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teoria da cor -1

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DECORAÇÃO E DESIGN
DE INTERIORES

TEORIA DA COR

Ana Maria Rambauske

1ª Parte

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I - CONSIDERAÇÕES GERAIS

A cor é um fenômeno primordial, onipresente. Está em toda parte,


interessa a todos.

VEGETAÇÃO
A maioria das plantas é verde porque depende da clorofila pigmentada
para a fotossíntese. A clorofila proporciona energia ao absorver as radiações
vermelhas, amarelas, azuis e violetas da luz solar e ao refletir em troca, as
verdes.
Por serem estacionárias, elas tem que atrair o maior número de insetos,
para realizar a polinização. Portanto a cor e o cheiro, são fatores de atração.

Pigmentos
• Carotenóides - são vermelhos, laranja e amarelo, e aparecem no
outono, quando a clorofila que contém as folhas verdes se
decompõe. Dão cor a algumas flores e atuam na proteção dos tecidos
da planta dos danos da radiação atmosférica.
• Antocianinas – cor das folhas purpúreas de outono e das flores da
gama de cor azul e vermelho. Sua missão é proteger os tecidos das
plantas dos altos níveis de radiação e possivelmente também dos
efeitos perniciosos das deficiências minerais.

Cores dos animais


• Estratégia da natureza para assegurar a sobrevivência dos mais
bem dotados.
• Os insetos e pássaros que depositam o pólen nas flores e dispersam
as sementes, tem também, suas cores próprias.
• As variações que observam nas cores e que utilizam para detectar
as plantas que lhes servem de alimento, são utilizadas também
para detectar e reconhecerem-se uns aos outros.
• Função de camuflagem ou de exibição.

Pigmentos
Há diferentes formas de hemoglobina, a proteína mais complexa e
que constitui o pigmento que dá cor ao sangue, à pele.
• melanina, que dá cor negra aos animais, aparece na tinta preta que
utilizam os polvos e lulas. Na pele humana atua como filtro para a
radiação solar.

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O homem inicia a conquista da cor, ao iniciar a própria conquista da
condição humana.
• elementos naturais da flora e da fauna para colorir e ornamentar o
corpo, utensílios, armas e paredes das cavernas: esfrega, tritura
flores, sementes, elementos orgânicos e terras corantes. A
observação o leva a utilizar matérias calcinadas para tingir de preto.
• busca os óleos minerais, animais e vegetais para fixar os corantes.
• com o acúmulo de conhecimento, enriquece sua subjetividade, e a
cor serve para abrilhantar os atos religiosos, comemorativos,
guerreiros e fúnebres
• primeiros códigos cromáticos, dando a cada cor um significado,
que passa a ter significação variada em povos e épocas diferentes.

PRÉ HISTÓRIA:

Os homens adornavam suas cavernas com pinturas policromáticas:


tons fortes de vermelho, ocre e outras cores terrosas, além do branco, preto e
mais raramente o verde e o azul.

3 pigmentos: ocre vermelho, amarelo e manganês; em algumas


pinturas mais recentes, utilizaram também o barro do solo da gruta como
pigmento

Na arte da grutas, temos muitos casos de matizes delicados, que sugerem


o uso de um tipo de pincel, talvez de pele ou de musgo.
O estudo das suntuosas grutas de Altamira e Lascaux, revelou que o
homem do paleolítico não utilizava apenas a cor para valorizar seus desenhos
e objetos ou para atribuir-lhes um significado místico, mas também, para tirar
partido dos efeitos de luz e sombra sobre a volumetria natural das cavernas,
revelando uma sensibilidade espacial desenvolvida.
O vermelho e o preto, cores que simbolizavam a vida e a morte, foram
utilizadas pela primeira vez pelo homem de Neanderthal para enfeitar a tumba
de seus mortos, sendo também empregados pelos seus sucessores, para decorar
obras de arte.
As cores tinham um caráter simbólico e mágico.

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EGITO

As maiores contribuições foram deixadas pelo Egito, principalmente


na cerâmica, onde foi introduzida a cor como elemento plástico.

• faixas negras – obtidas com a queima da palha, pois a fuligem


penetrava no barro ainda úmido
• cor vermelha – óxido de ferro
• azul – tirada de sais de cobalto encontrado em regiões próximas

Foram os primeiros a utilizar o vidrado na cerâmica. Os elementos


constituintes do vidro, a areia, a soda ou potassa e o carbonato de cal, existem
naturalmente nas praias com algas marinhas. Utilizaram o vidrado também, nos
metais.

Primeiro corante: azul, que utilizava o cobalto contrastando com o


azul esverdeado do cobre. O antimônio produzia o amarelo, o ferro um verde
ou marrom amarelado e um excesso de colorante, o preto.

Primeiros a empregar a técnica do afresco.

Faziam a mistura de duas cores para produzir a terceira.

Cores utilizadas: preto, vermelho, ocre, azul, branco de cal, verde,


além dos laminados de bronze e ouro.

As cores eram usadas chapadas, sem gradação, limitadas por contornos,


realisticamente, com intenção narrativa e decorativa, em pinturas, desenhos
e inscrições em louvor aos guerreiros, e faraós; aparecem em templos e palácios,
tumbas e residências.

Os materiais usados na arquitetura eram pintados de modo simbólico,


sendo o “vermelho do homem, o amarelo do sol, o púrpura da terra, o
azul da verdade e o verde da Natureza”.

Os pisos dos templos egípcios eram verdes para representar a


fertilidade das várzeas do Nilo, enquanto o azul pontilhado de estrelas
era usado nos tetos para representar o cosmos, como mais tarde se fez
nas abóbadas das catedrais góticas.

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CHINA

Pintavam as muralhas de Pequim de vermelho e os tetos das casas de


amarelo. O vermelho representava uma afirmação de poder e de espiritualidade
positiva, enquanto o amarelo era usado como camuflagem contra os maus
espíritos, já que essa era a cor que os representava.

Cerâmica
Importante porcelana branca, e as porcelanas coloridas das diferentes
dinastias.

Laca
Surge da necessidade de proteção à madeira. Produto preparado com
o suco recolhido de uma árvore, extremamente resistente ao tempo e à umidade,
utilizado não só sobre madeira, como também no metal. O brilhante lustre
final, resultante de várias camadas (até 30), rivaliza com qualquer material
vidrado.
cores mais utilizadas: laranja claro e o amarelo esverdeado, utilizando
ocres; as cores mais correntes eram o vermelhão obtido do cinábrio, uma
substância que os chineses apreciavam muito, e o negro do óxido de ferro.

A laca possibilitava incisões e incrustações, proporcionando uma


maravilhosa fonte de cores; utilizava-se preferentemente como material
qualquer objeto brilhante: madrepérola, concha marinha e metais preciosos
em forma de lamina, de pó, de fragmentos. O jade, o marfim, o coral, a
malaquita, a esteatita, e inclusive a porcelana, foram embutidos na laca, assim
como o ouro e a prata.

Nos 3000 anos de sua história, a laca evoluiu de uma categoria


meramente prática à ornamental e artística, sendo utilizada em objetos
de todos os tamanhos e formas.

Os chineses nas suas construções preferiram a madeira à pedra, (por


ser um dos elementos chave da filosofia chinesa, unicamente a madeira poderia
honrar os deuses). As colunas e as vigas eram pintadas, e a decoração policroma
se estendia até as bordas do telhado, cujos azulejos de cerâmica de forma
semicircular eram verdes, azuis, púrpura, ou nas residências imperiais, amarelo.

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GRÉCIA

Em meados do séc. XVIII, arqueólogos revelaram que o uso da cor em


certos elementos das ordens arquitetônicas (capitéis, colunas, triglifos, frisos),
bem como na estatuária, funcionava como meio de enfatizar a volumetria e
valorizar a forma, além de corrigir distorções da percepção visual.
Além disso, descobria-se a relação entre as cores utilizadas e sua
simbologia, fator que era explorado pelo caráter narrativo e mitológico desses
conjuntos escultórico-arquitetônicos.
Dessa forma, o azul era associado à verdade e à integridade. O branco
representava a virgindade e a pureza. O vermelho representava o amor e o
sacrifício.

Nos monumentos públicos as cores eram utilizadas tanto por dentro


como por fora, para maior glória de seus deuses.

Os templos gregos estavam ricamente pintados e reluziam como jóias


sob os claros céus helênicos.

O mármore do Parthenon estava adornado de brilhantes cores verdes,


azuis e roxos, pois celebrar os sucessos divinos em cores gloriosas, era tão
essencial para o templo como as colunas que o suportavam.

Os gregos desenvolveramm ainda as técnicas da têmpera e do afresco,


garantindo maior durabilidade à pintura e aos revestimentos, e ainda para
corrigir irregularidades da pedra e protegê-la contra a ação das intempéries.

Cores: semelhantes às egípcias, aparecendo também o violeta em


murais na técnica do afresco, na cidade de Creta.

Além do contraste de complementares, usavam também, diversas


tonalidade da mesma cor.

Cerâmica: a cor era utilizada como elemento de expressão plástica.

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ROMA

Com o advento da decadência da arte grega, a arte romana toma seu


lugar a partir do séc. I a.C.

Influência etrusca. A cor como elemento de representação:


Homem – vermelho
Mulher – branco
Armas de guerra – azul

Seus edifícios eram coloridos com pinturas luminosas, ouro, bronze,


mármore e mosaicos. Devido à característica praticidade dos romanos, suas
esculturas não eram pintadas, em contraposição às esculturas gregas.
As construções da antiga Roma, podiam tirar as cores de qualquer
canteiro do mundo conhecido; utilizavam os mármores coloridos.

Técnica do mosaico – descobriram a mistura de pigmentos coloridos


aos vidros em estado de fusão: amarelo-ocre, vermelho, azul, cor da pele,
ouro, preto e branco.

Afresco - nas cidades de Herculano e Pompéia - brilhantes cores de


sua arquitetura doméstica, em vários estilos: cenas rurais, paisagens,
ornamentais

Herculano e Pompéia são testemunhas da influência grega. Escavações


realizadas no início de 1800, revelaram um amplo espectro de cores que, em
alguns casos, eram mais luminosas e mais claras que as cores dos gregos. Os
romanos tinham se rendido à cor.
Utilizavam cores intensas e vivas, sendo seus motivos decorativos em
açafrão, vermelho intenso, verde, púrpura, jacinto e azul, que se harmonizavam
com o branco, preto e ouro, em faixas ornamentais, em motivos de flores,
animais e cenas mitológicas

No ano de 50 a.C., Roma dominava todo o mundo Mediterrâneo.


A decadência da cor se inicia, e o branco tornou-se a cor dominante na
Roma Imperial. Todo conjunto da obra arquitetônica, inclusive os seus detalhes,
eram brancos. Esta característica converteu-se em um signo de austeridade e
de poder, que foi mantido durante séculos.

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ARQUITETURA BIZANTINA

A fusão da arte grega com o luxo da decoração oriental faz surgir


novamente a cor, que segue sendo um mero complemento decorativo,
carecendo de um significado simbólico ou emotivo.

A arte bizantina, fundamentalmente religiosa, trabalha o refinamento


das cores, fazendo uso de cores vivas em todas as suas manifestações artísticas.

Nas igrejas paleocristãs e bizantinas:


• espessura e solidez das paredes internas e pilastras, disfarçadas
pelo revestimento suntuoso com mármores de cores diversas
(vermelho, verde, azul e preto), ricos mosaicos em cores luminosas
e ouro
• portas de cedro talhado cobertas de ouro e incrustações de marfim
e âmbar
• mosaicos presentes no piso, nas abóbadas e na cúpula
• ricos metais, ornamentações que também estão presentes em várias
igrejas cristãs da época posterior.

Entre os séc. VIII e X, a arte se manifesta em novas atividades, como


a iluminura, a tapeçaria, a ourivesaria, as fundições em bronze e esmaltes. As
invasões bárbaras trazem para a arte cristã uma certa descontração e colorido.
As cores possuíam um sentido místico e simbólico, sancionado pela Igreja,
e que era observado com atenção pelos artistas e arquitetos.

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ISLÃ

Após a fundação da religião muçulmana por Maomé, acontece no Islã


uma produção artística, que invade o norte da África.

A suntuosidade dos materiais, os excessos ornamentais, assim


como o uso de elementos curvos (ogivas, arcos e arabescos), atribuem
magnitude à construção.

Construção de magníficos edifícios decorados por artesãos talentosos,


com mosaicos coloridos da melhor tradição greco-romana. Os edifícios eram
adornados interna e externamente com cerâmica, compondo desenhos coloridos
e complexos desenhos florais.

A arte da caligrafia é a base de muitos desenhos islâmicos

Os edifícios da civilização muçulmana eram erguidos em alvenaria de


tijolos crus (adobe) ou aglomerado de materiais diversos com diferentes
colorações.

Os muçulmanos buscavam a continuidade cromática entre a arquitetura


e a geografia, a dissolução do edifício na paisagem. Visavam estabelecer uma
continuidade entre a obra da natureza e as realizações humanas. A cor ficava
restrita aos espaços interiores, onde dominavam as tapeçarias de colorido
riquíssimo.

Cerâmica:
Eram fabricantes de cerâmica vidrada de chumbo; porém com o
conhecimento da porcelana chinesa, reviveram as fórmulas antigas da porcelana
egípcia utilizando substâncias que resultavam na cor turquesa do cobre. Tinham
acesso ao óxido de cobalto.

Utilizavam o mosaico de azulejos, para obter pequenos desenhos


policromos.

Cores utilizadas: turqueza e azul cobalto profundo, com verdes, pardos


e púrpuras, obtidos do ferro e manganês.

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IDADE MÉDIA
Arquitetura Românica
O estilo românico no século XI, é caracterizado pela revalorização da
estética clássica. Na arquitetura, há uma volta à grandiosidade, mas, com uma
noção de beleza simples, manifestada nas abóbadas e nos arcos de forma
arredondada.
O conjunto arquitetônico românico não apresenta cores, mas os
ornamentos são iluminados com cores puras e brilhantes.
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Arquitetura Gótica
A arquitetura gótica que surge nos meados do séc. XII, se caracteriza
pelos arcos em forma de ogiva, por grandes naves e por vitrais coloridos que
retratam cenas bíblicas.
Neste estilo, a cor intervém apenas, como estímulo emotivo ou
complemento estético.
Ricas cores foram aplicadas aos interiores, como também, aos exteriores
de alguns edifícios importantes.
decoração exterior - mais realista, manifestando-se a cor em colunas,
molduras e ornamentos esculpidos; nas fachadas e muros, os vermelhos,
laranjas, verdes e ocres amarelados são intensos e o branco e o preto, puros.
decoração interior - nos aposentos são utilizadas as mesmas cores e
também o azul, ainda que todos com menor saturação, para que sejam mais
toleráveis sob a luz suave do interior.
A coloração de igrejas medievais era, freqüentemente, muito mais
brilhante no exterior que no interior.
cores predominantes no interior: tons neutros da pedra, que
contrastavam com a policromia dos vitrais iluminados segundo a trajetória
solar, que, com propósito espiritual, tinha a função de “iluminar a mente
humana, de modo a transcendê-la e fazê-la adquirir uma idéia da luz
divina”. Mas a catedral de Notre Dame, teve luminosos vermelho, verde,
laranja, amarelo-ocre, negro e branco em molduras, cornijas e esculturas.
Além das abóbadas pintadas de azul estrelado, as catedrais góticas
recebiam cor em sua estatuária interior e exterior, e em outras áreas internas
banhadas pela luz colorida filtrada pelos vitrais.

A cor não era usada com sentido representativo, sendo arbitrária.

A força expressiva transparecia de dentro da alma do artista.

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Soberania da Igreja

Enquanto a Alquimia era uma investigação empreendida somente por


algumas almas temerosas, a Igreja representava o centro da vida popular, onde
as mudanças mais significativas na vida do ser humano – batismo, confirmação,
matrimonio e funerais – eram celebradas entre os matizes cambiantes dos
vidros de cor e as paredes e imagens ricamente pintadas.

Estas ilustrações não só representavam cenas bíblicas familiares, como


também, refletiam as obras mais humildes de Deus: o verdor da primavera,
o grão dourado do outono, e homens e mulheres do povo em seu trabalho.

No centro deste drama, estavam o altar e o sacerdote.

As cores simbolizavam datas especiais no calendário da Igreja: o


branco e o ouro representavam o Natal e a Páscoa, enquanto que o vermelho
se usa em Pentecostes ou nas festas dos mártires.

As vestimentas verdes aparecem no nascimento de um novo ano,


significando a provisão de Deus para satisfazer as necessidades humanas.

A púrpura que nas semanas da Paixão representa a penitência do


pescador e os sofrimentos de Cristo, era a cor mais sagrada desde tempos
antigos, em parte sem dúvida, porque era difícil e custoso obter o pigmento.

O simbolismo da cor imperou também fora da Igreja.

Acreditavam que o mundo estava composto por uma mistura dos quatro
elementos básicos: terra, água, fogo e ar, cada um deles com sua cor: preto,
branco, vermelho e amarelo respectivamente.

No homem, os elementos tomavam a forma de fluidos corporais: a


bílis negra, a fleuma branca, o sangue vermelho, e a bílis amarela. Era vital
manter o equilíbrio entre estes elementos.

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Alquimia
A Alquimia alcançou seu máximo esplendor na Idade Média.

A busca da pedra filosofal, que convertia qualquer metal em ouro.


O papel da cor na alquimia era vital. As diferentes cores que apareciam
conforme as substâncias eram transmudadas pelo alquimista, simbolizavam
cada uma das fases da transformação interna. Seu espectro de cores era: verde,
preto, branco, vermelho, ouro.

Relacionamento da cor com os planetas e pedras preciosas.

Em certas épocas foram atribuídos poderes fantásticos às cores,


primeiros indícios da moderna Cromoterapia, sabendo-se que na Antigüidade,
Pitágoras e Galeno já praticavam a terapia com as cores. Platão e Aristóteles,
fizeram pesquisas sobre luz e cor.
Infelizmente, com a Idade Média, a maioria desses trabalhos foi
destruída, sendo um dos poucos que chegaram até nós sem ser totalmente
mutilado, a “TEORIA DAS CORES” de Goethe.

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Iluminura
Ainda nesse período, o uso da cor foi se transformando, para dar lugar
a uma função alegórica e narrativa, mais associada à luz do que à forma.
Aparece então, a arte da ILUMINURA.

As iluminuras, eram realizações piedosas das pessoas que desejavam


embelezar as escrituras sagradas, para maior glória de Deus. Somente a partir
do ano 1200 d.C., é que as miniaturas passaram a ser cada vez mais realizadas
por artistas seculares, já que constituíam um símbolo de distinção para os
ricos, e ao mesmo tempo eram um objeto de piedade.

A cor de muitos manuscritos se conservou por mais de 16 séculos,


porque, diferentemente do afresco, as cores estavam resguardadas do ataque
do tempo, pelo pergaminho dos livros onde aparecem.

Pigmentos: uma gama altamente flexível: diferentes vermelhos (obtidos


do chumbo ), diferentes azuis, verdes (do acetato de cobre) e amarelos (sulfuro
de arsênico).
Importante é o brilho do ouro, que expressava o caráter ultraterreno
dos sucessos sagrados.

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Heráldica
O aparecimento da HERÁLDICA modifica conceitos arbitrários das
cores, que passam a ter um significado. Determinados eletivamente, esses
conceitos foram codificados no “TRATADO DAS CORES DAS ARMAS”.

O surgimento da Heráldica deve-se à necessidade do conhecimento


rápido, em tempos de guerra que, no combate corpo a corpo, era crucial.

Até início do séc. XII, a escolha de um motivo ou de uma cor, era


questão de fantasia individual, não tinha nenhum significado genealógico.

O florescimento do sistema feudal, com sua firme insistência na classe


e no título, a complexidade crescente do armamento de guerra e o
aperfeiçoamento constante das armaduras, tornaram imprescindível uma melhor
forma de identificação no campo de batalha.

Os primeiros escudos eram simples. Porém, rapidamente foram


adquirindo complexidade, conforme o papel da Heráldica evoluía de um meio
de identificação para uma declaração de alianças familiares, classes e posse
de terras.
O séc. XIII registrou o florescimento máximo nos torneios, com suas
batalhas coloridas.

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SÉC. XV
O pensamento medieval, dominado pela religião, dá lugar a uma cultura
voltada para os valores do indivíduo. Renascem as artes e ciências, que tinham
florescido durante a época clássica.

No Renascimento, a cor passou a ser elemento individualizador da


obra artística.

A cor passou para dentro dos ambientes. Nos exteriores passaram a


dominar as cores naturais. As residências de famílias abastadas e as catedrais
tinham os tetos ornamentados com pinturas e detalhes em gesso, derivados do
antigo estilo greco-romano.

No Duocento: paredes interiores de pedra, gesso e mármore, sendo


algumas douradas e policromadas, ou com mosaicos e pinturas em afresco.
Utilização das cores quentes carmesim, vermelho veneziano, amarelo, verde,
azul e preto, com muitos detalhes em ouro.
Na decoração florentina predominam os amarelos, laranjas, amarelo
esverdeado, verde oliva claro, azul e violeta, em harmonias delicadas, que
podem ser vistos nos afrescos de Giotto. Seus personagens e objetos eram
pintados em sua cor ambiental. O estilo de colorir tinha que ter relação com a
natureza do tema pintado.

Donatello o “Michelangelo” do Trecento, aprimora a técnica do


naturalismo e começa a empregar a técnica da perspectiva em suas pinturas.

Leonardo, Michelangelo, Rafael e Ticiano, exemplificaram a


tradição humanista. Os desenhos de Michelangelo para São Pedro, são
considerados o marco do apogeu da arquitetura renascentista.

Leonardo da Vinci desenvolveu a técnica do “chiaroscuro”, e o


“sfumato”.

Para os artistas do Cinquecento, como Ticiano, a cor parecia ser da


maior importância; impõem ao claro-escuro, a técnica de contrastes
complementares de valores e tons, em que, mesmo na mais intensa obscuridade,
as cores vibram.

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Espanha
Durante o século XIV, foram utilizados revestimentos cerâmicos nas
fachadas, arcadas e torres.
Cores: amarelo, verde, azul, preto e branco. O vermelho era pouco
usado por se transformar em púrpura ao ser cozido.

Esquema de cores inglês


Simples e vigoroso, destacava os vermelhos, amarelos, verdes e azuis
intensos, que no fim do séc. XVII, tornaram-se mais sutis: os vermelhos se
transformaram em rosas, o amarelo foi substituído pelo verde e os azuis em
tons violáceos foram associados com ouro e preto.

Renascimento francês
No período de Luis XIII - estilo nacional com grande personalidade,
sendo matizes mais populares o laranja, pêssego, vinho e sangue.
Na Idade de Ouro francesa, época do reinado de Luís XIV - tons mais
vivos, com predomínio dos amarelos, verdes e azuis. As cores enfatizavam a
grandeza formal e ostentação luxuriante exigidas pelo monarca.
Reinado de Luís XV - os brancos e dourados aplicados nas paredes
foram substituídos por rosas, verdes, azuis e cinzas, matizes mais femininos,
suaves e pouco saturados.

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Arquitetura Barroca
O Barroco surgiu como um combate ao Renascimento
Predomina na arte européia do séc. XVII ao começo do XVIII. Surge
na Itália e instaura uma nova linguagem plástica na arquitetura.
Caracteriza-se por uma estruturação formal minuciosa, formas
exuberantes, ornamentação rebuscada e jogos de luz e cores nos interiores,
procurando enriquecer o ambiente com movimento e contraste, criando uma
atmosfera mística e divina.
A tônica da arquitetura do exterior continua sendo a utilização de cores
neutras e também dos mármores fantasia, o ouro polido e os ladrilhos coloridos.
Importância da luz e da cor. Os edifícios não eram coloridos
externamente, mas em seu interior havia afrescos recobrindo todo o teto, e
quadros que podiam tomar todas as paredes.
Utilização da luz, para dar uma importância primordial aos contrastes,
criando com isso, verdadeiros espaços mágicos, cheios de misticismo.

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Arquitetura Neoclássica
O início deste movimento coincide com as escavações das ruínas de
Pompéia e Herculano em 1748.

Para os neoclássicos do séc. XVIII, o ideal da arte se refletia na pureza


da forma e a elegância da composição; a cor era algo quase casual.

Retorno aos ideais de beleza da Grécia e Roma. Na verdade, vem a ser


um classicismo de fachada e não de essência.
Incluíram elementos gregos, mas sem as cores que embelezaram os
edifícios originais, devido à concepção errônea de que a arquitetura grega
clássica não apresentava pintura.

A cor não participava da arquitetura como um elemento que pudesse


transformar o espaço interior.

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Arquitetura romântica
Reação ao neoclassicismo na primeira década do séc. XIX.

Há um renascimento da cor na arquitetura, com a intenção de restaurar


e conservar as ruínas dos edifícios romanos de Herculano e Pompéia., que
acabaram por revelar, pela primeira vez, a dimensão das cores nas artes dos
antigos.

Assim, a visão do mundo clássico como algo sereno, ordenado e


racional, foi substituída pelo ponto de vista de uma idade carregada de vitalidade
e sensualidade, que era o que mais combinava com o espírito romântico.

A partir de então, as cores delicadas dos períodos anteriores são


substituídas por cores vivas e intensas, enriquecendo os interiores com
vermelho, verde, amarelo e preto.

Neste período, a cor não estava subordinada à forma, era a chave para
o impulso romântico.

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SÉC. XX
Arquitetura ART NOUVEAU
De 1890 à 1ª Guerra Mundial floresce na França o Art Nouveau.
É uma forma de arte que valoriza o decorativo e o ornamental, em
contraposição às formas industriais, definindo formas tridimensionais delicadas,
sinuosas, ondulantes, sempre assimétricas, e um imaginativo exotismo em
interiores.
Eram usadas as cores naturais de materiais como vidro, tijolo de vidro,
metal e cerâmica.
As cores e a textura da arquitetura com formas imaginativas de Gaudi
são inigualáveis na arquitetura européia.
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Arquitetura Moderna
O desenvolvimento da tecnologia transforma o mundo nas primeiras
décadas do século.
A evolução da arte, o progresso da arte industrial e as orientações da
arquitetura criaram um novo sentimento sobre a cor e a forma, e um
conhecimento mais profundo de suas potencialidades e de sua natureza humana
e psicológica.
Após a 1ªguerra Mundial, os modernistas se dividiram em várias escolas:

Art Déco
Modificou os estilos históricos tradicionais, adaptando-os às
necessidades da vida contemporânea. Eram utilizados nos interiores
arquitetônicos esquemas de cores pastéis, cortinas e tapeçarias com ricas
texturas.

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De Stijl
Grupo holandês, que desenhou interiores com esquemas de cores
primárias (azul, vermelho e amarelo) combinados com linhas retas brancas,
pretas e cinzas, utilizando padrões cubistas, enfatizando, assim, formas
retangulares.
69

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71

teoria da cor - 42
Bauhaus
Escola revolucionária fundada em 1919 por Walter Gropius, que visava
desenvolver uma consciência criadora, que levasse a uma nova concepção de
vida.
A arquitetura e o design eram concebidos a partir de um novo ponto de
vista, mas com uma notável carência de cor e ornamentação. Era um arquitetura
purista e funcional, defendida arduamente por Gropius, onde a simplicidade,
o branco e a claridade significavam liberdade espacial.
Apesar dos princípios da cor e sua psicologia estarem inseridos no
programa pedagógico da escola, a cor só estava presente nos excelentes
trabalhos produzidos por Paul Klee, Josef Albers e Johannes Itten.

72

teoria da cor - 43
Frank Lloyd Wright acreditava que a arquitetura deveria se integrar
ao ambiente do entorno. Assim, ele somente utilizou com serenidade as cores
originais dos materiais naturais das suas construções.

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Le Corbusier lança a noção das casas como “máquina de morar”. A


cor em sua arquitetura tinha uma menor preocupação de servir como elo,
integrando o edifício com o ambiente natural. Sua função primordial era
criar e intensificar a sensação de espaço. Em Ronchamp, Le Corbusier lança
mão da luz do dia filtrada por janelas de vitrais coloridos, levando para o
interior o reflexo visível da luz divina.

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teoria da cor - 44
Estilo Internacional
Apresentava espaços internos padronizados e previsíveis. Esta
monotonia era refletida pelo seu exterior inerte, apenas uma caixa de vidro
escuro.

Pós Modernismo e Neomodernismo


Este movimento não nasceu de forma coesa, com princípios teóricos,
como o modernismo. São usadas cores fortes e contrastantes de materiais como
granitos, mármores e vidros, que variam segundo a tendência do arquiteto.
Edifícios pós modernos construídos nos anos 80, lembram o
resplendor dos arranha céus Art Déco dos anos 20 ou 30, tendo como exemplo
a obra de Helmut Jahn, que também projetou o terminal da United Airlines
do “O’Hare International Airport, em Chicago (1983-87), que apresenta uma
policromia intensa.

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teoria da cor - 45
Michael Graves
Sua obra ostenta elementos decorativos e cores vívidas, como o
“Humana Buiding” em Louisville, Kentucky, em granito vermelho e rosa, e o
“Public Services Building”, num esquema de cores pastel.

Outros expoentes do pós modernismo Robert Venturi, Frank Gehry,


Charles Gwathmey, Robert Stern, o “New York Five (grupo composto por
Richard Meier, John Hejduk, Charles Gwathmey, Peter Eisenman e
Michael Graves, antes citado, que foram apelidados de “The Whites” (devido
à cor dominante de seus trabalhos) e Charles Moore, que projetou a Piazza
d’Italia, em Luisiania, uma caricatura da arquitetura italiana, das formas
exageras e das cores de Pompéia

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Desconstrutivismo
A década de 90 começou com a preocupação de se adequar a
arquitetura à ecologia

Nesta época surge, em paralelo, uma tendência que passa a desafiar a


ordem estabelecida denominada de desconstrutivismo, onde as formas retilíneas
do modernismo, e até as harmonias das suas variantes mais recentes, são
relegadas em favor de formas, que parecem ter sido acomodadas sem uma
maior preocupação em nível de conjunto, causando a sensação de que estão
prestes a cair, a escorregar umas sobre as outras.

Esta característica incomoda muitas pessoas, por ir contra a conhecida


sensação proporcionada pela arquitetura de formas tradicionais, que se ergue
com naturalidade.

A cor passou a ser utilizada como um elemento intensificador do


“desequilíbrio” visual das formas.

Frank Gehry liderou esta nova corrente, seguido por arquitetos mais
teóricos, como Peter Eisenman. Gehry concebeu os edifícios como esculturas,
fazendo uso de seu bom humor, e empregou, de modo extraordinário, materiais,
cores e formas.
86 87

88

teoria da cor - 49
A Cor na História

teoria da cor - 50
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BOZAL, Valeriano; SILIÓ, Fernando; RÓDENAS, Mª. Dores.
– História Geral da Arte. Artes Decorativas I. Espanha: Ediciones del Prado, 1995.

CASSON, Lionel
– Biblioteca de História Universal LIFE. O Antigo Egito. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969.

FIELL, Charlotte & Peter


– Design do século XX. Colonia: Taschen, 2000.

GOMES, Maria Clara


– Luz e Cor: Elementos para o conforto do ambiente hospitalar. Rio de Janeiro: FAU/UFRJ, 1999.

GOSSEL, Peter; LEUTHÄUSER, Gabriele


– Arquitectura no Século XX. Colonia: Benedikt Taschen, 1996.

GYMPEL, Jan
– Historia de la Arquitectura. De la Antiguedad a Nuestros Dias. Colonia: Könemann, 1996.

HADAS, Moses
– Biblioteca de História Universal LIFE. Roma Imperial. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969.

JODIDIO, Philip
– New Forms. La Arquitectura de los Noventa. Lisboa: Benedikt Taschen, 1995.
– Contemporary American Architects. Colonia: Benedikt Taschen, 1994.

KIDSON, Peter
– O Mundo da Arte. Mundo Medieval. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora S. A, 1966.

KITSON, Michael
– O Mundo da Arte. O Barroco. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora S. A., 1966.

LASSUS, Jean
– O Mundo da Arte. Cristandade Clássica e Bizantina Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1966.

MARTINDALE, Andrew
– O Mundo da Arte. O Renascimento. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1966.

PISCHEL, Gina
– The Golden History of Art. New York: Golden Press, 1968.

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– Biblioteca de História Universal LIFE. Bizâncio. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1969.

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– O Mundo da Arte. Antiguidade Clássica. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora,1966.

ZERBST, Rainer
– Antoni Gaudi. Colonia: Benedikt Taschen, 1993.

VARLEY, Helen
– El Gran Libro del Color. Barcelona: Editorial Blume, 1982.

teoria da cor - 51
INDICE DAS ILUSTRAÇÕES
FOLHA 4 FOLHA 14
Figura 1 - Fonte:El Gran Libro del Color - pg. 25 Figura 16 - Parthenon (Atenas).
Fonte: The Golden History of Art - pg. 97
Figura 2 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 27
Figura 17 - Versão de Edouard Loviot (aspecto original do
Figura 3 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 27 Parthenon).
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 87
FOLHA 5
Figura 4 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 28
FOLHA 15
Figura 18 - Palácio de Cnossos
Figura 5 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 29
Fonte: O Mundo da Arte. Antiguidade Clássica - pg. 25
Figura 6 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 28
Figura 19 - Anfora. Museu Nacional de Atenas
Figura 7 - Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 29 Fonte: The Golden History of Art - pg. 87

FOLHA 7 Figura 20 - Vaso. Museu Arqueológico, Florença


Figura 8 - Grutas de Altamira. Fonte: The Golden History of Art - pg. 89
Fonte: The Golden History of Art - pg. 12
FOLHA 17
Figura 9 - Gruta Le Portal. Figura 21 - Mosaico (músicos).
Fonte: The Golden History of Art - pg. 13 Autor: Dioscúrides de Samos, séc. II a.C. Museu Nacional de
Nápoles.
FOLHA 9 Fonte: O Mundo da Arte. Antigüidade Clássica - pg. 110
Figura 10 - Papiro do “Livro dos Mortos” pintado pelo escriba
ANIS, XIXª Dinastia. British Museum, Londres. Figura 22 - Detalhe de Afresco. Vila dos Mistérios, Pompéia.
Fonte: The Golden History of Art - pg. 62 Fonte: The Golden History of Art - pg. 133

Figura 11 - Afresco.
FOLHA 18
Fonte: Biblioteca de História Universal LIFE. O Antigo Egito
Figura 23 - Decoração para quarto de dormir.
- pg. 118
Fonte: Bibl. de História Universal LIFE. Roma Imperial - pg. 132
FOLHA 10
Figura 12 - Afresco da tumba de CHA e sua esposa MERIE AT Figura 24 - Taça. Pintor de Nazzano. Museu de Villa Giulia, Roma.
DEIR EL MEDINA, XVIIª dinastia. Museu Egípcio, Turim Fonte: O Mundo da Arte. Antigüidade Clássica - pg. 118
Fonte: The Golden History of Art - pg. 68
Figura 25 - Jarro policromo (vidro). Séc. III a.C.
Figura 13 - Encosto do Trono de TUTANKAMON. Museu Fonte: O Mundo da Arte. Antigüidade Clássica - pg. 142
Egípcio, Cairo.
Fonte: The Golden History of Art - pg. 64 FOLHA 19
Figura 26 - Afresco (Bodas Aldobrandinas). Meados do séc. I
FOLHA 12 a.C, atribuído à Escola de APELES. Museu Vaticano, Cidade
Figura 14 - Cúpula e colunas mágicas da nave da oração para do Vaticano.
uma boa colheita – Templo do Céu, Pequim. Fonte: História Geral das Artes. Artes Decorativas I - pg. 23
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 66
Figura 27 - Recipientes romanos. Séc. I-II. Museu Arqueológico
Figura 15 - Templo Oriental. Nacional, Madrid.
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 68/69
Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 25

teoria da cor - 52
FOLHA 21 FOLHA 30
Figura 28 - Mosaico: A Procissão dos Mártires. Séc. V e VI. Figura 42 - Miniatura de meados do séc. XIII.
Igreja de S. Apolinare Nuovo, Ravena. Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 73
Fonte: O Mundo da Arte. Cristandade Clássica e Bizantina - pg. 51

Figura 29 - Mosaico: Mausoléu de Galla Placidia. Meados do Figura 43 - O Livro de Horas do Duque de Berry.
séc. V. Ravena.. Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 73
Fonte: O Mundo da Arte. Cristandade Clássica e Bizantina - pg. 53
FOLHA 31
FOLHA 22 Figura 44 - Torneio.
Figura 30 - Mosaico: A Imperatriz Teodora. Séc. VI. Igreja Fonte: El Gran Libro del Colo - pg. 77
de S. Vitale, Ravena..
Fonte: O Mundo da Arte. Cristandade Clássica e Bizantina - pg. 49
FOLHA 33
Figura 31 - Relicário ornado de jóias Figura 45 - “A Deposição da Cruz”. Capela Scrovegni, Padova
Fonte: Biblioteca de História Universal LIFE. Bizâncio - pg. 158 – GIOTTO.
Fonte: The Golden History of Art - pg. 336
FOLHA 24
Figura 32 - Templo de SHIR DAR em Samarcanda. Figura 46 - Detalhe do teto da Capela Sistina. Roma –
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 63 MICHELANGELO.
Fonte: The Golden History of Art - pg. 400/401
Figura 33 - EL MASJID-I-SHAN, em ISFAHAN.
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 63
Figura 47 – Amor Sagrado e Profano. Galeria Borghese, Roma
FOLHA 25 – TICIANO.
Figura 34 - PALA D’ORO. Séc. X a XIV. Basílica de S. Marcos, Fonte: The Golden History of Art - pg. 409
Veneza.
Fonte: O Mundo da Arte. Cristandade Clássica e Bizantina - pg. 145 FOLHA 34
Figura 48 - A Virgem dos Rochedos. National Gallery,
Figura 35 - Capa do Evangeliário de GAUZELIN DE TOUL. Londres – LEONARDO DA VINCI.
Fim do séc. X. Catedral de Nancy.
Fonte: O Mundo da Arte. Renascimento - pg. 87
Fonte: O Mundo da Arte. Mundo Medieval - pg. 27

Figura 36 - Nave da Igreja de S.Miniato, Florença. Séc. XII Figura 49 - A Escola de Atenas. Afresco da Stanza della
Fonte: O Mundo da Arte. Mundo Medieval - pg. 53 Segnatura, Vaticano – RAFAEL SANZIO.
Fonte: O Mundo da Arte. Renascimento - pg. 83
FOLHA 27
Figura 37 - Rosácea no transepto norte da Catedral de FOLHA 35
Chartres. Figura 50 - Biblioteca de San Marco, Veneza – JACOPO
Fonte: The Golden History of Art - pg. 307
SANSOVINO.
Figura 38 - Interior da Catedral de Bourges. Fonte: O Mundo da Arte. Renascimento - pg. 145
Fonte: The Golden History of Art - pg. 313
Figura 51 - Sala degli Prospettivi. Afresco, Villa Farnesina,
Figura 39 - Abóbada da Capela de N. Sa. Da Well Catedral. Roma – BALDASSARE PERUZZI.
Fonte: The Golden History of Art - pg. 319 Fonte: O Mundo da Arte. Renascimento - pg. 90

FOLHA 29 Figura 52 - Afresco. Detalhe da decoração da Sala em Cruz


Figura 40 - Ilustração de um manuscrito de alquimia do séc.
da Vila Barbaro, em Moser – VERONESE.
XVI. Rosarium Philosophorum.
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 79 Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 58

Figura 41 - Associações cores/planetas/signos do zodíaco/ Figura 53 - Pátio Interno do Palácio Medici-Ricardi em


metais e pedras preciosas. Florença – MICHELOZZO.
Fonte: El Gran Libro del Color - pg. 79 Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 54

teoria da cor - 53
FOLHA 36 FOLHA 40
Figura 54 - Vista Parcial do Salão Gasparini. Séc. XVIII. Palácio Figura 63 - Casa Vicens. Fachada da Calle de Carolines,
Real, Madrid. Barcelona.
Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 79 Fonte: Antoni Gaudi - pg. 37

Figura 55 - Vista da Gartensaal da Residenz, em Wurzburg Figura 64 - Casa Vicens. Sala de fumar.
Fonte: Antoni Gaudi - pg. 43
– Afrescos.
Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 80
Figura 65 - Casa El Capricho, Comillas, perto de Santander.
Fonte: Antoni Gaudi - pg. 51
FOLHA 37
Figura 56 - “O Transparente”de NARCISO TOMÉ. Catedral
Figura 66 - Parque Guell, Barcelona. Mosaicos do parque,
de Toledo, Espanha.
compostos a partir de pedaços de azulejos multicores e de
Fonte: O Mundo da Arte. O Barroco - pg. 18
pedaços de vidro.
Fonte: Antoni Gaudi - pg. 152
Figura 57 - Túmulo do Papa Alexandre VII. Basílica de S.
Pedro, Roma – GIANLORENZO BERNINI. FOLHA 41
Fonte: O Mundo da Arte. O Barroco - pg. 141 Figura 67 - Apartamento de S. L. Rothafel no último andar
do edifício da Radio City Music Hall, em N. Y., 1933 -
Figura 58 - Sala Etrusca. Osterley Park, Middlesex DONALD DESKEY.
– ROBERT ADAM. Fonte: Design do séc. XX - pg. 207
Fonte: O Mundo da Arte. O Barroco - pg. 151
Figura 68 - Design para uma casa de campo em
Figura 59 - Gabinete da Casinha do Lavrador. Decoração Kirkkonummi, 1902 – ELIEL SAARINEN, HERMAN
das paredes com tecido de seda bordada de JUAN LOPEX GESELLIUS & ARMAS LINDGREN.
ROBREDO, Aranjuez. Fonte: Design do séc. XX - pg. 623

Fonte: História Geral da Arte. Artes Decorativas I - pg. 83


FOLHA 42
Figura 69 - Perspectiva isométrica do interior da Casa
FOLHA 38
Schroeder em Ultrich, 1927 – GERRIT RIETVELD
Figura 60 - Gliptoteca. Munich, Konigsplatz – LEO von
Fonte: Design do séc. XX - pg. 200
KLENZE.
Fonte: História de la Arquitectura - pg. 67
Figura 70 - Sala de Jantar e convívio, com mobília de Rietveld
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 143
Figura 61 - Sainte Genevieve, Paris (Panteon)
– JACQUES-GERMAIN SOUFFOT. Figura 71 - Vista sudoeste da Casa Schroeder
Fonte: História de la Arquitectura - pg. 64 Fonte: Arquitetura do séc. XX - pg. 142

FOLHA 39 FOLHA 43
Figura 62 - Interior Romântico. Figura 72 - Escritório de WALTER GROPIUS na Staatliches
Fonte: DAS NEUNZEHNTE JAHRHUNDERT Bauhaus, Weimar, 1923.
Politik, Wirtschaft, Wissenschaft und Kunst - pg. 84 Fonte: Design do séc. XX - pg. 305

teoria da cor - 54
FOLHA 44
Figura 73 - “Fallingwater”, Vila para Edgar J. Kaufmann, em Bear Run, Pensilvania, 1935/39
– FRANK LLOYD WRIGHT.
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 194

Figura 74 - Villa Savoye, Poissy, 1929/31 – LE CORBUSIER.


Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 172

FOLHA 45
Figura 75 - HELMUT JAHN – N. Y., 1984/89
Fonte: Contemporary American Architects - pg. 17

Figura 76 - Terminal . Complex – United Airlines O’Hare International Airport, Chicago, Illinois
– HELMUT JAHN, 1983/87.
Fonte: Contemporary American Architects - pg. 17

FOLHA 46
Figura 77 - Piazza d’Italia. New Orleans, Louisiania, 1977/78 – CHARLES MOORE.
Fonte: Contemporary American Architects - pg. 45

FOLHA 47
Figura 78 - “O Ateneu”. New Harmony, Indiana – RICHARD MEIER.
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 290

Figura 79 - Showroom na Oxford Valley Mall, Bristol Township, Pensilvania, 1979


– STEVEN IZENOUR com JOHN CASE e ROBERT VENTURI.
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 277

Figura 80 - Casa Smith, em Darien, Connecticut, 1965/67 – RICHARD MEIER.


Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 280

FOLHA 48
Figura 81 - Ed. dos Serviços Públicos, em Portland, Oregon, 190/82 – MICHAEL GRAVES.
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 343

Figura 82 - Ed. de apartamentos “The Atlantis”, em Miami, Flórida, 1979/82 – ARQUITETONICA.


Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 345

Figuras 83/84 - Museu Groninger, Groninger, Holanda, 1990/94 – ALESSANDRO MENDINI.


Fonte: New Forms - pg. 22/23

Figura 85 - Chiat/Day Main Street, Venice, Califórnia, 1984/91 – FRANK O. GEHRY


Fonte: Contemporary Architects - pg. 64/65

FOLHA 49
Figura 86 - Greater Columbus Convention Center.Columbus, Ohio - 1989/93 – PETER EISENMAN
Fonte: Contemporary American Architects - pg. 60

Figura 87 - Instituto de Pesquisa Hysolar da Universidade de Sttutgart, 1987 – BENISCH & PARTNER
Fonte: Arquitetura do século XX - pg. 359

Figuras 88 - University of Toledo Art Building. Toledo, Ohio - 1990/92 – FRANK O. GEHRY
Fonte: Contemporary American Architects - pg. 69

teoria da cor - 55
CIÊNCIA DAS CORES

CROMOLOGIA
Cromo = cor; logia – lógica, discurso
É o estudo físico das cores. A partir da análise da natureza da luz, esta
ciência investiga e elucida a origem das cores no espectro eletromagnético e
suas características particulares: comprimento de onda, freqüência e velocidade.

CROMOSOFIA
Cromo – cor; sofia – sabedoria
É a ciência que estuda a significação da cor e seu papel na vida do
homem, suas influências na personalidade e na psique humana. É a sabedoria
do uso das cores nas decorações, nos ambientes, nos objetos visíveis, roupas,
etc., para proporcionar conforto e bem estar ao ser humano.

CROMOTERAPIA
Cromo – cor; terapia – tratamento
É a ciência que utiliza a radiação luminosa do espectro colorido para
promover processos de reorganização das estruturas físicas/espirituais do ser
humano para a restauração de sua saúde.

Estas 3 ciências propiciam a harmonização do homem com seus


ambientes – o corpo, a casa, a Terra, o Universo.

PERCEPÇÃO HUMANA
Pode-se afirmar que a percepção é o primeiro momento psicológico do ser.

R. H. Day, define percepção como “o contato que o organismo mantém


com seu ambiente, seu estado interno, sua própria postura e movimento”,
cujo processo “consiste no recebimento de mudanças na energia que incide
sobre as células receptoras, a transdução desta energia em impulsos elétricos
nas células nervosas e a codificação dos impulsos para preservar a informação
sobre os eventos externos e internos, transmitidas pelos padrões de estimulação
de energia”.

A percepção portanto, está subordinada simultaneamente a 3 fatores:


os estímulos, o equipamento fisiológico e as condições psicológicas.

teoria da cor II -3
ESTÍMULO
É a solicitação energética do meio exterior, que tem a capacidade
de produzir excitação em um órgão receptor do sistema nervoso, passando
a ser o foco de atenção, quando percebido consciente ou inconscientemente.
A característica primordial da estimulação é a energia. É portanto, a
transformação da energia em eventos elétricos no sistema nervoso.
Pode ser classificado em: acústico, luminoso ou eletromagnético,
mecânico, térmico, químico e elétrico.
E avaliado segundo o seu teor: qualitativo, quantitativo ou de
intensidade, temporal ou de duração e espacial.

SENSAÇÃO
1
É um fenômeno cognitivo provocado pelos estímulos, que
impressionando os sentidos, proporcionam ao indivíduo sob seu ponto de vista
particular, um conhecimento global e as propriedades específicas dos objetos
como, por exemplo, a sua cor. É de fundamental importância para os seres
humanos, por ser a base de sua vida psíquica.
Pode ser caracterizada por sua qualidade, intensidade, e por
sua duração.

SENTIMENTO E EMOÇÃO
A emoção é simultaneamente uma observação psicológica e um estado
fisiológico. Pode ser explicada como sendo uma experiência afetiva instantânea,
ou seja, um desejo de aproximação ou afastamento de pessoas ou objetos,
desencadeada por um fator excitante, que sempre é acompanhado por reações
orgânicas, motoras ou glandulares demasiadas.
As 4 emoções principais presentes desde a infância são: alegria,
tristeza, medo e raiva.
A psicofísica mede as sensações, de modo esmerado, em relação
ao referencial de estímulos físicos e, para isto, precisa avaliar os seguintes
pontos essenciais: a detecção, a discriminação, o reconhecimento, a
formação de escalas.
A psicologia sensorial, estuda com maior ênfase a percepção visual,
devido ao reconhecimento de que o homem é um ser predominantemente visual.
A luz e a cor que o envolve, são estímulos visuais que podem ser
responsabilizados por seu estado emocional, exercendo uma influência direta
na sua psique pois, segundo Kandinsky, “A cor é o toque, o olho o martelo
que faz vibrar a alma, o instrumento de mil cordas”.

teoria da cor II -4
1

teoria da cor II -5
II - ASPECTOS FUNDAMENTAIS NO ESTUDO DAS CORES

1 – FÍSICA ATÔMICA
Fonte de entendimento de todos os fenômenos materiais. Nos revela
a estrutura básica e nos mostra que, neste campo, não existe diferença entre
matéria e energia.

2 – FÍSICA CLÁSSICA
Explica como se realiza um estímulo de cor, mediante oscilações
magnéticas diferentes. Experimentos óticos para decomposição da luz em
espectros e análise espectral da matéria.

3 – CROMATISMO
Resultados que se podem esperar com segurança matemática,
misturando matérias colorantes ou luzes coloridas em uma proporção
quantitativa determinada. Nos indica as relações e leis que existem
entre as cores.

4 – TEORIA DAS CORES


A partir dos resultados das misturas de cores sólidas e luzes coloridas,
podem ser desenvolvidas teorias da cor e sistemas de ordenação, que tem a
finalidade de mostrar a diversidade dos fenômenos de cor, em uma conexão
lógica e compreensível, assim como de representá-los em esquemas gráficos.

5 – REPROTÉCNICA
Produção de extratos colorantes; é o passo definitivo, preparatório para
as técnicas de impressão mais diversas. Analisa cada matiz de uma imagem
multicor, quanto à mistura de seus componentes.

6 – INDÚSTRIA DE IMPRESSÃO
É a aplicação de determinadas cores (pasta de cor) sobre qualquer
material (matéria a estampar).Com a ajuda da reprotécnica e a posterior técnica
de impressão, é possível produzir ilustrações multicolores em quantidades
industriais.

7 – QUÍMICA
As matérias colorantes, pigmentos e pastas de cor, são produzidas por
procedimentos químicos. Os pigmentos dão seu aspecto de cor às tintas de
impressão, esmaltes e pinturas a óleo.

teoria da cor II -6
8 – FOTOQUÍMICA
Possibilita a fotografia colorida.

9 – QUÍMICA ORGÂNICA
Cor e função biológica estão juntas, em relação direta.
Para toda a vida do mundo, a luz é fonte de energia indispensável para
as plantas, os animais, os homens.

10 – MEDICINA
A cor ajuda na investigação e diagnóstico; pode ser, também, fator
importante na terapia.
Desde as épocas mais remotas, o homem sempre teve fé no poder
curativo das cores.
Nos tempos antigos, se moíam, ou se submergiam em água, para utilizá-
las como remédio contra alguma enfermidade:

- - berilo amarelo: icterícia


- - hematitas: hemorragias e perturbações do sangue
- - diamante cortado em prisma: cura tudo

Em quase todas as culturas, se estabeleceu um nexo entre cor e


diagnóstico médico, que até hoje se usa: a análise da cor da pele, da língua,
dos olhos, e das secreções do corpo, continua sendo a base do diagnóstico.
A cor aliada à tecnologia espacial, permite agora, diagnosticar a
doença e a disfunção das partes mais inacessíveis do corpo: sonografia,
termografia, etc.
CROMOTERAPIA – equilíbrio por meio da cor, tratamento com luzes
coloridas.

11 – FISIOLOGIA
Percepção da cor. Como se chega à sensação da cor no consciente do
Homem? É o campo da fisiologia, da ciência sobre a atividade das células,
tecidos e vísceras.

12 – PSICOLOGIA
A influência que determinadas cores exercem no subconsciente do
homem é de natureza psicológica, e portanto, a questão de que tal cor está apta
para tal finalidade, precisa de uma constatação psicológica.

teoria da cor II -7
13 – PSICOLOGIA PROFUNDA
Pesquisa o estado espiritual e inclusive transtornos existentes no
subconsciente, através da escolha pelo indivíduo, das cores que lhe são
simpáticas, quais indiferentes e quais antipáticas.
Este método foi desenvolvido cientificamente pelo prof. Lüscher,

14 – SIMBOLISMO
A Psicologia profunda desemboca no Simbolismo, no significado
simbólico da cor. As cores estão fixas no subconsciente do homem, com
diferentes valores.

16 – POESIA
Pode-se chamar também, “arte plástica com outros meios”. O material
do poeta não é um produto ótico e sim de som, o ritmo do idioma, a palavra.

16 – TEOLOGIA
Onde está a fronteira entre poesia e teologia? O primeiro livro de Moisés
começa: “no começo Deus criou o céu e a terra. A Terra estava deserta e
vazia, e as trevas cobriam o abismo, porém Deus estava flutuando sobre a
superfície das águas. Deus disse: Faça-se a luz...”. Se assinala como primeira
obra de Deus, a criação da luz, depois de criar o céu e a terra. Que grande
importância foi dada à luz! A luz, energia misteriosa, da qual praticamente
depende a vida, que a criou e segue criando. A luz contém toda a cor visível.

17 – FILOSOFIA
Sempre serão os filósofos os que, em busca do entendimento,
investigam e exploram a distância que media entre a religião e a física nuclear.
A eles corresponde ordenar em uma linguagem lógica do mundo tanto os
conhecimentos mais modernos da ciência, como as velhas tradições de
religiões e mitos.

Este esquema gráfico num plano bidimensional, mostra


diferentes perspectivas que permitem ver o mesmo problema sob
aspectos totalmente diferentes.
Acrescentando um componente essencial: a evolução histórica de todos
esses campos do saber, o sistema de reflexão ampliado seria um cone, de cujo
vértice partiriam todas as linhas da história evolutiva de cada uma das
especialidades. O vértice do cone, com ponto zero, caracteriza o estado de
absoluta ignorância da humanidade. O vértice do cone, com ponto zero,
caracteriza o estado de absoluta ignorância da humanidade.

teoria da cor II -8
II 1 - ASPECTOS FÍSICOS

• produção dos fenômenos coloridos, particularmente a decomposição


da luz branca em cores espectrais (experiência de Newton e o
problema da cor dos corpos)
• mistura de luzes coloridas
• comprimento das diversas ondas coloridas e o número de vibrações

Grandezas que caracterizam a luz e sua transmissão:


Energéticas – podem ser avaliadas em função da energia transportada
pela luz
Sensoriais – dependem dos fatores fisiológicos e psicológicos
Fotométricas ou colorimétricas – são as que podem determinar em
condições convenientemente precisas, um olho médio convencional.

II 1.1 - Aparecimento da cor em função da luz


– Evolução do pensamento físico
O mistério da criação, as investigações da natureza, sempre exerceram
grande fascínio sobre o homem ao longo da história da humanidade.
Os enigmas da luz e da cor, experiências sensoriais mais ricas, presentes
no Universo, desafiaram grandes mentes da história que, entre o dualismo das
ordens de idéias da ciência e da fé, foram sendo esclarecidos.

A luz (e a cor que a acompanha) é um fenômeno primordial,


onipresente. A cor está em toda parte, ela interessa a todos. Sempre ela é
motivo de um debate de físicos, fisiologistas, médicos, psicólogos, sociólogos,
industriais, artistas,....

Uma coisa é certa: onde há cor, há vida.

As perguntas: o que é a luz?; de que maneira e com que velocidade


se propaga?; como é produzida e percebida?; por que razão os objetos
apresentam cores diferentes?, foram sendo respondidas no decorrer do
desenvolvimento da ciência, por meio de teorias acerca da natureza da luz,
da cor e do processo de visão.

Os primeiros relatos documentados sobre conhecimento científico


de natureza qualitativa, para a explicação dos fenômenos naturais, envolvem
argumentos filosóficos e datam do período grego, admitindo que o
conhecimento da realidade que nos cerca se faz através dos sentidos, por
informações sucessivas, principalmente as visuais, como luzes e cores..

teoria da cor II -9
Aristóteles foi o primeiro a investigar o fenômeno das cores, e concluiu
que a matéria orgânica é a responsável pela geração da cor. Acreditava que as
cores eram fruto da mistura do branco com o preto.
Para ele, o objeto em si não possui a cor, apenas assume um aspecto
colorido que pode ser alterado por determinados fatores, como o sol, fumaça
ou neblina.

Partindo da certeza de que a luz participava do processo da visão,


perguntava Platão: “Como os deuses encarregados da composição dos corpos
mortais fabricaram os olhos? O funcionamento do olho, o processo da
percepção visual eram enigmas fascinantes para o homem, que buscava decifrá-
los com teorias, algumas das quais partiam do princípio de que a visão dependia
das coisas, e outras, de que a visão dependia de nossos olhos

No séc. V a.C. Leucipo e Demócrito acreditavam que o olho era


constituído de átomos d’água que, como um espelho, refletia átomos de fogo
(luz) emitidos pelos objetos luminosos ou iluminados que pairavam soltos no ar.
Epicuro afirmava que a superfície das coisas emitia representações
dessas mesmas coisas que voejavam pelos ares, ou seja, clones formados de
matéria sutilíssima invadiam o olho, levados pelos raios luminosos do sol, das
estrelas, da lua e impressionavam a retina causando as imagens, as cores. O
olho, bastando estar aberto, acolhia as imagens passivamente.
Esta teoria ficou conhecida como “Teoria Perceptiva”. Surge a
“Teoria Emissiva”, que contrariava a anterior, defendida pelos pitagóricos,
platônicos e neoplatônicos, onde o olho, como um farol, emitia raios luminosos
que se propagavam no espaço atingindo os objetos. Deste choque surgia, então,
a sensação visual.

Segundo Platão, é o fogo que provoca a claridade, o brilho. Definia as


cores como “uma espécie de chama que escapa dos corpos e cujas partes, se
unindo simetricamente com os olhos produzem a sensação.

Aristóteles em sua lógica questionava: “Se os olhos fossem meros


espelhos, como explicar que, entre os demais espelhos, sejam os únicos que
vêem? Se a visão resultasse da luz emitida pelos olhos, como explicar que não
tenham poder para ver na escuridão?”
Aliando as duas teorias concluiu que o olho tem a capacidade para
ver, mas que depende para isto da luz e que a luz depende do meio para sua
propagação, o translúcido (água, ar, éter).

teoria da cor II - 10
Na Idade Média pouco se falou sobre luz e cor. As artes e o pensamento
foram sufocados sob as trevas medievais. “A sabedoria do passado foi
esquecida, condenada pela Igreja como paganismo, a raiz de todo mal”. Como
as tentações da carne dependem dos cinco sentidos conduzindo os homens à
danação eterna, todo conhecimento adquirido por meio dos sentidos, como o
estudo da natureza, era considerado uma perversão à moral e à virtude cristã,
levando à corrupção da alma. As respostas para todas as indagações da época
eram encontradas na Bíblia e a Igreja transformou-se em símbolo de civilização
e ordem social, diante da desordem e decadência moral que enfraquecia o
Império Romano.

Na Renascença, Leon Batista Alberti, teórico das artes visuais,


procurou expor os princípios do estudo da cor elaborados na Antigüidade por
Plínio, de modo claro e ordenado, para facilitar a sua compreensão.

Plínio considerava 3 cores principais: o vermelho vivo, a cor da


ametista e a cor conchífera (proveniente de moluscos), que são bem próximas
das cores que a física moderna considera como básicas. Seus conceitos foram
aprofundados, posteriormente, por Leonardo da Vinci

Da Vinci aplicou seu excepcional intelecto à ciência da visão, da cor


e da luz. Imerso em suas sensações visuais, refletidas em suas pinturas como
primeira verdade de todas as coisas, deslumbrou-se com o milagre da visão:
“Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro? ...É a janela do corpo
humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitando a
prisão do corpo que, sem esse poder, seria um tormento.... O admirável
necessidade! Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria capaz de
absorver as imagens do universo”
O olho humano inventava, conquistava e era considerado por ele como
“o senhor da astronomia, autor da cosmografia, conselheiro e corretor de todas
as artes humanas....É o príncipe das matemáticas”

teoria da cor II - 11
TEORIA DAS CORES DE LEONARDO DA VINCI
Formulações teóricas esparsas contidas em seus escritos, reunidas
postumamente no Livro: TRATADO DA PINTURA E DA PAISAGEM –
SOMBRA E LUZ, que se dirigiam aos pintores da época, embora suas
investigações no campo da cor já estivessem relacionadas à ótica, à física, à
química e à fisiologia.

“Chamo cores simples, àquelas que não podem ser feitas pela mescla
de outras cores (...). O branco, ........ o pintor não poderia privar-se dele, e por
isso, o colocamos em primeiro lugar. O amarelo, o verde, o azul, o vermelho e
o preto, vem em continuação”.
Insistia na inclusão do branco e do preto na escala, como única maneira de
se poder revelar a característica do valor da cor, expressa em grau de luminosidade.
Com relação aos elementos naturais, diria: “O branco eqüivale à luz,
sem a qual nenhuma cor é perceptível; o amarelo representa a terra; o verde a
água; o azul o ar; o vermelho o fogo e o preto as trevas”.
Leonardo foi o primeiro a demonstrar da forma experimental, que o
branco é composto pelas demais cores, e afirmava: “O branco não é uma cor,
mas o composto de todas as cores”.

Descartes definiu a luz como “uma forma de pressão propagando-se


através do plenum material” e as cores como “sensações que Deus excita em
nós, segundo os diversos movimentos que levam esta matéria a nossos órgãos”.

Em 1678, Huygens descobre a polarização da luz.

Em 1801, Thomas Young se interessou pelo estudo do processo da


visão cromática. Concluiu que “o olho humano apresenta na retina 3 tipos de
células, cada uma delas responsável pela visão de uma cor primária (vermelho,
verde, azul), e pela combinação delas, podiam ser produzidas todas as outras
cores, inclusive o branco“. Denominaram de “TEORIA DA VISÃO
TRICROMÁTICA”.

HERING, discordando dessa teoria, diz que a retina teria os 3 tipos


de células, sendo cada uma delas responsável por um par: vermelho-verde,
azul-amarelo, preto e branco

Newton com os experimentos do disco e dos prismas opostos,


demonstrou a síntese da luz, concluindo que a luz branca nada mais era do que
o produto da superposição das sete cores do arco-íris.

teoria da cor II - 12
John Dalton percebeu, ainda jovem, sua cegueira por algumas cores.
Em 1798, relatou que ele e seus irmãos podiam distinguir no máximo 3 cores:
amarelo, azul e violeta. Pesquisou este fenômeno visual, que passou a ser
conhecido como daltonismo.

Em 1820, Johann Wolfgang Goethe nota em seu TRATADO DAS


CORES: “Em geral, os humanos experimentam um grande bem estar à vista
da cor. O olho tem necessidade dela, como ele tem necessidade da luz.
Lembremos o reconforto sentido quando, depois de um dia cinza, o sol vem
brilhar em um ponto da paisagem e torna as cores visíveis...”
Segundo sua teoria, existiam 6 cores primárias – amarelo, verde, azul,
violeta, vermelho e laranja – que eram vistas sob as condições naturais da luz
do dia. A cor era composta de luminosidade ou sombra. Não admitia a idéia
da luz ser uma composição de cores Sua teoria não tinha o amparo da física,
suscitando uma grande oposição.
Considerava a cor como um efeito, que embora dependente da luz,
não era a própria luz. E assentava sua teoria sobre a existência de 3 tipos de
cores: “as cores primeiramente como algo que faz parte da vista, são o resultado
de uma ação e reação da mesma; em segundo lugar, como fenômeno
concomitante ou derivado de meios incolores e, finalmente, como algo que
poderíamos imaginar como parte integrante dos objetos. As primeiras
denominamos fisiológicas, as segundas físicas e as terceiras químicas.
Demonstrando que as cores fisiológicas são produzidas pelo órgão
visual, sob ação de uma excitação mecânica, ou como forma de equilíbrio e
compensação cromática e influenciadas pela ação do cérebro, Goethe fez
avançar a caracterização da cor como sensação que se transforma em percepção.
Contrariava Newton, porque não admitia que a luz branca fosse formada
pelas diferentes luzes coloridas do espectro.
Historicamente, seu maior mérito reside em ter percebido as questões
essenciais que abririam caminho às pesquisas, realizando o mais especulativo
dos trabalhos escritos até hoje sobre a utilização estética da cor, destacando a
influência dos elementos da física, química, filosofia, fisiologia e psicologia,
enquanto que a teoria de Newton tratou apenas a cor como fenômeno físico.

teoria da cor II - 13
II.1.2 - Experiência de Newton

Energia radiante
Há inúmeras formas de energia, desde os infinitamente pequenos
raios cósmicos, Raios X, até os raios de calor, de televisão, de rádio – estas
emanações são ondas de energia eletromagnética com uma freqüência
extremamente rápida (milhões de vibrações/seg.) e freqüências diferentes
entre si e invisíveis aos nossos olhos.

teoria da cor II - 14
Espectro colorido

É constituído de elementos que nada mais são do que ondas de


comprimentos diferentes e que impressionando fisiologicamente o olho humano
causam sensações diferentes, É limitado em um extremo pela luz vermelha
(mais baixo número de vibrações/seg. e consequentemente a onda de maior
comprimento, pois a freqüência é inversamente proporcional ao comprimento
de onda) e no outro extremo, pela luz violeta, de mais alta freqüência e portanto,
ondas de menor comprimento.

teoria da cor II - 15
Dados objetivos mais elementares da cor:

• Uma energia: a luz


• Um corpo onde a superfície absorve ou reflete toda ou parte da luz
incidente
• A percepção pelo olho, de uma cor

Definitivamente, o que é cor? Nada mais do que uma SENSAÇÃO.

SENSAÇÃO DA COR

• Elemento físico (luz)


• Elemento fisiológico (olho)

PERCEPÇÃO DA COR

• Elemento físico (luz)


• Elemento fisiológico (olho)
• Dados psicológicos

ESTÍMULOS

1. COR LUZ – radiação luminosa visível que tem como síntese


aditiva a luz branca. Sua melhor expressão é a luz solar, por reunir de
forma adequada todas as cores existentes na natureza. As faixas coloridas
que compõem o espectro solar, quando tomadas isoladamente, uma a uma,
denominam-se luzes monocromáticas.

2. COR PIGMENTO – substância material, que conforme sua


natureza absorve, refrata e reflete os raios luminosos componentes da luz
que se difunde sobre ela. É a qualidade da luz refletida que determina a
sua denominação.

teoria da cor II - 16
II.1.3 – Definição de cor

É a sensação provocada pela ação da luz sobre o órgão da visão. Seu


aparecimento está condicionado à existência de 2 elementos: a luz (objeto
físico, agindo como estímulo); o olho (aparelho receptor, funcionado como
decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alternando-o através da função
seletora da retina).

A cor característica de cada corpo, prende-se à faculdade que este tem


de absorver uma parte da luz incidente e refletir a outra.

teoria da cor II - 17
II.1.4 – Processo da visão

O olho tem a missão de dirigir radiações visíveis à membrana reticular.


Esta recolhe o estímulo físico (estímulo de cor) e o transforma em excitação
fisiológica. A excitação é dirigida por cada um dos receptores da mensagem
reticular por meio de fibras nervosas ao nervo ótico e por este ao cérebro. Na
“régio calcarina” que está conectada com a córtex cerebral, esta excitação se
transforma em uma sensação e esta por sua vez, em visão consciente.

O sistema visual humano é o mais complexo de todas as espécies.

Dois sistemas distintos operam em conjunto para processar as imagens:


• Sistema ótico formado pelos globos oculares, constituídos de 3
membranas concêntricas entre si - esclerótica, coróide, retina – e, por um
conjunto de meios dióptricos que compreende a córnea, o cristalino, o humor
aquoso e o corpo vítreo;
• Sistema neurológico composto pelos nervos e pelo cérebro. O nervo
ótico faz a ponte entre a retina e o cérebro. Cerca de um décimo da área
localizada na parte posterior do córtex cerebral se encarrega de selecionar os
estímulos, centralizar e comandar os fenômenos da visão de várias categorias.

teoria da cor II - 18
8
9

O funcionamento do olho humano, semelhante ao de uma “câmera


fotográfica”, é um processo complexo e instantâneo, realizado à
velocidade da luz.

OLHO – forma esférica e diâmetro = 24mm, revestido externamente


por um invólucro branco: esclerótica

CÓRNEA – parte da frente do olho; é transparente e convexa. Devido


à sua curvatura, atua como lente convexa.

HUMOR AQUOSO (câmara anterior do olho) – atrás da córnea

HUMOR VÍTREO (câmara posterior do olho)

CRISTALINO – devido à sua curvatura variável, é capaz de projetar


na retina com toda exatidão, objetos que estejam a diferentes distâncias, uns
atrás dos outros.

IRIS – na frente do cristalino, dotada de um orifício que funciona


como diafragma, limitando o feixe de raios luminosos que penetram no olho.

teoria da cor II - 19
A face interna da esclerótica é forrada pela coróide, constituída por
vasos sangüíneos que alimentam o olho, sendo sua superfície exterior revestida
por uma membrana fotossensível denominada retina.

RETINA – camada superior ou pigmentar e inferior ou nervosa, que é


um desenvolvimento do nervo ótico.
Na superfície da retina nota-se a divisão de duas áreas compostas pelos
elementos fundamentais da percepção visual, os cones e bastonetes.

A parte central da retina ou fóvea retiniana, é constituída pelas fibras


nervosas denominadas cones devido à sua forma. São responsáveis pela visão
colorida, e em número de 7 milhões.

Envolvendo a fóvea encontram-se os bastonetes (100 milhões),


sensíveis às imagens em preto e branco.

No fundo do olho, correspondendo à parte central da retina, há uma


interrupção dos cones e bastonetes, num ponto, denominado ponto cego,
correspondente à localização do nervo ótico. É por esse nervo, que as impressões
visuais se transmitem ao cérebro.

A retina tem a capacidade de se adaptar progressivamente à quantidade


da luz do ambiente. O processo de sensibilização da retina pela luz é
indiscutivelmente a base do fenômeno da visão.

teoria da cor II - 20
II.2 – ASPECTOS QUÍMICOS
Estudo da constituição molecular dos pigmentos, o problema da
conservação das cores e de sua resistência à luz, e a preparação das cores
sintéticas.

II.2.1 – Classificação das cores

CÍRCULO CROMÁTICO
Diagrama cromático, baseado na disposição ordenada das cores básicas
e de seus componentes binários, os quais dividem o círculo em 3, 6, 24 setores
ou tons. A ordem da sucessão é a mesma do espectro.

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11

12

teoria da cor II - 21
COR PRIMÁRIA OU GERATRIZ

Cada uma das 3 cores indecomponíveis que,


misturadas em proporções variáveis, produzem todas
as cores do espectro: amarelo, magenta e cian.
13

COR SECUNDÁRIA

É a cor formada em equilíbrio ótico por duas cores


primárias: vermelho, verde, violeta.
14

COR TERCIÁRIA

É a intermediária entre uma cor secundária e qualquer


uma das primárias que lhe dão origem.

15

CORES COMPLEMENTARES

São as cores que mutuamente se neutralizam, resultando no cinza


neutro. Opostas no círculo das cores; uma é quente e a outra é fria.

COR PURA

Corresponde às diferentes faixas espectrais monocromáticas. Cada cor


é caracterizada fisicamente, por seu comprimento de onda.
Chamamos cores puras, às cores no seu mais alto grau de saturação.

CORES QUENTES E FRIAS

Depende do comprimento de onda dominante. As cores quentes são


as de menor comprimento de onda e maior número de vibrações/seg.; as
cores frias são as de maior comprimentos de onda e menor número de
vibrações/seg.

teoria da cor II - 22
II.2.2 – Mistura de cores

ADITIVA
Mistura de luzes coloridas.
Luzes primárias: verde, laranja e violeta
Mistura de 2 a 2: a cor secundária
Mistura das 3: luz branca

16

SUBTRATIVA
Mistura de cor pigmento.
Cores primárias: amarelo, magenta, cian
Mistura de 2 a 2: cor secundária
Mistura de 3: preto

17

teoria da cor II - 23
II.2.3 – Características das cores na percepção

TOM ou TINTA
• Sensação primordial da cor.
• Variação qualitativa da cor, ligada ao comprimento de onda e sua radiação;
• Comprimento de onda dominante que dá o nome do tom.

SATURAÇÃO ou INTENSIDADE ou CROMA


• Pureza ou saturação em relação ao branco.
• Refere-se ao grau de predomínio de um dos comprimentos de onda em que
ela possa ser separada pelo prisma.

LUMINOSIDADE ou VALOR ou BRILHO


• Em relação ao preto ou cinza.
• Montante de energia física existente na luz.
• A intensidade ou brilho diz respeito à maior ou menor iluminação que
incide sobre a superfície.

18 19

20

teoria da cor II - 24
21 22

Tom rompido

• Quando a pureza da cor é atenuada pela mistura em uma determinada


proporção, de sua complementar.
• Misturadas em quantidades oticamente iguais, duas cores
complementares criam um cinza.

23

teoria da cor II - 25
INDICE DAS ILUSTRAÇÕES
FOLHA 5
Figura 1 – Círculo cromático das especialidades
Fonte: Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 14

FOLHA 14
Figura 2 – Oscilações eletromagnéticas (radiações)
Fonte: Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 41

Figura 3 – Espectro Ótico


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 14

FOLHA 15
Figura 4 – Refração do raio de luz branca
Fonte: Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 43

Figura 5 – Subdivisão da luz branca


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas

FOLHA 17
Figura 6 – A luz refletida nos pigmentos
Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 31

FOLHA 18
Figura 7 – Mecanismo da visão
Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 15

FOLHA 19
Figura 8 – Seção transversal do olho
Fonte: Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 23

Figura 9 – Seção transversal da retina


Fonte: Color: Origem, Metodologia Sistematización, Aplicación – pg. 26

FOLHA 21
Figura 10 – Círculo cromático em 24 partes segundo Ostwald
Fonte: Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 69

Figura 11 – Círculo cromático


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 52

Figura12 – Círculo cromático


Fonte: Le Harmonie del Colore – pg. 98

FOLHA 22
Figura 13 – Cores Primárias
Fonte: Le Harmonie del Colore – pg. 97

Figura 14 – Cores Secundárias


Fonte: Le Harmonie del Colore – pg. 97

Figura 15 – Cores Terciárias


Fonte: Le Harmonie del Colore – pg. 97

teoria da cor II - 26
FOLHA 23
Figura 16 – Mistura aditiva
Fonte: : Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 77

Figura 17 – Mistura subtrativa


Fonte: : Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación – pg. 79

FOLHA 24
Figuras 18, 19, 20 – Tons com mistura de cinzas, variação do tom, variação de saturação
Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas– pg. 57

FOLHA 25
Figura 21– Circulo de Harmonização (tons e valores)
Fonte: Da cor à cor inexistente – pg. 154

Figura 22– Circulo de Harmonização (tons e valores)


Fonte: Da cor à cor inexistente – pg. 155

Figura 23 – Tom rompido


Fonte: Da cor à cor inexistente – pg. 149

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FABRIS, S.; GERMANI, R. – Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas.


Barcelona: Ediciones Don Bosco, 1979

GARAU, Augusto - Le Harmonie del Colore.


Milano: Ulrico Hoepli Editore S.p.A, 1999

KÜPPERS, Harald – Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación.


Caracas: Editorial Lectura, 1973

PEDROSA, Israel – Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda., 1977

teoria da cor II - 27
II.2 .4 – FORMAS DE REPRESENTAÇÃO

Todos os matizes cromáticos de uma cor estão entre o branco do papel


e a saturação plena da cor.
A possibilidade de variação de uma cor básica subtrativa é
unidimensional.
Não se pode ilustrar de modo unidimensional as possibilidades de
mistura de duas cores. Uma segunda cor, supõe a segunda dimensão.

a) bidimensional
1

1671 – Quadro das cores de Athanasius Kirchner


1745 – Triângulo das cores de Tobias Mayer

Estrela das cores de Johannes Itten

teoria da cor III -3


b) tridimensional – esfera, cubo, etc.

Para ordenar as 3 dimensões da cor, é necessário um sistema


tridimensional.

1885 – cubo das cores de Charpentier


1952 – cubo das cores de Hickethier

4 5

6 7 8

teoria da cor III -4


1810 - Esfera das cores de Philippe Otto Runge

1915 – Duplo cone de Wilhelm Ostwald

10

1728/77 – Pirâmide de Heinrich Lambert


1745 – Dupla pirâmide de Tobias Mayr

11 12

teoria da cor III -5


1910 - Cilindro de Prase
1958 - Romboedro de Harald Kuppers
1962 - Manfred Richter - DIN 6164

13 14 15

Sólido de Munsell

16

teoria da cor III -6


1931 – Sistema IBK ou Sistema CIE
(Comission Internationale de l”Eclairage)

17
18

19 20

teoria da cor III -7


II.2.5 – COMBINAÇÃO E HARMONIA DAS CORES

HARMONIA DAS CORES


Harmonizar é compor, construir um conjunto, onde todas as cores,
compostas umas em função das outras, contribuem para formá-lo.
Significa equilíbrio, simetria de forças.
Duas ou mais cores são harmoniosas, quando elas resultam numa
mistura cinza neutro
O principio fundamental da harmonia deriva da lei das
complementares exigido pela fisiologia.
Harmonia na música, é a união dos sons acordes, a combinação entre
os que integram um esquema.
As cores são para um pintor (artista, arquiteto, etc.) o que as notas são
para a música.
A natureza nos dá uma sábia lição na harmonização das cores, deixando
as puras e fortes para os pequenos acentos e harmonizando as áreas menores
com cores pouco saturadas e com variações outras. As grandes massas de
uma paisagem são gradações baixas, matizes sutis, cinzas e castanhos. Os
pequenos acentos de cores puras que animam o conjunto ou esquema, são
flores, insetos, pássaros, etc.
Portanto, não se deve procurar o efeito isolado da cor, mas o esquema
agradável do qual ela participa, porque em nossa organização estética, as cores,
além dos fatores de beleza e atração, exercem ação estimulante tão importante
como a luz do sol.
A Natureza, a harmonia das harmonias, oferece ao homem o espetáculo
das cores. Todos “olham as cores de maneira idêntica, porém sentem-nas de
formas diferentes”. Daí, a diversidade de sua interpretação pelo homem.
Segundo GEORGES PATRIX “A cor é a música do silêncio”.
JOHN LOCKE, filósofo, em 1690 contava sobre um cego: “Depois
de ter quebrado a cabeça para compreender como eram os objetos visíveis,
para entender esses nomes de luzes e cores.... finalmente compreendeu o que
significava o vermelho escarlate... era como o som de uma trombeta”.
OTSWALD dizia: “Harmonia é ordem; ordenar os valores cromáticos
de uma composição, segundo determinadas proporções entre tom e superfície,
entre poder expressivo e significado.

teoria da cor III -8


JUAN VERANI chama de composição harmônica, aquela em que
cada uma das cores tem uma parte de cor comum a todas as demais; composição
contrastante, a que se realiza entre cores que não tem nada em comum.
A música proporciona a melhor analogia para a cor (também
compartilham o vocabulário com termos como “harmonia” e “tom”) e a
atribuição das cores aos sons, não é pouco comum entre pintores e músicos.
Uma boa harmonia é simplesmente uma construção colorida adequada
em relação ao tempo e ao espaço, portanto, em relação ao homem, que num
determinado lugar e momento, vive estas duas dimensões.
“A arte, é o resumo de uma sociedade e de seu tempo no Tempo”.

21

teoria da cor III -9


ACORDES CONSONANTES E DISSONANTES
Uma cor combina com outra por afinidade, semelhança, aproximação,
etc., ou por contraste, dessemelhança, oposição, etc.

Segundo ISRAEL PEDROSA, podemos classificar as harmonias em:


a) HARMONIA CONSONANTE
Afinidade de tons entre si, pela presença de uma cor geratriz comum,
que participa de maneira variável na estrutura de todas elas.

b)HARMONIA DISSONANTE
Dois tons que se complementam formam sempre uma dissonância.

c) HARMONIA ASSONANTE
Larga escala harmonizada (acorde múltiplos), em que várias cores
tônicas se eqüivalem em nível de saturação e criam, por semelhança ou
aproximação estrutural um acorde tônico, valorizado pela organização e
qualidade de outros acordes que funcionam como cor dominante e de passagem.

De um modo geral pode-se dizer que: todos os pares de complementares,


todos os acordes triplos onde as cores sobre o círculo cromático dividido em
12 partes iguais se encontram em relação formando um triângulo equilátero
ou isósceles, ou acordes quádruplos formando um quadrado ou um retângulo,
são harmoniosos.

22

teoria da cor III - 10


A harmonia das cores é dividida em duas categorias:
• Harmonia das cores relacionadas
São as combinações entre cores que possuem em sua composição uma
parte básica da cor comum a todas.

Podem ser subdivididas em:


-Esquema harmônico neutro (escala acromática): composto pelo
cinza formado pela mescla do branco e preto.

23

-Esquema harmônico monocromático: formado por uma única cor,


com diferentes valores de tom ou saturação, em intervalos iguais ou não, da
escala monocromática.

24

teoria da cor III - 11


-Esquema harmônico análogo: combina-se normalmente, até 3 cores
vizinhas no círculo das cores.

25

• Harmonia das cores contrastantes


São combinações de cores totalmente diversas entre si, todas na mesma
tonalidade, ou com tons diferentes entre as próprias cores. As combinações
usadas com maior freqüência são as de cores complementares.

-Esquema harmônico complementar: formado por matizes


diretamente opostos entre si no círculo das cores.

26

-Esquema de complementares divididas: o contraste dos matizes


complementares pode ser atenuado quando um deles é substituído por duas
cores adjascentes.

27

teoria da cor III - 12


-Esquema harmônico análogo complementar ou duplo
complementar: é composto por duas cores análogas combinadas com a
complementar de uma delas ou de ambas.

28

-Esquema de trios harmônicos: são esquemas formados por um grupo


de 3 cores primárias ou secundárias ou terciárias, coincidindo com os vértices
de um triângulo equilátero ou isósceles, que gira sobre o centro do círculo das
cores.

29

-Esquema de quartetos, quintetos, sextetos: esquemas de quatro,


cinco, seis e até sete cores, utilizando o mesmo princípio dos esquemas de
trios harmônicos.

30

teoria da cor III - 13


Elementos da composição cromática

Cor dominante – aplicada nas superfícies com maior dimensão


Cor tônica – complementar à dominante, usada em detalhes
Cor intermediária – realiza a transição entre a tônica e a dominante,
atenuando a oposição entre as mesmas.
As cores dominante, tônica e intermediária, quando aplicadas
adequadamente, proporcionam equilíbrio, ritmo, proporção e destaques, que
são elementos fundamentais para uma perfeita harmonia

EQUILÍBRIO
Estabilidade ou compensação entre os vários aspectos que se
relacionam, como os valores e intensidades das cores, e as extensões das
superfícies onde são aplicadas.
O equilíbrio é regido pela lei de áreas ou de fundos.
O equilíbrio de uma composição cromática proporciona ao ambiente
uma atmosfera de ponderação e tranqüilidade.

PROPROÇÃO
Significa a relação entre as distintas partes e de todas com o conjunto.
Uma proporção adequada é alcançada a partir de um esquema em que
haja variedade, segundo uma ordem de valores, cores e extensões.
Em uma composição deve existir uma cor dominante ou principal,
que tem a finalidade de anular a desproporção e evitar a desorganização
do esquema.

RITMO
É um elemento que intervém na disposição do esquema, com o intuito
de conduzir o olhar do indivíduo de uma cor à outra, de modo confortável, por
meio de uma sucessão ordenada de matizes.
Uma composição pode ser considerada rítmica quando os matizes,
tons, tonalidade, nuanças ou valores neutros se repetem, com sentido de
equilíbrio e variedade harmônica.

DESTAQUES OU ACENTOS
Áreas focais, que tem a função de chamar atenção para quebrar a
monotonia do esquema.
Pode ser obtido por meio de contrastes de valor ou domínio de uma
cor, que pode ou não sofrer variações de valor e intensidade.

teoria da cor III - 14


II.2.6 – CONTRASTES DAS CORES

A luz nos permite a observação das coisas da natureza através dos


efeitos cromáticos e entre os quais, o contraste.
Tudo o que nós podemos perceber pelos nossos sentidos, se efetua por
comparações.
Fala-se em contrastes, quando se pode constatar entre dois efeitos de
cores que se compara, diferenças ou intervalos sensíveis.
Quando estas diferenças atingem um máximo, fala-se de contrastes
de oposição ou polares.
No campo fisiológico das sensações cromáticas, as influências que
algumas cores exercem sobre outras ao serem percebidas, são de grande
importância para o problema das relações cromáticas.

1 – CONTRASTE DE TOM
É o mais simples. Não exige grandes esforços da visão, porque, para o
representar, é possível utilizar qualquer cor pura e luminosa.
A força de expressão deste contraste diminui à medida que as cores
utilizadas se afastam das 3 primárias.
Quando são separadas por branco ou preto, suas características
particulares são ainda mais postas em relevo.
O contraste mais forte é proporcionado pelas cores básicas, sem
modulações intermediárias.
É necessário ter a precaução de prevalecer apenas uma cor como
dominante (em extensão, intensidade ou saturação), atenuando as outras com
branco ou preto ou em menor extensão espacial.

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teoria da cor III - 15


2 – CONTRASTE CLARO-ESCURO

A luz e as trevas, o claro e o escuro são contrastes polares e tem


importância fundamental para a vida humana e toda a natureza.
O número das gradações de cinza diferentes depende da acuidade do
olho e do grau de sensibilidade de cada indivíduo.
Os valores claro-escuro de uma cor pura, se modificam segundo a
intensidade da iluminação.

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teoria da cor III - 16


3 – CONTRASTE QUENTE-FRIO

Correlação entre cor e temperatura


As radiações vermelhas do espectro tem efeitos térmicos em contraste
com as radiações azuis.
O laranja e o cian, constituem a polaridade termocromática. São cores
diametralmente opostas no círculo das cores. Um dos mais importantes efeitos
do contraste termocromático, prende-se ao fato, que o vermelho aproxima,
enquanto que o cian se afasta. É o efeito da diferença de planos, sem a
necessidade da utilização da perspectiva.

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teoria da cor III - 17


4 – CONTRASTE DE COMPLEMENTARES

É provado fisiologicamente que para uma determinada cor, nosso olho


exige a complementar, e se ela não é dada, ele a produz.
As cores complementares utilizadas segundo proporções corretas, criam
um efeito estático e sólido. Cada cor conserva sua luminosidade, sem
modificações. A realidade e o efeito das cores complementares são idênticos.
Cada par de complementares tem caraterísticas próprias.

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teoria da cor III - 18


5 – CONTRASTE SIMULTÂNEO

Produzido pela influência que cada tom exerce, reciprocamente nos


outros, ao se justapor.

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teoria da cor III - 19


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teoria da cor III - 20


6 – CONTRASTE DE QUALIDADE
Grau de pureza ou de saturação das cores (qualidade das cores).
O contraste de qualidade, é a oposição entre uma cor saturada e
luminosa, e uma cor terna e sem brilho. As cores do prisma, resultantes da
refração da luz branca, são fortemente saturadas e de extrema luminosidade.

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teoria da cor III - 21


7 – CONTRASTE DE QUANTIDADE

Ligação de grandeza ou quantidade de duas ou mais cores, em


proporções harmônicas.
Valores estabelecidos por Goethe:
• Amarelo – 3
• Laranja – 4
• Vermelho – 6
• Violeta – 9
• azul – 8
• verde – 6

Complementares
• amarelo violeta – 1/4:3/4
• laranja cian – 1/3:2/3
• magenta verde – 1/2:1/2

45

teoria da cor III - 22


INDICE DAS ILUSTRAÇÕES
FOLHA 3
Figura 1 – Tabela de cores em duas dimensões de Athanasius Kircher
Fonte: Le Cube des Couleurs – pg. 15

Figura 2 – Triângulo das cores de Tobias Mayer em duas dimensões


Fonte: Le Cube des Couleurs – pg. 15

Figura 3– Estrela das cores em 12 partes


Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 67

FOLHA 4
Figura 4 – As 3 dimensões da cor
Fonte: Le Cube des Couleurs – pg. 10

Figura 5 – Cubo das cores ( cores primarias, secundarias, branco e preto)


Fonte: Le Cube des Couleurs – pg. 12

Figura 6 – Faces externas do Cubo das cores


Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 98

Figura 7–Cubo das cores


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Graficas – pg. 62

Figura 8 –Cubo das cores


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Graficas – pg. 62

FOLHA 5
Figura 9 – Esfera das cores
Fonte: L’Art de la Couleur– pg. 68

Figura 10 – Duplo Cone de Ostwald


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 59

Figura 11 – Pirâmide de Heinrich Lambert


Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 115

Figura 12 – Dupla Pirâmide de Tobias Mayr


Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 115

FOLHA 6
Figura 13 – Cilindro de Prase
Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 115

Figura 14 – DIN 6164 de Manfred Richter


Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 115

Figura 15 – Romboedro de Harald Kuppers


Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 115

Figura 16 – Sólido de Munsell


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Graficas – pg. 60

teoria da cor III - 23


FOLHA 7
Figura 17/18 – Sistema CIE
Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 110/111

Figura 19/20 – Triângulo CIE


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Graficas – pg. 56 e 63

FOLHA 9
Figura 21– Escalas cromáticas
Fonte: Da cor à Cor Inexistente – pg. 161

FOLHA 10
Figura 22 – Esquemas Harmônicos
Fonte: L’Art de la Couleur– pg. 22

FOLHA 11
Figura 23 – Esquema Harmônico Neutro
Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 71

Figura 24 – Esquemas Harmônicos Monocromáticos


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 72

FOLHA 12
Figura 25 – Esquema Harmônico Análogo
Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 179

Figura 26 – Esquema Harmônico Complementar


Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 179

Figura 27 – Esquema de Complementares Divididas


Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 179

FOLHA 13
Figura 28 – Esquema Harmônico Duplo Complementar
Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 180

Figura 29 – Esquema de Trios Harmônicos


Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 180

Figura 30 – Esquemas Harmônicos de 4, 5, 6 cores


Fonte: Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar – pg. 180

FOLHA 15
Figura 31 – Contraste de Tom
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 35

teoria da cor III - 24


FOLHA 16
Figura 32 – Contraste Claro-Escuro
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 39

Figura 33 – Valores de Luminosidade


Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 43

FOLHA 17
Figura 34 – Contraste Quente-Frio
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 46

Figura 35 – Predomínio das cores quentes


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 88

Figura 36 – Predomínio das cores frias


Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 89

FOLHA 18
Figura 37– Contraste das Complementares
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 51

FOLHA 19
Figura 38 – Contraste Simultâneo
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 53

Figura 39 – Contraste Simultâneo


Fonte: Da cor à Cor Inexistente – pg. 168

FOLHA 20
Figura 40 – Contraste Simultâneo
Fonte: Da cor à Cor Inexistente – pg. 170

Figura 41– Justaposição de Cores


Fonte: Da cor à Cor Inexistente – pg. 171

FOLHA 21
Figura 42 – Contraste de Qualidade
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 57

Figura 43/44 – Contraste de Qualidade


Fonte: Da cor à Cor Inexistente – pg. 202

FOLHA 22
Figura 42 – Contraste de Quantidade
Fonte: L’Art de la Couleur – pg. 61

teoria da cor III - 25


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FABRIS, S.; GERMANI, R. – Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas.


Barcelona: Ediciones Don Bosco, 1979

GOMES, Maria Clara de Paula - Luz e Cor: Elementos para o Conforto do Ambiente Hospitalar.
Hospital Lourenço Jorge, um estudo de Caso.
Rio de Janeiro: FAU/UFRJ, 1999

HICKETHIER, Alfred – Le Cube des Couleurs.


Paris: H. Dessain et Tolra Editeurs, 1969

ITTEN, Johannes – L’Art de la Couleur.


Paris: H. Dessain et Tolra Editeurs, 1973

KÜPPERS, Harald – Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación.


Caracas: Editorial Lectura, 1973

PEDROSA, Israel – Da cor à cor inexistente.


Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda., 1977

teoria da cor III - 26


II 3 – FISIOLÓGICOS

Preocupam-se com a participação das cores nos processos visuais e


com os efeitos da energia radiante visível no nosso sistema visual (olho e
cérebro) – visão de claro- escuro e mistura de cores.

Experiências realizadas com luzes coloridas:


• Uma família de 5 pessoas colocada durante uma recepção em luz
vermelho-laranja, apresentou.
- tempo de adaptação de 2 a 8 minutos, com fadiga ocular, muito
semelhante à cefaléia.
- dificuldade de precisar a cor da iluminação real à qual o olho estava
adaptado; as sombras, no lugar de serem negras, eram verde escuro.
- durante a refeição as iguarias pareciam ter um aspecto muito
desagradável.

• Nos ateliers de fotografia da firma Lumière, antigamente banhados


com a luz vermelha manifestavam-se incidentes desagradáveis entre o pessoal,
que cessaram com a modificação por uma luz verde.
• Wagner, não compunha bem, se não tivesse uma luz vermelha. Seu
entusiasmo criador, parecia muito então, com uma hiperexcitação.
• Para suas férias, os indivíduos procuram o repouso do azul do mar
ou o efeito equilibrante do verde
• O vermelho, mesmo para aqueles que apreciam a cor, não
proporciona tranqüilidade; seu dinamismo e efeito excitantes são violentos.
• Poucas semanas após a pintura em vermelho de um escritório,
estourou uma greve pela primeira vez neste estabelecimento.
• Em New Jersey, por ocasião da pintura da fachada de um imóvel
em amarelo vivo, com oposição de letras pretas e vermelhas, uma queixa
coletiva do quarteirão foi entregue às autoridades competentes. O texto
justificava que o choque das cores “constituía um perigo para a saúde moral e
física dos habitantes”.
• O efeito psico-fisiológico das cores sobre o mal de mar, e sobretudo
sobre o mal de ar: entrevistas mostraram que os marrons e os amarelos são
mais desfavoráveis a este respeito que os verdes ou os azuis, que acalmam ou
previnem as náuseas.
• Os efeitos fisiológicos ou psicofisiológicos da cor sobre os seres
vivos são tais, que permitiram o estabelecimento da cromoterapia, que é rica
de toda uma técnica estabelecida sobre a base de numerosos trabalhos.

teoria da cor IV -3
CROMOTERAPIA

É um tipo de medicina vibracional, ou energética. É uma abordagem


curativa, que se fundamenta na visão einstiniana, que compreende matéria e
energia como sendo uma coisa só, e considera o ser humano “como um
organismo multidimensional, constituído de sistemas físico/celulares, em
interação dinâmica com complexos campos energéticos reguladores”.
Conceitua a doença como um desequilíbrio energético, e procura curá-
la manipulando os campos energéticos sutis e injetando energia no corpo por
meio de luzes coloridas.

A cromoterapia pode ser empregada através de diferentes técnicas:


• ingestão de alimentos coloridos.
• ingestão de comidas irradiadas com uma determinada cor.
• ingestão de água solarizada acondicionada em recipientes de
vidro colorido.
• banhos com água de cores variadas.
• banho de sol sob filtros coloridos.
• visualização mental de cores, método de respiração onde se imagina
inalar e exalar ar colorido, meditação com cor.
• irradiação de uma seqüência de cores em partes específicas do corpo
por meio de lâmpadas coloridas.

teoria da cor IV -4
A terapia pelas cores pode ser administrada no indivíduo de modo
tópico, quando os raios luminosos, aplicados diretamente sobre a pele, tem a
capacidade de atingir a camada hipodérmica; de modo direto, quando a luz é
aplicada a uma distância média de 30cm do corpo, afetando a derme, e, por
fim, de forma indireta, quando a luz incidente nas superfícies coloridas das
paredes, piso e teto são refletidas sobre a camada superficial da pele do homem,
que sofre seus efeitos, de modo moroso, por tempo prolongado.
Ação terapêutica das cores foi o objeto de trabalhos numerosos
e variados.
Foi sobretudo a luz vermelha que reteve a atenção, tendo sido utilizada
pelos médicos da Idade Média, chineses e ocidentais, no tratamento da varíola
e outras infecções com exantema, tais como a escarlatina, rubéola, varicela, e
também, para o tratamento de certas doenças da pele.
Em Rosa Medicina, pode-se ler que o médico John Gaddesden fez
envolver de panejamentos vermelhos e viver num quarto vermelho, o filho
do rei de Inglaterra, Eduardo III. Este mesmo método terapêutico foi aplicado
com sucesso, para o imperador Carlos V.

Outras luzes coloridas também foram consideradas: a ação analgésica


da uma luz filtrada por um vidro azul ou violeta para o tratamento das
nevralgias é muito antigo, e foi confirmado no início deste século, por
terapeutas alemães e russos.
Os raios vermelhos e amarelos deram interessantes resultados nas
crianças apáticas e anêmicas, e se manifestaram por um aumento no número
de glóbulos vermelhos, com aumento de peso e tendência à atividade.
A luz verde foi utilizada no tratamento de doenças nervosas e de
perturbações psicopáticas.

O azul que repousa e acalma é mais especialmente reservado aos


hiperexcitados e aos atormentados. Seu papel parecia ser importante nos asilos
de alienados. O azul é favorável num quarto de dormir, numa sala de operação,
quartos de doentes atacados de obsessões ou de idéias fixas.

A luz laranja se mostrou favorável à digestão.

O uso de lentes vermelhas podia facilitar em certos casos, as


performances de atletas do ponto de vista do descanso e da resistência.
O uso de lentes verdes foi admitido, como tendo um papel calmante
e equilibrante.
Entretanto, obtém-se maior eficácia, com os banhos de luz colorida.

teoria da cor IV -5
Banhos de luz colorida
O efeito fisiológico e terapêutico de uma luz bem filtrada, é bem mais
importante do que o de uma luz mais extensa no espectro.

Experiência:
Num hospital onde se deveria realizar uma experiência de tratamento
com luzes coloridas, as paredes dos quartos foram pintadas da mesma cor que
os vidros das janelas; para favorecer a ação da luz solar, houve o cuidado de
colocar no quarto o maior número de janelas possível, de modo que ele pudesse
receber diretamente a luz nas diferentes horas do dia.

As experiências deram excelentes resultados.


• após 3 horas passadas no quarto vermelho, um doente afetado por
um delírio taciturno tornou-se alegre e sorridente;
• no dia seguinte de sua entrada no mesmo quarto, um maníaco que
recusava absolutamente se alimentar, pediu o café da manhã ao se levantar e
comeu com uma avidez surpreendente.
• no quarto de vidros azuis, foi colocado um maníaco muito agitado,
mantido com a camisola; menos de uma hora depois, estava muito mais calmo.
• um louco foi colocado num quarto com vidros violeta; no dia
seguinte, este doente pediu para ser reenviado para casa, ele estava curado.
Ele deixou o asilo, estava feliz e continuou sempre bem de saúde.

Os raios violeta são, entre todos os outros, os que possuem os raios


eletro-químicos mais intensos; a luz vermelha é também muito rica em
raios caloríficos; a luz azul, ao contrário, é desprovida de raios caloríficos,
químicos e elétricos.

Efeitos da luz sobre o corpo humano

Efeitos das tres componentes do espectro eletromagnético, região da luz


visível e regiões adjacentes de infra vermelho e ultra violeta, que afetam o
organismo humano através da radiação na pele e da luz que penetra pelos olhos.
• Radiação ultravioleta – efeitos actínicos sobre a pele, eritema ou
avermelhamento da pele, produção de vitamina D e efeitos fisiológicos de
natureza geral
• Radiação luminosa visível – ativação da glândula pineal, efeitos
endócrinos e autônomos, condução dos ritmos circadianos, efeitos na eficiência
e fadiga, correlação entre os aspectos cognitivo, comportamental e emocional
• Radiação infravermelha – ação de aquecimento sobre a pele,
vasodilatação dos vasos sangüíneos, em particular das artérias, influência na
temperatura corporal, influência do desempenho físico e mental devido à
temperatura corporal, sensações de frio, calor e dor.

teoria da cor IV -6
Os ciclos da luz e os ritmos circadianos do ser humano

As variações rítmicas e cíclicas da luz influenciam vários aspectos do


bem estar físico e emocional do ser humano, ajustando-o a ciclos fixos de tempos
diários, mensais e anuais, segundo uma relação entre a Terra, o Sol e a Lua.
A transição dos ciclos da luz origina uma policromia, que tem como
função harmonizar a natureza, individualizando, de forma única, tudo o que
existe no Universo. A rica variação de gamas de cores organiza, diferencia e
combina a diversidade de exemplares da fauna, flora, minerais e vida humana.
Estes processos cíclicos de luz e cor influenciam o ser humano e, por
isso, seu organismo e humor não são os mesmos na parte da manhã, da tarde
ou da noite, bem como no inverno e verão. Há 20 anos atrás Jürgen Aschoff
observou este fenômeno, e concluiu que isto se deve a existência, em todos os
seres vivos, de um relógio interno biológico, sincronizado com a periodicidade
do claro-escuro, que gera uma cadeia de ritmos funcionais, denominados ritmos
circadianos.

Ritmo é uma série de fatos que se sucedem através do tempo, com a


mesma ordenação e intervalo.
A palavra circadiano é oriunda do latim circa, que significa sobre, e
dies, que significa um dia.
Portanto, ritmo circadiano pode ser definido como sendo “uma
periodicidade ou ritmia de um certo número de funções fisiológicas,
bioquímicas e comportamentais” que entre si são dependentes e correspondem
a alterações rítmicas naturais verificadas no meio ambiente, sendo mais
importante para o ser humano o ciclo do nascer e do por do sol, que significa
a presença ou ausência de luz.
A luz é considerada como o sincronizador mais importante dos ritmos
circadianos. Sem o conhecimento dos períodos de claro/escuro, o indivíduo
tem “um ciclo de adormecer/acordar livre com um leque de periodicidade que
vai das dezesseis às cinqüenta horas”, o que indica que o controle deste ciclo
é subjetivo. É a glândula pineal, localizada no centro do cérebro e regulada
pelas mudanças de luz ambientais e pelo campo eletromagnético da Terra, que
informa ao corpo a duração da luz do dia de acordo com a estação do ano,
planejando e ajustando todas as funções do organismo, sincronizando-as e
harmonizando-as com o meio ambiente.

teoria da cor IV -7
A disposição orgânica para resistir a infecções e doenças, também é
influenciada pelas horas do dia e pelas estações.
Por exemplo, os problemas cardíacos, acontecem em conformidade
com os ciclos circadianos da pressão arterial, taxa de batimentos cardíacos,
alguns hormônios e do consumo de oxigênio, sendo freqüentes à noite ou de
manhã cedo, momentos em que as artérias se encontram menos flexíveis.
Pelo mesmo motivo, as crises de asma acontecem à noite ou de manhã
cedo, devido à predisposição rítmica dos pulmões e vias respiratórias de
realizarem suas funções com maiores dificuldades nas horas escuras.
No período de inverno, algumas pessoas experimentam profundas
mudanças de temperamento e passam por sérios problemas de depressão que,
nos casos mais graves, podem levar ao suicídio.
Esta depressão de inverno é conhecida como SAD – Desordem afetiva
sazonal, um distúrbio emocional cíclico, que desaparece na primavera. Os
portadores desta desordem padecem de falta de luz, pois, nos dias de inverno,
sua intensidade não é suficiente para ativar ou cessar a produção de melatonina
pela glândula pineal. Uma terapia à base de luz brilhante com 2500 lux
(lâmpadas fluorescentes de espectro total de 40 watts), documentada
cientificamente, é usada no meio psiquiátrico como opção de tratamento da
SAD, apresentando uma eficácia de 80%.
A terapia de luz brilhante também é benéfica para acertar o relógio
biológico de pessoas sujeitas aos sintomas relacionados ao JET LAG
(perturbação que acomete quem faz uma viagem atravessando vários
meridianos e chega a algum lugar com o fuso horário muitas horas atrasado ou
adiantado).
Luz é saúde, e segundo um ditado italiano: “casa onde não entra o sol
entra o remédio”.

A farmacologia sabe que a reação dos indivíduos aos remédios varia


com as horas do dia, e que uma menor dose de remédio no momento mais
adequado significa menos efeitos colaterais.
Manhke exemplifica: “Para diminuir dor de cabeça três pílulas são
necessárias durante a manhã, entretanto, apenas uma à noite, é capaz de produzir
o mesmo efeito.

teoria da cor IV -8
Luz natural/ Luz artificial

A luz natural do dia, é o que nos chamamos por definição de luz branca.
É essencialmente variável; nos chega através de uma espessura de ar variável
segundo as segundo as horas do dia, mais ou menos carregada de vapor d’água,
de poeira, de gás carbônico, segundo as latitudes e o estado do céu.
Variável em quantidade e dando iluminação que pode ir de alguns
lux de luz à sombra, a 80 a 100 000 lux em pleno sol, a luz do dia varia
também em qualidade: ela é mais vermelha de manhã e à tarde, mais azul ao
meio dia; ela é também mais vermelha no inverno que no verão.

teoria da cor IV -9
As investigações científicas sobre os efeitos da luz do sol (espectro
total) no organismo humano comprovaram sua importância para a saúde e
crescimento dos seres vivos.
O pesquisador John Ott realizou estudos que demonstraram que a
exposição prolongada de plantas, flores e ratos à luz artificial influenciava
negativamente seu crescimento e alterava, de forma considerável, o padrão de
comportamento dos animais, causando desvios de conduta e hiperatividade.
Atestou a influência da luz na fisiologia básica do ser humano.
Dr. F. Hollwich e sua equipe demonstraram o efeito estimulatório da
luz, que se realiza por vias distintas:
• caminho neural, pelo qual o fotoestímulo ativa a glândula
pituitária (hipófise)
• caminho ótico, por onde se processa a visão. Foi constatado que a
exposição à luz artificial, que apresenta grandes desvios espectrais em relação
ao espectro da luz natural, proporciona a liberação de grande quantidade de
hormônios do stresse. No entanto, estes efeitos orgânicos não acontecem sob
luz artificial de espectro total, que simula a luz solar.
Este problema foi detectado, de modo intensificado, em tripulação de
submarino. Surgem sintomas como: desordens do sono, enfraquecimento do
sistema imunológico, depressão, neuroses, aumento de pressão arterial,
problemas cardíacos e de circulação, problemas musculares e de articulações,
obesidade, entre outros.
Portanto, a luz afeta não só a eficiência mas, também, a saúde do
homem. Um indivíduo para ser eficiente necessita ser saudável, e deste modo,
não basta prover o ambiente com uma iluminação que atenda apenas os
princípios básicos da ergonomia visual, como contraste e brilho. É
extremamente importante que se dê atenção à qualidade espectral da luz
especificada.
A qualidade de uma fonte luminosa é especificada determinando-se 4
características fundamentais:
• Eficiência luminosa
Relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte luminosa e a
potência por ela absorvida.
• Curva espectral
A característica do espectro, é que faz com que uma luz aparente ser
amarelada, azulada, esverdeada. A curva espectral possíbilita especificar a
lâmpada que melhor destaque uma determinada cor ou um conjunto de cores.
• Índice de reprodução de cores (IRC)
O ICR indica, por meio de uma escala percentual (0 a 100), o efeito
produzido pela luz de uma fonte luminosa artificial, na aparência de uma
pessoa ou de um objeto colorido, em comparação ao efeito produzido nos
mesmos pela luz natural.
• Temperatura da cor (Tc) ou aparência de cor
É um termo criado para descrever a cor da luz emitida por uma fonte natural.

teoria da cor IV - 10
Qualidades da cor na iluminação natural e artificial
A cor da luz varia com o tipo de fonte. Deve ser especificada de modo
a causar uma influência positiva e para atender às exigências das atividades
exercidas no ambiente, principalmente em tarefas onde a cor é um ponto crítico.

Os efeitos da cor luz sobre a cor pigmento


É importante estar ciente de quais são os efeitos resultantes da qualidade
de iluminação sobre as cores das paredes e da pele do ser humano, assim
como da projeção de uma luz colorida sobre a cor dos objetos, para que não
haja interpretações erradas das cores, por questão de segurança e conforto
psicológico.

Efeitos da iluminação sobre as cores das paredes

Cor das paredes Fluorescente Fluorescente Fluorescente Incandescente


luz do dia branco branco orquídea (100w)
Amarelo esverdeado Azul esverdeado: Verde cinza Ligeiramente cinza Amarelado azul:
preferido desbotado
Verde amarelado Azul-verde claro: Verde cinza Ligeiramente cinza Amarelado verde:
preferido pálido
Cor de pêssego Bom: Normal: Normal: Normal:
ligeiramente rosado um pouco frio ligeiramente rosado similar ao branco
Rosa pálido Rosa: lívido Amarelado Rosa normal intenso Amarelado
Palha Acinzentado: frio Amarelado Creme: bom Amarelo: forte
Ouro (creme escuro) Cinzento: desbotado Ligeiramente Creme: bom Creme: bom
esverdeado
Creme forte Azulado: excelente Acentuado: Ligeiramente Amarelado:
excelente cinza: bom aceitável
Vermelho Levemente Amarelado: bom Quente: bom Amarelado: bom
azulado: bom
Azul forte Vivo: bom Mais rico: bom Azul intenso Acinzentado
preferido
Rosa escuro Azulado Amarelado Vivo preferido Amarelado
Amarelo forte Azulado: vivo Ligeiramente Avermelhado
desagradável cinza: bom

teoria da cor IV - 11
Modificação das cores dos objetos, por efeito da iluminação colorida
Cor do Cor da luz
objeto violeta azul verde amarelo laranja vermelho
Branco Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho
Negro Violeta escuro Azul escuro Verde escuro Amarelo escuro Laranja escuro Vermelho escuro
Cinza Violeta sombrio Azul sombrio Verde sombrio Amarelo sombrio Laranja sombrio Vermelho sombrio
Violeta Violeta Azul violeta Azul Cinza Púrpura vermelho Vermelho negro
Azul escuro Azul violeta Azul Verde azul Cinza Azul cinza Púrpura
Azul claro Violeta Azul Verde azul Amarelo sombrio Cinza Violeta
Verde escuro Negro azul Verde azul Verde Amarelo esverdeado Negro esverdeado Negro
Verde claro Azul sombrio Verde azul Verde Amarelo esverdeado Amarelo esverdeado Vermelho sombrio
Amarelo Negro Verde cinza Amarelo esverdeado Amarelo Amarelo alaranjado Vermelho alaranjado
Laranja Negro Cinza escuro Amarelo esverdeado Amarelo alaranjado Laranja Vermelho
Vermelho Negro vermelho Púrpura escuro Castanho Laranja Escarlate Vermelho
Púrpura Violeta Azul Negro Vermelho sombrio Vermelho sombrio Vermelho sombrio
Rosa Violeta sombrio Azul sombrio Negro verde vermelho vermelho vermelho

teoria da cor IV - 12
Relação cor-luz

Uma superfície nos parece vermelha em luz branca, porque ele reflete
mais o vermelho que as outras cores.
Sob luz vermelha, esta mesma superfície nos parecerá clara, sem que
se possa dizer se ela é vermelha ou branca.
Mas, se iluminamos esta superfície com luz verde, ela nos
parecerá preta.
Se iluminamos com amarelo, ela nos parecerá ainda amarela, se o
vermelho é puro. Mas, se o vermelho é constituído por um espectro tal que a
superfície possa reenviar também o amarelo, ela nos parecerá mais ou menos
amarela ou cinza.
Esta modificação das cores em função da natureza da luz, e tão
importante no plano pratico, que na natureza, a grande maioria das cores que
nosso olho percebe estão longe de ser puras.

teoria da cor IV - 13
CHEVREUL estudou tecidos coloridos submetidos à luz solar
filtrada por vidros coloridos, obtendo:
Em luz
tecido
vermelho laranja amarelo verde azul Violeta
preto preto púrpura marrom verde oliva verde marrom azul escuro preto violáceo
branco vermelho laranja amarelo verde azul violeta
vermelho mais vermelho escarlate laranja marrom violeta púrpura
laranja mais vermelho mais vivo mais amarelo amarelo marrom vermelho
amarelo laranja laranja amarelo vivo verde amarelo verde marrom vermelho
verde cinza ou preto amarelo verde verde amarelo verde vivo azul verde púrpura
azul violeta cinza ardósia azul verde mais vivo azul violeta
violeta púrpura vermelho marrom amarelo marrom marrom verde azul violeta violeta

CHEVREUL estuda ainda, as modificações produzidas por duas luzes


de diferentes intensidades e distingue:
1. A modificação produzida pela luz do sol sobre uma parte da
superfície de um corpo colorido, enquanto que a outra parte é iluminada pela
luz difusa do dia.
2. A modificação produzida quando duas partes de um objeto são
diferentemente iluminadas pela luz difusa. Assim, um tecido parece mais
alaranjado ou menos azul ao sol do que com luz difusa. Ele parece mais
vermelho ou menos amarelo com forte iluminação natural difusa, do que com
fraca iluminação natural difusa.

teoria da cor IV - 14
Efeito do ambiente sobre a cor
Assim com a luz tem um efeito marcante sobre o ambiente, não se
pode esquecer que o ambiente também tem um efeito sobre a luz.
É necessário estar familiarizado com as características relativas à cor
das fontes de luz utilizadas.
Deve-se conhecer com precisão a “cor de aparência” de cada tipo de
lâmpada e –escolha ainda mais importante- assim poder fazer prognósticos
em relação à maneira que uma lâmpada transforma a cor das superfícies ou
objetos que ela ilumina direta ou indiretamente.
Deve-se considerar as variações da composição espectral, em função
não somente do fator de reflexão das paredes, mas, geralmente, do “fator de
utilização” do local – que leva em conta as proporções geométricas e o sistema
de iluminação adotado.
Será necessário, também, considerar em seguida, as superfícies
coloridas anexas (máquinas, mobiliário) introduzidas no ambiente.

A cor em relação com o nível de iluminação


Freqüentemente a escolha das cores é conseqüência da função de
utilização e da moda.
Se duas paredes são revestidas com a mesma pintura, a que receber
mais luz parecerá mais viva, a que receber menos, parecerá mais sombria.
Esta diferença do nível de iluminação provocará modificações na
visualização do espaço.

COR INDICE DE REFLEXÃO


branco teórico 100
branco de cal 80
amarelo 70
amarelo limão 65
verde limão 60
amarelo ouro 60
rosa 60
laranja 50
azul claro 50
azul celeste 30
cinza neutro 30
verde oliva 25
verde médio 20
vermelho 17

teoria da cor IV - 15
Paredes opostas às janelas
A cor de uma parede adquire seu verdadeiro valor, quando a luz incide
em ângulo reto, de modo que quando ele é iluminada diretamente de frente
por uma janela, as condições são ótimas para obter o melhor valor da cor.
Consequentemente, se obtém um bom impacto a partir de cores relativamente
claras e pálidas.
As cores vivas ou sombras não se aconselham senão em casos
particulares, ou quando a luz proveniente de janelas é excessiva. De outra
forma, elas correm o risco de desequilibrar a harmonia colorida da peça.

Paredes em ângulo reto com as janelas


Quando uma janela está colocada próximo e em ângulo reto, uma grande
parte da luz é refletida pela superfície.
Se desejarmos que a cor destas paredes apresente um impacto visual
normal, a cor utilizada deverá ser mais sombria e mais saturada. As cores
vivas serão muito apropriadas.
Quando a janela se encontra a um metro ou dois de uma parede
adjacente, a maior parte da luz penetrará a superfície da pintura, e o valor da
cor será mais elevado e mais parecida com o que ela é normalmente

Paredes ao lado das janelas


O costume é pintar as paredes ao lado das janelas em cores claras, de
modo a reduzir ao mínimo o ofuscamento entre a janela e a parede adjacente.
As cores na gama dos brancos e dos cinzas claros, são convenientes, enquanto
que as tintas claras são indicadas quando se deseja obter um impacto.

Paredes iluminadas pelo teto


O aspecto da cor das paredes depende, muito, da distribuição direcional
da iluminação proveniente das fontes naturais e luz artificial.
Com a iluminação indireta, as paredes são iluminadas de uma forma
relativamente uniforme e a diferença de iluminação nos cantos é reduzida
ao mínimo.
As cores mais indicadas são as tintas de médias a claras (35-60% de
fator de reflexão) quando o nível de iluminação em lux é relativamente baixo;
é necessário utilizar cores que tem o fator de reflexão elevado, para obter
bons resultados.
Com a iluminação direta, obtém-se geralmente os mesmos aspectos
de cores que com uma iluminação natural.

teoria da cor IV - 16
DIMENSÃO DA COR

A cor muda a visão aparente da distância, dimensão, peso, temperatura.


As cores podem animar ou deprimir, estimular e tranqüilizar. Uma má aplicação
pode resultar em sensação de cansaço e tensão, porém um uso ponderado da
cor, pode enriquecer o ambiente, reduzir o aborrecimento e prevenir acidentes.

teoria da cor IV - 17
DINÂMICA DA COR

Sensação de movimento.
• Amarelo – tende a se expandir.
• Vermelho – equilibrio em si mesmo.
• Cian – fechado em si mesmo, concêntrico, faz vazio, indica
profundidade e afastamento.

10 11 12

A importância da utilização da cor no mercado para manipular o


consumidor; na publicidade e nas embalagens destinadas a atrair a vista e
fixar-se indelevelmente na imaginação; na logomarca que se reconhece num
olhar, nos grandes magazines.

13

14

teoria da cor IV - 18
EFEITOS FISIOLÓGICOS

Vermelho
• Cor quente e estimulante por excelência, ativa o sistema nervoso.
• Estimulante mental.
• Aumenta a tensão muscular, portanto a pressão sangüínea
econsequentemente, o ritmo respiratório. De todas as cores do
espectro é a mais dinâmica.
• Penetrante e calórico, produz calor que energiza e vitaliza o
corpo físico; age no sentido de limpar e revigorar as mucosas da
pele, descongestionar os órgãos vitais.
• Favorece o sistema muscular - seu calor é excelente para os
músculos contraídos. Estimula, também, a produção do líquido da
medula espinhal. É calcificador ósseo e anti-reumático.
• Capacidade de estimular os nervos sensoriais: as papilas gustativas
ficam mais sensíveis, o apetite aumenta e o sentido do olfato é
exacerbado. Estimula o hemisfério esquerdo do cérebro, responsável
pelo raciocínio lógico.
• O efeito varia de acordo com o matiz empregado. A carência do
vermelho pode perturbar o organismo, assim como o seu excesso
que pode superestimar e agravar certos estados, causar febre e
esgotamento.
• É indicado para debilitados, neurastênicos, para pessoas que
apresentam estado de idiotismo, apatia, melancolia, depressão e
desmaios. Trata a anemia, paralisia, reumatismo, asma, bronquite,
pneumonia, prisão de ventre, hipotermia e hipotensão.
• Atrai os seres instintivos; animais e os humanos mais próximos da
natureza, como crianças e primitivos.
• É uma cor que avança, e dá forte sensação de volume. Ex.: uma
caixa pintada de vermelho parece mais volumosa e mais pesada;
um local pintado de vermelho parecerá menor.
• Todos os atributos são superlativos.
• É a primeira cor que percebem os recém nascidos, ou as pessoas
que permaneceram muito tempo na obscuridade;
• É a cor que mais rápido se movimenta em termos de captar a atenção,
e é a que exerce maior impacto emocional;
• Sua visibilidade e dotes de comando, o tornam a cor mais segura,
no que diz respeito à sinalização e luzes de aviso e alarme.
• Experiência que consistia em pintar de vermelho as cabines
telefônicas: resultava em uma rotatividade sensível dos usuários.

teoria da cor IV - 19
Laranja
• Favorece a digestão.
• Acelera as pulsações, mas fica sem efeito sobre a pressão
sangüínea.
• Estimulante emotivo.
• Intermediária ao amarelo e vermelho, apresenta-se como um matiz
forte e denso, possuindo um efeito curativo mais potente do que
o amarelo e vermelho isolados. Por esse motivo, a região a ser
tratada com laranja precisa, primeiramente, receber aplicação de
amarelo para ter sua resistência aumentada.
• Tem ação direta sobre o funcionamento cerebral e endócrino.
Ativa a tireóide e a respiração.
• Tem o poder de revitalizar as características físicas do corpo e
fortalecer o corpo esotérico. É indicado nos casos de desnutrição,
sendo um excelente tônico para o período de convalescência, e
deficiência de vitamina C. Ativa a produção de prolactina,
aumentando o volume de leite materno. Também interfere
positivamente sobre o funcionamento do baço, pâncreas e estômago.
• Agindo sobre a circulação sangüínea, a freqüência do fluxo
sangüíneo diminui e aumenta a média de pulsação, sem afetar
a pressão arterial; sobre os rins, atua como um potente eliminador
de gorduras localizadas em partes do corpo.
• Efeito antiespasmódico, auxiliando na reabilitação de traumatismos
musculares, espasmos e cãimbras de qualquer natureza. Atua no
metabolismo do cálcio do corpo e ativa a circulação sangüínea dos
tecidos ósseos facilitando o processo regenerativo ósseo. Regenera
e energiza diversos tipos de tecidos corporais. É uma cor indicada
para todos os tipos de tumores, sejam benignos ou malignos.
• Em nível psíquico, é recomendada para casos de instabilidade
emocional, medo, depressão e melancolia. Em excesso, causa
nervosismo, sendo necessário equilibrá-lo com tonalidades verde-
azulado. Outro efeito fisiológico do laranja é a indução de
relaxamento e aumento potencial para o sono. Não existe contra-
indicações ao uso do laranja.
• Tem o inconveniente de fatigar a vista. Sua utilização no entorno
deve ser moderada. Quando ele é utilizado pontualmente, em
contraponto de um ambientação calma, sua função euforizante e
sua força evocatriz são reforçadas.
• Sua grande visibilidade o torna uma cor inestimável para indicar
segurança, publicidade e envoltórios. É um estimulante na decoração
de oficinas de venda e em outros lugares onde se deseja gerar energia.

teoria da cor IV - 20
Laranja

Amarelo
• Estimulante para a visão, portanto para os nervos.
• Estimulante mental
• Pode acalmar certos estados nervosos
• As tonalidades amarelo-dourado são convenientes tanto para a
saúde física como para a saúde mental. É uma cor que estimula as
faculdades mentais do indivíduo, porque nela estão contidos fluxos
magnéticos positivos, que fortalecem os nervos e auxiliam o cérebro,
reanimando os neurônios, proporcionando-lhes vigor e potência
permanentes. Portanto, é uma cor indicada em indivíduos com
esgotamento, stress e depressão.
• O amarelo é um estimulante motor que gera energia para os
músculos. Deve ser utilizada em casos de hemiplegia, paralisia e
paraplegia.
• A luz amarela estimula o metabolismo do sódio e ainda ativa e
restaura células deterioradas pois, possui metade da força estimulante
do vermelho e metade da capacidade reparadora do verde, cores
que a compõem.
• Age estimulando a bílis com ação purificadora sobre o fígado,
intestinos e estômago, energizando e equilibrando a digestão.
• O amarelo estimula o funcionamento do pâncreas, auxiliando na
terapia do diabetes. Purifica a corrente sangüínea e ativa o
sistema linfático. Tem indicação para a regeneração e o
fortalecimento de artérias, veias e vasos nos processos de
arteriosclerose e, também, para a regeneração dos problemas
relacionados à ossatura e à medula óssea. Como energia
desintegradora, tem eficácia nos tratamentos de cálculos renais e
biliares. Purifica a pele e atua eliminando, em certos casos, cicatrizes
e manchas em ferimentos recentes.
• Os raios dourados atuam como um poderoso estimulante do sistema
imunológico do organismo. Estimula as próprias energias curativas
do indivíduo.
• Usado em excesso, o amarelo provoca superexcitamento e diarréias.
É contra-indicado em casos de delírio, palpitações do coração,
nevralgias, febre e inflamações agudas.
• Dentre todas as cores, é o melhor refletor, intermediária entre o
branco que é o refletor integral e o laranja; é a cor mais luminosa.
• O amarelo ouro é percebido como a substância solar, como luz quente
solidificada;

teoria da cor IV - 21
Verde
• Abaixa a pressão sangüínea e dilata os capilares
• É utilizado para o tratamento de doenças mentais, para
insônias...
• Equilibra e diminui enxaquecas e nevralgias, mas pode não
convir a certos estados nervosos.

• O verde é a cor do nitrogênio, elemento químico gasoso mais


abundante no ar da atmosfera, que participa do processo de
formação das células dos tecidos muscular, ósseo e outros. É a cor
que melhor harmoniza e equilibra o ritmo vital humano, porque
atua como elo de ligação entre o indivíduo e a natureza,
intercambiando trocas gasosas salutares durante o dia.
• Esta cor possui uma infinidade de matizes. É usada isoladamente,
ou em conjunto com outros raios coloridos na maioria das terapias
de cura. A presença do verde proporciona respostas metabólicas no
organismo humano, que resultam em alterações fisiológicas.
• Os raios verdes mais vivos, mais próximos do espectro azul, são
primordiais para a cromoterapia, devido ao seu forte poder calmante,
dilatador, regenerador, anti-séptico, bactericida e antiinflamatório.
• É uma cor fria, que permite o alívio e o relax, tanto físico como
mental. Aliado ao cálcio, o verde é a cor mais sedante de todo o
espectro, atuando como barbitúrico, sendo, portanto, indicado para
as pessoas excitadas, agitadas, insones e ansiosas.
• O verde atua sobre o sistema nervoso simpático harmonizando o
ritmo cardiovascular, calibrando veias, artérias e capilares dilatados
em constrição, sendo benéfico para hipertensão e varizes,
propiciando também, a dilatação da musculatura do colo do útero,
facilitando o parto. Por ser relaxante nervoso e muscular, é benéfico
na terapia de processos traumáticos. É estimulador da pituitária,
ativando o crescimento.
• Sua função regeneradora proporciona uma rápida e eficaz
recuperação de órgãos com problemas na área abdominal, como
estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado e intestino.
• O verde tem aplicação em doenças hepáticas, neurológicas,
venéreas, cárdio-circulatórias, rinite alérgica, asma, hemorróidas,
malária e problemas de coluna. Não existem contra-indicações
ao uso do verde.

teoria da cor IV - 22
Azul
• Cor inerte, de fraco comprimento de onda, abaixa a tensão muscular
e a pressão sangüínea, acalma a pulsação e diminui o ritmo
respiratório.
• Emotivo: inspira paz e introspeção.
• É mais calmante que o verde para os nervos. No seu extremo, o azul
conduz até o adormecimento, sendo indicado para quarto de dormir.
• Aumenta os espaços; cor fria, combate a sensação de abafamento que se
pode sentir em locais mal arejados ou superaquecidos; aplicado em ambientes
de baixa temperatura, ele aumenta a sensação de frio.
• Estático, não convém na prática, naquilo que se põe ou exprime
movimento.
• Na Cromoterapia, as suas múltiplas funções a classificam, como uma
das mais importantes cores do espectro, principalmente pela sua ação
sobre o Sistema Nervoso, Sistema Circulatório, Sistema Digestivo,
Sistema Muscular e Sistema Ósseo.
• É a cor da harmonia e do equilíbrio. O azul-celeste vivo, conhecido
nos hospitais como azul-cardíaco, é o matiz mais tranquilizador entre
todos. Auxilia o processo de assimilação do oxigênio pelo corpo e possui
as propriedades anti-séptica e bactericida. O azul-marinho atua,
favoravelmente, nos estados febris e inflamatórios exercendo efeito
calmante e refrescante. O turquesa proporciona a calma do azul e a
vitalidade do verde, purificando e energizando o organismo. Seu uso é
benéfico para aliviar dores agudas, dores de ouvido, problemas
dermatológicos e queimaduras, pois acelera a formação de pele nova.
• Os raios azuis possuem as características de fortalecer, equilibrar a
aprofundar a respiração. Aumentam o metabolismo, promovem a
vitalidade e o crescimento. Atuam na formação de hormônios. Agem
sobre a corrente sangüínea. A cor azul abaixa a temperatura do corpo,
reduz a transpiração, diminui a pulsação e desacelera a ação do coração.
Tem força de contração, é vasoconstritor.
• Aplicado em pacientes com psicose maníaco depressiva, e na histeria,
porque reduz o excitamento. Desacelera a superatividade mental e acalma
o sistema nervoso central e periférico.
• A cor azul é muito eficaz no alívio de doenças infantis como
coqueluche, icterícia, asma, amigdalites e diarréias. Contribui para
reabilitar ossos, tecidos conjuntivos, veias, artérias, medula e
lubrifica articulações.
• Favorece a redução apetite. O aul é útil também, para problemas
oftálmicos como miopia, catarata, glaucoma e inflamação dos olhos.
É anticancerígeno.

teoria da cor IV - 23
Índigo ou Anil
• O índigo ou anil, e as tonalidades mais escuras, são cores com
poderes curativos, que agem tanto em nível físico como em nível
espiritual. Como anestésico é extremamente eficaz, podendo
provocar total falta de sensibilidade.
• É um excelente purificador da corrente sanguínea, e hemostático.
• Age como auxiliar na desintoxicação do organismo e atua nos
processos vitais celulares, sendo mais influente nas pessoas idosas.
• Fortalece o sistema linfático e o sistema imunológico do corpo.
• Estimula a paratireóide e tem um efeito depressivo sobre a tireóide
sendo, portanto, indicado para casos de hipertireoidismo.
• Tem influência sobre a glândula pineal.
• É a cor de maior influência na ação fotoquímica do organismo.
• O índigo harmoniza os hemisférios direito e esquerdo do cérebro.
Controla as correntes psíquicas dos corpos sutis. Ë utilizado em
casos de apatia, delírio de alcoólatras, doenças nervosas, insanidade.
• Os raios índigos tem aplicação nas terapias relacionadas com a
face, com eficiente efeito positivo em paralisia facial, doenças do
nariz e deficiência de olfato, doenças dos olhos, garganta, ouvidos e
deficiência auditiva. Pode ser, também, utilizado para problemas
pulmonares como bronquite e pneumonia. Age como tônico
muscular. É elétrico, frio e adstringente.
• Não existem contra-indicações ao uso do índigo.

Púrpura
• É um matiz que atua purificando o sistema humano. Por ser uma
frequência de alta vibração, deve ser utilizado com parcimônia. Em
excesso, gera ou agrava a depressão.
• É um estimulante venoso, vasodilatador e abaixa a pressão
arterial.
• Em longas exposições, proporciona efeito analgésico, sendo eficaz
na terapia de dores de cabeça e, também, efeito antitérmico, narcótico
e hipnótico.
• A gama de matizes vermelho-púrpura equilibra polaridades do
corpo, e a gama azul-púrpura tem eficácia na redução de tumores,
em problemas de pele e inflamações.
• O púrpura deve ser usado em casos onde seja necessário levantar
o ânimo sem causar irritabilidade.

teoria da cor IV - 24
Violeta
• É uma cor que apresenta vasta aplicação na Cromoterapia. Possui
uma aplicação mais potente e profunda e, por isso, normalmente
não deve ser usada na área da cabeça, acima da altura do lóbulo da
orelha.
• Apresenta efeitos anti-séptico, bactericida, purgante e cauterizador
em variados processos inflamatórios ou infecciosos, sendo utilizado,
inclusive, na corrente sanguínea, em casos de hepatite, leucemia, câncer
e aids.
• Purifica e energiza os níveis físico e espiritual. Fortalece a capacidade
do corpo de absorver e utilizar minerais.
• Afeta positivamente a estrutura óssea humana, sendo responsável
pelo seu desenvolvimento. A luz violeta graduada para tons de azuis,
alivia os sintomas da artrite e, quando alternada com prolongada
irradiação amarelo-ouro, aumenta o ritmo vital. Purifica o sangue
gerando leucócitos, fortalecendo e aumentando o número de glóbulos
vermelhos.
• Está diretamente ligado ao sistema nervoso simpático, comandando
suas funções. Age sobre a pituitária, e sobre os líquidos da coluna
vertebral. É conveniente ser usado em pacientes que apresentam distonias
neurovegetativas.
• Estimula o baço, é depressivo cardíaco, depressivo linfático, e
proporciona a irrigação sangüínea da parte superior do cérebro. É
indicado para tratar ciáticas, cólicas abdominais, disfunção do
crescimento ósseo, meningite cérebro-espinhal, nevralgias, problemas
de rins e bexiga, problemas dermatológicos, reumatismo crônico e agudo
e tumores benignos e malignos.
• Não existem contra-indicações ao uso do violeta.
• Para que o violeta exerça suas propriedades curativas, é necessário
o uso, em seguida, da cor azul que age como fixador.

Ultravioleta
• O ultravioleta possui propriedades químicas e bactericidas, que
aniquilam as toxinas das bactérias, atuando sobre o sangue e tecidos
corporais.
• Tem importante participação no equilíbrio químico do cálcio e do
fósforo, e na fixação do iodo, sendo positivo no tratamento de pacientes
portadores de bócio e raquitismo.
• Age acelerando os sistemas linfático e circulatório, a produção de
anticorpos e regularizando as funções glandulares e metabólicas.
Estimula a atividade pulmonar, cardíaca e o sistema nervoso simpático,
possuindo, ainda, propriedades sedativas contra dores.

teoria da cor IV - 25
II.4 – EFEITOS PSICOLÓGICOS E SIMBOLISMO

15

16

A cor como fenômeno mental; atuação dos raios coloridos sobre


nosso subconsciente

As cores nos falam em particular, porque cada um de nós, tem uma


ressonância própria, mas elas nos falam também, uma linguagem universal.

À exceção do branco e do preto, todas as cores do espectro visível


reenviam, em nosso inconsciente aos elementos (água, ar, fogo, terra) e à
vida (sangue, movimento, nascimento, morte).
Em todos os tempos, o homem atribuiu às cores um sentido: todas
as crenças, todas as religiões se referem às cores para explicar o mundo
material, assim como as relações espirituais. A linguagem corrente é
pontilhada destes símbolos, que impregnam nosso inconsciente coletivo.
Através dele, as cores nos relegam às tradições ancestrais, a mitos arcaicos.
Elas nos situam em nossas duas dimensões essenciais: o espaço e o tempo,
nosso tempo presente e nossa história passada.

teoria da cor IV - 26
17

18

Como um ser vivo, a cor tem sua fisionomia particular, seu


temperamento, sua personalidade, suas próprias atitudes. A cor é um dado
vívido de nosso entrono físico.

A linguagem, como todo meio de comunicação, exprime também uma


cultura: cada civilização tem sua própria percepção e sua própria interpretação
das cores, cada milênio também, cada século, cada geração.

De um lado a outro do mundo, a simbologia das cores se contradiz


com uma facilidade desconcertante, porque está ligada às cosmogonias, às
crenças, às estruturas e práticas sociais muito diversificadas.

E também, no seio de um mesmo grupo, existe entre os indivíduos,


diferenças na sensibilidade às cores, e na percepção das significações que
elas veiculam. Por isso, nossa relação com o mundo da cor é profundamente
pessoal e afetiva.

Cada um vive as cores quotidianamente. Goethe diz: “a experiência


nos ensina que as cores fazem nascer estados de ânimo particulares”.

teoria da cor IV - 27
Os fenômenos coloridos exercem na vida quotidiana uma influência
inconsciente sobre o comportamento humano; a escolha das cores se faz
intuitivamente sem passar pelo consciente.

Frente às cores, os indivíduos manifestam suas reações de aceitação,


indiferença ou repulsa; os psicólogos se servem deste método de análise para
os problemas de origem psíquica (teste das cores de Luscher)

De um modo geral, as cores quentes (vermelho/amarelo) são as da


comunicação (estão à frente do espectador, tem ação centrífuga de estimulação).
São favoráveis às atividades físicas (trabalho manual, esporte).
As cores frias (verde/azul) reenviam o indivíduo a ele mesmo, recuam;
elas tem ação centrípeta de calma, que convém melhor ao repouso e às
ocupações sedentárias, necessitando uma certa concentração (atividades
intelectuais).

Experiência de KURT GOLDSTEIN (nos anos 30)


• Iluminações de cor: concluiu que sob luz vermelha se superestima
o tempo e os objetos parecem mais compridos, maiores ou mais
pesados; em troca, sob uma luz verde ou azul, se subestima o
tempo e os objetos parecem mais curtos, menores e mais leves.

• As paredes azuis nos hospitais tem efeito calmante nas pessoas


afetadas por perturbações emocionais; porém, a mesma cor aplicada
numa cafeteria, fez com que os empregados se queixassem de frio,
levando ao retorno da pintura das paredes na cor laranja.

• Alguns matizes de amarelo podem produzir náuseas, e por essa razão,


se evitam nos aviões; mas pode ser utilizado em salas de aula de
colégios, para melhorar o rendimento escolar.
• Uns operários que carregavam caixas pretas se queixavam que eram
demasiado pesadas; depois de pintadas de verde, tiveram a sensação
de que eram mais leves.

• O papel psicológico da cor implica pois, num estudo aprofundado e


deve ter em conta a linguagem das cores, as preferências estéticas
ou afetivas, os simbolismos.

teoria da cor IV - 28
Vermelho
• Cor do fogo, quente por excelência.

• Cor do sangue, o vermelho sempre exprimiu o destino do homem; é


o símbolo da vida, da sexualidade, do movimento, da criação; está
relacionado com o coração, a carne e a emoção.

• O vínculo entre o vermelho e a vida, o converteram em cor importante


em todas as culturas. As representações rituais do sangue através do
vermelho, estão presentes em todas as sociedades tribais. Como o sangue
guarda o segredo da vida, a cor ficou revestida de poderes especiais.

• As emoções evocadas pelo vermelho são as mesmas que desperta o sangue:


desde o amor e a coragem, até a luxúria, o crime, a raiva e a alegria.

• Cor do amor, tanto divino como humano.

• Cor da força, da guerra, da revolução; a natureza masculina, agressiva


do vermelho, sempre foi associada com as idéias de combate.

• Utilizado em uniformes militares: para inflamar os espíritos e ao


mesmo tempo camuflar o sangue.

• Cor da aristocracia, dos uniformes reais, foi adotado pelos caçadores ingleses.

• A bandeira vermelha simboliza a revolução e, na China, o vermelho


também simboliza o sul, onde começou sua revolução.

• O planeta vermelho, Marte, recebe este nome, por conta do deus da guerra.

• Os veludos vermelhos nos teatros, tem a finalidade de dar um ar de grandeza.

• Abrir perante alguém um tapete vermelho, em sentido figurado,


demonstra o maior respeito.

• Há séculos atrás, se pensava que o vermelho guardava a chave de


todo conhecimento; em alquimia o vermelho significava que se tinha
alcançado finalmente a pedra filosofal, que convertia os metais
básicos em ouro.

• No tempo que governavam os puritanos as mulheres de má vida


eram marcadas com letra vermelha e posteriormente, ficavam
confinadas em locais iluminados com luz vermelha.

teoria da cor IV - 29
Laranja
• Cor que avança, o laranja não tem a mesma brutalidade do vermelho.
É uma cor muito quente, que evoca espontaneamente o fogo, mais
voluntariamente o fogo da lareira, que o devastador do incêndio.

• É o substituto de um sol ardente, de uma luz viva, de um calor


tropical... todas as coisas que procuram avidamente os cidadãos dos
países muito temperados.

• Azul profundo do mar, complementar geográfica, mental e


calorimétrica do laranja.

• Virtualmente não possui associações negativas, nem emocionais,


nem culturais.

• É uma das cores da terra: sob a forma de compostos de ferro, é


comum na formação terrestre.

• É a cor do outono; muitas frutas tem a polpa e a pele laranja: a


manga, as nêsperas, os melões. Está muito ligada à comida, já que é
a cor dos alimentos tostados, fritos e assados. É a cor do barro cozido,
e portanto, tem uma qualidade doméstica: é uma das cores mais
populares na cozinha.

• É mais afim com o amarelo do que com o vermelho, em relação à


temperatura.

• É mais afim com o pardo (marrom) do que qualquer outra cor. O


marrom, muito utilizado na moda e decoração, teve uma função
histórica humilhante: foi usado pelas pessoas que ocupavam
posições inferiores.

• O pardo, laranja escurecido, é um pigmento, não uma tonalidade


espectral. É a primeira e última palavra quanto a cores naturais, já
que engloba todas as tonalidades de terra e a madeira. É a cor mais
comum de todos os mamíferos.

• O pardo evoca associações gustativas, como o café e o chocolate;

teoria da cor IV - 30
Amarelo
• A personalidade do amarelo é diferente quando ele se situa ao
lado do amarelo ouro, quente e ativo ou do amarelo verde, já
próximo do frescor e do equilíbrio do verde.

• O amarelo de referência, na linguagem simbólica, é o amarelo ouro.

• O inconsciente coletivo atribui as qualidade do amarelo ao ouro


metal e ao sol, para construir em torno desta cor uma aura de
prestígio; ela evoca a dignidade, a inteligência, a riqueza material
e espiritual, a dominação. É uma cor real, imperial.

• O amarelo simboliza a atividade do espírito e o esforço constante


da humanidade em sua marcha através da verdade e do progresso.

• No simbolismo religioso, o ouro é a cor da verdade revelada,


da iniciação.

• É a mais luminosa das cores e também a mais ameaçada de


alteração. Sabe-se que, na prática, os amarelos são numerosos e
diversamente apreciados, que a transição se faz insensivelmente
com os verdes. É sem dúvida, este risco permanente de degradação
da cor pura, que faz com que o amarelo veicule também,
conotações negativas.

• São poucos os aspectos negativos do amarelo; é uma cor alegre,


mas não é muito popular.

• É a cor característica da primavera, porque as flores primaveris


são quase todas amarelas, e as folhas quando nascem, tem um
toque amarelado.

• Com relação aos alimentos, o amarelo significa a presença do


ferro e das vitaminas A e C.

• É a mais feliz de todas as cores.

teoria da cor IV - 31
Verde
• É antes de tudo a cor do vegetal, da árvore, da Natureza, que nos
oferecem sua calma e seu frescor, em oposição ao universo artificial
das cidades.

• É a cor da primavera, da renovação da vida, portanto da esperança,


que acalma as angústias.

• É a cor da luz do este, da aurora, que é renascimento, úmida e fresca.

• O verde é carregado de conotações aquáticas: é a cor da água, da


água considerada na massa, vista do interior. É a cor do mar, que
nos parece azul sob o céu azul, mas que na realidade é verde;
azul ou cinza à distância, o mar é verde ao se tocar... A água do
nosso meio original, de onde a referência do verde ao nascimento,
à regeneração, ao lento ressurgimento de vidas novas – esperança
ainda;

• A natureza aquática do verde reenvia ainda à fluidez, à maciez, à


matéria informe, portanto ao estranho, ao fantástico: o verde é a cor
do réptil, os dragões das lendas são verdes, os monstros de ficção
como Hulk, e é também, a razão pela qual, em nossa imaginação,
os extraterrestres são pequenos seres verdes...

• Está relacionado com o equilíbrio emocional; cor do ciúme; da


camuflagem.

• Possui uma multiplicidade de significados: roupa de Robin Hood,


para camuflagem; primeira cor dos uniformes do exército americano.

• É a cor do planeta Vênus, portanto, do amor; aparecia nos casamentos


europeus, como símbolo da fertilidade.

teoria da cor IV - 32
Azul
• Sua referência simbólica é o universo celeste, onde a imobilidade, a
imensidão, incitam à paciência e ao sangue frio; é a razão pela qual
ele simboliza a paz; é a cor da diplomacia, que é a alternativa à
guerra; a bandeira da ONU é azul, os “soldados da paz” são os
“casque azuis”...

• Símbolo da sagacidade, o azul é uma cor positiva, que pode também,


ser interpretada negativamente como o símbolo da ingenuidade: os
pacifistas (azuis) são ingênuos; na armada, os jovens recrutas são
azuis; as mocinhas sentimentais são “flor azul”; “não ver senão o
azul”, é não se render às evidências...É a cor do sonho, da
ingenuidade, da inocência (no sentido pejorativo do termo).

• Símbolo do espaço aéreo, da imensidão celeste, o azul trás ao nosso


entorno, a profundidade. Aumenta visualmente os espaços.

• Associações simbólicas e históricas com a realeza, sendo uma dos


cores preferidas.

• Imensidão do céu e do oceano, que busca a tranqüilidade através da


sensação de infinito.

• Azul da túnica de Nossa Senhora – símbolo de “status” como Rainha


dos Céus; associação do azul com a realeza: deuses Zeus e Júpiter

• Os romanos ao relacionar o azul com o negro, o associaram com o


humor melancólico do deus Saturno

• O significado emocional do azul, se divide naturalmente entre a luz


e a obscuridade.

teoria da cor IV - 33
Violeta
• Em psicologia está relacionado com a intimidade e a sublimação, e
indica sentimentos profundos.

• É o limite visível do espectro: simboliza o martírio, a abnegação, a


penitência.

• É a cor das viúvas; na liturgia católica, a do carisma.

• O aparecimento do violeta na aura humana se interpreta, se é clara,


como algo espiritual, e como algo depressivo, se é escura.

• Cor triste e fria, o violeta se encontra freqüentemente, na prática,


mais alegre e reanimado por uma adição de vermelho. É então, um
púrpura.

• Púrpura: prerrogativa real; cor do poder real, como também do corrupto.

• No simbolismo eclesiástico, expressa o mistério da Paixão de Cristo.

• A autoestima irradia uma cor púrpura, porém uma preferência pelo


violeta no teste das cores de Lüscher, indica imaturidade.

Cinza
• Une os extremos entre branco e preto .

• É a cor da energia consumida: a cinza.

• A experiência humana mais intensa com o cinza se baseia nas nuvens


e nas sombras; nas grandes cidades, onde se vê menos o céu, o
cinza é a primeira cor e a única do meio ambiente: maciço, mecânico
e metálico.

• O concreto, o cimento, os blocos de cor cinza, as oficinas e a


maquinaria pesada, converteram o cinza na cor dos negócios e da
indústria.

• Os canhões, os aviões e navios, o converteram na cor da guerra.

• É também a cor das teias de aranha e do pó, de textura frágil e


efêmera, que se deposita sobre os materiais mais pesados.

teoria da cor IV - 34
Preto
• Resulta da ausência da luz, que pode ter duas causas: a ausência de
qualquer fonte luminosa (as trevas da noite) ou a presença de objetos
que, bem iluminados, não refletem qualquer radiação visível. Como
o branco é a essência luminosa (diurna), o preto é a substância
noturna. Na ordem das coisas materiais, ele simboliza a noite, o
inverno, o norte, a água, e a terra profunda...

• No sentido figurado, é o símbolo do nada, do que não é mais; é a


cor da renúncia (hábito eclesiástico).É também, o símbolo do erro
(trevas) oposto à verdade (luz); na simbologia religiosa, o preto é
atribuído às forças do mal . Os negativos o tomam para emblema (a
bandeira negra dos piratas, dos anarquistas).

• Negação da luz, o negro exalta a luz; ele permite obter os melhores


contrastes; o amarelo é freqüentemente associado ao preto na sinalização.

• Quanto à percepção, implica peso e solidez; a obscuridade implica


espaço, que é infinito.

• O preto é por essência sinistro, representa o desconhecido, aspecto


que tem em comum com a morte. O medo da obscuridade é
espontâneo. Porém, o preto é também, uma fonte de força; combina
o mistério com o poder, que podem servir para o bem e o mal.

• A maioria das associações com o preto são negativas: lista negra,


correio negro (também chamado correio da morte), bola negra,
mercado negro, missa negra. Um negro pressentimento é algo
ameaçador; “ovelha negra”.

teoria da cor IV - 35
Branco
• É a cor total, a que inclui todas as outras. É de qualquer forma, a
substância mesma da luz – qualidade que a simbologia atribui
também, ao amarelo ouro.

• A simbologia religiosa marca a diferença: o amarelo ouro é o símbolo


da verdade (ou luz) revelada (isto supõe um movimento, uma
comunicação de um ponto de emissão até um ponto de recepção;
corresponde ao caráter dinâmico do amarelo) enquanto que o branco
representa a verdade (ou luz), a verdade em si, estática, intangível.

• Em teoria, uma superfície branca reflete toda a luz.

• O branco é a cor do absoluto, mas também a do relativo, porque


uma superfície branca (imaculada) é sempre percebida como
disponível, suscetível de degradações, mas sobretudo, portadora de
virtualidades, apta a receber signos ou cores dinâmicas, como a
página branca do escritor, ou a tela virgem do artista.

• Associações simbólicas positivas: magia branca e mentiras brancas


são benignas.

• A imagem do branco é boa; é fácil falar da boa conduta, como algo


“transparente”.

• O branco está aliado a uma certa desumanização: a frialdade clínica


dos médicos com seus trajes brancos, a fria castidade da deusa lua.

• No reino do simbolismo, branco e preto tem a liberdade de serem


absolutos; neste campo são literalmente alfa e omega, o bom e o
mau. Deixando de lado suas implicações individuais, freqüentemente
aparecem associados: dia e noite, Deus e diabo, sorte e desgraça,
nascimento e morte.

teoria da cor IV - 36
FOLHA 4
Figura 1/2 – Fotografias Kirlian
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 47

FOLHA 9
Figura 3/4 – Luz Natural
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 151

FOLHA 12
Figura 5 – Objetos iluminados com luzes coloridas
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 21

FOLHA 13
Figura 6 – Objetos iluminados com luzes coloridas
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 155

FOLHA 14
Figura 7 – Iluminação Natural e Artificial
Fonte: Color: Origen, Metodología, Sistematización, Aplicación – pg. 52

FOLHA 17
Figura 8/9 – Efeitos da cor
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 148/149

FOLHA 18
Figura 10/11/12 – Sensações que as cores suscitam
Fonte: Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas – pg. 92

Figura 13 – A Cor no Mercado


Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 172/173

Figura 14 – O Aroma da Cor


Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 174/175

FOLHA 24
Figura 15/16 – As Cores e os Rituais
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 58

FOLHA 25
Figura 17 – Pinturas no corpo como afirmação da classe social
Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 55

Figura 18 – Pinturas no corpo como signos de vida e morte


Fonte: El Gran Libro del Color – pg. 52

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FABRIS, S.; GERMANI, R. – Color: Proyecto y Estética en las Artes Gráficas.
Barcelona: Ediciones Don Bosco, 1979

KÜPPERS, Harald – Color: Origem, Metodologia, Sistematización, Aplicación.


Caracas: Editorial Lectura, 1973

PEDROSA, Israel – Da cor à cor inexistente.


Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial Ltda., 1977

Varley, Helen – El Gran Libro Del Color.


Barcelona: Editorial Blume, 1982

teoria da cor IV - 37
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