OPERAÇÕES UNITÁRIAS I-Unidade II

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

UNIDADE II
MATERIAIS GASOSOS E
LÍQUIDOS

Profa. Carla Verônica


Estados Físicos da Matéria:

• Gasoso (existem relações


aproximadas entre T, P, V)
• Líquido
• Sólido

• FASE: quando dois estados coexistem


simultaneamente e é completamente
homogenêo e uniforme.
RELAÇÕES ENTRE AS GRANDEZAS

• Composição: componentes contidos no material, e


a proporção entre eles.

• Teor: quantidade de um componente em uma


dada quantidade de material

• Concentração: igual ao teor, porém, é usada quando a


quantidade de matéria é expressa em volume.

• Homogêneo: aspecto uniforme, uma única fase.

• Heterogêneo: ocorre mais de uma fase.


Os materiais homogêneos são de dois tipos:

• Soluções
• Misturas

• Soluções: As substâncias componentes não formam


materiais de aspecto uniforme em qualquer proporção.

K2CO3/H2O
110,5 kg/100 kg de H2O à 20 ºC

Vapor de água/Ar
4,37 kgmol/100 kgmol de ar
2,71 kg/100 kg de ar a 30 ºC e 1 atm
Acima condensa e forma orvalho.
Os materiais homogêneos são de dois tipos:
• Soluções
• Misturas
• Misturas: são materiais homogêneos
cujas substâncias componentes formam,
materiais de aspectos uniforme, m qualquer
proporção.

Água/Etanol
Pentano/Hexano
• Composição:
• Em um material com x componentes pode-se expressar a
composição em diferentes formas:

• Fração Mássica ou %
mi mi
fi = k
fi % = k
x100
ou
 mi m
i =1
i
i =1

• Fração em Volume ou %
Vi Vi
i = k
i % = k
x100
ou
Vi
i =1
Vi
i =1

• Fração em quantidade de matéria ou %


Ni Ni
xi = k
xi% = k
x100
ou
 Ni
i =1
 Ni
i =1
O volume de um material líquido não é necessariamente
igual à soma dos volumes das substâncias componentes.

Pode ser maior misturas não ideais


Pode ser menor

50 mL de H2O + 50 mL de etanol ≠ 100 mL

Para misturas gasosas os volumes devem estar à mesma


pressão e mesma temperatura.
• Às vezes é conveniente expressar a composição de
uma mistura como uma razão entre um componente
e outro, principalmente quando se tem até 3
componentes na mistura.
• Por convenção a razão é expressa por letra
maiúscula.
• Razão em massa

massa do componente i
• Fi =
massa do componente base

• Razão em Quantidade de Matéria


quant. matéria compon. i
• Xi = quant. matéria compon. base
• Exemplo:
• Suponha uma mistura composta de três
componentes a, b e c com as respectivas
quantidades de matéria: 10 kmol, 20 kmol, e 50
kmol. A composição da mistura estará definida se
expressarmos a razão molar tomando como
componente base o c. Expresse também a fração
correspondente em quantidade de matéria.
Formas de expressar a concentração

• Concentração em massa
mi
i =
Vmistura
Concentração em Volume
Vi
i =
Vmistura

• Concentração em Quantidade de Matéria


Ni
Ci =
Vmistura
• Exemplo:
• 50,0 mL de água e 50,0 mL de etanol são misturados,
ocupando um volume final de 96,47 mL. Calcule a
fração em volume (i) e a concentração em volume
(i) do etanol.
• Exemplo:
• Com os dados do exemplo anterior, calcule a
concentração de etanol em massa e em quantidade
de matéria.
• Exemplo:
• Prove que
i
•  i =  i x i e Ci =
MMi
GASES IDEAIS OU PERFEITOS

• Lei de Boyle-Mariote

pV = cte = k ou p1V1 = p2V2

• “À temperatura constante, o produto da pressão absoluta


pelo volume ocupado por um, certo número de moléculas de
gás é constante.”

• Lei de Charles e Gay-Lussac


V V1 V 2
= cte ou =
T T2 T2
• “À pressão constante, o volume ocupado por um certo,
número de moléculas de gás é diretamente proporcional à
sua temperatura absoluta.”
GASES IDEAIS OU PERFEITOS
• Combinando as duas Leis:
pV ou p1V 1 p 2V 2
= cte = r =
T T1 T2

• r depende da massa e natureza do gás, ou seja, a sua


massa molar MM. Se a massa m do gás corresponder
à quantidade de matéria N, podemos substituir r por
uma, outra constante R que independe da massa e
da natureza do gás, relacionadas por:
Rm
r = RN =
MM
• Assim,
pV = NRT

pV
= RT  pVm = RT
N

• Esta Lei é obedecida quando as pressões não


são muito altas. Pressões baixas, as moléculas
dos gases afastam-se mais uma das outras.
• Volume Molar

• Como o volume gasoso é dependente da


temperatura e da pressão, o volume molar é
normalmente conhecido nas condições
padrão e pode ser calculado pela expressão:
pV
= RT  pVm = RT
N

• Usando o valor de R nas unidades referentes


às das condições padrão usadas.
Condição-padrão Volume molar (Vm)

CNTP (antiga) 22,414 m3/kmol


p = 101.325 Pa

CNTP (atual) 22,71 m3/kmol


p = 100.000 Pa

BR (indústrias brasileiras) 24,055 m3/kmol

SC (Ind. Ame. Petróleo) 349,49 ft3/lbmol


Standard Conditions)
Engenharia Americana 359,05 ft3/lbmol
• Exercício:
• Calcule a vazão mássica de metano
correspondente a uma vazão volumétrica de
100 m3/h medida nas CNTP.
MASSA ESPECÍFICA E DENSIDADE

• Massa Específica
• O volume varia com a T e p, sendo assim estes
parâmetros devem ser especificados para definir a
densidade absoluta ou massa específica do gás. Caso
estes parâmetros não sejam fornecidos usa-se os
valores nas CNTP ou SC.
• Definição: é a massa de uma substância por unidade
de volume.
m(kg )
=
V (m 3 )
MASSA ESPECÍFICA E DENSIDADE
• Usando a lei dos gases ideais para calcular a
massa específica:
pVm = RT ou pV= NRT
m NRT
N= m = N .MM V =
MM p
N.MM
=
m = =
MM . p
NTRT
V RT
p
RT RT
Vm = Vm. p = RT p=
p Vm

MM
=
MM . p
=
MM .RT =
RT RT .Vm Vm
• Exercício:
• A) Calcule a massa específica do etano nas
CNTP, sabendo-se que é um gás nestas
condições.

• B) Calcule a massa específica do etano no


sistema inglês à 40 ºC e 200 kPa, sabendo-se
que é um gás nestas condições.

• C) Calcule a densidade absoluta do N2 a 27 ºC


e 100 kPa em unidade do SI.
• Densidade
• Relação entre as massas específicas (densidades
relativas) de duas substâncias sendo uma escolhida
como padrão.
gas nas CNTP ou SC
d=
ref (ar )

MMgas
Vmgas
d= d=
MMgas
MMar
MMar
Vmar
MISTURAS DE GASES IDEAIS
• Lei dos gases Ideais:

• pV=NRT ou pVm=RT

• As moléculas na mistura se comportam de forma


semelhante sob as mesmas condições, ou seja,
comportam-se independente, como se estivessem
sozinhas.
• Cada molécula do gás componente da mistura contribui
com o impacto sobre as paredes do recipiente para a
pressão total exercida pela mistura total.
• A pressão total será a soma de cada pressão exercida
pelas moléculas de cada componente.
• A pressão exercida pelas moléculas de cada componente
é chamada de pressão parcial.
Pressão Parcial:

• Foi definida por Dalton, e é a pressão exercida


pelas moléculas de um componente da mistura
gasosa se ocupasse sozinho o mesmo volume
ocupado pela mistura e na mesma temperatura
da mistura.

PiVtotal=NiRTtotal

• O componente pi é a pressão parcial do


componente i.
• Se dividirmos a equação acima pela equação dos
gases ideais chega-se a: PiVtotal=NiRTtotal
pi.Vtotal NiRTtotal
=
ptotal .Vtotal NtotalRTtotal

NT = Ni Pt= p1 + p2 + p3 ... pn


pi Ni
=
pt Nt
Ni
pi = pt = ptyi
Nt

• Yi é a fração molar do componente i. No caso de


misturas gasosas usa-se Y para a fração molar.
• Exercício:
• Uma análise de gás de combustão mostra 14%
de CO2, 6% de O2 e 80% de N2 a 400 ºF e 765
mmHg. Calcule a pressão parcial de cada
componente.
• Lei de Amagat
• Relaciona a atividade dos volumes dos
componentes puros.

• “O volume total de uma mistura gasosa ideal é a


soma dos volumes dos componentes puros
individuais, nas mesmas condições de p e T”.

V = Va + Vb + Vc ....Vi
V = Va + Vb + Vc ....Vi
NiRT ( Ni ) RT
Vi = V=  Vi =
( Ni ) RT
p p p

Vi Ni
=
 Vi  Ni
= Yi i = yi

• Fração em quantidade de matéria= fração em


volume
• Esta equação é muito útil para se lidar com as
misturas gasosas, pois simplifica os cálculos, uma
vez que fração volumétrica pode ser substituída
pela fração em quantidade de matéria.
Relação entre as composições

• As vezes é necessário e comum converter a


composição de base para as outras duas:

• % em massa
• % em volume
• % em quantidade de matéria
Relação entre as composições

• Pode-se fazer essas conversões através do uso


de Tabelas ou planilhas de cálculos:

• Linhas são componentes da mistura


• Colunas são as grandezas (massa,
volume)
• O cruzamento da Tabela representará
as propriedades individuais dos
componentes.
• É necessária a adoção de uma BASE DE
CÁLCULO

• Quando não é dada a base da composição


admite-se a quantidade de matéria ou
volume.
• Exercício
• Achar a massa molar média e a composição mássica
do ar atmosférico cuja composição volumétrica é de
21% de O2 e 79% de N2 e outros gases
contaminantes. Base de cálculo: 100,0 kmol de ar
atmosférico.

• Exercício:
• Achar a composição volumétrica e os valores médios
da massa molar, massa específica e densidade (em
relação ao ar) da mistura cuja composição mássica é:
13,58% de CH4, 31,87% de C2H6 e 54,55% de C3H8.
• Exercício:
• Para uma mistura gasosa contendo 67,80% de
CH4, 20,50% de C2H6 e 11,70 de C3H8, calcule:
• massa molar média;
• massa específica média em kg/m3 (CNTP) e
em lb/scf (lb/ft3 nas SC);
• densidade média em relação ao ar;
• a vazão molar e a vazão mássica da mistura, se
a vazão volumétrica é 1250 m3/h nas CNTP.
Relações para Gases Reais

• Estado Crítico
Experimentos mostram que no estado crítico,
todas as substâncias estão aproximadamente
no mesmo estado de dispersão molecular.
Desta forma, as propriedades físicas e
termodinâmicas seriam similares.
Relações para Gases Reais

• Estado Crítico

• “O estado crítico para uma transição gás-


líquido é o conjunto de condições físicas em que
a densidade e outras propriedades do líquido e
do vapor tornam-se idênticas”.

• Este estado, para um componente puro, é a


temperatura mais alta na qual o líquido e o vapor
existem em equilíbrio.
Estado Crítico
Relações para Gases Reais

• Estado Crítico

• “Quando a temperatura aumenta, as


densidades do líquido e do vapor se
aproximam até que finalmente em 374, 14 ºC,
os valores se tornam os mesmos”.
Relações para Gases Reais

• Fluído Supercrítico
• “É um composto em um estado acima do
ponto crítico, combina algumas propriedades
tanto de gases quanto de líquidos”.

• Os fluídos supercríticos são usados para


substituir espaços deixados pelos solventes,
tais como tricloetileno e cloreto de metileno.
Relações para Gases Reais

• Parâmetros Reduzidos
• “São condições corrigidas ou normalizadas de
temperatura, pressão e volume, normalizadas
por suas respectivas condições críticas, como:
p Vm
Tr =
T pr = Vr =
Tc pc Vmc
Relações para Gases Reais

• Como podemos usar estes parâmetros?


• Modificando a lei dos gases ideais,
acrescentando um coeficiente de ajuste z,
fator de compressibilidade. Este fator
compensa a não-idealidade do gás.

pV = zNRT
Figura: a) fator de ompressibilidade como função da
temperatura e pressão; b) compressibilidade como função
da temperatura reduzida e pressão reduzida.
Cartas de Compressibilidade
• São úteis pois possibilitam que o cálculos de
engenharia sejam feitos com facilidade
considerável, e também permitem o
desenvolvimento de funções termodinâmicas
para gases quando dados experimentais não
estão disponíveis.
• Para usar tais cartas você precisa saber o valor
da temperatura crítica e da pressão crítica
para uma substância pura.
Cartas de Compressibilidade
• O Valor de z igual a 1, representa a idealidade
e o valor igual a 0,27 representa o estado
crítico.
• Outro parâmetro necessário para se trabalhar
com algumas cartas de compressibilidade é o
volume ideal reduzido:
Vm Onde: RTc
Vri = Vmci =
Vmci pc

Tc e pc são dados tabelados para vários gases


puros.
MATERIAIS LÍQUIDOS
• Massa Específica e Densidade

• A massa específica dos líquidos é apenas


função da temperatura.

 = (T)
• Massa Específica e Densidade
• Densidade: é a relação entre a massa específica da
substância e a de uma substância padrão.

• Como  da água a 4 ºC é igual a 1,00 kg/L a densidade


dos líquidos é numericamente igual a  do líquido.

• Para o cálculo da densidade há necessidade de se ter a


massa específica de uma substância padrão e neste
caso, usa-se a água, cuja massa específica a 4 ºC é 1000
kg/m3 (CNTP)

• No sistema americano a temperatura padrão para


líquidos é 60 ºF (15,5 ºC) e a massa específica da água
é 999,05 kg/m3.
• Densidade: é a relação entre a massa específica da
substância e a de uma substância padrão.
liq.T 1
d T2
=
águaT 2
T1

• Como  da água a 4 ºC é igual a 1,00 kg/L a densidade


dos líquidos é numericamente igual a  do líquido.

• No Brasil, a temperatura padrão para medição da


densidade dos líquidos é 20 ºC,

liq.20 º C
d 20 º C
=
água 4 º C
4 ºC
• Nos EUA a temperatura padrão para os líquidos é 60
ºC, a densidade adotada é,
liq.60 º F
d 60 ºC =
60 ºC

água 60 º F
• Na indústria do petróleo, a densidade é também
expressa em oAPI (American Petroleum Institute),
definida por,
141,5
º API = 60 º F − 131,5
d 60 º F
141,5
d 60 º F =
60 º F

º API + 131,5

• No Brasil, usa-se simultaneamente a escala ºAPI e a


temperatura de referência 20ºC.
• O CENPES, desenvolveu algumas equações para
correlacionar a densidade , com a densidade , a
partir de um banco de dados disponível das
avaliações dos produtos Petrobrás.

• Para densidades no intervalo:


• 0,644  d60  0,934

• d20 = -0,0166 + 1,0311d60 – 0,0182

• Para densidades no intervalo:


• 0,934 < d60  1,060

• d20ºC= 1,2394 - 3,7387 + 4,7524d60 – 1,2566


• Para densidades no intervalo:
• 0,639  d20  0,931

• d60 = 0,0156 d2+ 0,9706 d20 + 0,0175

• Para densidades no intervalo:


• 0,931  d20  1,055

• d60 = 0,0638 + 0,8769 d20 + 0,0628



• Exemplo:
• Um derivado do petróleo tem o ºAPI igual a
34,31. Calcule a sua densidade d60ºF e estime a
sua d20ºC.
Mistura de Líquidos Ideais
• Uma mistura é considerada ideal quando:

Vmis.=Vcomponentes = Vi
Não há expansão nem contração

H = 0
Não há aquecimento nem resfriamento

• A mistura de hidrocarbonetos de uma mesma


família pode ser considerada ideal.
• Quando a mistura é ideal, as seguintes
informações são válidas como demonstrado
abaixo:

1) A massa específica e a densidade da mistura


são obtidas pelo somatório das multiplicações
das massas específicas e densidades dos
componentes pelas respectivas frações
volumétricas. Assim, para uma mistura de k
componentes, temos:
k k
 
mmist .  mi   iVi k

 Vi
 k
= 
=  i k
 
 mist . = = i =1
= i =1
k k  i i

V V   Vi
Vmist . i =1 i =1
i i 
i =1 i =1  i =1 
k

mist . i =1  k
i i
i k
dmist . = = = =  dii
água água i =1 água i =1

2) O ºAPI da mistura é obtido pelo somatório da


multiplicação do ºAPI dos componentes pelas
respectivas frações mássicas.
Para uma mistura de k componentes podemos
escrever:
k
mi mi 1 k mi
V =  Vi =  = = 
i =1 i dii agua i =1 di eq. 1
• MAS
A 1 1
º API = − B  = (º API + B) eq. 2
di di A

• Substituindo Eq.2 na Eq.1, temos:


1 k  1 k k

V=  
Aagua  i =1
mi ( API + B) =  
 Aagua  i =1
miAPI + B  mi 
i =1 

1k k

Vágua =  miAPI + B  mi 
A  i =1 i =1 
• Mas
k

m i
1 Vagua
dmist . = i =1
 = k
 mi
Vagua dmist
i =1
k k   k 
 m API + Bi = 1 m   m API
1  i =1 
i i i i
Vagua 1  i =1 
= =  k + B
k k
A 
  
A
mi mi
 i =1 m i

i =1 i =1

 k   k  k


1 1  i =1
m i APIi
 
A  i =1
mi APIi
 A
 m API i i

=  k + B  = k + B  −B= i =1

d A  dmis   dmist
k

  i =1
m i

  
 i =1
m i
 mi =1
i
• Mas,
A
AP Im ist = −B
dmist
k

 m API i i
k
APIimi k
mi k
 AP Im ist = i =1
k
= k
=  APIi k
=  APIifi
mi =1
i
i =1
m
i =1
i
i =1
m
i =1
i
i =1
• Exemplo:
• Calcule a densidade d20ºC de uma mistura
líquida com a seguinte composição
volumétrica: n-heptano = 40% e n-octano =
60%

• Exemplo:
• Calcule o ºAPI médio de uma mistura líquida
com a seguinte fraçãomássica:
• N-heptano = 45%, n-octano = 55%
Diferença entre Gases e Vapores

• Vapor: é um gás abaixo do seu ponto crítico


em um processo onde a mudança de fase é o
principal interesse.

• Gás: é uma substância que se encontra acima


do seu ponto crítico ou um em um processo
onde ele não pode condensar.
• A curva T1 representa uma isoterma a alta
temperatura, onde a relação de uma
hipérbole pv = cte.
• Ao longo desta curva, a substância se
aproxima do comportamento ideal e está
longe da região de condensação.
• A medida que a temperatura diminui, as
isotermas se tornam distorcidas próximas à
região de condensação, representada pela
curva limite ABC,
• As isotermas designadas por T3 e T4 (baixas
temperaturas), consistem de 3 seções distintas,
correspondentes à:
– Região de gás (à direita da figura)
– Região de duas fases (abaixo da curva ABC)
– Região de líquido (à esquerda da curva)

• As isotermas na região de líquido são quase


verticais, porque o volume específico do líquido
varia pouco com a pressão,
• Na região de duas fases as isotermas são horizontais
porque a mudança de fase líquida para vapor ocorre
à temperatura e pressão constantes para substâncias
puras.
• Se uma massa de um líquido puro, como a água,
contida num recipiente é mantida à temperatura
constante, enquanto a pressão é reduzida, o
líquido começará a entrar em ebulição, quanto
determinada pressão é alcançada.
• Essa pressão variará com a temperatura
constante, mas para cada temperatura haverá
apenas uma pressão em que a ebulição ocorrerá.
• Se o líquido representada pelo ponto P é mantido
à temperatura T4 e a pressão é reduzida, o ponto
D da curva AC é alcançado.
• Esse ponto corresponde à pressão na qual a
ebulição ocorre.
• O vapor formado nestas condições terá um
volume específico representado pelo ponto E
na figura.
• Até que se finde o líquido, a P e T será
mantida.
• A pressão correspondente à linha horizontal
DE é chamada de pressão de vapor do líquido
à T4.
• Há uma pressão de vapor correspondente
para cada temperatura até que o ponto C seja
atingido.
• O ponto C é chamado de ponto crítico da
substância.
• A temperatura acima do ponto C, Tc, somente
a fase gasosa pode existir de tal forma que o
termo pressão de vapor não tem significado.
• No ponto crítico, o volume específico ou
massa específica, outras propriedades físicas
tornam-se idênticas.
• Abaixo do ponto crítico temos o que
chamamos de vapor (que é capaz de
condensar)
• Acima do ponto crítico, temos gás ou gás não
condensável.
• Pressão de Vapor:
• Pressão exercida por um gás em equilíbrio
com seu líquido é chamada de Pressão de
vapor do líquido.

• A pressão de vapor dependa da tendência ao


escape das moléculas na fase líquida.

• Volatilidade dos líquidos, depende das forças


intermoleculares existentes no líquido.
• A figura 3.2 representa os dados da região de
duas fases de uma substâncias pura.
• Qualquer ponto sobre a curva representa
líquido e vapor em equilíbrio, na transição de
fases.
• Podemos ter também líquido saturado e vapor
saturado.
• Líquido saturado = líquido no ponto de
ebulição (ponto de bolha)
• Vapor saturado = vapor no ponto de
condensação (ponto de orvalho)
• O ponto P (representa o líquido sub-resfriado),
possui a pressão acima da pressão de saturação
quando a temperatura é mantida ou a
temperatura abaixo da temperatura de saturação
se a pressão é mantida.

• EX: água a 85 ºC e pressão de 100 kPa/líquido sub-


resfriado

• O ponto R ou Q (representa vapor


superaquecido), possui pressão inferior à pressão
de saturação da substância quando a
temperatura é mantida, e a temperatura é
superior à temperatura de saturação quanto a
pressão é mantida.
Aqucimento a Pressão constante

• À temperatura de 100 ºC temos a água na condição de


líquido saturado de vapor, neste ponto a 1ª gota de vapor
se forma, é o início da ebulição, ponto de ebulição.

• Se o aquecimento continuar, chega-se ao ponto Q, onde


temos líquido saturado em equilíbrio com vapor saturado,
ou seja temos vapor superaquecido.

• A linha formada pelos pontos P. N e R mostram o processo


de vaporização ou condensação à temperatura constante.

• No caso da vaporização mantêm-se a temperatura e reduz-


se a pressão. Destilação à vácuo.
Estimativa da Pressão de Vapor

• Faz-se uso de equações empíricas para estimar a


pressão de vapor de um líquido a uma determinada
temperatura.
• A pressão de vapor não é uma função linear da
temperatura.
• Uma das equações usadas para se estimar a pressão
de vapor é a equação de Clausius-Clapeyron:

A
ln p = + B
T
• Outra equação bastante usada é a de Antoine:

B
ln p* = A −
T +C

• A, B e C são constante com valores diferentes


para cada substância.
Saturação

• Um vapor puro (condensável) pode estar misturado


com um gás (não condensável).
Exemplo: ar/água

• Na mistura moléculas do vapor vão interagir com


moléculas do gás até atingir o equilíbrio, até que a
pressão de vapor seja alcançada.
• Neste ponto o gás está saturado de vapor, numa
temperatura qualquer.
• Esta temperatura em que ocorre este fenômeno é
chamada de ponto de orvalho.
• Ponto de Orvalho: temperatura em que vapor começa a
condensar quando resfriado a pressão constante.
• Quando se assumle que o ar é um gás ideal e
o vapor d’água também é um gás ideal então
podemos escrever,
par.V nar.RT
=
pH 2O.V nH 2O
• Se V e T são constantes,

par nar par


= =
pH 2O nH 2O ptotal − par
Umidade relativa, Umidade Molar e Umidade

• Situações em que o gás não está completamente


saturado com o vapor.
• O vapor não está em equilíbrio com a fase líquida, e a
pressão parcial do vapor do líquido.

Condição = Saturação Parcial

• Ocorre a condensação parcial de um dos componentes


gasosos.

• Quando a mistura for composta por vapor de água e


gás, usa-se o termo umidade ao invés de saturação.
• Umidade relativa:
pvapor
UR % = x100
p * vapor ( saturado )

• Onde:
• Pv = pressão parcial do vapor na mistura
gasosa
• P*v = pressão parcial do vapor na mistura
gasosa se o gás estivesse saturado na dada
temperatura.
• Quando o ar úmido está saturado com vapor
d’água a pressão parcial do vapor de água é igual
à pressão de vapor da água na temperatura da
mistura.
p*v = págua

• Quando se tem zero % de umidade relativa, se


tem zero % de vapor no ar

• Quando se tem 100 % de umidade relativa, tem-


se que a pressão parcial do vapor no gás é igual à
pressão de vapor do vapor.
Umidade (U) e Umidade Molar (Um)
• A umidade do ar é definida como a razão mássica (ou
razão em quantidade de matéria) entre o vapor
d’água e o ar seco (isento de vapor d’água)
• A razão mássica é conhecida, simplesmente por
umidade (U) e a razão em quantidade de matéria é
conhecida como umidade molar (Um)

massa de vapor de água mv


U= =
massa de ar seco ma

quantidade de matéria de vapor de água Nv


Um = =
quantidade de matéria de ar seco Na
• A relação entre a umidade U e a umidade molar Um é
dada por:
Mv 18
U = Um = Um
Ma 29

Mv = massa molar do vapor d’água


Ma = massa molar do ar seco

• Aplicando-se a Lei de Dalton, temos:


• Um =
Nv pv
= =
pv
• Na pa p − pv
• p = pressão total do sistema
• pv = pressão parcial do vapor
• pa = pressão parcial do ar seco

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