Usf Editoração Ead Mba Mentoring Unidade 2
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UNIDADE 2
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AUTOCONHECIMENTO
O entendimento do próprio “eu” (autoconhecimento) é uma tarefa que acaba sendo difícil,
pois cada indivíduo deve conhecer o melhor que existe em si para balizar comportamentos
em todos os cenários da vida, e cada pessoa tem disponível um vasto reservatório de pen-
samentos particulares, sentimentos e segredos que mais ninguém conhece.
Por outro lado, a falta, ou dificuldade, de autoconhecimento pode ocasionar problemas para
desenvolver um estilo de comportamento social, porque a autoavaliação não é realista so-
bre a sua personalidade, seus pontos fortes, fracos, seus desejos, suas aspirações.
A primeira fonte vem da comparação social, talvez melhor exemplificada pela teoria da
comparação social. Essa teoria é definida como a tentativa de avaliar as próprias atitudes,
comportamentos e habilidades comparados aos de outras pessoas, especialmente aquelas
semelhantes. Os processos de comparação social são fundamentais para a aquisição do
autoconhecimento, principalmente no início da vida. Por exemplo, crianças tendem a se
descrever espontaneamente em termos de diferenças em relação a outros familiares e tais
descrições são provavelmente derivadas de processos de comparação social.
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utilizam uma variedade externa e interna, sugestões de contexto, bem como as implicações
de seu comportamento nesse processo de autorreflexão e autoinferência.
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Além disso, essa perspectiva também sugere que as pessoas às vezes agem como servido-
res de seus próprios estados internos, por exemplo, sentimentos ou pensamentos; e também
usam as implicações desses estados internos para desenhar inferências sobre si mesmos.
Figura 01.
O autoconhecimento diz respeito ao que se conhece do “eu”, então tente res-
ponder às questões a seguir e perceba quais são as informações que agregam
e são úteis para sua vida:
1. Como me sinto sobre meus pais e minha infância?
2. Quais são as razões pelas quais eu faço as coisas?
3. Quais critérios utilizo para tomar decisões?
4. Quanto sou difícil e quanto sou fácil de me relacionar? Quais são
os aspectos?
5. Como respondo ao estresse?
6. Como eu lido com as críticas?
7. Que tipo de trabalho me atrai?
8. Quais qualidades de outras pessoas me atraem?
9. O que me deixa animado?
10. O que me afeta?
Essas são apenas algumas reflexões básicas para começarmos a entender
mais sobre nós mesmos. Então reflita sobre esses pontos e observe como
suas respostas exercem influência em sua vida.
Outro aspecto a se destacar é que os pensamentos possuem uma forma limitada de sa-
ber, sobre “quem realmente (eu) como indivíduo sou”, afetando o autoconhecimento. Afi-
nal, tanto pensamentos quanto sentimentos oferecem pistas sobre a natureza individual de
cada pessoa e, com isso, o autoconhecimento significa tornar-se muito melhor em perceber
quantas das avaliações são distorcidas pela falta de realidade.
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Autoconhecimento
c) Aceitação para perceber e aceitar o que ocorre durante a vida, ao invés de su-
cumbir à distração e à procrastinação.
O termo soft skills corresponde a habilidades ou qualidades que podem ser classificadas
como um traço ou hábito de personalidade. As habilidades interpessoais, juntamente rela-
cionadas às habilidades de comunicação, podem ser categorizadas como soft skills, e isso
é valorizado nas organizações.
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• Crenças: aceitação de que certas evidências factuais são verdadeiras, informadas
pelos próprios valores de um indivíduo;
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• Valores: padrões ou princípios gerais que orientam comportamentos entre diferen-
tes situações e com os quais os indivíduos sentem um forte compromisso.
Vamos pensar: por que ocorre uma situação em que alguns indivíduos são mais bem-su-
cedidos em sua carreira do que outros? Qual a influência dessas características na carreira
das pessoas? Por que algumas pessoas conseguem maior ascensão na carreira mais rapi-
damente e para um nível superior ao de outros?
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Autoconhecimento
O físico de um indivíduo, atratividade, tipo de corpo, pele, peso corporal, o ambiente ao qual
um indivíduo é exposto durante seu crescimento, culturas variadas, antecedentes familia-
2 res, circunstâncias e situações etc. têm um papel crucial para moldar a personalidade. En-
tretanto, quando se trata do desenvolvimento da personalidade, significa refinar e preparar
o “eu” exterior e interior para provocar uma mudança positiva.
Cada indivíduo tem uma personalidade única que pode ser desenvolvida, polida e refinada,
sendo que o processo de desenvolvimento da personalidade inclui aumentar a confiança,
desenvolver habilidades de comunicação, avançar o conhecimento, aprender e, em geral,
absorver positividade, dinamismo e paz.
As habilidades sociais, por outro lado, são os atributos gerais da personalidade que incluem
qualidades como motivar a si e aos outros, gestão do tempo, liderança, flexibilidade, criati-
vidade e inovação e assim por diante.
Nesse entendimento, as organizações buscam por funcionários que tenham emoções posi-
tivas e percepções mais assertivas de si e dos outros, pois assim serão mais autoeficazes e
melhores tomadores de decisão, com um desempenho superior ao dos demais.
Por outro lado, a falta de habilidades pessoais leva ao comportamento de abstinência dos
funcionários, como desgaste, absenteísmo e rotatividade. Nesse ponto, as habilidades so-
ciais desempenham um papel imprescindível no sucesso de uma organização, pois é jus-
tamente dito que o sucesso de qualquer organização é determinado por seus funcionários,
considerados como o ativo real de qualquer organização.
No entanto, qualquer indivíduo pode melhorar suas habilidades sociais com experiência e
prática. Por exemplo, determinada organização procura um colaborador especializado em
resolução de conflitos, imagine que você tenha essa habilidade. Embora seja habilidoso em
uma comunicação eficaz, poderá ajudar outros a praticar o trabalho em situações de conflito
com outras pessoas.
Portanto, tais habilidades podem ser desenvolvidas, sendo uma questão de rotina. Para isso,
é necessário observar as práticas de outras pessoas e incorporá-las à sua própria rotina diária.
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1.2 AUTOCONCEITO
Autoconceito relaciona-se àquilo que a pessoa é realmente, chamado de "eu real", e àqui- 2
lo que o indivíduo gostaria de ser, chamado de "eu ideal", em relação a diversas ca-
racterísticas, como hábitos, relacionamento, entre outros aspectos de cada um. Logo,
relaciona-se com a personalidade e é também chamado de autoimagem (SAMARA;
MORSCH, 2006, p. 141-142).
Figura 01.
E nas organizações?
O autoconceito é fundamental para as organizações, pois se elas con-
seguirem identificar de que modo o seu cliente se vê e como ele de fato
gostaria de se ver, então poderão desenvolver produtos e adequar sua
comunicação para o seu público-alvo. Por exemplo: uma organização que
fabrica creme antirrugas.
Sabendo que as mulheres não querem ter marca de expressão no rosto, as
organizações desenvolvem cremes para que elas usem a partir dos 25 anos,
evitando que no futuro venham a ter rugas. Para pessoas que já têm rugas,
desenvolvem cremes para atenuar as marcas dessas rugas.
Na comunicação sobre esses produtos, elas deixam bem claro os atributos e
benefícios que eles podem trazer por estarem relacionados à autoimagem que
as mulheres têm ou gostariam de ter (SAMARA; MORSCH, 2006, p. 142).
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Então significa que é necessário considerar não apenas cada componente isoladamente,
mas também suas interações entre si e sua estrutura geral. Há dois aspectos estruturais
particularmente importantes de nosso autoconceito, que são complexidade e clareza.
Embora todo ser humano tenha um autoconceito complexo, ainda assim existem dife-
renças individuais na complexidade, na medida em que os indivíduos têm muitas ma-
neiras diferentes e relativamente independentes de pensar sobre si mesmos. Em outras
palavras, alguns “eus” são mais complexos que outros.
Para aqueles com alta autocomplexidade, os vários aspectos do eu são separados, pois
os pensamentos positivos e negativos sobre um determinado aspecto pessoal não se
espalham para pensamentos sobre outros aspectos. Para pessoas com baixa comple-
xidade, resultados negativos em relação a um aspecto do “eu” tendem a ter um grande
impacto em sua autoestima.
Como o autoconceito é tão complexo, exerce uma influência extraordinária nos pensa-
mentos, sentimentos e comportamento, e acarreta lembranças sobre tais informações.
Na medida em que os indivíduos têm muitas maneiras diferentes e relativamente inde-
pendentes de pensar sobre si mesmos, surge a complexidade.
A clareza do autoconceito, isto é, até que ponto os indivíduos têm autoconceitos cla-
ramente definidos e estáveis ao longo do tempo, também pode ajudar as pessoas a
responder mais positivamente a situações desafiadoras.
2. PERSONALIDADE
Personalidade refere-se a diferenças individuais nos padrões característicos de pensa-
mento, sentimento e comportamento. Assim, cada indivíduo possui uma personalidade
única e diferente. Quando se menciona que uma pessoa é tímida, agressiva, individua-
lista, egoísta por exemplo, trata-se de aspectos relacionados àquele indivíduo.
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A personalidade é uma característica presente em todos os indivíduos e pode ser me-
dida de forma consistente e válida. Define-se a personalidade como sendo a soma de
características comportamentais mais marcantes e com as quais a pessoa define sua 2
identidade. Nesse sentido, Chiavenato (2005, p. 199) destaca que a personalidade reú-
ne características estáveis, observadas por meio de tendências de comportamento que
se repetem em diversas situações.
Figura 01.
Você conhece alguém com a personalidade, em todas as suas caracterís-
ticas, igual à sua?
É certo que sua resposta será não!
Pois, no que se refere a essas características, que fazem parte da per-
sonalidade, existem as reações em relação ao ambiente em que se está
inserido. Por exemplo: se uma pessoa é impaciente e agressiva, ela não
manteria a calma em uma situação que a exigisse, e a característica de
ser agressiva a faria agir desse modo.
Da mesma forma, uma pessoa que tem como característica da sua perso-
nalidade ser solidária ao outro, importar-se com o que as outras pessoas
sentem, ao encontrar alguém que precise de ajuda, ela terá a ação de aju-
dar essa pessoa. Ficou claro como as características que formam a perso-
nalidade da pessoa farão com que ela tenha a tendência de ter sempre as
mesmas reações quando determinada situação acontecer?
Para Freud, o id, o ego e superego são os causadores de todas as ações humanas.
O id está relacionado aos instintos, aos impulsos que todos os indivíduos de forma
inconsciente buscam satisfazer. O ego aparece do contato do id com a realidade.
Então o ego ajuda no controle do id, para que seja possível o convívio em sociedade
(imagine se todas pessoas pudessem satisfazer todos os seus instintos?). Portanto,
ele está relacionado à razão. O superego utiliza o aprendizado proveniente da base
familiar e da sociedade, norteia o que é "certo e errado", "aceitável ou reprovado", e
por isso colide com o id.
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Figura 01.
Quem resolve o que é “certo e errado”, aceitável ou reprovado”? O ego,
2 que encontra o equilíbrio entre a satisfação dos instintos e o que é aceitá-
vel e tolerável na sociedade em que o indivíduo está inserido.
Dessa maneira, "[...] existe, portanto, um conflito entre o id, regido pelo
princípio do prazer, e o superego, proibitivo e punitivo. Caberá ao ego, re-
presentante do princípio da realidade, tentar resolver esse conflito." (SA-
MARA; MORSCH, 2006, p. 135). A teoria de Freud deu origem a muitas
outras, e é impossível negar a importância dele para a análise e entendi-
mento do comportamento do ser humano.
e) Atos falhos: refere-se a uma "traição da memória", como troca de nomes, pala-
vras, datas, etc.;
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h) Sublimação: é o processo de deslocamento que os indivíduos utilizam para des-
viar ideias que os perturbam;
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i) Substituição: o inconsciente está impedido de manifestar-se diretamente à cons-
ciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficaz para essa mani-
festação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto
aceitável por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o id ou o superego;
3. TEORIAS DE PERSONALIDADE
Chiavenato (2005) descreve que a personalidade dá consistência às condutas do indi-
víduo, permitindo que suas características singulares sejam notadas. As pessoas, por
meio de sua personalidade, definem suas aptidões pessoais para lidar com as situa-
ções de vida, incluindo as situações de trabalho.
A soma dos fatores hereditários e sociais do indivíduo define seu perfil de personalida-
de. Assim, os estudos de comportamento organizacional tornaram alguns modelos de
personalidade mais utilizados na análise e previsão das condutas de trabalho de indiví-
duos em âmbito organizacional.
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II. Centro de controle: mede a tendência que o indivíduo tem referente às suas
condutas relacionadas à sua crença. Quando o indivíduo conduz ações sob essa
percepção, demonstra ter o centro de controle interno, pois suas ações são orienta-
das pelas oportunidades advindas do ambiente externo.
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II. Amabilidade/agradabilidade: avalia a tendência de o indivíduo ser amável em
suas relações. Essa dimensão da personalidade inclui atributos como confiança,
altruísmo, gentileza, afeição e outros comportamentos pró-sociais; 2
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• Sensoriais (S) versus Intuitivos (N): trata-se da maneira como as pessoas cole-
tam informações do mundo ao seu redor. Assim como ocorre com extroversão e in-
2 troversão, todos os indivíduos passam algum tempo sentindo e intuindo dependendo
da situação, e tendem a ser dominantes em uma área ou outra. Os indivíduos que
preferem sentir tendem a prestar muita atenção à realidade, principalmente ao que
podem aprender com seus próprios sentidos. Eles tendem a se concentrar em fatos
e detalhes e gostam de obter experiência prática. Aqueles que preferem a intuição
prestam mais atenção a coisas como padrões e impressões. Eles gostam de pensar
em possibilidades, imaginar o futuro e teorias abstratas. Em uma visão geral, os sen-
soriais são pragmáticos e preferem ordem e rotina, focando nos detalhes, enquanto
os intuitivos confiam em processos inconscientes, são mais criativos e têm uma visão
ampliada das situações.
• Julgadores (J) versus Perceptivos (P): envolve a maneira como as pessoas ten-
dem a lidar com o mundo exterior. Aqueles que se inclinam para julgar preferem es-
trutura e decisões firmes, e os que tendem a perceber são mais abertos, flexíveis e
adaptáveis. O julgar versus perceber ajuda na tomada de decisão quando o indivíduo
recebe novas informações (sentindo e intuindo) ou quando estiver tomando decisões
(pensando e sentindo). Os tipos julgadores gostam de ter controle e querem ter seu
mundo estruturado e organizado. Os perceptivos são flexíveis e espontâneos e ten-
dem a se sentirem ansiosos e inseguros ao tomarem decisões.
1) Mediador: são idealistas imaginativos, guiados por seus próprios valores e cren-
ças centrais. Para um mediador, a realidade do momento é apenas uma preocupa-
ção passageira, pois ele sempre busca potencial para um futuro melhor baseado na
verdade e em seu próprio talento.
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2) Arquiteto: são solucionadores de problemas analíticos, ansiosos por melhorar
sistemas e processos com suas ideias inovadoras. Essas pessoas possuem talento
para ver possibilidades de melhoria, seja no trabalho, em casa ou em si mesmos. 2
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14) Artista: são animados, encantando e envolvendo os que os rodeiam. São es-
pontâneos, enérgicos e divertidos e gostam das coisas ao seu redor, como: comida,
2 roupas, natureza, animais e especialmente as pessoas.
16) Dínamo: buscam as emoções e são enérgicos para resolver problemas. São
pessoas que trazem um senso de energia dinâmica para suas interações com os
outros e com o mundo ao seu redor.
Figura 01.
O modelo MBTI aplicado nas organizações possui grande aceitação, como
é o caso da Apple, da GE e da 3M, que o utilizam como parte do desenvol-
vimento de carreira. Entretanto, existem críticas sobre sua validade como
instrumento confiável de avaliação de personalidade, pois, na aplicação
do teste, as pessoas são forçadas a se classificarem como uma coisa ou
outra, assumindo posições extremistas (extrovertidas ou introvertidas). Ou
seja, não há uma posição intermediária entre os extremos.
3.3 TEORIA U
A Teoria U tem como premissa conectar o indivíduo ao mundo que emerge de dentro,
formando um novo mundo. Para isso, é realizado o descarte de tudo o que não é es-
sencial, conhecido como “processo deixe ir”, e “deixar vir”, considerado como a maior
possibilidade futura.
Essa teoria estabelece uma conexão sutil com uma fonte mais profunda de conheci-
mento, sendo a essência dessa teoria a presença dos dois “eus”. Assim, a jornada do U
desenvolve sete capacidades essenciais de liderança, que são:
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I. Suspender: é a capacidade fundamental de ouvir a si mesmo e a outras pessoas;
4. ENEAGRAMA DE PERSONALIDADE
O Eneagrama é um sistema de nove tipos de personalidade que combinam a sabedoria
em relação ao entendimento do “eu” sobre crescimento pessoal e espiritual, relações
interpessoais em âmbito familiar e profissional, desenvolvimento de liderança, formação
de equipes e habilidades de comunicação para os negócios.
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2 DESENVOLVIMENTO
DE RELAÇÕES
DE
DA
ES
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SÊ
NA
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O
IA
RS
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OUTRAS
EU
PESSOAS
CONFLITO
Observe na Figura 1 que o Eneagrama é desenvolvido como uma ferramenta que reúne
em um sistema unificado as relações psicológicas. No campo do “eu” trata da aceita-
ção, que consiste na compreensão e aceitação dos pontos fortes e fracos; confiança,
que determina o quanto o indivíduo está apto para situações positivas e negativas que
possam ocorrer; tomada de decisões, que se refere ao quanto o indivíduo conhece suas
emoções e quão apto está para acessá-las de forma consciente, objetivando a melhor
escolha; autocontrole emocional, que trata de como o indivíduo consegue evitar esgo-
tamentos emocionais; controle do estresse, que ocorre quando o indivíduo analisa suas
emoções para manter o equilíbrio emocional.
O campo “outras pessoas” refere-se a quanto o indivíduo conhece sobre outras pesso-
as e como lida com tais aspectos, como:
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Já o campo “desenvolvimento de relações” trata de quanto o indivíduo se conhece e
possui conhecimento de outras pessoas, de forma a criar e desenvolver relações de:
2
a) Liderança: o indivíduo inspira outras pessoas (aprofundaremos esse tópico
na Unidade 4);
Figura 01.
Você sabe quais são os três tipos de empatia e como expressá-los? A em-
patia é uma habilidade que deve ser aprendida, que traz mais facilidade e
entendimento à sua vida e relacionamentos!
Quando um aluno diz que está impressionado ou que seu parceiro está
trabalhando em casa e está estressado, você responde com empatia?
Como é sua reação?
Como você reagiria se seu parceiro expressasse medo, tristeza e raiva, di-
zendo que perdeu o emprego? E logo após você dizer que precisa econo-
mizar para aumentar a sua casa. O ideal seria responder com ponderação
e empatia, mas muitas pessoas não possuem essa característica.
O problema é que nem toda empatia parece e sente a mesma coisa. Assim
como nem toda tristeza, felicidade ou medo são os mesmos.
Empatia é essencial à inteligência emocional (EQ), sendo compassiva e
conectando-se com as pessoas que você ama e com quem trabalha. Pen-
se na felicidade de um fim de semana de folga do trabalho versus a alegria
de um casamento ou o prazer retorcido em forma de desgraça alheia.
A empatia também tem facetas diferentes. De fato, empatia também vem
de uma palavra alemã, Einfühlung, que significa "sentir-se dentro". E as-
sim como existem muitas maneiras de sentir, existem várias maneiras de
sentir empatia.
Então, vamos começar com o básico: "O que é empatia?"
É a capacidade de sentir as emoções de outras pessoas, juntamente com a
capacidade de imaginar o que outra pessoa pode estar pensando ou sentindo.
De uma perspectiva humana e de vulnerabilidade, e de acordo com Bre-
né Brown (professora de pesquisa na Universidade de Houston Graduate
College of Work, autora de dois dos livros mais vendidos do New York
Times), a empatia é a comunicação da incrível mensagem de cura “você
não está sozinho”.
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Assim, verifica-se que o Eneagrama não trata apenas dos problemas que os in-
divíduos enfrentam, mas também descreve os pontos fortes e potenciais de cada
tipo de personalidade.
Sua utilização tem sido destinada para o desenvolvimento das "habilidades pessoais"
apoiado na autoconsciência, no desenvolvimento da tomada de decisões e no aprendi-
zado contínuo, que é vital para o sucesso pessoal e profissional, sendo inclusive fator
de sucesso organizacional.
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3
6
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Embora cada indivíduo tenha todos esses três centros, cada um dos nove tipos de
personalidade (que veremos a seguir) possui uma força particular, conforme a Figura 2.
2
O Eneagrama de personalidade é composto pela estrutura de caráter interno, bem
como pela forma de lidar com o mundo, sendo considerado como centro principal ou
principal. Compreender o centro primário é uma chave importante para desenvolver o
potencial pessoal e profissional e superar os pontos cegos do indivíduo.
O objetivo dessa classificação dos tipos é fornecer informações não apenas sobre a
personalidade do indivíduo, mas também fornecer informações valiosas sobre como se
relacionar melhor com outras pessoas.
O Eneagrama é formado por nove pilares que compõem a personalidade humana, ten-
do como objetivo principal conhecer as características e analisar os comportamentos
para encontrar transtornos ou dificuldades que possam ser aprimoradas ou minimiza-
das, sendo que cada um dos nove tipos possui um padrão adaptativo distinto, baseado
e apoiado em uma crença central específica, mas nenhum tipo é considerado mais ou
menos saudável do que qualquer outro tipo. São eles:
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críticos, com outras pessoas e consigo mesmos. Para esses indivíduos o grande
desafio para crescimento é aceitar suas imperfeições e tolerar os pontos de vista de
2 outras pessoas, além de evitar ressentimentos e se tornarem adaptáveis. Quando
conhecem o seu “eu”, esses indivíduos tendem a desenvolver defesas psicológicas,
evitando a raiva e sentimentos impulsivos.
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VII. Epicuro/sonhador: os indivíduos que possuem essa personalidade têm atitude
otimista e positiva em suas atividades. São bons comunicadores, aventureiros, di-
vertidos, amorosos e de pensamento rápido. O desafio deles é lidar com a dispersão 2
e com o não comprometimento. Como defesa psicológica, utilizam a racionalização
para evitar o sofrimento.
O teste também se tornou popular nas mídias sociais, pois as pessoas compartilham
mais sobre seus resultados e exploram seus pontos fortes e fracos.
Também é importante lembrar que o Eneagrama não sugere que qualquer tipo seja
melhor ou mais desejável que outro. Se as características associadas a cada tipo são
vistas como uma ajuda ou um obstáculo, depende do indivíduo e de sua cultura.
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Dessa forma, as pessoas se diferem entre si não só em aspectos físicos, como também
emocionais, psicológicos, intelectuais, sendo que tais diferenças são visíveis no am-
biente de trabalho e afetam o desempenho e o modo como as pessoas se relacionam.
Outro fator de extrema importância que afeta o comportamento das pessoas no ambien-
te de trabalho são os estímulos ambientais. Referem-se ao espaço físico, às condições
de trabalho, ao tipo de liderança exercida e/ou recebida, aos critérios de avaliação do
trabalho, aos valores e cultura organizacional, às normas organizacionais, entre outros
que compõem o ambiente em si.
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Lembrando que as características de personalidade contribuem para o sucesso do pro-
fissional em seu cargo. Em muitas situações, o fracasso no desempenho não é atribu-
ído ao grau de inteligência ou à sua competência técnica, mas às suas características 2
de personalidade.
Por que as tentativas de lidar com os desafios do tempo são fracassadas? Por que
existem tantos padrões destrutivos hoje? A causa do fracasso coletivo é a de que os
indivíduos são cegos para a dimensão mais profunda da liderança e da mudança trans-
formacional. Esse “ponto cego” existe não apenas em nossa liderança coletiva, mas
também em nossas interações sociais cotidianas.
As pessoas se tornam cegas para a dimensão fonte, da qual a liderança e a ação social
efetivas surgem. As organizações e os gestores, ao reconhecerem os perfis de perso-
nalidade de seus funcionários, poderão evitar conflitos decorrentes e na formação de
equipes de trabalho, de forma que os resultados sejam obtidos.
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