Comunicação Não Violenta v2
Comunicação Não Violenta v2
Comunicação Não Violenta v2
não-violenta em
Sala de aula
Introdução
Na sociedade em que vivemos, a violência é evidente. Ela pode interferir nos nossos
relacionamentos, pode ocorrer em nosso meio de trabalho, pode ser disseminada nas
redes sociais ou mesmo pode acabar causando divisões inexistentes. No entanto, nós realmente
precisamos conviver com ela?
Sentimento
Precisamos falar como nos sentimos, e isso pode ser mais complicado do que parece. Na
verdade, nós não estamos acostumados a expressar nossos sentimentos de maneira clara por
diversos motivos. Seja por medo da exposição ou por qualquer outro.
Necessidade
Devemos ter a consciência de que o que os outros fazem ou dizem pode ser um estímulo, mas
nunca a causa de nossos sentimentos. Os nossos sentimentos são resultado de como recebemos
as ações alheias.
Para isso, a CNV propõe que escutemos os nossos próprios sentimentos e necessidades ou
os sentimentos e necessidades dos outros. Quais são os desejos, expectativas, esperanças e
necessidades que não foram atendidos, mas a pessoa necessita que sejam?
A partir do momento em que as pessoas começam a identificar e conversar sobre o que de fato
precisam, de forma clara e desassociada de culpa e julgamento, é mais provável que comecem
a trabalhar em maneiras de solucionar problemas e atender suas necessidades.
Pedido
Após identificarmos uma necessidade, nós podemos realizar um pedido que enriqueça nossas
vidas. Um pedido não pode ser confundido com uma exigência. Por exemplo:
Quando dizemos “nós ficamos tristes porque você tira notas ruins na escola”, como seria possível
transformar essa necessidade em um pedido claro? Que tal “Nós reparamos que as suas notas
na escola não estão muito boas. Você poderia nos dizer se existe algum problema que está
afetando o seu desempenho escolar?”
Comunicação não-violenta x permissividade
Por mais que o uso da CNV nos leve a compreender os outros, é importante não confundi-la
com a permissividade. É importante intervirmos em situações de conflito ou de comportamento
perturbador. Em um ambiente escolar, com práticas como o bullying e, por vezes, até mesmo
onde agressões físicas ocorrem, a intervenção é ainda mais importante.
Ela pegou duas maçãs idênticas e, antes de entrar em sala, sem que as crianças vissem,
bateu com uma delas levemente no chão. Dentro de sala, falou mal da que foi batida no
chão, elogiando a outra. Em seguida, pediu para os alunos fazerem o mesmo.
Ao final, cortou as maçãs ao meio e mostrou como a que foi hostilizada estava machucada
e apodrecida, enquanto a outra estava intacta. A metáfora foi: “é assim que o seu colega se
sente quando você zomba dele”.
Um deles será cuidado com as dosagens necessárias de luz solar e água, e o outro ficará
esquecido em um lugar escuro. Mostre que o broto que teve suas necessidades atendidas
cresceu forte e saudável, mas o outro não conseguiu prosperar.
Explique que, assim como os brotos, todos nós temos necessidades e que elas são essenciais
para o nosso desenvolvimento. Entender as nossas necessidades e a dos outros é importante
para todos.
Conclusão
A Comunicação Não-Violenta é, em essência, uma forma de nos conectarmos com os outros
e de os respeitarmos independente de quem sejam. Ensinar esse entendimento ainda na
infância certamente fará com que as crianças se relacionem melhor no presente e também que
carreguem essa compreensão para o futuro. Vamos começar desde já? =)
A Comunicação
não-violenta tem tudo a ver
com inteligência emocional.
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