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PRELIRMINARMENTE:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, ter
o legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a incumbência de,
presentes o requisito da verossimilhança das alegações ou quando o consumidor for
hipossuficiente, poder inverter o ônus da prova.
III – DA LEGITIMIDADE
A legislação processual civil pátria dispõe que, para propor ou contestar ação,
é necessário ter interesse e legitimidade (art. 3º do CPC).
Assim, conclui-se que a demandante possui todos os requisitos para figurar como
autor na presente ação.
Ocorre que para surpresa do autor, este permaneceu sem luz ainda durante
os dias 10, 11 e 12 de fevereiro ininteruptamente, tendo sido o serviço normalizado
somente no dia 12, o que já havia gerado um prejuízo de quatro dias no
funcionamento de sua empresa, bem como no seu dia a dia. Durante esses dias, o
autor entrou em contato com a ré diversas vezes, sob os protocolos 2165139557,
2165374922, 2165281386.
Ressalvamos desde já o verbete de nº. 192, seguido por este Ilmo. Tribunal,
na qual descrevemos integralmente abaixo:
SÚMULA TJ Nº 192:
Assim, diante dos abalos morais por ficar aproximadamente QUATRO DIAS
sem energia elétrica, estando com TODAS as contas referentes ao serviço
devidamente pagas e do abalo financeiro que, devido à demora na prestação do
serviço, vivenciou com o atraso do serviço de sua micro empresa, não restou
alternativa senão buscar a tutela jurisdicional do Estado, para ser ressarcido de forma
pecuniária pelos danos morais e materiais sofridos.
DO DANO MORAL:
O dano moral foi inserido em nossa carta magna no art. 5º, inc. X, da
Constituição de 1998:
Quando se pleiteia uma ação visando uma indenização pelos danos morais
sofridos, não se busca um valor pecuniário pela dor sofrida, mais sim um lenitivo que
atenue, em parte, as consequências do prejuízo sofrido. Visa-se, também, com a
reparação pecuniária de um dano moral imposta ao culpado representar uma sanção
justa para o causador do dano moral.
A tormenta maior que cerca o dano moral, diz respeito a sua quantificação,
pois o dano moral atinge o intimo da pessoa, de forma que o seu arbitramento não
depende de prova de prejuízo de ordem material.
O dano moral sofrido pelo Autor ficou claramente demonstrado, vez que a
ligação de energia do seu imóvel se encontrava desligada por cerca de QUATRO
DIAS, tendo o autor que enfrentar diversos transtornos em seu dia a dia, inclusive
nas atividades comuns de sua micro empresa, sem nada poder fazer e por um motivo
alheio a sua conduta e vontade.
DO PEDIDO:
2. A inversão do ônus da prova de acordo com o art. 6º, VIII da lei 8078/90, ante a
verossimilhança das alegações e da hipossuficiência técnica do autor;
3. Condene a Ré ao pagamento de custas processuais de 20% a título de honorários
advocatícios;
DO VALOR DA CAUSA.
Nestes termos,
P. Deferimento.
OAB/RJ 205.573