Vibrações - Cap 2 - 2020-2
Vibrações - Cap 2 - 2020-2
Vibrações - Cap 2 - 2020-2
2 – Vibração Livre em
Sistemas 1 GDL
2.1 Introdução
• Vibração Livre: oscila sob perturbação inicial.
Exemplo: pêndulo de um relógio
• 1 GDL: coordenada (x) é suficiente para
especificar a posição da massa a qualquer
tempo.
• Não há dissipação de energia: sistema não
amortecido.
2.1 Introdução
• Sistema massa-mola: mais simples possível.
Se a massa é constante:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Para movimento rotacional, a 2ª Lei de
Newton resulta:
• é o momento resultante e e
são o deslocamento angular e aceleração
angular resultantes.
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Aplicando a equação (2.1) à massa da figura
2.1:
ou:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
2.2.2 Equação do movimento por outros métodos
Princípio de D’Alembert:
As equações de movimento podem ser reescritas
como:
• C e s constantes a determinar
• Substituindo (2.11) em (2.3):
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Como C não pode ser zero, então:
• E, por consequência:
• Onde: e
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• A solução geral da equação (2.3) fica:
• Usando as identidades:
• (2.19) em (2.16):
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Usando:
Onde:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Representação gráfica da oscilação harmônica
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Sendo um vetor de magnitude A, que faz um
ângulo wn – f com o eixo vertical (x), então a
equação (2.21) é a projeção do vetor sobre o
eixo (x);
• A1 e A2 da equação (2.16) são as componentes
retangulares ao longo de dois eixos ortogonais
que fazem ângulos f e –(p/2 - f) em relação
ao vetor .
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Aspectos do sistema massa-mola:
1. Se o sistema está na posição vertical, a frequência
natural circular é:
• Então:
Ou:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
• Elevando (2.34) e (2.35) ao quadrado:
ou (2.36)
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
Exemplo 2.1: Resposta harmônica de uma caixa
d’água.
A coluna da caixa d’água mostrada na figura (a)
tem 300 ft de altura e é feita de concreto
reforçado com uma seção transversal tubular de
8 ft de diâmetro interno e 10 ft de diâmetro
externo. A caixa d’água pesa 6 x 105 lb quando
está cheia. Desprezando a massa da coluna e
admitindo que o módulo de Young do concreto
reforçado seja 4 x 106 psi, determine:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
a. A frequência natural e o período natural de
vibração transversal da caixa d’água;
b. A resposta de vibração da caixa d’água
resultante de um deslocamento transversal
inicial de 10 in;
c. Os valores máximos de velocidade e
aceleração experimentados pela caixa d’água.
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
Solução
Considerando:
✓A caixa d’água uma massa pontual;
✓A coluna com seção transversal uniforme;
✓A massa da coluna desprezível;
O sistema pode ser modelado como uma viga em
balanço com uma carga concentrada (peso) na
extremidade livre, como mostra a figura (b).
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
a. A deflexão transversal da viga, d, devido à
carga P é dada por , onde l é o
comprimento, E é o módulo de Young, e I é o
momento de inércia de área da seção
transversal da viga.
A rigidez da viga (coluna do reservatório) é dada
por:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
Neste caso, l = 3600 in, E = 4 x 106 psi. Assim:
E:
b. Usando 𝑥0 = 10 in e considerando 𝑥ሶ 0 = 0, a
resposta fica, de (2.23):
A amplitude fica:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
E o ângulo de fase é:
Assim:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
c. A velocidade pode ser determinada
diferenciando-se (E.1):
Por consequência:
Onde:
Ou:
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
Exemplo 2.4: Frequência natural da caçamba de
um caminhão de bombeiros
A caçamba de um caminhão de bombeiros está
localizada na extremidade de uma lança
telescópica, como mostrado na figura. A
caçamba mais o bombeiro pesam 2000 N.
Determine a frequência natural de vibração da
caçamba no sentido vertical.
Dados:
Módulo de Young do
material: E =
2,1x1011 N/m2;
Comprimentos: l1 =
l2 = l3 = 3 m;
Áreas de seções
transversais:
A1 = 20 cm2, A2 = 10
cm2, A3 = 5 cm2.
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
Solução
Para determinar a frequência natural, é
necessário calcular a rigidez equivalente da
lança (a massa é desprezível). Consideraremos
que a lança só se deforma na direção axial.
A força em qualquer seção transversal O1 O2 é
igual à carga axial aplicada na extremidade
(figura b).
2.2 Vibração Livre de um Sistema de
Translação Não Amortecido
A rigidez axial é dada por:
Ou:
• E:
• A solução da equação acima depende do sinal
de (12kl2 – 3Wl)/2ml2
2.4 Condições de Estabilidade
• Caso 1: (12kl2 – 3Wl)/2ml2 > 0
Oscilações estáveis;
𝜃 𝑡 = 𝐴1 cos 𝜔𝑛 𝑡 + 𝐴2 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑛 𝑡
Onde A1 e A2 são constantes
2.4 Condições de Estabilidade
• Caso 2: (12kl2 – 3Wl)/2ml2 = 0
𝜃ሷ = 0
𝜃 𝑡 = 𝐶1 𝑡 + 𝐶2
Para as condições iniciais 𝜃 𝑡 = 0 = 𝜃0 e
𝜃ሶ 𝑡 = 0 = 𝜃0ሶ :
𝜃 𝑡 = 𝜃0ሶ 𝑡 + 𝜃0
• Deslocamento angular varia linearmente a uma
velocidade constante 𝜃0ሶ .
Se 𝜃0ሶ = 0, ocorre equilíbrio estático e o pêndulo
permanece em sua posição original.
2.4 Condições de Estabilidade
• Caso 3: (12kl2 – 3Wl)/2ml2 < 0
X = deslocamento máximo
wn = frequência natural
Substituindo E.3 em E.1 e E.2, obtemos:
2.5 Método de Energia de Rayleigh
Onde:
Ou:
2.5 Método de Energia de Rayleigh
Exemplo 2.8: Efeito da massa sobre a wn de
uma mola
Determine o efeito da massa da mola sobre a
frequência natural do sistema massa-mola
mostrado.
2.5 Método de Energia de Rayleigh
2.5 Método de Energia de Rayleigh
Exemplo 2.8: solução
Para determinar o efeito da massa da mola na
frequência natural do sistema, somamos a
energia cinética da massa da mola e a da massa
acoplada ao sistema e calculamos a frequência
natural.
Considere l = comprimento total da mola e x =
elongação da mola.
2.5 Método de Energia de Rayleigh
O deslocamento até a distância y em relação ao
suporte é y(x/l). A velocidade é determinada
pela derivada de x.
Assim, a energia cinética de um elemento de
mola de comprimento dy é:
• c é a constante de amortecimento;
• O sinal negativo indica que a força é no
sentido contrário da velocidade.
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• Aplicando a 2ª Lei de Newton:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
2.6.2 Solução
• Supondo um solução:
Ou:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• O fator de amortecimento é a razão entre o
amortecimento e o cc:
• De (2.66) e (2.65):
• E:
• A solução fica:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• O comportamento da equação (2.69) depende
da magnitude do amortecimento:
Caso 1: Sistema sub-amortecido ( < 0)
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• A solução fica:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• E:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• As constantes (X,f) e (X0,f0) podem ser
expressas como:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• O movimento descrito por (2.72) é um
movimento harmônico amortecido de
frequência angular ;
• Por causa do fator , a amplitude diminui
exponencialmente com o tempo;
• Frequência de vibração amortecida:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
E a solução torna-se:
O movimento é aperiódico.
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
Caso 3: Sistema superamortecido
A solução fica:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• Para as condições iniciais e
,, as constantes ficam:
• Usando (2.86):
• De (2.91) e (2.85):
Onde:
E:
Fator de amortecimento:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
• Frequências naturais amortecida e não
amortecida:
E a rigidez por:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
O deslocamento da massa atingirá seu valor
máximo no tempo t1, dado por (ver problema
2.86):
Isso dá:
Ou:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
O envelope que passa pelos pontos de máximo é
dado por:
Ou:
2.6 Vibração Livre com amortecimento
viscoso
A velocidade da massa pode ser obtida
diferenciando o deslocamento:
Como:
(2.112)
Como x = x0 em t = 0, o movimento começa da
direita para a esquerda;
x0, x1, x2,... são as amplitudes de meios-ciclos
sucessivos;
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
De (2.110) e (2.112):
(2.110) torna-se:
(2.113)
𝜋
𝑥ሶ 𝑡 = 0 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑥ሶ 𝑒𝑚 𝑡 = 𝑛𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2.113
𝜔𝑛
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
• As constantes de (2.108) ficam:
E: na equação (2.114) = 0.
Estas se tornam as condições iniciais para o
terceiro meio ciclo, e o procedimento pode
continuar até o movimento parar.
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
• O movimento para quando , visto
que a força de mola é menor que a força de
atrito mN. O número de meios ciclos (r) até o
movimento cessar é:
(2.115)
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
• Características de um sistema com
amortecimento Coulomb:
➢A equação do movimento é não linear;
➢A frequência natural do sistema permanece
inalterada com a inclusão desse
amortecimento;
➢O movimento é periódico;
➢O sistema entra em repouso após algum
tempo;
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
➢A amplitude é reduzida linearmente;
➢Em cada ciclo, a amplitude é reduzida de
4mN/k, de modo que as amplitudes no final de
quaisquer dois meio-ciclos podem ser
relacionadas por:
(2.115)
➢Como a amplitude é reduzida de 4mN/k em
um ciclo, a inclinação das retas tracejadas da
figura 2.34 é:
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
2.7.3 Sistemas torcionais com amortecimento
Coulomb
• As equações para um sistema angular são
semelhantes às equações (2.107):
(2.117)
(2.118)
Onde T = torque de amortecimento constante
(análogo à mN em sistemas de translação)
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
As soluções de (2.117) e (2.118) são análogas às
de sistemas de translação:
(2.119)
(2.120)
Onde q0 é o deslocamento angular inicial em t =
0( em t = 0).
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
O movimento cessa quando:
(2.121)
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
Exemplo 2.13: Coeficiente de atrito em relação a
posições medidas de massa
➢Bloco de metal sobre superfície irregular,
ligado a uma mola;
➢x0 = 10 cm;
➢5 ciclos de oscilação (em 2 segundos);
➢xf = 1 cm.
Determine o coeficiente de atrito.
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
• Solução:
Período: tn = 2/5 = 0,4 s
Frequência:
Redução da amplitude de oscilação por ciclo:
Em 5 ciclos:
Ou:
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
Exemplo 2.14: Polia sujeita a amortecimento
Coulomb
Um eixo de aço com 1 m de comprimento e 50 mm
de diâmetro está fixado em uma extremidade e
suporta uma polia de momento de inércia de massa
de 25kg/m2 na outra extremidade. Um freio de lona
exerce um torque de atrito constante de 400 N/m
ao redor da circunferência da polia. Se a polia for
deslocada de 6° e então solta, determine: (1) o
número de ciclos antes de a polia atingir o repouso,
(2) a posição final de acomodação da polia.
2.7 Vibração livre com amortecimento
de Coulomb
Solução:
(1) O número de meio-ciclos que transcorrem
antes de o movimento angular da polia
cessar é dado pela equação (2.112):
(2.124)
(2.125)
(3.132)
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
• Nos pontos Q e R:
(2.133)
(2.134)
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
O decremento logarítmico por histerese é
definido como:
(2.135)
(2.137)
Xmax = 0,008m
Inclinação da curva força deflexão (pela reta OF):
k = 400/8 = 50 N/mm;
Então:
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
• E:
• Assim:
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
Exemplo 2.16: Resposta de uma estrutura de
ponte com amortecimento por histerese
Uma estrutura de ponte é modelada como um
sistema com um grau de liberdade com uma
massa equivalente de 5 x 105 kg e uma rigidez
equivalente de 25 x 106 N/m. Durante um teste
de vibração livre, constatou-se que a razão entre
amplitudes sucessivas era 1,04. Estime a
constante de amortecimento estrutural (b ) e a
resposta de vibração livre aproximada da ponte.
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
Solução:
Usando a razão entre amplitudes sucessivas, a
equação (2.135) dá o decremento logarítmico
por histerese (d) como:
Ou:
2.8 Vibração Livre com amortecimento
por histerese
O coeficiente de amortecimento viscoso
equivalente pode ser determinado pela equação
(2.138) como:
Onde: