Introdução: Vida e Obra de Escritores Moçambicanos

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Vida e Obra de Escritores Moçambicanos

INTRODUÇÃO

A Literatura é a arte de compor e expor escritos artísticos, em prosa ou em verso, de


acordo com princípios teóricos e práticos, o exercício dessa arte ou da eloquência
e poesia, é do nosso agrado falar dos escritores moçambicanos, a nossa gratidão vai a
nossa professora que nos ofertou um tema que em comum tínhamos sede de saber mais
desses escritores, o presente trabalho abordará especificamente dos escritores
Moçambicanos, tendo em conta que iremos falar dos Escritores mais importantes e
predominantes no nosso país.

PAULINA CHIZIANE

Vida

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Paulina Chiziane (Manjacaze, Gaza, 4 de Junho 1955) é uma escritoramoçambicana.


Paulina Chiziane cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo, anteriormente
chamada Lourenço Marques. Nasceu numa família protestante onde se falavam as
línguas Chope e Ronga. Aprendeu a língua portuguesa na escola de uma missão
católica. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane sem,
porém, ter concluído o curso.

Participou activamente à cena política de Moçambique como membro


da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), na qual militou durante a juventude.
A escritora declarou, numa entrevista, ter apreendido a arte da militância na Frelimo.
Deixou, todavia, de se envolver na política para se dedicar à escrita e publicação das
suas obras. Entre as razões da sua escolha estava a desilusão com as directivas políticas
do partido Frelimo pós-independência.
Iniciou a sua actividade literária em 1984, com contos publicados
na imprensa moçambicana. Com o seu primeiro livro, Balada de Amor ao Vento,
editado em 1990, tornou-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance.

Obras

 Balada de Amor ao Vento:


 Ventos do Apocalipse:
 O Sétimo Juramento. Lisboa: Caminho, 2000.
 Niketche: Uma História de Poligamia:
 O Alegre Canto da Perdiz. Lisboa: Caminho, 2008.
 Na mão de Deus,2013.
 Por Quem Vibram os Tambores do Além, 2013

JOSÉ JOÃO CRAVEIRINHA

Vida

Lourenço Marques (actual Maputo), 1922 – 2003

Poeta, ensaísta e jornalista. Nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), filho de pai
branco (algarvio) e de mãe negra (ronga). Sendo o pai um modesto funcionário e, ao
tempo da opção, já reformado, José Craveirinha teve de ser sacrificado, ficando pela
instrução primária, para que seu irmão mais velho fizesse o liceu. Mas Craveirinha, que
então já lia muito, influenciado por seu pai, grande apaixonado de Zola, Victor Hugo e
Junqueiro, passa a fazer em casa o curso que o irmão fazia no liceu, acompanhando as
lições que este ia tendo. Assim, os seus professores foram-no sem o saber ou sabendo-o
só mais tarde. Iniciou a sua actividade jornalística no Brado Africano, mas veio a
colaborar depois no Notícias, onde foi também revisor, na Tribuna, no Notícias da
Beira, na Voz de Moçambique e no Cooperador de Moçambique. Neste último publicou
uma série de artigos ensaísticos sobre folclore moçambicano que constituem uma
importante contribuição para o tema. Mas foi na poesia que Craveirinha se revelou
como um destacado caso nas letras de língua portuguesa, afirmando-se “a
incomensurável distância – o maior poeta africano de expressão portuguesa” (Rui
Knopfli). Estrear-se-ia como poeta, também no Brado Africano de Lourenço Marques,
em 1955, seguindo-se a publicação de poemas seus no Itinerário da mesma cidade e em
jornais e revistas de Angola, Portugal (nomeadamente em Mensagem, da Casa dos
Estudantes do Império) e Brasil, principalmente. Figura em todas as antologias de
poesia africana de língua portuguesa que desde então se publicaram e também em
muitas antologias de poesia africana de todas as línguas.

Obras

Chigubo. Lisboa: Casa dos Estudantes do Império, 1964 (com treze poemas); a 2ª
Edição foi rebaptizada Xigubo, com vinte e um poemas (Maputo: INLD, 1980).

Cantico a un dio di catrane. Milano: Lerici, 1966. Edição bilingue com tradução e
prefácio de Joyce Lussu.

Karingana ua karingana. Lourenço Marques: Académica, 1974. 2ª Edição, Maputo:


INLD, 1982. 3ª Edição, Maputo: AEMO, 1996.

Cela 1. Maputo: INLD, 1980 (Poemas da prisão, ao jeito dos que escreveram os
angolanos António Jacinto e António Cardoso).

Izbrannoe. Moskva: Molodaya Gvardiya, 1984.

Maria. Lisboa: ALAC (África, Literatura, Arte e Cultura), 1988 (Poemas dedicados à
falecida mulher, selecção de entre muitas e muitas dezenas, conforme informação do
autor.)

Babalaze das hienas. Maputo: AEMO, 1996.

Hamina e outros contos. Maputo: Ndjira, 1997.


Maria. Vol.2. Maputo: Ndjira, 1998.

Poemas da Prisão, Lisboa, Texto Editora, 2004.

Poemas Eróticos. Moçambique Editora/Texto Editores, 2004 (edição póstuma, sob


responsabilidade de Fátima Mendonça)

MIA COUTO

Vida

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julhode 1955), é


um biólogo e escritormoçambicano

Mia Couto nasceu e foi escolarizado na Beira, cidade capital da província de Sofala,
em Moçambique – África. Adotou o seu pseudónimo porque tinha uma paixão por gatos
e porque o seu irmão não sabia pronunciar o nome dele. Com catorze anos de idade,
teve alguns poemas publicados no jornal “Notícias da Beira” e três anos depois, em
1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço Marques(agora Maputo). Iniciou os
estudos universitários em medicina, mas abandonou esta área no princípio do terceiro
ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974.
Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações em Setembro de 1975, por
colonos que se opunham à independência. Foi nomeado director da Agência de
Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as
províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de libertação. A seguir trabalhou
como director da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notíciasaté
1985. Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que, segundo
algumas interpretações, inclui poemas contra a propaganda marxista militante. Dois
anos depois, demitiu-se da posição de director para continuar os estudos universitários
na área de biologia.
Obras

Mia Couto tem uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos,
romance e crónicas.

Poesias

 Raiz de Orvalho
 Idades Cidades Divindades
 Tradutor de Chuvas

Contos

 Vozes Anoitecidas.
 Caminho, em 1987;
 Cada Homem é uma Raça
 Estórias Abensonhadas
 Contos do Nascer da Terra
 Na Berma de Nenhuma Estrada
 O Fio das Missangas

Crónicas

 Cronicando
 O País do Queixa Andar (2003)
 Pensatempos. Textos de Opinião
 E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções.

Romances

 Terra Sonâmbula
 A Varanda do Frangipani
 Mar Me Quer
 Vinte e Zinco
 O Último Voo do Flamingo
 O Gato e o Escuro
 Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra
 A Chuva Pasmada
 O Outro Pé da Sereia
 O beijo da palavrinha
 Venenos de Deus, Remédios do Diabo(2008)
 Jesusalém [no Brasil, o livro tem como título Antes de nascer o mundo] (2009)
 A Confissão da Leoa (2012)

UNGULANI BA KA KHOSA

Vida

Ungulani Ba Ka Khosa (pseudónimo de Francisco Esaú Cossa), (Inhaminga, 1 de


Agosto de 1957) é um escritor e professor de Moçambique.

Khosa fez o ensino primário na provincia de Sofala e o ensino secundário, parte


em Lourenço Marques e parte na Zambézia. Em Maputo tira o bacharelato em História
e Geografia na Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane e exerceu a
função de professor do ensino secundário.

Em 1982 trabalha para o Ministério da Educação durante um ano e meio. Seis meses
depois de ter saído do Ministério da Educação é convidado para trabalhar na Associação
dos Escritores Moçambicanos (AEMO), da qual é membro.

Iniciou a sua carreira como escritor com a publicação de vários contos e participou na
fundação da revista Charrua da AEMO.

Foi a realidade vivida em Niassa e Cabo Delgado, onde existiam as zonas de campos de


reeducação que eram mal organizadas, que o fez inclinar mais para a literatura e, por
isso, sentiu a necessidade de escrever para falar e expor essa realidade para as pessoas.

Obras
 Ualalapi, 1987  ;
 Orgia dos Loucos, 19902 ;
 Histórias de Amor e Espanto, 1999;
 No Reino dos Abutres, 2002;
 Os sobreviventes da noite, 2007;
 Choriro, 2009;
 Entre as Memórias Silenciadas, 2013.

CONCLUSÃO

Escritor que não lê é como instrutor de academia que não faz exercício: não inspira
credibilidade no que faz.

Tendo concluso o trabalho que nos foi atribuído na disciplina de Português com um
tema muito interessado, chegamos a conclusão de que José Craveirinha é o Escritor
Cheio de Meritos por suas obras e ele tem quase todo tipo de obra, falando de Crónicas,
Poesias, Romances e demasiados.

É possível dizer que um escritor é alguém capaz de se deslumbrar. Alguém capaz de


conseguir encontrar um fio condutor e daí compor um significado. Um escritor é aquele
para quem uma conversa nunca tem um conteúdo singelo.

 
BIBLIOGRAFIA

 ABOOBAKAR, Chakil (2010) Uma Vida Qualquer. 2ª ed. Maputo: Associação dos


Escritores Moçambicanos.
 ABREU, António Pinto de (2000) Murmúrio da Acácia. Maputo: Ndjira.

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