Cultura Mesopotâmica
Cultura Mesopotâmica
Cultura Mesopotâmica
Escrita
A escrita denominada cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos
sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos
templos. Começou com uma escrita Pictográfica e então uma escrita
ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma ideia. Os sumérios
- e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso
extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas
começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma
relação com o objeto representado. As convenções eram conhecidas por eles,
os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala
humana, isto é, cada sinal representava um som.
Literatura
Da literatura mesopotâmica sobraram diversos textos e fragmentos, muitos
ainda em vias de decifração e tradução.[59] Uma característica comum à
maioria dos textos é sua origem estatal, especialmente no caso da religião e
dos negócios. Há ainda crônicas sobre os feitos dos governantes e dos deuses,
hinos, fábulas, versos, além de anotações de comerciantes. Tudo isso encontra-
se registrado em tábuas de argila, em escrita cuneiforme, assim denominada
porque seus caracteres têm forma de cunha. Destacam-se o Mito da Criação e
a Epopeia de Gilgamés — aventura de amor e coragem desse herói deus, cujo
objetivo era obter a imortalidade.
Leis
O Código de Hamurabi. Ele apresenta uma diversidade de procedimentos
jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes. Contém
282 leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica,
passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, família,
adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são:
pena ou lei de talião, isto é, “olho por olho, dente por dente” .
*Imagem de Hamurabi
Arquitectura
Foi a mais desenvolvida das artes, caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo
luxo. Construíram templos e palácios que eram considerados cópias dos
existentes nos céus, de tijolos. O zigurate, torre piramidal, de base retangular,
composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada
um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados
sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos.
Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um
santuário, como um local de observações astronômicas.
*Imagem do zigurate
Naturalmente os sacerdotes gozavam de uma reputação especial na sociedade
suméria. Além disso, os zigurates serviam de depósito de cereais, moradia de
governantes, biblioteca e servia para a observação do céu e das estrelas e dos
níveis das enchentes dos rios (Tigre e Eufrates).
Pinturas e esculturas
Na pintura os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas,
batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. Eram pinturas simples, com
poucas cores, com frontalidade e serviam de adorno das construções. Um dos
raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrado no Palácio de Mari,
descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem
extremamente vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é
possível perceber o seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica
talvez superior à que lhes era permitido demonstrar.
Estatuetas de cobre, colares e braceletes, assim como utensílios trabalhados
em ouro e prata com incrustações de pedras eram muito comuns, e com estilos
variados dada a diversidade de povos que ocuparam a região.
*Imagens