Projecto de Monografia Tomateiro. Versao Final
Projecto de Monografia Tomateiro. Versao Final
Projecto de Monografia Tomateiro. Versao Final
Projecto de pesquisa
Autor:
Pedro Hilario Nova
Supervisor
Eng.º José Tiago João Manhengue (MSc)
Mecubúri
2021
2
ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................... 5
1.1. Generalização ................................................................................................................. 5
1.2. Problema.......................................................................................................................... 7
1.3. Justificativa ...................................................................................................................... 7
1.4. Objectivos ........................................................................................................................ 8
1.4.1. Geral ............................................................................................................................. 8
1.4.2. Específicos .................................................................................................................. 8
1.5. Hipóteses ......................................................................................................................... 8
CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................ 9
2. Descrição da cultura de tomate.................................................................................... 9
2.1. Descrição botânica do tomateiro ............................................................................ 10
2.2. Condições Climáticas .............................................................................................. 11
2.2.1. Temperatura e luz................................................................................................. 11
2.2.2. Água e humidade.................................................................................................. 12
2.2.3. Solo......................................................................................................................... 12
2.3. Escolha de variedades............................................................................................. 13
2.4. Preparação do solo e plantio .................................................................................. 13
2.4.1. Preparação do solo .............................................................................................. 13
2.4.2. Preparação do viveiro .......................................................................................... 14
2.4.3. Transplante............................................................................................................ 14
2.5. Tratos culturais ......................................................................................................... 15
2.5.1. Estrumes e fertilizantes........................................................................................ 15
2.5.1.1. Estrumes orgânicos.......................................................................................... 15
2.5.1.2. Fertilizantes químicos ...................................................................................... 16
2.5.2. Rega ....................................................................................................................... 16
2.5.3. Poda ....................................................................................................................... 16
2.5.3.1. Desponta lateral ................................................................................................ 17
2.5.3.2. Desponta apical ................................................................................................ 17
2.5.3.3. Poda das folhas ................................................................................................ 17
2.5.4. Sistemas de suporte............................................................................................. 18
2.5.5. Controlo das ervas daninhas .............................................................................. 18
2.6. Pragas e doenças..................................................................................................... 19
3
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Generalização
O tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) é uma planta anual, que pode atingir
uma altura de mais de dois metros. Contudo, na América do Sul, pode-se
colher frutos das mesmas plantas durante vários anos consecutivos. A primeira
colheita pode-se realizar 45-55 dias após a florescência, ou 90-120 dias depois
da sementeira. A forma dos frutos difere conforme a cultivar (variedade
cultivada). A cor dos frutos varia entre amarelo e vermelho. (Naika, et al, 2016)
O tomate tem a sua origem na zona andina de América do Sul, mas foi
domesticado no México e introduzido na Europa em 1544. Mais tarde,
disseminou-se da Europa para a Ásia meridional e oriental, África e Oriente
Médio. Mais recentemente, distribuiu-se o tomate silvestre para outras partes
da América do Sul e do México (Naika, et al, 2016).
1.2. Problema
1.3. Justificativa
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Avaliar a adaptabilidade de quatro (4) variedades (Tylka F1, Kilele F1,
Rodade e Roma VFN) da cultura de Tomate (Lycopersicon esculentum)
no distrito de Mecubúri.
1.4.2. Específicos
Descrever o desempenho das mudas no seu primeiro estado de vida
(alfobre);
Comparar o período floração e frutificação das diferentes variedades;
Mensurar os parâmetros morfológicos da cultura (altura, diâmetro do
caule).
Estimar o número de frutos comerciais e não comerciais
Determinar a percentagem de plantas infestadas e o nível médio de
ataque por Nematodo e Ácaros vermelhos.
Quantificar o peso médio dos frutos de cada variedade;
Determinar o rendimento e o valor económico de cada variedade.
1.5. Hipóteses
O tomate tem a sua origem na zona andina de América do Sul, mas foi
domesticado no México e introduzido na Europa em 1544. Mais tarde,
disseminou-se da Europa para a Ásia meridional e oriental, África e Oriente
Médio. Mais recentemente, distribuiu-se o tomate silvestre para outras
partes da América do Sul e do México. (Naika, et al, 2016)
O consumo dos frutos contribui para uma dieta saudável e bem equilibrada.
Estes são ricos em minerais, vitaminas, aminoácidos essenciais, açúcares e
fibras dietéticas. O tomate contém grandes quantidades de vitaminas B e C,
ferro e fósforo. Consomem-se os frutos do tomate frescos, em saladas, ou
cozidos, em molhos, sopas e carnes ou pratos de peixe. Podem ser
processados em purés, sumos e molho de tomate (ketchup). Também os
frutos enlatados e secos constituem produtos processados de importância
económica.
10
Raízes: sistema radicular vigoroso com raiz axial que se desenvolve até
atingir uma profundidade de 50 cm ou mais. A raiz principal produz um
denso conjunto de raízes laterais e adventícias.
Caule: o seu porte varia entre erecto a prostrado. Cresce até atingir uma
altura de 2-4 m. O caule é sólido, áspero, peludo e glandular.
O tomate requer um clima relativamente fresco, árido, para dar uma produção
elevada de primeira qualidade. Contudo, esta planta adaptou-se a um amplo
leque de condições climáticas, variando entre tem- perada a quente e húmida
tropical. A temperatura óptima da maioria das variedades situa-se entre 21 a
24 °C. As plantas podem sobreviver certa amplitude de temperatura, mas
abaixo de 10 °C e acima de 38 °C danificam-se os tecidos das mesmas. Os
tomateiros reagem às variações da temperatura que têm lugar durante o ciclo
de crescimento, de forma que são afectadas p.ex. a germinação de se-
mentes, o desenvolvimento de plântulas, a florescência, a frutificação e a
qualidade dos frutos. Quando durante a florescência há períodos persistentes
de tempo fresco ou quente, reduz-se a produção de pólen e isto terá
influência na frutificação. Quando há gelo, as plantas serão destruídas. Para
prevenir danos provocados pelo gelo, é recomendável adiar a sementeira até o
inverno ter acabado completamente. É possível semear antes desse momento,
mas então deve ser feito dentro (em vasos ou tabuleiros). A intensidade da luz
afecta a cor das folhas, a frutificação e a cor dos frutos. (Naika, et al, 2016)
Fases Temperatura (° C)
Mínima Amplitud Máxima
Pode-se usar uma simples regra prática para determinar se o abasteci- mento
local de água é suficiente para cultivar o tomate. Se houver plantas herbáceas
(plantas com muitas folhas finas) a crescerem no ambiente natural, será
possível cultivar-se tomate. De qualquer maneira, é necessário que se possa
contar com um período de chuvas de três meses, no mínimo. O stress devido
à escassez de humidade e períodos secos prolongados provocam a queda de
botões e flores e a racha dos frutos. Contudo, quando há chuvas muito fortes
e a humidade é demasiadamente alta, incrementar-se-ão o desenvolvimento
de fungos e o apodrecimento dos frutos. Além disso, embora a nebulosidade
abrande o amadurecimento dos tomates, existem cultivares adaptadas para
uso nestas circunstâncias. As companhias produtoras de sementes fornecem
variedades especiais de tomate apropriadas param o cultivo do mesmo em
climas quentes e húmidos. (Naika, et al, 2016)
2.2.3. Solo
O tomate cresce bem na maioria dos solos minerais com uma capacidade
apropriada de retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta
prefere solos franco-arenosos profundos, bem drenados. A camada superficial
deve ser permeável. Uma espessura do solo de 15 até 20 cm é favorável
para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Caso se trate de solos
argilosos pesados, uma lavoura profunda permite uma melhor penetração das
raízes.
60% das culturas é ainda cultivada com uso da rega por inundação. (Naika, et
al, 2016)
2.4.3. Transplante
2.5.2. Rega
2.5.3. Poda
A ponta do caule principal do tipo alto é removida por beliscão quando 3 até 5
folhas estão completamente desenvolvidas. Os rebentos que se desenvolvem
dos 2 até 4 gomos superiores são deixados intactos para crescerem. Desta
maneira, haverá 2 - 4 rebentos laterais que se tornarão em caules principais,
suportados por estacas. Quando estes caules tiverem um comprimento de 1
– 1,25 m, dever-se-ão remover, por beliscões, também as pontas. Os novos
rebentos laterais deverão ser removidos com frequência, por beliscões. No
geral, formam-se 3 a 4 cachos de frutos a crescerem ao longo de cada caule.
(Naika, et al, 2016)
2.6.1. Pragas
2.6.1.1. Nemátodos
2.6.1.2. Insectos
2.6.2. Doenças
Os tomateiros são susceptíveis a vários fungos, bactérias e vírus. Fungos e
bactérias causam a ocorrência de doenças nas folhas, nos frutos, nos caules e
nas raízes. Uma infecção de vírus provoca, geralmente, um crescimento
retardado (nanismo) e uma produção reduzida. Os danos provocados por
doenças podem levar a uma redução considerável de rendimentos para o
agricultor. (Naika, et al, 2016)
2.6.2.1. Bactérias
Esta bactéria está difundida em todo o mundo, mas o nível de difusão é mais
elevado nas regiões tropicais e subtropicais. Estes organismos patogénicos
difundem-se através de sementes, insectos, gotas de chuva, restos vegetais
infectados e ervas daninhas pertencentes à família das Solanáceas. Chuvas
fortes e uma humidade alta favorecem o desenvolvimento desta doença. As
bactérias entram na planta através de estomas e feridas. Os organismos
patogénicos afectam as folhas, os frutos e os caules. Aparecem pequenas
manchas nas folhas e nos frutos das plantas infectadas. As ditas manchas
são, geralmente, de cor castanha e circulares. As folhas tornam-se amarelas
e, depois, caiem no chão. As lesões nos caules e nos pecíolos são elípticas.
(Naika, et al, 2016)
23
2.6.2.2. Vírus
2.6.2.3. Fungos
Fungos são organismos que consistem, geralmente, de filamentos
discerníveis (hifas). Os conjuntos de hifas (micélio) são visíveis a olho nu e
têm a aparência de chumaços de algodão muito fino. O micélio é,
geralmente, de cor esbranquiçada. Os conjuntos de esporos e os frutos têm,
geralmente, cores vivas. Um exemplo bem conhecido é o dos conjuntos de
esporos verdes ou esbranquiçados que se desenvolvem em pão que já não
é fresco e fruta estragada.
24
2.6.4.2.Pesticidas naturais
Os pesticidas naturais são produtos como o piretro e o derris (rotenone).
Denominam-se “naturais” visto que são recolhidos na vegetação natural. Estes
insecticidas são conhecidos e usados desde tempos. A sua aplicação tem
efeitos rápidos. Através da melhora das suas fórmulas, os investigadores
químicos também aumentaram a sua eficácia. Para os inimigos naturais das
26
3.3. Métodos
Durante a execução as actividades do ensaio, serão usados os seguintes
métodos:
- Observação directa;
- Inquérito aos produtores de tomate;
- Medições de áreas e agrotóxicos;
- Pesagem de produtos agrícolas
- Colecta de dados e composição o relatório final.
3.4. Materiais
Para a execução das actividades serão usados os seguintes materiais:
- Uma (1) enxada;
- Um (1) Ancinho;
- Quatro (4) Pacotes de sementes de 20g (Tylka F1, Kilele F1, Rodade e
Roma VFN);
- Um (1) Fita métrica (100m);
- Dois (2) Regador;
- Duas (2) Rolo de corda sisal (100m):
- Estacas (para demarcação e tutoramento);
- Um (1) Pulverizador;
- Um (1) pacote Mancozeb (500g);
- Um (1) Frasco de Karate Zeon (250ml);
- Um (3) Sacos de adubos (NPK, Ureira e Nitrato de Calcio);
- Quatro (4) Bandejas;
- Uma (1) Tonelada de esterco de bovino e Frango;
- Um (1) Crivo;
- Um (1) Tambor metálico de 200litro;
30
3.5.2. Sementeira
3.5.2.1. Substrato
3.5.4.1. Transplante
3.5.4.2. Retancha
3.5.4.3. Rega
3.5.4.4. Sacha
3.5.4.5. Monda
3.5.4.6. Escarificação
Para permitir uma boa infiltração da água e circulação do oxigénio nas raízes,
será realizada esta actividade em cada 7dias, para modo a desfazer a crosta
causada pela água durante a rega.
3.5.4.7. Amontoa
3.5.4.9. Tutoramento
3.5.4.10. Desponta
A monitoria de pragas e doenças será realizada todos dias, por será vigorosa
em cada semana.
34
Vai se usar armadilhas de cores, para controlar as pragas com, moscas, tripés,
etc.
3.5.5. Colheita
1 1
̅= = ( + ⋯+ )
Para melhor acompanhamento das actividades que serão realizadas no ensaio, vai se seguir o seguinte cronograma de
actividades:
4. Plano de actividades
Meses
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro
ACTIVIDADES Semanas
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Elaboração do anteprojecto
DO PLANO
Aquisição do material e
equipamentos
Identificação da área e
demarcação
Preparação do substrato
PREPARAÇÃO
(selecção, crivação
desinfecção)
SOLO
Preparação do alfobre
(Enchimento das bandejas e
37
sementeira)
Limpeza da área
Demarcação dos blocos
Lavoura
Gradagem (e incorporação
do adubo)
Nivelamento
Abertura de covachos,
enchimento e desinfecção do
solo enchido
Transplante
Retancha
Rega
MANEIOS CULTURAIS
Com ureia
Adubação de
Com nitrato de
cobertura
cálcio
Foliar
Amontoa
Escarificação
38
Sacha
Monda
Poda / desladroamento
Desponta
Tutoramento
Monitoramento de pragas e
doenças
Montagem de armadilhas de
cores
Fungicida (Mancozeb)
Insecticida (Karate
Pulverizações
Zeon)
Insecticida
(Abametina)
Colheita
PRÉ E PÓS
COLHEITA
Pesagem do produto
Armazenamento
Comercialização
Colecta e análise de dados
Redacção do relatório final
39
(Monografia)
Tabela 4: Cronograma de actividades
40
4.1. Orçamento
Categoria Material/Insumos Quant. Unidade Preço. unit. Preço Total Obs.
Enxada; 1 170,00 170,00
Ancinho 1 3400,00 3400,00
Fita métrica; 1 100m 550,00 550,00
Regador; 2 600,00 1200,00
Ferramentas e Materiais
5. RESULTADOS ESPERADOS
5.1. Adaptabilidade
5.2. Rendimento
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
Hiperligação 1: https://pt.blabto.com/5797-tomato-roma-vf-description-and-
photo.html acessado 19/03/2021 pelas 09:45min.
Malia, H., Silva, H., & Resende, F. (2015). Estrutura para produção de mudas
de hortícolas. In L. E. Haber, In Horticultura em Moçambique:Características,
Tecnologias de Produção e de Pós-Colheita (pp. 78-84). Brasilia: Embrapa.
43
Naika, S., Jeude, J. v. L., Goffau, M., Hilmi, M., Dam, B. v. A cultura do tomate
(produção, processamento e comercialização), Agrodok 17, Fundação
Agromisa e CTA, Wageningen, 2006.
7. Apêndice
7.1. Esquema do campo