indica o sentido de fluxo das águas
subterrâneas para W (linhas potenciométricas azuis), em relação aos poços de
monitoramento de águas subterrâneas e em relação a planta construtiva da ETA (ao norte)
e da área da ETE (ao sul da planta).
Figura 37 - Planta do Mapa Potenciométrico Hidrodinâmico, destacando direção e sentido de fluxo das águas para W.
Figura 38 - Localização dos aquíferos subterrâneos e poços tubulares próximos a área da ETE.
No interior desta grande bacia, tem-se ainda a bacia hidrográfica do rio Saí-Mirim,
que embora a SDS insira-a na bacia do Cubatão do Norte para fins de gerenciamento, o
rio Saí-Mirim não tem nenhuma ligação direta com o rio Cubatão do Norte. Em outras
palavras, o rio Saí-Mirim e seus afluentes formam uma sub-bacia independente e nunca
desaguam no rio Cubatão, tendo sua foz no próprio oceano Atlântico.
Figura 40 - Mapa de identificação da Bacia Hidrográfica do rio Saí-Mirim e Bacia de Contribuição para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do
Município de Itapoá, SC.
Tabela 20 - Lista dos pontos de coleta do programa de monitoramento da nova captação de água do
município de Itapoá, com coordenadas geográficas (WGS) e altitudes da área de estudo.
Para a terceira e quarta campanha foi aumentado a malha amostral dos pontos de
coleta a fim de investigar a contribuição de fontes poluidoras a montante da nova captação.
Foi coletada água em um tributário do rio Saí-Mirim, no rio Braço do Norte (#03), outro
ponto a montante da confluência do rio Braço do Norte (#04), e por fim um ponto mais a
montante no rio Saí Mirim, sobre a rodovia SC-416. Na Tabela 21 estão apresentadas as
coordenadas geográficas e na Figura 42 a localização dos pontos.
Tabela 21 - Lista dos pontos de coleta a montante da nova captação de água, com coordenadas
geográficas (WGS) e altitudes da área de estudo.
Coordenadas Geográficas dos Pontos de Coleta (WGS84)
Pontos X Y Altitude (m)
#03 48W 38' 41,9" 26S 05' 41" 8
#04 48W 38' 35,6" 26S 06' 05" 4
#05 48W 40' 37,0" 26S 07' 41" 19
✓ Procedimentos Metodológicos
✓ Resultados e Discussão
Tabela 22 - Resultados dos parâmetros físico-químico e microbiológico para os pontos montante e jusante em de outubro de 2016, janeiro, março, maio, agosto e outubro de 2017,
para o programa de monitoramento da água superficial do Rio Saí-mirim do PBA da Nova ETA e Captação de Itapoá/SC.
Densidade de Cianobactérias (cel/mL) <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1 <1 <1,0 98 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 Máx. 50000 cel/mL
Cloro Total (mg/L) <0,02 0,04 <0,02 0,01 <0,02 0,02 Máx. 0,01 mg/L
Resultados Analíticos
Alumínio Dissolvido (mg/L) <0,054 <0,054 <0,054 <0,054 <0,054 <0,054 Máx. 0,1 mg/L
Bário (mg/L) <0,051 <0,051 <0,051 <0,051 <0,051 <0,051 Máx. 0,7 mg/L
Boro (mg/L) <0,057 <0,057 <0,057 <0,057 <0,057 <0,057 Máx. 0,5 mg/L
Cor Verdadeira (mg/L) 165 195 166 159 88 57 Máx. 75,0 mg/L
DBO (5 dias) (mg/L) 5 ,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 Máx. 5,0 mg/L
Ferro Dissolvido (mg/L) 0,265 0,284 0,366 0,279 0,345 0,266 Máx. 0,3 mg/L
Fluoreto (mg/L) 0,21 <0,09 0,017 <0,09 0,09 0,33 Máx. 1,4 mg/L
Máx. 0,03
(Ambiente
Lêntico), Máx.
0,05 (Ambiente
Fósforo (mg/L) <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10
Intermediário) e
Máx. 0,1
(Ambiente
Lótico) mg/L
Manganês (mg/L) 0,046 0,031 0,022 0,019 0,034 0,017 Máx. 0,1 mg/L
Nitrato (mg/L) 0,41 0,37 0,28 <0,23 0,35 <0,23 Máx. 10,0 mg/L
Sólidos Dissolvidos (mg/L) 80 55 80 55 105 30 Máx. 500,0 mg/L
Sulfato (mg/L) <5,0 <5 <5,0 <5 <5,0 6,5 Máx. 250,0 mg/L
Turbidez (NTU) 6,04 7,62 5,03 6,33 20,6 3,14 Máx. 100,0 NTU
Zinco (mg/L) <0,066 <0,066 <0,066 <0,066 <0,066 <0,066 Máx. 0,18 mg/L
Resultados Microbiológicos
Máx. 1000,0
Coliformes Termotolerantes (UFC/100 Ml) 100 500 270 1300 3100 200
NMP/100 mL
Máx. 50000
Densidade de Cianobactérias (cel/mL) <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0
cel/mL
➢ Cor Verdadeira
300
250
200
150
100
50
0
ago/17
out/16
ago/17
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jusante. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 43 - Resultados da análise para Cor Verdadeira (Pt/Co) nos pontos de coleta da área de
estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
Nos recursos hídricos os sólidos podem causar danos aos peixes e à vida aquática.
Eles podem sedimentar no leito dos rios destruindo organismos que fornecem alimentos
ou, também, danificar os leitos de desova de peixes. Os sólidos podem reter bactérias e
resíduos orgânicos no fundo dos rios, promovendo decomposição anaeróbia. Altos teores
600
500
400
300
200
100
0
ago/17
out/16
ago/17
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 44 - Resultados da análise para Sólidos dissolvidos (mg/L) nos pontos de coleta da área de
estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Turbidez
120
100
80
60
40
20
0
ago/17
out/16
ago/17
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 45 - Resultados para a análise de Turbidez (NTU) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Oxigênio Dissolvido
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 46 - Resultados a análise do oxigênio dissolvido (mg/L O2) nos pontos de coleta da área de
estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
6
5
4
3
2
1
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 47 - Resultados das análises do Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ pH (Potencial Hidrogeniônico)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 48 - Resultados das análises do pH nos pontos de coleta da área de estudo da implantação da
ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Condutividade (mS/cm)
Condutividade mS/cm
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 49 - Resultados das análises de condutividade (mS/cm) nos pontos de coleta da área de
estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Cloro total
0,07
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 50 - Resultados das análises de Cloro Total (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Alumínio dissolvido
Foram observados valores acima da legislação paras os pontos #01 e #02 nos
meses de outubro de 2016 e janeiro de 2017 (Figura 51). Segundo a CETESB (2009) o
alumínio e seus sais são usados no tratamento da água, como aditivo alimentar, na
fabricação de latas, telhas, papel alumínio, na indústria farmacêutica etc. Na água, o metal
pode ocorrer em diferentes formas e é influenciado pelo pH, temperatura e presença de
fluoretos, sulfatos, matéria orgânica e outros ligantes. As concentrações de alumínio
dissolvido em águas com pH neutro variam de 0,001 a 0,05 mg/L, mas aumentam para
0,5 – 1,0 mg/L em águas mais ácidas ou ricas em matéria orgânica.
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 51 - Resultados das análises de Alumínio dissolvido (mg/L) nos pontos de coleta da área de
estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Bário
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 52 - Resultados das análises de Bário (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Boro
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 53 - Resultados das análises de Boro (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Ferro
O Ferro está diretamente associado aos solos, e sua concentração aumenta nas
águas superficiais principalmente nas estações chuvosas devido ao carreamento de solos
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 54 - Resultados das análises de Ferro total (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Fluoreto
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 55 - Resultados das análises de Fluoreto (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Fósforo Total
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 56 - Resultados das análises de Fósforo total (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo
da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Manganês
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 57 - Resultados das análises de manganês (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Nitrato
12
10
8
6
4
2
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 58 - Resultados das análises de nitrato (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Sulfato
300
250
200
150
100
50
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 59 - Resultados das análises de sulfato (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Zinco
0,2
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
ago/17
ago/17
out/16
out/17
out/16
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05 Mont.
do Norte ETA2 ETA 2
Pontos de coleta
Figura 60 - Resultados das análises de zinco (mg/L) nos pontos de coleta da área de estudo da
implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Coliformes Termotolerantes
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05
do Norte ETA2 Mont.
ETA 2
Pontos de coleta
Figura 61 - Resultados das análises para Coliformes Termotolerantes (NMP/100 mL) nos pontos de
coleta da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
➢ Densidade de Cianobactérias
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
out/16
ago/17
out/17
out/16
ago/17
out/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
mai/17
jan/17
jan/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
mar/17
#01 Mont. Nova ETA #02 Jus. Nova ETA #03 Braço #04 Jus. #05
do Norte ETA2 Mont.
ETA 2
Pontos de coleta
Figura 62 - Resultados das análises para Densidade de Cianobactérias (cel/mL) nos pontos de coleta
da área de estudo da implantação da ETE do município de Itapoá/SC.
Tabela 24 - Valores de Salinidade observados no ponto de captação de água bruta da ETA Maria
Catarina.
Outro importante uso dos recursos hídricos é a captação de água bruta do rio Saí-
Mirim para tratamento e abastecimento público, sendo a responsável a empresa Itapoá
Saneamento Ltda, a qual possui Outorga Preliminar (Portaria SDS 067/2013), com vazão
outorgada de até 450 l/s. A empresa possui ainda Licença Ambiental de Operação n.
10456/2016 junto ao Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Foram analisados três cenários de vazão mínima do corpo receptor para o atual ponto de
lançamento, cujos dados são apresentados na Tabela 25.
Figura 63 - Mapa da região hidrográfica Atlântico Sul (ANA) com a região objeto de estudo
(círculo vermelho).
∑ 𝐶𝑖𝑄𝑖
C=
∑ 𝑄𝑖
Em que:
época de estiagem são utilizadas nestes estudos dentro de uma das seguintes finalidades:
análise, projeto, previsão ou estimativa, regulamentação legal, operação e planejamento.
Nesta direção, o conhecimento da quantidade de água que escoa nos cursos d’água
de uma bacia hidrográfica é de fundamental importância para o planejamento,
dimensionamento e operação de quaisquer estudos e obras relacionadas com o
aproveitamento e controle dos recursos hídricos. A eficiência dos instrumentos de gestão
depende do conhecimento profundo sobre a disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica,
de modo que é necessário dispor de um inventário completo dos recursos hídricos para se
avaliar os impactos de aproveitamentos futuros e já existentes.
Em que:
Figura 71 - Regionalização das curvas de permanência das vazões médias mensais (PERH-SC).
Figura 72 - Regionalização dos valores médios das vazões mínimas anuais médias de 7 dias
consecutivos.
Figura 73 - Regionalização da relação K7,T entre a vazão Q7,T e a vazão QMIN,7 (PERH-SC).
Os valores para a área de drenagem da bacia hidrográfica obtida no Google Earth e vazões
mínimas associadas são apresentados na Tabela 26.
Tabela 26 - Valores para a área de drenagem da bacia hidrográfica e vazões mínimas associadas.
Local Itapoá/SC
Nome Rio Saí-Mirim
Lançamento Ponto A
Latitude 26°04'58.81"S
Longitude 48°37'56.70"O
Classe (CONAMA 357) 2
Altitude 4m
Temperatura média 20°C
anual
Precipitação média 1.904 mm
anual
Área de drenagem 135 km²
Distância percorrida a
22,5 km
montante
Vazões mínimas associadas
Q7,10_PERH-2006 0,950±0,018 m³/s
Q98_PERH-2006 1,768±0,049 m³/s
Em que:
A distância dos pontos de lançamento até a foz do corpo hídrico foi calculada
através do programa Google Earth Pro. As distâncias são:
O tempo de viagem do efluente até a foz é calculado pela função da distância pela
velocidade e um fator de conversão de unidades:
𝑑
𝑡=
𝑣. 86400
Em que:
d: distância (m)
K1=0,18
Em que:
K1T=K1〖.θ1〗^((T-20))
Em que:
T: Temperatura [°C]
𝐾2 = 0,30
Em que:
Em que:
T: Temperatura [°C]
Em que:
ℎ
𝐶𝑠ℎ = 𝐶𝑠 ( 1 − )
9450
Em que:
h: Altitude [m]
𝐷0 = 𝐶𝑠ℎ − 𝐶0
Em que:
1
𝐾𝑡 =
1 − 𝑒 −5𝑘1𝑇
Em que:
𝐿0 = 𝐷𝐵𝑂5 . 𝐾𝑡
Em que:
Em que:
𝑑𝑐 = 𝑡𝑐 . 𝑣 . 86,4
Em que:
Em que:
𝐿0 . 𝑒 (−𝐾1𝑇.𝑡)
𝐷𝐵𝑂5 (𝑡) =
𝐾𝑡
Em que:
𝐾𝑏 = 1
Em que:
𝐾𝑏𝑟 = 𝐾𝑏 . 𝜃 (𝑇−20)
Em que:
T: Temperatura [°C]
𝑁(𝑡) = 𝑁0 . 𝑒 (−𝐾𝑏.𝑡)
Em que:
14.1.4.17 Cenários
Tabela 29 - Limites legais dos parâmetros para corpos hídricos pertencentes a Classe 2 (CONAMA
357/2005).
Parâmetros de Qualidade – Classe 2 (CONAMA 357/2005)
OD ≥5 mg/L
DBO ≤5 mg/L
Nitrogênio amoniacal ≤ 3,7 mg/L(1)
Nitrato ≤ 10,0 mg/L(1)
Nitrito ≤ 1,0 mg/L(1)
Fósforo ≤ 0,10 mg/L(2)
Coliformes Totais ≥ 1000 NMP/100mL
(1) Valores considerando o pH menor que 7,5
(2) Valor para ambiente lótico
➢ Cenário 1: Q7,10_PERH-2006
➢ Cenário 2: Q98_PERH-2006
14.1.4.18.1 Cenário 1: Lançamento do Efluente Tratado no Ponto A para Vazão
Q7,10_PERH-2006
Concentrações
Classe 2 Zona de Mistura Esgoto Eficiência de
Corpo Hídrico Calculadas do
(CONAMA 357) Inicial Bruto Tratamento
Lançamento (Efluente)
Local de lançamento Ponto A Ponto A Ponto A Ponto A Ponto A
Vazão associada Q7,10_PERH-2006 Q7,10_PERH-2006 Q7,10_PERH-2006 Q7,10_PERH-2006
Desvio médio associado 1,93% 1,93% 1,93%
Vazão [m³/s] - 0,950 ±0,018 0,120 ±0,000 1,070 ±0,021 0,12
Razão de diluição [m³/m³] - - - - - 7,918 ±0,15 -
OD [g/m³] ≥ 5,00 5,500 ±0,11 ≥ 2,55 ±0,00 5,169 ±0,10 0,00 -
DBO [g/m³] ≤ 5,00 4,000 ±0,08 ≤ 12,92 ±0,00 5,000 ±0,10 300,00 95,69%
NTK [g N/m³] - - - ≤ 21,35 ±0,00 - - 50,00 57,30%
N-NH4 [g N/m³] ≤ 3,70 1,850 ±0,04 ≤ 18,35 ±0,00 3,700 ±0,07 34,00 46,03%
N-org [g N/m³] - - - ≤ 3,00 ±0,00 - - 16,00 81,25%
N-NO3 [g N/m³] ≤ 10,00 5,000 ±0,10 ≤ 49,59 ±0,00 10,000 ±0,19 0,00 -
N-NO2 [g N/m³] ≤ 1,00 0,500 ±0,01 ≤ 4,96 ±0,00 1,000 ±0,02 0,00 -
Nitrogênio Total [g N/m³] - - - ≤ 75,90 ±0,00 - - 50,00 -51,79%
Fósforo [g P/m³] ≤ 0,10 0,050 ±0,00 ≤ 0,50 ±0,00 0,100 ±0,00 10,00 95,04%
pH - 6,00 - 9,00 - - 7,00 ±0,00 - - 7,00 -
Coliformes Totais [NMP/100 mL] ≤ 1,00E+03 6,00E+02 ±11,58 ≤ 4,17E+03 ±0,00 1,00E+03 ±19,30 1,00E+07 99,96%
Concentrações
Classe 2 Zona de Mistura Esgoto Eficiência de
Corpo Hídrico Calculadas do
(CONAMA 357) Inicial Bruto Tratamento
Lançamento (Efluente)
Local de lançamento Ponto A Ponto A Ponto A Ponto A Ponto A
Vazão associada Q98_PERH-2006 Q98_PERH-2006 Q98_PERH-2006 Q98_PERH-2006
Desvio médio associado 2,77% 2,77% 2,77%
Vazão [m³/s] - 1,768 ±0,049 0,120 ±0,000 1,888 ±0,052 0,12
Razão de diluição [m³/m³] - - - - - 14,733 ±0,41 -
OD [g/m³] ≥ 5,00 5,500 ±0,15 ≥ 0,00 ±0,00 5,150 ±0,14 0,00 -
DBO [g/m³] ≤ 5,00 4,000 ±0,11 ≤ 19,73 ±0,00 5,000 ±0,14 300,00 93,42%
NTK [g N/m³] - - - ≤ 33,96 ±0,00 - - 50,00 32,09%
N-NH4 [g N/m³] ≤ 3,70 1,850 ±0,05 ≤ 30,96 ±0,00 3,700 ±0,10 34,00 8,95%
N-org [g N/m³] - - - ≤ 3,00 ±0,00 - - 16,00 81,25%
N-NO3 [g N/m³] ≤ 10,00 5,000 ±0,14 ≤ 83,66 ±0,00 10,000 ±0,28 0,00 -
N-NO2 [g N/m³] ≤ 1,00 0,500 ±0,01 ≤ 8,37 ±0,00 1,000 ±0,03 0,00 -
Nitrogênio Total [g N/m³] - - - ≤ 125,99 ±0,00 - - 50,00 -151,97%
Fósforo [g P/m³] ≤ 0,10 0,050 ±0,00 ≤ 0,84 ±0,00 0,100 ±0,00 10,00 91,63%
pH - 6,00 - 9,00 - - 7,00 ±0,00 - - 7,00 -
Coliformes Totais [NMP/100 mL] ≤ 1,00E+03 6,00E+02 ±16,62 ≤ 6,89E+03 ±0,00 1,00E+03 ±27,70 1,00E+07 99,93%
14.1.4.19 Conclusão
Tabela 32 - Parâmetros do esgoto bruto, parâmetros de lançamento do efluente tratado no ponto A para que não haja o desenquadramento do Rio Saí-mirim e a
eficiência necessária de tratamento para as vazões mínimas associadas Q7,10_PERH-2006 e Q98_PERH-2006.
* O esgoto bruto possui nitrogênio na forma de amônia (NH4) e nitrogênio orgânico. Nas etapas aeróbias de tratamento ocorrem a transformação da amônia para nitrito e nitrato
por meio do processo de nitrificação.
Para as vazões mínimas de referência associadas a 7 dias de duração e 10 anos de período de retorno, Q 7,10_PERH-2006 em relação a curva de
permanência de 98%, Q98_PERH-2006, observa-se a variação de 86% e, entre as concentrações máximas e mínimas para os parâmetros de lançamento
do efluente tratado, observa-se variações superiores a 53% (alcançando 69% para nitrogênio amoniacal e fósforo), para a não ocorrência do
desenquadramento do corpo receptor: 0,00 ≤ OD ≥ 2,55 mg/L; 12,92 ≤ DBO ≤ 19,73 mg/L; 18,35 ≤ N-NH4 ≤ 30,96 mg/L; 49,59 ≤ N-NO3 ≤
83,66 mg/L; 4,96 ≤ N-NO2 ≤ 8,37 mg/L; 0,50 ≤ P ≤ 0,84 mg/L; 4.170 ≤ Coliformes Totais ≤ 6.890 NMP/100 mL. Portanto, considerando o
Rio Saí-mirim enquadrado na classe 2 no ponto A, a escolha do método de regionalização da vazão mínima associada, Q 7,10_PERH-2006 ou Q98_PERH-
2006, incorrerá em um impacto significativo quanto aos parâmetros máximos de lançamento do efluente tratado.
Tabela 33 - Concentração média de efluentes tratados nos sistemas convencionais de tratamento de esgoto que apresentam
ótimas performances (Fonte: Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos / Marco Von Sperling, 4 ed. –
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014).
Qualidade média do efluente
Sistemas DBO DQO SS NH4 N Total P Total Colif. Ovos
(mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (mg/L) (NMP/100ml) Helm.(ovo/L)
Lodos ativados convencional 15-10 45-120 20-40 <5 > 20 >4 106-107 >1
Lodos ativados - aeração
10-35 30-100 20-40 <5 > 20 >4 106-107 >1
prolongada
Lodos ativados batelada –
10-35 30-100 20-40 <5 > 20 >4 106-107 >1
aeração prolongada
Lodos ativados convencional
15-40 45-120 20-40 <5 <10 >4 106-107 >1
com remoção biológica de N
Lodos ativados convencional
com remoção biológica de 15-40 45-120 20-40 <5 <10 1-2 106-107 >1
N/P
Lodos ativados convencional
10-20 30-60 10-20 <5 > 20 3-4 102-104 <1
+ filtração terciária
Filtro biológico percolador de
15-40 30-120 20-40 5-10 > 20 >4 106-107 >1
baixa carga
Filtro biológico percolador de
30-60 80-180 20-40 > 15 > 20 >4 106-107 >1
alta carga
Biofiltro aerado submerso
15-35 30-100 20-40 <5 > 20 >4 106-107 >1
com nitrificação
Biofiltro aerado submerso
15-35 30-100 20-40 <5 < 10 >4 106-107 >1
com remoção biológica de N
Obs: Precipitação química de fósforo, com qualquer das tecnologias acima: P< 1 mg/L. Desinfecção por cloração: Colif. Term. <
103 NMP/100mL.
Tabela 34 - Parâmetros do esgoto bruto, parâmetros propostos para o efluente tratado e a eficiência
no tratamento.
Parâmetros Esgoto Bruto Efluente Tratado Eficiência
Vazão 0,120 m³/s 0,120 m³/s -
DBO 300 mg/L ≤ 15 mg/L 95%
OD 0 mg/L ≥ 5 mg/L -
NH4 50 mg/L ≤ 20 mg/L 50%
Nitrato* -* ≤ 50 mg/L -
Nitrito* -* ≤ 5 mg/L -
Fósforo 9 mg/L ≤ 0,5 mg/L 95%
Diagnóstico de Ruídos
Tabela 35 - Posicionamento geográfico (DATUM WGS 84) dos pontos de medição da avaliação de
ruído na área da Estação de Tratamento de Esgoto do município de Itapoá/SC.
Figura 83 - Imagem da delimitação da área de influência direta (AID) para o monitoramento de ruídos da captação e estação de tratamento de esgoto de
Itapoá-SC.
Onde:
A Norma NBR 10151 cita o nível de ruído ambiente (Lra), que corresponde ao
nível de pressão sonora na ausência do ruído da fonte geradora. Sendo assim, se o nível
de ruído ambiente Lra for superior ao valor da Tabela 36 para a área e o horário, o NCA
assume o valor do Lra.
Tabela 36 - Nível de critério de avaliação de NCA para ambientes externos, em dB(A). NBR
10.151/00.
Atendendo ao disposto no item 5.1 da NBR 10151, não se realizou coleta de NPS
em período caracterizado por interferências audíveis advindas de fenômenos naturais, tais
como chuvas, ventos fortes, trovões e/ou demais interferências.
Tabela 37 - Valores de NPS instantâneo, histograma e cálculo do LAeq, em dB[A], para o ponto de
medição #01, no dia 20 de outubro de 2016, amostragem diurna.
Amostragem Diurna
Data NPS Li Fi Histograma Observações
25 - 30 0 0,0000 0,00%
30 - 35 0 0,0000 0,00% Total de 60 NPS
20 de outubro/2016
A variação dos níveis de pressão sonora e NPS equivalente (LAeq) para a medição
diurna no ponto #01 do dia 20 de outubro de 2016 são apresentados na Figura 85.
Figura 85 - Representação gráfica da distribuição espacial das emissões sonoras diurnas no ponto
de medição #01, realizada no dia 20 de outubro de 2016, na área da Estação de Tratamento de
Água do município de Itapoá/SC.
Tabela 38 - Valores de NPS instantâneo, histograma e cálculo do LAeq, em dB[A], para o ponto de
medição #02, no dia 20 de outubro de 2016, amostragem diurna.
Amostragem Diurna
Data NPS Li Fi Histograma Observações
25 - 30 0 0,0000 0,00%
30 - 35 45 0,7500 75,00% Total de 60 NPS
20 de outubro/2016
A variação dos níveis de pressão sonora e NPS equivalente (LAeq) para a medição
diurna no dia 20 de outubro de 2016 é apresentada na Figura 86.
Figura 86 - Representação gráfica da distribuição espacial das emissões sonoras diurnas no ponto
de medição #02, realizada no dia 20 de outubro de 2016, na área da Estação de Tratamento de
Água do município de Itapoá/SC.
Tabela 39 - Valores de NPS instantâneo, histograma e cálculo do LAeq, em dB[A], para o ponto de
medição #03, no dia 20 de outubro de 2016, amostragem diurna.
Amostragem Diurna
Data NPS Li Fi Histograma Observações
25 - 30 0 0,0000 0,00%
30 - 35 33 0,5500 55,00% Total de 60 NPS
20 de outubro/2016
A partir dos dados obtidos na Tabela 39, é possível observar que os NPS para a
amostragem diurna do dia 20 de outubro de 2016 variaram entre 30 e 70 decibéis, em que
o maior acúmulo de Li mensurado encontrou-se entre 30 e 35 dB[A], com 33 medições,
totalizando 55% do total de medições. O nível de pressão sonora equivalente (LAeq) se
deu em 50,27 d[A]. As fontes emissoras de ruído evidenciadas no momento da coleta de
dados foram de ruídos ambiente de residências próximas, assim como da movimentação
de caminhões.
A variação dos níveis de pressão sonora e NPS equivalente (LAeq) para a medição
diurna no ponto #03 do dia 20 de outubro de 2016 são apresentados na Figura 87.
Figura 87 - Representação gráfica da distribuição espacial das emissões sonoras diurnas no ponto
de medição #03, realizada no dia 20 de outubro de 2016, na área da Estação de Tratamento de
Água do município de Itapoá/SC.
Tabela 40 - Valores de NPS instantâneo, histograma e cálculo do LAeq, em dB[A], para o ponto de
medição #04, no dia 20 de outubro de 2016, amostragem diurna.
Amostragem Diurna
Data NPS Li Fi Histograma Observações
25 - 30 1 0,0167 1,67%
30 - 35 39 0,6500 65,00% Total de 60 NPS
20 de outubro/2016
A variação dos níveis de pressão sonora e NPS equivalente (LAeq) para a medição
diurna no dia 20 de outubro de 2016 é apresentada na Figura 88.
Figura 88 - Representação gráfica da distribuição espacial das emissões sonoras diurnas no ponto
de medição #04, realizada no dia 20 de outubro de 2016, na área da Estação de Tratamento de
Água do município de Itapoá/SC.
Tabela 41 - Valores de NPS instantâneo, histograma e cálculo do LAeq, em dB[A], para o ponto de
medição #05, no dia 20 de outubro de 2016, amostragem diurna.
Amostragem Diurna
Data NPS Li Fi Histograma Observações
25 - 30 0 0,0000 0,00%
30 - 35 0 0,0000 0,00% Total de 60 NPS
35 - 40 0 0,0000 0,00% instantâneos lidos
20 de outubro/2016
A variação dos níveis de pressão sonora e NPS equivalente (LAeq) para a medição
diurna no dia 20 de outubro de 2016 é apresentada na Figura 89.
Figura 89 - Representação gráfica da distribuição espacial das emissões sonoras noturnas no ponto
de medição #05, realizada no dia 20 de outubro de 2016, na área da Estação de Tratamento de
Água do município de Itapoá/SC.
Diurno
NPS diurno
NCA - Área mista, predominantemente residencial (55) Diurno - NBR 10151
80,00
75,00
70,00
65,00
60,00
dB (A)
55,00
50,00
45,00
40,00
35,00
30,00
#01 #02 #03 #04 #05
Pontos
Figura 90 - Níveis de pressão sonora equivalente (LAeq) e nível de critério de avaliação (NCA)) para
ambientes externos dB(A) no período diurno segundo NBR 10151/2000 na área da Estação de
Tratamento de Água, no município de Itapoá, no dia 20 de outubro de 2016.
Qualidade do Ar
Aonde:
n - amostra calculada
N - população
Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança
p - verdadeira probabilidade do evento
e - erro amostral
14
15
Masculino Feminino
5
8
16
27
Como pode ser observado, 27 pessoas, cerca de 97% da amostra não possui
nenhum tipo de problema respiratório.
12
17
Figura 94 - Pesquisa Qualidade do Ar. Pergunta nº 2 – Sente incomodo por geração de poeira?
Como pode ser observado, 17 pessoas, cerca de 59% da amostra sente incomodo
pela geração de poeira no local.
20
Figura 95 - Pesquisa Qualidade do Ar. Pergunta nº 3 – Sente odores ruins na área próxima à sua
residência?
Como pode ser observado, 20 pessoas, cerca de 69% da amostra não sente nenhum
tipo de odor ruim na área próxima à sua residência.
22
Figura 96 - Pesquisa Qualidade do Ar. Pergunta nº 4 – Acha que uma Estação de Tratamento de
Esgoto irá interferir na qualidade do ar? Fonte: Autores.
Como pode ser observado, 22 pessoas, cerca de 76% da amostra não sente nenhum
tipo de odor ruim na área próxima à sua residência.
Caracterização da Vegetação
Figura 97 - Mapa fitogeográfico de Santa Catarina de acordo com Klein (1978) e Vibrans et al.
(2012).
✓ Restinga
Restinga herbácea – Situada próxima ao mar e limitada pela ação das marés e pela
forte insolação, além de estar inserida sobre solos arenosos (KLEIN, 1980; 1984;
FALKENBERG, 1999; SEVEGNANI, 2002). O tipo de solo mais comum encontrado
nesses ambientes é o Neossolo Quartzarênico, que é constituído essencialmente de
quartzo e apresenta textura arenosa ou franca arenosa nos horizontes superficiais e
subsuperficiais (SANTOS et al., 2013). A característica de alto teor de quartzo e ação
constante das marés torna esse solo salino e bastante limitante para o estabelecimento da
vegetação, sendo poucas as espécies adaptadas a estas condições ambientais extremas
(KLEIN, 1980; 1984; FALKENBERG, 1999; RODERJAN et al., 2002; SANTOS et al.,
2013). A cobertura vegetal que se estabelece sobre esse ambiente apresenta fisionomia
herbácea e rasteira e a espécie mais característica é Ipomoea pes-caprae (pé-de-cabra),
que forma longos caules rastejantes com folhas verdes claros e flores vistosas e roxas.
Outras espécies que caracterizam a cobertura vegetal da restinga herbácea são
Hydrocotyle bonariensis (erva-capitão), Blutaparon portulacoides (pirrixiu) e Polygala
cyparissias (gelol-da-praia) (FALKENBERG, 1999; RODERJAN et al., 2002;
SEVEGNANI, 2002).
Restinga arbustiva – À medida que se avança para as dunas mais afastadas, a ação
das marés e dos ventos diminui e a fisionomia da vegetação herbácea de restinga se torna
mais rica e densa passando a ser caracterizada como arbustiva. Sobre os cordões arenosos
é possível observar algumas das espécies de plantas que ocorrem na vegetação de restinga
herbácea próxima ao mar, como é o caso de Ipomoea pes-caprae (pé-de-cabra). No
entanto, nesse ambiente a fisionomia da vegetação é constituída, predominantemente, por
arbustos que ocorrem em pequenos agrupamentos (KLEIN, 1984; SEVEGNANI, 2002).
Dentre as espécies arbustivas mais comuns estão Symphyopappus casarettoi (vassoura),
Dodonaea viscosa (vassoura-vermelha), Varronia curassavica (baleeira), Gaylussacia
brasiliensis (camari-nhêmba), Dalbergia ecastaphyllum (marmelo-do-mangue), Guapira
opposita (maria-mole), Rumohra adiantiformis (samambaia-da-praia), Clusia criuva
(mangue-de-formiga) e Ilex theezans (caúna) (RODERJAN et al., 2002).
Figura 100 – A) Vegetação de restinga herbácea com dominância de Ipomoea pes-caprae, Itapoá-
SC. B) Indivíduo de Ipomoea pes-caprae na restinga herbácea, Itapoá-SC. Foto: R. Scheffer.
✓ Manguezal
✓ Comunidades Aluviais
Serra do Mar, pois parte das partículas de solos que chegam aos rios, são posteriormente
transportadas e depositadas pelas cheias nas planícies litorâneas, o que as caracterizam
pela sua origem alúvio-coluvionar, com presença de leques de dejeção fluviais (LEITE;
KLEIN, 1990; CURCIO, 2002).
14.2.1.2.1 Metodologia
Figura 103 - Imagem com a localização das Unidades Amostrais (UA) utilizadas para amostrar a
vegetação nativa na área de influência direta (AID) do empreendimento, Itapoá-SC.
14.2.1.2.2 Resultados
A área basal total média registrada para a vegetação nativa remanescente na área
de influência direta foi de 2,37 m² ou 7,42 m².ha-1. A espécie Syagrus romanzoffiana
(coqueiro-jerivá) por apresentar elevado número de indivíduos e troncos relativamente
grossos, somou mais de 60% da área basal encontrada.
Tabela 44 - Relação das variáveis dendrométricas das espécies registradas no inventário florestal
na Área de Influência Direta (AID), Itapoá, SC.
Nome científico Nome popular N ind.ha-1 DAP (cm) H (m) AB (m²) AB (m².ha-1)
Alchornea triplinervia tanheiro 4 12,5 6,7 3,3 0,02 0,05
Andira fraxinifolia pau-angelim 12 37,5 6,9 3,7 0,07 0,23
Calophyllum brasiliense guanandi 30 93,8 8,4 4,2 0,23 0,73
Coussapoa microcarpa mata-pau 17 53,1 6,0 4,3 0,09 0,29
Eugenia cerasiflora guamirim 1 3,1 4,8 3,8 0,004 0,01
Ficus cestrifolia figueira 1 3,1 22,9 8,0 0,04 0,13
Ficus gomelleira figueira 1 3,1 23,9 9,0 0,04 0,14
Garcinia gardneriana bacopari 1 3,1 4,5 3,0 0,002 0,005
Inga edulis ingá-cipó 25 78,1 9,0 6,1 0,25 0,77
Marlierea tomentosa guarapuruna 8 25,0 4,8 3,4 0,02 0,05
Myrcia brasiliensis guamirim 5 15,6 4,7 2,9 0,01 0,03
Myrcia guianensis guamirim 1 3,1 6,2 4,0 0,003 0,01
Myrcia racemosa guamirim 1 3,1 4,8 4,0 0,002 0,01
Pouteria venosa guacá-de-leite 12 37,5 5,6 3,5 0,04 0,13
Syagrus romanzoffiana coqueiro-jerivá 48 150,0 19,4 9,9 1,53 4,78
Tibouchina pulchra jacatirão 5 15,6 5,8 2,7 0,02 0,05
Total 172 537,5 - - 2,37 7,42
Myrtaceae 31,3
Moraceae 12,5
Fabaceae 12,5
Urticaceae 6,3
Sapotaceae 6,3
Melastomataceae 6,3
Euphorbiaceae 6,3
Clusiaceae 6,3
Calophyllaceae 6,3
Arecaceae 6,3
0 5 10 15 20 25 30 35
Percentual de Espécies (%)
Figura 104 - Distribuição das espécies lenhosas por família amostrada no inventário florestal da
Área de Influência Direta (AID), Itapoá, SC.
Tabela 45 - Lista com as espécies lenhosas amostradas no inventário florestal da Área de Influência
Direta (AID), Itapoá, SC.
Alchornea triplinervia tanheiro 12,5 2,3 0,05 0,7 12,5 2,5 5,5
Ficus gomelleira figueira 3,1 0,6 0,14 1,9 6,3 1,3 3,7
Ficus cestrifolia figueira 3,1 0,6 0,13 1,7 6,3 1,3 3,6
Eugenia cerasiflora guamirim 3,1 0,6 0,01 0,2 6,3 1,3 2,0
Myrcia guianensis guamirim 3,1 0,6 0,01 0,1 6,3 1,3 2,0
Myrcia racemosa guamirim 3,1 0,6 0,01 0,1 6,3 1,3 1,9
Garcinia gardneriana bacopari 3,1 0,6 0,005 0,1 6,3 1,3 1,9
Total - 537,5 100,0 7,42 100,0 493,8 100,0 300,0
DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta (%); FR = frequência
relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%) e; VI = valor de importância (%).
De maneira geral, a vegetação da área de influência direta está inserida sobre solos
constituídos por material orgânico (Organossolos) e mineral (Gleissolos). Os
Organossolos apresentam teores de carbono orgânico maior ou igual a 80 g.kg-1 e baixa
densidade volumétrica (RACHWAL; CURCIO, 2001). A coloração desse tipo de solo é
preta, cinzenta muito escura ou brunada e resulta da acumulação de resíduos vegetais em
diferentes estágios de decomposição. O caráter de baixa densidade volumétrica acarreta
Figura 105 - Solo encharcado na Formação Pioneira de Influência Fluvial, Itapoá, SC.
Figura 106 – A) Vegetação com Syagrus romanzoffiana distribuídos de forma esparsa na Formação
Pioneira de Influência Fluvial, Itapoá, SC. B) Vegetação arbustiva na Formação Pioneira de
Influência Fluvial, com dominância de lianas, Itapoá, SC.
Figura 107 - Vegetação arbustiva na Formação Pioneira de Influência Fluvial, com dominância de
lianas, Itapoá, SC. B) Vegetação arbustiva na Formação Pioneira de Influência Fluvial, com
dominância de Typha dominguensis, Itapoá, SC.
A área basal total média registrada para a vegetação nativa remanescente na área
de influência direta foi de 8,29 m² ou 25,90 m².ha-1. As espécies Calophyllum brasiliense
(guanandi), Tapirira guianensis (copiúva) e Myrcia brasiliensis (guamirim-araçá), por
apresentarem elevado número de indivíduos e troncos relativamente grossos, somaram
mais de 30% da área basal encontrada.
Tabela 48 - Relação das variáveis dendrométricas das espécies registradas no inventário florestal
na Área de Influência Direta (AID), Itapoá, SC.
Nome científico Nome popular N ind.ha-1 DAP (cm) H (m) AB (m²) AB (m².ha-1)
Alchornea triplinervia tanheiro 12 37,5 13,3 15,7 0,19 0,61
Amaioua guianensis carvoeiro 10 31,3 11,7 11,2 0,12 0,37
Andira fraxinifolia pau-angelim 2 6,3 14,5 10,5 0,04 0,14
Byrsonima ligustrifolia murici 19 59,4 9,7 11,3 0,36 1,13
Calophyllum brasiliense guanandi 14 43,8 26,2 21,2 1,162 3,63
Calyptranthes rubella guamirim 2 6,3 6,2 8,5 0,01 0,02
Clethra scabra caujuva 3 9,4 9,3 8,7 0,02 0,07
Clusia criuva mangue-formiga 7 21,9 20,4 15,0 0,30 0,94
Coussapoa microcarpa mata-pau 2 6,3 6,4 9,5 0,01 0,02
Cupania oblongifolia camboatá 1 3,1 19,4 19,0 0,03 0,09
Cyathea phalerata xaxim 3 9,4 9,8 3,0 0,02 0,07
Cybianthus brasiliensis capororoca-rosa 2 6,3 5,7 7,5 0,01 0,02
Euterpe edulis palmiteiro 18 56,3 5,3 3,6 0,04 0,12
Ficus cestrifolia figueira-de-folha-miúda 3 9,4 30,1 23,0 0,22 0,70
Ficus luschnathiana figueira 2 6,3 6,3 9,0 0,01 0,02
Garcinia gardneriana bacopari 13 40,6 6,9 6,4 0,06 0,17
Geonoma schottiana guaricana 29 90,6 6,4 2,5 0,10 0,30
Guatteria australis cortiça 4 12,5 6,5 7,5 0,01 0,04
Hedyosmum brasiliense cidreira 2 6,3 5,3 5,3 0,004 0,01
Heisteria silvianii casca-de-tatu 4 12,5 11,5 11,8 0,05 0,15
Ilex dumosa caúna 1 3,1 36,9 25,0 0,11 0,33
Laplacea fruticosa pau-de-santa-rita 1 3,1 23,6 18,0 0,04 0,14
Magnolia ovata baguaçu 1 3,1 29,0 20,0 0,07 0,21
Manilkara subsericea maçaranduba 3 9,4 16,4 15,3 0,07 0,21
Nome científico Nome popular N ind.ha-1 DAP (cm) H (m) AB (m²) AB (m².ha-1)
Marlierea reitzii guamirim 13 40,6 7,4 6,3 0,09 0,28
Matayba intermedia camboatá-branco 8 25,0 12,5 14,7 0,11 0,34
Maytenus gonoclada coração-de-bugre 5 15,6 7,7 7,4 0,03 0,09
Miconia cabucu pixiricão 1 3,1 4,8 5,0 0,002 0,01
Miconia chartacea pixirica 4 12,5 6,6 6,9 0,01 0,04
Miconia cubatanensis pixirica 11 34,4 6,6 7,5 0,04 0,12
Miconia sellowiana pixirica 1 3,1 5,1 5,5 0,002 0,01
Myrcia amazonica ingabaú 15 46,9 7,1 7,2 0,09 0,27
Myrcia brasiliensis guamirim-araça 23 71,9 15,3 16,1 0,53 1,67
Myrcia guianensis guamirim-branco 3 9,4 11,5 12,3 0,03 0,10
Myrcia multiflora guamirim 2 6,3 26,6 21,0 0,12 0,36
Myrcia pubipetala guamirim-araça 17 53,1 15,7 17,0 0,38 1,19
Myrcia pulchra guamirim-ferro 5 15,6 12,8 14,3 0,14 0,42
Myrcia racemosa guamirim 19 59,4 7,7 7,4 0,14 0,45
Myrsine umbellata capororocão 1 3,1 5,9 8,0 0,003 0,01
Nectandra oppositifolia canela-garuva 5 15,6 20,2 17,6 0,17 0,54
Não identificada 1 - 2 6,3 19,6 20,0 0,06 0,20
Não identificada 2 - 3 9,4 17,7 18,3 0,11 0,35
Ocotea aciphylla canela-amarela 7 21,9 14,9 13,4 0,26 0,82
Ocotea elegans canela-parda 1 3,1 23,6 18,0 0,04 0,14
Ocotea pulchella canela-lageana 7 21,9 16,3 12,6 0,21 0,65
Ocotea silvestris canela 1 3,1 8,0 7,0 0,005 0,02
Pera glabrata seca-ligeiro 24 75,0 13,0 12,6 0,45 1,41
Persea venosa pau-andrade 3 9,4 10,7 11,5 0,03 0,10
Podocarpus sellowii pinheiro-bravo 1 3,1 35,0 22,0 0,10 0,30
Pouteria venosa guacá-de-leite 2 6,3 7,4 11,0 0,01 0,03
Psidium cattleianum araçá 14 43,8 12,2 13,0 0,23 0,73
Schefflera angustissima caixeta 10 31,3 18,8 15,2 0,37 1,14
Schefflera morototoni caixeta 2 6,3 17,7 14,0 0,06 0,19
Sloanea guianensis laranjeira-do-mato 17 53,1 11,0 13,4 0,23 0,72
Syagrus romanzoffiana coqueiro-jerivá 3 9,4 20,4 20,7 0,10 0,31
Tapirira guianensis cupiúva 31 96,9 16,3 15,8 1,09 3,40
Total 419 1.309,4 - - 8,29 25,90
N = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito médio; H = altura total média; AB = área basal total.
Myrtaceae 17,9
Lauraceae 10,7
Melastomataceae 7,1
Arecaceae 5,4
Sapotaceae 3,6
Sapindaceae 3,6
Primulaceae 3,6
Moraceae 3,6
Clusiaceae 3,6
Araliaceae 3,6
Outras famílias (19) 33,9
0 10 20 30 40
Percentual de Espécies (%)
Figura 108 - Distribuição das espécies lenhosas por família amostrada no inventário florestal da
Área de Influência Direta (AID), Itapoá, SC.
Tabela 49 - Lista com as espécies lenhosas amostradas no inventário florestal da Área de Influência
Direta (AID), Itapoá, SC.
Consema MMA
Família Nome científico Nome popular H GE Origem E
(2014) (2014)
Anacardiaceae Tapirira guianensis cupiúva Ar CL Nativa não - -
Annonaceae Guatteria australis cortiça Ar CS Nativa sim - -
Aquifoliaceae Ilex dumosa caúna Ab CL Nativa não - -
Schefflera
Araliaceae caixeta Ar CL Nativa sim - -
angustissima
Schefflera morototoni caixeta Ar CL Nativa não - -
Arecaceae Euterpe edulis palmiteiro P CS Nativa não - VU
Geonoma schottiana guaricana P CS Nativa sim - -
Syagrus romanzoffiana coqueiro-jerivá P CL Nativa sim - -
Calophyllum
Calophyllaceae guanandi Ar CS Nativa não CR -
brasiliense
Celastraceae Maytenus gonoclada coração-de-bugre Ar CS Nativa sim - -
Hedyosmum
Chloranthaceae cidreira Ar CL Nativa não - -
brasiliense
Clethraceae Clethra scabra caujuva Ar P Nativa não - -
Clusiaceae Clusia criuva mangue-formiga Ab P Nativa sim - -
Garcinia gardneriana bacopari Av CS Nativa não - -
Cyatheaceae Cyathea phalerata xaxim Fa CS Nativa sim - -
Elaeocarpaceae Sloanea guianensis laranjeira-do-mato Ar CS Nativa não - -
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia tanheiro Ar CL Nativa não - -
Fabaceae Andira fraxinifolia pau-angelim Ar CL Nativa sim - -
Lauraceae Nectandra oppositifolia canela-garuva Ar CL Nativa não - -
Ocotea aciphylla canela-amarela Ar CS Nativa não - -
Ocotea elegans canela-parda Ar CS Nativa sim - -
Ocotea pulchella canela-lageana Ar CL Nativa não - -
Ocotea silvestris canela Ar CS Nativa sim - -
Persea venosa pau-andrade Ar CS Nativa sim - -
Magnoliaceae Magnolia ovata baguaçu Ar CS Nativa sim - -
Malpighiaceae Byrsonima ligustrifolia murici Ar CL Nativa sim - -
Melastomataceae Miconia cabucu pixiricão Ar CL Nativa sim - -
Miconia chartacea pixirica Av CL Nativa sim - -
Miconia cubatanensis pixirica Av CL Nativa sim - -
Miconia sellowiana pixirica Av P Nativa sim - -
figueira-de-folha-
Moraceae Ficus cestrifolia Ar CS Nativa sim - -
miúda
Ficus luschnathiana figueira Ar CS Nativa não - -
Consema MMA
Família Nome científico Nome popular H GE Origem E
(2014) (2014)
Myrtaceae Calyptranthes rubella guamirim Av CS Nativa sim - -
Marlierea reitzii guamirim Av CS Nativa sim - -
Myrcia amazonica ingabaú Ar CS Nativa sim - -
Myrcia brasiliensis guamirim-araça Ar CS Nativa sim - -
Myrcia guianensis guamirim-branco Ar CS Nativa sim - -
Myrcia multiflora guamirim Ar CS Nativa não - -
Myrcia pubipetala guamirim-araça Ar CL Nativa sim - -
Myrcia pulchra guamirim-ferro Ar CS Nativa sim - -
Myrcia racemosa guamirim Av CS Nativa sim - -
Psidium cattleianum araçá Av CL Nativa sim - -
Olacaceae Heisteria silvianii casca-de-tatu Ar CS Nativa sim - -
Peraceae Pera glabrata seca-ligeiro Ar CL Nativa não - -
Podocarpaceae Podocarpus sellowii pinheiro-bravo Ar CS Nativa não - -
Primulaceae Cybianthus brasiliensis capororoca-rosa Av CL Nativa não - -
Myrsine umbellata capororocão Ar P Nativa não - -
Rubiaceae Amaioua guianensis carvoeiro Ar CS Nativa não - -
Sapindaceae Cupania oblongifolia camboatá Ar CL Nativa sim - -
Matayba intermedia camboatá-branco Ar CL Nativa sim - -
Sapotaceae Manilkara subsericea maçaranduba Ar CS Nativa sim - -
Pouteria venosa guacá-de-leite Ar CS Nativa não - -
Theaceae Laplacea fruticosa pau-de-santa-rita Av CL Nativa não - -
Urticaceae Coussapoa microcarpa mata-pau Ar CS Nativa sim - -
- Não identificada 1 - - - - - - -
- Não identificada 2 - - - - - - -
H = hábito: Ar = árvores, Av = arvoreta, Ab = arbusto, P = palmeira; Fa = feto arborescente; GE = grupo ecológico: P
= pioneira, CL = clímax exigente de luz, CS = clímax tolerante à sombra; E = endêmica do Brasil; CR = Criticamente
em Perigo; VU = Vulnerável.
famílias botânicas (Tabela 51). As famílias com maior riqueza florística foram
Bromeliaceae (23 espécies) e Orchidaceae (22 espécies), com destaque para os gêneros
Vriesea (09 espécies) e Aechmea (05 espécies), respectivamente (Figura 109).
Tabela 51 - Lista com as principais espécies de epífitos vasculares registradas na Área de Influência
Direta (AID), Itapoá, SC.
CONSEMA MMA
Família Nome científico Nome popular Origem E
(2014) (2014)
Araceae Anthurium urvilleanum antúrio Nativa sim - -
CONSEMA MMA
Família Nome científico Nome popular Origem E
(2014) (2014)
Cattleya forbesii orquídea Nativa sim - -
Dichaea cogniauxiana orquídea Nativa sim - -
Dryadella sp. orquídea - - - -
Epidendrum latilabrum orquídea Nativa sim - -
Epidendrum sp. orquídea - - - -
Gomesa flexuosa chuva-de-ouro Nativa não - -
Gomesa radicans orquídea Nativa não - -
Heterotaxis brasiliensis orquídea Nativa sim - -
Notylia sp. orquídea - - - -
Octomeria sp. orquídea - - - -
Phymatidium delicatulum micro-orquídea Nativa não - -
Polystachya concreta orquídea Nativa não - -
Prosthechea fragrans orquídea Nativa não - -
Scaphyglottis modesta orquídea Nativa não - -
Trigonidium obtusum orquídea Nativa sim - -
Vanilla chamissonis orquídea Nativa não - -
Piperaceae Peperomia glabella peperômia Nativa não - -
Peperomia sp. peperômia - - - -
Dryopteridaceae Elaphoglossum lingua samambaia Nativa sim - -
Elaphoglossum luridum samambaia Nativa não - -
Polybotrya cylindrica samambaia Nativa sim - -
Rumohra adiantiformis samambaia-preta Nativa não - -
Hymenophyllaceae Hymenophyllum sp. folhagem - - - -
Trichomanes pilosum samambaia Nativa não - -
Lomariopsidaceae Nephrolepis sp. samambaia - - - -
Polypodiaceae Campyloneurum acrocarpon samambaia Nativa * - -
Microgramma percussa samambaia Nativa não - -
Microgramma vacciniifolia cipó-cabeludo Nativa não - -
Pecluma pectinatiformis samambaia Nativa não - -
Pleopeltis hirsutissima samambaia Nativa não - -
Pleopeltis pleopeltifolia samambaia Nativa sim - -
Serpocaulon catharinae samambaia Nativa não - -
Pteridaceae Vittaria lineata samambaia Nativa não - -
Lycopodiaceae Huperzia sp. samambaia - - - -
Bromeliaceae 28,8
Orchidaceae 27,5
Araceae 11,3
Polypodiaceae 8,8
Gesneriaceae 5,0
Dryopteridaceae 5,0
Piperaceae 2,5
Hymenophyllaceae 2,5
Cactaceae 2,5
Outras famílias (5) 6,3
0 10 20 30 40
Percentual de Espécies (%)
Figura 109 - Distribuição das espécies epifíticas por família amostrada no método de
caminhamento da Área de Influência Direta (AID), Itapoá, SC.
planícies quaternárias próximas das Serras do Mar (Figura 110), entre 24º e 32º de latitude
Sul, em cotas que variam de 5 m até em torno de 30 m de altitude (IBGE, 2012).
Figura 111 - A) Indivíduo de Tapirira guianensis (copiúva) no estrato superior da Floresta Pluvial
Subtropical de Baixadas, Itapoá-SC. B) Indivíduo de Calophyllum brasiliense (guanandi) no estrato
superior da Floresta Pluvial Subtropical de Baixadas, Itapoá-SC.
14.2.1.3.1 Metodologia
Figura 118 - Imagem com a localização das Unidades Amostrais (UA) utilizadas para amostrar a
vegetação nativa na área diretamente afetada (ADA) do empreendimento, Itapoá-SC.
para cada espécie. De acordo com esses autores, podem ser apresentados os seguintes
parâmetros:
14.2.1.3.2 Resultados
A área basal total média registrada para a vegetação nativa remanescente na área
diretamente afetada foi de 4,25 m² ou 42,45 m².ha-1. As espécies Tapirira guianensis
(copiúva) e Calophyllum brasiliense (guanandi) por apresentarem elevado número de
indivíduos, muitas vezes constituindo árvores altas frondosas e com caules relativamente
grossos, somaram mais de 65% da área basal encontrada na floresta.
Tabela 53 - Relação das variáveis dendrométricas medidas e estimadas para as espécies registradas
no inventário florestal na Área Diretamente Afetada (ADA), Itapoá, SC.
Nome científico Nome popular N ind.ha-1 DAP (cm) H (m) AB (m²) AB (m².ha-1)
Alchornea triplinervia tanheiro 3 30 18,1 16,3 0,11 1,15
Amaioua guianensis carvoeiro 9 90 10,5 8,9 0,10 1,04
Byrsonima ligustrifolia murici 3 30 10,9 10,7 0,03 0,32
Calophyllum brasiliense guanandi 15 150 22,3 17,2 0,89 8,91
Chionanthus filiformis azeitona-silvestre 1 10 5,6 9,0 0,002 0,02
Clusia criuva mangue-formiga 2 20 8,4 8,0 0,01 0,13
Coussapoa microcarpa mata-pau 1 10 19,1 18,0 0,03 0,29
Eugenia sp. guamirim 1 10 32,5 15,0 0,08 0,83
Euterpe edulis palmiteiro 1 10 8,0 7,0 0,005 0,05
Garcinia gardneriana bacopari 3 30 6,5 6,8 0,01 0,10
Geonoma schottiana guaricana 10 100 6,9 2,2 0,04 0,38
Guarea macrophylla catiguá-morcego 2 20 6,0 3,5 0,01 0,06
Heisteria silvianii casca-de-tatu 1 10 5,9 10,0 0,003 0,03
Ilex theezans caúna 2 20 7,4 9,0 0,01 0,09
Manilkara subsericea maçaranduba 2 20 15,1 10,5 0,04 0,39
Myrtaceae 24,2
Sapotaceae 6,1
Lauraceae 6,1
Clusiaceae 6,1
Arecaceae 6,1
0 10 20 30 40 50 60
Percentual de Espécies (%)
Figura 119 - Distribuição das espécies lenhosas por família amostrada no inventário florestal da
Área Diretamente Afetada (ADA), Itapoá, SC.
Consema MMA
Família Nome científico Nome popular H GE Origem E
(2014) (2014)
Anacardiaceae Tapirira guianensis copiúva Ar CL Nativa não - -
Aquifoliaceae Ilex theezans caúna Ab CL Nativa não - -
Araliaceae Schefflera angustissima caixeta Ar CL Nativa sim - -
Arecaceae Euterpe edulis palmiteiro P CS Nativa não - VU
Geonoma schottiana guaricana P CS Nativa sim - -
Calophyllaceae Calophyllum brasiliense guanandi Ar CS Nativa não CR -
Clusiaceae Clusia criuva mangue-formiga Ab P Nativa sim - -
Garcinia gardneriana bacopari Av CS Nativa não - -
laranjeira-do-
Elaeocarpaceae Sloanea guianensis mato Ar CS Nativa não - -
Euphorbiaceae Alchornea triplinervia tanheiro Ar CL Nativa não - -
Fabaceae Andira fraxinifolia pau-angelim Ar CL Nativa sim - -
Zollernia ilicifolia mocitaíba Ar CS Nativa não - -
Lauraceae Nectandra oppositifolia canela-garuva Ar CL Nativa não - -
Ocotea aciphylla canela-amarela Ar CS Nativa não - -
Malpighiaceae Byrsonima ligustrifolia murici Ar CL Nativa sim - -
Melastomataceae Miconia cubatanensis pixirica Av CL Nativa sim - -
Meliaceae Guarea macrophylla catiguá-morcego Ab CS Nativa não - -
Myrtaceae Eugenia sp. guamirim Av CS Nativa - - -
Marlierea reitzii guamirim Av CS Nativa sim - -
Myrcia amazonica ingabaú Ar CS Nativa sim - -
Myrcia brasiliensis guamirim-araçá Ar CS Nativa sim - -
Myrcia guianensis guamirim Ar CS Nativa sim - -
Myrcia pubipetala guamirim-chorão Ar CL Nativa sim - -
Myrcia racemosa guamirim Av CS Nativa sim - -
Psidium cattleianum araçá Av CL Nativa sim - -
Consema MMA
Família Nome científico Nome popular H GE Origem E
(2014) (2014)
Olacaceae Heisteria silvianii casca-de-tatu Ar CS Nativa sim - -
Oleaceae Chionanthus filiformis azeitona-silvestre Ar CS Nativa não - -
Peraceae Pera glabrata seca-ligeiro Ar CL Nativa não - -
Rubiaceae Amaioua guianensis carvoeiro Ar CS Nativa não - -
Sabiaceae Meliosma sellowii pau-fernandes Ar CS Nativa sim - -
Sapindaceae Matayba intermedia camboatá-branco Ar CL Nativa sim - -
Sapotaceae Manilkara subsericea maçaranduba Ar CS Nativa sim - -
Pouteria venosa guacá-de-leite Ar CS Nativa não - -
Urticaceae Coussapoa microcarpa mata-pau Ar CL Nativa sim - -
H = hábito: Ar = árvores, Av = arvoreta, Ab = arbusto, P = palmeira; GE = grupo ecológico: P = pioneira,
CL = clímax exigente de luz, CS = clímax tolerante à sombra; E = endêmica do Brasil; CR = Criticamente
em Perigo; VU = vulnerável.
Tabela 55 - Lista com as principais espécies de epífitos vasculares registradas na Área Diretamente
Afetada (ADA), Itapoá, SC.
CONSEMA MMA
Família Nome científico Nome popular Origem E
(2014) (2014)
Araceae Anthurium urvilleanum antúrio Nativa sim - -
Anthurium gaudichaudianum antúrio Nativa sim - -
Anthurium pentaphyllum antúrio Nativa não - -
Anthurium scandens antúrio Nativa não - -
Monstera adansonii costela-de-adão Nativa não - -
Philodendron appendiculatum guaimbê Nativa sim - -
Philodendron bipinnatifidum guaimbê Nativa não - -
Philodendron corcovadense guaimbê Nativa sim - -
Philodendron crassinervium guaimbê Nativa sim - -
Araliaceae Oreopanax capitatus figueira-braba Nativa não - -
Bromeliaceae Aechmea caudata bromélia Nativa sim - -
Aechmea nudicaulis bromélia Nativa sim - -
Aechmea ornata bromélia Nativa sim - -
Aechmea pectinata bromélia Nativa sim - -
Aechmea sp. bromélia - - - -
Billbergia amoena guaricana-uva Nativa sim - -
Neoregelia laevis bromélia Nativa sim - -
Nidularium innocentii gravatá Nativa sim - -
Nidularium procerum gravatá Nativa sim - -
Racinaea spiculosa bromélia Nativa não - -
Tillandsia geminiflora cravo-do-mato Nativa não - -
Tillandsia stricta cravo-do-mato Nativa não - -
Tillandsia tenuifolia cravo-do-mato Nativa não - -
Tillandsia usneoides barba-de-velho Nativa não - -
Vriesea altodaserrae bromélia Nativa sim - -
Vriesea atra bromélia Nativa sim - -
Vriesea carinata gravatá Nativa sim - -
CONSEMA MMA
Família Nome científico Nome popular Origem E
(2014) (2014)
Vriesea flammea gravatá Nativa sim - -
Vriesea gigantea bromélia Nativa sim - -
Vriesea incurvata gravatá Nativa sim - -
Vriesea philippocoburgii bromélia Nativa sim - -
Vriesea rodigasiana bromélia Nativa sim - -
Vriesea vagans gravatá Nativa sim - -
Cactaceae Rhipsalis pachyptera cacto-de-árvore Nativa sim - -
Rhipsalis sp. cacto-de-árvore - - - -
Gesneriaceae Codonanthe devosiana garrafão Nativa sim - -
Codonanthe gracilis garrafão Nativa sim - -
Nematanthus australis columéia Nativa sim - -
Nematanthus tessmannii columéia Nativa sim - -
Melastomataceae Pleiochiton blepharodes pixirica Nativa sim - -
Orchidaceae Acianthera sp. orquídea - - - -
Anacheilium sp. orquídea - - - -
Anathallis sp. orquídea - - - -
orquídea-rabo-de-
Brassavola tuberculata Nativa não - -
rato
Bulbophyllum sp. orquídea - - - -
Catasetum sp. orquídea - - - -
Cattleya forbesii orquídea Nativa sim - -
Dichaea cogniauxiana orquídea Nativa sim - -
Dryadella sp. orquídea - - - -
Epidendrum latilabrum orquídea Nativa sim - -
Epidendrum sp. orquídea - - - -
Gomesa flexuosa chuva-de-ouro Nativa não - -
Gomesa radicans orquídea Nativa não - -
Heterotaxis brasiliensis orquídea Nativa sim - -
Notylia sp. orquídea - - - -
Octomeria sp. orquídea - - - -
Phymatidium delicatulum micro-orquídea Nativa não - -
Polystachya concreta orquídea Nativa não - -
Prosthechea fragrans orquídea Nativa não - -
Scaphyglottis modesta orquídea Nativa não - -
Trigonidium obtusum orquídea Nativa sim - -
Vanilla chamissonis orquídea Nativa não - -
Piperaceae Peperomia glabella peperômia Nativa não - -
Peperomia sp. peperômia - - - -
Dryopteridaceae Elaphoglossum lingua samambaia Nativa sim - -
Elaphoglossum luridum samambaia Nativa não - -
Polybotrya cylindrica samambaia Nativa sim - -
Rumohra adiantiformis samambaia-preta Nativa não - -
Hymenophyllaceae Hymenophyllum sp. folhagem - - - -
Trichomanes pilosum samambaia Nativa não - -
Lomariopsidaceae Nephrolepis sp. samambaia - - - -
Polypodiaceae Campyloneurum acrocarpon samambaia Nativa * - -
Microgramma percussa samambaia Nativa não - -
Microgramma vacciniifolia cipó-cabeludo Nativa não - -
Pecluma pectinatiformis samambaia Nativa não - -
Pleopeltis hirsutissima samambaia Nativa não - -
Pleopeltis pleopeltifolia samambaia Nativa sim - -
Serpocaulon catharinae samambaia Nativa não - -
Pteridaceae Vittaria lineata samambaia Nativa não - -
Lycopodiaceae Huperzia sp. samambaia - - - -
E = endêmica do Brasil; * = desconhecida.
Bromeliaceae 28,8
Orchidaceae 27,5
Araceae 11,3
Polypodiaceae 8,8
Gesneriaceae 5,0
Dryopteridaceae 5,0
Piperaceae 2,5
Hymenophyllaceae 2,5
Cactaceae 2,5
Outras famílias (5) 6,3
0 10 20 30 40
Percentual de Espécies (%)
Figura 120 - Distribuição das espécies epifíticas por família amostrada no método de
caminhamento na Área Diretamente Afetada (ADA), Itapoá, SC.
Logo abaixo do estrato superior foi possível observar o estrato médio da floresta
(Figura 123), que é caracterizado por sub-bosque pouco denso que permite a entrada de
luz solar nos estratos inferiores da floresta. Nesse estrato as espécies mais características
são Myrcia racemosa e Myrcia guianensis (guamirins) e Amaioua guianensis (carvoeiro),
que por apresentarem vários ramos e copas bem formadas se tornam as espécies arbóreas
mais características desse compartimento. Outras espécies menos expressivas, mas que
também merecem destaque no estrato médio da floresta são Myrcia pubipetala
(guamirim-chorão), Pera glabrata (seca-ligeiro), Tapirira guianensis (copiúva),
Byrsonima ligustrifolia (muriri), Calophyllum brasiliense (guanandi) e Ocotea aciphylla
(canela-amarela).
Figura 124 - A) Fisionomia do estrato inferior com dominância de Geonoma schottiana. B) Aspecto
do acúmulo de serapilheira no solo da área de estudo.
compartimento. Essa constatação ficou evidente em grande parte da área de estudo, pois
o gravatá domina de forma marcante o estrato herbáceo da floresta, chegando a formar
densos agrupamos em determinados locais (Figura 125A). Outra observação importante
que merece destaque é o elevado número de espécies epifíticas (bromélias e orquídeas)
presentes em todos os estratos da floresta (Figura 125B). Estas espécies de epífitas
geralmente estão fixadas sob os grossos troncos de Tapirira guianensis (copiúva) e
Calophyllum brasiliense (guanandi). Além disso, essa constatação é comum para áreas
com Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas bem conservadas no Estado de Santa
Catarina (KLEIN, 1980; SEVEGNANI, 2002; VIBRANS et al., 2013).
FAMÍLIA: Calophyllaceae
A madeira pode ser empregada na construção civil como caibros, ripas, rodapés,
tabuado em geral, moirões de cerca, dormentes, postes e laminação. A madeira é de
grande aplicação na construção naval, em mastros e vergas para navios e embarcações,
motivo pelo qual já no século XIX, o governo imperial reservou para o estado o
monopólio de exploração dessa madeira, sendo, portanto, a primeira madeira de lei do
País (LORENZI, 1998). Sua madeira é considerada imputrescível dentro da água. A
madeira de Calophyllum brasiliense tem grande popularidade em outros países da
América do Sul e do Caribe, podendo substituir esteticamente o mogno e o cedro
(CARVALHO, 2003).
Figura 126 - Indivíduo adulto de Calophyllum brasiliense (guanandi). B) Detalhe das folhas de
Calophyllum brasiliense (guanandi).
FAMÍLIA: Arecaceae
(Euterpe edulis) que no Estado de Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul já é
utilizada para produção de açaí.
Por suas qualidades nutritivas, o açaí pode ainda tornar-se importante componente
da dieta de agricultores e cidadãos urbanos da região da Floresta Atlântica, a exemplo do
que acontece no norte do país. Assim, a mudança da exploração de Euterpe edulis da
produção de palmito para a produção do açaí tem vantagens e deve se consolidar como
uma renovada esperança para agricultores e palmeiras.
✓ Espécies Ameaçadas
O indivíduo que não foi possível a identificação botânica da espécie (por exemplo,
Eugenia sp.), será considerado como espécie ameaçada de extinção e procedido a
compensação ambiental na proporção de 10:1, considerando as espécies ameaçadas
registradas na ADA (por exemplo, Calophyllum brasiliense ou Euterpe edulis).
No momento da reintrodução dos epífitos, será tomado cuidado para não danificar
as plantas. Devido à elevada densidade de indivíduos observados nas áreas estudadas, os
epífitos serão distribuídos sobre o solo da floresta e em áreas abertas e úmidas, pois esses
são os ambientes naturais mais propícios para o estabelecimento e desenvolvimento dos
epífitos vasculares. O espaçamento entre indivíduos deverá variar entre 10-20 cm entre
si, tomando-se cuidado para que não haja sobreposição ou adensamento de muitos
indivíduos em pequenos locais.
derrubadas. O corte e derrubada das árvores não acarretará danos para os frutos e
sementes.
✓ Corredor Ecológico
Unidades de Conservação
Figura 128 - Localização das Unidades de Conservação próximas a Área Diretamente Afetada pela implantação da ETE do Município de Itapoá-SC.
É formada por uma única propriedade constituída pela RPPN Palmital (Decreto
70/92 IBAMA), com 586 hectares e a Fazenda Palmital, com outros 600 hectares. Foi
criada pela Família Machado com o objetivo de conservar um dos últimos remanescentes
da Floresta Ombrófila Densa das Planícies Quaternárias do litoral norte de Santa Catarina.
Segundo o SNUC, as RPPNs não necessitam de uma zona de amortecimento.
A malha amostral compreendeu três sítios amostrais com um raio de 150m (Figura
129), posicionados com um receptor GPS GARMIM eTREX VISTA HCX (Tabela 57),
distribuídos nas áreas do terreno com diferentes fitofisionomias e áreas de influência do
empreendimento, que podem ser divididas em três conjuntos: Sítio 01 – Área Florestada
Figura 129 - Imagem da delimitação dos Sítios amostrais para o monitoramento da Fauna
Terrestre. Itapoá - SC.
✓ Sítio Amostral 01
extensão da área (Figura 130B). O ambiente é sempre sombrio e úmido e em vários pontos
formam-se poças temporárias em períodos de maior precipitação pluviométrica.
✓ Sítio Amostral 02
Figura 131).
✓ Trilhas percorridas
14.2.3.1.1 Metodologia
Toledo & Haddad (2011) e o Guia sonoro dos anfíbios anuros da Mata Atlântica, de
Haddad et al. (2005).
• Identificação Taxonômica
Para a identificação dos répteis em campo foi utilizado o livro Serpentes da Mata
Atlântica: Guia Ilustrado para a Serra do Mar de Marques et al., (2001) e o site da
Sociedade Brasileira de Herpetologia. A classificação e nomenclatura neste trabalho
seguem os utilizados pela Sociedade Brasileira de Herpetologia, sendo o grupo dos répteis
organizado por Bérnils & Costa (2012), e o grupo dos anfíbios organizado por Segalla et
al. (2012). Foi consultado ainda o site da Integrated Taxonomic Information System
(http://www.itis.gov) para confirmação de nomenclatura e classificação dos espécimes.
• Análise de Dados
Tabela 58 - Lista de anfíbios anuros de possível ocorrência para o município de Itapoá - SC.
TÁXA
Caeciliidae Leptodactylidae
Siphonops sp. Leptodactylus sp.
Brachycephalidae Leptodactylus araucarius
Eleutherodactylus sp. Leptodactylus fuscus
Eleutherodactylus binotatus Leptodactylus gracilis
Eleutherodactylus henselii Leptodactylus notoaktites
Eleutherodactylus manezinho Leptodactylus ocellatus
Hylidae Leptodactylus plaumanni
Aplastodiscus cochranae Physalaemus biligonigerus
Aplastodiscus ehrhardti Physalaemus cuvieri
Aplastodiscus perviridis Physalaemus aff. gracilis
Bokermannohyla hylax Physalaemus nanus
Dendropsophus microps Physalaemus olfersii
Dendropsophus minutus Physalaemus spiniger
Dendropsophus nahdereri Cycloramphidae
Dendropsophus sanborni Cycloramphus bolitoglossus
Dendropsophus werneri Cycloramphus cf. izecksohni
Hypsiboas sp. Hylodes sp.
Hypsiboas bischoffi Limnomedusa macroglossa
Hypsiboas faber Odontophrynus americanus
Hypsiboas joaquini Proceratophrys boiei
Hypsiboas leptolineatus Proceratophrys subguttata
Hypsiboas marginatus Bufonidae
Hypsiboas aff. semiguttatus Chaunus abei
Hypsiboas semilineatus Chaunus ictericus
Phyllomedusa distincta Dendrophryniscus brevipollicatus
Pseudis minuta Melanophryniscus dorsalis)
Scinax sp. Microhylidae
Scinax cf. alter Chiasmocleis leucosticta
Scinax argyreornatus Elachistocleis ovalis
Scinax catharinae Ranidae
Scinax fuscovarius Lithobates catesbeianus
Scinax cf. granulatus
TÁXA
Scinax perereca
Scinax cf. perpusillus
Scinax rizibilis
Scinax squalirostris
Tabela 59 - Lista de Répteis Ordem Squamata de possível ocorrência para o município de Itapoá-
SC.
TÁXA
Chelidae Echinanthera bilineata
Hydromedusa tectifera Echinanthera cyanopleura
Alligatoridae Helicops carinicaudus
Caiman latirostris Imantodes cenchoa
Amphisbaenidae Leptophis ahaetulla
Amphisbaena sp. Liophis miliaris
Leposternon
Liophis poecilogyrus
microcephalum
Leiosauridae Mastigodryas bifossatus
Enyalius iheringii Oxyrhopus clathratus
Urostrophus vautieri Oxyrhopus rhombifer
Tropiduridae Philodryas aestiva
Liolaemus occipitalis Philodryas arnaldoi
Tropidurus torquatus Philodryas olfersii
Gekkonidae Philodryas patagoniensis
Hemidactylus mabouia Pseudoboa haasi
Anguidae Sibynomorphus neuwiedi
Ophiodes sp. Sibynomorphus ventrimaculatus
Teiidae Siphlophis pulcher
Cnemidophorus lacertoides Sordellina punctata
Cnemidophorus vacariensis Spilotes pullatus
Tupinambis merianae Thamnodynastes sp.
Gymnophthalmidae Thamnodynastes hypoconia
Cercosaura schreibersii Thamnodynastes strigatus
Colobodactylus taunayi Tomodon dorsatus
Placosoma glabellum Tropidodryas serra
Scincidae Tropidodryas striaticeps
Mabuya dorsivittata Waglerophis merremii
Colubridae Xenodon guentheri
Atractus taeniatus Xenodon neuwiedii
Boiruna maculata Elapidae
Chironius bicarinatus Micrurus altirostris
Chironius exoletus Micrurus corallinus
TÁXA
Chironius laevicollis Viperidae
Chironius multiventris Bothrops cotiara
Clelia plumbea Bothrops jararacussu
Dipsas albifrons Bothrops gr. Neuwiedi
Echinanthera affinis Crotalus durissus
LOCAL DE
NOME TIPO DE GRAU DE
TAXON AMOSTRA
POPULAR REGISTRO AMEAÇA
GEM
ORDEM ANURA
Família Bufonidae
Dendrophryniscus Sapinho-da- Sitio 1,
Au -
berthalutzae bromélia CONT
Família Brachycephalidae
Ischnocnema Rãzinha-do-
CONT Au -
manezinho folhiço
Família Hylidae
Dendropsophus Pererequinha-do-
Sitio 2 V -
minutus brejo
Hypsiboas faber Sapo-ferreiro Sitio 1 V -
Hypsiboas semilineatus Perereca Sitio 1 V -
Perereca-das-
Phyllomedusa distincta Sitio 1 V -
folhagens
Scinax imbegue Perereca CONT V -
Sitio 2,
Scinax perereca Pererequinha Au -
CONT
Perereca-do- Sitio 1, Sitio
Scinax tymbamirim V, Au -
litoral 2, CONT
Família Leptodactylidae
Adenomera nana Perereca Sitio 1 V, Au -
Sitio 1, Sitio
Adenomera sp. Perereca Au -
2, CONT
Sitio 1, Sitio
Leptodactylus latrans Rã-do-folhiço V -
2, CONT
Rãzinha-do-
Physalaemus nanus CONT Au -
folhiço
LOCAL DE
NOME TIPO DE GRAU DE
TAXON AMOSTRA
POPULAR REGISTRO AMEAÇA
GEM
ORDEM SQUAMATA
Família Teiidae
Salvator merianae Teiú CONT V -
Família Colubridae
Spilotes pulattus Caninana CONT V -
Seis espécies foram amostradas no sítio 1, local onde está sendo instalada a ETA.
Esta área de mata é contígua à área controle e muito semelhante em sua estrutura e
composição florística. Nesta área, foi feita supressão de vegetação de aproximadamente
um hectare, o que formou uma imensa clareira no interior da mata. Nesta clareira, toda a
vegetação e a densa camada de matéria orgânica que revestia o solo foram retiradas,
deixando o solo arenoso exposto. Durante a última campanha as obras de instalação da
ETA estavam paradas, porém, com grande parte da estrutura já instalada. Valas de
drenagens foram escavadas ao longo do terreno para escoar parte da água que se acumula
com as frequentes chuvas no período do verão (Figura 134). Mesmo com a drenagem,
pequenas áreas alagadas ainda ocorrem no local, o que acaba por atrair algumas espécies
de anfíbios, como Scinax tymbamirim e Hypsiboas faber, acostumadas a colonizar áreas
descaracterizadas ou simplesmente aproveitando do recurso temporário.
Figura 134 - Formação de áreas alagadas e canteiro de obras da instalação da ETA. Foto: F. Ulber.
1ª Camp. (maio
Campanhas 2ª Camp. (ago. 2016) 3ª Camp. (Dez. 2016) 4ª Camp. (Mar. 2017)
2016)
Taxon Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont
Adenomera marmorata X
Adenomera nana X
Adenomera sp. X X X X X X X X
Dendrophryniscus berthalutzae X X X X X
Dendropsophus microps X
Dendropsophus minutus X
Dendropsophus sp. X
Dendropsophus werneri X
Haddadus binotatus X X X
Hypsiboas faber X X
Hypsiboas semilineatus X
Ischnocnema sp. X X
Leptodactylus latrans X X X X
Leptodactylus plaumanni X X X X X
Phyllomedusa distincta X
Physalaemus nanus X X X X X
Rhinella abei X X X
Rhinella icterica X
Scinax imbegue X
Scinax perereca X X X X X X
Scinax tymbamirim X X X X X X X X X
Salvator merianae X
1ª Camp. (maio
Campanhas 2ª Camp. (ago. 2016) 3ª Camp. (Dez. 2016) 4ª Camp. (Mar. 2017)
2016)
Taxon Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont Sitio 1 Sitio 2 Cont
Spilotes pulattus X
50
45
40
35
30
Espécies
25 Sobs
20 Jack1
15
Jack2
10
5
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Unidades amostrais
causar alterações significativas, com a formação de novos ambientes onde novas espécies
passam a colonizar, alterando assim toda a rede trófica local, o que pode ser observado
com a incorporação de novas espécies, principalmente nas áreas onde houve maiores
alterações do ambiente.
Família Bufonidae
Pequeno sapo que habita o interior de matas de regiões costeiras. É difícil de ser
amostrado, possui hábitos noturnos e criptozoicos e a sua abundância é sempre muito
baixa. Costuma utilizar bromélias como sítio de canto (HADDAD, 2013).
Família Craugastoridae
Família Brachycephalidae
Família Hylidae
• Dendropsophus sp. (pererequinha) – Figura 141.
Foi encontrada uma desova sob as folhas de uma bromélia terrícola. A desova foi
identificada como sendo de um indivíduo do Gênero Dendropsophus, espécie que utiliza
esta estratégia de desovar em locais secos que sofrem inundações frequentes. Os ovos são
depositados nas folhas pendentes sobre o possível local de inundação, de modo que, ao
eclodirem, os girinos caem diretamente na água. A atividade reprodutiva ocorre somente
após fortes chuvas (DUELLMAN, 2009).
arborícola. Seu coaxar é muito alto, lembrando marteladas em objetos metálicos. Daí seu
nome popular, sapo-ferreiro ou sapo-martelo.
Perereca de tamanho pequeno prefere áreas mais abertas, tem hábito arborícola e
geralmente é ativa durante a noite (HADDAD, 2013). Utiliza brejos ou lagos como sítio
de canto. É abundante, ocorrendo em todo o território brasileiro.
Família Leptodactylidae
✓ Ordem Squamata
Família Teiidae
• Salvator merianae (Teiú) - Figura 155.
✓ Família Colubridae
Serpente que vive nos cerrados, caatingas e florestas de quase todo o Brasil.
Alimenta-se de aves, ovos, pequenos roedores e outros animais, que caça nas árvores e
no chão. Tem hábito diurno e é encontrada principalmente sobre as árvores, podendo
também ser encontrada no chão ou nadando. É uma serpente de grande porte, sendo uma
das maiores serpentes registradas para a região do estudo. Foi encontrada uma muda de
pele de serpentes, que, pelo tamanho, forma e distribuição das escamas foi identificado
como sendo de Spilotes pullatus.
Figura 159 - Solo da mata recoberto por bromélias, na área do monitoramento da fauna, Itapoá -
SC. Foto: F. ULBER.
✓ Considerações finais
Figura 160 - Imagos da espécie Scinax tymbamirim, observadas na área de instalação da ETA,
durante o monitoramento da fauna, Itapoá, SC. FOTOS: F. ULBER.
O Bioma Mata Atlântica apresenta 891 espécies de aves (LIMA, 2014), 46,4% do
total de aves registradas em território brasileiro – 1919 espécies (Piacentini et al., 2015),
das quais 213 espécies e 162 subespécies são endêmicas (LIMA, 2014). Muitas destas
“estão limitadas a regiões montanhosas elevadas, e várias cadeias de montanhas tem
espécies ou subespécies próprias” (SIGRIST, 2012). Regiões litorâneas ou de baixadas
(Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Restinga) são igualmente ricas, embora a
fragmentação e destruição destes ambientes seja acentuada, contribuindo para inclusão
de vários táxons típicos destes locais em categorias de ameaça. Neste contexto enquadra-
se a região litorânea de Santa Catarina, incluindo o município de Itapoá.
14.2.3.2.1 Metodologia
Figura 161 - Profissional realizando observação de aves com binóculos, durante a campanha de
monitoramento da fauna. Itapoá – SC. FOTO: L. MACHADO.
Figura 162 - Profissional anotando os registros obtidos durante o monitoramento da fauna. Itapoá
– SC. FOTO: L. MACHADO.
Através do caminhamento, durante três dias de campo (30 horas) por campanha,
foram percorridos os Sítios 1, 2 e Controle. Além das buscas durante o dia, com ênfase
no período matutino e final de tarde, foram efetuadas buscas durante a noite, favorecendo
assim, além das habitualmente diurnas, o registro de aves das ordens Strigiformes
(corujas), Caprimulgiformes (bacuraus) e Nyctibiiformes (mãe-da-lua), entre outras.
• Identificação taxonômica
Durante a amostragem, algumas aves são atraídas com o uso de playback, a fim
de confirmar a identificação da espécie ou obter registro fotográfico. As fotografias são
obtidas com câmera Panasonic Lumix DMC-FZ200. As vozes não identificadas em
campo são gravadas com gravador Sony PCM-M10 (Figura 163), para posterior
identificação mediante consulta a acervos sonoros como o website Xeno-canto
(PLANQUÉ; VELLINGA, 2015). As aves visualizadas, no caso de não serem
conhecidas, são identificadas com auxílio de guias (SICK, 1997; VAN PERLO, 2009;
GRANTSAU, 2010; SIGRIST, 2014). Vestígios como penas e ninhos também foram
observados. Nenhum método de captura e marcação de aves foi utilizado.
Figura 163. Profissional obtendo registro de vocalização com microfone direcional e gravador,
durante o monitoramento da fauna. Itapoá – SC. FOTO: L. MACHADO.
O grau de ameaça das espécies de aves é baseado na Lista das Espécies da Fauna
Ameaçadas de Extinção em Santa Catarina (CONSEMA, 2011), Lista Nacional Oficial
de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (M.M.A., 2014) e espécies globalmente
ameaçadas, de acordo com International Union for Conservation of Nature - IUCN
(IUCN, 2014; BIRDLIFE INTERNATIONAL, 2014). As espécies endêmicas do Brasil
(C.B.R.O., 2014) e da Mata Atlântica (BROOKS; TOBIAS; BALMFORD, 1999;
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
ORDEM SULIFORMES
Família Fregatidae
Fregata magnificens tesourão
Família Sulidae
Sula leucogaster atobá
Família
Phalacrocoracidae
Nannopterum brasilianus biguá
ORDEM
PELECANIFORMES
Família Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi
Cochlearius cochlearius arapapá
Nycticorax nycticorax socó-dorminhoco
Nyctanassa violacea savacu-de-coroa
Bubulcus ibis garça-vaqueira
Ardea cocoi garça-moura
Ardea alba garça-branca
Syrigma sibilatrix maria-faceira
Egretta thula garça-branca-pequena
Egretta caerulea garça-azul
Família Threskiornithidae
Plegadis chihi caraúna
Mesembrinibis cayennensis coró-coró
Phimosus infuscatus tapicuru
Theristicus caudatus curicaca
Platalea ajaja colhereiro
ORDEM
CATHARTIFORMES
Família Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela
Coragyps atratus urubu
Sarcoramphus papa urubu-rei
ORDEM
ACCIPITRIFORMES
Família Pandionidae
Pandion haliaetus águia-pescadora
Família Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-gato
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Elanoides forficatus gavião-tesoura
Harpagus diodon gavião-bombachinha
Accipiter poliogaster tauató-pintado CR NT
Accipiter superciliosus tauató-passarinho VU
Accipiter striatus tauató-miúdo
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande
Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo
Amadonastur lacernulatus gavião-pombo-pequeno BR; MA VU VU VU
Urubitinga urubitinga gavião-preto
Rupornis magnirostris gavião-carijó
Pseudastur polionotus gavião-pombo MA NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco VU
Spizaetus melanoleucus gavião-pato EN
ORDEM GRUIFORMES
Família Aramidae
Aramus guarauna carão
Família Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes
Aramides saracura saracura-do-mato MA
Laterallus melanophaius sanã-parda
Laterallus exilis sanã-do-capim
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha
Mustelirallus albicollis sanã-carijó
Pardirallus nigricans saracura-sanã
Gallinula galeata galinha-d'água
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul
ORDEM
CHARADRIIFORMES
Família Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero
Pluvialis dominica batuiruçu
Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta
Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando
Charadrius collaris batuíra-de-coleira
Família Haematopodidae
Haematopus palliatus piru-piru
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Família Recurvirostridae
Himantopus melanurus pernilongo-de-costas-brancas
Família Scolopacidae
Gallinago paraguaiae narceja
Actitis macularius maçarico-pintado
Tringa solitaria maçarico-solitário
maçarico-grande-de-perna-
Tringa melanoleuca
amarela
Tringa flavipes maçarico-de-perna-amarela
Arenaria interpres vira-pedras
Calidris alba maçarico-branco
Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco
Família Jacanidae
Jacana jacana jaçanã
Família Laridae
Larus dominicanus gaivotão
Família Sternidae
Sternula superciliaris trinta-réis-pequeno
Sterna hirundinacea trinta-réis-de-bico-vermelho VU
Sterna trudeaui trinta-réis-de-coroa-branca
Thalasseus acuflavidus trinta-réis-de-bando
Thalasseus maximus trinta-réis-real VU EN
Família Rynchopidae
Rynchops niger talha-mar
ORDEM
COLUMBIFORMES
Família Columbidae
Columbina talpacoti rolinha
Columbina picui rolinha-picuí
Columba livia * pombo-doméstico
Patagioenas picazuro asa-branca
Patagioenas cayennensis pomba-galega
Patagioenas plumbea pomba-amargosa
Zenaida auriculata avoante
Leptotila verreauxi juriti-pupu
Leptotila rufaxilla juriti-de-testa-branca
Geotrygon montana pariri
ORDEM CUCULIFORMES
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Família Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta
Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler
Crotophaga ani anu-preto
Guira guira anu-branco
Tapera naevia saci
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino
ORDEM STRIGIFORMES
Família Tytonidae
Tyto furcata suindara
Família Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato
Megascops atricapilla corujinha-sapo MA
Strix virgata coruja-do-mato
Glaucidium brasilianum caburé
Athene cunicularia coruja-buraqueira
Asio clamator coruja-orelhuda
Asio stygius mocho-diabo
ORDEM
NYCTIBIIFORMES
Família Nyctibiidae
Nyctibius griseus urutau
ORDEM
CAPRIMULGIFORMES
Família Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta-pau
Lurocalis semitorquatus tuju
Nyctidromus albicollis bacurau
Hydropsalis parvula bacurau-chintã
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura
Podager nacunda corucão
ORDEM APODIFORMES
Família Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Família Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado BR; MA NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno BR; MA
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada MA
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza MA
Florisuga fusca beija-flor-preto MA
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta
Lophornis magnificus topetinho-vermelho BR
Lophornis chalybeus topetinho-verde NT
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta MA
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco MA
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde
Heliodoxa rubricauda beija-flor-rubi BR; MA
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista
ORDEM
TROGONIFORMES
Família Trogonidae
Trogon viridis surucuá-de-barriga-amarela EN
Trogon surrucura surucuá-variado MA
Trogon rufus surucuá-dourado
ORDEM
CORACIIFORMES
Família Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde
Chloroceryle aenea martim-pescador-miúdo VU
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata EN
ORDEM
GALBULIFORMES
Família Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha MA VU
Malacoptila striata barbudo-rajado BR; MA NT
Nonnula rubecula macuru
ORDEM PICIFORMES
Família Ramphastidae
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto VU
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde MA
Selenidera maculirostris araçari-poca MA
Família Picidae
Picumnus temminckii picapauzinho-de-coleira MA
Melanerpes candidus pica-pau-branco
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela MA
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó MA
Piculus flavigula pica-pau-bufador VU
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado
Colaptes campestris pica-pau-do-campo
Celeus galeatus pica-pau-de-cara-canela MA VU EN VU
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca
Campephilus robustus pica-pau-rei MA
ORDEM
FALCONIFORMES
Família Falconidae
Caracara plancus carcará
Milvago chimachima carrapateiro
Milvago chimango chimango
Herpetotheres cachinnans acauã
Micrastur ruficollis falcão-caburé
Micrastur semitorquatus falcão-relógio
Falco sparverius quiriquiri
Falco femoralis falcão-de-coleira
Falco peregrinus falcão-peregrino
ORDEM
PSITTACIFORMES
Família Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba MA
Forpus xanthopterygius tuim
Brotogeris tirica periquito-verde BR; MA
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas BR; MA CR VU EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú MA
Pionus maximiliani maitaca
Amazona brasiliensis papagaio-de-cara-roxa BR; MA CR VU
Triclaria malachitacea sabiá-cica BR; MA VU NT
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
ORDEM
PASSERIFORMES
Família Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê MA
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta BR; MA NT
Formicivora acutirostris bicudinho-do-brejo BR; MA CR EN EN
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada BR; MA
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado BR; MA NT
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa
Herpsilochmus
chorozinho-de-asa-vermelha
rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho
Thamnophilus
choca-da-mata
caerulescens
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó MA
Batara cinerea matracão
Mackenziaena severa borralhara MA
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota BR; MA
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul MA
Drymophila ferruginea trovoada BR; MA
Drymophila malura choquinha-carijó MA
Drymophila squamata pintadinho BR; MA EN
Família Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente MA
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta BR; MA
Família Grallariidae
Hylopezus nattereri pinto-do-mato MA
Família Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho BR; MA NT
Scytalopus speluncae tapaculo-preto BR; MA
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado MA NT
Família Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato
Chamaeza campanisona tovaca-campainha
Família Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso MA
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado MA
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamoso-do-sul MA
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca
Família Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo
Xenops rutilans bico-virado-carijó
Família Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro
Phleocryptes melanops bate-bico
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco MA
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo MA
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado MA
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha BR; MA
Certhiaxis cinnamomeus curutié
Synallaxis ruficapilla pichororé MA
Synallaxis spixi joão-teneném
Família Pipridae
Manacus manacus rendeira
Ilicura militaris tangarazinho BR; MA
Chiroxiphia caudata tangará MA
Família Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto
Família
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste BR; MA CR VU
Myiobius barbatus assanhadinho EN
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta VU
Família Tityridae
Schiffornis virescens flautim MA
anambé-branco-de-bochecha-
Tityra inquisitor
parda
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto
Pachyramphus castaneus caneleiro
Pachyramphus
caneleiro-preto
polychopterus
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto
Família Cotingidae
Carpornis cucullata corocoxó BR; MA NT
Pyroderus scutatus pavó MA EN
Procnias nudicollis araponga MA VU
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Família Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo
Família Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho
Platyrinchus leucoryphus patinho-de-asa-castanha MA VU VU
Família Tachurisidae
Tachuris rubrigastra papa-piri VU
Família Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza MA
Leptopogon
cabeçudo
amaurocephalus
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato
Phylloscartes kronei maria-da-restinga BR; MA VU
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras BR; MA VU NT
Phylloscartes sylviolus maria-pequena MA EN NT
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta
Todirostrum poliocephalum teque-teque BR; MA
Poecilotriccus plumbeiceps tororó
Myiornis auricularis miudinho MA
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato BR; MA NT
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha BR; MA
Hemitriccus kaempferi maria-catarinense BR; MA VU VU EN
Família Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro
Camptostoma obsoletum risadinha
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela
Elaenia parvirostris tuque-pium
Elaenia mesoleuca tuque
Elaenia obscura tucão
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta
Phyllomyias fasciatus piolhinho
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano BR; MA NT
Pseudocolopteryx
amarelinho-do-junco
flaviventris
Serpophaga nigricans joão-pobre
Serpophaga subcristata alegrinho
Attila phoenicurus capitão-castanho
Attila rufus capitão-de-saíra BR; MA
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata
Ramphotrigon
maria-cabeçuda
megacephalum
Myiarchus swainsoni irré
Myiarchus ferox maria-cavaleira
Sirystes sibilator gritador
Pitangus sulphuratus bem-te-vi
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado
Megarynchus pitangua neinei
bentevizinho-de-penacho-
Myiozetetes similis
vermelho
Tyrannus melancholicus suiriri
Tyrannus savana tesourinha
Empidonomus varius peitica
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno
Colonia colonus viuvinha
Myiophobus fasciatus filipe
Pyrocephalus rubinus príncipe
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu
Lathrotriccus euleri enferrujado
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta MA
Família Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado MA
Vireo chivi juruviara
Família Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul MA NT
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo
Cyanocorax chrysops gralha-picaça
Família Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora
Progne tapera andorinha-do-campo
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Progne chalybea andorinha-grande
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco
Hirundo rustica andorinha-de-bando
Família Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande BR
Família Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus chirito
Família Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una
Turdus leucomelas sabiá-branco
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira
Turdus amaurochalinus sabiá-poca
Turdus albicollis sabiá-coleira
Família Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo
Mimus triurus calhandra-de-três-rabos
Família Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor
Família Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico
Família Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra
Basileuterus culicivorus pula-pula
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho
Família Icteridae
Cacicus chrysopterus japuíra
Cacicus haemorrhous guaxe
Gnorimopsar chopi pássaro-preto
Agelasticus thilius sargento
Chrysomus ruficapillus garibaldi
Molothrus oryzivorus iraúna-grande
Molothrus bonariensis chupim
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul
Família Mitrospingidae
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Orthogonys chloricterus catirumbava BR; MA
Família Thraupidae
Orchesticus abeillei sanhaço-pardo BR; MA NT
Pipraeidea melanonota saíra-viúva
Pipraeidea bonariensis sanhaço-papa-laranja
Stephanophorus
sanhaço-frade
diadematus
Tangara seledon saíra-sete-cores MA
Tangara cyanocephala saíra-militar MA
Tangara desmaresti saíra-lagarta BR; MA
Tangara sayaca sanhaço-cinzento
Tangara cyanoptera sanhaço-de-encontro-azul BR; MA NT
Tangara palmarum sanhaço-do-coqueiro
Tangara ornata sanhaço-de-encontro-amarelo BR; MA
Tangara peruviana saíra-sapucaia BR; MA EN VU VU
Tangara preciosa saíra-preciosa
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho
Conirostrum bicolor figuinha-do-mangue VU NT
Sicalis flaveola canário-da-terra
Haplospiza unicolor cigarra-bambu MA
Chlorophanes spiza saí-verde
Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem BR; MA
Volatinia jacarina tiziu
Trichothraupis melanops tiê-de-topete
Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei
Lanio cristatus tiê-galo EN
Tachyphonus coronatus tiê-preto MA
Ramphocelus bresilius tiê-sangue BR; MA VU
Tersina viridis saí-andorinha
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas BR; MA NT
Dacnis cayana saí-azul
Coereba flaveola cambacica
Tiaris fuliginosus cigarra-preta
Sporophila lineola bigodinho
Sporophila falcirostris cigarra MA EN VU VU
Sporophila caerulescens coleirinho
Sporophila melanogaster caboclinho-de-barriga-preta BR; MA VU VU NT
Status de
ORDEM/Família/Nome Endemism Ameaça
Nome em Português o
Científico
SC BR IUCN
Sporophila angolensis curió CR
Saltator similis trinca-ferro
Saltator fuliginosus bico-de-pimenta MA VU
Thlypopsis sordida saí-canário
Família Cardinalidae
Piranga flava sanhaço-de-fogo
Habia rubica tiê-de-bando
Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho
Família Fringillidae
Spinus magellanicus pintassilgo
Euphonia chlorotica fim-fim
Euphonia violacea gaturamo
Euphonia chalybea cais-cais MA NT
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei
Euphonia pectoralis ferro-velho MA
Família Estrildidae
Estrilda astrild * bico-de-lacre
Família Passeridae
Passer domesticus * pardal
Figura 164 - Riqueza de aves registradas durante o EIA e no monitoramento por campanha,
número de espécies acumuladas nas campanhas (linha verde) e incluindo o EIA (linha vermelha).
Figura 165. Riqueza acumulada de aves registradas por Sítio Amostral durante as quatro
campanhas de monitoramento na área de estudo.
Tabela 63 - Lista das espécies de aves registradas no EIA da ETA e durante as quatro campanhas
de monitoramento (maio e agosto, dezembro de 2016 e março de 2017), indicando o número da
campanha correspondente aos registros de cada espécie, por Sítio Amostral. Método de registro: V
- Registro Visual, A - Registro Auditivo, F – Fotografia, G – gravação de áudio, N – ninho
encontrado.
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
Amazilia fimbriata (beija-flor-de-garganta-verde) X 1, 2, 4 V, A
Amazilia versicolor (beija-flor-de-banda-branca) 4 4 V, A, F
Amazonetta brasiliensis (ananaí) X 2 V, A
1, 2, 3,
Anabacerthia lichtensteini (limpa-folha-ocráceo) X 2, 3, 4 V, A, F
4
Anthracothorax nigricollis (beija-flor-de-veste-
3, 4 V, F
preta)
Aphantochroa cirrochloris (beija-flor-cinza) X 2, 4 1 2, 3 V, A
1, 2, 3,
Aramides saracura (saracura-do-mato) X 1, 4 V, A, F
4
Ardea alba (garça-branca) 1 V, F
Asio clamator (coruja-orelhuda) 2 4 V, A, F
2, 3,
Athene cunicularia (coruja-buraqueira) 4 V, A, F
4
Attila rufus (capitão-de-saíra) X 2, 3, 4 1, 2, 3 2, 3, 4 V, A
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Basileuterus culicivorus (pula-pula) X 1, 2, 4 V, A, F
4 4
Brotogeris tirica (periquito-verde) X 2, 4 1, 2 2 V, A
Bubulcus ibis (garça-vaqueira) X
V, A,
Cacicus haemorrhous (guaxe) X 3 1, 3 3
F(N)
Campephilus robustus (pica-pau-rei) 2 V, F
Camptostoma obsoletum (risadinha) X 4 2, 3, 4 3, 4 V, A
Cantorchilus longirostris (garrinchão-de-bico- 1, 2, 3,
X 4 1, 4 V, A
grande) 4
Caracara plancus (carcará) X 2 V, F
Cathartes aura (urubu-de-cabeça-vermelha) X 3 V
Celeus flavescens (pica-pau-de-cabeça-
1, 3, 4 V, A
amarela)
1, 2, 3,
Certhiaxis cinnamomeus (curutié) X V, A
4
Chaetura cinereiventris (andorinhão-de-sobre-
X 1 A
cinzento)
Chaetura meridionalis (andorinhão-do-temporal) 3 3 V, A
Chiroxiphia caudata (tangará) X 1, 2, 4 1, 3 1, 2, 4 V, A
Chloroceryle aenea (martim-pescador-miúdo) 1 V, A, F
Chloroceryle amazona (martim-pescador-verde) 3 V, A
Chloroceryle americana (martim-pescador-
X 1 V, A
pequeno)
Cichlocolaptes leucophrus (trepador- 1, 2, 3, V, A, F,
1, 4 1
sobrancelha) 4 G
Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu) 3, 4 3 3 A
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
V, A, F,
Coccyzus melacoryphus (papa-lagarta) 3
G
1, 2, 3,
Coereba flaveola (cambacica) X 3, 4 1, 2, 4 V, A
4
Colaptes campestris (pica-pau-do-campo) X 2, 4 V, A
Colaptes melanochloros (pica-pau-verde-
2 V, A, F
barrado)
1, 2, 3,
Columbina talpacoti (rolinha) X V, A, F
4
Conopias trivirgatus (bem-te-vi-pequeno) 4 3 4 V, A, F
Conopophaga lineata (chupa-dente) X 4 4 1 V, A
Contopus cinereus (papa-moscas-cinzento) 2 1 A, G
Coragyps atratus (urubu) X 2 1, 2, 3 1, 2 V
1, 2, 3,
Crotophaga ani (anu-preto) X V, A, F
4
Crypturellus noctivagus (jaó-do-sul) 3 A
Crypturellus obsoletus (inambuguaçu) X 3 A
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Cyanocorax caeruleus (gralha-azul) X 1, 2 V, A, F
4 4
Dacnis cayana (saí-azul) X 2, 4 1, 2, 4 1 V, A, F
Dendrocincla turdina (arapaçu-liso) X 3, 4 1, 3, 4 V, A, F
Dendrocolaptes platyrostris (arapaçu-grande) X 1, 4 A
V, A, F,
Drymophila squamata (pintadinho) 1, 3, 4 1, 4
G
Dryocopus lineatus (pica-pau-de-banda-branca) X 2, 3 A
1, 2, 3,
Dysithamnus mentalis (choquinha-lisa) X 1, 2, 4 1 V, A, G
4
Egretta thula (garça-branca-pequena) 2 V
Elaenia flavogaster (guaracava-de-barriga-
3 A
amarela)
Elaenia obscura (tucão) 2, 3 V, A, F
1, 2, 3, 1, 2, 3, V, A, F,
Eleoscytalopus indigoticus (macuquinho) X 1
4 4 G
Empidonomus varius (peitica) 3 V, A
Estrilda astrild (bico-de-lacre) X 1 V, A
Eupetomena macroura (beija-flor-tesoura) X 2 V
1, 2, 3,
Euphonia pectoralis (ferro-velho) X 2 1 V, A, F
4
1, 2, 3,
Euphonia violacea (gaturamo) X 1, 2, 4 1, 3 V, A, F
4
Florisuga fusca (beija-flor-preto) X 3 3, 4 4 V, A, F
Formicarius colma (galinha-do-mato) X
1, 2, 3,
Forpus xanthopterygius (tuim) 3 V, A, F
4
Fregata magnificens (tesourão) X 2, 4 2, 3 1, 2, 4 4 V, F
Furnarius rufus (joão-de-barro) X 4 A
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
Gallinago paraguaiae (narceja) 2 A
1, 2, 3, V, A, F,
Geothlypis aequinoctialis (pia-cobra) X 1
4 G
Habia rubica (tiê-de-bando) X 4 3 A
Hemithraupis ruficapilla (saíra-ferrugem) 3 1 2, 4 V, A
V, A, F,
Hemitriccus kaempferi (maria-catarinense) X 4 1, 2 1
G
1, 2, 3, V, A, F,
Hemitriccus orbitatus (tiririzinho-do-mato) X 1, 2, 3
4 G
Herpetotheres cachinnans (acauã) X 3 V, A, F
Herpsilochmus rufimarginatus (chorozinho-de- 1, 2, 3, 1, 2, 3,
X 1, 2, 4 A
asa-vermelha) 4 4
Hydropsalis torquata (bacurau-tesoura) X
1, 2, 3,
Hylophilus poicilotis (verdinho-coroado) X 2, 3, 4 1, 2, 4 V, A
4
Hypoedaleus guttatus (chocão-carijó) X 2 A
Lanio cristatus (tiê-galo) X 1, 2, 4 1 V, A, F
2, 3,
Larus dominicanus (gaivotão) V, A
4
Laterallus exilis (sanã-do-capim) 2, 4 A, G
Laterallus melanophaius (sanã-parda) X 2, 3, 4 A
Lathrotriccus euleri (enferrujado) 4 3, 4 A
Legatus leucophaius (bem-te-vi-pirata) 3 V, A, F
1, 2, 3,
Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo) X 2, 4 A
4
Lurocalis semitorquatus (tuju) 3 V, A
Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro) X 1, 4 2, 4 V, A
1, 2, 3,
Manacus manacus (rendeira) X 1, 2 V, A
4
Megaceryle torquata (martim-pescador-grande) 2 V, A
Megarynchus pitangua (neinei) 4 3, 4 V, A
Megascops atricapilla (corujinha-sapo) X
Melanerpes candidus (pica-pau-branco) 2 2 A
Micrastur ruficollis (falcão-caburé) 2 A
Micrastur semitorquatus (falcão-relógio) X 2 A
V, A, F,
Milvago chimachima (carrapateiro) X 4 2, 3, 4
G
Milvago chimango (chimango) X
Mionectes rufiventris (abre-asa-de-cabeça-
1 V
cinza)
Molothrus bonariensis (chupim) 2, 3 V, A, F
Myiarchus swainsoni (irré) 3, 4 3, 4 A
Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado) 3 3 V, A, F
Myiopagis caniceps (guaracava-cinzenta) X 1, 2 1 A
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
Myiophobus fasciatus (filipe) X 2 1, 2, 4 V, A
Myiornis auricularis (miudinho) 2 4 A
1, 2, 3, V, A, F,
Myiothlypis rivularis (pula-pula-ribeirinho) X 2, 4 1, 2, 4
4 G
Myiozetetes similis (bentevizinho-de-penacho-
X 1 A
vermelho)
Myrmoderus squamosus (papa-formiga-de- 1, 2, 3,
X 2, 3, 4 V, A, G
grota) 4
Myrmotherula unicolor (choquinha-cinzenta) X 3, 4 4 3, 4 A
Nannopterum brasilianus (biguá) 3 V
Nyctibius griseus (urutau) 3 A
Nycticorax nycticorax (socó-dorminhoco) 3 V
Nyctidromus albicollis (bacurau) 2, 3, 4 V, A, F
Odontophorus capueira (uru) X
1, 2, 3,
Ortalis squamata (aracuã-escamoso) X 2, 4 1 V, A, F
4
Orthogonys chloricterus (catirumbava) 4 V, A
Pachyramphus polychopterus (caneleiro-preto) 4 3, 4 A
Pachyramphus validus (caneleiro-de-chapéu-
4 3, 4 V, A, F
preto)
Pardirallus nigricans (saracura-sanã) X 2, 3 A, G
Patagioenas cayennensis (pomba-galega) 3 3 V, F
Patagioenas picazuro (asa-branca) 2 V, A
Philydor atricapillus (limpa-folha-coroado) X 2, 3, 4 1, 2, 3 V, A
Phimosus infuscatus (tapicuru) 1 V
1, 2, 3,
Phyllomyias griseocapilla (piolhinho-serrano) 4 A
4
1, 2, 3, 1, 2, 3, 1, 2, 3,
Phylloscartes kronei (maria-da-restinga) X V, A, G
4 4 4
Piaya cayana (alma-de-gato) X 1, 3 V, A
Piculus flavigula (pica-pau-bufador) X 1 A, G
1, 2, 3,
Picumnus temminckii (picapauzinho-de-coleira) X 1, 4 3, 4 V, A
4
Pionopsitta pileata (cuiú-cuiú) X 1, 2, 3 1, 2, 3 V, A, G
Pionus maximiliani (maitaca) X 3 1, 2, 3 1, 2 V, A, G
Pipraeidea melanonota (saíra-viúva) X 3 3 A
1, 2, 3, 1, 2, 3, V, A, F,
Pitangus sulphuratus (bem-te-vi) X 4
4 4 G
Platyrinchus mystaceus (patinho) 3 A
Procnias nudicollis (araponga) 3 3 3 A
Progne chalybea (andorinha-grande) 4 4 V, A
Pygochelidon cyanoleuca (andorinha-pequena- 1, 2, 3,
X 2 V, A
de-casa) 4
1, 2, 3,
Pyriglena leucoptera (papa-taoca-do-sul) X 2, 3, 4 1, 3, 4 V, A, F
4
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
Pyrocephalus rubinus (príncipe) X
Pyrrhura frontalis (tiriba) X 2, 3, 4 4 2, 3 V, A
Ramphastos vitellinus (tucano-de-bico-preto) X 2 2 2, 3, 4 V, A, G
Ramphocaenus melanurus (chirito) X 4 3 4 A, G
V, A, F,
Ramphocelus bresilius (tiê-sangue) X 2, 3, 4
G
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Ramphodon naevius (beija-flor-rajado) X 1 V, A
4 4
Rupornis magnirostris (gavião-carijó) X 1, 2, 4 1, 2 1, 2 V, A
Satrapa icterophrys (suiriri-pequeno) X
Schiffornis virescens (flautim) X 4 1, 2, 4 1, 4 A
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Setophaga pitiayumi (mariquita) X 1, 2, 4 V, A, F
4 4
1, 2, 3,
Sicalis flaveola (canário-da-terra) X 3 V, A, F
4
Sirystes sibilator (gritador) X 2, 3, 4 1, 2, 4 V, A, F
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Sittasomus griseicapillus (arapaçu-verde) X A
4 4
Spinus magellanicus (pintassilgo) 1 2 V, A
Sporophila caerulescens (coleirinho) X 3, 4 V, A
Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora) 2, 3 V, A, F
1, 2, 3, 1, 2, 3,
Synallaxis ruficapilla (pichororé) X 4 V, A
4 4
1, 2, 3,
Synallaxis spixi (joão-teneném) X V, A
4
Syrigma sibilatrix (maria-faceira) X
Tachycineta leucorrhoa (andorinha-de-sobre-
2 V
branco)
1, 2, 3,
Tachyphonus coronatus (tiê-preto) X 1 2, 3, 4 V, A
4
1, 2, 3,
Tangara cyanocephala (saíra-militar) X 2, 4 3 V, A, G
4
Tangara cyanoptera (sanhaço-de-encontro-
3 1, 3, 4 3 V, A, F
azul)
Tangara palmarum (sanhaço-do-coqueiro) X 4 4 V, A, F
1, 2, 3, V, A, F,
Tangara peruviana (saíra-sapucaia) X 1, 2, 3 1, 3, 4
4 G
Tangara sayaca (sanhaço-cinzento) X 4 2 V, A
Tangara seledon (saíra-sete-cores) X 2, 3 1, 2 1 V, A, F
Tapera naevia (saci) 3 A
Tersina viridis (saí-andorinha) X 4 2 V, A
Thalurania glaucopis (beija-flor-de-fronte-
X 2, 3, 4 1 1, 2, 3 V, A, F
violeta)
1, 2, 3,
Thamnophilus caerulescens (choca-da-mata) X 2, 4 1, 2, 4 V, A
4
Theristicus caudatus (curicaca) 2 V
Tinamus solitarius (macuco) 3 2 A, G
Monitoramento
E Método
TAXONS EIA ETA Sítio
Sítio Sítio de
contro AII
01 02 registr
le
o
Tityra cayana (anambé-branco-de-rabo-preto) 4 3 3, 4 V, A
Todirostrum poliocephalum (teque-teque) 4 A
Tolmomyias sulphurescens (bico-chato-de-
2 1 A
orelha-preta)
1, 2, 3,
Trichothraupis melanops (tiê-de-topete) X 1, 2 V, A
4
1, 2, 3,
Troglodytes musculus (corruíra) X 1, 3 4 V, A
4
1, 2, 3,
Trogon viridis (surucuá-de-barriga-amarela) X 3, 4 1, 3 V, A, F
4
1, 2, 3,
Turdus albicollis (sabiá-coleira) X 1, 2, 3 1 V, A
4
Turdus amaurochalinus (sabiá-poca) X 4 2, 3, 4 V, A
Turdus flavipes (sabiá-una) X 2, 3 3 1, 3, 4 V, A
Turdus leucomelas (sabiá-branco) 4 3 V, A
1, 2, 3,
Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira) X 2 1, 2 V, A, F
4
Tyrannus melancholicus (suiriri) 4 3, 4 V, A, F
1, 2, 3,
Vanellus chilensis (quero-quero) X 2, 3, 4 4 V, A, F
4
Veniliornis spilogaster (picapauzinho-verde-
X 2 4 2, 3 A
carijó)
Vireo chivi (juruviara) 3, 4 3, 4 3, 4 V, A
Volatinia jacarina (tiziu) X 3 A
Xenops minutus (bico-virado-miúdo) X 2, 3, 4 1, 2 A
Xenops rutilans (bico-virado-carijó) X 2, 3, 4 2 3 A
Xiphocolaptes albicollis (arapaçu-de-garganta-
X
branca)
1, 2, 3,
Xiphorhynchus fuscus (arapaçu-rajado) X 2, 3, 4 1, 2, 4 V, A
4
Zonotrichia capensis (tico-tico) X 2, 3, 4 V, A
As espécies mais frequentes, que foram registradas em mais de 20% das listas,
foram: Basileuterus culicivorus (pula-pula) e Phylloscartes kronei (maria-da-restinga),
com IFL 0,347 (registradas em 34,7% das listas, perfazendo juntas 6,94% dos registros
obtidos considerando todas as espécies) e Setophaga pitiayumi (mariquita), com IFL
0,271, aves comuns do interior e borda da floresta, facilmente identificáveis através de
suas vocalizações.
No total, 35 espécies foram registradas em apenas uma das listas obtidas e tiveram
IFL muito baixo (0,008). O registro em apenas uma ou poucas listas pode indicar raridade,
habitats preferenciais destas espécies reduzido no local do empreendimento, ou mesmo
indivíduos de passagem ou espécies migratórias. As espécies Ardea alba (garça-branca),
Nycticorax (socó-dorminhoco), Phimosus infuscatus (tapicuru), Megaceryle torquata
(martim-pescador-grande), Chloroceryle amazona (martim-pescador-verde),
Chloroceryle americana (martim-pescador-pequeno) e Chloroceryle aenea (martim-
pescador-miúdo), com apenas um registro cada, estão associadas aos ambientes
aquáticos, que só estão presentes no Sítio 02, sendo a última também ameaçada de
extinção e dependente de ambientes específicos. As espécies Athene cunicularia (coruja-
buraqueira) e Nyctibius griseus (urutau) foram registradas apenas à noite, e Gallinago
paraguaiae (narceja), Herpetotheres cachinnans (acauã), Micrastur ruficollis (falcão-
caburé) e Micrastur semitorquatus (falcão-relógio), discretas durante o dia e de difícil
visualização, vocalizam principalmente ao amanhecer e ao anoitecer, o que restringe os
momentos em que podem ser constatadas. Tapera naevia (saci) também vocaliza pouco.
Outras com apenas um registro, como Coccyzus melacoryphus (papa-lagarta) e
Empidonomus varius (peitica) são migrantes residentes de verão, não estando presentes
durante parte do ano. Campephilus robustus (pica-pau-rei) é uma ave florestal que pode
ser considerada rara ou escassa. Tinamus solitarius (macuco), Crypturellus noctivagus
(jaó-do-sul), Crypturellus obsoletus (inambuguaçu), Piculus flavigula (pica-pau-
Figura 166. Curva acumulada de espécies de aves obtida através do método de Listas de
Mackinnon e estimadores de riqueza Chao 2 e MMMean nas quatro campanhas de monitoramento.
Figura 169 - Indivíduo da espécie Asio clamator (coruja-orelhuda) registrado na quarta campanha
de monitoramento, Itapoá, SC. FOTO: T.J. CADORIN.
Figura 171 - Indivíduo da espécie Nyctidromus albicollis (bacurau) registrado na quarta campanha
de monitoramento, Itapoá, SC. FOTO: T.J. CADORIN.
Local Ameaça
Nome científico (Nome em Português) Sítio Sítio
Controle SC BR IUCN
01 02
Tinamus solitarius (macuco) X VU
Crypturellus noctivagus (jaó-do-sul) X EN
Trogon viridis (surucuá-de-barriga-amarela) X X X EN
Chloroceryle aenea (martim-pescador-miúdo) X VU
Ramphastos vitellinus ariel (tucano-de-bico-
X X X EN
preto)
Piculus flavigula (pica-pau-bufador) X VU
Drymophila squamata (pintadinho) X X EN
Procnias nudicollis (araponga) X X X VU
Phylloscartes kronei (maria-da-restinga) X X X VU
Hemitriccus kaempferi (maria-catarinense) X X X VU VU EN
Tangara peruviana (saíra-sapucaia) X X X EN VU VU
Lanio cristatus (tiê-galo) X X EN
Ramphocelus bresilius (tiê-sangue) X VU
Figura 181. Indivíduo de Lanio cristatus (tiê-galo), registrados durante a segunda campanha de
monitoramento. Itapoá - SC. Foto: T.J. CADORIN.
Figura 182 - Casal da espécie Ramphocelus bresilius (tiê-sangue) registrado na segunda campanha
de monitoramento. FOTO: T.J. CADORIN.
✓ Espécies migratórias
Na primeira campanha não foi registrada nenhuma espécie migratória
considerada residente de verão. Estas espécies chegam à região no início da primavera e
reproduzem-se no verão, estando ausentes no Estado na maior parte ou durante todo o
outono e o inverno, quando estão em regiões mais setentrionais (NAKA; RODRIGUES,
2000; BENCKE et al., 2003). Na segunda campanha, foi possível constatar a chegada de
apenas uma dessas espécies: Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora). Já na terceira
e quarta campanha, foram registradas as espécies: Nyctibius griseus (urutau), Lurocalis
semitorquatus (tuju), Chaetura meridionalis (andorinhão-do-temporal), Florisuga fusca
(beija-flor-preto), Anthracothorax nigricollis (beija-flor-de-veste-preta - Figura 183),
Pachyramphus polychopterus (caneleiro-preto), Pachyramphus validus (caneleiro-de-
chapéu-preto -Figura 184), Legatus leucophaius (bem-te-vi-pirata -Figura 185),
Myiarchus swainsoni (irré), Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado -Figura 186),
Tyrannus melancholicus (suiriri -Figura 187), Empidonomus varius (peitica),
Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu), Lathrotriccus euleri (enferrujado), Vireo chivi
(juruviara), Progne chalybea (andorinha-grande) e Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-
serradora - Figura 188).
Figura 187 - Indivíduo da espécie Tyrannus melancholicus (suiriri) registrado na terceira campanha
de monitoramento, Itapoá, SC. FOTO: T.J. CADORIN.
✓ Considerações finais
Com relação à riqueza obtida para cada Sítio Amostral, o Sítio 02 foi o mais rico,
apresentando 135 espécies, seguido pelo Sítio 01, com 101 e o Sítio Controle com 97
espécies. O Sítio 02 compreende além de área florestal, ambientes abertos e aquáticos, o
que favorece o maior número de espécies registrado. O Sítio 01 teve aumento expressivo
na riqueza a partir da segunda campanha, visto que na primeira a amostragem foi
parcialmente prejudicada pela chuva. O número médio no incremento de riqueza por Sítio
Amostral na campanha 4 foi de 14 espécies, número elevado que evidencia que novas
aves ainda devem ser registradas em todos os locais.
A maioria das aves registradas podem ser encontradas na região durante todo o
ano, apesar de algumas vocalizarem com maior frequência durante os meses da primavera
e verão, o que aumenta sua detecção em campo. No entanto, no mínimo 17 delas são
migrantes, consideradas residentes de verão, estando ausentes em Santa Catarina nos
meses do outono e inverno. No inverno algumas aves fazem deslocamentos altitudinais,
geralmente em busca de alimento. O monitoramento de fauna, portanto, contemplando a
sazonalidade, possibilita o registro de espécies raras, vagantes e migratórias.
14.2.3.3.1 Metodologia
As campanhas da fauna terrestre foram todas realizadas com duração de três dias
em cada estação do ano, sendo: a primeira campanha realizada entre os dias 20 e 22 de
maio (outono), segunda campanha entre os dias 24 e 26 de agosto (inverno), terceira entre
os dias 6 e 8 de dezembro de 2016 (primavera) e quarta campanha realizada entre os dias
17 e 19 de marco de 2017, completando assim um ciclo sazonal. Os dados a seguir
compilam os registros de espécies da mastofauna para todas as campanhas conjuntas
otimizar o tempo e facilitar o registro, na frente de cada câmera, foram colocados atrativos
como frutas, bacon, manteiga de amendoim, ração para gatos e farinha de milho. Os Sítios
01 e Controle contaram com duas máquinas fotográficas, o Sitio 02 contou apenas com
uma câmera devido a área ter grande movimentação de pessoas nas trilhas já abertas para
a atividade de pesca recreativa. O esforço amostral total para essa metodologia na quinta
campanha foi de 432 horas, inicialmente para essa campanha foi previsto a utilização de
seis câmeras, porem uma delas foi furtada durante o período de amostragem.
Durante todos os dias das campanhas foram realizadas caminhadas por trilhas
dentro da área do estudo, as trilhas utilizadas foram às mesmas percorridas pelos
profissionais que amostraram os demais grupos da fauna terrestre. Os profissionais
realizaram busca ativa por possíveis rastros de mamíferos, caracterizados por pegadas,
fezes, pelos, ossadas de animais mortos, restos de alimentos e odor. Com esta metodologia
pode ocorrer o avistamento direto dos animais. As caminhadas tiveram duração de seis
horas por dia. A equipe de mastofauna contou com dois profissionais totalizando 144
horas de amostragem somando-se todas as campanhas.
• Entrevistas
• Identificação Taxonômica
ORDEM RODENTIA
Família Muridae
Rattus rato-doméstico
Rattus norvegicus Rato
Mus musculus Camundongo
Oecomys sp Rato
Akodon montensis rato-de-grama
Delomys dorsalis Rato
Nectomys squamipes rato-d'água
Oligoryzomys flavescens camundongo-do-mato
Tabela 68 - Espécies da mastofauna registradas nas campanhas de monitoramento da fauna terrestre na área do estudo ao final de um ciclo sazonal
completo, Município de Itapoá/SC. Tipo de Registro: V = Visual, F = Fotográfico, R = Rastros. Sítios: 1, 2 e C=Controle.
Campanhas outono 2016 Inverno 2016 Primavera 2016 Verão 2017 Inverno 2017 Registro Grau de ameaça
Sitio Amostral
Taxa
1 2 Cont 1 2 Cont 1 2 Cont 1 2 Cont 1 2 cont
ORDEM RODENTIA
Erethizontidae
Sphiggurus sp. - - - - - - - - - - - - - x - R -
Caviidae
Hydrochaerus hydrochaeris - x - - x - - x - - - - - - - R -
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris - - - - - x - - - x - - - x - R/V -
ORDEM CANÍVORA
Canidae
Cerdocyon thous - x - x x x - x - x - - x - x V,R,F -
Procyon cancrivorus - - - - - - - - - - - x - - - F
Mustelidae
Eira barbara - - - - - - x - - - - - - - - F -
ORDEM PRIMATA
Cebidae
Cebus nigritus - - - - - - x - - x - x - - - V,F,A -
10
9
8
7
6
Espécies
5 Sobs
4 Jack1
3 Jack2
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Undades Amostrais
Figura 191. Curva da acumulação de espécies da mastofauna registradas na área de estudo nas
campanhas de maio, agosto e dezembro de 2016 e janeiro de 2017, Itapoá, SC. Riqueza observada
(Sobs) e a riqueza estimada (Jack 1 e Jack 2).
De acordo com o gráfico, é possível observar que ainda não foi possível registrar
todas as espécies na área do estudo, os estimadores indicam que ainda, devem ser
registradas 10 espécies no mínimo e as curvas dos mesmos, ainda não alcançaram a
assíntota indicando que até mesmo a estimativa de espécies pode ser alterada com a
continuidade das amostragens. Recomenda-se a continuidade do programa de
monitoramento, para que se possa determinar se de algum modo, o empreendimento pode
estar causando impacto na comunidade da mastofauna.
✓ Descrição das Espécies
Todas as espécies registradas são nativas da fauna brasileira. Nenhuma possui
interesse comercial, científico ou são vetores e potencial reservatório de doenças, e
nenhuma se encontra em algum grau de ameaça de extinção em lista estadual
(CONSEMA, 2011) ou nacional (MMA, 2003). A seguir, serão descritas todas as espécies
de mamíferos registradas na área do estudo até o momento.
✓ Roedores (Ordem Rodentia)
São os maiores roedores do planeta, podendo pesar até 73 kg, atingir 1,3 metro de
comprimento e 50 cm de altura. Suas patas são fortes e possuem três dígitos podendo
deixar marcas profundas nas praias de lama nas margens dos rios. Vivem em grupos de
até vinte indivíduos e têm sua atividade no período diurno. Em locais alterados podem
ser ativos durante a noite. Considerados mamíferos semiaquáticos, se alimentam
principalmente de plantas aquáticas e gramíneas nas margens dos rios (REIS et al. 2010).
Por terem a carne apreciada e costume de atacar plantações perto dos rios, esta espécie é
mais suscetível à caça.
Figura 196. Registro de pegada de Didelphis sp. (mão pelada) registrada durante o monitoramento
da fauna terrestre. Itapoá – SC. FOTO:L. MACHADO.
Quanto ao grupo faunístico dos mamíferos, pode-se afirmar que seis espécies
registradas são um número baixo tendo em vista o tamanho e o grau de preservação das
áreas amostradas, sobretudo os Sítios amostrais 01 e Controle, esse baixo número de
riqueza de espécies pode estar relacionado com as metodologias aplicadas, já que sem
captura, é muito difícil registrar mamíferos de pequeno porte, principalmente da ordem
rodentia, ordem essa que possui o maior número de espécies para este grupo. Analisando
os dados registrados, principalmente se levarmos em conta os dados dos estimadores de
riqueza, que estimam um número aproximado de 11 espécies de mamíferos para as áreas
levantadas, podemos levar mais de um ciclo sazonal para obter um início de estabilização
da curva de calibração de riqueza das espécies.
14.2.3.4.1 Metodologia
A captura de morcegos ocorreu através das Redes de Neblina (Figura 198 e Figura
199), onde foram utilizadas 5 redes de neblina (3m X 9m X 5 redes = 135m²) instaladas
em dois Sítios amostrais distintos (Tabela 69 e Figura 200). As redes foram abertas uma
noite por Sítio amostral entre 19:00h e 01:00h, inspecionadas a cada 30 minutos.
Figura 200 – Imagem de localização das redes de neblina para captura de morcegos na AID e ADA
da estação de tratamento de esgoto. Itapoá/SC.
O cálculo do esforço amostral, seguiu de acordo com Straube & Bianconi (2002),
onde se calcula o índice de esforço multiplicando a área total das redes pelo número de
horas que as mesmas ficaram expostas (esforço = comprimento da rede x largura da rede
x tempo de coleta x número de coletas x quantidades de redes). Onde 135m² (5 redes) X
12h (2 noites) = 1620m².h por campanha (Tabela 70 e
Tabela 71).
• Identificação Taxonômica
A lista das espécies de morcegos com possível ocorrência nas áreas de influência
do empreendimento foi elaborada com base em dados disponíveis na literatura (
SIPINSKI & REIS, 1995; FONSECA et al., 1996; GRACIOLLI, 2003; CHEREM et al.,
2004; PASSOS & GRACIOLLI, 2004). Através das consultas bibliográficas foram
listadas 47 espécies de morcegos distribuídas em cinco famílias com possível ocorrência
para as áreas de influência do empreendimento.
Tabela 72 - Lista de morcegos com possível ocorrência para a região do Município de Itapoá-SC.
Levantamento Status de
Taxa Nome Popular conservação
Bibliográfico
ORDEM
CHIROPTERA
Família Noctilionidae
Noctilio leporinus morcego-pescador X
Levantamento Status de
Taxa Nome Popular conservação
Bibliográfico
Família
Phyllostomidae
Chrotopterus auritus morcego-bombachinha X
Tonatia bidens Morcego X CR – SC
Micronycteris
Morcego X VU – SC
megalotis
Mimon bennettii Morcego X
Anoura caudifer Morcego X
Anoura geoffroyi Morcego X
Glossophaga soricina Morcego X
Carollia perspicillata Morcego X
Artibeus fimbriatus Morcego X
Artibeus planirostris Morcego X
Artibeus lituratus Morcego X
Artibeus obscurus Morcego X
Chiroderma doriae Morcego X
Platyrrhinus lineatus Morcego X
Platyrrhinus recifinus Morcego X VU – BR
Pygoderma bilabiatum Morcego X
Sturnira lilium Morcego X
Sturnira tildae Morcego X
Vampyressa pusilla Morcego X
Desmodus rotundus morcego-vampiro X
Diphylla ecaudata morcego-vampiro X EN – SC
Família Furipteridae
Furipterus horrens Morcego X CR – SC
Família
Vespertilionidae
Eptesicus brasiliensis Morcego X
Eptesicus diminutus Morcego X
Eptesicus furinalis Morcego X
Eptesicus taddeii Morcego X
Histiotus alienus Morcego X CR – SC
Histiotus laephotis Morcego X
Histiotus velatus Morcego X
Lasiurus blossevillii Morcego X
Lasiurus ega Morcego X
Lasiurus egregius Morcego X CR – SC
Myotis albescens Morcego X
Myotis dinellii Morcego X
Myotis levis Morcego X
Myotis nigricans Morcego X
Myotis riparius Morcego X
Myotis ruber Morcego X VU – BR
Levantamento Status de
Taxa Nome Popular conservação
Bibliográfico
Família Molossidae
Eumops auripendulus Morcego X
Eumops hansae Morcego X
Molossus molossus Morcego X
Molossus rufus Morcego X
Nyctinomops
Morcego X
laticaudatus
Nyctinomops macrotis Morcego X VU – SC
Promops nasutus Morcego X
Tadarida brasiliensis Morcego X
Tipo de
Taxon Nome popular Sitio Campanha Abundância
registro
Ordem Quiróptera
Família Phyllostomidae
Artibeus fimbriatus morcego CA 1 1 1
Artibeus lituratus morcego CA 1, 2 1, 2 6
Glossophaga soricina morcego-beija-flor CA 2 1 1
Família Vespertilionidae
Myotis nigricans morcego CA 2 1, 2 5
Figura 201 - Curvas da acumulação de espécies de morcegos registradas na área de estudo, Itapoá,
SC. Riqueza observada (Sobs) e a Riqueza estimada (Jackknife 1) nas duas campanhas de
levantamento de quirópteros na área do empreendimento.
néctar de uma grande variedade de plantas. E tem importante papel na polinização. Trata-
se do morcego nectivoro mais encontrado em inventários de fauna, também encontrado
em zonas rurais e áreas urbanas, sendo uma espécie versátil consegue ocupar diferentes
ambienteis (NOGUEIRA et al., 2007).
✓ Considerações Finais
Para a área de estudo da fauna aquática foi definido uma área de influência direta
(AID) um trecho linear do rio Saí-Mirim de 800 metros a partir do ponto de lançamento
do efluente tratado, à montante do mesmo. Já a área diretamente afetada (ADA) foi
definida como um trecho linear de 800 metros do rio Saí-Mirim, a jusante do ponto de
lançamento do efluente tratado.
Tabela 74 - Coordenadas geográficas dos pontos de coleta para as Algas planctônicas, Zooplâncton,
Ictiofauna e Macrofauna Bentônica na AID e ADA da Estação de Tratamento de Esgoto do
Município de Itapoá/SC (DATUM WGS 84).
Coordenadas Latitude Longitude
#01 26° 5' 12.76" S 48° 37' 53.51" O
#02 26° 4' 56.18" S 48° 37' 56.63" O
#03 26° 4' 42.58" S 48° 37' 44.08" O
Figura 206 – Imagem dos pontos de coleta para as Algas planctônicas, Zooplâncton, Macrofauna
Bentônica e Ictiofauna na AID e ADA da Estação de Tratamento de Esgoto do Município de
Itapoá/SC (DATUM WGS 84). Fonte: Google Earth.
A coleta da fauna aquática foi de acordo com a autorização emitida pela Diretoria
de Proteção dos Ecossistemas – DPEC/IMA (AuA N° 5763/2017) (Anexo 19), sendo a
primeira campanha realizada entre os dias 23 e 24 de agosto de 2017 (inverno) e a segunda
campanha entre os dias 10 e 11 de novembro de 2017 (primavera).
Figura 207 - Ponto de coleta #01 da fauna aquática na AID, a montante do ponto de lançamento do
efluente tratado do SES do município de Itapoá/SC.
Figura 208 - Ponto de coleta #02 da fauna aquática na ADA, a montante do ponto de lançamento do
efluente tratado do SES do município de Itapoá/SC.
Figura 209 - Ponto de coleta #03 da fauna aquática na ADA, a montante do ponto de lançamento do
efluente tratado do SES do município de Itapoá/SC.
Tabela 75 - Parâmetros abióticos mensurados na campanha agosto e novembro de 2017, nos pontos
de coleta da fauna aquática no rio Saí-Mirim, Itapoá/SC.
14.2.4.4.1 Metodologia
• Procedimentos de campo
• Procedimentos de laboratório
• Análise de dados
Para obtenção de valores de estimativa de riqueza, foi considerada a soma dos taxa
em cada unidade amostral. A abundância foi calculada com base no somatório do número
de indivíduos de cada grupo coletado. Para valores de abundância total, utilizou-se a
transformação dos valores em Ln (x+1), para diminuir a interferência das grandes
discrepâncias numéricas, sendo demonstrados graficamente.
S −1
RM =
LN (n)
Onde,
S: número de categorias taxonômicas (famílias);
n: densidade total.
Onde:
H’: Índice de Diversidade de Shannon-Weaner;
Pi: proporção do número de indivíduos da família i (ni/N);
S: número de famílias.
H'
J '=
LnS
Onde:
J’: Índice de Equitabilidade;
H’: Índice de Diversidade de Shannon-Weaner;
S: número de famílias.
S 2
D = ( pi)
i =1
Onde:
Pi: é a proporção da espécie i na comunidade;
S: é o número total de espécies na comunidade.
Neste caso, a curva foi obtida por intermédio dos valores de riqueza, onde cada
nova espécie/taxa foi incrementada ao somatório posterior, ou seja, a riqueza obtida nos
pontos anteriores, de maneira que a curva é a expressão da riqueza acumulada observada.
Para fazer uma análise do sucesso do esforço utilizado para amostrar espécies,
pode ser usada a relação entre a riqueza observada (Sobs) no estudo e a riqueza total
estimada (Sest) para a comunidade ou área analisada. Existem vários algoritmos não
paramétricos para estimativa da riqueza total da comunidade (COLWELL &
CODDINGTON, 1994).
Neste trabalho a riqueza total será estimada pelo método Chao e Jackknife de
primeira ordem (Chao1 e Jack1) e, disponível no programa EstimateS 7.5.2 (COLWELL,
2005), com 100 aleatorizações na ordem de entrada das amostras, para obter a curva
média. Estes estimadores de riqueza baseiam-se no número de espécies que ocorre
somente em uma amostra.
Onde:
SChao1 é a riqueza estimada;
Sobs é a riqueza observada;
F1 é o número de espécies que ocorrem somente em uma amostra;
F2 é o número de amostras.
Onde:
: riqueza estimada
: riqueza observada
Com base nos resultados para a Bacia Hidrográfica do Rio Itapocú foram
encontrados um total de 57 taxa, distribuídos em cinco classes: Bacillariophyceae,
Chlorophyceae, Zygnemaphyceae, Euglenophyceae e Cyanophyceae (Tabela 76). Para a
Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte foi encontrada 55 taxa, distribuídos em oito
classes: Bacillariophyceae, Crysophyceae, Chlorophyceae, Zygnemaphyceae,
Euglenophyceae, Dinophyceae, Cryptophyceae, e Cyanophyceae (Tabela 77). As
espécies, em sua maioria, são indicadoras desde ambientes menos poluídos, sendo menos
tolerantes a poluição, até espécies mais tolerantes a poluição orgânica, indicando
ambientes beta-mesosapróbios, ou seja, poluição orgânica moderada, e mesoeutróficos,
com média quantidade de nutrientes.
Tabela 76 - Lista de algas planctônicas das espécies de ocorrência observadas para a Bacia
Hidrográfica do Rio Cubatão (ANDRE, 2008).
Heterokontophyta
Bacillariophyceae
Achnanthes exígua
Amphipleura lindheimerii
Aulacoseira granulata
Cocconeis placentula
Cyclotella sp.
Cymbella túmida
Encyonema minutum
Encyonema neogracile
Encyonema neomesianum
Encyonema silesiacum
Encyonema sp1
Fragilaria capucina
Fragilaria delicatissima
Frustulia rhomboides
Gomphonema brasiliensis
Gomphonema clevei
Gomphonema gracile
Gomphonema parvulum
Melosira ambígua
Melosira varians
Navicula sp1
Pinnularia sp1
Planothidium lanceolatum
Surirella sp.
Synedra sp.
Thalassiosira sp.
Ulnaria ulna
Chrysophyceae
Mallomonas sp.
Chlorophyta
Chlorophyceae
Coelastrum reticulatum
Crucigenia sp.
Desmodesmus sp.
Dictyosphaerium pulchelum
Dictyosphaerium sp2
Kirchneriella sp
Monoraphidium cf. mirabile
Pediastrum boryanum
Pediastrum duplex
Scenedesmus cf. díspar
Scenedesmus quadricauda
Scenedesmus sp1
Schroederia setigera
Sphaerocystis planktonica
Zygnemaphyceae
Cosmarium cf amaenium
Cosmarium cf. formosulum
Cosmarium moniliforme
Cosmarium sp1
Penium sp.
Spirogyra sp.
Staurastrum sp.
Euglenophyta
Euglenophyceae
Lepocinclis sp.
Dinophyta
Dinophyceae
Peridinium sp.
Cryptophyta
Cryptophyceae
Criptoficea n.i.
Cianobacteria
Cianophyceae
Aphanocapsa sp.
Mixobactrum sp.
Spirulina sp.
Tabela 77 - Lista de algas planctônicas das espécies de ocorrência observadas para a Baia da
Babitonga, no estudo de implantação do Terminal Marítimo Mar Azul, em São Francisco do Sul,
SC, (ACQUAPLAN, 2006).
Heterokonthophyta
Bacillariophyceae
Actinoptychus cf splendens
cf Cymatodiscus sp.
Chaetoceros cf decipiens
Chaetoceros peruviannus
Coscinodiscus centralis
Coscinodiscus cf curvatus
Coscinodiscus radiatus
Cylindrotheca closterium
Ditylum brightwelli
Eucampia sp.
Gomphonema parvulum
Guinardia sp.
Gyrosigma sp.
Haslea sp.
Helicotheca sp.
Hemidiscus sp.
Leptocilindrus minimus
Melosira nummuloides
Navicula sp
Neidium sp.
Nitzschia cf closteriopis
Odontella sp.
Paralia sulcata
Pinnularia sp.
Pleurosigma sp.
Rhizosolenia cf stolterfothii
Rhizosolenia styliformis
Skeletonema costatum
Surirella sp.
Synedra sp
Thalassionema nitzschioides
Thalassiosira cf eccentrica
Dinophyta
Dinophyceae
Ceratium furca
Ceratium hircus
cf Pyrocistis sp.
Dinophysis sp.
Peridinium sp.
Podolampas sp.
Prorocentrum cf gracile
Prorocentrum cf minimum
Chromophyta
Dictyocophyceae
Dictyocha fíbula
Chlorophyta
Chlorophyceae
cf Schroederia sp.
Cyanophyta
Cyanophyceae
Trichodesmium sp.
Euglenophyta
Euglenophycea
Trichodesmium sp.
Euglenophyta
Euglenophycea
Phacus sp.
Euglena sp.
Phacus sp.
Euglena sp.
Tabela 78. Composição taxonômica de algas planctônicas, campanha de agosto e novembro de 2017, e suas respectivas densidades, Densidade Absoluta (Dens.
Abs.) e Densidade Relativa (Dens. Rel.), por pontos de coletas na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. Em verde claro
espécies abundantes e em verde claro e negrito espécies dominantes.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Divisão Heterokontophyta
Classe Bacillariophyceae
Achnanthes lanceolata (Brébisson ex Kützing) Grunow in Van Heurck 1 0,03 1 0,01 1 0,00
Achnanthidium exiguum (Grunow) D.B.Czarnecki 1 0,01 1 0,01 1 0,00
Cymbopleura sp1 0 0,01 1 0,02 1 0,01 1 0,00
Encyonema perpusillum (Cleve-Euler) D.G.Mann in Round, R.M.Crawford & D.G.Mann 5 0,13 5 0,04 5 0,02
Encyonema silesiacum D.G.Mann in Round, Crawford & Mann 4 0,06 1 0,03 2 0,05 7 0,05 2 0,04 2 0,02 9 0,03
Eunotia sp1 1 0,03 1 0,01 1 0,00
Frustulia saxonica Rabenhorst 2 0,02 0 0,01 2 0,01 2 0,01
Gomphonema parvulum (Kützing) Kützing 2 0,04 0 0,01 2 0,01 1 0,02 2 0,09 3 0,03 5 0,02
Hantzschia amphioxys (Ehrenberg) Grunow in Cleve & Grunow 0 0,01 1 0,04 1 0,01 1 0,01
Melosira varians C.Agardh 3 0,05 3 0,02 3 0,01
Navicula cryptocephala Kützing 4 0,06 5 0,11 3 0,11 12 0,08 12 0,05
Nitzschia clausii 8 0,11 8 0,05 0 0,02 0 0,00 8 0,03
Nitzschia palea (Kützing) W.Smith 4 0,06 1 0,01 1 0,03 5 0,04 5 0,15 0 0,02 6 0,05 11 0,04
Pinnularia sp1 0 0,01 0 0,00 2 0,07 2 0,02 2 0,01
Sellaphora sp1 1 0,02 1 0,01 1 0,00
Divisão Chlorophyta
Classe Chlorophyceae
Crucigenia tetrapedia (Kirchner) Kuntze 1 0,03 1 0,01 1 0,00
Desmodesmus bicaudatus (Dedusenko) P.M.Tsarenko 2 0,07 2 0,02 2 0,01
Desmodesmus quadricauda (Turpin) Brébisson in Brébisson & Godey 2 0,07 2 0,02 2 0,01
Monoraphidium contortum (Thuret) Komárková-Legnerová in Fott 3 0,10 3 0,03 3 0,01
Classe Zygnematophyceae
Actinotaenium sp1 1 0,02 1 0,01 1 0,00
Closterium sp1 1 0,01 1 0,01 1 0,00
Divisão Cyanophyta
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Abs.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Dens. Rel.
Classe Cyanophyceae
Phormidium sp1 31 0,43 31 0,71 22 0,72 84 0,58 43 0,88 17 0,49 60 0,57 144 0,57
Planktolyngbya limnetica (Lemmermann) Komárková-Legnerová & Cronberg 7 0,33 7 0,07 7 0,03
Pseudanabaena sp1 17 0,24 17 0,12 9 0,40 9 0,08 26 0,10
Divisão Euglenophyta
Classe Euglenophyceae
Trachelomonas sp1 0 0,01 1 0,01 1 0,04 2 0,01 2 0,01
Riqueza total 11 12 7 16 5 7 7 16 25
Densidade Total (cel/mL) 71,34 44,12 29,96 145 48,68 34,73 21,68 105 251
Suficiência de Contagem 0,94 0,92 0,91 0,96 0,91 0,89 0,87 0,91 0,96
Figura 210. Registro fotográfico de alguns taxa de algas planctônicas amostradas na área de estudo
da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. (A) Encyonema silesiacum; (B)
Navicula cryptocephala; (C) Phormidium sp1; (D) Pseudanabaena sp1.
5
Ln (x+1) da dendidade (cel./ml)
4
0
Classe Classe Classe Classe Classe
Bacillariophyceae Chlorophyceae Zygnematophyceae Cyanophyceae Euglenophyceae
Agosto de 2017 Novembro de 2017 Total
Figura 211. ln (x+1) da densidade absoluta por classes de algas planctônicas coletadas nas
campanhas de agosto e novembro de 2017 na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do
município de Itapoá/SC.
Figura 212 - Densidade relativa por classes de algas planctônicas coletadas nas campanhas de
agosto e novembro de 2017 na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de
Itapoá/SC.
16
14
12
Riqueza específica
10
8
6
4
2
0
Classe Classe Classe Classe Classe
Bacillariophyceae Chlorophyceae Zygnematophyceae Cyanophyceae Euglenophyceae
Figura 213 - Riqueza específica por classes de algas planctônicas coletadas nas campanhas de
agosto e novembro de 2017 na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de
Itapoá/SC.
Entre os taxa encontrados até o momento cabe destaque pra a espécie Navicula
cryptocephala Kützing e Nitzschia palea (Kützing) W. Smith que foram abundantes,
representando 5% e 4% do total da coleção no somatório de ambas as campanhas (Tabela
78). A espécie Navicula cryptocephala foi registrada como sensível a poluição por
Salomoni et al., (2006) porém foram consideradas por Lobo, Callegaro & Brender (2002)
como espécies moderadamente tolerantes a poluição. A espécie Nitzchia palea tem sido
relatada como associadas a águas com alta de condutividade elétrica, ocorrem também
em ambientes ricos em nutriente e mal oxigenado (ROUND, 1991). Nitzchia palea é
considerada uma espécie dominante em ambientes poluídos (SALOMONI, 2004). Bere
& Tundsi (2010) analisando as diatomáceas epipsâmicas observaram que espécies
tolerantes a baixa poluição foram substituídas por tolerantes a alta poluição como Nitzchia
palea. Estes mesmos autores citam que esta espécie se desenvolve bem em zonas
poluídas, mas também podem ocorrer em águas razoavelmente limpas. Esta espécie é
muito comum em ambientes com altas com altas concentrações de nutrientes, e segundo
a literatura são caracterizadas como espécies tolerantes a eutrofização (VAN DAM,
MERTENS, SINKELDAM, 1994; HOFMANN, 1999).
influenciados pela ação antropogênica, com leve contaminação orgânica, indicando águas
moderadamente poluídas.
80 14
70 12
Densidade total (cel./ml)
60
Riqueza específica
10
50
8
40
6
30
4
20
10 2
0 0
#01 #02 #03 #01 #02 #03
Agosto de 2017 Novembro de 2017
Figura 214. Riqueza específica (barras escuras) e densidade absoluta (barras claras) de algas
planctônicas, por pontos de coletas, nas campanhas de agosto e novembro de 2017, coletadas na
área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
Figura 216 - Análise de Agrupamento (MDS) aferida para os pontos amostrais, nas campanhas de
agosto e novembro de 2017, localizados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do
município de Itapoá/SC.
Por fim, a curva de espécies acumuladas, por unidade amostral, indicou que o
índice Chao1 estimou 31 taxa, ou seja, de acordo com este índice 81% dos taxa que
compõem as assembleias de algas planctônicas dos pontos investigados foram
quantificados. O índice Jacknife1 estimou 103 taxa, ou seja, de acordo com este índice
63% dos taxa que compõem as assembleias de algas planctônicas dos pontos investigados
foram quantificados. A curva de rarefação, bem como Chao1 e Jacknife1 mostram uma
tendência ao crescimento podendo ter ainda adição de espécies novas (Figura 218).
Figura 218 - Curva de acumulação de espécies observada e curvas de diversidade estimada pelo
Índice de Chao1 e Índice de Jacknife1 aferidas para a área de estudo da estação de tratamento de
esgoto do município de Itapoá/SC.
equitativa entre as espécies confere uma elevada diversidade, bem como a maior riqueza
específica, e, consequentemente, a maior equitabilidade e diversidade.
Dentre as espécies de algas planctônicas verificadas neste estudo, quatro foram comuns
aos estudos realizados por André (2008), a saber, Achnanthidium exiguum (Grunow)
D.B.Czarnecki, Encyonema silesiacum D.G.Mann in Round, Crawford & Mann,
Gomphonema parvulum (Kützing) Kützing e Pinnularia sp1. A espécie Gomphonema
parvulum (Kützing) Kützing foi comum ao estudo realizado por Acquaplan (2006), sendo
que esta foi à única espécie de ocorrência registrada nos três estudos. O dinoflagelado
Peridinium sp. foi verificado em ambos os trabalhos citados (ACQUAPLAN, 2006;
ANDRÉ, 2008).
14.2.4.5.1 Metodologia
• Procedimentos de campo
• Procedimentos de laboratório
• Análise de dados
Tabela 79 - Lista das espécies do Zooplâncton registradas para a Baia da Babitonga, no estudo de
implantação do Terminal Marítimo Mar Azul, em São Francisco do Sul, SC, (ACQUAPLAN,
2006).
Filo Arthropoda
Classe Maxillopoda
Subclasse Copepoda
Copepodito
Acartia lilljeborgi
Acartia tonsa
Euterpina acutifrons
Microsetella norvegica
Oithona oswaldocruzii
Oithona ovalis
Paracalanus sp
Paracalanus aculeatus
Pontellidae
Pseudodiaptomus acutus
Temora turbinata
Infraclasse Cirripedia
Náupliu
Cipry
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Mysis
Zoea
Filo Cnidaria
Hydromedusae
Filo Mollusca
Veliger gastrópoda
Veliger bivalve
Tabela 80 - Lista das espécies do Zooplâncton registradas para o rio Itapocu de acordo com o
Relatório de diagnóstico ambiental da situação atual da área de entorno das obras para a Abertura
da Barra e Implantação dos Molhes de Fixação da Foz do Rio Itapocu, Barr
Filo Arthropoda
Classe Branchiopoda
Moina minuta
Classe Maxillopoda
Subclasse Copepoda
Arcatia sp.
Centropages sp.
Corycaeus sp.
Cyclopoida
Oithona sp.
Parvocalanus sp.
Classe Malacostraca
Ordem Euphausiacea
Euphausiacea
Ordem Decapoda
Zoea
Figura 219 - Registro fotográfico de alguns organismos zooplanctônicos coletados na área de estudo
da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. (A) Arcella vulgaris Ehrenberg,
1830; (B) Arcella discoides Ehrenberg, 1843; (C) copepodito (Copépode). (D) Moina minuta
Hansen, 1899; (E) Lecane bulla (Gosse, 1851).
Tabela 81 - Composição taxonômica dos organismos zooplanctônicos e suas respectivas densidades, Densidade Absoluta (Dens. Abs.) e Densidade Relativa (Dens. Rel.),
por campanhas de coletas realizadas na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. (*) Taxa exclusivo do #01; (**) Taxa exclusivo do
#02; (***) Taxa exclusivo do #03.
Filo Protozoa
Classe Lobosa
Ordem Arcellinida
Família Arcellidae
Arcella costata Ehrenberg, 1847 A. 710 38,15 710 34,45
Arcella discoides Ehrenberg, 1843 A 80 0,40 20 1,07 100 4,85
Arcella megastoma Pènard, 1902 10 0,05 10 0,54 20 0,97
Arcella mitrata var. spectabilis Deflandre 1928 110 5,91 110 5,34
Arcella vulgaris Ehrenberg, 1830 30 0,15 630 33,85 660 32,02
Família Centropyxidae
Centropyxis aculeata (Ehrenberg, 1838) 30 0,15 50 2,69 80 3,88
Família Difflugiidae
Difflugia corona Wallich, 1864 70 3,76 70 3,40
Difflugea pseudogramen G.L. & Th., 1960 20 1,07 20 0,97
Família Lesquereusiidae
Lesquereusia spiralis (Ehrenberg, 1840) 10 0,54 10 0,49
Filo Rotifera
Classe Monogonta
Ordem Ploima
Família Lecanidae
Lecane bulla (Gosse, 1851) 31 1,67 31 1,50
Lecane curvicornis (Murray, 1913) 20 1,07 20 0,97
Por sua vez, o filo Arthropoda possui características adaptativas que permitem a
colonização de hábitats distintos, sendo encontrados em todos os ambientes do planeta e muitas
vezes com elevado número de espécies (RUPPERT & BARNES, 1996). Neste estudo, o filo
Arthropoda esteve representado por cladóceros e copépodes, que são os microcrustáceos mais
frequentes e abundantes em ambientes de águas continentais (LANSAC-TÔHA et al., 1997,
2004, 2009).
A maioria das famílias identificadas neste estudo esteve representada por uma ou duas
espécies e poucos indivíduos; destacando-se a família Arcellidae (Protozoa) com a maior
riqueza de espécies – cinco espécies identificadas, e também a maior abundância, perfazendo
78% da fauna zooplanctônica (Figura 221).
100 30
80 24
Densidade Relativa (%)
Riqueza Específica
60 18
40 12
20 6
0 0
Rotíferos
Cladóceros
Rotíferos
Cladóceros
Rotíferos
Cladóceros
Prot.Testáceos
Prot.Testáceos
Prot. Testáceos
Copépodas
Copépodas
Copépodas
C1 Densidade RelativaC2
(%) Total
Riqueza Específica
Figura 220 - Denidade Relativa (%) e Riqueza Específica dos principais grupos de organismos
zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de
Itapoá/SC.
Riqueza específica
0 2 4 6 8
Arcellidae
Difflugiidae
Centropyxidae
Famílias
Lecanidae
Chydoridae
Moinidae
Bosminidae
Lesquereusiidae
0 25 50 75 100
Densidade Relativa (%)
Densidade Relativa Riqueza Específica
Figura 221 - Densidade Relativa (%) e Riqueza Específica por famílias de organismos zooplanctônicos
coletados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
Arcella costata
Arcella vulgaris
Arcella mitrata var. spectabilis
Arcella discoides
Copepodito de ciclopóida
Centropyxis aculeata
Difflugia corona
Nauplio de ciclopóida
Lecane bulla
Ordem Bdelloidea
Moina minuta
Disparalona leptothyncha
Lecane curvicornis
Difflugea pseudogramen
Arcella megastoma
Ephemeroporus hybridus
Eubosmina hagmanni
Lecane quadridentata
Lesquereusia spiralis
0 200 400 600 800 1000
Densidade Absoluta (ind/m3)
Figura 222 - Densidade Absoluta (ind./m3) dos taxa zooplanctônicos coletados na área de estudo da
estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
atributos (Figura 223). Cabe destacar a ocorrência de quatro espécies exclusivas para o ponto
#01, outras quatro exclusivas para o ponto #02 e apenas uma espécie de ocorrência exclusiva
para o ponto #03 (Tabela 81).
1200 18
1000 15
Riqueza específica
800 12
600 9
400 6
200 3
0 0
#01 #02 #03 #01 #02 #03
C1 C2
Figura 223 – Densidade absoluta (ind./m3) e Riqueza específica total, por pontos de coletas, de organismos
zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de
Itapoá/SC.
1400 18
1200 15
1000
Densidade total (ind./m3)
12
Riqueza específica
800
9
600
6
400
200 3
0 0
#01 #02 #03
Figura 224 – Densidade absoluta (ind./m3) e Riqueza específica por pontos de coletas, de organismos
zooplanctônicos coletados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de
Itapoá/SC.
Figura 225 - Representação gráfica dos Índices de Riqueza de Margalef, Diversidade de Shannon,
Dominância de Simpson e Equitabilidade de Pielou por pontos de coletas de organismos zooplanctônicos
coletados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
Por fim, a curva de rarefação de espécies por unidade amostral apresentou tendência à
estabilização, finalizando a diversidade observada em 19 espécies, a mesma riqueza estimada
pelo Índice de Chao 1. Entretanto, o Índice de Jacknife 1 apontou uma diversidade estimada de
25 espécies (
Figura 228). De acordo com estes resultados, foram efetivamente amostradas 100% das
espécies estimadas pelo índice de Chao 1 e 76% das estimadas por Jacknife 1.
Figura 226. Dendograma da Análise de Agrupamento aferida para os pontos amostrais localizados na
área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
Figura 227. Comparação da diversidade através do perfil de Diversidade de Renyi para as campanhas de
coletas realizadas na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
30
24
Acúmulo de Espécies
18
12
0
1 2 3 4 5 6
Curva de Rarefação Riqueza Estimada Chao 1 Riqueza Estimada Jacknife 1
Figura 228. Curva de Acumulação de Espécies Observada e Curvas de Diversidade Estimada pelo Índice
de Chao1 e Índice de Jacknife1 aferidas para a área de estudo da estação de tratamento de esgoto do
município de Itapoá/SC.
As espécies do zooplâncton verificadas neste estudo não foram comuns às descritas nos
trabalhos pretéritos realizados na Baia da Babitonga (ACQUAPLAN, 2006) e no rio Itapocu
(ETHOS, 2013). Além disso, no presente estudo foi registrada a predominância numérica dos
protozoários testáceos, ao passo que nos trabalhos citados os copépodes foram mais
expressivos. Esta discrepância verificada na composição zooplanctônica dos diferentes estudos
realizados pode estar associada às características inerentes aos pontos de coletas. Neste sentido,
os ambientes investigados na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município
de Itapoá/SC são caraterizados como lóticos, com baixa profundidade, presença de vegetação
ciliar e contribuição de matéria orgânica alóctone, semelhantes aos ambientes onde os
protozoários testáceos são comumente encontrados em abundância (LANSAC-TÔHA et al.,
1997; VELHO et al., 1999).
Por fim, os taxa zooplanctônicos aferidos nos ambientes amostrados são comuns para
a região tropical e em sistemas lóticos, sendo que a estrutura e distribuição das comunidades
zooplanctônicos esteve condicionada às características físicas dos ambientes investigados bem
como à produção primária existente nos mesmos. Contudo, podem existir outros fatores
determinantes para a dinâmica da fauna zooplanctônica em ambientes lóticos, especialmente
os relacionados às atividades antropogênicas. Neste contexto, é de fundamental importância a
continuidade dos estudos, abrangendo maiores períodos de amostragem, para que seja possível
conhecer melhor os fatores que determinam a complexidade dos ecossistemas investigados,
bem como a variação dos organismos zooplanctônicos ao longo do ciclo hidrológico.
14.2.4.6.1 Metodologia
Não existem dados publicados para o rio Saí-Mirim, sendo assim, foram levantados
dados existentes na mesma bacia hidrográfica, Rio Cubatão do Norte. Os dados são do estudo
de intitulado “Variação Espaço-Temporal da Ictiofauna da Laguna do Acaraí e seus Afluentes
no Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC, Brasil; dissertação de mestrado de Jamile
Beninca (2011).
Para este estudo foi utilizado quatro redes por ponto de coleta, com malhas de 15mm;
20mm; 25mm e 30mm, ambas com 10m de comprimento. Estas permaneceram dispostas pelo
• Procedimentos de laboratório
Para a identificação das espécies ao menor nível taxonômico possível foi utilizado
literatura específica, como, Britski et al., 1986; Britski et al, 1999; Buckup et al., 2007;
Menezes et al, 2007; Oyakawa et al, 2006, Marceniuk (2005); Figueiredo & Menezes (1978;
1980; 2000), Menezes & Figueiredo (1980; 1985), Nelson (2006) e Fischer et al. (2004).
• Análise de Dados
Os índices que estimam a riqueza são de ordem não paramétrica, e indicam o número
de espécies que potencialmente podem ocorrer no ambiente, uma vez que estão baseados na
quantificação do quão raro são as espécies coletadas (TOTI et al., 2000). Um estimador de
riqueza, como o caso do Índice Chao 1 – que utiliza a relação de singletones e doubletones –
deve atender alguns requisitos segundo Toti et al. (2000), dentre eles alcançar a estabilidade
(ou aproximar-se desta) com menor número de amostras; sua estimativa não deve ser diferente
das demais apontadas por outros índices e; por fim, a sua estimativa deve estar perto da
extrapolação razoável e visual da assíntota da curva de acumulação de espécies. Neste sentido,
em casos de levantamento da riqueza ou caracterização o índice Chao 1 é um dos que melhor
se adéqua à essas considerações (RICO et al., 2005).
No trabalho realizado por Jamile Beninca (2011), na Laguna do Acaraí e seus afluentes,
no município de São Francisco do Sul, foram registradas 36 espécies, distribuídas em 11 ordens
e 23 famílias. A maior ordem foi Perciformes, com 13 espécies, distribuídas em sete famílias.
A família Characidae (Characiformes), apresentou o maior número de espécies (quatro) Tabela
82.
Tabela 82 – Lista da ictiofauna com algumas das espécies de possível ocorrência observadas para rio Saí-
Mirim em Itapoá/SC para a AID da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário de Itapoá. Dados da
dissertação de Jamile Beninca (2001), para a Laguna do Acaraí e seus afluentes no Parque Estadual do
Acaraí, São Francisco do Sul/SC.
Classe Actinopterygii
Ordem Characiformes
Família Characidae
Mimagoniates
microlepis
Mimagoniates lateralis
Hollandichthys
multifasciatus
Hyphessobrycon
reticulatus
Família Crenuchidae
Characidium
pterostictum
Characidium lanei
Família Erythrinidae
Hoplias malabaricus
Ordem Perciformes
Família Carangidae
Caranx hippos
Família Cichlidae
Geophagus brasiliensis
Tilapia rendalli
Família
Centropomidae
Centropomus parallelus
Centropomus
undecimalis
Família Pomatomidae
Pomatomus saltatrix
Família Gerreidae
Diapterus rhombeus
Eugerres brasilianus
Eucinostomus
melanopterus
Família Gobiidae
Ctenogobius shufeldti
Microgobius meeki
Família Sciaenidae
Micropogonias furnieri
Bairdiella ronchus
Ordem Siluriformes
Família Arridae
Genidens genidens
Família Loricariidae
Pseudotothyris obtusa
Família Callichthyidae
Scleromystax barbatus
Corydoras ehrhardti
Família Heptapteridae
Acentronichthys leptos
Rhamdia quelen
Ordem Atheriniformes
Família
Atherinopsidae
Atherinella brasiliensis
Ordem
Cyprinodontiformes
Família Poeciliidae
Phalloceros spiloura
Ordem
Pleuronectioformes
Família Achiridae
Trinectes paulistanus
Família
Paralichthyidae
Citharichthys spilopterus
Ordem Gymnotiformes
Gymnotidae
Gymnotus pantherinus
Ordem Mugiliformes
Mugilidae
Mugil curema
Mugil platanus
Ordem Beloniformes
Belonidae
Strongylura timucu
Ordem Elopiformes
Elopidae
Elops saurus
Ordem
Synbranchiformes
Synbranchidae
Synbranchus
marmoratus
Tabela 83 - Composição taxonômica da ictiofauna, campanha de agosto e novembro de 2017, e sua respectiva abundância total, riqueza e equitabilitade (PIE) por pontos de coleta
na área de estudo da estação de tratamento de esgoto sanitário do município de Itapoá, SC.
Ordem Characiformes
Gêneros Incertae Sedis
Astyanax sp1 lambari captura (rede) 1 1 1
Família Characidae
Oligosarcus hepsetus (Curvier, 1829) Saicanga captura (rede) 1 1 2 5 5 7
Família Curimatidae
Cyphocharax cf. santacatarinae (Fernández-Yépez, 1948) captura (rede) 1 7 11 19 2 2 21
Família Erythrinidae
Hoplias cf. malabaricus (Bloch,1794) Traíra captura (rede) 1 1 1 1 2
Ordem Perciformes
Família Centropomidae
Equitabilidade PIE 1,00 0,54 0,41 0,49 0,97 1,00 0,65 0,90 0,70
Alguns dos exemplares coletados para a área de estudo são apresentados na Figura
229.
#01, com quatro espécies, e as menores nos pontos #02 e #03, com duas espécies
respectivamente (Figura 231).
Família Centropomidae
Família Erythrinidae
Famílias
Família Loricariidae
Família Heptapteridae
Família Characidae
Família Curimatidae
0 5 10 15 20 25
Abundância (número de indivíduos)
Figura 230 - Riqueza de espécie (barras claras) e abundância de indivíduos (barras escuras) por
família de peixes observadas na campanha de agosto e novembro de 2017, na área de estudo da
estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
6
Riqueza (número de espécies)
0
#01 #02 #03
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 231 - Riqueza de espécies por ponto de coleta observadas na campanha de agosto (barras
escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de estudo da estação de tratamento de esgoto
do município de Itapoá/SC.
14
12
10
Espécies 8
0
1 2 3 4 5 6
Esforço amostral
14
Abundância (número de indivíduos)
12
10
0
#01 #02 #03
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 233 – Abundância de indivíduos por ponto de coleta observadas na campanha de agosto
(barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de estudo da estação de tratamento de
esgoto do município de Itapoá/SC.
1
0,9
0,8
Equitabilidade PIE
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
#01 #02 #03 Total
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 234 – Valores de equitabilidade para a comunidade de peixes por ponto de coleta,
observadas na campanha de agosto (barras escuras) e novembro de 2017 (barras claras), na área de
estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
Quanto aos dados biométricos das espécies coletadas, os resultados mostram que
as espécies são compostas por espécies de pequeno porte (Figura 235). O mesmo padrão
é observado quanto à biomassa das espécies (Figura 236).
40
Commprimento médio padrão (cm) 35
30
25
20
15
10
0
Oligosarcus Cyphocharax Hoplias cf. Pimelodella Rhamdia Rineloricaria Astyanax sp1
hepsetus cf. malabaricus australis quelen sp1
santacatarinae
Figura 235 - Valores de comprimento padrão para as espécies da ictiofauna observadas em agosto
de 2017, na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. Os
marcadores em azul indicam as espécies representadas por apenas um indivíduo.
350
300
250
Peso médio (g)
200
150
100
50
0
Oligosarcus Cyphocharax Hoplias cf. Pimelodella Rhamdia Rineloricaria Astyanax sp1
hepsetus cf. malabaricus australis quelen quadrensis
santacatarinae
Figura 236 - Valores de peso médio (g) para as espécies da ictiofauna observadas em agosto de
2017, na área de estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC. Os
marcadores em azul indicam as espécies representadas por apenas um indivíduo.
14.2.4.7.1 Metodologia
Não existem dados referentes a macrofauna bentônica publicados para o rio Saí-
Mirim. Sendo assim, foram levantados dados existentes na mesma bacia hidrográfica, no
Rio Cubatão do Norte, através do estudo intitulado “Análise de Qualidade de Água
Utilizando os Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores na Porção Mediana
do Rio Cubatão do Norte, Santa Catarina, Brasil (Campos, et al. 2010).
• Procedimentos de campo
• Procedimentos de laboratório
• Análise de Dados
Tabela 84 - Lista da Macrofauna Bentônica observadas para o leito do rio Cubatão do Norte, em
Santa Catarina (CAMPOS et al, 2010).
Platyhelminthes
Turbelaria
Annelida
Oligoqueta
Hirudinea
Arthropoda
Insecta
Hemiptera
Veliidae
Naucoridae
Mesoveliidae
Coleoptera
Elmidae
Liminichidae
Psephenidae
Neuroptera
Corydalidae
Osmylidae
Lepidoptera
Pyralidae
Tricoptera
Hydropsychidae
Hydrobiosidae
Hydroptilidae
Philopotamidae
Leptoceridae
Glossosomatidae
Ephemetoptera
Baetidae
Leptohyphidae
Leptophlebiidae
Odonata
Coenagrionidae
Libellulidae
Diptera
Blephariceridae
Chironomidae
Psychodidae
Simulidae
Tipulidae
Tabela85 -Listade taxademacroinvertebradosbentônicosdistribuídosporamostras epontosde coletas encontradosnacampanhadeagosto enovembrode2017naáreade estudodaestaçãode tratamentode esgoto sanitáriodomunicípiode Itapoá, SC.
Campanha de agosto de 2017 Campanha de novembro de 2017
Abundância CONSEMA
Abundância
Pontos de Coleta Pontos de Coleta Total Abundância 002/11;
Rio Saí-Mirim Itapoá/SC Total agosto
novembro Total MMA
Quantitativo 2017 Quantitativo
2017 445/14.
#01A #01B #01C #02A #02B #02C #03A #03B #03C #01A #01B #01C #02A #02B #02C #03A #03B #03C
FILO ANNELIDA
CLASSE OLIGOCHAETA
ORDEM HAPLOTAXIA
Morfo espécie 1 1 19 3 1 24 1 1 13 2 17 41
CLASSE HIRUDINEA
ORDEM RHYNCHOBDELLIDA
Morfo espécie 1 1 1 1
FILO ARTHROPODA
CLASSE INSECTA
ORDEM DIPTERA
Família Chironomidae 96 48 36 34 5 19 1 6 8 253 13 2 23 1 3 11 53 306
Família Ceratopogonidae 1 1 1
Família Thaumaleidae 1 1 1 1 2
ORDEM EPHEMEROPTEA
Família Polymitarcydae 1 3 4 1 1 5
Família Leptophlebiidae 1 1 1
Família Baetidae 1 1 1
ORDEM TRICHOPTERA
Família Limnephidae 1 1 2 2 3
Casúlos de Limnephidae - evidência 3 2 6 1 12 12
ORDEM ODONATA
Família Ghomphide 1 1 1
FILO MOLLUSCA
CLASSE BIVALVIA
Família Unionidae 2 2 2
CLASSE GASTROPODA
Família Bithyniidae 3 3 3
Abundância Total 98 69 39 34 5 19 1 9 13 287 16 5 39 1 2 9 12 3 5 92 379
Riqueza específica 3 4 2 1 1 1 1 4 4 3 4 3 1 1 2 2 2 0
Riqueza total 5 1 6 9 6 2 6 9 13
Frequência relativa (%) 71,78 20,21 8,01 65,22 13,04 21,74
Equitabilidade (PIE) 0,27 0,00 0,63 0,23 0,58 0,92 0,77 0,60 0,31
Gastropoda
Bivalvia
Oligoqueta
Famílias
Hirudinea
Odonata
Trichoptera
Ephemeroptera
Diptera
Figura 238 - Riqueza de espécie (barras claras) e abundância (barras escuras) por ordem da
macrofauna bentônica observadas na campanha de agosto e novembro de 2017, na área de estudo
da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
De modo geral, os ambientes estudados por mais que sejam no mesmo trecho do
rio Saí-Mirim apresentam apresentaram características distintas quanto ao substrato,
sendo o ponto #01 constituído por lodo argiloso e na maior parte matéria orgânica em
decomposição, oriunda da vegetação ciliar. O ponto #02, apresentou substrato
exclusivamente arenoso, e o ponto #03 amostras compostas por matéria orgânica e areia.
No geral, todos os pontos apresentam característica de ambientes intermediários, e
vegetação preservada em ambas as margens, com profundidade do leito entre 1,0 e 2,5
metros de profundidade.
O ponto de coleta que apresentou a maior riqueza de família foi o #03, com 6 taxa
em ambas as campanhas. Isso pode estar associado ao fato do substrato das amostras
desse local serem mais heterogêneas, propiciando maior disponibilidade de abrigo e
alimento (Figura 239).
0
#01 #02 #03
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 239 - Riqueza de espécies de macrofauna bentônica por ponto de coleta observadas na
campanha de agosto (barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de estudo da
estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
25
20
Número de taxa
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
número de amostras
Quanto a abundância, o ponto #01 foi o maior nas duas campanhas, com
aproximadamente 70% do total de indivíduos coletados, e os menores valores no ponto
#03 (Figura 241).
250
150
100
50
0
#01 #02 #03
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 241 – Abundância de indivíduos de macrofauna bentônica por ponto de coleta observadas
na campanha de agosto (barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de estudo da
estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
1
0,9
0,8
Equitabilidade PIE
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
#01 #02 #03
Pontos de coleta
ago/17 nov/17
Figura 242 - Valores de equitabilidade para a macrofauna bentônica por ponto de coleta
observadas na campanha de agosto (barras escuras) e novembro (barras claras) de 2017, na área de
estudo da estação de tratamento de esgoto do município de Itapoá/SC.
No estudo de autodepuração do rio Saí-Mirim foi verificado que o rio terá sua
condição natural reestabelecida após 6 km de distância. Esse fato corrobora a necessidade
de monitoramento da fauna aquática para verificar as possíveis mudanças no
comportamento das espécies.
Cada espécie tem suas características fisiológicas para habitar determinado tipo
de ambiente, e dependendo das condições físicas e químicas que o ambiente se encontra,
irá influenciar o aparecimento, desenvolvimento e permanência de determinadas espécies
nesse ambiente. Deve-se levar ainda em consideração o fator “sazonalidade”, pois durante
um ou mais ciclos sazonais ocorre variações de espécies, principalmente por períodos
reprodutivos.
Tabela 86 - Área das Unidades Territoriais que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville. Fonte: IBGE, 2016.
1.200,00
Área da Unidade Territorial (km²)
1.000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 243 - Área das Unidades Territoriais que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional
de Joinville. Fonte: IBGE, 2016.
Aspectos populacionais
da área rural e 14.172 habitantes residentes da área urbana (IBGE, 2010). Quanto ao
gênero, foram recenseados 7.447 homens e 7.316 mulheres. Atualmente, a população
estimada para o município é de 19.355 habitantes (IBGE, 2017).
600.000
500.000
População (hab)
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 244 - População dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville. Fonte: IBGE, 2010.
500,00
Densidade Demográfica (hab/km²)
450,00
400,00
350,00
300,00
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 245 - Densidade Demográfica dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville. Fonte: IBGE, 2010.
120,00
Taxa de Urbanização (%)
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 246 - Taxa de urbanização dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville. Fonte, IBGE 2010.
12,70%
Residência Fixa
Residência de Veraneio
52,60% 28,50% Imóvel Comercial
Imóvel em Construção
Lote Vazio
4,60%
1,60%
Tabela 91 - Ocupação dos lotes e estimativa do número atual de habitantes fixos e flutuantes do
município de Itapoá/SC.
Ocupação População
TOTAL 55.727
Para o período após o ano de 2029 foram adotados valores decrescentes para a
taxa de crescimento da população, conforme tendência de decréscimo observada em todo
o território nacional, variando de 1,37% até aproximadamente 1,00% no final do Período
do Projeto.
Assim sendo, para fins da elaboração dos Estudos de Concepção foi adotada a
seguinte projeção populacional:
2 2014 58.034
3 2015 60.428
4 2016 63.407
5 2017 67.262
6 2018 71.784
POPULAÇÃO
ANO DE
ANO TOTAL URBANA
CONCESSÃO
(habitantes)
7 2019 77.567
8 2020 84.031
9 2021 91.641
10 2022 94.487
11 2023 97.422
12 2024 101.420
13 2025 103.582
14 2026 104.798
15 2027 106.030
16 2028 107.275
17 2029 108.534
18 2030 109.924
19 2031 111.332
20 2032 112.757
21 2033 114.200
22 2034 115.663
23 2035 117.338
24 2036 117.974
25 2037 118.452
26 2038 118.771
27 2039 118.966
28 2040 119.141
29 2041 119.671
30 2042 120.774
Aspectos sociais
Tabela 93 - IDHM dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional de Joinville.
Fonte, IBGE 2010.
0,820
0,800
0,780
0,760
IDHM 2010
0,740
0,720
0,700
0,680
0,660
0,640
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 248 - IDHM dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville.
Tabela 94 - IFDM dos municípios que compõe a Agência de Desenvolvimento Regional de Joinville.
Fonte: FIRJAN, 2015.
0,9000
0,8000
0,7000
0,6000
IFDM 2013
0,5000
0,4000
0,3000
0,2000
0,1000
0,0000
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 249 - IFDM dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville. Fonte: FIRJAN, 2015.
Tabela 95 - Rendimento Domiciliar per Capta dos municípios que compõem a Agência de
Desenvolvimento Regional de Joinville. Fonte: FIRJAN, 2015.
100%
Rencimento Domiciliar per Capta
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Municípios
Figura 250 - Rendimento Domiciliar per Capta dos municípios que compõem a Agência de
Desenvolvimento Regional de Joinville. Fonte: IBGE, 2010
Tabela 96 - Salário de ocupação médio, segundo Brasil, Santa Catarina e Itapoá em 2008,
organizado pelas seções da CNAE versão 2.0.
2008
SEC CNAE 20 - Seção de Atividade Econômica, segundo Itapoá Santa Brasil
classificação CNAE - versão 2.1 Catarina
(R$) (R$) (R$)
Seção A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e 443,09 796,21 766,52
aquicultura
Seção B - Indústrias extrativas - 1.717,87 4.194,26
Seção C - Indústrias de transformação 624,76 1.154,34 1.467,01
Seção D - Eletricidade e gás - 5.633,23 4.511,42
Seção E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 855,43 1.426,50 1.693,23
descontaminação
2008
SEC CNAE 20 - Seção de Atividade Econômica, segundo Itapoá Santa Brasil
classificação CNAE - versão 2.1 Catarina
(R$) (R$) (R$)
Seção F - Construção 1.613,73 931,18 1.140,29
Seção G - Comércio; reparação de veículos automotores e 669,55 914,70 935,04
motocicletas
Seção H - Transporte, armazenagem e correio 1.952,46 1.157,64 1.311,52
Seção I - Alojamento e alimentação 579,60 682,37 680,66
Seção J - Informação e comunicação 465,00 1.470,28 2.316,51
Seção K - Atividades financeiras, de seguros e serviços 2.537,85 2.803,45 3.550,60
relacionados
Seção L - Atividades imobiliárias 540,00 919,76 1.127,16
Seção M - Atividades profissionais, científicas e técnicas 687,49 1.377,80 1.861,82
Seção N - Atividades administrativas e serviços 690,79 870,98 879,91
complementares
Seção O - Administração pública, defesa e seguridade 1.379,83 2.137,42 2.011,41
social
Seção P - Educação 708,68 2.036,05 1.895,88
Seção Q - Saúde humana e serviços sociais 425,70 1.109,22 1.265,81
Seção R - Artes, cultura, esporte e recreação 750,00 871,13 1.028,43
Seção S - Outras atividades de serviços 627,48 952,08 1.037,37
Seção T - Serviços domésticos 335,00 509,91 528,99
Seção U - Organismos internacionais e outras instituições - 2.190,22 2.361,92
extraterritoriais
Média Salarial 1.091,02 1.253,73 1.436,70
Fonte: MTE, Relação Anual de Informações Sociais.
98,0,0
97,0,0
Taxa de Alfabetização (%)
96,0,0
95,0,0
94,0,0
93,0,0
92,0,0
91,0,0
90,0,0
89,0,0
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 251 - Taxa de Alfabetização dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville. Fonte: IBGE, 2000.
O Índice de Educação Básica (IDEB) também foi utilizado, ele é calculado a partir
de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e média de desempenho
nos exames padronizados aplicados pelo INEP, o qual permite traçar metas de qualidade
educacional para a educação.
A média do IDEB alcançada pelo município em 2011 foi de 5,74 para os alunos
dos anos iniciais (do 1º ao 5º ano), e de 4,82 para os anos finais (6º ao 9º ano). Em ambas
as séries as médias vêm crescendo anualmente e superando as metas propostas pelo
Ministério da Educação (MDS, 2013).
Tabela 99 - IFDM Educação dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional
de Joinville.
0,86
0,84
Figura 252 - IFDM Educação dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville. Fonte: FIRJAN, 2015.
Tabela 101 - IFDM Saúde dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville.
Araquari 0,8472
Balneário Barra do Sul 0,8284
Barra Velha 0,8602
Garuva 0,8076
Itapoá 0,8568
Joinville 0,9150
São Francisco do Sul 0,8569
São João do Itaperiú 0,9244
Fonte: FIRJAN, 2015.
0,9400
0,9200
0,9000
IFDM Saúde 2013
0,8800
0,8600
0,8400
0,8200
0,8000
0,7800
0,7600
0,7400
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Municípios
Figura 253 - IFDM Saúde dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional de
Joinville. FIRJAN, 2015.
Aspectos econômicos
Tabela 102 - PIB per capta dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional
de Joinville.
80.000,00
70.000,00
PIB Per Capta 2014
60.000,00
50.000,00
40.000,00
30.000,00
20.000,00
10.000,00
0,00
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Municípios
Figura 254 - PIB per capta dos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento Regional
de Joinville. IBGE, 2014.
O PIB também pode ser divido por setores econômicos, para facilitar a avaliação.
A Tabela 103 apresentada os valores do PIB do município de Itapoá dividido por setores.
A Figura 255 apresenta os mesmos valores, mas em percentagem (IBGE, 2014).
3,20
7,57
89,23
Figura 255 - PIB (Valor Adicionado) do município de Itapoá. Fonte: IBGE, 2014.
Tabela 104 - Empregos por setor nos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville.
120,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
Araquari Balneário Barra Garuva Itapoá Joinville São São João
Barra do Velha Francisco do
Sul do Sul Itaperiú
Município
Figura 256 - Empregos por setor nos municípios que compõem a Agência de Desenvolvimento
Regional de Joinville. Fonte: IBGE, 2014.
Organização Social
Deve-se enfatizar o fato que a compreensão dos riscos socioambientais por parte
da população afetada por empreendimentos em processo de licenciamento ambiental, por
demandar conhecimento específico, pode não ser automática. Mas, há que se considerar
que as populações ou os leigos tendem a identificar os problemas mais relevantes que
afetam a sua vizinhança ou que estão mais próximos de sua realidade. Neste caso cabe
unir a contribuições do saber popular as certezas indicadas pelos estudos realizados no
processo de licenciamento ambiental (IBAMA, 2006).
Tabela 105 - Organizações sociais e lideranças locais entrevistados na AID e AII, novembro de
2017.
Organização
Motivo da seleção para
Social/Liderança Entrevistado Cargo
entrevista
Política/administrativa
Prefeitura Vereadora e residente de
Janaina
Municipal/Câmara de Vereadora Itapoá há mais de 30
Gomes Silvino
Vereadores de Itapoá anos
Ricardo Secretarias Municipais
Secretaria do Meio Secretário de Meio
Ribeiro mais envolvidas com o
Ambiente de Itapoá Ambiente
Haponiuk empreendimento
Figura 257 - Entrevistada Vereadora Janaina Gomes Silvino, eleita para seu primeiro mandato nas eleições de
2016 pelo PR. É moradora de Itapoá há mais de 30 anos.
Figura 258- Entrevistado Secretário do Meio Ambiente Ricardo Haponiuk, assumiu o cargo de secretário na
atual gestão municipal.
Figura 259- Secretário do planejamento e urbanismo Rafael Vida Almeida, foi secretário da mesma pasta
entre 2010 e 2012 e assumiu o cargo novamente na atual gestão municipal.
Figura 260 - Entrevistado, Ivan Pinto da Luz, presidente da ACOIN - Associação Comunitária do Bairro
Itapema do Norte, é morador de Itapoá há 26 anos.
➢ Infraestrutura e Serviços
Até 2008 apenas 52% dos municípios brasileiros tinham sistema de tratamento
de esgoto sanitário, tornando-se assim imprescindível a disponibilidade deste serviço à
população, visando assim a melhoria da qualidade de vida da comunidade bem como a
qualidade ambiental de córregos, rios, lençol freático e oceano.
que saneamento é um dos grandes desafios não só do município, mas da região, do estado
e do país. A implementação da ETE é primordial para o desenvolvimento do município e
do próprio estado de SC. Se queremos desenvolver o turismo temos que dar atenção ao
desenvolvimento do tratamento de esgoto.”
“Como munícipe e como membro do executivo, nós vemos sempre com muito bons
olhos o tratamento de esgoto. O município sempre sofreu com processos para adequação
dos projetos de sistema de tratamento individual e o sistema de tratamento público será
muito bem-vindo.”
“A população aguarda por esse sistema, pois nosso sistema atual é precário,
muitas vezes não se consegue instalar o sistema de fossa, pois o lençol freático é muito
baixo. Sem contar as pessoas que tem terrenos e querem construir, grandes prédios ou
condomínios, que querem construir e não o fazem por não termos o sistema de coleta,
uma vez que instalar o sistema de fossa em um prédio grande sai muito caro. Tendo o
sistema de tratamento de esgoto, teremos um crescimento bem significativo na área da
construção civil.’’
“Sempre tem quem ache ruim que tenha uma valeta aberta na sua rua para
instalar um cano, mas acredito que a maioria das pessoas não irá se opor a obra por
conta disso.”
“Tudo que é para melhorar vai ser bom, um pode achar ruim, mas a maioria não
vai reclamar Vai dar trabalho, vai dar bagunça, mas quando eu vou reformar minha
casa, eu sei que terei transtorno, para depois ela ficar bonita... Então se é para melhorar
as pessoas não devem achar ruim, nós precisamos do tratamento.”
“Para fazer uma obra de saneamento acontece uma desorganização pra depois
organizar, estamos falando de abertura de ruas, de interdição de ruas, pode causar em
curto prazo um certo descontentamento, mas acho que em termos gerais há um desejo da
população principalmente do comércio e de todas as atividades que dependem do
turismo, porque se a gente não tiver uma qualidade da nossa água, da nossa praia,
compromete todo o potencial nosso potencial turístico”.
“Em termos práticos, o sistema de fossa e filtro exige uma certa manutenção, e
posso te afirmar de acordo com pesquisas que realizamos que ninguém faz esse tipo de
manutenção, então é um gasto que o cidadão tem porque é obrigado a instalar o sistema,
mas a médio e longo prazo a gente não tem ideia da eficiência deste tratamento. Podemos
estar hoje flutuando num lençol freático repleto de coliformes. As pessoas por não terem
essa noção de cuidar do próprio sistema instalado na sua casa, mal sabem elas que
podem estar tomando banho de mar contaminado com seus próprios dejetos. Acho que
quando a responsabilidade do tratamento de água passar para uma empresa, haverá um
alívio da população da responsabilidade de manter o sistema”
“Uma boa parte dos moradores de Itapoá, os que vivem aqui, não tem condições
financeiras de instalar um sistema de Fossa, Filtro, Clorador e Sumidouro como a
prefeitura exige, que é o ideal sendo que não temos tratamento de esgoto na cidade... Só
que uma boa porcentagem das pessoas não tem como fazer, os veranistas, turistas tem
dinheiro, agora os moradores, famílias de pescadores, não tem o poder aquisitivo tão
grande pra poder fazer um sistema desse.”
“Hoje por conta do nosso lençol freático do Município, muitas vezes dependendo
da região fica até inviável a pessoa construir um sistema individualizado de tratamento
de esgoto, então vemos com bons olhos o sistema de coleta e tratamento do esgoto
doméstico”
➢ Meio Biótico
A área que será ocupada pela estação de tratamento de esgoto é atualmente coberta
por vegetação nativa do bioma mata atlântica e se encontra a aproximadamente 700
metros de distância do rio Saí-Mirim, rio este que receberá a carga de efluente tratado na
sua totalidade. O local escolhido para a instalação da ETE, se deu principalmente pelo
terreno ser vizinho da nova estação de tratamento de água de Itapoá, concentrando assim
as atividades em um único ponto da cidade. O local também é estratégico do ponto de
vista locacional, uma vez que se encontra muito próximo das áreas mais adensadas do
município, mas ainda assim não existem muitas residências nas suas proximidades. A
preocupação com a preservação do Rio Saí Mirim se destacou durante as entrevistas.
Outras questões foram levantadas como a necessidade de projetos de educação ambiental.
“Estrategicamente acho que o local foi bem escolhido, apesar de não ser
localizado na área central da cidade, o terreno fica próximo da área mais adensada do
Município, por tanto em termos de optimização da prestação do serviço acho essa
escolha foi saudável.”
“Quanto ao lançamento no Saí Mirim, uma vez que a gente acredita nos
tratamentos que serão feitos na estação, hoje tem uma série de técnicas que asseguram
a qualidade do efluente que será lançada no corpo hídrico, então acho que nesse sentido
não vamos ter problemas.”
“A gente vê que da sociedade civil, ainda falta muita consciência ambiental, por
identificar esse problema a secretaria do meio ambiente vai agir com projetos de
educação ambiental no ano de 2018.”
“Acho que independentemente do local que seja feita a obra, deve-se escolher um
local que não tenha muita casa por perto, pois sei que uma estação de esgoto causa um
certo transtorno para as pessoas que moram perto, por questão de cheiro, teria que ser
analisado como está o projeto de crescimento da cidade para aquela região específica.
Mas de um ponto de vista estratégico acho a localização boa.”
“Eu acho que a estação de tratamento é um mal necessário, eu não sei te dizer
hoje o que polui mais, pois nosso projeto atual de tratamento individual não está sendo
eficiente, então se tivermos certeza de que o esgoto está sendo tratado, acho que sairemos
ganhando nesse sentido porque o impacto será bem menor. Acho que seria mais
vantajoso termos a coleta, um tratamento e um resíduo adequadamente tratados sendo
despejado no rio. “
“Como o nome já diz, é uma estação de tratamento então acredito que se houver
o tratamento de forma correta, não vejo impeditivos para implantação dessa obra e o
lançamento do esgoto tratado no Saí Mirim”
“Do ponto de vista ambiental a obra é uma prioridade, uma vez que o nosso
abastecimento de água vem do Saí Mirim, e esse tratamento só vai melhorar a qualidade
do rio. Eu vejo que o sistema de coleta estando instalado, acabaria com os problemas de
encher as fossas quando der uma chuvarada, e as fossas sujarem as ruas e essa água ir
para o rio”
“Acho que as pessoas da cidade têm informação ambiental suficiente, tanto nas
áreas mais carentes como na área central e comercial, acho que todos tem o mesmo
conhecimento, para não poluir o rio, todos sabem que tomamos a água do Saí Mirim,
então como você pode sujar o rio? Se a pessoa suja o rio faz isso consciente, pois a
prefeitura está fazendo uma publicidade danada, justamente pra fazer esse trabalho de
informação pra não poluir o rio. Outros fazem por desespero, as vezes as pessoas partem
para fazer uma ligação de esgoto no rio pois não tem dinheiro para instalar uma fossa
correta, ou pagar um caminhão para esgotar sua fossa.”
Figura 261 - Mapa de delimitação da área do município e perímetro urbano conforme Plano
Diretor.
Figura 262 -Mapa de Zoneamento da Ocupação e Uso do Solo Urbano do município de Itapoá
segundo Plano Diretor.
Vale ressaltar que estes dois instrumentos legais, os quais caracterizam o uso do
solo em Itapoá, estão em consonância com o empreendimento proposto, a qual é reforçada
ainda, pelo Decreto Municipal n°1453 de 25 de janeiro de 2012, que declara a utilização
da área para implantação do empreendimento como "Utilidade Pública”.
Figura 263 - Imagem do zoneamento urbano do Município de Itapoá, segundo plano diretor. Fonte:
Prefeitura Municipal de Itapoá. Localização da ETE ponto em vermelho.
Figura 264 - Imagem do uso e ocupação do solo no Município de Itapoá, segundo plano diretor.
Fonte: Prefeitura Municipal de Itapoá. Localização da ETE ponto em vermelho.
Figura 265 - Mapa de identificação do Uso e Ocupação do Solo na área da etapa 1 do sistema de
coleta e tratamento de esgoto sanitário para o município de Itapoá/SC.
✓ Abastecimento de Água
Antes de qualquer coisa, devemos considerar que, por ser um Balneário Costeiro,
com população flutuante, cerca de 150% maior que a população fixa, existem dois
momentos bem distintos durante o ano na cidade de Itapoá: na temporada de verão (entre
15 de dezembro e fim de fevereiro), onde o consumo existente é gerado pela população
fixa e a flutuante, e o restante do ano, onde a demanda de água é bem inferior do que
durante o verão.
Figura 266 - Imagem da nova Captação de Água Bruta (A), e nova Estação de Tratamento de Água
do Município de Itapoá, administrada pela concessionária Itapoá Saneamento LTDA.
✓ Esgoto Sanitário
✓ Energia Elétrica
Tabela 106: Número de Consumidores e Consumo (KW) de Energia Elétrica em Itapoá até o mês
de setembro de 2019.
✓ Sistema de Transporte
✓ Equipamentos comunitários
Figura 267 - Localização dos equipamentos urbanos existentes na área de influência direta da
estação de tratamento de esgoto sanitário do município de Itapoá/SC.
✓ Acessos e Estradas
Figura 268: A imagem apresenta os principais acessos do Município de Itapoá aos Municípios de
fronteira (Garuva/SC, São Francisco do Sul/SC e Guaratuba/PR).
A área do empreendimento tem seu acesso principal realizado através da Rua João
Horácio Vieira, a qual possui pavimento de asfalto e posteriormente pela Rua Emmanuel
Viera Garcia, de pavimentação natural (areia), a qual é a rua do empreendimento (Figura
269).
Figura 269 – Imagem dos acessos principais para a Captação de Água Bruta e Estação de
Tratamento de Água Bruta no Município de Itapoá-SC. A) Rua João Horácio Vieira; B) Rua
Emmanuel Vieira Garcia.
✓ Tráfego
A Emmanuel Vieira Garcia possui uma extensão de 2,38 km e tem seu final na
entrada da Reserva Volta Grande. Essa rua é de pouco movimento de veículos haja visto
a baixa ocupação de residências e não existência de comércio, indústria e serviços na área
entorno do empreendimento.
✓ Setor primário
✓ Setor Secundário
Na Indústria, Itapoá não dispõe de um setor diversificado, uma vez que sua base
econômica é o Turismo. Um dado relevante é o número de profissionais das áreas da
Engenharia e Arquitetura residentes no Município, que somam em torno de 15.
Tabela 108 - Ramo de atividades e unidades locais das empresas situadas no Município de Itapoá.
Ramo de Atividade Unidades Locais
Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal. 6
Indústrias extrativas 1
Indústrias de transformação 53
Construção 11
✓ Setor Terciário
Além dos belíssimos atrativos naturais, o Município conta com diversificado setor
de comércio, ramo imobiliário e construção civil.
Tabela 109 - Ramo de atividades e unidades locais das empresas situadas no Município de Itapoá.
Unidades
Ramo de atividade
locais
Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e
470
domésticos
Alojamento e alimentação 222
Transporte, armazenagem e comunicações 13
Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços
3
relacionados
Administração pública, defesa e seguridade social 57
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 8
Educação 17
Saúde e serviços sociais 5
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 51
Fonte: IBGE, 2007.
O setor de construção civil, por sua vez, é o que apresenta maior crescimento,
principalmente em relação à construção de edifícios residenciais. O comércio e a
• Empreiteiras de mão-de-obra;
Para a instalação da ETE na área de estudo, assim como a rede coletora e estações
elevatórias não precisará que sejam feitas desapropriações ou qualquer indenização de
moradores.
entrevistas foram realizadas por três profissionais em locais distintos da área central do
município, nos bairros onde ocorrerá a implantação do esgoto.
14.3.7.1 Metodologia
Figura 273 - Profissional realizando entrevista durante o estudo socioeconômico para a Estação de
Efluentes Domésticos (ETE), Itapoá, SC.
Aonde:
n - amostra calculada
N - população
Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança
p - verdadeira probabilidade do evento
e - erro amostral
14.3.7.2 Resultados
48
51
Masculino Feminino
16
28
50
Figura 275 - Pesquisa de percepção da população. Caracterização dos entrevistados quanto a faixa-
etária. Fonte: Autores.
1
7
1 8
3
79
Como pode ser observado, 79% pessoas, cerca de 80% da amostra são
responsáveis pelo domicílio.
12 14
7
13
14
38
Como pode ser observado, 38 pessoas, cerca de 38% da amostra possuem ensino
médio completo, grau de escolaridade mais presente na amostra.
28
32
17 22
Como pode ser observado, 32 pessoas, cerca de 32% da amostra residem a mais
de 10 anos no local, tempo de residência mais presente na amostra.
25
57
Como pode ser observado, 57 pessoas, cerca de 58% da amostra possuem seu
imóvel já pago, situação mais presente na amostra. Cinco entrevistados, cerca de 5% da
amostra preferiram não informar.
6 10
9
19 28
27
Como pode ser observado, 28 pessoas, cerca de 28% da amostra possuem duas
pessoas morando em sua residência, número mais presente na amostra.
5 3
3 2
7
17 12
20
30
Figura 281 - Pesquisa de percepção da população. Pergunta nº 6 – Renda familiar? Fonte: Autores.
Como pode ser observado, 30 pessoas, cerca de 30% da amostra possuem renda
familiar entre R$ 1.875,00 e R$ 2.811,00, valor mais presente na amostra. Cinco pessoas,
cerca de 5% da amostra, preferiram não informar.
93
7
1
85
Fossa Séptica Fosa Rudimentar Rio, Lago ou Mar Não Soube Informar
21 4 12
19
28
30
Como pode ser observado, 30 pessoas, cerca de 30% da amostra acham que o
principal problema do seu bairro é a pavimentação de ruas e calçadas, problema mais
presente na amostra.
95
A Favor Contra
Como pode ser observado, 95 pessoas, cerca de 96% da amostra são a favor da
instalação de uma ETE, opinião mais presente na amostra.
95
A Favor Contra
Como pode ser observado, 95 pessoas, cerca de 96% da amostra são a favor da
instalação de uma ETE, sabendo das melhoras ao meio ambiente e a qualidade da água
dos rios, opinião mais presente na amostra.
25
74
Sim Não
Figura 287 - Pesquisa de percepção da população. Pergunta nº 12 – Você sabe que o tratamento de
esgoto nos municípios pode diminuir a mortalidade infantil e prevenir doença como a disenteria,
cólera e viroses? Fonte: Autores.
Segundo o gráfico, podemos notar que 74 pessoas, cerca de 75% da amostra não
sabiam que o tratamento de esgoto nos municípios pode diminuir a mortalidade infantil e
prevenir doença como a disenteria, cólera e viroses, resposta mais presente na amostra.
20
79
Sim Não
Figura 288 - Pesquisa de percepção da população. Pergunta nº 13 – Você está ciente que o
tratamento de água aumentará sua tarifa de água? Fonte: Autores.
Como pode ser observado, 79 pessoas, cerca de 80% da amostra estavam cientes
que o tratamento de esgoto aumentaria sua tarifa de água, resposta mais presente na
amostra.
92
Sim Não
Figura 289 - Pesquisa de percepção da população. Pergunta nº 14 – Sabendo dos benefícios futuros
do tratamento de esgoto, você acha que serão válidos os transtornos causados pela obra, como
obstrução de vias públicas, aumento do tráfego e poeira nas ruas? Fonte: Autores.
24
68
Como pode ser observado, 68 pessoas, cerca de 69% da amostra acham que não
haverá geração de odores proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto, resposta mais
presente na amostra. Sete pessoas, cerca de 7% da amostra não souberam responder.
14
81
Um total de 81 pessoas, cerca de 82% da amostra acham que não haverá geração
de ruídos proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto, resposta mais presente na
amostra. Quatro pessoas, cerca de 4% da amostra não souberam responder.
44
46
Das 99 pessoas entrevistadas, cerca de 46% da amostra acham que não haverá
aumento no tráfego de veículos proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto, resposta
mais presente na amostra. Nove pessoas, cerca de 9% da amostra não souberam
responder.
49
43
Como pode ser observado, 49 pessoas, cerca de 49% da amostra acham que não
haverá geração de poeira proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto, resposta mais
presente na amostra. Sete pessoas, cerca de 7% da amostra não souberam responder.
12
85
Como pode ser observado, 85 pessoas, cerca de 86% da amostra acham que haverá
geração de novos postos de trabalho provenientes da Estação de Tratamento de Esgoto,
resposta mais presente na amostra. Duas pessoas, cerca de 2% da amostra não souberam
responder.
está se refere a uma pedra localizada no Balneário de Itapoá a 300 metros da praia que
quando do acontecimento de maré alta desaparece e ressurge na maré baixa.
Itapoá foi desmembrada de Garuva apenas em 1966, através da Lei n° 08/66 sendo
transformada em Distrito. Um pouco mais tarde, por meio da Lei Estadual n° 7.586/89,
foi decretado como Município.
Atualmente foi identificada apenas uma Terra indígena nos arredores de Itapoá,
sendo a Terra Indígena de Morro Alto, localizada a cerca de 21,2 km em linha reta do
terreno do empreendimento, no município de São Francisco do Sul, SC (Figura 295). A
TI Morro Alto, possui uma área de 893 ha, com uma população de 159 pessoas, sendo
habitada pelo povo Guarani (FUNAI, 2017). Ainda segundo a FUNAI, as principais
ameaças e problemas relacionados a TI Morro Alto são: A exploração de recursos através
do extrativismo madeireiro e não-madeireiro e problemas fundiários relacionados a posse
de terras.
DATA DA
Nº PROCESSO NA Nº DA Nº PROCESSO
UF MUNICÍPIO COMUNIDADE PORTARIA
FCP PORTARIA INCRA
NO DOU
01420.000528/2004- 54210.001046/2006-
SC PORTO BELO VALONGO 35/2004 10/12/2004
32 01
MORRO DO 01420.002661/2006- 54210.000278/2007-
SC GAROPABA 29/2006 13/12/2006
FORTUNATO 95 15
01420.000121/2007- 54210.000279/2007-
SC PAULO LOPES SANTA CRUZ 23/2007 02/03/2007
58 60
01420.000236/2007- 54210.000565/2006-
SC MONTE CARLO CAMPO DOS POLI 23/2007 02/03/2007
42 44
BALNEÁRIO 01420.003621/2008- 54210.001030/2008-
SC MORRO DO BOI 43/2009 05/05/2009
CAMBORIÚ 22 52
SANTO AMARO DA 01420.000009/2009- 54210.001021/2010-
SC TABULEIRO 43/2009 05/05/2009
IMPERATRIZ 89 86
01420.003429/2008- 54210.001323/2007-
SC TREZE DE MAIO FAMÍLIA THOMAZ 43/2009 05/05/2009
36 59
SANTO AMARO DA CALDAS DO 01420.000595/2010- 54210.000818/2009-
SC 82/2010 06/07/2010
IMPERATRIZ CUBATÃO 03 22
01420.002423/2009- 54210.000866/2008-
SC GAROPABA ALDEIA 162/2010 27/12/2010
22 30
01420.005775/2013- 54210.001914/2013-
SC FLORIANÓPOLIS VIDAL MARTINS 176/2013 25/10/2013
16 74
01420.016444/2012- 54210.000762/2015-
SC CAPIVARI DE BAIXO ILHOTINHA 41/2014 18/03/2014
21 54
BECO DO 01420.011206/2013-
SC JOINVILLE 70/2019 10/05/2019
CAMINHO CURTO 18
SÃO FRANCISCO DO 01420.011207/2013-
SC TAPERA 71/2019 10/05/2019
SUL 54
01420.011210/2013-
SC ARAQUARI ITAPOCU 72/2019 10/05/2019
78
AREIAS 01420.011208/2013-
SC ARAQUARI 169/2019 01/11/2019
PEQUENAS 07
RIBEIRÃO DO 01420.102078/2019-
SC JOINVILLE 231/19 31/12/2019
CUBATÃO 06
A Tabela 111 apresenta uma síntese dos critérios utilizados para definição das
áreas a serem pesquisadas e os respectivos procedimentos.
Tabela 111 - Metodologia utilizada para evidenciação de vestígios da ADA, AID e AII da área da
ETA.
Área
Área da pesquisa Procedimento
Afetada
Situação
Item Atividade proposta
atual
Figura 298 – (A) Superfície alagadiça encontrada em boa parte da área durante os caminhamentos
sistemáticos na ADA do empreendimento. B) Caminhamentos sistemáticos realizados na ADA do
empreendimento.
As Figura 299 a Figura 302 mostram as etapas das atividades realizadas para
abertura dos poços testes na área do empreendimento.
Figura 299 - Processos de abertura dos poços Figura 300 - Peneiramento do sedimento
testes na ADA do empreendimento. proveniente dos poços testes.
Figura 301 - Processo de abertura dos poços Figura 302 - Solo com superfície alagada.
testes na ADA do empreendimento.
Em toda a ADA (Área Diretamente Afetada) abriram-se 17 poços testes dos 33
projetados, no restante não foi possível realizar sondagem uma vez que a área de
perfuração estava alagada. Os poços testes foram abertos no máximo até 30 centímetros
de profundidade, quando aparecia água. Os sedimentos provenientes das sondagens
também não apresentaram variações estratigráficas, mantiveram-se com a coloração
marrom médio, baixa compactação e tipologia arenosa. Em síntese a estratigrafia dos
poços testes apresentou a seguinte composição:
Figura 303 - Sedimento de coloração marrom Figura 305 - Sedimento de coloração marrom
médio. médio.
Figura 304 - Poço teste aberto na profundidade Figura 306 - Poço teste aberto na profundidade
de 30 centímetros, com presença de água de 30 centímetros, com presença de água
vertendo. vertendo.
A Tabela 113 apresenta o resultado do material obtido com a abertura dos poços testes
na área do empreendimento.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
A2 737527 7112619
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
B2 737533 7112569
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
B1 737581 7112575 Granulometria:
Compactação:
Nível de
PT UTM 22J escavação Descrição
(cm)
Tipologia:
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
C1 737586 7112525
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
C2 737537 7112518
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
D2 737544 7112466
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
D1 737592 7112474
Granulometria:
Nível de
PT UTM 22J escavação Descrição
(cm)
Compactação:
Tipologia:
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
F1 737603 7112372
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Nível de
PT UTM 22J escavação Descrição
(cm)
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
G1 737611 7112321
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
G2 737561 7112313
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
G3 737510 7112307
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
H3 737515 7112254
Compactação:
Tipologia:
Nível de
PT UTM 22J escavação Descrição
(cm)
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
I3 737523 7112204
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
I2 737572 7112210
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Coloração:
Granulometria:
Compactação:
Tipologia:
J1 737627 7112168
Obs.: Água em superfície, em meio a bromélias e sem
presença de material arqueológico. Nessa área não foi
aberto poço teste.
Nível de
PT UTM 22J escavação Descrição
(cm)
A AID (Área de Influência Direta) abrange o espaço onde as alterações produzidas pelo
empreendimento interferem no ambiente do local. Os limites dessa área variam conforme os
aspectos ambientais analisados.
No presente estudo, a AID (Área de Influência Direta) foi estipulada como sendo 50
metros além do limite da ADA (Área Diretamente Afetada), conforme se observa no mapa de
prospecção (Figura 307).
Figura 307 - Mapa síntese com a área da pesquisa, indicando a ADA, AID e poços testes realizados.
Descrição: Localizado as margens do rio Saí Mirim ao lado da estrada que liga
Itapoá a Guaruva. Possui feição monticular e ovalada com medidas de 70 x 30 x 20. Está
na beira da estrada e tomado por uma densa vegetação arbustiva, possui alto grau de
integridade, tendo sido aparentemente cortado pela estrada, quando esta foi aberta. Foi
recadastrado em 2007 pela equipe do GRUPEP-Arqueologia/UNISUL. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Localizado a 100 metros da avenida que margeia a praia. Sobre ele,
foram construídas duas casas e está cercado por duas ruas, por isso, seu grau de
integridade é baixo, não chegando a 25%. Sítio raso, com aproximadamente 50 x 30 x 2,
com substrato arenoso e muita concha em superfície. Foi recadastrado em 2007 pela
equipe do GRUPEP-Arqueologia/UNISUL. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 7500 m2 de área, situado em ampla área cercado nos
lados norte, leste e sul por terrenos alagadiços. Acha-se cortado em duas porções, ambas
grandemente danificadas. Foi encontrado um zoólito nesse sítio. O responsável por seu
registro foi Walter Piazza. Tipo: Sambaqui.
❖ OS SAMBAQUIANOS
ambiente em que habitavam, como rochas (basalto, quartzo), conchas, ossos e dentes de
animais, além de outros materiais orgânicos que não são facilmente preservados”
(FARIAS, 2000:4).
❖ CERAMISTAS TUPI-GUARANI
Quanto à origem da difusão desse grupo no Brasil, temos a partir da década de 80,
duas principais hipóteses para o local de origem de migração dos Guarani. Métraux
(1927) propõem a primeira hipótese, segundo esse autor, os Guarani teriam partido da
bacia do Paraná-Paraguai, em direção ao sul e norte do Brasil, ocupando a região
compreendida como o litoral até a bacia Amazônica. Já a segunda hipótese parte das
pesquisas desenvolvidas por Brochado (1984) sugerindo que os Guarani teriam partido
da Amazônia seguindo os Rios Paraguai e Paraná até a foz do Rio da Prata, daí então se
voltou para o litoral sul do Brasil (NOELLI, 1999-2000).
Segundo Noelli (1999-2000), a busca por novos territórios foi ocasionada devido
a uma mudança social e política no sistema organizacional do grupo, oriunda do
desenvolvimento da agricultura, bem como do sedentarismo, dando origem ao
esgotamento do espaço útil e consequentemente as divergências entre os grupos
agricultores que mantinham formas de organização diferentes e tiveram que se
reorganizar.
Esta tradição é " fruto de uma relação complexa entre dois tipos de classificações,
uma linguística e outra cerâmica, que tem origem na história da pesquisa etnográfica do
país.”( ALVES, 1991:43)
nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além do Uruguai, Paraguai e
norte da Argentina.
Em geral os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram as regiões que
propiciaram enormemente a ocupação territorial pelas sociedades indígenas, pois foi
nesse ambiente que eles puderam desenvolver suas culturas agrícolas de subsistência
antes da chegada dos europeus ao continente no século XV.
No litoral de Santa Catarina, bem como em todo litoral brasileiro, existem grupos
populacionais de origem caiçara e açoriana, que habitam áreas de Restinga da Mata
Atlântica. Esses grupos, localizados nesses ricos biomas, caracterizam-se por interagirem
diretamente com esse bioma, acumulando amplo conhecimento sobre suas espécies
vegetais e animais, apesar da distinta relação de origem, as comunidades caiaras e as de
influência açorianas podem apresentar um padrão semelhante de uso de ambiente
florestal. Buscando em recursos disponíveis no ambiente a funcionalidade destes
recursos, aplicando-o no cotidiano, através da necessidade da sobrevivência humana.
A situação vivida pelas populações caiçaras a partir do início da década de 80, isto
é, após a invasão expansiva do turismo e da especulação imobiliária do litoral, ocasionou
uma valorização dos terrenos caiçaras, localizados em áreas de belas paisagens próximos
ao mar. Essa situação gerou um grande movimento de evasão do litoral, que fez com que
as famílias de pescadores e lavradores, que antes viviam cultivando suas roças em terras
legalmente por direito, vendessem essas terras e fossem para grandes centros contribuir
para a formação de uma grande legião de desempregados, favelados e miseráveis.
No entanto o plano não deu certo e a iniciativa de colonizar a região, deu origem
ao povoamento de São João do Palmital, ligado a São Francisco do Sul, que segue um
desenvolvimento econômico, político por décadas, o que deu origem ao interesse de
muitos moradores do estado, a seguiram para o norte do Estado à procura de trabalho.
Esse movimento deu origem a comunidade de moradores onde hoje, localiza-se a cidade
de Garuva e atual Itapoá.
✓ Atributos de Sentido:
✓ Atributos de Permanência:
✓ Atributos de Incidência:
✓ Atributos de Distributividade:
✓ Atributos de Permanência:
✓ Atributo de Intensidade:
✓ Atributo de Importância:
✓ Atributo de Magnitude:
Cabe ressaltar que estes valores têm caráter categórico e não numéricos, e servem
para reduzir a subjetividade da análise pela equipe multidisciplinar. A matriz de avaliação
não tem a finalidade de contabilizar aritmeticamente os valores obtidos para cada um dos
impactos identificados. Mas sim, pretende fornecer subsídios para hierarquizar estes
impactos, a fim de orientar os debates entre a equipe multidisciplinar durante o processo
de avaliação ambiental e, posteriormente, priorizar os planos ambientais, onde se incluem
medidas de mitigação, otimização e compensação, visando à viabilidade ambiental do
empreendimento.
e veículos de carga
estruturas da ETE
Operação da ETE
efluente tratato
Gradeamento
hídrico
obras
Impactos
X
Perturbação / Afugentamento / Morte da fauna terrestre X X X X
Modificação / Diminuição de habitats X X X
Intervenção em área de APP X X X X
Perturbação a Fauna Aquática X
Geração de expectativas na comunidade X
Geração de emprego e renda X X X X X X X
Aumento na oferta de serviço público X X X
Melhoria nas condições sanitárias do Município X X X
Deterioração de vias publicas X X X X X
Meio Antrópico
A fase de instalação é a que irá gerar mais impactos negativos, sendo o Valor da
Relevância Global (VRG) de -240, sendo os maiores valores no meio biótico.
Recomenda-se dessa forma especial atenção as medidas mitigadoras e de controle
ambiental nessa fase, além da execução dos planos e programas ambientais relacionados
a cada impacto identificado.
Meio Físico
• Deverá ocorrer a supressão de vegetação apenas nos locais necessários, para que
não ocorra erosão de solo exposto. A supressão também deve estar condicionada
ao cronograma de obra, sendo executada somente, no máximo, uma semana antes
dos trabalhos de movimentação de solo no trecho de cobertura vegetal a ser
removida;
Alteração na Qualidade do Ar
instalação (LAI). As vias de acesso principais, como a rua 1000, que dá acesso ao
empreendimento terão a umectação realizada até 03 (três) vezes ao dia, em períodos de
seca prolongada a frequência poderá ser maior.
ruído e propor medidas necessárias. É importante também que seja efetuada manutenção
periódica nos equipamentos de transporte.
Abrangência Local
Magnitude Pequena
Probabilidade Baixa
Importância Grande
Emissão de odores
Com o objetivo de causar o mínimo impacto possível aos meios físico, biótico e
socioeconômico, devem ser tomadas as seguintes providências:
Alteração na Paisagem
Diversos fatores podem afetar a qualidade das águas do mar utilizadas para
recreação de contato primário. Entre eles pode-se citar o lançamento de esgoto sem
tratamento. Uma estação de Tratamento de Efluentes Sanitário (ETE) é o pilar de todo o
plano de saneamento básico moderno, um município que tenha uma estação instalada e
uma operadora de tratamento, terá a diminuição de ligações clandestinas de esgoto na
rede pluvial, despejo irregular direto em corpos d’agua (córregos, rios e mar), além é claro
da função básica de uma Estação de Tratamento de Esgoto que é de retirar os patógenos
da água.
O Município de Itapoá conta com um vasto litoral, sendo esse o seu maior atrativo
turístico. A importância de se ter praia próprias para banho, esportes aquáticos, atividades
náuticas e pesca é de suma importância. De acordo com a Fundação de Meio Ambiente
de Santa Catariana, a avaliação da qualidade da água para fins de recreação de contato
primário, deve ser realizado pelo estabelecimento de critérios objetivos, estes devem estar
baseados em indicadores a serem monitorados e seus valores confrontados com padrões
pré-estabelecidos, e para que se possam identificar as condições de balneabilidade em um
determinado local; pode-se definir, inclusive, classes de balneabilidade para melhor
orientação dos usuários (IMA, I Fórum de Balneabilidade do Litoral, 2003. Uma boa
balneabilidade das praias tende a melhorar a qualidade de vida de maneira geral dentro
de um município costeiro.
Meio Biótico
Embora este impacto seja irreversível e não mitigável, poderá ter sua significância
reduzida em função da implementação de medidas compensatórias. Para isto, será
compensada uma área do mesmo tamanho da suprimida (7.700,00 m²) na mesma
matrícula, que possui as mesmas características e estágio de regeneração. Além disso será
realizado a compra de créditos de reposição florestal, através do volume de madeira de
536 mt (s) registrado no inventário florestal para a área de estudo.
Além disso será realizada a compra de mudas das espécies ameaçadas de extinção
(Calophyllum brasiliense Cambess (Guanandi) e Euterpe edulis Mart. (palmiteiro), em
uma proporção de 10x1, conforme Portaria IMA 309/2015.
✓ Corredor Ecológico
Para que se minimizem os efeitos sobre a fauna local, algumas medidas podem
ser tomadas:
Modificação/Diminuição de habitats
Por ser um empreendimento que irá influenciar diretamente sob o rio Saí-Mirim,
tendo como principal agente de impacto o lançamento de efluente tratado no rio, a fauna
aquática pode sofrer com essa ação, uma vez que mesmo estando dentro dos parâmetros
estabelecidos pelas normativas e leis, o efluente pode causar a instabilidade química,
física e biológica durante um percurso do rio, causando assim alguma perturbação a fauna
micro e macroscópica presente nessa porção do rio.
Meio Socioeconômico
Como este impacto tem caráter positivo, as medidas indicadas assumem um efeito
potencializador. Para isto, sugere-se:
A instalação da rede coletora se dará pela via pública, o que poderá causar
inicialmente alterações devido a abertura de valas. Como na maioria das ruas transversais
do município a pavimentação é em solo natural (areia) esse impacto será menor.
Como medidas mitigatórias para esse impacto, sugere-se que seja implantado um
programa de monitoramento do trânsito, que irá determinar ações para que caminhões e
máquinas transitem de maneira a danificar menos as vias de acesso as obras. E para o
processo de instalação do sistema coletor, deverão ser tomadas medidas de controle
durante a abertura de valas para a instalação dos tubos, e o fechamento das valas deverá
ser realizado o mais breve possível após a instalação dos tubos.
Especulação Imobiliária
Valorização Imobiliária
Magnitude Média
Probabilidade Alta
Importância Baixa
Abrangência Local
Magnitude Média
Probabilidade Baixa
Importância Pequena
• Deve ser adotado e cobrado dos funcionários o uso dos EPI (Equipamentos
de Proteção Individual).
O município de Itapoá entre tinha 14.763 habitantes em 2010 e tem uma população
estimada em 2017 de 19.355 hab., um aumento de mais de 23% sobre o número de
habitantes. Esse número se dá principalmente devido a instalação do Porto de Itapoá em
2011, o que gerou grande número de empregos e negócios no município e continua a
alavancar o crescimento do município, sendo necessário desde já a implantação de forma
organizada e planejada de um sistema de tratamento de esgoto. Quanto mais tempo levar
para realizar a implantação, maiores serão os custos, assim como os problemas de
balneabilidade no município, além da contaminação do solo e recursos hídricos, seja por
sistemas de tratamento arcaicos, ou sistemas novos que ao longo do tempo não tem a
devida manutenção deixando de ser eficaz.
Por fim, de acordo com a política nacional de saneamento básico (Lei 11.445 de
05 de janeiro de 2007), todos os municípios têm prazo para o estabelecimento de suas
diretrizes quanto a prestação de serviços públicos para o saneamento básico, dentre eles
o esgotamento sanitário. Portanto, torna-se uma obrigação a forma adequada de
tratamento, não sendo uma possibilidade a não instalação da estação de tratamento.
✓ Fase de Instalação
✓ Fase de Operação
Na área de entorno da ETE, alguns impactos poderão ser sentidos, como a emissão
de odores, porém o sistema proposto garante que esse impacto não será sentido de forma
significativa. Outro impacto que deve ser sentido durante a operação é uma melhora na
qualidade das águas superficiais do rio Saí-Mirim, com a diminuição gradativa do
lançamento de efluentes por residências que não contam com sistemas de tratamento de
efluente.
A partir dos riscos identificados na etapa anterior foi feita uma análise qualitativa,
de modo a classificar a probabilidade de ocorrência e a severidade do impacto no caso de
ocorrência dos eventos associados aos riscos.
Ferimentos graves com afastamento ou gastos financeiros entre 10% e 15% do valor de
Alto
projeto ou impacto ambiental regional ou duradouro
De acordo com essas classes definidas, foi feita a qualificação de todos os riscos,
individualmente. A tabela a seguir, apresenta esta classificação:
Probabilidade
Muito alta 65% a 100%
Alta 45% a 64%
Moderada 30% a 44%
Baixa 15% a 29%
Muito baixa até 14%
Impacto
Muito alto 100
Alto 75
Moderado 50
Baixo 25
Muito baixo 5
Valor
Risco Probabilidade Impacto
esperado
Valor
Risco Probabilidade Impacto
esperado
Como parâmetro de projeto definiu-se não traçar uma linha de corte e analisar
todos os riscos listados e classificados, de forma a indicar a estratégia e o tipo de resposta
adotado para cada um deles.
Dentro dessas classes de estratégia, foram definidas as respostas para cada um dos
riscos identificados, conforme mostrado na tabela a seguir.
Valor
Riscos Estratégia Resposta
esperado
Contratar empresa que
Desvios de projeto durante a
projetou o para
implantação gerando baixa eficiência 15 MI
acompanhamento e controle
no tratamento.
da implantação
Operação inadequada do sistema Contratar empresa que
gerando baixa eficiência no 30 MI projetou o para
tratamento. acompanhamento
Tabela 127 - Análise quantitativa após adoção das respostas aos riscos.
Valor
Risco Probabilidade Impacto
esperado
Valor
Risco Probabilidade Impacto
esperado
Inconformidade da capacidade técnica dos
subcontratados na execução dos serviços, 15% 50 7,5
ocasionando aumento de custos e de tempo.
- Ph;
- DBO (mg/L);
Tem por objetivo avaliar a qualidade das águas subterrâneas do terreno da ETE,
prevenindo contra a eventual contaminação da infiltração de águas do tratamento
causando contaminação do lençol freático.
A análise das amostras deverá ser feita conforme os padrões do “AWWA – APHA
– WPCI – Standard Methods for the Examination of Water and Waste Water – 22ª
Edição” e “7.1. EPA, SW 846”.
Inorgânicos
✓ Alumínio
✓ Antimônio
✓ Arsênio
✓ Bário
✓ Boro
✓ Cádmio
✓ Chumbo
✓ Cobalto
✓ Cobre
✓ Cromo
✓ Ferro
✓ Manganês
✓ Mercúrio
✓ Molibdênio
✓ Níquel
✓ Nitrato (como N)
✓ Prata
✓ Selênio
✓ Vanádio
✓ Zinco
Hidrocarbonetos aromáticos voláteis
✓ Benzeno
✓ Estireno
✓ Etilbenzeno
✓ Tolueno
✓ Xilenos
✓ Antraceno
✓ Benzo(a)antraceno
✓ Benzo(k)fluoranteno
✓ Benzo(g,h,i)perileno
✓ Benzo(a)pireno
✓ Criseno
✓ Dibenzo(a,h)antraceno
✓ Fenantreno
✓ Indeno(1,2,3-c,d)pireno
✓ Naftaleno
✓ Clorobenzeno (Mono)
✓ 1,2-Diclorobenzeno
✓ 1,3-Diclorobenzeno
✓ 1,4-Diclorobenzeno
✓ 1,2,3-Triclorobenzeno
✓ 1,2,4-Triclorobenzeno
✓ 1,3,5-Triclorobenzeno
✓ 1,2,3,4-Tetraclorobenzeno
✓ 1,2,3,5-Tetraclorobenzeno
✓ 1,2,4,5-Tetraclorobenzeno
✓ Hexaclorobenzeno
Etanos clorados
✓ 1,1-Dicloroetano
✓ 1,2-Dicloroetano
✓ 1,1,1-Tricloroetano
Etenos clorados
✓ Cloreto de vinila
✓ 1,1-Dicloroeteno
✓ 1,2-Dicloroeteno - cis
✓ 1,2-Dicloroeteno - trans
✓ Tricloroeteno - TCE
✓ Tetracloroeteno - PCE
Metanos clorados
✓ Cloreto de Metileno
✓ Clorofórmio
✓ Tetracloreto de carbono
Fenóis clorados
✓ 2-Clorofenol (o)
✓ 2,4-Diclorofenol
✓ 3,4-Diclorofenol
✓ 2,4,5-Triclorofenol
✓ 2,4,6-Triclorofenol
✓ 2,3,4,5-Tetraclorofenol
✓ 2,3,4,6-Tetraclorofenol
✓ Pentaclorofenol (PCP)
✓ Cresóis
✓ Fenol
Caso a geração de odores ocorra nos processos unitários de tratamento, como por
exemplo, clarificador primário e adensador de lodo, a cobertura das unidades é viável
para o controle de odor, no entanto, esses gases devem ser coletados e tratados. Um
dispositivo como um incinerador ou adsorção (carvão ativado) pode ser utilizado.
Deverá ser realizada uma campanha piloto, antes da operação da ETE, para
verificar a qualidade antes da operação, e 04 (quatro) Campanhas trimestrais de
Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar no primeiro ano de Operação, passando
a campanhas semestrais a partir do segundo ano de operação.
Todo resíduo deverá ser triado e acondicionado em local adequado para posterior
recolhimento e destinação correta. As empresas que fizerem a coleta deveram estar
devidamente licenciadas para o transporte, assim como os locais que receberam os
resíduos.
Dentre os inúmeros fatores que contribuem para a geração dos RCC estão os
problemas relacionados ao projeto, seja pela falta de definições e/ou detalhamentos
satisfatórios, falta de precisão nos memoriais descritivos, baixa qualidade dos materiais
adotados, baixa qualificação da mão de obra, o manejo, transporte ou armazenamento
inadequado dos materiais, a falta ou ineficiência dos mecanismos de controle durante a
execução da obra, ao tipo de técnica escolhida para a construção ou demolição, aos tipos
de materiais que existem na região da obra e finalmente à falta de processos de
reutilização e reciclagem no canteiro.
Sendo assim os valores definidos segundo a Portaria IMA 100/2020, devem ser
transferidos para Unidade de Conservação vinculada ao Sistema Nacional de Unidades
de Conservação – SNUC. A mesma portaria, determina que compete ao órgão ambiental
realizar o cálculo para valoração da compensação ambiental.
20. CONCLUSÃO
Quanto aos principais aspectos levantados para o Meio Físico, o uso dos recursos
hídricos foi o principal, uma vez que pretendesse lançar o efluente sanitário tratado no
principal recurso hídrico do município, o rio Saí-Mirim. Para esse uso, foram realizadas
análises bimestrais da qualidade da água superficial do rio Saí-Mirim, programa esse
condicionante das licenças ambientais de instalação e operação da nova Estação de
Tratamento de Água do Município (LAI 931/2016 e LAO 10456/2016), que tem sua
captação de água bruta próxima ao ponto de lançamento, a montante. Os resultados
mostraram que o rio possui alguns parâmetros em não conformidade com a Resolução
CONAMA 357/05 para rios de classe 2, no entanto, esses valores foram correlacionados
a própria natureza física da geologia da região, e a atividade de rizicultura a montante da
área de estudo. Ainda, foi realizado um Estudo de Autodepuração do rio Saí-Mirim, a fim
de verificar a capacidade de autodepuração da carga orgânica do efluente tratado, tendo
como resultado que este rio pode receber o lançamento do efluente gerado desde que
adote sistemas com a eficiência determinada para remoção de carga orgânica e nutrientes,
não comprometendo as condições naturais do ambiente.
Também foi realizada para o meio físico uma pesquisa quanto de percepção da
população da área de influência direta quanto a qualidade do ar, sendo entrevistado 29
moradores, tendo como resultado, entre todas as perguntas, que nove pessoas sentem
odores ruins próximos a sua residência, fato este ligado a drenagem pluvial a seu aberto.
Outras 22 pessoas acham que uma estação de tratamento de esgoto não causará
interferência na qualidade do ar. A região é pouco habitada, sendo a maioria das áreas
composta ainda por vegetação.
área destinada a ETE terá 7.000,00 m², sendo necessário o corte da vegetação para essa
área, sendo esse o maior impacto ambiental para o Meio Biótico. A área não interfere um
Unidade de Conservação e não possui área de preservação permanente. Foram
identificadas 34 espécies, todas são nativas e Euterpe edulis (palmiteiro) está incluída
como vulnerável (VU) na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de
Extinção (MMA, 2014) e Calophyllum brasiliense (guanandi) está incluída como
Criticamente em Perigo (CR) na Lista Oficial das Espécies da Flora Ameaçada de
Extinção no Estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2014). Para a vegetação será
realizada a compensação de área equivalente a desmatada no próprio terreno, assim como
a preservação de uma área de 5.000,00 m² entre a área da ETA e ETE, servindo como
corredor ecológico para a fauna terrestre e de cortina verde, diminuindo o impacto sobre
a paisagem. Será feita ainda a compensação das espécies ameaçadas na proporção de 10
x 1, sendo 4000 mudas de guanandi e 100 mudas de palmito.
Por fim, foram elencados os impactos ambientais para cada meio (físico, biótico
e socioeconômico), nas fases de instalação e operação, sendo a maioria dos impactos
negativos na instalação, principalmente no Meio Físico, quanto aos “Alteração da
Paisagem”, e no Meio Biótico quanto a “Supressão da Vegetação”. Os impactos positivos
serão sentidos durante a operação, sendo esses a “Modificação do Sistema de Tratamento
Atual”, a “Melhoria nas Condições Sanitárias do Município”. Para cada impacto
ambiental foi descrito medidas de controle ambiental, e a proposição de programas
ambientais a serem executados na fase de instalação e operação do empreendimento.
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22. GLOSSÁRIO
Afluente: curso d’água que desemboca em outro curso de maior volume de água
ou, ainda, que desemboca em um lago ou lagoa.
Área basal: área expressa em m² que uma árvore ou um grupo delas ocupa no
terreno. É um parâmetro fitossociológico empregado para indicar a dominância das
espécies em uma comunidade
Área Diretamente Afetada - ADA: área definida como aquela que sofrerá
impactos diretos do empreendimento em análise.
Área de Influência Direta - AID: área definida como passível de sofrer impactos
diretos do empreendimento em análise.
Área de Influência Indireta - AII: área definida como passível de sofrer efeitos
indiretos do empreendimento em análise.
Bacia hidrográfica: (1) Área limitada por divisores de água, dentro da qual são
drenados os recursos hídricos, através de um curso de água, como um rio e seus afluentes.
A área física, assim delimitada, constitui-se em importante unidade de planejamento e de
execução de atividades socioeconômicas, ambientais, culturais e educativas. (2) Toda a
área drenada pelas águas de um rio principal e de seus afluentes. (3) Área total de
drenagem que alimenta uma determinada rede hidrográfica; espaço geográfico de
sustentação dos fluxos d’água de um sistema fluvial hierarquizado.
Canal: Curso de água natural ou artificial que serve de interligação entre corpos
de água maiores.
Costa: Faixa de terra de origem sedimentar que se estende desde a linha de praia
para o interior do continente construída pela ação marinha.
Criptozóico: modo de vida de determinadas espécies de viver escondidas em
galerias ou pequenas cavidades naturais ou escavadas no solo e em barrancos ou sob o
folhiço.
Dossel: parte formada pela copa das árvores que formam o estrato superior da
floresta.
Ecossistema: Todas as relações dos seres vivos de uma determinada área com os
outros elementos que formam seu ambiente.
Epífitas: qualquer espécie vegetal que cresce ou se apoia fisicamente sobre outra
planta ou objeto, retirando seu alimento da chuva ou de detritos e resíduos que coleta de
seu suporte.
Estuário: Corpo de água costeira, semi-fechado, que tem uma conexão livre com
o mar aberto, no interior do qual a água do mar é diluída, de forma mensurável, com a
água doce drenada da terra.
Formação: grande tipo de vegetação que ocupa determinada área geográfica, com
composição definida de espécies dominantes, condições de solo e clima particular e
reconhecido pela fisionomia.
Ictiofauna: (1) Fauna de peixes de uma determinada região. (2) Totalidade das
espécies de peixes de uma dada região. Pode-se falar também de um determinado meio
(lago, rio, etc).
Ilha: área de terra emersa circundada por um corpo d’água (oceano, mar, lago ou
rio).
Jusante: Uma área ou um ponto que fica abaixo de outro ao se considerar uma
corrente fluvial ou tubulação na direção da foz, do final. O contrário de montante.
Lianas: plantas lenhosas e/ou herbáceas trepadoras com gemas situadas acima do
solo, protegidas ou não por catáfilos, predominantes em áreas florestais.
Licenciamento ambiental: É um dos mais eficazes instrumentos da política
ambiental para a viabilização do desenvolvimento sustentado. É um ato administrativo
pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de
controle ambiental que deverão ser obedecidas para a liberação da: LP (Licença Prévia),
LI (Licença de Instalação) e LO (Licença de Operação).
Linha de costa: Linha que forma o limite entre a terra e água em uma região
costeira.
Litologia: Parte da geologia que tem por objeto o estudo das rochas.
Loteamento: (1) Divisão da terra por lotes, normalmente destinados à
urbanização; (2) Nome dado ao projeto da divisão de terras.
Mangue: Termo coletivo usado para gêneros de plantas halófitas que se instalam
em planícies de maré de regiões costeiras tropicais ou subtropicais.
Nitrito (NO2): qualquer sal ou éster de ácido nitroso que contém o íon nitrito.
Diferentemente do nitrato, usado nos fertilizantes, o nitrito em grandes concentrações é
tóxico para as plantas. As bactérias do solo formam nitritos como uma fase na conversão
do nitrogênio (amoníaco) em nitratos utilizáveis. Os nitritos como o nitrito de sódio são
acrescentados como preservativos de alimentos, especialmente para reter a cor das carnes
e para prevenir o botulismo.
Nitrogênio (N): elemento de número atômico 7, massa 14,01 Em sua forma
elementar existe como molécula diatômica, N2. Forma quase 80 por cento do volume da
atmosfera da terra e é encontrado em todos os tecidos vegetais e animais.
Patrimônio: (1) Conjunto dos bens. (2) O que é considerado como herança
comum.
Pluviometria: medição da quantidade de chuva que cai num local durante certo
período.
Ravina: sulco no solo produzido pelo escoamento livre da água de chuva. Este
tipo de erosão é frequente em solos agrícolas onde não se segue as considerações corretas
de manejo. As ravinas se iniciam como sulcos rasos, que se anastomosam (se juntam) à
medida que a água escorre sobre a superfície.
Restinga: língua de areia que, partindo do litoral, se prolonga para o mar, quer
fique sempre aflorada, quer apenas na baixa-mar; terreno litorâneo arenoso e salino, e
recoberto de plantas herbáceas e arbustivas típicas desses lugares; recife, arrecife; faixa
de mato às margens de igarapé ou rio; faixa de mato às margens de rio, a qual, por ocasião
das grandes marés ou cheias de inverno, aflora, enquanto o terreno permanece submerso;
designação comum a depressões rasas, alagadas ou secas, sempre retas, e rigorosamente
paralelas à linha da costa; faixa de terra arenosa entre uma lagoa e o mar.
Sambaqui: (1) são depósitos construídos pelo homem constituídos por materiais
orgânicos, calcáreos e que, empilhados ao longo do tempo vem sofrendo a ação de
intempérie; acabaram por sofrer uma fossilização química, já que a chuva deforma as
estruturas dos moluscos e dos ossos enterrados, difundindo o cálcio em toda a estrutura e
petrificando os detritos e ossadas porventura ali existentes. (2) Acumulação pré-histórica
de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres realizada por índios, em que freq. se
encontram ossos humanos, objetos de pedra, chifre e cerâmica.
Sulfato: Qualquer sal do ácido sulfúrico. Pode ser utilizado na agricultura como
fertilizante.
Vazão: Volume fluído que passa, na unidade de tempo, através de uma superfície
(como exemplo, a seção transversal de um curso d’água).
Vegetação primária: Floresta que nuca sofreu derrubada ou corte, sendo uma
remanescente das florestas originais de uma região. Floresta não alterada pela ação do
homem.
23. SIGLAS
PR: Paraná
UV: Ultravioleta
24. ANEXOS