Introdução: Vida e Obra de Escritores Moçambicanos
Introdução: Vida e Obra de Escritores Moçambicanos
Introdução: Vida e Obra de Escritores Moçambicanos
INTRODUÇÃO
PAULINA CHIZIANE
Vida
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Obras
Vida
Poeta, ensaísta e jornalista. Nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), filho de pai
branco (algarvio) e de mãe negra (ronga). Sendo o pai um modesto funcionário e, ao
tempo da opção, já reformado, José Craveirinha teve de ser sacrificado, ficando pela
instrução primária, para que seu irmão mais velho fizesse o liceu. Mas Craveirinha, que
então já lia muito, influenciado por seu pai, grande apaixonado de Zola, Victor Hugo e
Junqueiro, passa a fazer em casa o curso que o irmão fazia no liceu, acompanhando as
lições que este ia tendo. Assim, os seus professores foram-no sem o saber ou sabendo-o
só mais tarde. Iniciou a sua actividade jornalística no Brado Africano, mas veio a
colaborar depois no Notícias, onde foi também revisor, na Tribuna, no Notícias da
Beira, na Voz de Moçambique e no Cooperador de Moçambique. Neste último publicou
uma série de artigos ensaísticos sobre folclore moçambicano que constituem uma
importante contribuição para o tema. Mas foi na poesia que Craveirinha se revelou
como um destacado caso nas letras de língua portuguesa, afirmando-se “a
incomensurável distância – o maior poeta africano de expressão portuguesa” (Rui
Knopfli). Estrear-se-ia como poeta, também no Brado Africano de Lourenço Marques,
em 1955, seguindo-se a publicação de poemas seus no Itinerário da mesma cidade e em
jornais e revistas de Angola, Portugal (nomeadamente em Mensagem, da Casa dos
Estudantes do Império) e Brasil, principalmente. Figura em todas as antologias de
poesia africana de língua portuguesa que desde então se publicaram e também em
muitas antologias de poesia africana de todas as línguas.
Obras
Chigubo. Lisboa: Casa dos Estudantes do Império, 1964 (com treze poemas); a 2ª
Edição foi rebaptizada Xigubo, com vinte e um poemas (Maputo: INLD, 1980).
Cantico a un dio di catrane. Milano: Lerici, 1966. Edição bilingue com tradução e
prefácio de Joyce Lussu.
Cela 1. Maputo: INLD, 1980 (Poemas da prisão, ao jeito dos que escreveram os
angolanos António Jacinto e António Cardoso).
Maria. Lisboa: ALAC (África, Literatura, Arte e Cultura), 1988 (Poemas dedicados à
falecida mulher, selecção de entre muitas e muitas dezenas, conforme informação do
autor.)
MIA COUTO
Vida
Mia Couto nasceu e foi escolarizado na Beira, cidade capital da província de Sofala,
em Moçambique – África. Adotou o seu pseudónimo porque tinha uma paixão por gatos
e porque o seu irmão não sabia pronunciar o nome dele. Com catorze anos de idade,
teve alguns poemas publicados no jornal “Notícias da Beira” e três anos depois, em
1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço Marques(agora Maputo). Iniciou os
estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área no princípio do terceiro
ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974.
Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações em Setembro de 1975, por
colonos que se opunham à independência. Foi nomeado director da Agência de
Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as
províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de libertação. A seguir trabalhou
como director da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notíciasaté
1985. Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que, segundo
algumas interpretações, inclui poemas contra a propaganda marxista militante. Dois
anos depois, demitiu-se da posição de director para continuar os estudos universitários
na área de biologia.
Obras
Mia Couto tem uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos,
romance e crónicas.
Poesias
Raiz de Orvalho
Idades Cidades Divindades
Tradutor de Chuvas
Contos
Vozes Anoitecidas.
Caminho, em 1987;
Cada Homem é uma Raça
Estórias Abensonhadas
Contos do Nascer da Terra
Na Berma de Nenhuma Estrada
O Fio das Missangas
Crónicas
Cronicando
O País do Queixa Andar (2003)
Pensatempos. Textos de Opinião
E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções.
Romances
Terra Sonâmbula
A Varanda do Frangipani
Mar Me Quer
Vinte e Zinco
O Último Voo do Flamingo
O Gato e o Escuro
Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra
A Chuva Pasmada
O Outro Pé da Sereia
O beijo da palavrinha
Venenos de Deus, Remédios do Diabo(2008)
Jesusalém [no Brasil, o livro tem como título Antes de nascer o mundo] (2009)
A Confissão da Leoa (2012)
UNGULANI BA KA KHOSA
Vida
Em 1982 trabalha para o Ministério da Educação durante um ano e meio. Seis meses
depois de ter saído do Ministério da Educação é convidado para trabalhar na Associação
dos Escritores Moçambicanos (AEMO), da qual é membro.
Iniciou a sua carreira como escritor com a publicação de vários contos e participou na
fundação da revista Charrua da AEMO.
Obras
Ualalapi, 1987 ;
Orgia dos Loucos, 19902 ;
Histórias de Amor e Espanto, 1999;
No Reino dos Abutres, 2002;
Os sobreviventes da noite, 2007;
Choriro, 2009;
Entre as Memórias Silenciadas, 2013.
CONCLUSÃO
Escritor que não lê é como instrutor de academia que não faz exercício: não inspira
credibilidade no que faz.
Tendo concluso o trabalho que nos foi atribuído na disciplina de Português com um
tema muito interessado, chegamos a conclusão de que José Craveirinha é o Escritor
Cheio de Meritos por suas obras e ele tem quase todo tipo de obra, falando de Crónicas,
Poesias, Romances e demasiados.
BIBLIOGRAFIA