Lei Dos Gases

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Leis dos Gases.

Equação de Estado dos Gases Ideais 2017

1. Introdução

Está prática visa analisar experimentalmente, em condições de baixa densidade (gás


ideal) que a pressão é inversamente proporcional ao volume num processo isotérmico
(Lei de Boyle-Mariotte) e que o volume ocupado por um gás é directamente
proporcional à temperatura num processo isobárico (Lei de Charles). A experiência
possui carácter conceitual e metodológico, tem uma duração prevista de duas horas de
actividades em laboratório, com baixo grau de risco. (Zacarias D. Lemos Casimiro,
2017)

A teoria cinética tem na sua origem um carácter mecanicista. Bernoulli, em 1738,


afirma que a pressão de um gás se deve ao impacto das partículas que o compõem nas
paredes do recipiente onde está contido. Contudo, a teoria tal como hoje é
compreendida e teve a sua origem em 1859 quando James Clerck Maxwell introduz o
conceito de caos molecular, reflectindo o carácter aleatório do movimento molecular.
Logo a seguir, este publica trabalhos sobre a lei de distribuição de velocidades para um
gás em equilíbrio. As propriedades macroscópicas de um gás junto a temperatura
ambiente e pressão atmosférica podem ser descritas, como todos sabemos, pelas leis
elementares dos gases (Boyle-Mariotte, Charles e Gay Lussac e Avogadro) dando
origem à equação dos gases perfeitos.

Em condições de pressões baixas ou moderadas, e de temperaturas não muito baixas,


muitos gases comuns (ar, azoto, oxigénio, etc.) podem ser considerados ideais. Quase
todos os gases quimicamente estáveis comportam-se como ideais se estiverem longe das
condições de liquefacção ou solidificação, se os seus átomos ou moléculas estiverem
suficientemente afastados uns dos outros, para que as suas interacções possam ser
desprezadas. Em geral, à temperatura ambiente, t=25 ºC (T=298,15 K), e pressão
atmosférica padrão, P0=1,013x105 Pa, a maioria dos gases podem ser considerados
como ideais.

Objectivos:

 Verificar o cumprimento aproximado, para o ar, das leis empíricas e da Equação


de Estado dos gases ideais. 1
 Determinar os coeficientes de expansão, de tensão e de compressibilidade do ar.

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2. Fundamento Teórico

2.1. Lei de Boyle-Mariotte (T=const.)

Os estudos mais pormenorizados do comportamento dos gases ideais remontam ao


século dezassete. Em 1662 Robert Boyle descobriu uma lei que relaciona linearmente a
pressão e o inverso do volume se a temperatura se mantiver constante. Em alguns países
da Europa a descoberta desta lei é atribuída a Edme Mariotte que, no entanto, só
publicou os seus trabalhos em 1676. Em grande parte da literatura, a lei é conhecida
como Lei de Boyle Mariotte e tem o seguinte aspecto:

PV = kT . (1)

Segundo (1), se o volume do recipiente que contém o gás aumenta, a pressão


decresce e vice-versa. Porque quando o volume aumenta, significa que as moléculas têm
mais espaço livre para percorrer e, portanto, a frequência dos choques com as paredes
do recipiente diminui. Sendo assim, a pressão será menor. O processo inverso também
se verifica. Experimentalmente foi determinado que kT é directamente proporcional à
temperatura, T, e ao número de moles de gás, n=m/M (m-massa do gás, M - massa
molar),

kT = nRTT, (2)

em que RT, é uma constante de proporcionalidade.

2.2. Lei de Charles (V=Const)

A lei de Charles, proposta pelo físico e químico francês Jacques Alexandre César
Charles apresenta a transformação isométrica ou isocórica dos gases perfeitos, ou seja, o
volume dos gases é constante e quanto a pressão e a temperatura são directamente
proporcionais. A partir disso a fórmula que expressa a lei de Charles:

𝑃
P = K.T ou K = 𝑇

Relaciona linearmente a pressão e a temperatura de um gás ideal, se o volume se


mantiver constante, i.e., 2

p = kvT (3)

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Se a temperatura aumenta o mesmo acontece com a pressão e vice-versa.


Suponha que a temperatura aumenta. Como o volume é mantido constante, o aumento
de T provocará, pelas razões antes expostas, um aumento da pressão.
Experimentalmente foi determinado que kV é inversamente proporcional ao volume, V,
e directamente proporcional ao número de moles de gás n e a uma constante de
proporcionalidade RV, i.e.,

KV = nRV/V (4)

2.3. Equação de estado dos gases ideais

Em geral, a equação que relaciona as grandezas termodinâmicas P,T e V


denomina-se equação de estado e pode ser escrita como:

f (P,V,T) = 0, (5)

Para os gases reais a equação (5) é geralmente bastante complexa, no entanto, para os
gases ideais as grandezas, P,T e V, como já vimos, estão relacionadas de forma bastante
mais simples. Experimentalmente verificou-se que RT=RP=RV=R (ver equações (2),
(4)). Sendo assim, as leis de Boyle-Mariotte, de Charles bem como as de Gay-Lussac
que não é objecto de nosso experimento, podem ser combinadas numa só equação,

PV = nRT, (6)

Denominada equação de estado dos gases ideais. A constante R denomina-se constante


universal dos gases, R=8.314 J.mol-1K-1.

Pode se ver que a equação de estado é resultado das leis empíricas, pois, por exemplo,
se p1/v e pT, então pT/v ou p = C T/v. Por tanto:

pv
= C, (7)
T

onde a constante C é precisamente o produto nR. Se trabalharmos com o volume molar,


𝑣
𝑉= (n é o número de moles), então teríamos:
𝑛
3
v
pV pn
T
= T
=R (8)

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pV
Por tanto, o valor seria precisamente o valor da constante universal dos gases. Nas
T

chamadas “condições normais de temperatura e pressão, CNTP”, encontra-se que o


volume molar do gás ideal (e aproximadamente de todos os gases reais nas condições
indicadas) é de V0= 22,414 l mol-1 (litro/mol). Logo, para quaisquer condições de
pressão, p, de volume molar, V, e de temperatura absoluta, T, cumpre-se que:

pV p0 V0
= =R (9)
T T0

Nesta experiencia estudam-se as variações do estado (volume, pressão e temperatura)


duma quantidade fixa de ar (n é fixo). Assim sendo, as variações do volume (em função
da pressão e da temperatura) e da pressão (em função do volume e da temperatura) vêm
dadas por:

 v   v 
dv    dT    dp (10)
 T  p ,n  p T ,n

 p   p 
dp    dT    dv
 T  v ,n  v T ,n (11)

Casos especiais

a) p = constante

Nesse caso da equação (4) temos:

 v 
dv    dT
 T  p,n (12)

Já que essa derivada parcial depende das condições iniciais para caracterizar a variação
de volume em função da temperatura é costume normalizar a mesma dividendo pelo
volume do gás a 0 0C (273,15 K), que vamos chamar v0 (não confundir com o valor V0
que aparece na equação (3)). Define-se assim o “coeficiente de expansão térmica” dado
por:

1  v 
0   
v0  T  p ,n (13) 4

Para obtermos experimentalmente este parâmetro precisamos realizar uma experiência


onde o gás fique a pressão constante, variando o volume e a temperatura. Levando em

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conta a equação de estado, pv = nRT, num gráfico de volume versus temperatura com
pressão constante, devemos obter uma linha recta (Lei de Gay-Lussac). O valor v0 pode
ser obtido nesse mesmo gráfico, extrapolando para o valor da temperatura T= 273,15 K.

b) v = constante:

Neste caso, da equação temos:

 p 
dp    dT
 T  v,n (14)

Para avaliar as variações de p em função de T normalizamos dividendo pelo


valor, p0, da pressão do nosso gás a 0 0C (273,15 K). Define-se assim o “coeficiente de
tensão térmica” dado por:

1  p 
0   
p0  T  v ,n (15)

Para obtermos experimentalmente este parâmetro precisamos realizar uma experiência


onde o gás fique a volume constante, variando a pressão e a temperatura. Analogamente
ao caso anterior, levando em conta a equação de estado, pv = nRT, num gráfico de
pressão versus temperatura com volume constante devemos obter uma linha recta (Lei
de Amonton ou Charles), a inclinação da qual é precisamente a derivada parcial na
expressão (7). O valor p0 pode ser obtido desse mesmo gráfico, extrapolando para o
valor da temperatura T= 273,15 K.

c) T = constante

Nesse caso, da equação (11) temos:

 v 
dv    dp
 p T ,n

Para avaliar as variações de v em função de p, mesmo que no primeiro caso,


normalizamos a expressão anterior dividendo pelo valor v0, correspondente à
temperatura 0 0C (273,15 K), o que permite definir o chamado “coeficiente de
compressibilidade cúbico ou volumétrico” segundo a expressão:
5
1  v 
0    
v0  p T ,n (16)

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O sinal negativo é inserido na expressão (16) para obtermos valores positivos da


compressibilidade pois a derivada parcial é negativa, ou seja, o volume diminui quando
a pressão aumenta. É preciso observar que, se realizarmos uma experiência variando o
volume em função da pressão com a temperatura constante, e traçarmos a curva de v
versus p, segundo a equação de estado pv = nRT, não obteríamos uma linha recta mas
uma hiperbole (Lei de Boyle-Mariotte). Por tanto, a derivada parcial em (16) não tem o
mesmo valor nos diferentes pontos da curva e depende do valor dos parâmetros de

estado. Porem, é fácil comprovar que o parâmetro  0 pode ser obtido, para condições
de pressão e temperatura dadas, a partir dos outros dois mediante a relação:

1 0
0  
p0  0 (16)

3. Montagem da Experiencia e o Equipamento utilizado

1. O equipamento da experiencia é montado de acordo com figura a.


2. Deve-se montar a seringa de vidro dentro do cilindro de vidro especial (glass
jacket).
3. A seringa deve funcionar sem grandes fugas de gás. Por isso lubrifique o pistão
da seringa com óleo.
4. O cilindro especial é enchido com água utilizando um funil e adiciona-se um
pequeno íman para agitar a água durante o aquecimento.
5. Fura-se a tampa de borracha com uma agulha.
6. Ajusta-se o volume inicial da seringa para exactamente 50ml e fecha-se o bico
da seringa com a tampa de borracha.
7. Introduz-se o termopar no interior da seringa via o furo da capa.
8. Assegura-se de que o termopar não toca a parede da seringa.
9. Liga-se o termopar ao módulo de medição de temperatura (Figura a).
10. Liga-se um tubo de silicone á saída em cima do cilindro especial para que o
vapor e a água possam sair para um copo de vidro durante o processo de 6

aquecimento.

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11. Liga-se um extremo de outro tubo de silicone ao bico da seringa e o outro


extremo ao manómetro.
12. Para registar e guardar os dados das experiências utilizou-se o “Software Cobra
3 gas laws”.
13. O termopar para determinar a temperatura do gás dentro da seringa e o
manómetro para a medição da pressão são calibrados da seguinte maneira:
escolha a opção “Calibration” e escreveu-se a temperatura medida com um
termómetro externo (em K) e o valor de 1013 hPa (pressão atmosférica normal)
nos lugares correspondentes.
14. Com “Calibrate” o programa aceita os valores e executa a calibração.

Figura a: Equipamento da experiência. Inclui sistema de aquecimento, cilindro de vidro


especial para aquecimento do gás, seringa, manómetro, termopar, íman para agitar a
água de aquecimento, interface e PC.

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4. Procedimento Experimental

4.1. Verificação da Lei de Boyle-Mariotte.

1. Inteirou-se da instalação experimental e posteriormente ajustou-se o programa


para registrar P,V, T, 1/v e pv/T, com a opção do volume manual.
2. Partiu-se duma quantidade fixa de ar (50 ml) na seringa especial, como foi
explicado no laboratório. A temperatura do ar na seringa foi constante.
3. Começou-se por medir esse valor mediante um termómetro introduzido através
do furo na capa do cilindro especial de vidro. O mesmo foi usado para calibrar o
termopar, como foi indicado anteriormente.
4. O volume foi sendo aumentado desde 50 ml até 60 ml em intervalos de 1 ml,
movimentando o êmbolo da seringa e fixando a sua posição para cada registo de
valores. Em cada valor de volume, os dados de pressão, volume e temperatura
foram registados.
5. Os parâmetros do programa foram fixados a fim de registar esses valores e
calcular 1/v e pv/T. E anotou-se no caderno de laboratório os dados da tabela
que oferece o software.
6. Traçou-se os gráficos de p em função de V e de p em função de (1/v).
Verificou-se o cumprimento da lei.
7. Calculou-se o valor médio dos valores da expressão pv/T. Daí, usando o valor de
R, calculou-se o número de moles (n), do ar dentro da seringa empregando a
Equação de Estado.
8. Achou-se o valor do número de moles pelo gráfico de p em função de (1/v) (que
é uma recta) e comparou-se com o valor anterior.

4.2. Verificação da Lei de Charles (Amonton)

1. Ajustou-se os parâmetros do programa para registrar P,T e pv/T.


2. Manteve-se fixo o êmbolo da seringa, para que o volume fosse sempre de 50 ml.
3. Aqueceu-se o gás (Através do aquecimento da água depositada no cilindro) e
registou-se os dados de 5 em 5 K, começando com 300 K e terminando em 340
K.
8
4. Anotou-se no caderno de laboratório os dados da tabela que oferece o software.
5. Fez-se o gráfico de Pressão em função da Temperatura e verificou-se o
cumprimento da lei.

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6. Calculou-se o valor médio de pv/T e com o mesmo calculou-se o número de


moles (n), do ar dentro da seringa empregando a Equação de Estado.
7. Achou-se o valor do número de moles pelo gráfico de p em função de T e
comparou-se com o valor anterior.

5. Resultados e Discussão

5.1. Resultados para Lei de Boyle-Mariotte

Depois de realizado o experimento foram registados os valores de pressão, temperatura,


volume, 1/V e pV/T que serão apresentados na tabela 1.

Tabela 1: Dados experimentais para a Lei de Boyle-Mariotte


Número Pressão Temperatura Volume 1/V pV/T
n hPa K mL 1/mL hPa.mL/K
1 1010,2 296,8 50 0,02000 170,2
2 985,8 296,8 51 0,01961 169,4
3 969,1 297,1 52 0,01923 169,6
4 951,9 296,8 53 0,01887 170,0
5 936,4 296,7 54 0,01852 170,4
6 920,6 296,9 55 0,01818 170,6
7 903,5 297,1 56 0,01786 170,3
8 891,7 297,0 57 0,01754 170,1
9 878,0 297,1 58 0,01724 169,4
10 863,7 296,8 59 0,01695 170,7
11 851,0 297,1 60 0,01667 170,8
Média 296,9 170,1

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1020 Gráfico 1: pressão vs volume


1000

980

960
Pressão

940

920

900

880

860

840
48 50 52 54 56 58 60 62

Volume

Como pode ser visto a partir da tabela 1 os valores de pressão foram diminuindo a
medida que o volume foi sendo aumentado o que resulta numa proporcionalidade
inversa, esse comportamento pode ser melhor ilustrado no gráfico 1, isso deve-se ao
facto de que quanto maior for o volume disponível as moléculas têm mais espaço livre
para percorrer e, portanto, a frequência dos choques com as paredes do recipiente
diminui. Sendo assim, a pressão será menor.

Gráfico de Pressão vs 1/v


1020
1000 y = 48822x + 69,643
980 R² = 0,9988
960
Pressão

940
920
900
880
860
840 10
0.0165 0.017 0.0175 0.018 0.0185 0.019 0.0195 0.02 0.0205

1/V

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A equação da recta para o gráfico de pressão contra 1/V foi:

y = 48822 x + 69,643

O declive desta recta, a, é 48822 que é igual ao produto nRT, como serão calculados
outros valores de n para diferenciação este será n1 logo teremos: a = n1RT (18)

Era esperado que a temperatura permanecesse constante durante esse experimento


contudo ocorrer pequenas oscilações por este facto iremos considerar o valor médio das
temperaturas que é Tmédia = 296,9 K.

𝒂
Isolando n1 na equação 18 obtemos: n1 = , sendo R= 8,3144, logo o valor de n1
𝑹𝑻
será:

48822 .1,0.10−4 𝑃𝑎.𝑚3


n1= 𝐽 = 0,00200 mol
8,3144 .296,9 𝐾
𝑚𝑜𝑙.𝐾

Fazendo-se a média dos valores de pV/T obteve-se: (pV/T)média = 170,6 hPa.mL/K =


170,6 .10-4Pa.m3/K

(pV/T)média
O valor de (pV/T)média = n2R; isolando-se n2 temos: n2 =
𝑅

170,1 .1,0.10−4 𝑃𝑎.𝑚3 /𝐾


n2 = 𝐽 = 0,00204 mol
8,3144𝑚𝑜𝑙.𝐾

Calculou-se o desvio das quantidades de substâncias através da equação:

б = |n1 - n2|

Desvio da quantidade de substância para a lei de


Boyle-Mariotte
n1 n2 Desvio de n
0,00200 0,00204 0,00004

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5.2. Resultado para a Lei de Charles

Para a lei de Charles também foram registados os valores de pressão,


temperatura, volume e pV/T.

Tabela: Dados experimentais para lei de Charles


Número Pressão Temperatura Volume V pV/T
n hPa K mL hPa.mL/K
1 1034,5 300,1 50 171,3
2 1050,9 305,4 50 171,8
3 1068,9 310,2 50 171,4
4 1082,4 315,4 50 171,2
5 1095,4 319,9 50 171,6
6 1114,5 325,3 50 171,2
7 1127,0 330,0 50 171,1
8 1144,4 335,3 50 170,8
9 1156,0 339,9 50 170,1

Gráfico de pressão vs temperatura


1180

1160

1140

1120
Pressão

1100

1080

1060

1040

1020
295 300 305 310 315 320 325 330 335 340 345
Temperatura

Se a temperatura aumenta o mesmo acontece com a pressão e vice-versa. Suponha que a


temperatura aumenta. Como o volume é mantido constante, o aumento de T provocará,
pelas razões antes expostas, um aumento da pressão. Isto significa que as moléculas
dentro do recipiente movem-se mais depressa (a energia cinética aumenta) e, portanto, a
frequência dos choques com as paredes do recipiente também aumenta.
12
A equação da recta para o gráfico de Pressão vs Temperatura foi:

y = 3,3980x + 118,06

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nR
O declive da recta, a, é 3,3980 hPa/K que é igual a , isolando-se n temos:
V

2 a .v 3,3980.50.10−4
a = 3,3980.10 Pa/K n3 = = = 0,00204 mol
R 8,3144
V = 50 ml = 50.10-6 m3
𝐽
R = 8,3144𝑚𝑜𝑙.𝐾

Fazendo-se a média dos valores de pV/T foi igual a (pV/T)média = 170,1


hPa.mL/K = 170,1 .10-4Pa.m3/K

O valor de (pV/T)média igual a n4 R isolando-se n2 temos;

(pV/T)média 171,1.10−4 𝑃𝑎.𝑚3 /𝐾


n4 = = = 0,00206 mol
𝑅 8,3144J.mol/K

Desvio da quantidade de substância para a lei de


Charles
n3 n4 Desvio de n
0,00204 0,00206 0,00002

Substituindo o valor temperatura igual a 293,15 K na equação da recta do gráfico de


pressão vs temperatura obtemos o valor de pₒ´ = 3,3980.273,15 + 118,06 = 1046,2 hPa,
conhecendo o valor de 𝑝ₒ´ podemos calcular o valor do coeficiente de tensão térmica da
seguinte forma:

𝑎 3,3980
βₒ = = = 0,003248
𝑝ₒ′ 1046,2

Pelo facto de não ter sido realizado o estudo da Lei de Gay-Lussac, não serão calculados
os valores dos coeficientes de expansão térmica e de compressibilidade cúbica.

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6. Conclusão

Depois de termos feito uma análise sobre a experiencia realizada, concluímos que o gás
é constituído por pequenas partículas que movimentam-se desordenadamente em várias
direcções e sentido. Podemos concluir também que o estado de um gás é caracterizado
baseando em três parâmetros pressão, temperatura e volume que recebem o nome de
variáveis de um gás.

Podemos ainda concluir que a lei geral dos gases permite-nos comparar os estados
iniciais e finais em uma transformação. Podemos observar que a relação existente entre
a pressão e volume numa quantidade fixa de gás é de proporcionalidade inversa como
foi observado na experiência de Boyle-Mariotte. Já a relação entre a temperatura e a
pressão é de proporcionalidade directa como foi verificado na experiência de Charles.

Observamos que, variando o volume em função da pressão com a temperatura


constante, e traçando a curva de v versus p, segundo a equação de estado pv = nRT, não
obtemos uma linha recta mas uma hiperbole.

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7. Referencias Bibliográficas

1. HALLIDAY, D. RESNICK, R. e KRANE, K.S. Física 2. Rio de Janeiro, LTC, 1996. 4ᵒ


edição. Volume 2.

2. INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA, Piacentini, João J., 2ª Ed. 2005.

3. HALLIDAY, D.RESNIK, R., WALKER, J.;- Física, Volume I, LTC- Livros técnicos e
científicos. Editora A.A, Rio de Janeiro, 2007.

4. Tipler, P. Mosca, G. Física. 5. Ed., Vol.1. Rio de Janeiro: LTC, 2006, cap 8

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