Sindrome de Burnout
Sindrome de Burnout
Sindrome de Burnout
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Dedicatória
Dedico este trabalho à minha família e em especial a minha mãe, Albertina Vicente Pelembe,
que contribuiu moral e financeiramente para a concretização dos meus objectivos. À minha
esposa e amiga Zaida Paula Custódio Macome por ter estado ao meu lado em todos os
momentos.
ii
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Deus pela vida e saúde.
Agradecer a minha família em geral, que me apoiou incondicionalmente, sem eles este
trabalho não teria sido possível.
Agradecer ao Mestre António Manhiça e Cármen Machava, pelo apoio incondicional nos
momentos mais difíceis da minha vida pessoal assim como académica.
De igual maneira, agradecer a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a
realização deste estudo.
iii
Lista de tabelas e quadros
iv
Lista de abreviaturas e siglas
CI: Cinismo
v
Resumo
Este estudo teve como objectivo analisar as possibilidades de ocorrência da Síndrome de
Burnout nos funcionários do Millennium Bim da Macia. A pesquisa se qualifica de natureza
mista, com bases qualitativa e quantitativa, os dados foram obtidos através da entrevista e do
questionário MBI-GS de Maslach, preenchido por 05 funcionários. A entrevista ajudou no
processo de colecta de dados relativos aos sintomas da síndrome e o questionário foi
essencial para o processo de análise de três aspectos psicologicamente correlacionados, sendo
eles a Exaustão Emocional, o Cinismo e a Eficácia no Trabalho que, após a análise estatística,
fornecem o índice do nível de Burnout. Os resultados obtidos demonstraram que os
funcionários do Millennium Bim da Macia estão susceptíveis à síndrome de burnout. Para
minimizar a ocorrência de burnout nesta instituição faz-se necessário oferecer workshops e
treinamento em serviço, inclusive sobre técnicas de enfrentamento de estresse e burnout.
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Abstract
This study aims to analyze the possibilities of development of the burnout syndrome on the
workers of Macia Millennium Bim Bank. The research describes as mixed, based on the
qualitative and quantiqualitative nature, and the data was obtained through an interview and a
questionnaire MBI- GS Maslach, filled by 05 employees. The interview was helpful in terms
of collecting data of the syndrome symptoms and the survey was essential to analyze three
psychologically related aspects that after statistical analysis, providing content level of
Burnout: Emotional Exhaustion, Cynicism and the Effectiveness at Work. The results showed
that the workers of Macia Millennium Bim Bank are susceptible to the burnout syndrome. To
minimize the syndrome the bank must offer workshops and training in service, including
means of fighting stress and burnout.
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Em meio ao caos do quotidiano, o sector bancário encontra-se cada vez mais cheio de clientes
devido à facilidade de acesso ao crédito. Mesmo com o advento da automação e do uso da
Internet, as agências bancárias vêm enfrentando um número considerável de clientes e
usuários querendo ser bem atendidos e com o menor tempo de espera. Os profissionais
tentam atender à demanda, porém, ainda há clientes insatisfeitos principalmente com o tempo
de fila e a demora no atendimento.
De acordo com Silva (2000), ainda não se tem um conceito definitivo sobre esta síndrome,
existe um consenso em considerar que aparece no indivíduo como uma resposta ao estresse
laboral. Trata-se de uma experiência particular interna que unifica sentimentos e atitudes que
muitas vezes tem um aspecto negativo para o indivíduo, elemento que implica alterações,
problemas e disfunções psicofisiológicas com resultados nocivos para a pessoa e para a
organização.
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Segundo Lima (2007), a Síndrome de Burnout surgiu em meados da década de 70, nos
Estados Unidos, em busca de resposta ao processo de deterioração, nos cuidados e atenção
profissional aos trabalhadores de uma organização. Sendo definida como esgotamento
profissional, uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crónica no trabalho.
Silva (2010), cita alguns autores como Freudenberger em 1974 já assegurava que o Burnout é
decorrência de esgotamento, decepção e perda de interesse pela actividade de trabalho que
surge nas profissões que trabalham em contacto directo com pessoas, assim como Amorim et.
al. em 1998, sobrepõe ainda, que alguns estudiosos realizaram propostas de demarcação
conceitual e assim estabeleceram procedimentos e critérios para o diagnóstico diferencial.
Segundo Lima (2007), alguns estudos publicados demonstram que Burnout é uma síndrome
que vem atingindo trabalhadores em diversas profissões. É um problema que afecta
principalmente os trabalhadores encarregados de cuidar de outros, como profissionais da área
da educação, saúde, policiais e agentes penitenciários, entre outros, das quais são profissões
que possuem intensos e frequente contacto directo com as pessoas. É uma experiência que
gera sentimentos e atitudes negativas com seu trabalho, podendo gerar desprazer, desgaste,
perda do empenho. Suas consequências podem ser o absenteísmo, abandono do emprego,
baixa produtividade.
Para o caso do Millennium Bim da Macia, o nosso estudo contribuirá para o fortalecimento
das equipes consultadas, pois com a opinião de gerentes e funcionários, através de
entrevistas, poderão ser encontradas maneiras de melhorar as condições de trabalho,
aperfeiçoar a relação entre gestores e subordinados, o que é favorável à gestão, que por sua
vez implica na qualidade da equipe proporcionando uma maior predisposição dos
funcionários em atender e em ser ágeis no atendimento.
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1.2. Delimitação da pesquisa
Segundo a Lei de Trabalho (artigo 95), o período normal de trabalho não pode ser superior a
quarenta e oito horas (48h) por semana e oito horas (8h) por dia.
Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, o período normal de trabalho diário pode ser
alargado até 9 horas, sempre que ao trabalhador seja concedido meio-dia de descanso
complementar por semana, além do dia de descanso semanal prescrito na lei de trabalho.
Enfim, todos os factores apresentados podem levar ao surgimento da Síndrome de Burnout.
Apesar da clareza da legislação apontar um sentido, a prática no Millenium Bim aponta que,
a mesma não está sendo seguida.
É neste contexto que nasce o problema da nossa pesquisa, os funcionários do Millenium Bim
da Macia vivem em constante exaustão no ambiente de trabalho.
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1.3.1. Questão de pesquisa/partida
Os funcionários do Millennium Bim da Macia estão susceptíveis a desenvolver a
Síndrome de Burnout?
1.4. Justificativa
A comunicação humana é feita de diversas formas. No caso dos bancos o contacto é feito, na
maioria das vezes, directamente com o cliente externo. Devido à essa proximidade, o
profissional fica exposto a diversos níveis de tensão psicológica, agravado por sua
responsabilidade em atender à demanda que está crescendo a cada dia.
Para além desse ponto, factores como carga horária excessiva, ambiente psicologicamente
insatisfatório, velocidade rápida no trabalho, diferenças de caixa, agressões dos clientes e
cobranças por resultados são notórios no ambiente do Millennium Bim da Macia e
representam situações de sofrimento e consequentemente podem levar a exaustão emocional
e/ou até ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout.
Dado a essas condições de trabalho, existe o risco da existência de sintomas que caracterizem
a Síndrome de Burnout.
Sendo a Síndrome de Burnout uma doença pouco conhecida, e que muitas das vezes pode
passar despercebida pelos profissionais da área da saúde, este estudo merece ser discutido,
pesquisado e avaliado para que seus resultados possam consciencializar a sociedade e as
organizações que as constantes pressões do quotidiano podem resultar em um estado de
tensão emocional e estresse crónico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais
e psicológicas desgastantes, influenciando negativamente no desempenho do trabalho e a
possível geração da Síndrome de Burnout.
Para a comunidade acadêmica, a pesquisa servirá de base para outros estudantes interessados
em fazer pesquisas ligadas ao tema em estudo, de modo aprofundar os seus conhecimentos.
Servirá também como uma base ou suporte dos debates universitários acerca da importância
da manutenção de um bom ambiente de trabalho nas organizações e dos factores que podem
levar ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout.
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1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
Analisar as possibilidades de ocorrência da Síndrome de Burnout nos funcionários do
Millennium Bim da Macia.
1.5.2. Específicos
Descrever a Síndrome de Burnout;
Identificar os sintomas de Burnout no grupo de profissionais em estudo; e
Identificar estratégias para a prevenção do desenvolvimento da Síndrome de burnout
entre os funcionários do Millennium Bim da Macia.
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CAPÍTULO II: REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA
O termo burnout, derivado de um jargão inglês, significa “aquilo que deixou de funcionar por
absoluta falta de energia”, Trigo et al, (2007, p. 225). Ou seja, a Síndrome de Burnout
caracteriza uma pessoa que chegou ao seu limite e sente-se esgotada. No entanto, há uma
ligação da Síndrome que a desvincula da depressão, do estresse rotineiro, da ansiedade. Para
ser considerada Síndrome de Burnout, necessariamente, toda esta estafa física, mental e
emocional tem de estar ligada ao trabalho.
O termo Síndrome de Burnout foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos, pelo
psicólogo clínico familiar Freudenberger (1974). Constatou que muitos dos voluntários com
os quais trabalhava, apresentavam um processo gradual de desgaste no humor e/ou
desmotivação. Geralmente, esse processo durava aproximadamente um ano, e era
acompanhado de sintomas físicos e psíquicos que denotavam um particular estado de estar
"exausto".
Freudenberg em 1974 descreveu burnout como uma experiência esgotante ou uma sensação
de fracasso que era o resultado de uma sobrecarga no trabalho e que envolvia a utilização de
grandes quantidades de energia física e recursos emocionais. Desde que se começou a utilizar
o termo burnout existem muitos relatos e estudos que apresentam algumas diferenças a nível
conceptual.
Segundo Amaro e Jesus (2010), esta síndrome possui aspectos importantes naquelas
profissões no qual permanece uma maior relação humana e onde o grau de cobrança e o
perfeccionismo são elevados.
Para Bezerra, Beresin (2009, p. 352): “Burnout é uma experiência subjectiva interna que gera
sentimentos e atitudes negativas no indivíduo em relação ao seu trabalho, como insatisfação,
desgaste e perda do comprometimento, interferindo em seu desempenho profissional,
trazendo consequências indesejáveis para o cliente e para a organização (absenteísmo,
abandono do emprego e baixa produtividade).
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Porém, mesmo sendo Freudenberger a utilizar o termo burnout pela primeira vez, foi a
pesquisadora Christina Maslach, que ficou famosa por estudar a síndrome mais
profundamente, sendo conhecida como um dos pesquisadores pioneiros sobre burnout e
autora do Maslach Burnout Inventory (MBI), que consiste em um instrumento utilizado para
medir o burnout.
Segundo Tamayo (2008), a definição mais difundida do burnout compreende este fenómeno
como uma síndrome de natureza tridimensional, caracterizada por sentimentos de exaustão
emocional, desapego ao trabalho e falta de realização pessoal
Maslach e Leiter (2008), afirmam que o burnout é um constructo constituído por três aspectos
básicos (exaustão Emocional, Despersonalização e Reduzida realização pessoal):
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Segundo Maslach & Jackson (1981) citado por Codo (2006), o esgotamento emocional
representa a dimensão de tensão básica da Síndrome de Burnout; a despersonalização
expressa o contexto interpessoal onde se desenvolve o trabalho do sujeito, e a diminuição das
conquistas pessoais, representa a auto-avaliação que o indivíduo realiza do seu próprio
desempenho ocupacional e pessoal.
De acordo com Maslach e Jackson (1981) citado por Codo (2006), a Síndrome de Burnout é
definida como uma reacção à tensão emocional crónica gerada a partir do contacto directo e
excessivo com outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou
com problemas,
Maslach e Leiter (2008), afirmam que em geral a síndrome Burnout está relacionada a
factores estressores crónicos relacionados ao trabalho.
Portanto, a síndrome seria uma consequência de eventos que geram estresse que predispõem
o indivíduo a vivenciá-la, e também seria necessária a presença de uma “interacção”
trabalhador cliente intensa e/ou prolongada para que o sintoma se produza.
Segundo Benevides-Pereira (2002); Maslash et al. (2001), o burnout tem múltiplas causas ou
factores desencadeantes que podem ser representados pela confluência de quatro grupos de
características:
Pessoais: aspectos sociodemográficos (como idade, sexo, nível educacional, filhos),
os relacionados à personalidade (nível de resiliência, locus de controle, padrão de
personalidade tipo A, estratégias de enfrentamento, neuroticismo, perfeccionismo),
sentido de coerência, motivação e idealismo;
Trabalho: tipo de ocupação, tempo de profissão, tempo na instituição, trabalho por
turnos ou nocturno, sobrecarga, relacionamento entre os colegas de trabalho, assédio
moral, relação profissional-cliente, tipo de cliente, conflito de papel, ambiguidade de
papel, suporte organizacional, responsabilidade, precisão satisfação, autonomia, nível
de controlo;
Organizacionais: ambiente físico, mudanças organizacionais, normas institucionais,
clima, burocracia, comunicação, autonomia, recompensas e segurança; e
Sociais: suporte social, suporte familiar, cultura e prestígio.
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Segundo Ahola et al. (2006a), dentre os factores sociodemográficos, a idade têm sido o mais
consistentemente relacionado ao burnout. Empregados mais jovens, com idade inferior a 30
anos (possivelmente estão no início da carreira), apresentam maior risco de desenvolver
burnout. Entretanto, em estudo realizado na Finlândia com 3.424 empregados de diferentes
sectores, a identificação de burnout aumentou com a idade
Maslach et al (2001); Ahola et al (2005), afirmam que trabalhadores solteiros têm risco
aumentado de burnout, em comparação com aqueles que estão vivendo com um parceiro, em
especial homens solteiros tendem a experimentar maiores níveis de burnout que os
divorciados.
Ahola et al. (2006a), defende que elevados níveis de educação parecem estar relacionados à
maior frequência de burnout. Presume-se que pessoas com nível elevado de ensino venham a
ter empregos com maiores responsabilidades, e sujeitos a frequentes situações estressantes.
Segundo Semmer (1996), tem sido argumentado que baixos níveis de resistência, baixa auto-
estima, locus de controlo externo e um estilo de coping evitativo normalmente constituem o
perfil individual propenso ao estresse, sendo este perfil de personalidade associado ao
burnout.
De acordo com Lee, Ashforth (1996); Maslach et al. (1996); Schaufeli, Enzmann, (1998),
estudos têm evidenciado que aspectos como, pouca experiência profissional, conflito de
papel, pressão e sobrecarga de trabalho, o contacto directo com o cliente, além de falta de
apoio social estão associados ao burnout.
Segundo Maslach et al. (2001) as atitudes no trabalho como criar expectativas elevadas,
podem conduzir as pessoas a trabalhar muito, o que pode ocasionar exaustão e eventual
cinismo quando os elevados esforços não produzem os resultados esperados.
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Lee; Ashforth (1996), afirmam que dentre as características organizacionais, a falta de
participação na tomada de decisão e o próprio contexto de trabalho, especialmente na relação
entre o trabalhador e o cliente, têm sido positivamente identificados como causas do burnout.
Jaques; Amazarray (2006), destaca que outro aspecto presente nesta profissão é a prestação
de serviços ao público e, portanto, o envolvimento quotidiano com clientes expõe os
bancários diariamente às problemáticas e dificuldades das pessoas atendidas.
Por outro lado Shukla; Garg (2013), acrescenta o facto de que há várias expectativas que os
membros da família, pares, superiores e subordinados têm do empregado. A falha em
conhecer tais expectativas, ou para transmitir tais expectativas, pode levar ao conflito de
papel e ambiguidade de papel, e gerar estresse entre os funcionários.
Segundo Schaufeli (2001), o burnout é um estado de exaustão físico, emocional e mental que
está relacionado com o facto de o indivíduo manter uma actividade profissional ao longo do
tempo com elevado nível de exigência. Existe uma tendência de maior associação com o sexo
feminino devido à acumulação das tarefas domésticas com a actividade profissional.
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Dores musculares ou osteomusculares: as mais frequentes são as dores na nuca e
ombros. As dores na coluna (cervicais e lombares) também possuem alta incidência.
Por vezes, o profissional que se vê “travado” por dias;
Distúrbios de sono: apesar do cansaço e da sensação de peso nas pálpebras, a pessoa
não consegue conciliar o sono ou dorme imediatamente, acordando poucas horas
depois e permanecendo desperta apesar do cansaço. Sono agitado, pesadelos;
Cefaleias, enxaquecas: em geral, as dores de cabeça são do tipo tensional. Há
relatos desde o latejar das têmporas, até dores persistentes e intensas em que a pessoa
não suporta nem um mínimo de som ou qualquer fio de luz;
Perturbações gastrointestinais: podem ter intensidade que vai desde uma
“queimação” estomacal, gastrite, podendo evoluir até mesmo a uma úlcera. Náuseas,
diarreias e vómitos são referidos na literatura. Em algumas pessoas observa-se perda
do apetite, levando a um emagrecimento significativo, ao passo que em outras há um
aumento no consumo de alimentos, com consequências opostas;
Imunodeficiência: diminuição da capacidade de resistência física, acarretando
resfriados ou gripes constantes, afecções na pele como pruridos, alergias, herpes,
queda de cabelo, aparecimento ou aumento de cabelos brancos;
Transtornos cardiovasculares: neste item há relatos desde hipertensão arterial,
palpitações, insuficiência cardiorrespiratória, até mesmo enfartos e embolias.
Distúrbios do sistema respiratório: dificuldade para respirar, suspiros profundos,
bronquite, asma;
Disfunções sexuais: diminuição do desejo sexual, dores nas relações e anorgasmia
(no caso das mulheres), e ejaculação precoce ou impotência (nos homens);
Alterações menstruais nas mulheres: atraso ou até mesmo suspensão da
menstruação.
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Alterações de memória, tanto evocativa como de fixação. Apresentam lapsos de
memória; muitas vezes pára de realizar uma actividade que estava em curso por não
saber mais por que a realizava, precisando retornar ao local ou momento anterior para
tentar recordar-se. “O que foi mesmo que vim fazer aqui?”;
Lentificação do pensamento: os processos mentais tornam-se mais lentos, assim
como o tempo de resposta do organismo. Sentimento de alienação: a pessoa sente-se
distante do ambiente e das pessoas que a rodeiam, como se nada tivesse a ver com ela,
como se as coisas fossem irreais;
Sentimento de solidão: muitas vezes decorrente do traço anterior, a pessoa sente-se
só, não compreendida pelos demais;
Impaciência: há uma constante pressão no que se refere ao tempo, sentindo que este
é sempre menor do que gostaria, torna-se intransigente com atrasos, esperar passa a
ser insuportável;
Sentimento de impotência: há a sensação de que nada pode fazer para alterar a
actual situação, sentindo-se vítima de uma conjuntura superior às suas capacidades;
19
2.1.3.3. Sintomas comportamentais
20
2.1.3.4. Sintomas defensivos
21
2.1.4. Efeitos da Síndrome de Burnout no indivíduo
De acordo com Garcés De Los Fayos (2000), a Síndrome de Burnout apresenta-se como uma
síndrome complexa que acarreta consequências muito variáveis, já que estas estão presentes a
nível psicológico, físico e de conduta. Entre os sintomas mais comuns relatados pela
literatura, a nível individual estariam os problemas psicossomáticos, a diminuição do
rendimento e as atitudes negativas como modo de encarar a vida.
Grupo Consequência
Problemas psicossomáticos
Depressão
Atitudes negativas relativamente a si mesmo
Sentimentos de culpabilidade
Psicológicas
Aborrecimento
Ansiedade
Cólera
Baixa tolerância à frustração
Abuso de drogas
Diminuição do rendimento
Atitudes negativas relativamente ao trabalho
Falta de motivação perante o trabalho
Atitudes negativas perante os outros actores
escolares
Incapacidade para realizar o trabalho com rigor
No contexto organizacional
Intenção de abandonar o trabalho
Absentismo
Atrasos frequentes
Largas pausas no trabalho
Insatisfação no trabalho
Diminuição do compromisso assumido
Atitudes negativas perante a vida em geral
No contexto ambiental Diminuição da qualidade de vida pessoal
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2.1.5. Implicações do burnout no mercado de trabalho
O burnout tem sido considerado um problema de ordem social e de grande relevância, já que
seus custos organizacionais vêm aumentando, com o decorrer dos crescentes casos de
trabalhadores afectados.
Segundo Carlotto & Câmara (2008, p. 154), alguns destes custos devem-se a
rotatividade de pessoal, absenteísmo, problemas de produtividade e qualidade
e também por associar-se a vários tipos de disfunções pessoais, como o
surgimento de graves problemas psicológicos e físicos podendo levar o
trabalhador a incapacidade total para o trabalho.
Há, também, que se preocupar com empresas que ainda tratam o Burnout como se fosse um
problema individual do trabalhador. Benevides Pereira (2002: p.6), ressalta que muito já se
gastou com questões como “colocar a pessoa certa no lugar certo” (ou em treinamentos e
aperfeiçoamento de funcionários, e que seria lastimável não investirem em condições
favoráveis de trabalho e estratégias que auxiliem no combate ao Burnout.
Segundo ZH Vida e Estilo (2016), a questão sobre o cargo certo com as devidas qualificações
é um tema discutido pelo professor Michael Leiter, especialista em burnout e professor na
Universidade Acadia no Canadá. Ele ressalta que a incompatibilidade da pessoa com o
emprego é foco central nas suas análises, e relata que o tédio e falta de desafios também,
trazem estresse ao trabalhador.
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Leiter afirma que o “antídoto” para o estresse no trabalho seria o engajamento.
Para que ocorra o devido engajamento, citado por Leiter é necessário que o ambiente de
trabalho atenda algumas condições como:
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2.1.6. A tecnologia contribuindo para o crescimento do estresse
Somos a geração da conectividade e tecnologia. E claro, que essa característica do mundo
moderno também traria impactos para o mundo do trabalho.
Segundo BBC Brasil (2016), o pesquisador Cary Cooper, da Manchester Business School e
autor de estudos sobre relação entre e-mails e estresse no trabalho, “cerca de 40% das pessoas
acordam e a primeira coisa que fazem é verificar seus e-mails, para outros 40%, é a última
coisa que fazem à noite”.
Esta obsessão em verificar e-mails e informações, fora do ambiente de trabalho, está tornando
mais difícil que “nos desliguemos nas horas de folga”.
A questão tem se agravado tanto, que na França já há uma lei trabalhista que incentiva as
empresas que tomem medidas similares, a dos exemplos anteriores.
Empresas de tecnologia tem criado programas e aplicativos que ajudem a lidar com a
questão. Uma start-up chamada Rescue Time desenvolveu um programa que monitora o
tempo que passamos em determinados aplicativos e dá ao usuário a possibilidade de bloqueá-
los, por determinado tempo. Segundo seu criador, o empresário Robby Macdonell, ele ficava
frustrado por se distrair com facilidade durante as horas de trabalho.
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2.1.7. O diagnóstico da síndrome de burnout
De acordo com Cherniss, citado por Maslach (1993), a Síndrome de Burnout é um processo
que começa com um excessivo e prolongado nível de tensão ou "estresse" que produz a
fadiga no trabalho, um sentimento de exaustão e irritabilidade. Similarmente, a Síndrome de
Burnout tem sido caracterizada como uma progressiva perda de idealismo e de energia e do
propósito de ajudar os outros nas mais diferentes actividades.
Por sua vez, Caballero e Millán (1999), propõem que a Síndrome de Burnout apresenta
sintomas de ordem:
Bibeau citado por Maslach (1993) propõe um diagnóstico objectivo e também subjectivo da
Síndrome de Burnout com critérios para determinar o seu grau. O principal sintoma seria a
fadiga ou o esgotamento emocional, acompanhada de um sentimento de incompetência
profissional e a insatisfação no emprego, além de problemas de concentração, de
irritabilidade e de negativismo. O principal indicador seria o estado emocional por um
período de vários meses, observado por distintas pessoas como colegas, supervisores, entre
outros.
Gutiérrez (2000) distingue cinco elementos comuns nas pessoas que sofrem a Síndrome de
Burnout:
Um predomínio de sintomas como cansaço mental ou emocional, fadiga e depressão;
A evidência pode ser vista num sintoma mental ou de conduta mais do que em
sintomas físicos;
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Os sintomas estão relacionados com o trabalho;
Síndrome de Burnout os sintomas manifestam-se em pessoas "normais" que não
sofriam anteriormente de nenhuma outra patologia psicológica;
Pode-se observar uma redução da efectividade e do rendimento no trabalho.
Frazão (2012) acredita que o tratamento para a Síndrome de Burnout pode ser realizado com
a interacção de medicamentos e terapias, das quais podem ser alcançadas em grupos, como
aulas de danças e teatro. Essas dão oportunidade ao sujeito a troca de experiências,
autoconhecimento, segurança e convívio social. O autor ainda cita a linha de medicamentos
mais utilizados, como os antidepressivos, diminuindo a sensação de incapacidade e
inferioridade, dos quais são os principais sintomas da Burnout.
Segundo Carlotto (2009), são várias as formas de tratamento a nível individual, porém deve-
se levar em consideração o limite de cada indivíduo. Mesmo que seja de forma temporária as
intervenções feitas junto ao trabalhador sempre é de benefício para o mesmo, contudo, isso
pode reforçar a concepção muitas vezes equivocada de que é um problema do sujeito e ele
pode reforçar seu sentimento de fracasso, isolamento e baixa estima. As intervenções devem
focar a organização do trabalho, o ambiente social e seu contexto, atingindo forma mais
ampla, a Burnout não é um fato individual, mas psicossocial. Na suspeita da doença o
trabalhador deve procurar ajuda, caso confirme o diagnóstico, o tratamento na maioria das
vezes é realizado com terapia focando o enfrentamento do estresse no trabalho e também
medicamentoso.
De acordo com Ferrari (2013), o tratamento da Burnout deve seguir uma estratégia
multidisciplinar: farmacológico, psicoterapêutico e médico. Como toda doença de
adoecimento psicológico, umas das consequências é a somatização dos fatos. O diagnóstico
deve ser de forma precisa para não ser confundida com depressão, já que os sintomas iniciais
são bem-parecidos. O tratamento medicamentoso geralmente associa-se a antidepressivos e
ansiolíticos. Além dos medicamentos o acompanhamento médico e mudança no estilo de vida
são consideráveis. Praticar exercícios físicos e de relaxamento são de extrema importância.
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2.1.9. Prevenção da síndrome de burnout
Benevides-Pereira (2003), refere que o diagnóstico de um caso de burnout, deve ser implicar
uma abordagem em que é entendido como caso de alerta e sugerir uma investigação da
situação de trabalho. Além das medidas de suporte ao trabalhador é importante haver uma
intervenção ao nível da organização do trabalho e suporte, também ao grupo de trabalhadores
onde o primeiro estava inserido.
28
Diante do exposto acima, fica evidente, portanto, para se prevenir a Síndrome melhorando a
qualidade de vida no trabalho, é de grande interesse a empresa tomar algumas medidas de
prevenção como exemplo não sobrecarregar um único trabalhador, realizando divisões de
tarefas e serviços. Organizar a rotina laboral; educar ou orientar ao funcionário para não ser
perfeccionista, pois errar faz parte do dia-a-dia de qualquer indivíduo, ou seja, pedir ajuda em
caso de dúvida, ser humilde, não ter medo de expor sua fragilidade, melhor demonstrar que
não sabe do que fazer errado. Pois o medo de errar, de não saber, e a dúvida traz consigo
preocupações e estresse.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA
O estudo foi realizado na vila Municipal da Macia, Distrito de Bilene, Província de Gaza. A
Vila de Macia é capital e sede do Distrito de Bilene na Província de Gaza. Situada na EN1, a
cerca de 140 km a norte da Cidade de Maputo, a principal estrada que liga o Norte ao Sul do
país. Ė a partir da Macia que partem importantes ligações, quer à estância turística da Praia da
Vila do Bilene, quer ao “celeiro” de Moçambique, Chókwè, sendo por isso uma zona de
grande fluxo rodoviário (N1; Macia/Chókwè; Macia/Praia do Bilene; Chissano/Chibuto).
A Vila tem como limites a Norte, o Posto Administrativo de Mazivila, a Oeste o Posto
Administrativo de Messano, a Este o Posto Administrativo de Chissano e a Sul o Posto
Administrativo de Macuane, e organiza-se territorialmente em quatro Localidades e 18
bairros comunais. Tem uma população de 36.212 habitantes, onde cerca de 15.576 são
mulheres e 20.636 são homens. O Millennium Bim da Macia localiza-se no bairro cimento,
Av.1º de Maio, nº 3081.
3.2.1. População
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3.4. Critérios de exclusão
De acordo com Anderson; Sweeney & Williams (2007), para realizar uma amostragem
aleatória simples, recomenda-se fazer uma listagem dos elementos da população, atribuindo
aleatoriamente um número para cada um desses elementos. Feito isso, o pesquisador deverá
sortear dentro de toda a população, atribuindo aleatoriamente um número para cada um
desses elementos. Feito isso, o pesquisador deverá sortear dentro de toda a população,
desconhecendo inteiramente a quem esses números estão associados, os números adequados
de elementos que irão compor a amostra
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3.7. Tipo de pesquisa
A grande vantagem das entrevistas qualitativas está no fato de trabalhar questões de valores e
não se limitar às variáveis predefinidas e respostas de “sim ou “não”. Isso permite melhor
compreensão sobre as opiniões dos entrevistados, pois possibilita ao pesquisador maior
apropriação e aproximação de todos os processos e resultados obtidos.
Segundo Pradanov & Freitas (2013, p. 52), a pesquisa descritiva observa, regista, analisa e
ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a
frequência com que um facto ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com
outros factos. Assim, para colectar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as
quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação.
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Optamos pela pesquisa exploratória na medida em que busca de uma aproximação do
problema investigado. A pesquisa descritiva faz o mesmo, porém não afundado em literatura,
mas sim na descrição de factos. A pesquisa descritiva permite que a pesquisa seja realizada
no ambiente natural do entrevistado, o que garante a colecta de dados honesta e de alta
qualidade.
3.8.1. Entrevista
De acordo com Gil (1999), a entrevista semi-estruturada apresenta certo grau de estruturação,
já que se guia por uma relação de pontos de interesses que o entrevistador vai explorando ao
longo do seu curso. O entrevistador faz poucas perguntas directas e deixa o entrevistado falar
livremente à medida que se refere às pautas assimiladas. Quando este, por ventura, se afasta,
o entrevistador intervém de maneira sutil, para preservar a espontaneidade da entrevista.
33
3.8.4. MBI (GS): Maslach Burnout Inventory- General Survey
O instrumento usado para a recolha de dados relacionados com o burnout foi o inventário de
burnout MBI - GS, que é uma escala psicométrica de medida de burnout, criada há 20 anos,
por Christina Maslach. Tem 22 afirmações que são respondidas numa escala de likert sobre
os sentimentos e atitudes do profissional no seu trabalho e em relação aos utentes. Existem
três versões do MBI: a versão dirigida aos profissionais de saúde, denominada MBI - Human
Services Survey (MBI-HSS), constituída por 22 itens; a versão para profissionais de
educação, o MBI - Educators Survey (MBI-ES) e o MBI - General Survey (MBI-GS), de
carácter mais genérico e contendo apenas 16 itens, sendo a última mais adequada para o
nosso estudo.
O segundo quesito diz respeito ao Cinismo (CI), e discorre sobre a sensação de indiferença ou
atitude que torne o colaborador distante do trabalho; este quesito contém quatro variáveis. Por
fim, têm-se a Eficácia no Trabalho (ET), que dá maior ênfase as expectativas do indivíduo
em relação à sua ocupação.
Para a mensuração de frequência de ocorrência das variáveis, utilizamos uma escala Likert de
5 pontos, como sugerida por Alexandre (2003). Desta forma, as frequências encontram-se
entre 1 e 5, variando de nunca, anualmente, mensalmente, semanalmente e diariamente.
Os pontos foram obtidos através da média aritmética, e nos itens EE e CI, quanto mais alto o
índice, maior o nível de estresse. Quanto às variáveis de ET, a relação se demonstra
inversamente proporcional, pois quanto menor a frequência, maior o nível de estresse, devido
à baixa eficácia no trabalho. Para efeitos de análise, a escala desta secção será invertida para
oferecer resultados homogéneos.
A escolha desse método para a colecta de dados foi pelo facto de Permitir o anonimato das
respostas; Permitir que as pessoas o respondam no momento que lhes pareça mais
apropriado; Não expõe os pesquisados à influência da pessoa do pesquisador e são fáceis de
ministrar.
34
3.9. Variáveis do estudo
Tabela 2: Dados sociodemográficos e factores de Burnout
Neste contexto, o pesquisador teve como base materiais já existentes sobre o assunto, tendo
pesquisado livros, artigos científicos, monografias, etc. E foram essenciais para a nossa
pesquisa no aprofundamento sobre as concepções dos diferentes autores no que diz respeito à
Síndrome de Burnout e o seu respectivo diagnóstico.
35
Segundo Fonseca (2002), “A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que,
além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza colecta de dados junto a pessoas,
com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação,
pesquisa participante, etc.) ”.
Quanto à gestao e análise de dados, foi usada a análise de conteúdo para os dados da
entrevista semi-estruturada (de cáracter qualitativo) e estatística descritiva para os dados dos
questionários (de carácter quantitativo).
Para Reis (1996: 15), a estatística descritiva consiste na recolha, análise e interpretação de
dados numéricos através da criação de instrumentos adequados: quadros, gráficos e
indicadores numéricos” .
Huot (2002: 60) define estatística descritiva como “o conjunto das técnicas e das regras que
resumem a informação recolhida sobre uma amostra ou uma população, e isso sem distorção
nem perda de informação”.
36
Segundo Freitas, Cunha, & Moscarola (1997), a análise de conteúdo, actualmente, pode ser
definida como um conjunto de instrumentos metodológicos, em constante aperfeiçoamento,
que se presta a analisar diferentes fontes de conteúdos (verbais ou não-verbais). Quanto a
interpretação, a análise de conteúdo transita entre dois polos: o rigor da objectividade e a
fecundidade da subjectividade. É uma técnica refinada, que exige do pesquisador, disciplina,
dedicação, paciência e tempo. Faz-se necessário também, certo grau de intuição, imaginação
e criatividade, sobretudo na definição das categorias de análise. Jamais esquecendo, do rigor
e da ética, que são factores essenciais.
Segundo Bardin (2011), para uma análise de conteúdo de qualidade, faz-se necessário seguir
as seguintes etapas: Pré-análise; Exploração do material; e Tratamento dos resultados,
inferência e interpretação.
37
3.14. Consideraçoes éticas
O estudo não tem fins lucrativos, em princípio foi submetido ao Comité Institucional de
Bioética e Saúde da USTM para efeitos de aprovação;
Na realizaçao do estudo, foram respeitadas todas as regras inerentes à investigação com seres
humanos. As entrevistas foram realizadas em um local que oferece conforto, segurança e
privacidade. Para os envolvidos, foi disponibilizado um termo de consentimento livre e
informado, de modo a permitir que os mesmos participassem no estudo com o conhecimento
dos riscos assim como dos beneficios resultantes da pesquisa. Os termos patentes no termo de
consentimento informado são compreensiveis aos participantes.
38
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Masculino 01 20%
Casado 01 20%
2 Anos 01 20%
3 Anos 01 20%
10 Anos 02 40%
Subgerente 01 20%
39
4.2. Resultados obtidos na entrevista dirigida aos funcionários do Millennium
Bim da Macia
Noção sobre
síndrome de
Já ouvi falar sobre síndrome de
burnout e seus
burnout mas não conheço os 01 20%
sintomas
sintomas
Total 05 100%
Em relação à noção básica sobre síndrome de burnout e seus sintomas, 40% dos participantes
afirmaram que já ouviram falar de síndrome de burnout e que conhecem os seus sintomas,
20% afirmaram que já ouviram falar sobre síndrome de burnout mas não conhecem os seus
sintomas e 40% afirmaram que nunca ouviram falar assim como não conhecem os sintomas
de síndrome de burnout.
Apesar de a maioria dos participantes já ter ouvido falar sobre síndrome de burnout, poucos
deles conseguiram definir ou explicar em poucas palavras em que realmente consiste a
síndrome de burnout. A dificuldade no conhecimento sobre o burnout dificulta a sua
prevenção, Benevides-Pereira (2003) afirma que para evitar que o burnout se instale é
40
fundamental conhecer as suas manifestações. Nesse contexto, é importante que os
funcionários da instituição tenham conhecimento sobre a síndrome, mas as organizações onde
estão inseridos, também devem ter uma preocupação sobre a prevenção e tratamento desta
patologia.
Total 05 10%
Segundo a Lei de Trabalho (artigo 95), o período normal de trabalho não pode ser superior a
quarenta e oito horas (48h) por semana e oito horas (8h) por dia. De acordo com os dados da
tabela 4, podemos constatar que as horas que os funcionários do Millennium Bim da Macia
dedicam-se ao trabalho estão acima do estabelecido. De acordo com Lee, Ashforth (1996);
Maslach et al. (1996); Schaufeli, Enzmann, (1998) estudos têm evidenciado que aspectos
como, pouca experiência profissional, conflito de papel, pressão e sobrecarga de trabalho, o
contacto directo com o cliente, além de falta de apoio social estão associados ao burnout.
Ao falar da Síndrome de burnout é inevitável estabelecer uma relação com o tempo que os
indivíduos dedicam-se ao trabalho na medida em que a mesma é uma condição que se
desenvolve quando os indivíduos exercem funções ou tarefas que requerem um esforço físico
41
e psicológico consistente, ou seja, por um longo período. O facto de os funcionários do
Millennium Bim da Macia trabalharem mais de 8h/dia (oito horas por dia), comprova-se que
os mesmos encontram-se numa posição susceptível ao burnout.
Alta 05 100%
Expectativas em Média
relação ao trabalho
Baixa
Total 100%
Em relação às expectativas em relação ao trabalho, 100% dos participantes afirmam ter altas
expectativas com relação ao seu trabalho.
“Fazer o meu trabalho com excelência ganhando o reconhecimento e satisfação dos clientes
e do empregador”. (P4)
Para além das expectativas que são colocadas pelo empregador, geralmente os indivíduos
tendem a estabelecer expectativas próprias para o alcance da auto-realização. Essa fusão gera
uma pressão integral no indivíduo, que o leva a procurar mais e mais de si ultrapassando por
vezes o seu limite no que respeita ao esforço imprimido. Sem contar com o facto de que o
sentimento de insatisfação quanto aos resultados esperados pode também causar o surgimento
de problemas psicológicos como por exemplo a ansiedade.
42
4.2.4. Tipo de dificuldades encontradas no dia-a-dia de trabalho
Total 05 100%
O exercício das actividades no Millennium Bim da Macia é feito, na maioria das vezes,
directamente com o cliente externo. Devido à essa proximidade, o profissional fica exposto a
diversos níveis de tensão psicológica, agravado por sua responsabilidade em atender à
demanda que está crescendo a cada dia. Jaques; Amazarray (2006) destaca que outro aspecto
presente nesta profissão é a prestação de serviços ao público e, portanto, o envolvimento
quotidiano com clientes expõe os bancários diariamente às problemáticas e dificuldades das
pessoas atendidas.
O trabalho que envolve a intervenção de várias pessoas, a dada altura pode gerar estresse
devido às incongruências e discordância das opiniões. É do nosso conhecimento que cada ser
humano é único, ou seja, tem as suas próprias particularidades. Para além da pressão
constante e relacionamentos entre colegas, no seu dia-a-dia, os funcionários do Millennium
Bim da Macia lidam directamente com clientes diversos que possivelmente trazem consigo
problemas e frustrações externas. Esses factores, podem facilmente gerar desconforto e um
maior esforço mental para solucionar essas adversidades.
Em relação ao ambiento de trabalho os dados indicam que, 20% dos participantes classificam
o ambiente de trabalho bom, 60% razoável e 20% classifica-o como um ambiente estressante.
“ […] É caracterizado por muito trabalho, muito corre-corre, muitas horas de trabalho”(P1)
“ […] É agradável que dá para estar e contar com todos os intervenientes’. (P3)
44
Faltas ao trabalho Sim 01 20%
Total 05 100%
De acordo com os dados acima, no que respeita à assiduidade, 20% dos funcionários
afirmaram que nos últimos 30 dias úteis já faltaram ao trabalho. Por outro lado, 80%
afirmaram que não faltaram ao trabalho.
Em relação à assiduidade, a maioria dos funcionários afirmaram que nos últimos 30 dias úteis
não faltaram ao trabalho, a minoria afirmaram que faltaram ao trabalho por motivos de saúde,
no caso em específico destaca-se a dor de cabeça. De acordo com Garcés De Los Fayos
(2000) a Síndrome de Burnout apresenta-se como uma síndrome complexa que acarreta
consequências muito variáveis. Entre os sintomas mais comuns podemos evidenciar a
insatisfação no trabalho, frequentes atrasos, largas pausas no trabalho, etc.
Apesar de a maioria não ter faltado ao trabalho nos últimos 30 (tinta) dias foi possível notar
que tem ocorrido muitas faltas ao longo do ano. Para além das dores de cabeça, alguns
participantes mencionaram que já ocorreram internamentos que duraram entre 4 (quatro) dias
a uma semana. Estas, são situações de alerta que em condições normais devem ser levadas a
sério, pois, a Síndrome de burnout num estágio mais grave pode prejudicar o indivíduo
incontornavelmente, ou seja, pode acarretar danos psicologicamente irreversíveis.
Outro factor notável foi de que em todos os envolvidos, apenas a sub-gerente é que
manifestou que faltou nos últimos 30 (trinta) dias. Coincidência ou não, o facto é que os
colaboradores de baixa escala demonstraram certa hesitação ao responder esta questão.
45
Designação Resposta Número Percentagem
Total 05 100%
Em relação aos problemas físicos relacionados com o trabalho, 100% dos participantes
afirmaram ter sintomas físicos como; dores de cabeça, dores na coluna, fadiga, cansaço,
distúrbios de sono e dores musculares.
Quanto aos problemas físicos constata-se que todos os participantes apontam para sintomas
como dores de cabeça, dores na coluna, fadiga, cansaço, distúrbios de sono e dores
musculares. Benevides-Pereira (2002 p.38) mostra que os sintomas do burnout podem ser
físicos como: fadiga constante e progressiva, dores musculares ou osteomusculares,
distúrbios de sono, entre outros.
Os problemas físicos relatados pelos participantes não fogem dos relatos bibliográficos
existentes. O ambiente e o tipo de trabalho, os relacionamentos interpessoais, a pressão
constante, entre outros factores, são responsáveis pelo surgimento desses sintomas. A única
forma de evita-los é reestruturando o ambiente de trabalho, criando estratégias funcionais que
permitam maior autonomia, fácil circulação de pessoal e informação e que a instituição abra
espaço para pequenos fóruns onde se faça reconhecimento das necessidades pontuais dos seus
colaboradores e procurar satisfaze-los.
46
Designação Resposta Número Percentagem
Total 05 100%
“Não, nunca notei problemas psicológicos nem emocionais ao longo do trabalho”. (P2)
47
Designação Resposta Número Percentagem
Total 05 100%
Em relação às ocupações diferentes da actividade bancária, 40% dos participantes não tem
outra actividade para além da bancária. Por outro lado 60% possui outras actividades fora da
agência bancária.
A maioria dos participantes declarou que para além do trabalho bancário tem outras
ocupações. Este facto prejudica exponencialmente a saúde psicológica na medida em que
força os indivíduos a viverem num estado de constante de preocupação e pressão. Fora do
ambiente conturbado de trabalho, os indivíduos não tem espaço para restabelecer as energias,
acumulam tarefas e encontram-se presos num ciclo vicioso, no qual eles não têm nenhum
controlo. Para que seus objectivos rotineiros sejam satisfeitos tendem a redobrar o esforço
físico e psicológico, o que facilmente pode levar ao desenvolvimento de Burnout.
48
4.2.10. Pratica de actividades físicas
Não 03 60%
Total 05 100%
Em relação a prática de actividades físicas, 60% dos participantes afirmaram que não
praticam nenhuma actividade física, 20% afirmaram que praticam actividades físicas. Por
último, 20% dos restantes afirmaram que praticam actividades físicas sempre que possível (as
vezes).
Em relação a prática de actividades físicas, a maioria não pratica nenhuma actividade física,
uma pequena parte pratica as vezes e a parte restante pratica actividades físicas activamente.
Dado que maior parte dos participantes queixam-se de problemas físicos, psicológicos e
emocionais recorrentes, a actividade física pode servir como ferramenta para o alívio de
certos sintomas como por exemplo as dores musculares e a fadiga. A prática de exercícios
físicos é uma das opções para prevenir o burnout dado que, a queima de calorias pode
favorecer a diminuição da tensão e o estresse.
49
4.2.11. Aproveitamento do tempo livre
Total 05 100%
No que respeita ao aproveitamento do tempo livre, a menor parte dos participantes afirmaram
que ocupam-se com os estudos e ensaios de instrumentos musicais e a maioria afirmaram que
gostam de assistir, escutar música e dormir. Para indivíduos muito ocupados é essencial ter
algum tempo reservado para actividades prazerosas e agradáveis e procurar se afastar de
agentes estressores, deste modo, reduzindo a ocorrência do estresse.
50
4.3. Resultados obtidos no questionário Maslach Burnout Inventory - General
Survey (MBI – GS)
Visando tornar mais claros os resultados, foi elaborado o quadro abaixo apresentando os
níveis de Burnout divididos em baixo, intermediário e alto, de acordo com a metodologia
utilizada por Mclaurine (2008).
Baixo >2.33
Alto 3,67<
51
Quando analisados os níveis de CI, cinismo, vão de 1 até 2,25, com média de 1,45,
caracterizando-se como baixo nível de cinismo. Ao final das análises específicas, o ET,
expectativas em relação ao trabalho, os níveis vão de 2,73 até 5,00, tendo uma média de 4.51,
apresentando um alto nível de eficácia no trabalho. Corroborando com dados encontrados por
Telles e Pimenta (2009) e Schuster et al. (2014), os níveis de exaustão emocional se
encontram maiores do que as médias em geral, indicando que o sector está mais susceptível a
exaustão em detrimento do cinismo ou baixa eficácia no trabalho.
Baixo
Moderado 05 100%
Alto
Total 05 100%
A pesquisa de campo regista que 100% dos funcionários apresentam nível moderado de
burnout. Esta análise, que vai no sentido oposto do senso comum, comprova que apesar dos
altos índices de Burnout conhecidos nas agências bancárias, é possível criar um ambiente de
trabalho favorável e inclusivo, onde existam baixas taxas de exaustão e cinismo aliadas a uma
alta eficácia no trabalho.
Pode-se inferir que a agência bancária apresenta diversos factores que geram estresse em
todos os funcionários, e que à demanda excessiva de clientes ocasiona desconforto aos
funcionários. Assim tem-se que é necessário observar os factores que trazem desconforto a
seus funcionários para evitar possíveis doenças psicológicas como a Síndrome de Burnout.
A fim de analisar melhor quais os factores mais pontuados pelos funcionários ao se tratar de
estresse ocupacional, foi extraída uma média entre todos os questionários para cada item
apresentado, no quadro abaixo.
52
4.3.4. Médias totais por variáveis
EE 3 Sinto-me cansado quando me levanto pela manhã e preciso encarar outro dia 2,0
de trabalho
Cinismo (CI)
CI 1 Sou menos interessado no meu trabalho desde que assumi essa função 1,0
CI 3 Sou mais descrente sobre a contribuição de meu trabalho para algo 2,0
ET 4 Sinto que estou dando uma contribuição efectiva para essa organização. 4,2
ET 6 No meu trabalho, me sinto confiante de que sou eficiente e capaz de fazer 5,0
com que as coisas aconteçam.
53
Através da análise dos dados das médias totais por variáveis foi possível perceber que o
ponto mais crítico ao se tratar de exaustão emocional foi o esgotamento ao final do dia do
trabalho (EE2), quanto ao cinismo, a descrença sobre a contribuição no trabalho (CI3) é o
item com maiores médias, porém, ainda assim são baixas (CI3), e na eficácia do trabalho, os
funcionários sentem que podem solucionar efectivamente os problemas que surgem no
ambiente de trabalho (ET3), tem a sensação de que são bons no que fazem e finalmente que
se sentem confiantes na eficiência e capacidade na resolução dos problemas. É possível notar
que, mais uma vez, todas as médias de exaustão emocional são superiores aos demais
aspectos da pesquisa.
Os resultados obtidos no que tange ao sexo, 03 (três) dos níveis mais elevados de burnout
pertencem ao sexo feminino, representado 60% dos participantes. Segundo Oliveira (s/d)
alguns autores afirmam existir maior incidência, em mulheres, de algumas enfermidades
mentais, devido ao conflito de papéis e dos processos de socialização, relacionados à
excessiva rigidez dos valores diferenciados sexualmente e a descomunal repressão sexual
sobre a mulher.
Ao que se relaciona o tempo, sendo este tanto de exercício da função quanto da idade, os
resultados mais preocupantes apresentam apenas entre 2 e 5 anos de trabalho, tendo entre 24
e 28 anos. Segundo Ahola et al. (2006a) empregados mais jovens, com idade inferior a 30
anos (possivelmente estão no início da carreira), apresentam maior risco de desenvolver
burnout.
No que concerne ao estado civil, nota-se que, os maiores índices de burnout pertencem aos
funcionários solteiros. Maslach et al (2001); Ahola et al (2005) afirmam que trabalhadores
solteiros têm risco aumentado de burnout, em comparação com aqueles que estão vivendo
com um parceiro, em especial homens solteiros tendem a experimentar maiores níveis de
burnout que os divorciados.
54
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO
5.1. Conclusão
Da revisão de literatura conclui-se que ainda não se tem um conceito definitivo sobre esta
síndrome. Em geral, reside um consenso de que o burnout caracteriza-se por exaustão
emocional, despersonalização e falta de realização pessoal, pode avaliar-se através de
diversos instrumentos, utilizou-se o Maslach Burnout Inventory (MBI), por ser
cientificamente robusto, reconhecido internacionalmente e, enquadrar-se nos objectivos deste
estudo pelas dimensões que avalia.
A maioria dos inqueridos é do sexo feminino. Quanto ao tempo de serviço, a maioria dos
funcionários trabalha na área a 10 anos ou mais e a maioria dos funcionários são agentes
comerciais, a maioria dos colaboradores possuem o grau de licenciatura.
A maioria dos participantes já ouviu falar sobre síndrome de burnout, entretanto, poucos
sabem explicar o que é.
Quanto aos sintomas físicos, todos os funcionários queixam-se de dores de cabeça, dores na
coluna, fadiga, cansaço, distúrbios de sono e dores musculares.
55
Quanto aos sintomas psicológicos, a maioria dos funcionários queixam-se de falta de
concentração depois de muitas horas de trabalho, baixa auto-estima, impaciência, desânimo e
tristeza.
Em relação à prática de actividades físicas, a maioria dos funcionários não pratica nenhuma
actividade física, uma pequena parte pratica as vezes e a parte restante pratica actividades
físicas activamente.
Através da análise dos níveis de burnout total e individual dos funcionários, conclui-se que os
funcionários apresentam níveis relativamente altos de Exaustão Emocional (EE), chegando a
3,66 em uma escala de 1 a 5. Os níveis de Cinismo (CI) e Eficácia no Trabalho (ET),
apresentam-se em sua maioria na média mínima 1, classificando-se como baixos.
O alto nível no aspecto Exaustão Emocional está relacionado à grande demanda por serviços
no banco e ao grande fluxo de atendimentos, e não a factores intrínsecos ao trabalhador, uma
vez que a Eficácia no Trabalho apresentou a menor média entre os três aspectos.
Através da análise das médias totais por variáveis conclui-se que o esgotamento é o factor
mais crítico para a exaustão emocional (EE2).
Em relação ao cinismo, a pontuação indica que os funcionários são descrentes quanto à sua
contribuição no trabalho (CI3).
De uma forma geral, de acordo com os sintomas identificados e os resultados obtidos através
do teste MBI-GS, concluímos que os funcionários do Millennium Bim da Macia estão
susceptíveis ao desenvolvimento da síndrome de burnout, ou seja, existem condições que
favorecem a síndrome.
56
CAPÍTULO VI: SUGESTÒES
6.1. Sugestões
Como Sugestões para reduzir o risco de burnout podemos destacar:
Todas as recomendações de prevenção para o burnout são adequadas também para o seu
tratamento. Porém, em virtude de seriedade dos sintomas no caso de um burnout já instalado,
uma avaliação médico-psicológica e um eventual tratamento psicoterapêutico específico
podem ser necessários.
57
CAPÍTULO VII: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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61
ANEXOS
62
Anexo A
Contactos do Investigador: 84 519 170 3/86 591 170 3/87 519 170 3
63
Anexo B
Declaração do participante
Assinatura do participante:
_________________________
Data ____/____/_______
Declaração do pesquisador
Eu ___________________________________ declaro ter informado aos participantes sobre
as condições, termos e procedimentos, riscos, benefícios e o propósito do presente estudo.
Sendo assim, manifesto a minha responsabilidade; E por ser verdade, assino:
Assinatura do pesquisador:
_________________________
Data ____/____/_______
64
Anexo C
Guiao de entrevista
Código: _____
O presente guião de entrevista faz parte de uma pesquisa que pretendemos realizar no âmbito
da conclusão do curso de Licenciatura em Psicologia Clínica. O mesmo irá colher dados
relativos à Síndrome de Burnout nos funcionários do Millennium Bim da Macia: 2018-2019.
65
Anexo C
Código: ______
Data de nascimento (dia/mês/ano)
_____ / _____ / _____
Habilitações literárias
12ª Classe ___ Curso Básico/Bacharelato ___ Licenciatura ___ Pós-graduação ___
Mestrado/especialidade ___ Doutoramento ___
Obrigado!
66
Anexo D
Obrigado!
67