PCA - Pactual Combustíveis Ltda - Santa Helena de Goiás - GO

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PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL

Plano de Controle Ambiental para fins de


Natureza do Trabalho:
Licenciamento Ambiental junto ao Sistema Ipê.

R Onias José Borges, nº 1995, Quadra 1 Lote 02,


Local: Parque Industrial Ipeguary, Santa Helena de Goiás –
GO

Interessado: Pactual Combustíveis Ltda – Pactual TRR

SETEMBRO/2021
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA
PACTUAL COMBUSTÍVEIS LTDA – SANTA HELENA DE GOIÁS/GO
CNPJ: 19.192.957/0001-05

ESTE PLANO INCLUI:

 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRANEAS


 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
 PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

Engenheiro Responsável

Carlos Tolentino de Oliveira


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ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADES

O presente relatório foi preparado pela Engpetro Soluções Ambientais, com observância das
normas técnicas recomendáveis e respeitando os termos do pedido e do contrato firmado
com o cliente.
Por este motivo, a ENGPETRO se isenta de qualquer responsabilidade perante o cliente ou
terceiros pela utilização deste trabalho, ainda que parcialmente, fora do escopo para o qual
foi preparado.
O presente relatório é confidencial e destinado ao uso exclusivo do cliente, não se
responsabilizando a ENGPETRO pela utilização do mesmo, ainda que em parte, por
terceiros que dele venham a ter conhecimento.
A utilização do presente relatório só poderá ser feita com autorização prévia da ENGPETRO
ou do cliente.

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ÍNDICE
1  INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................... 6 
2  IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ....................................................................................................................................... 7 

2.1  CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...................................................................................................... 7 


2.2  EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL ................................................................... 7 
2.3  HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ...................................................................................................................... 7 

3  CONTROLE AMBIENTAL .................................................................................................................................................. 8 


4  PROGRAMA DE CONTROLE DE ÁGUAS........................................................................................................................ 9 

4.1  ÁGUAS PLUVIAIS ........................................................................................................................................... 9 


4.2  EFLUENTES OLEOSOS ................................................................................................................................... 9 

5  PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SOLO............................................................ 10 

5.1  DO SOLO .................................................................................................................................................... 10 


5.2  DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ....................................................................................................................... 10 
5.3  COMPONENTES DOS POÇOS DE MONITORAMENTO ....................................................................................... 12 
5.3.1  Revestimento interno .................................................................................................................................... 12 
5.3.2  Filtro .............................................................................................................................................................. 12 
5.3.3  Pré-filtro ......................................................................................................................................................... 13 
5.3.4  Proteção sanitária ......................................................................................................................................... 13 
5.3.5  Tampão ......................................................................................................................................................... 13 
5.3.6  Caixa de proteção ......................................................................................................................................... 13 
5.3.7  Selo ............................................................................................................................................................... 14 
5.3.8  Preenchimento .............................................................................................................................................. 14 
5.3.9  Guias dos filtros (centralizadora)................................................................................................................... 14 
5.3.10  Poços de monitoramento instalados na área do empreendimento ............................................................... 14 
5.3.11  Frequência de monitoramento ...................................................................................................................... 14 
5.4  PREMISSAS ................................................................................................................................................ 15 
5.5  PLANO DE AMOSTRAGEM ............................................................................................................................ 15 
5.5.1  Matrizes ambientais e parâmetros a serem monitorados ............................................................................. 15 
5.5.2  Coleta e Rotina de Análise ............................................................................................................................ 16 
5.5.3  Procedimentos para amostragem de solo..................................................................................................... 16 
5.5.4  Procedimento para amostragem de água subterrânea ................................................................................. 17 
5.5.5  Análises laboratoriais .................................................................................................................................... 18 
5.6  PLANO DE AÇÃO EM SITUAÇÕES DE NÃO CONFORMIDADE ............................................................................. 18 

6  PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS............................................................................ 20 

6.1  RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................................................... 20 


6.1.1  Sistema de drenagem oleosa........................................................................................................................ 21 
6.2  MANUTENÇÃO E LIMPEZA DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES OLEOSOS – STEO .......................... 21 
6.3  ANÁLISE DOS EFLUENTES ........................................................................................................................... 22 
6.4  PLANO DE AÇÃO EM NÃO CONFORMIDADE .................................................................................................... 23 

7  PROGRAMA DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................. 24 

7.1  A RESPEITO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................................................... 24 


7.2  CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................... 25 
7.3  IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................... 26 
7.4  QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS .................................................................................... 26 
7.5  SEGREGAÇÃO E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DE GERAÇÃO .............................................................................. 27 
7.5.1  Papel ............................................................................................................................................................. 28 
7.5.2  Plástico .......................................................................................................................................................... 28 
7.5.3  Metal .............................................................................................................................................................. 29 
7.5.4  Vidro .............................................................................................................................................................. 29 
7.5.5  Armazenamento dos Resíduos Sólidos ........................................................................................................ 29 
7.5.6  Coleta ............................................................................................................................................................ 30 
7.5.7  Transporte Interno ......................................................................................................................................... 30 
7.5.8  Acondicionamento ......................................................................................................................................... 30 
7.6  TRANSPORTE EXTERNO E DISPOSIÇÃO FINAL ............................................................................................... 31 

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7.7  OBSERVAÇÕES........................................................................................................................................... 32 

8  PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ......................................................................................................... 33 

8.1  INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 33 


8.2  OBJETIVOS................................................................................................................................................. 33 
8.3  EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ....................................................................................................................... 34 
8.3.1  Sistema de Tratamento de Efluentes ............................................................................................................ 34 
8.3.2  Sistema de Monitoramento e Controle de Poluição ...................................................................................... 35 
8.3.3  Teste de Integridade dos Sistemas de Armazenamento .............................................................................. 36 
8.3.4  Teste no Sistema de Armazenamento Aéreo de Combustível ..................................................................... 36 
8.3.5  Teste da Linha de Sucção............................................................................................................................. 37 
8.4  PLANO DE TREINAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS ............................................................................................. 37 
8.4.1  Metodologia ................................................................................................................................................... 37 
8.4.2  Conteúdo do curso de treinamento para os funcionários ............................................................................. 38 
8.4.3  Responsabilidade .......................................................................................................................................... 39 

9  EQUIPE TÉCNICA ............................................................................................................................................................ 40 


10  BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................... 41 
11  ANEXOS ...................................................................................................................................................................... 43 

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados gerais do empreendimento. ....................................................................................... 7 


Tabela 2: Dados da empresa responsável pela elaboração do projeto................................................ 7 
Tabela 3: Horários de funcionamento. .................................................................................................. 7 
Tabela 4: Frequência de monitoramento da água e solo. .................................................................. 14 
Tabela 5 - Matrizes, parâmetros e referências de comparação. ........................................................ 16 
Tabela 6: Matrizes, parâmetros e referências de comparação que compõem o escopo do plano de
monitoramento dos efluentes líquidos. ............................................................................................... 22 
Tabela 7: Limites de quantificação para os métodos a serem analisados. ........................................ 22 
Tabela 8: Classificação dos resíduos sólidos gerados na empresa. .................................................. 26 
Tabela 9: Fonte geradora de resíduos e tipos de resíduos gerados. ................................................. 26 
Tabela 10: Estimativa de geração dos resíduos sólidos. .................................................................... 27 
Tabela 11: Código de cores. (Fonte: CONAMA nº 275/2001). ........................................................... 27 
Tabela 12: Modo de acondicionamento para cada resíduo sólido gerado. ........................................ 30 
Tabela 13: Dados sobre o transporte externo e a disposição final dos resíduos gerados. ................ 32 
Tabela 14: Responsável técnico. ........................................................................................................ 40 

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1 INTRODUÇÃO 
O presente Plano de Controle Ambiental tem como finalidade apresentar os principais
meios para a proteção das matrizes ambientais, para fins de licenciamento ambiental junto
à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD.

Para isto será apresentado o programa das operações e as medidas cabíveis a serem
tomadas, e solicitamos uma avaliação atenciosa de nossa proposta com grande afinidade
com as questões que envolvem a qualidade de vida e a preservação ambiental.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
2.1 Caracterização do empreendimento 
Tabela 1: Dados gerais do empreendimento.
Razão Social Pactual Combustíveis Ltda
Fantasia Pactual TRR
R Onias José Borges, nº
Endereço CEP 75.920-000
1995, Quadra 1 Lote 02
Santa Helena de
Bairro Parque Industrial Ipeguary Município/UF
Goiás/GO
CNPJ 19.192.957/0001-05 I.E. -
Nº ANP - Bandeira Branca
Status Fora de operação
Órgão Ambiental SEMAD

2.2 Empresa responsável pelo plano de controle ambiental 
Tabela 2: Dados da empresa responsável pela elaboração do projeto.
CNPJ 14.276.728/0001-55
Razão Social Engpetro Serviços Empresariais LTDA
Nome Fantasia Engpetro Soluções Ambientais
Endereço Quinta avenida
Complemento N° 235, sala 01
Bairro Setor leste universitário
Município/UF Goiânia / GO
CEP 74605-040
RT Carlos Tolentino de Oliveira
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2.3 Horário de funcionamento 
Tabela 3: Horários de funcionamento.
Abastecimento A Definir
Troca de Óleo A Definir
Conveniência A Definir
Lavagem de Veículos A Definir

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3 CONTROLE AMBIENTAL 

Em se tratando do controle ambiental das atividades a serem desenvolvidas pela


empresa, analisamos os prováveis impactos, identificados e correlacionados aos principais
agentes poluidores e as possíveis soluções de engenharia. Com base nestes dados,
estabelecemos procedimentos necessários aos principais métodos preventivos e
mitigadores dos impactos ambientais correspondentes, bem como sua implementação,
visando o tratamento para cada um dos pontos identificados como agentes passíveis de
causar acidentes ou risco ao meio ambiente.

Os principais efluentes poluidores e perigosos gerados na estação de serviço são os


combustíveis derivados de petróleo e os óleos lubrificantes, pois podem deslocar-se a longa
distância num corpo hídrico se haver diluição comprometendo a qualidade físico-química das
águas e elevando risco de incêndio através de galerias de águas pluviais até os canais e
rios. Na estação de serviço da empresa, os pontos de risco são:

 Área de abastecimento;
 Troca de óleo;
 Lavagem Veicular;
 Sistema Preliminar de Tratamento de Efluentes Oleosos.

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4 PROGRAMA DE CONTROLE DE ÁGUAS  

4.1 Águas pluviais 
O entorno do empreendimento é contemplado por rede pública de drenagem de
águas pluviais. Sendo assim, as águas coletadas nas coberturas são direcionadas
diretamente para a rede de drenagem urbana.

4.2 Efluentes oleosos 
Os efluentes oleosos, provenientes da pista de abastecimento, área de tancagem,
lavador veicular e troca de óleo deverão ser dotados de canaletes coletoras de efluentes a
mesma deverá conduzir os resíduos líquidos gerados pelas supracitadas atividades ao até
o sistema de tratamento preliminar constituídos pela caixa desarenadora, local onde os
resíduos sólidos se depositam no fundo da caixa pela força da gravidade. Depois os resíduos
líquidos vão para a caixa separadora/coletora de água/óleos; nesta, os produtos derivados
de petróleo são separados pela diferença de densidade, ficando o óleo e outros produtos
menos densos na superfície da água e posteriormente seguindo para a caixa coletora de
óleo. As águas já separadas e livres de resíduos deverão passar por uma caixa de inspeção,
que tem por finalidade comprovar a eficiência do tratamento e, por fim, seguirão para o
sistema coletor de esgoto da cidade.

Recomendações: Todos os efluentes destinados à caixa Separadora de Água e


Óleo (SAO) deverão ser únicos e exclusivos da pista de abastecimento e troca de óleo,
ambas em concreto impermeável. Os efluentes gerados provenientes da área de lavagem
veicular deverá possuir uma SAO separada da destinada ao atendimento da pista de
abastecimento e troca de óleo

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5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E 
SOLO 

5.1 Do solo 

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, através do seu Art. 14, dita que:

Art. 14. Com vista à prevenção e controle da qualidade do solo, os empreendimentos


que desenvolvem atividades com potencial de contaminação dos solos e águas subterrâneas
deverão, a critério do órgão ambiental competente:

I - Implantar programa de monitoramento de qualidade do solo e das águas


subterrâneas na área do empreendimento e, quando necessário, na sua área de influência
direta e nas águas superficiais; e

II - Apresentar relatório técnico conclusivo sobre a qualidade do solo e das águas


subterrâneas, a cada solicitação de renovação de licença e previamente ao encerramento
das atividades.

Sendo assim, o programa de monitoramento da qualidade dos solos objetiva


identificar possíveis alterações nas suas características físicas e químicas, decorrentes do
funcionamento do empreendimento.

Para a realização do monitoramento do solo deverá ser realizada, conforme


orientação periódica, Investigação de Passivo Ambiental Confirmatória, balizada pela
Resolução CEMAm 29/2018.

5.2 Das águas subterrâneas 

De acordo com a Resolução CEMAm n° 29/2018 (GOIÁS, 2018), para todo


empreendimento potencialmente poluidor, se faz necessária a construção de no mínimo 03
poços de monitoramento do lençol freático, sendo 01 à montante e 02 à jusante das
principais fontes de poluição.

Para se determinar a localização dos poços deve-se realizar um levantamento para


conhecer a geologia e a hidrogeologia do local; uma visita de campo para se observar in loco
as características físicas do empreendimento, a topologia do terreno e o direcionamento da
drenagem das águas superficiais e o uso do solo urbano.

Para se identificar a tipologia das camadas de solo, bem como o nível


potenciométrico, são realizadas sondagens, em no mínimo três pontos, localizadas a partir
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da identificação dos principais pontos que ofereçam riscos ao meio ambiente. As etapas
subsequentes são: amostragem de sedimentos, análise de amostra e interpretação dos
dados obtidos. De posse destas informações, escolhe-se, então, entre as sondagens
realizadas, uma ou mais para servirem de poço de monitoramento.

Após esta escolha, seguir-se-á um estudo piezométrico. Inicialmente, nivela-se o


terreno próximo aos furos, em seguida, avaliam-se a profundidade dos níveis estáticos, suas
relações com a superfície e com as camadas sedimentares. As camadas que apresentar
nível estático mais baixo e a camada impermeável mais profunda deverão ser escolhidas
para servir como poço de monitoramento, tendo as instalações do tanque e da bomba
localizada a jusante da localização do poço.

Caso se perceba quaisquer fatos que mereçam ser relatados, isto deverá ser feito
para que se possam avaliar as atividades realizadas ou para justificar alguma medida que,
por ventura, venha a ser tomada no sentido de simplificar ou ampliar os critérios aqui
mencionados. A empresa contratada para a realização da perfuração do poço de
monitoramento deverá elaborar um relatório do projeto apresentando todas as
especificações aqui mostradas para ser enviadas aos órgãos competentes.

Figura 1 - Exemplo de perfil construtivo para poço de monitoramento - NBR 13.895.

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5.3 Componentes dos poços de monitoramento 
Os poços de monitoramento, conforme ilustrada a Figura 1, são constituídos
basicamente dos seguintes elementos:

a) revestimento interno;
b) filtro;
c) pré-filtro;
d) proteção sanitária;
e) tampão;
f) caixa de proteção;
g) selo;
h) preenchimento;
i) guias centralizadoras.

5.3.1 Revestimento interno 

Constituído de tubos de aço inoxidável, ferro fundido ou plástico, encaixados no


interior da perfuração, com a função de revestir a parede dela.

5.3.2 Filtro 

Tem a propriedade de permitir a entrada da água e de impedir a penetração de


algumas impurezas plásticas do poço.

Dependendo do tipo de solo local, o filtro pode ter uma melhor eficiência quando
envolvido por uma manta geotêxtil ou por uma tela de náilon, a fim de evitar o entupimento
das ranhuras.

Os filtros dos poços podem ocupar a extensão da zona saturada, tanto nos poços à
jusante como nos poços à montante. O comprimento do filtro depende de vários fatores,
basicamente:

a) espessura saturada;
b) geologia;
c) gradiente hidráulico;
d) propriedades físico-químicas e concentração do poluente.

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5.3.3 Pré‐filtro 

Ocupa o espaço anular, entre o filtro e a parede de perfuração. É constituído de areia


lavada de grãos quartzosos ou pedriscos de quartzo (inertes e resistentes).

Deve ser cuidadosamente disposto, com os grãos bem assentados, minimizando a


formação de espaços vazios.

A granulometria adequada para o pré-filtro deve ser correspondente a um diâmetro


maior do que a abertura do filtro.

5.3.4 Proteção sanitária 

Tem a função de evitar que a água superficial contamine o poço através da infiltração
pelo espaço anular. É o conjunto formado pelo selo sanitário (argamassa de cimento da
extremidade superior do espaço anular com aproximadamente 30 cm) e pela laje de proteção
(piso de cimento, construído com pequeno declive, ao redor da boca do poço).

5.3.5 Tampão 

A extremidade superior do tubo (boca do poço) deve ser protegida contra a


penetração de substâncias indesejáveis, que podem alterar os resultados de análise. É
necessário instalar tampão removível e com chave. Na extremidade inferior do tubo, um
tampão fixo de preferência rosqueado tem a função de evitar a entrada do material sólido
dentro do poço.

5.3.6 Caixa de proteção 

O tubo de revestimento sobressai ao nível do terreno aproximadamente 0,2 m para


evitar a penetração de água superficial e de elementos estranhos no poço. A caixa de
proteção de alvenaria ou tubo de aço deve ter dimensões apenas suficientes para envolver
a parte saliente do tubo de revestimento. Uma tampa na parte superior permite o acesso ao
poço. Essa tampa pode manter-se fechada à chave para melhor proteção do poço.

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5.3.7 Selo 

Obturador com a função de vedar o espaço anular em torno do tubo de revestimento,


acima do limite máximo de variação do nível do aquífero, evitando a contaminação do poço
por líquidos percolados pelo espaço anular.

Serve também para delimitar camada de interesse dentro da zona saturada. O


material vedante (bentonita, cimento) deve obstruir uma pequena parte do espaço anular, o
suficiente para impedir a passagem de água de um nível para outro.

5.3.8 Preenchimento 

O espaço anular entre a parede de perfuração e a superfície externa do tubo de


revestimento deve ser preenchido por material impermeável (argila, solo da escavação), em
toda a extensão não saturada (acima do nível da água), a fim de fixar o tubo de revestimento
e dificultar a penetração de líquidos provenientes da superfície.

5.3.9 Guias dos filtros (centralizadora) 

Dispositivos salientes, distribuídos ao longo do tubo de revestimento, fixados por seu


lado externo e com a função de mantê-lo centrado em relação ao eixo do poço.

5.3.10 Poços de monitoramento instalados na área do empreendimento 

Na área do empreendimento existem 03 (três) poços de monitoramento do lençol


freático

5.3.11 Frequência de monitoramento 

A frequência de monitoramento refere-se ao período em que se deve amostrar as


matrizes ambientais solo e água subterrânea, objetivando detectar possíveis anomalias e
substâncias que possam caracterizar risco à saúde humana.

Tabela 4: Frequência de monitoramento da água e solo.


Local Frequência
Poços de Monitoramento de águas Semestral (junho e dezembro)
Água in natura proveniente de perfurações na área do
Bi anual (2022/2024)
empreendimento
Solo Bi anual (2022/2024)

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5.4 Premissas 
O presente Plano de Monitoramento foi elaborado considerando o embasamento
técnico e legal necessário para garantir a confiabilidade do cumprimento dos objetivos pré-
definidos.

Com relação ao plano de amostragem proposto, adotou-se um modelo conceitual


preliminar da área para ser utilizado como base para a implementação do plano de
monitoramento.

5.5 Plano de amostragem 

5.5.1 Matrizes ambientais e parâmetros a serem monitorados 

Dentre os potenciais impactos ambientais resultantes da operação de comércio


atacadista e combustíveis realizado por transportador retalhisTA (TRR) estão a
contaminação das águas subterrâneas e do solo por produtos constituintes de combustíveis.
Nesse contexto, os parâmetros ambientais a serem monitorados nas áreas onde estão
situados o empreendimento e em seu entorno devem refletir eventual relação causal com os
contaminantes oriunda dos combustíveis, os quais estão relacionados aos grupos BTEX
(Benzendo, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos) e PAH (Hidrocarbonetos Aromáticos
Polinucleados).

Os parâmetros considerados para monitorar possíveis alterações nos parâmetros


físico-químicos e biológicos do solo e das galerias subterrâneas terão como base valores de
referência e padrões de qualidade pré-estabelecidos pela Resolução CONAMA 420/2009.

A tabela abaixo aduz as substâncias químicas de interesse a serem monitoradas.


Ressalta-se que os parâmetros propostos serão validados na visita técnica.

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Tabela 5 - Matrizes, parâmetros e referências de comparação.


Águas
Solo (mg.Kg-1)
Substância Subterrânea
(µg.L-1) Agrícola Residencial Industrial
Hidrocarbonetos Aromáticos Voláteis - BTEX
Benzeno 5 0,06 0,08 0,15
Tolueno 700 30 30 75
Etilbenzeno 300 35 40 95
Xileno 500 25 30 70
Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - PAH
Acenafteno NR NR NR NR
Acenaftileno NR NR NR NR
Antraceno NR NR NR NR
Benzo (a) antraceno 1,75 9 20 65
Benzo (a) pireno 0,7 0,4 1,5 3,5
Benzo (b) fluoranteno NR NR NR NR
Benzo (g,h,i) perileno NR NR NR NR
Benzo (k) fluoranteno NR NR NR NR
Criseno NR NR NR NR
Dibenzo (a,h) antraceno 0,18 0,15 0,6 1,3
Fenantreno 140 15 40 95
Fluoranteno NR NR NR NR
Fluoreno NR NR NR NR
Indeno (1,2,3,-cd) pireno 0,17 2 25 130
Naftaleno 140 30 60 90
Pireno NR NR NR NR

5.5.2 Coleta e Rotina de Análise 

Para a amostragem das águas subterrâneas, os poços de monitoramento deverão


ser purgados, evitando-se a coleta de água estagnada. As amostragens poderão ser
realizadas através de bailer descartável ou sistema de baixa vazão.

O procedimento de coleta é balizado pelo Anexo IV dos Procedimentos para


Licenciamento de Postos da Resolução CEMAm 29/2018 e pela ABNT NBR 15847 de 2010,
a qual estabelece métodos para a purga de poços usados para investigações e programas
de monitoramento de qualidade de água subterrânea em estudos e remediação de passivos
ambientais.

5.5.3 Procedimentos para amostragem de solo 

O método de sondagem a ser utilizado deve ser compatível com a geologia e a


hidrogeologia local, devendo ser utilizados equipamentos que garantam a perfuração até a
profundidade necessária. Em áreas em que predominem litologias resistentes à

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equipamentos mecanizados como granitos, basaltos, gnaisses e micaxistos, a sondagem


pode ser interrompida ao atingir-se o topo rochoso, mesmo que o nível da água não tenha
sido alcançado e a profundidade da sondagem seja inferior a quinze metros.

A comprovação dessa situação deve ser efetuada por meio da realização de outra
sondagem para avaliação da continuidade da presença do topo rochoso.

Iniciada a sondagem, a cada metro perfurado deve ser coletada uma amostra de solo,
por meio da cravação de amostrador tubular com liner, de modo a se evitar perdas de
compostos por volatilização.

A amostra coletada deve ser dividida em duas alíquotas. Uma deve ser
acondicionada em saco plástico impermeável auto-selante (de polietileno), com capacidade
de um litro. Essa alíquota deve ser composta pelas amostras contidas nas extremidades do
liner. A outra, correspondente à parte central do liner, deve ser nele mantida sob refrigeração
(temperatura inferior a 4ºC). O liner deve estar totalmente preenchido pela amostra, evitando-
se espaços vazios. As duas alíquotas devem ser identificadas anotando-se o número da
sondagem e a profundidade correspondente.

Realizada a medição de Compostos Orgânicos Voláteis – VOC em todas as amostras


coletadas, deve-se identificar aquela que apresentou a maior concentração e transferir a
amostra para um frasco de vidro com boca larga e tampa com vedação em teflon, mantendo-
a, na medida do possível, indeformada, e preenchendo todo o frasco, evitando-se espaços
vazios no seu interior.

No caso de ser utilizado frasco do tipo head space, preencher a metade e lacrá-lo
imediatamente. Identificar cada frasco com a localização do ponto de sondagem, a
profundidade de amostragem e a concentração de gases medida em campo e,
posteriormente, encaminhá-los ao laboratório para a realização das análises químicas
pertinentes.

5.5.4 Procedimento para amostragem de água subterrânea 

Purgar 3 volumes de água do interior do poço, de forma a remover todo o volume


hídrico estagnado e promover a coleta de uma amostra representativa.

A purga deve ser realizada de forma uniforme e em vazões compatíveis com a


capacidade do poço em repor a água. O objetivo é que este trabalho seja realizado sem
causar grande rebaixamento do nível hídrico no interior do poço, evitando o efeito cascata

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que pode ocorrer na seção filtrante nessa situação e, consequentemente, a aeração das
amostras seguida da perda de compostos orgânicos voláteis.

Ademais, a purga também deve ser feita de forma a impedir a criação de fluxo
turbulento na área de recarga do poço (pré-filtro), evitando o arraste de sedimento para o
seu interior. Se utilizado com o cuidado necessário, o bailer pode ser empregado na coleta
de amostras, desde que seja distinto daquele eventualmente utilizado na purga. Válvulas de
pé não devem ser empregadas em procedimentos de coleta de amostras.

5.5.5 Análises laboratoriais 

Os volumes de água coletados durante a amostragem dos poços de monitoramento


existentes, devem ser encaminhadas para laboratório a fim de determinar as concentrações
de Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos (BTEX) e Hidrocarbonetos Aromáticos
Polinucleados (PAH).

Devem ser produzidas amostras para controle de qualidade, a saber: branco de


campo, branco de lavagem de equipamento e amostra para controle da temperatura da caixa
utilizada para o transporte das amostras.

O laboratório selecionado para a realização das análises deve possuir procedimentos


de controle de qualidade e utilizar métodos analíticos indicados pela Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos da América (USEPA), conforme apresentado na edição mais
recente do 'Standard Methods for Water and Wastewater Examination', ou métodos
estabelecidos por entidades certificadoras. Observar, rigorosamente, os procedimentos de
preservação das amostras de solo e de água subterrânea, bem como os prazos para
realização das análises. Além disso, deve-se, obrigatoriamente, ser acreditado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).

A qualidade das amostras não deve ser alterada pelo frasco, transporte, temperatura
e tempo decorrido entre a coleta e a análise.

5.6 Plano de ação em situações de não conformidade 

A constatação da presença de produto (combustível ou óleo lubrificante) no solo ou


na água subterrânea na forma de fase livre deve ser avaliada e registrada no Relatório de
Investigação de Passivo Ambiental Confirmatória, sendo essa situação suficiente para que

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a área seja declarada contaminada. Identificando-se a presença de fase livre, a mesma deve
ser saneada em até 180 dias, conforme a CEMAm n° 29/2018.

Nesse caso, independentemente da manifestação do órgão ambiental competente, o


responsável pela área deve providenciar a elaboração de um Estudo de Investigação
Detalhada de Passivo Ambiental para a correta delimitação das plumas de fase livre,
dissolvida em água e sorvida no solo, bem como do Relatório de Avaliação de Risco, com o
objetivo de definir a forma de intervenção a ser adotada na área, e os principais receptores
da contaminação. Concomitantemente a essas ações, devem ser adotadas medidas
destinadas à eliminação da fase livre.

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6 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS 

A Legislação Ambiental estabelece que os despejos industriais devam ser tratados,


de modo que as características físico-químicas dos efluentes estejam de acordo com os
padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 357, de 17/03/2005.

O empreendimento deverá preocupar-se com os efluentes gerados, por isso estes


serão passar por tratamentos adequados dentro das suas dependências.

Em todo o sistema de tratamento do posto deverá ser coletado uma amostra do


efluente tratado para análise de pH, turbidez, cor, óleo e graxas, resíduos totais, sólidos
suspensos e dissolvidos. No que tange os óleos e graxas, de forma alguma estes poderão
ser lançados no sistema de captação de água, por isso deve ser construído um sistema de
tratamento preliminar, este sendo constituído de caixas desarenadoras, caixas separadoras
de óleo e caixa coletora de óleo, tendo a finalidade de reter os efluentes potencialmente
poluidores.

No posto, as caixas desarenadoras servem para a retenção de material mais pesado,


proveniente da troca de óleo e lubrificação, sendo conduzido por canaletes específicos para
esta finalidade.

A caixa de separação de óleo, que tem a função de separar óleos e graxas do


restante dos despejos, está posicionada de forma a conter qualquer vazamento para o solo,
que poderia causar contaminação. As mesmas devem ser limpas semestralmente por uma
empresa especializada.

Na caixa coletora de óleo, que tem a função específica de receber o óleo provindo
da caixa separadora de óleo, existe um recipiente que pode ser retirado e esvaziado o seu
conteúdo (óleo), posteriormente encaminhado para um tratamento adequado.

Assim o tratamento dos efluentes industriais no empreendimento constitui-se das


seguintes unidades: caixa desarenadora, caixa separadora de óleo, caixa coletora de óleo e
caixa de inspeção.

6.1 Recomendações 
Não haverá a necessidade de contratação de funcionário específico para realizar as
rotinas operacionais e manutenção do sistema de tratamento de resíduos líquidos e sólidos,
cabendo a todo o quadro funcional seguir os seguintes itens de manutenção e boas práticas
de cada setor de trabalho:

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6.1.1 Sistema de drenagem oleosa  

 Os canaletes do piso de abastecimento, troca de óleo e lavagem veicular deverão


ser inspecionados diariamente a fim de se evitar obstruções por sólidos grosseiros
nos mesmos, prejudicando o escoamento até o decantador;
 É de fundamental importância que seja drenado o óleo do Separador de Água-Óleo,
coletado e disposto no tambor de coleta, ao início de cada dia de trabalho, pois
possivelmente, durante a noite não haverá movimentação de serviços, facilitando o
seu recolhimento já que o mesmo estará estagnado;
 O material sedimentado do decantador deverá ser coletado periodicamente e
disposto em tambor de armazenagem para ser encaminhado via empresa autorizada
ao destino adequado;
 Como medida de prevenção de entupimento ou acúmulo nas tubulações de entrada
dos sistemas de tratamento, deve-se proceder a limpeza do local com vara ou cabo
de aço periodicamente;
 Para toda a disposição do material graxo drenado do Separador de Água Óleo, bem
como para os resíduos sólidos gerados (material sedimentado e embalagens de
lubrificantes usadas) deverão ser arquivadas as notas fiscais de venda e ou frete
para gerenciamento, quantificação e comprovação dos destinos finais à SEMAD;
 Somente empresas que possuírem licença ambiental para o transporte de resíduos
(líquidos e sólidos) oriundos dos processos citados poderão ser contratadas para tal
prestação de serviço.

6.2 Manutenção e limpeza do Sistema de Tratamento de Efluentes Oleosos 
– STEO 
Recomenda-se que o empreendimento inspecione a caixa separadora, no máximo
de 2 em 2 dias, para verificar a presença de óleo e resíduos sólidos, os quais deverão ser
drenados (para módulo coletor de óleo) imediatamente e acondicionados para posterior
destinação, segundo a legislação ambiental vigente. Sempre que houver um derramamento,
o efluente oleoso deverá ser imediatamente coletado para evitar contaminação.

A manutenção das caixas separadoras deverá ser realizada por empresa licenciada
para o recolhimento, e o período de limpeza deverá ser a cada dois meses.

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6.3 Análise dos efluentes 
A realização de análises da caixa separadora de água e óleo tem o objetivo de
verificar suas condições de uso. Assim sendo, algumas etapas deste processo incluem:

 Avaliação das condições do equipamento de cumprir com suas funções de limpeza


e separação de óleo e detritos dos efluentes;
 Garantia de que a caixa está limpa e que as manutenções no aparelho sejam
realizadas de maneira periódica;
 A elaboração de pareceres que comprovam que o funcionamento da caixa se adequa
às leis de proteção do meio ambiente e de segurança das pessoas.

A tabela abaixo apresenta os parâmetros a serem monitorados e os respectivos


requisitos legais aplicáveis. Ressalta-se que os parâmetros propostos serão validados na
etapa da visita técnica.

Tabela 6: Matrizes, parâmetros e referências de comparação que compõem o escopo do plano de


monitoramento dos efluentes líquidos.
Frequência de
Matriz Parâmetro Referência Técnica
análise
pH, turbidez, DBO,
DQO, cor, óleos e
graxas, resíduos totais,
Efluente residual
sedimentáveis, fixos e CONAMA 430/2011 Semestral
tratado
voláteis, sólidos
suspensos, e
dissolvidos.

Tabela 7: Limites de quantificação para os métodos a serem analisados.


Parâmetros Unidade LQ Resolução Nº 430/2011
pH NA 1 a 13 entre 5,0 a 9,0
Surfactantes mg/L 0,01 ---
Demanda bioquímica de
oxigênio mgO2/L 2,00 60% de remoção
(DBO5 dias a 20°C)
Demanda química de
mgO2/L 5,0 ---
oxigênio (DQO)
Óleos e graxas totais mg óleos e graxas/L 0,10 ---
Oxigênio dissolvido mgO2/L 0,05 ---
Sólidos sedimentáveis mL/L 0,10 até 1 mL/L
Turbidez NTU 0,1 ---
Obs: o órgão ambiental poderá solicitar parâmetros adicionais.

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6.4 Plano de ação em não conformidade 

Após a realização das análises dos efluentes, caso seja constatada a não
conformidade de acordo com os limites de qualidade da Resolução CONAMA 430/11, o
empreendimento deverá revisar todo o conjunto separador para evitar que a água
contaminada seja encaminhada para o esgoto. Além disto, todo o sistema deverá ser
reavaliado e readequado, caso necessário.

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7 PROGRAMA DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS  
7.1 A respeito dos resíduos sólidos  

De acordo com a Lei nº 6938/1981 decretada pelo Congresso Nacional, poluição é a


degradação da qualidade ambiental, resultante de atividades humanas que, direta ou
indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem
condições adversas às atividades sociais e econômicas, afetem desfavoravelmente a biota,
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente ou lancem matérias ou
energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

De acordo com a Lei nº 12.493/1999 decretada pela Assembleia Legislativa do


Estado de Goiás, resíduo sólido é qualquer forma de matéria ou substância, no estado sólido
e semi-sólido, que resulte de atividade industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola,
de serviços, de varrição e de outras atividades da comunidade, capazes de causar poluição
ou contaminação ambiental.

A geração de resíduos sólidos deverá ser minimizada através da adoção de


processos de baixa geração de resíduos e da reutilização e/ou reciclagem de resíduos
sólidos, dando-se prioridade à reutilização e/ou reciclagem a despeito de outras formas de
tratamento e disposição final, exceto nos casos em que não exista tecnologia viável.

As atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, são responsáveis


pelo seu acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição
final, pelo passivo ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela
recuperação de áreas degradadas. Fica proibida a destinação final de resíduos sólidos
através de lançamento “in natura” a céu aberto, queima a céu aberto, lançamento em corpos
d’água, manguezais, terrenos baldios, redes públicas, poços e cacimbas e lançamento em
redes de drenagem de águas pluviais, de esgotos, de eletricidade e de telefone.

As atividades geradoras de quaisquer tipos de resíduos sólidos ficam obrigadas a


cadastrarem-se junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad), para fins de controle e inventário dos resíduos sólidos gerados no
Estado de Goiás.

A classificação dos resíduos envolve a identificação dos processos industriais que


lhes deram origem e das características de seus constituintes. Pelo Decreto Estadual nº
6674/2002, que regulamenta a Lei nº 12.493/1999, a classificação de resíduos no Estado de
Goiás considera os critérios estabelecidos na norma da ABNT – NBR 10.004/2004.

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A responsabilidade pela execução de medidas para prevenir e/ou corrigir a poluição


e/ou contaminação do meio ambiente decorrente de derramamento, vazamento, lançamento
e/ou disposição inadequada de resíduos sólidos é:

I - Da atividade geradora dos resíduos, quando a poluição e/ou contaminação


originar-se ou ocorrer em suas instalações;
II - Da atividade geradora de resíduos e da atividade transportadora, solidariamente,
quando a poluição e/ou contaminação originar-se ou ocorrer durante o transporte;
III - Da atividade geradora dos resíduos e da atividade executora de
acondicionamento, tratamento e/ou disposição final dos resíduos solidariamente,
quando a poluição e/ou contaminação ocorrer no local de acondicionamento, de
tratamento e/ou de disposição final.

7.2 Classificação dos resíduos sólidos  

A norma ABNT – NBR 10.004/2004 classifica os sólidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados
adequadamente. De acordo com esta norma, os resíduos são classificados em:

Classe I – Perigosos: resíduos que em função de suas características de


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade podem
apresentar risco à saúde pública e/ou apresentar efeitos adversos ao meio
ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma inadequada;

Classe II A – Não perigosos, não inertes: resíduos que não se enquadram na


Classe I ou na Classe II B. Podem ter propriedades, tais como: biodegrabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água;

Classe II B – Não perigosos, inertes: resíduos sólidos que submetidos a teste de


solubilização, não possuem nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, exceto: cor,
turbidez, dureza e sabor.

Alguns itens não são gerados durante o processo operacional, todavia, são passíveis
de serem gerados durante a manutenção dos equipamentos e por isso constam neste Plano
para que, se gerados, tenham o seu gerenciamento devidamente implantado.

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Tabela 8: Classificação dos resíduos sólidos gerados na empresa.


Tipo de Resíduo Resíduo Classe
Perigoso Areia e lodo de fundo da caixa de areia I
Perigoso Óleo drenado do separador água-óleo I
Perigoso Lâmpada I
Reciclável Outras embalagens (plástico) II B
Reciclável Resíduos de borracha II B
Reciclável Papel II B
Reciclável Metal II B
Orgânico Resíduos orgânicos (alimentos, banheiro, etc.) II A
Os resíduos sólidos listados na Tabela 1 que estiverem sujos ou contaminados com óleo serão obrigatoriamente
classificados como Classe I – Perigosos.

7.3 Identificação dos pontos de geração de resíduos sólidos  

Para haver um melhor gerenciamento dos resíduos gerados e minimizar sua geração,
faz-se necessária a rastreabilidade dos resíduos gerados.

Tabela 9: Fonte geradora de resíduos e tipos de resíduos gerados.


Fonte Geradora Tipo de Resíduo
Papel higiênico
Banheiro
Embalagem (produto de limpeza)
Lâmpada
Área de abastecimento
Material têxtil contaminado com óleo
Material têxtil contaminado, embalagens, filtros,
Área de Troca de óleo
resíduos oleosos
Material têxtil contaminado, embalagens, resíduos
Lavador Veicular
oleosos
Conveniência Embalagens e resíduos alimentícios

7.4 Quantificação dos resíduos sólidos gerados  

A Tabela 10 apresenta a estimativa da quantidade mensal de resíduos sólidos que


serão gerados na empresa, sendo que os quantificados como “eventual” não são gerados
normalmente pelo empreendimento.

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Tabela 10: Estimativa de geração dos resíduos sólidos.


Código (NBR Quantidade
Resíduo
10004/2004) mensal
D099 Material têxtil contaminado com óleo 20 kg
F037 Areia e lodo de fundo da caixa de areia 30 kg
F038 Óleo drenado do separador água-óleo 20 kg
A117/F044 Lâmpada Eventual
A007 Outras embalagens (plástico) 10 kg
A008 Resíduos de borracha 15 kg
A002 Papel 5 kg
A005 Metal 5 kg
Resíduos orgânicos (alimentos, banheiro,
A001 25 kg
etc.)

7.5 Segregação e medidas de minimização de geração  

A segregação dos resíduos tem como objetivo básico evitar a mistura de materiais
incompatíveis, contribuir para o aumento da qualidade dos resíduos que possam ser
recuperados ou reciclados e diminuir o volume de resíduos perigosos ou especiais a serem
tratados ou dispostos.

A Resolução CONAMA nº 275/2001 estabelece o código de cores para os diferentes


tipos de resíduos e está descrita na Tabela 11.

Tabela 11: Código de cores. (Fonte: CONAMA nº 275/2001).


Cor Material

Amarelo Metal

Azul Papel/ papelão

Branco Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde

Cinza Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado, não passível de separação

Laranja Resíduos perigosos

Marrom Resíduos orgânicos

Preto Madeira

Roxo Resíduos radioativos

Verde Vidro

Vermelho Plástico

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O objetivo da minimização é a prevenção da geração de resíduos na fonte geradora


através da eliminação ou da redução da quantidade de resíduos produzidos antes do resíduo
ser tratado, armazenado ou disposto no solo, incluindo também as atividades de reciclagem
que resultem em redução do volume total ou quantidade do resíduo gerado, redução da
toxicidade dos resíduos perigosos, ou ambos. Não estão incluídos entre as técnicas de
minimização os processos de tratamento, como a incineração ou a estabilização.

Entre as alternativas para tratamento ou redução dos resíduos sólidos, a reciclagem


é aquela que desperta maior interesse, principalmente por seu forte apelo ambiental. A
reciclagem tem por princípio a separação de materiais do lixo, tais como papéis, plásticos,
vidros e metais, com a finalidade de trazê-los de volta à indústria para serem beneficiados.
Esses materiais são novamente transformados em produtos comercializáveis no mercado
de consumo.

Este processo gera benefícios ambientais, tais como a economia de matérias-primas


não-renováveis, de energia nos processos produtivos e no transporte pela redução de
material que demanda o aterro. A reciclagem gera emprego e renda através de empresas
coletoras de resíduos e causa o aumento da vida útil dos aterros sanitários.

Vidro, papel, metal e plástico são materiais passivos de reciclagem, todavia nem
todos os resíduos com estes tipos de material podem ser reciclados.

7.5.1 Papel  

Papel de escritório é o nome comercial dado a uma variedade de produtos usados


em escritórios, incluindo papéis de carta, de copiadoras e impressoras, revistas e folhetos.
O lixo derivado do papel de escritório é formado por diferentes tipos de papéis, contendo
diferentes fibras e cores.

Os papéis para fins sanitários, papéis vegetais, parafinados, carbono, plastificados e


metalizados não são encaminhados para reciclagem.

7.5.2 Plástico  

Existem sete diferentes famílias de plásticos, que em alguns casos não são
compatíveis quimicamente entre si. Os vários tipos de polímeros precisam ser identificados
e separados para reciclagem, na maioria dos casos a classificação é feita por testes de
chama.

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Leve, resistente e prático, o plástico rígido é o material que compõe cerca de 77%
das embalagens plásticas no Brasil e é composto por PET, PEAD, PVC, PP e PS.

Todavia, produtos contaminados com fluidos químicos e biológicos ou de baixa


qualidade não são encaminhados para reciclagem.

7.5.3 Metal  

Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade


de conformação. Quanto à sua composição são classificados em ferrosos (aço e ferro
fundido) e não-ferrosos (alumínio, cobre, ligas metálicas, etc.).

A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução


do minério a metal. Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não-ferrosos,
devido ao maior valor de mercado, é muito grande a procura pela sucata de ferro e aço pelas
usinas siderúrgicas e fundições.

A sucata, ainda que oxidada, pode ser reciclada. A separação e identificação do tipo
de metal é feita por testes de chama, ou, no caso de metais ferrosos por eletroímãs,
entretanto, cuidado especial deve-se dar para o caso de contaminação com lixo orgânico ou
contato com fluidos químicos, biológicos ou tóxicos.

7.5.4 Vidro  

O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos à altas temperaturas e


resfriamento rápido da massa resultante até um estágio rígido, não cristalino. Um
procedimento comum do processo de produção é adicionar à mistura das matérias-primas,
cacos de vidro gerados internamente na fábrica ou adquiridos através de reciclagem,
reduzindo sensivelmente os custos de produção.

O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o processo de


fusão. Porém, os cacos encaminhados para reciclagem contendo pedaços de cristais,
espelhos, lâmpadas e vidro plano usado nos automóveis e na construção civil não podem
ser reciclados por terem composição química diferente, causando trincas e defeitos nas
embalagens.

7.5.5 Armazenamento dos Resíduos Sólidos  

A Tabela 12 apresenta o procedimento para o acondicionamento de cada resíduo


sólido gerado na empresa. Devido às características de periculosidade dos resíduos
perigosos gerados e também ao potencial de reciclagem de alguns resíduos não perigosos,

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a segregação dos resíduos torna-se necessária de modo a não contaminar os resíduos


passíveis de reciclagem e/ou reuso com os resíduos perigosos.

Tabela 12: Modo de acondicionamento para cada resíduo sólido gerado.


Resíduo Acondicionamento Local
Bacia de
Areia e lodo de fundo da caixa de areia Tambor
contenção
Óleo drenado do separador água-óleo Coletor de óleo SAO
Lâmpada Caixa de origem Central de resíduos
Outras embalagens (plástico) Saco plástico Central de resíduos
Resíduos de borracha Tambor Central de resíduos
Papel Saco plástico Central de resíduos

Metal Saco plástico Central de resíduos

Resíduos orgânicos (alimentos, banheiro, etc.) Saco plástico Central de resíduos

7.5.6 Coleta  

Deve ser efetuada por funcionários devidamente treinados e equipados com


materiais de proteção adequados ao tipo de resíduos (luva, bota) que recolherão. Tais
resíduos previamente selecionados nos pontos de geração deverão ser acondicionados.

7.5.7 Transporte Interno  

Após o recolhimento, será efetuado o transporte destes resíduos, manualmente (ou


por meio de carrinhos conforme o caso) até o local de armazenamento dos resíduos
existentes no empreendimento.

7.5.8 Acondicionamento  

Na central de resíduos deverá ser construída uma baia específica para cada um dos
resíduos gerados, devendo ser identificados conforme está indicado a seguir:

 Resíduos recicláveis;
 Resíduos orgânicos.

Qualquer resíduo sólido listado na Tabela 11 que estiver sujo ou contaminado com
óleo, deverá obrigatoriamente ser acondicionado e armazenado como Classe I – perigoso.

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7.6 Transporte externo e disposição final  

Periodicamente os resíduos armazenados na central de resíduos deverão ser


destinados para reuso e reciclagem ou para sua disposição final, conforme as possibilidades
tecnológicas para cada tipo de resíduo. A Tabela 13 apresenta a empresa responsável pelo
transporte dos resíduos e a disposição final de cada resíduo sólido gerado na empresa,
quando a mesma estiver em operação.

Os resíduos classificados como classe I (resíduos perigosos) somente podem ser


transportados por empresas que possuem licença de transporte junto a SEMAD e, em caso
de disposição em aterro industrial este também deverá possuir licença de operação junto a
SEMAD.

Resíduos inertes como papel, plástico e metal devem ter como prioridade de
disposição final a reciclagem. Caso no município não haja empresa ou cooperativa de coleta
e reciclagem destes materiais, sua disposição final deverá ser aterro sanitário.

Alguns resíduos gerados na unidade devem, por Lei, ser submetidos à logística
reversa, sendo as empresas que comercializam tais produtos responsáveis pela coleta, e as
empresas fabricantes e/ou produtoras responsáveis pela sua disposição final. Dentre os
resíduos gerados que se enquadram nesta exigência estão:

 Pneus inservíveis;
 Lâmpada fluorescente e/ou de vapor de mercúrio.

Engenheiro Responsável

Carlos Tolentino de Oliveira


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Tabela 13: Dados sobre o transporte externo e a disposição final dos resíduos a serem gerados.
Responsável
Período de
Tipo de Resíduo pelo Disposição Final
Recolhimento
Transporte

Embalagem de óleo Empresa


Mensal Não aplicado
lubrificante Contratada

Filtro de óleo, de ar e de Empresa


Mensal Não aplicado
combustível Contratada

Material têxtil Empresa


Mensal Incinerado
contaminado com óleo Contratada
Empesa especializada/
Empresa de
Óleo lubrificante usado Trimestral terceirizada
Reciclagem
(responsável)
Empesa especializada/
Areia e lodo de fundo da Empresa
Semestral terceirizada
caixa de areia Contratada
(responsável)
Empesa especializada/
Óleo drenado do separador Empresa
Mensal terceirizada
água-óleo Contratada
(responsável)
Logística
Lâmpada Anual Descontaminação
reversa
Outras embalagens Empresa
Semanal Reciclagem
(plástico) recicladora
Logística
Resíduos de borracha Anual Reciclagem
reversa

Empresa
Papel Semanal Reciclagem
recicladora

Empresa
Metal Semanal Reciclagem
recicladora

Resíduos orgânicos Própria


Semanal Aterro sanitário
(alimentos, banheiro, etc.) empresa

7.7 Observações  

A cada envio de resíduo perigoso, as notas fiscais de frete deverão ser arquivadas
para fins de controle gerencial e evidência à SEMAD – Secretaria Estadual do Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável, sobre o destino final. Somente empresas que possuem
licença ambiental para o transporte de resíduos sólidos oriundos dos processos
citados podem ser contratadas para tal prestação de serviço.

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8 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 

8.1 Introdução e Justificativa   
O Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais refere-se à avaliação das
consequências dos eventos inesperados, não planejados e indesejáveis, ou seja, os
acidentes. São nestes momentos que a população toma consciência dos riscos ambientais
impostos pela tecnologia moderna. Esta avaliação pode ser feita através de diferentes
Análises de Riscos: Ambiental (danos aos recursos naturais), Ecológico (danos aos
ecossistemas ou às espécies), Humano (riscos à saúde pública), tecnológico ou Material
(prejuízos materiais e danos à infraestrutura).

Uma das abordagens de risco bastante disseminada na área ambiental está


associada com a manipulação de substâncias químicas consideradas altamente perigosas,
presentes na atividade industrial, de armazenagem e nas diversas formas de transporte, com
predominância para o transporte por dutos. É possível estimar e avaliar o risco dessas
atividades, bem como propor formas de gerenciamento desse risco.

Este programa compreende processos relativos à identificação, análise e resposta,


para os riscos envolvidos num projeto. Inclui maximização dos resultados dos eventos
positivos e minimização das consequências dos eventos adversos.

8.2 Objetivos 

O principal objetivo deste programa é estabelecer uma sistemática para servir de


referência para o gerenciamento dos procedimentos internos da referida empresa, relativos
às suas atividades e instalações que são capazes de causar danos às pessoas e ao meio-
ambiente, em pontos internos e externos aos limites da unidade, em decorrência de
liberações acidentais de substâncias perigosas ou energia de forma descontrolada.

Constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma atividade


proposta ou existente, identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que
essa atividade representa para a população vizinha, ao meio ambiente e à própria empresa.
Os principais resultados de uma análise de riscos são a identificação de cenários de
acidentes, suas frequências esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis
consequências.

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8.3 Equipamentos e Sistemas 

O Programa de Gerenciamento de Risco envolve um melhor aproveitamento de todo


os componentes dentro Comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador
retalhista (T.R.R.), como ser humano, máquinas e equipamentos.

Podemos distribuir este aproveitamento dentro de sistemas e testes com finalidades


próprias:

 Sistema de Tratamento de Efluentes;


 Sistema de Monitoramento e Controle de Poluição;
 Teste de Integridade dos Sistemas de Armazenamento;
 Teste no Sistema de Armazenamento Aéreo de Combustível (SAAC) – Teste de
Estanqueidade;
 Teste da Linha de Sucção;
 Plano de Treinamento de Colaboradores.

8.3.1 Sistema de Tratamento de Efluentes 
 
Em todo o sistema de tratamento do comércio atacadista de combustíveis realizado
por transportador retalhista (T.R.R.) deverá ser coletado uma amostra do efluente tratado
para averiguação de análise de pH, turbidez, cor, óleo e graxas, resíduos totais, sólidos
suspensos e dissolvidos, sendo repassado ao órgão ambiental para que se façam as
análises. Cabe frisar que que o órgão ambiental poderá solicitar estudos adicionais, caso
necessário.

Na questão de óleos e graxas, de forma alguma estes poderão ser lançados no


sistema de captação de água, por isso foram construídas caixas desarenadoras, caixas
separadoras de óleo e caixa coletora de óleo, tendo a finalidade de reter os efluentes
prejudiciais.

No empreendimento, as caixas desarenadoras servem para a retenção de material


mais pesado, sendo conduzidos por canaletes específicos para esta finalidade.

Na caixa coletora de óleo, que tem a função específica de receber o óleo provindo da
caixa separadora de óleo, existe um recipiente que pode ser retirado e esvaziado o seu
conteúdo (óleo), posteriormente encaminhado para um tratamento adequado.

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Todo o empreendimento deverá conter planilhas mensais de controle de geração e


disposição de resíduos sólidos e oleosos, com a identificação do responsável técnico.

8.3.2 Sistema de Monitoramento e Controle de Poluição 

Os equipamentos elencados como obrigatórios pela resolução CEMAm n° 29 /2018


estão fielmente elencados abaixo. Tais dispositivos são de suma importância para assegurar
a qualidade ambiental e evitar aportes de poluentes no meio ambiente.

I - Sistema de controle e detecção automática de vazamentos de combustíveis


(monitoramento intersticial) em todos os tanques, que deverão ser de parede dupla;

II - Sistema de controle e detecção automática de vazamento de Gás Natural Veicular


(se for o caso);

III - Tubulações não metálicas para os trechos subterrâneos, de parede simples para
os sistemas de sucção, de parede dupla para sistemas de pressão e de aço-carbono para
os trechos aéreos;

IV - Monitoramento intersticial nas tubulações de pressão positiva;

V - Câmara de contenção nas unidades de filtragem (se for o caso), descargas de


combustíveis (se for o caso) e nas bombas;

VI - Câmara de acesso às bocas de visita dos tanques;

VII - válvula de retenção nas linhas de sucção;

VIII - Válvula antitransbordamento ou de boia flutuante;

IX - Dispositivo para descarga selada;

X - sistema de drenagem oleosa que abranja todas as áreas do empreendimento com


potencial de geração de efluentes oleosos - como pista de abastecimento, lavador de
veículos, troca de óleo, área de tancagem e de descarga de produtos -, devidamente
constituído das instalações e equipamentos necessários para a coleta e condução dos
efluentes e retenção dos resíduos sólidos sedimentáveis, devendo ser composto, no mínimo,
por pisos impermeáveis nas áreas de geração de águas residuárias oleosas, canaletas
metálicas, tubulações, caixa de areia, caixa separadora de água e óleo, reservatório
exclusivo para acumulação de óleo, caixa de amostragem e lançamento de efluentes;

XI - sistema separador de água e óleo de alvenaria, polietileno ou material


impermeável semelhante;

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XII - respiros dos tanques necessariamente localizados na área do empreendimento,


em local tecnicamente adequado e sem riscos e incômodos à vizinhança; e

XIII - pelo menos três poços de monitoramento do lençol freático.

8.3.3  Teste de Integridade dos Sistemas de Armazenamento 

Para a determinação da integridade dos sistemas de armazenamento de combustível


e suas respectivas linhas de distribuição, no empreendimento deverão ser executados testes
de estanqueidade com a periodicidade de acordo com o tipo de Sistema de Armazenamento
Aéreo de Combustível (SAAC) instalado.

8.3.4 Teste no Sistema de Armazenamento Aéreo de Combustível 

O Sistema mais utilizado no momento é feito através do teste de estanqueidade


eletrônico não destrutivo com a colocação de sondas robóticas autônomas no interior dos
tanques de armazenamento de combustíveis, medindo-se a parte com produto. É feita a
verificação das variações de temperatura e volume durante um período de aproximadamente
seis horas. Os resultados podem detectar vazamentos de até 0,05 galão/hora (equivalente
a 184 ml/hora) e tem confiabilidade atestada de 99,995% de acerto.

Os testes são executados permitindo que o operador utilize o tanque até o instante
da sonda, podendo-se executar o teste com um mínimo de 20% e máximo de 98% de volume
dentro do tanque.

Os testes também são feitos na parte seca do tanque, nas linhas de suspiro, tubos
de enchimentos à distância e recuperação de vapores. Neste caso consiste em um sistema
com a utilização a vácuo e microfonia com o qual se é capaz de detectar vazamentos ou
entradas de estanqueidade, ou com a utilização de hidrogênio medindo com isso sua perda
caso exista algum ponto de vazamento de combustível.

Apesar de tratar-se de um teste não volumétrico, a capacidade de detecção


corresponde a 368 ml/hora, com uma probabilidade de acerto de 99,0%.

Testes eletrônicos, Underfilled (Parte úmida) e Ullage (Parte seca) de estanqueidade


específicos e eficazes, são capazes de detectar vazamentos mínimos e com probabilidade
de acerto de 99,9%, com verificações efetuadas dentro do tanque através de sondas
robóticas em sua parte líquida, em sua parte seca e nas linhas de sucção.

   

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8.3.5 Teste da Linha de Sucção 

O teste presso-estático serve para a verificação da estanqueidade das linhas de


sucção e recalque na distribuição de combustível. É executado com a utilização de uma
bomba portátil à prova de explosão e controlada por um manômetro de escala adequada.
Devido ao baixíssimo volume a ser analisado e a grande rigidez das paredes da tubulação,
os efeitos da variação térmica da deformação dos tubos são desprezíveis. A probabilidade
de acerto baseada em dados estatísticos é maior que 98%.

8.4  Plano de Treinamento dos Funcionários 

Os funcionários do empreendimento deverão passar por treinamentos para o caso


de incidentes mais graves, com a frequência anual. Este procedimento pode ser
regulamentado através da NR20.

Deverão ser treinados para adquirirem a competência necessária ao bom andamento


do serviço, englobando não somente atividades necessárias como também na realização de
operação e manutenção dos equipamentos.

A montagem de uma equipe para pronta operação em caso de incidentes envolve


conseguir que os recursos humanos necessários sejam alocados para o cumprimento do
plano de respostas a incidentes.

8.4.1 Metodologia 

Como premissa, todos deverão estar disponíveis à resposta de incidentes nos


seguintes itens:

 Meio Ambiente – Deverá ser enfatizada a sua importância com palestras e aulas
práticas sobre a manutenção e operação dos equipamentos de controle de poluição.
Recomendamos que o treinamento ocorresse no próprio local e que a área do
entorno e a região seja considerada de explanação.

 Abastecimento de Combustível – Deverão ser mostrados todos os serviços do


empreendimento e relatado os pontos fracos em relação aos riscos potenciais e
pontos fortes em relação a medidas de segurança.

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 Recebimento de combustível e produtos a granel – deverá ser mostrado a todos


como proceder para o recebimento com segurança dos combustíveis. No treinamento
envolver-se-ão os colaboradores (mesmo os que não trabalham diretamente com as
bombas) quanto aos riscos envolvidos pela atividade. Promover a qualidade dos
servidores para com o cliente, estabelecer atividades ligadas as ações do meio
ambiente e segurança.

 Para procedimentos Operacionais – Todos os equipamentos existentes deverão ser


mostrados no local da instalação para os colaboradores. A razão da instalação de
cada equipamento citado tem o objetivo de deixar claro o seu uso, bem como a sua
manutenção. Deverá ser explicado o Plano Monitoramento e Controle Ambiental já
detalhado, apontando cada equipamento citado com o objetivo de proporcionar meios
para detecção de qualquer condição de alteração da qualidade do meio ambiente,
incluindo-se procedimentos contra derramamento, procedimentos contra
transbordamento e procedimentos contra vazamento.

8.4.2 Conteúdo do curso de treinamento para os funcionários 

 Identificação dos perigos do manuseio e armazenamento de combustíveis;


 Informações toxicológicas dos combustíveis;
 Parâmetros de controle e proteção individual (EPI’s) dos combustíveis para cada
operador;
 Medidas de primeiros socorros para todos os funcionários - simulação de acidente;
 Frases de risco;
 Uso e importância de equipamentos de proteção individual EPI’s;
 Responsabilidades de todos na prevenção de acidentes;
 Resíduos Sólidos;
 Programas de treinamento e educação ambiental na área de coleta seletiva de
resíduos;
 Incentivar os funcionários quando da separação dos resíduos de papel, a serem
recolhidos por catadores, e também saber que é facilmente reutilizado nos
estabelecimentos.

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8.4.3 Responsabilidade 

A responsabilidade pela execução e acompanhamento do PGR será do próprio


empreendimento, podendo este contratar, sob sua supervisão, uma instituição ou empresa
para ministrar estes cursos. A implantação da NR 20 no empreendimento poderá ser aceita
pelo programa desde que atenda aos requisitos mínimos aqui proposto.

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9 EQUIPE TÉCNICA 
Este Plano de Controle Ambiental foi conduzido pelo departamento técnico da
empresa Engpetro Soluções Ambientais., CNPJ 14.276.728/0001-14, situada na Quinta
Avenida, nº 235 – Setor Leste Universitário - Goiânia-GO, pelo seguinte profissional listado
abaixo:

Tabela 14: Responsável técnico.


NOME FORMAÇÃO CREA
Engenheiro Ambiental /
Carlos Tolentino de Oliveira CREA 14.400 D-GO
Segurança do trabalho

Santa Helena de Goiás, 22 de setembro de 2021.

______________________________________________________________
RT.: Carlos Tolentino de Oliveira 
Engenheiro Ambiental / Segurança do trabalho 
CREA 14.400 D‐GO 

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10 BIBLIOGRAFIA 
[1] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1993. Projeto, construção e
operação de tanques sépticos. NBR 7229. Rio de Janeiro.
[2] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1997. Tanques sépticos – Unidade
de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos: projeto,
construção e operação. NBR 13969. Rio de Janeiro.
[3] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1999. Sistemas Prediais de
Esgoto Sanitário: Projeto e Execução. NBR 8160. Rio de Janeiro.
[4] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2000. Armazenagem de líquidos
inflamáveis e combustíveis – Parte 1: armazenagem em tanques estacionários. NBR
7505-1. Rio de Janeiro.
[5] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004. Resíduos Sólidos –
Classificação. NBR 10004. Rio de Janeiro.
[6] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2010. Postos de Serviço – Sistema
de Drenagem Oleosa. NBR 14605-2. Rio de Janeiro.
[7] SEMAD - Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 2011. Dispõe
sobre o licenciamento ambiental, estabelece condições e critérios para Postos de
combustíveis e/ou Sistemas Retalhistas de Combustíveis. Resolução nº 021.
[8] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2000. Estabelece diretrizes para o
licenciamento ambiental de postos de combustíveis e serviços e dispõe sobre a
prevenção e o controle da poluição. Resolução nº273. Brasília.
[9] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2001. Estabelece código de cores
para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Resolução nº 275. Brasília.
[10] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2002. Dispõe sobre o Inventário
Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Resolução nº 313.
Brasília.
[11] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2005. Dispõe sobre o recolhimento,
coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. Resolução nº 362.
Brasília.
[12] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2009. Dispõe sobre a prevenção à
degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação
ambientalmente adequada, e dá outras providências. Resolução nº 416. Brasília.
[13] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2011. Dispõe sobre as condições
e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº
357/2005. Resolução nº 430. Brasília.

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[14] NBR 10151, "Acústica -Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da
comunidade -Procedimento" da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas.
[15] Resolução CONAMA Nº 001, de 08 de março de 1990.

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11 ANEXOS 

I. Cronograma de Ações e Medidas Ambientais;


II. Planilha de Controle de Resíduos;
III. Anotação de Responsabilidade Técnica.

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ANEXO I - CRONOGRAMA DE AÇÕES E MEDIDAS


AMBIENTAIS

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CRONOGRAMA DE AÇÃO E MEDIDAS AMBIENTAIS


ÁREA AÇÃO FREQUÊNCIA
Manutenção Diariamente
Pista de abastecimento Limpeza Diariamente
Desobstrução dos canaletes Diariamente
Inspeção da caixa separadora A cada 2 dias
Sistema de Tratamento de Limpeza e manutenção Bimestral
Efluentes Semestral
Análise dos efluentes tratados
(junho / dezembro)
Teste de Estanqueidade A cada 2 anos
Sistema de Armazenamento Limpeza dos Sumps de
A cada 2 dias
Aérea de Combustíveis – descarga
SAAC Análise de água dos poços de Semestral
monitoramentos (BTEX/PAH) (junho / dezembro)
Recolhimento do óleo
A cada 2 meses
lubrificante usado
Recolhimento dos filtros e
Troca de Óleo A cada 2 meses
estopas contaminadas
Recolhimento das embalagens
A cada 2 meses
de óleo usadas
Cadastro Técnico Federal /
IBAMA Até 31 de março
Certificado de Regularidade
Inventario de Resíduos
Até 31 de março
Sólidos
Relatório de desempenho Semestral
SEMAD
ambiental (junho / dezembro)
Investigação do Passivo
A cada 2 anos
Ambiental Confirmatório

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ANEXO II - PLANILHA DE CONTROLE DE RESÍDUOS

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PLANILHA DE CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

EMPRESA
CLASSE
Nº DE TIPO DO QUANTIDADE RESPONSAVEL
(NBR DATA NOTA FISCAL
ORDEM RESÍDUO GERADA PELA
10004)
DESTINAÇÃO

Obs.: Todos os resíduos que serão gerados no empreendimento deverão ser anotados na
planilha e anexado cópias para a inclusão no Cadastro Técnico Federal e Inventário de
resíduos Sólidos.

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PLANILHA DE COMPROVANTES DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS


SÓLIDOS

EMPRESA RECEPTORA DOS Nº DA LICENÇA TIPO DO


TRATAMENTO
RESÍDUOS AMBIENTAL RESÍDUO

Obs.: Todos os resíduos que serão gerados no empreendimento deverão ser anotados na
planilha e anexado cópias para a inclusão no Cadastro Técnico Federal e Inventário de
resíduos Sólidos.

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ANEXO III - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE


TÉCNICA

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24/09/2021 18:34 Anotação de Responsabilidade Técnica ART - Lei 6.496/1977, Res. 1025/2009

ART Obra ou serviço


CREA-GO
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART
Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 1020210211757
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás
1. Responsável Técnico
CARLOS TOLENTINO DE OLIVEIRA RNP: 1002388783
Título profissional: Engenheiro Ambiental , Engenheiro de Seguranca do Trabalho Registro: 14400/D-GO
2. Dados do Contrato
Contratante: PACTUAL COMBUSTIVEIS LTDA CPF/CNPJ: 19.192.957/0001-05
Bairro: PARQUE INDUSTRIAL
Rua R ONIAS JOSE BORGES, Nº 1995 IPEGUARY CEP: 75920-000
Quadra: 01
Lote: 02 Complemento: Cidade: Santa Helena de Goias-GO
E-Mail: Fone: (62)3922-5470
Contrato: 0 Celebrado em: 22/09/2021 Valor Obra/Serviço R$: 1.000,00
Tipo de contratante: Pessoa Jurídica de Direito Privado
Ação institucional: Nenhuma/Não Aplicável
3. Dados da Obra/Serviço
Bairro: PARQUE INDUSTRIAL
Rua PACTUAL COMBUSTIVEIS LTDA, Nº 1995 CEP: 75920-000
IPEGUARY
Quadra: 01
Lote: 02 Complemento: Cidade: Santa Helena de Goias-GO
Data de Inicio: 22/09/2021 Previsão término: 22/09/2021 Coordenadas Geográficas: -17.797175,-50.5549719
Finalidade: Ambiental
Proprietário: PACTUAL COMBUSTIVEIS LTDA CPF/CNPJ: 19.192.957/0001-05
Tipo de proprietário: Pessoa
E-Mail: Fone: (62) 3922-5470
Jurídica de Direito Privado
4. Atividade Técnica
ATUACAO Quantidade Unidade
PLANEJAMENTO PCA 1,00 UNIDADES
O registro da A.R.T. não obriga ao CREA-GO a emitir a Certidão de Acervo Técnico (C.A.T.), a confecção e emissão do
documento apenas ocorrerá se as atividades declaradas na A.R.T. forem condizentes com as atribuições do Profissional.
As
informações constantes desta ART são de responsabilidade do(a) profissional. Este documento poderá, a qualquer tempo, ter
seus dados, preenchimento e atribuições
profissionais conferidos pelo CREA-GO.
Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta
ART
5. Observações
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PARA PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
6. Declarações
Acessibilidade: Não: Declaro que as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no Decreto nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004, não se aplicam às atividades profissionais acima relacionadas.
7. Entidade de Classe 9. Informações
NENHUMA - A ART é válida somente após a conferência e o CREA-GO receber a
informação do PAGAMENTO PELO BANCO.
8. Assinaturas

- A autenticidade deste documento pode ser verificada no site


Declaro serem verdadeiras as informações acima www.creago.org.br.

- A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do


profissional e do contratante com o objetivo de documentar o vínculo
__________________, ____ de _____________ de _____ contratual.
Local                                                       Data - Não é mais
necessário enviar o documento original para o CREA-GO. O
CREA-GO não mais afixará carimbo na nova ART.

__________________________________________________
CARLOS TOLENTINO DE OLIVEIRA - CPF: 278.001.131-91

__________________________________________________

PACTUAL COMBUSTIVEIS LTDA - CPF/CNPJ: 19.192.957/0001-05

www.creago.org.br   [email protected]
Tel: (62) 3221-6200  
Valor da ART: Registrada em Valor Pago Nosso Numero Situação Não possui Não Possui
88,78 23/09/2021 R$ 88,78

28320690121210519

Registrada/OK Livro de Ordem CAT

https://www3.crea-go.org.br/art1025/funcoes/form_impressao.php?NUMERO_DA_ART=1020210211757 1/1

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