TCC O Afeto Como Caminho para A Inclusão Escolar 1
TCC O Afeto Como Caminho para A Inclusão Escolar 1
TCC O Afeto Como Caminho para A Inclusão Escolar 1
RESUMO
Este artigo de afetividade para efeito de inclusão escolar é o mesmo que tocar em
feridas não fechadas, é um grande desafio a ser enfrentado por professores, alunos
e sociedade em geral. As emoções precisam fluir para que vínculos sejam
construídos e com isso facilitem o desejo de frequentar a escola, por crianças que
tenham dificuldade de aprender e que tenha alguma deficiência cognitiva. O
aprender se torna mais estimulante quando é propiciado um ambiente acolhedor,
afetivo e apaixonante, fazendo com que as crianças com esse tipo de déficit se
sintam protegida, acolhida, amada nas suas diferenças e se abrem a um processo
de querer e desejar mais explícito e confiante. Afeto – do latin affectus, designa o
conjunto de atos ou de atitudes como a bondade, a benevolência, a inclinação, a
devoção, a proteção, o apego, a gratidão, a ternura levando as relações por um
caminho benéfico de apego afetivo e de confiança propiciando um novo modo de
aprender e ressignificar o saber. Quando se usa a afetividade, a amorosidade e o
respeito, aqui especificamente, por crianças com deficiência cognitiva, o aprender
floresce e o caminho torna-se mais leve e menos árduo, fazendo com que haja
inclusão e permanência na escola.
ABSTRACT
This affectivity article for the purpose of school inclusion is the same as touching
unclosed wounds, it is a great challenge to be faced by teachers, students and
society in general. Emotions need to flow so that bonds are built and thus facilitate
the desire to attend school, by children who have difficulty learning and who have
some cognitive impairment. Learning becomes more stimulating when a welcoming,
affectionate and passionate environment is provided, making children with this type
of deficit feel protected, welcomed, loved in their differences and open to a process
of wanting and desiring more explicit and trusting. Affection – from the Latin affectus,
designates the set of acts or attitudes such as kindness, benevolence, inclination,
devotion, protection, attachment, gratitude, tenderness, leading relationships along a
beneficial path of affective attachment and trust providing a new way of learning and
giving new meaning to knowledge. When affection, love and respect are used,
specifically for children with cognitive disabilities, learning flourishes and the path
becomes lighter and less arduous, ensuring inclusion and permanence in school.
1 INTRODUÇÃO
O ser humano, por si só, é movido por emoções, sejam elas, positivas ou
negativas. Mas o que é afetividade? Por que a afetividade possibilita incluir
pessoas? O que ocorre, quando escolas limitam, mesmo sem se dar conta, a
interação de crianças com deficiência cognitiva com outras crianças, ditas
“normais”? Para tanto é necessário ter a compreensão do termo tão utilizado e
pouco respeitado que é a inclusão. Inclusão é o ato de incluir, acrescentar, não só
no ambiente escolar, mas, em diversos lugares e formas. Este artigo se limitará à
importância da inserção de crianças com deficiência cognitiva, na vida escolar, a
partir da prática da afetividade.
Entende-se por inclusão escolar o processo em que se amplia a participação
de todos os alunos no ensino regular atendendo à diversidade dos mesmos. Soler
(2005) explicita que é uma abordagem, a qual percebe o sujeito e suas
singularidades, tendo como objetivos o crescimento, desenvolvimento e a inserção
social de todos.
Identificar as fragilidades vivenciadas, dar importância à presença da criança
no ambiente escolar, criar vínculo com afeto, fazer algo inovador para que
permaneçam na escola. Incluir requer considerar peculiaridades, considerar o
cruzamento de culturas, requer olhar a singularidade de cada um dentro da
diversidade, olhar a parte no todo e o todo na parte. Implica, ainda, considerar as
crenças, mitos e valores de cada um, bem como considerar as emoções envolvidas
nas relações estabelecidas no cotidiano.
Mas e a afetividade, como ela se torna essência da inclusão? Procurar
entender sobre a afetividade, como qualidade de ser afetivo; aquele que tem afeto
por algo ou alguém. Afeto – do latin affectus, designa o conjunto de atos ou de
atitudes como a bondade, a benevolência, a inclinação, a devoção, a proteção, o
apego, a gratidão, a ternura etc., que no seu todo podem ser caracterizados como a
situação em que a pessoa “preocupa-se com” ou “cuida de” outra pessoa em que
esta responde, positivamente, aos cuidados ou à preocupação de que foi objeto,
(ABBAGNANO, 2000, p. 21). Que perfeição este conceito, abrange o intangível, o
abstrato, mas também impacta na condição de fazer o outro importante, de se sentir
visto, cuidado, presente, e porque não dizer, amado?
O afeto determina caminhos fundamentados na amorosidade, fazendo com
que a criança, que tenha deficiência cognitiva, se sinta capaz de absorver saberes,
mesmo com suas limitações.
3 CONCLUSÃO
A inclusão de crianças com deficiência cognitiva é possível, desde que seja
desenvolvida a afetividade, o respeito às diferenças e à amorosidade. Pode-se fazer
movimentos de inclusão pelo afeto para que cada vez mais as relações sejam
estreitadas e a partir disso, venha de fato, favorecer a inclusão tão almejada e
desejada por tantos.
Essa importância da relação com o outro no desenvolvimento cognitivo é
fundamental para que o sujeito não se sinta em isolamento, afastado ou distante de
determinado grupo de sua convivência, pois naturalmente sente a devida
necessidade em ser aceito.
Os abismos sociais devem deixar de existir, principalmente no que toca à
questão da inserção de crianças no ambiente escolar que possuam algum tipo de
deficiência. Mas quando se tratar, de dificuldade de aprender, por possuir deficiência
cognitiva, é necessário desenvolver uma rede de afeto, de ética e respeito, construir
pontes em vez de muros, incluir no coração, na memória, na sala de aula, no
cinema, na igreja, em casa. Criar relações de afeto e afetar o outro com o melhor
que se pode ofertar, pois a semeadura é o que vai determinar a colheita. Vale apena
incluir, fazer o outro importante e feliz. A inclusão, quer seja de que forma, é um
sonho possível.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d'água. 2001.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. ISBN
978-85-7753-220-9.
SOLER, Reinaldo. Educação física inclusiva: em busca de uma escola plural. Rio
de Janeiro: Sprint, 2005.