Projeto de Pesquisa Pronto (Correto e Certo)
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Projeto de Pesquisa Pronto (Correto e Certo)
Novo Hamburgo
2021
SUMÁRIO
1 TEMA.................................................................................................................................03
2 PROBLEMA......................................................................................................................03
3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................03
4 HIPÓTESES......................................................................................................................03
5 OBJETIVOS.......................................................................................................................04
5.1 GERAL............................................................................................................................04
5.2 ESPECÍFICOS................................................................................................................04
6 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................04
8 METODOLOGIA DA PESQUISA..................................................................................11
9 CRONOGRAMA..............................................................................................................11
10 REFERÊNCIAS...............................................................................................................13
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1 TEMA
2 PROBLEMA
3 JUSTIFICATIVA
4 HIPÓTESES
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O uso de plantas medicinais presentes no Rio Grande do Sul tem potencial para atuar
como uma excelente ferramenta adjunta no tratamento doenças crônicas não transmissíveis
O uso de plantas medicinais presentes no Rio Grande do Sul se não utilizados da
forma correta e indicada pode ocasionar danos à saúde do portador da doença crônica.
5 OBJETIVOS
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O uso de plantas e ervas como aliadas ao tratamento de doenças é uma prática que
data desde 2000 a.C no Egito, onde um grande número de curandeiros já faziam uso das
propriedades destas plantas para tratar de seu povo. Entretanto, a fitoterapia muito evoluiu de
lá para cá e passou de sua forma mais rudimentar para formas farmacêuticas mais
sofisticadas, devido aos inúmeros ensaios clínicos e pesquisas em torno do assunto.
Explicando o conceito de fitoterapia de forma sucinta, podemos dizer que é a prática de usar
plantas medicinais para tratar determinados tipos de doenças (FARMÁCIA ESCOLA SÃO
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CAMILO, 2010). Hoje em dia, muitos são os que procuram a fitoterapia como alternativa de
tratar suas doenças, devido ao fato de este tipo de tratamento ser de fácil acesso e com o custo
bem mais baixo do que tratamentos medicamentosos. Contudo, esses indivíduos geralmente
não consultam nenhum especialista ou estudioso a fim de verificar quais as plantas indicadas
ou até mesmo a dosagem adequada. Esta desinformação pode resultar em grandes
consequências, desde alergias, até distúrbios cardiovasculares, respiratórios, metabólicos,
gastrintestinais, neurológicos e em alguns casos levar a óbito.
Os tratamentos fitoterápicos também são alternativas frequentes adotadas por
pacientes portadores de doenças crônicas. Doenças essas que para Smeltzer e Bare (1998)
são definidas por exigirem tratamento a longo prazo, chegando a durar uma vida inteira, visto
que em sua grande maioria não há cura. Sobre as doenças que pertencem ao caráter crônico
podemos afirmar que:
Desde o ano de 2007, o Brasil vem enfrentando uma rápida transição demográfica que
produziu uma pirâmide populacional composta majoritariamente por adultos e idosos. Além
disso, o crescimento da renda, a industrialização e mecanização da produção, a facilidade de
acesso a alimentos em geral, principalmente alimentos processados, e a dispersão de hábitos
não saudáveis produziram rápida transição nutricional, expondo a população a um maior
risco de desenvolvimento doenças crônicas. Segundo dados do IBGE (2016): “45% dos
brasileiros possuem pelo menos uma doença crônica não transmissível e as principais
doenças referidas como causa de morte acima de 60 anos são: doenças osteomusculares,
hipertensão, doenças cardíacas, depressão e doenças metabólicas”. Este dado alarmante abre
espaço para que sejam investigados outros tratamentos, além dos farmacológicos e que sejam
acessíveis a esta população portadora de doenças crônicas. O presente trabalho concentrará
sua análise em apenas três doenças crônicas não transmissíveis: Diabetes mellitus,
hipertensão arterial e dislipidemias.
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presente nas matas dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nesta pesquisa, será
avaliado os efeitos da Bauhinia forficata em relação a Diabete tipo 2.
A planta “pata-de-vaca” possui como principal utilidade terapêutica a redução da
glicose presente no plasma sanguíneo de portadores de diabetes. Na realidade, esta
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propriedade advém do fato de que nesta espécie há uma grande quantidade do cátion 𝐶𝑟 ,
responsável por ativar o GTF (Glucose Tolerance Factor), que facilita a entrada de moléculas
de glicose pela membrana plasmática celular. (KREMER e FILHO, 2008, p.28). Com uma
maior quantidade de glicose entrando na célula, mais rápido estas moléculas vão se
transformando em energia ( em formato de ATP) dentro da mitocôndria celular. A
suplementação de pacientes diabéticos com Cromo demonstrou que o uso de medicamentos
hipoglicemiantes podem ser reduzidos, e alguns poucos casos, até substituí-los. (MODESTO,
1998)
Para a realização de prática fitoterápica com esta planta é indicado o preparo de uma
infusão com as folhas da pata-de-vaca. O preparo desta infusão deve ser feito com uma
quantidade adequada que é citada na pesquisa de Kremer e Filho (2008):
Para preparar o chá deve-se utilizar: 2 xícaras (café) ou 20 gramas de folha seca de
pata-de-vaca e um litro de água fervente. Modo de fazer: Colocar a planta em um
recipiente e sobre ela despejar água em início de ebulição, abafar e deixar em
repouso por no mínimo 10 minutos e coar antes de usar. É importante abafar,
principalmente quando se utilizam folhas e flores, para evitar que percam suas
propriedades medicinais. O chá deve ser utilizado da seguinte forma: Tomar 1
xícara (chá) 3 vezes/dia, 30 min após as refeições. “(KREMER e FILHO, 2008,
p.29)
Evidências sugerem que a lesão celular oxidativa causada pelos radicais livres
contribuem para o desenvolvimento das complicações no diabetes tipo 1 (DM1) e a
diminuição das defesas antioxidantes (enzimáticas e não-enzimáticas) parecem
correlacionar-se com a gravidade das alterações patológicas no DM1.
(SEPÚLVEDA, et al., 2008).
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De acordo com uma meta-análise realizada por Wang, J. Yang, Qin, & X.-J. Yang
(2015), o alho também possui a capacidade de inibir as Enzimas Conversoras de
Angiotensina (ECAs), reduzindo a pressão alta. Isto é relevante devido ao fato de que o alho
acaba bloqueando os efeitos da angiotensina II, hormônio que provoca o fenômeno de
vasoconstrição, ou seja, a contração de vasos sanguíneos. Assim, com esse bloqueio ocorre o
relaxamento dos vasos sanguíneos, ocasionando redução da pressão arterial.
Na revisão sistemática realizada por Wang et al. (2015) a dose inicial de 480 mg de
alho não provocou uma redução significativa da pressão arterial. Contudo, os pesquisadores
decidiram aumentar a dose para 1000mg resultando no que foi citado na análise abaixo do
estudo:
Na revisão sistemática de Xiong et al. (2015) foi relatado que processados de alho
em cápsula reduziu significativamente a pressão arterial por uma média de 8,77
mmHg, depois de apenas duas semanas (P < 0,01) e uma média de 8,05 mmHg após
8 semanas (P < 0,01), na qual concluiu-se que consumir 1000mg de alhos
processados em cápsulas durante 8 semanas pode significativamente reduzir a
pressão arterial em pacientes hipertensos. (DA SILVA et al., 2021, p.9)
Nesta pesquisa, também houve a análise de doenças crônicas dislipidemicas que como
aponta Ribeiro, Cademartori e Rocha (2016, p.12): “As dislipidemias são caracterizadas por
distúrbios no metabolismo dos lipídeos. Estão diretamente relacionadas ao fator de risco de
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, sendo esta uma das principais causas de
mortalidade em adultos.”. Estas doenças estão intimamente ligadas à produção excessiva de
lipoproteínas de baixa densidade (LDL) pelo nosso corpo, visto que por serem menos densas
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que o sangue da corrente sanguínea, resultam em um acúmulo de gordura nas veias e artérias,
bloqueiam a passagem de sangue pelo corpo dificultando sua oxigenação, resultando em
doenças cardiovasculares, como infarto e o conhecido acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, o excesso de triglicerídeos, adquirido através da alimentação, também contribui
para o aparecimento de certas doenças cardiovasculares e atuam da mesma forma que o LDL,
obstruindo as passagens sanguíneas.
No Estado do Rio Grande do Sul, a incidência de dislipidemias é alta devido ao fato
de principalmente nas regiões fronteiriças existir uma cultura muito forte de consumo de
alimentos gordurosos, resultando em uma população mais suscetível a doenças vasculares.
(RIBEIRO, CADEMARTORI e ROCHA, 2016, p.12). Isto demonstra a necessidade de
olharmos para esta doença e pensarmos se há vantagem e necessidade em fazermos uso de
alternativas fitoterápicas, além do uso da terapia medicamentosa.
A partir da constatação de que plantas poderiam auxiliar no controle da produção do
colesterol LDL na corrente sanguínea, listou-se determinadas espécies que serão descritas ao
longo da presente pesquisa. Inicia-se com uma das mais potentes plantas, a Cynara scolymus,
mais popularmente conhecida como alcachofra. Apesar de ser originária do Mediterrâneo e
do norte da África, a alcachofra é amplamente produzida na região sul do Brasil entre os
meses de fevereiro e maio, tornando o acesso à planta aos pacientes dislipidemicos fácil.
(BOTSARIS e ALVES, 2008, p.52).
O extrato seco de alcachofra possui a capacidade de inibir a biossíntese de colesterol
hepático, ou seja, a produção dessas gorduras e seu depósito no fígado, além de impossibilitar
a oxidação do LDL. Os responsáveis por estes fenômenos são os polifenóis e flavonoides que
são moléculas com uma grande potência antioxidante e são os principais constituintes da
alcachofra (BOTSARIS e ALVES, 2008, p.54). Estas propriedades antioxidantes permitem a
prevenção da oxidação do LDL (Low density lipoprotein), visto que quando oxidado a
lipoproteína perde elétrons e se torna um radical livre que pode provocar doenças como
aterosclerose, o acúmulo de gordura nas artérias e a hipercolesterolemia genética, ou seja,
alto nível de colesterol no corpo.
Um estudo Alemão comprovou a eficácia da utilização do extrato seco de alcachofra
Cynara scolymus na diminuição do LDL e também na diminuição do colesterol total como
demonstrado a seguir:
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crônicas não transmissíveis citadas acima. Contudo, ainda há de ser feito mais pesquisas em
relação a esse tópico, uma vez que, algumas das plantas citadas possuem efeitos adversos que
talvez não compensam o tratamento. Além disso, a dosagem e a forma de consumo de cada
planta varia bastante de literatura para literatura, trazendo uma grande incerteza com relação
ao modo correto de uso de tratamentos fitoterápicos. Logo, não devemos descartar a
fitoterapia como um potencial ajudante no tratamento de doenças crônicas, mas ainda há a
necessidade de mais estudos serem conduzidos.
7 METODOLOGIA
No tocante ao objetivo de estudo, este projeto tem o intuito de, através da coleta de dados de
pesquisas previamente já realizadas, avaliar o efeito de determinadas plantas medicinais em
relação às doenças crônicas que o presente estudo investiga, por isso se enquadra em um
estudo de casos múltiplos. Desta forma, as fontes de informação e dados são de livros e
revistas online que possuem informações relacionadas à temática examinada. Ademais, os
materiais consultados foram em sua grande maioria dissertações ou teses de alunos de
universidades, além da utilização de alguns artigos científicos publicados em sites renomados
como o The U.S. National Library of Medicine. Para a consulta destes materiais também
utilizei de algumas palavras chaves como: Fitoterapia; plantas medicinais; doenças crônicas
não transmissíveis; estresse oxidativo e outras mais.
8 CRONOGRAMA
Atividade Set/20 Out/20 Nov/20 Dez/2 Mar/21 Abr/ Mai/2 Jun/ Jul/21 Ago/ Nov
0 21 1 21 21 /21
Início do X
projeto
12
Delimitação X
do tema
Elaboração X X X X X X X
do
pré-projeto
Pesquisa e X X X X X X X X
entrega das
listas das
plantas a
orientadora
Coleta e X X X X
análise de
dados
bibliográfico
s adicionais
Envio do X
projeto a FIP
Fim da X
vigência da
bolsa
Apresentaçã X
o na FIP
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