Trabalho - Classe (Recuperado)
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CCTA – DeMus
❖ Ópera
Ópera, cujo nome é provido do latim (plural de "opus", obra), é um gênero artístico musical
interligado à arte teatral (poesia dramática), consistindo em unir música instrumental e canto,
muitas vezes recitativo, com demais elementos presentes em uma peça de teatro (cenografia,
vestuário, atuação, etc.), seguindo um roteiro padrão.
A Ópera tem suas origens no final do século XVI a partir da Camerata Fiorentina,
formada por Júlio Caccini, Jacó Peri, Otávio Rinuccini, Emílio Del Cavalieri e Vicente Galilei. Foi
em uma dessas reuniões que surgiu Dafne (Peri e Rinuccini, 1597), uma das primeiras obras
sob esta forma, baseada em uma lenda antiga. Mas com o tempo restaram apenas
fragmentos, e então a Ópera que sobreviveu ao tempo e tornou-se conhecida foi Euridice (Peri
e Caccini, 1600). Mais tarde, Monteverdi compôs Orfeu (1607), uma obra muito importante para
a ópera devido à riqueza de detalhes e expressões, além da inclusão de coros e orquestra. “Os
longos trechos de recitativos, entretanto, tendiam a soar monótonos.” (BENNETT, 1989). Então,
Monteverdi deu origem ao bel canto na obra L’incoronazione di Poppea. Mas apenas em 1650 o
termo Ópera é criado para identificar essa forma musical.
No Século XVIII os coros e a orquestra passaram para segundo plano, já que os
Castrati estavam sendo muito bem recebidos por toda a Europa. A orquestra apenas
acompanhava os cantores para que estes pudessem exibir suas habilidades vocais. Gluck se
baseou em Monteverdi para criar Orfeu e Euridice (1762), mais contínua e teatral, dando
importância não só aos cantores, mas também à história sendo contada. Músicos como Gluck,
Mozart, Strauss, Wagner, Berlioz e Weber defendiam a idéia de que a música complementava
os personagens e a história, e a Ópera era a unidade.
❖Don Giovanni
Don Giovanni (K. 527; título completo em italiano: Il dissoluto punito, ossia il Don
Giovanni, ad lit. O Libertino Punido, ou seja, Don Giovanni) é uma ópera em dois atos com
música de Mozart e libreto do autor italiano Lorenzo Da Ponte.
Foi estreada em 29 de outubro de 1787 no teatro “di Praga” em Praga.
O libreto de Da Ponte foi classificado, assim como muitos outros da época, como um
dramma giocoso, termo que descrevia uma obra que continha um misto de ação cômica e
séria. Mozart classificou a obra em seu catálogo como uma "opera buffa". Embora ainda seja
classificada hoje em dia como cômica, ela apresenta características de comédia, melodrama e
até mesmo elementos sobrenaturais.
Personagens
Sinopse
Ato I: Tem início com o assassinato do Comendador D. Pedro por Don Giovanni, quando
este fugia do palácio onde havia ido seduzir Donna Anna, filha do Comendador, mas na
escuridão ela não viu seu rosto coberto pela capa. Don Ottavio, noivo de Donna Anna, a
pedido da mesma, jurou achar o assassino. Numa estrada, D. Giovanni encontra Elvira,
uma mulher que caminha lamentando, numa canção, que fora vítima de um aventureiro e
que pretende matá-lo. Ao avistar e reconhecer Don Giovanni, este foge. Na companhia
de seu criado Leporello, o sedutor D. Giovanni parte para outras aventuras e tenta
seduzir outra jovem camponesa (Zerlina) que irá se casar com Masetto, porém Elvira a
adverte a tempo sobre as malícias de D. Giovanni, que logo depois, para escapar da
situação, convida o casal para uma festa em seu palácio. Porém, nesse momento,
encontra-se com Donna Anna e Ottavio, que o tem por nobre, mas Anna reconhece o
assassino pela voz. Ottavio, Donna Anna e Elvira terminam comparecendo à festa
tramando contra D. Giovanni se mascarando como 'Dominós'. Durante o evento, Don
Giovanni insiste então na sedução de Zerlina e consegue levá-la até o quarto, mas a
moça grita e o deixa fugir.
Ato II: Don Giovanni então decide seduzir uma criada de Donna Elvira, mas para
conseguir precisa disfarçar-se de Leporello, e este, por sua vez, disfarça-se de Don
Giovanni. Para burlar Donna Elvira, Don Giovanni canta em sua varanda dizendo que a
ama, fazendo com que ela abra as portas para Leporello, disfarçado de Don Giovanni,
que agora tem o caminho livre para chegar até a criada. Mas antes que ele pudesse
seduzir a criada, chega Masetto acompanhado de vários amigos para dar uma lição no
Don Giovanni. Este, fingindo ser Leporello, entra no plano e decide dividir o grupo em
busca do libertino, mas sua intenção era ficar a sós com Masetto, e então surrou o noivo
de Zerlina e fugiu para um cemitério próximo. Zerlina, por sua vez, chegou logo em
seguida e o consolou. Elvira e Leporello, fingindo ser Don Giovanni, encontram os dois, e
em seguida chegam Don Ottávio e Donna Anna que o ameaçam pensando ser o
libertino. Leporello revela sua verdadeira identidade e foge para perto de Don Giovanni.
Lá eles ouvem uma voz vinda do além, percebem que uma estátua, presente no túmulo
do Comendador, é quem está falando. Leporello fica aterrorizado, mas Don Giovanni
convida a estátua para jantar em sua casa. A estátua então aceita o convite. Na casa de
Don Giovanni, durante o jantar, Elvira aparece e pede para que Giovanni mude de vida,
mas ele apenas ri e continua com sua arrogância. Ao sair, Elvira foi a primeira que
encontrou a estátua do Comendador, que entrou na casa e convidou Don Giovanni para
jantar com ela. Don Giovanni aceita e, ao apertar a mão da estátua, esta o ordena que
se arrependa, mas ele não cede. A estátua, então, o carrega para as chamas do inferno.
Donna Anna, Don Ottávio, Zerlina e Masetto chegam para prender Don Giovanni, mas já
é tarde. Então todos se dispersam, Zerlina e Masetto vão jantar em casa, Donna Anna
pede mais um ano de luto até o casamento com Don Ottávio, e Leporello vai em busca
de um novo amo.
❖ Recitativo
❖ Ária
A Ária é uma composição musical escrita para um solista. Chama-se Ária por
estar contida em uma obra maior, como uma ópera, cantata ou oratório. Pode, também,
ser escrita para mais cantores, sendo denominada de Duos ou Duetos, Trios ou
Tercetos, Quartetos e assim sucessivamente.
Referências
1. BUKOFZER, Manfred. Music in the Baroque Era. New York: W.W. Norton & Co.,
1947.
2. Wikipédia - A Enciclopédia Livre. Disponível em: http://www.wikipedia.org
3. BENNETT, Roy. Uma Breve História da Música. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.
4. Ebiografia. Dispponível em: https://www.ebiografia.com