Arquivo 3

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

2.8.

Conceito do homo economicus

Toda pessoa é influenciada por recompen-


sas salariais, econômicas e materiais. O homem
procura o trabalho não porque gosta dele, mas
como meio de ganhar a vida por meio do
salário. O homem é motivado a trabalhar pelo
medo da fome e pela necessidade de dinheiro
para viver. As recompensas salariais e prêmios
de produção fazem com que o trabalhador
atinja o máximo de produção de que é
fisicamente capaz para obter ganho maior.

2.9.
Condição de trabalho

Verificou-se que a eficiência depende não ape-


nas do método e do incentivo salarial, mas
também de um conjunto de condições de
trabalho, que ga-rantam o bem- estar físico do
trabalhador e diminu-am a fadiga.
As condições de trabalho que mais preocupa-
ram a Administração Científica foram:

42
Adequação de ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para minimizar o
esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa.

Arranjo físico de máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção.

Melhoria do ambiente físico de trabalho para evitar que ruído, ventilação, iluminação e
conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador.

Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores,


contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis.

2.10.
Padronização

A organização racional do trabalho não se pre-


ocupou apenas com a análise do trabalho, estudos
de tempos e movimentos, fadiga, especialização
e planos de incentivos salariais. Foi mais além,
envol-vendo a padronização de métodos e
processos de trabalho, máquinas e equipamentos,
ferramentas e instrumentos de trabalho, matéria-
prima e compo-nentes, no intuito de reduzir a
variabilidade no pro-cesso produtivo, para
eliminar o desperdício e au-mentar a eficiência.

43
2.11.
Supervisão funcional

Taylor era contrário à centralização da autori-


dade e propunha a supervisão funcional, que nada
mais é do que a existência de diversos supervisores,
cada qual especializado em determinada área e com
autoridade funcional (relativa à sua especialidade)
sobre os mesmos subordinados. Para Taylor, a Ad-
ministração Funcional consiste em dividir o traba-
lho de maneira que cada homem, desde o assistente
até o superintendente, execute a menor variedade
possível de funções. Sempre que possível, o traba-
lho de cada homem deve limitar-se à execução de
uma única função.

2.12.
Princípios da administração científica (segun-
do Taylor)

2.12.1. – Princípio do Planejamento: substituir o cri-


tério individual do operário, a improvisação e a atuação
empírico-prático por método baseado em procedimen-
tos científicos. Substituir a improvisação pela ciência
através do planejamento do método de trabalho.
2.12.2. – Princípio do Preparo: selecionar cien-
tificamente os trabalhadores, de acordo com suas

44
aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem
mais e melhor, de acordo com o método
planejado. Preparar máquinas e equipamentos em
um arranjo físico e disposição racional.
2.12.3. – Princípio do Controle: controlar o tra-
balho para confirmar que está sendo executado de
acordo com os métodos estabelecidos e segundo o
plano previsto. A gerência deve garantir que a
execu-ção seja a melhor possível.
2.12.4. – Princípio da Execução: distribuir
atribui-ções e responsabilidades para disciplinar a
execução do trabalho. O gerente planeja e o
operário executa.

2.13.
Princípios básicos de FORD (1863-1947)

Henry Ford foi o divulgador das ideias da


Admi-nistração Científica e precursor da produção
em mas-sa com a adoção da linha de montagem. A
produção em massa baseia-se na simplicidade em
três aspectos:
1. O fluxo do produto no processo produtivo é pla-
nejado, ordenado e contínuo.

2. O trabalho é entregue ao operário em vez de este


ter de ir buscá-lo.

45
3. As operações são analisadas em seus elemen-
tos constituintes.

Para acelerar a produção por meio de um


trabalho ritmado, coordenado e econômico,
Ford adotou três princípios:

2.13.1. – Princípio de Intensificação: diminuir o


tempo e o ciclo de duração com a utilização imediata
dos equipamentos e da matéria-prima com a rápida
colocação do produto no mercado.
2.13.2. – Princípio de Economicidade: reduzir ao
mínimo o volume do estoque da matéria-prima em
transformação para que o automóvel fosse pago à
empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos
salários e da matéria-prima adquirida.
2.13.3. – Princípio da Produtividade: aumentar a
capacidade de produção do homem no mesmo pe-
ríodo (produtividade) por meio da especialização e
da linha de montagem. O operário ganha mais e o
empresário tem maior produção.

2.14.
Apreciação crítica da administração científica

A obra de Taylor e seguidores é suscetível


de críticas, que não diminuem o mérito e o
galardão de pioneiros da Teoria da Administração.
Na época, a

46
mentalidade reinante e os preconceitos, tanto dos
dirigentes como dos empregados, a falta de conheci-
mento sobre os assuntos administrativos e a precária
experiência industrial e empresarial não apresenta-
va condições propícias de formulação de hipóteses
nem o suporte adequado para elaboração de concei-
tos rigorosos.
As principais críticas à Administração Científi-
ca são as seguintes:

• A Administração Científica transformou o homem


em uma máquina. O operário é tratado como ape-
nas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo
e desencorajado de tomar iniciativas.
• A padronização do trabalho seria mais uma intensifica-
ção deste do que uma forma de racionalizar o trabalho.
• A superespecialização do operário facilita o treina-
mento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz
sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limita-
da do processo.
• A Administração Científica não leva em conta o
lado social e humano do trabalhador. A análise de
seu desempenho leva em conta apenas as tarefas
executadas na linha de produção.
• A Administração Científica propõe uma aborda-
gem científica para a administração, no entanto, ela
mesma carece de comprovação científica e teve sua
formulação baseada no conhecimento empírico.

47
• A Administração Científica restringe-se apenas aos
aspectos formais da organização não abrangendo,
por exemplo, o conflito que pode haver entre objeti-
vos individuais e organizacionais.
• A Administração Científica trata da organização
como um sistema fechado sem considerar as influ-
ências externas.

48
4
Questões
1. Os principais métodos científicos utilizados são
a observação e a mensuração. Sua preocupação ori-
ginal foi eliminar o desperdício e as perdas sofridas
pelas indústrias e levar a produtividade pela aplica-
ção de métodos e técnicas da engenharia industrial.
Qual o personagem principal da Teoria da Adminis-
tração Científica e quais foram suas características
pessoais de administrar seus negócios?

2. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam


de três males. Para sanar tais males, Taylor difundiu os
nomes de Organização Científica do Trabalho e Orga-
nização Racional do Trabalho. Foi o primeiro a analisar
o trabalho, os tempos e movimentos, definir padrões
de execução, treinar operários, especializar o pessoal,
inclusive o de gerência. Cite as sete características da
ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO.

3. Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o


trabalhador à diminuição da produtividade e perda
de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rota-
tividade de pessoal. Quais são as três finalidades do
estudo dos movimentos humanos?

4. A abordagem da Administração Científica ba-

51
seia-se nas tarefas da organização. O nome Admi-
nistração Científica é devido à tentativa de aplicação
dos métodos da ciência aos trabalhos operacionais a
fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais
métodos científicos utilizados são a observação e a
mensuração. Sua preocupação original foi eliminar
o desperdício e as perdas sofridas pelas indústrias
e levar a produtividade pela aplicação de métodos
e técnicas da engenharia industrial. Descreva sobre
os quatro princípios da Administração Científica, se-
gundo Frederick Taylor.

52
53

Você também pode gostar