DPM

CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO
Técnico de Desenho de Mobiliário
PROGRAMA
Componente de Formação Técnica
Disciplina de
Design e Projecto
de
Mobiliário
Escolas Proponentes / Autores
Escola Profissional de Ourém Demétrio Alves

Escola Profissional Vértice Carlos Mendes
Direcção-Geral de Formação Vocacional

2006 / 2007
Programa de Design e Projecto de Mobiliário Cursos Profissionais
TÉCNICO DE DESENHO DE MOBILIÁRIO
Parte I
Orgânica Geral
Índice:
Página
1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2
2. Visão Geral do Programa …………. …...... 3
3. Competências a Desenvolver. ………. …. 4
4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 4
5. Elenco Modular …….....………………........ 6
6. Bibliografia …………………. …………. …. 7
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1. Caracterização da Disciplina
A disciplina de Design e Projecto de Mobiliário, incluída na componente de formação técnica do
curso profissional de Técnico de Desenho de Mobiliário, é uma disciplina aconselhavelmente trienal
com carácter predominantemente prático. Com esta disciplina pretende-se que o aluno se familiarize
com os processos, instrumentos e mecanismos próprios da prática projectual, bem como com os
casos paradigmáticos do Design, de forma a permitir a estruturação de saberes e competências
nestes domínios.
Sabemos que designer é uma profissão que não pode ser aprendida teoricamente, só a prática pode
formar profissionais competentes. Contudo esta prática tem que incorporar a teoria, sendo orientada
por esta.
Pretende-se, assim, desenvolver a capacidade de criar e criticar os objectos que nos rodeiam, de
modo criativo, mas tecnicamente correcto, ou seja, com o “olhar educado”, compreendendo as
condicionantes humanas e materiais presentes, em qualquer desafio, de forma a encontrar o
caminho mais interessante e inovador dentro dos parâmetros definidos.
No contexto do Desenho de Mobiliário, pretende-se preparar o aluno para o desempenho de funções

técnicas no sector da planificação e produção industrial, assim como, para o acompanhamento de
projectos de Design e da sua implementação.
O programa prevê a introdução de conteúdos teóricos, que contextualizam a aprendizagem nas

especificidades técnicas das áreas propostas, que sensibilizem o aluno para o domínio do trabalho e
da qualidade, bem como para as questões ecológicas e ambientais. Deste modo, propõe-se o
desenvolvimento de uma aprendizagem evolutiva, assente em práticas e referentes teóricas, que
garantam, desde o início, uma progressão intrínseca à estrutura do conhecimento, para realidades
cada vez mais complexas.
A disciplina de Design e Projecto de Mobiliário tem por finalidade confrontar os estudantes com a
prática corrente de planeamento e com o modo consciente do desenho, de mobiliário ou de outros
elementos.
Além disso, sempre que possível, esta disciplina deve ser preferencialmente articulada com as
outras disciplinas da componente técnica, tais como o Desenho e Materiais e Tecnologias,
valorizando a complementaridade das valências formativas de cada uma delas.
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2. Visão Geral do Programa

Este programa destina-se aos cursos profissionais de nível secundário e está estruturado em vinte e
três módulos, num total de 650 horas de duração.
A disciplina de Design e Projecto de Mobiliário é uma disciplina teórico-prática que assume um

carácter de crescente evolução. Assenta numa lógica projectual, como forma de garantir um nível de
formação que permita a inserção dos alunos quer directamente no mercado de trabalho, quer num
possível prosseguimento de estudos superiores.
Assim, o programa tem como primeiro objectivo a formação cultural na área do design, que contribua
para a justificação das opções projectuais. Deverá integrar uma correcta consciência do mundo, com
a obrigatória preocupação de desenvolvimento ecológico, uma noção de responsabilidade social,
numa perspectiva geral de formação para uma cidadania plena e activa.
Outra vertente é desenvolver as aprendizagens que possibilitem materializar e planear o desenho

técnico com grande rigor, de toda a peça passível de ser produzida, utilizando todas as normas da
representação rigorosa.
Consequentemente, é fundamental o domínio das ferramentas incidentes no Desenho Assistido por

Computadores (CAD) em representações bi e tridimensionais, na criação de representações
realistas de projectos desenvolvidos anteriormente, incluindo a sua animação.
A abordagem da actividade projectual, das suas práticas e metodologias fundamentais, com especial
ênfase no desenho como ferramenta primária, é essencial. Consideramos que o domínio do
desenho, como ferramenta de projecto e como linguagem privilegiada, se assume como plataforma
de comunicação e implementação didáctico-pedagógica.
Pretende-se também impor ritmo de trabalho e capacidade de resposta face a um mercado cada vez
mais competitivo. Daí a insistência no trabalho projectual, com princípio, meio e fim, tendo em conta
os tempos, prazos, e as consequências dos incumprimentos.
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3. Competências a Desenvolver
No âmbito deste programa o aluno deverá desenvolver as seguintes competências, ou seja, ser
capaz de:
Acompanhar a execução e a produção de projectos com consciência crítica e interventiva, nos

domínios técnico e cultural.
Abordar os desafios/ problemas com sensibilidade cultural e estética.
Adoptar, de forma cuidadosamente selectiva, os materiais e tecnologias, adequando-os aos
diversos instrumentos e processos metodológicos e aos diversos contextos.
Recorrer a informações de diversas áreas do conhecimento recebido, integrando-as eficazmente,
na resolução de problemas.
Movimentar-se no universo dos processos de produção, do mobiliário e estruturas em madeira.
Dominar orientações ecológicas que se impõem na actualidade.
Cooperar em tarefas/projectos comuns.
Dominar as Tecnologias de Informação e Comunicação.
Usar os métodos técnicos utilizados na construção e experimentação de modelos de simulação e
verificação, relacionados com a estrutura e construção de objectos de forma a consolidar opções
projectuais.
Respeitar as exigências dos critérios de qualidade inerentes ao sector.
Conhecer domínios como a ergonomia e antropometria, aplicadas ao sistema Homem/
Ambiente/Artefactos.
Desenvolver autonomamente os conhecimentos adquiridos, através de pesquisa, recolha de
informação e representação técnica e simulação.
Desenvolver o sentido de autocrítica.
Desenvolver um pensamento fluente e liberto de ideias predefinidas.
4. Orientações Metodológicas / Avaliação

Este programa assenta numa sequência da aprendizagem em que os conhecimentos teóricos
precedem os práticos, de forma a aumentar-lhes o rigor. No entanto, em fase de avaliação será
privilegiada, a componente prática, preparando o aluno para a sua integração profissional nos
contextos industriais do mobiliário. Ele estará apto a entender a relação entre os processos de
concepção do desenho de mobiliário ou outras construções, com a sua implementação na produção
industrial. Deste modo, o aluno adquire competências que lhe permitirão integrar o mercado de
trabalho nas áreas da concepção e produção do mobiliário.
Pretende-se valorizar o uso das capacidades adquiridas através da observação e manipulação de

materiais, instrumentos e processos de produção. O contacto com os métodos de fabricação
permitirá ao aluno a compreensão das correlações existentes entre as formas projectadas e os
meios técnicos para as produzir. Deste modo, a aprendizagem congrega a aquisição de
competências e práticas inerentes à produção relacionada com o projecto.
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Sempre que possível, deverão ser realizadas visitas aos locais onde é praticada toda a actividade
relacionada com as futuras saídas profissionais dos alunos.
A componente teórica será de carácter expositivo, com apresentação de exemplos práticos sempre
que possível. Deverá ser facultado aos alunos todo o material didáctico necessário para uma perfeita
aprendizagem. A pesquisa, utilizando também os meios informáticos, ocupa um lugar privilegiado na
aprendizagem.
A componente prática será o complemento das matérias teóricas, permitindo, assim, interiorizar e
experimentar todos os conteúdos fundamentais. A prática simulada permitirá reproduzir ambientes
de gabinetes de projecto, com a finalidade de preparar o aluno para o mercado do trabalho.
A avaliação desta disciplina processa-se de forma contínua considerando os objectivos propostos,

complementando provas de avaliação da aquisição de conhecimentos e competências. Os módulos
práticos poderão ser avaliados com os mesmos critérios tendo em conta trabalhos resultantes das
práticas metodológicas, nomeadamente, as fases de pesquisa, desenvolvimento e conclusão.
Nestas fases, para além dos parâmetros relacionados com as competências a desenvolver, devem
ser também considerados a capacidade de organização e o cumprimento de prazos.
O domínio de comportamental é parte fundamental da avaliação de qualquer domínio de ensino

presencial. Assim, devem ser avaliados aspectos como a motivação, participação, responsabilidade,
assiduidade, pontualidade, iniciativa e autonomia, bem como a cooperação na relação com os
outros, particularmente no âmbito de trabalho em equipa.
As disciplinas da componente técnica, devido à grande incidência de aulas práticas, são momentos
privilegiados para a avaliação de atitudes e valores, nomeadamente na relação com os colegas.
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5. Elenco Modular
Duração de
Número Designação referência
(horas)
1 Teoria do Design 24
2 Expressão Gráfica Rigorosa 24
3 Desenho de Projecções Ortogonais 24
4 Desenho Axonométrico 24
5 Metodologia Projectual 24
6 Projecto I 36
7 Re-Design 18
8 Projecto II 36
9 Desenvolvimento do Projecto 30
10 Projecto III 36
11 Ergonomia e Antropometria 21
12 Desenho Assistido por Computador I 22
13 Desenho Assistido por Computador II 22
14 Mobiliário Modular 18
15 Projecto IV 36
16 Desenho Assistido por Computador III 24
17 Projecto V 36
18 Ecodesign e Design Sustentável 18
19 Desenho Assistido por Computador IV 36
20 Projecto VI 36
21 Desenho Assistido por Computador V 24
22 Projecto VII 36
23 Projecto Final 45
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6. Bibliografia
ARGAN, G. C. (1990), Walter Gropius e a Bauhaus. 2.ª ed. Lisboa: Presença.
BARATA, J ; SANTOS, J. (2005), 3ds Max 9. Colecção Curso Completo. Lisboa: FCA Editora de
Informática.
BONSIEPE, G. (1992), Teoria e Prática do Design Industrial: Elementos para um manual crítico.
Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 2. Lisboa: Centro Português de Design.
CALÇADA, A., et al. (1993), Design em Aberto: Uma Antologia. Colecção Design, Tecnologia e
Gestão, N.º 4. Lisboa: Centro Português de Design.
CHIESA, C. (1979), Perspectiva: Elementos racionais para uso prático. São Paulo: Hemus.
CONSALEZ, L. (2000), Maquetas: La representación del espacio en el proyecto arquitectónico.
México: Gustavo Gili.
COSTA, D. (1998), Design e Mal-estar. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 7. Lisboa: Centro
Português de Design.
CUNHA, L. V. (1999), Desenho Técnico. 11.ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
DORFLES, G. (1991), O Design Industrial e a sua Estética. Lisboa: Presença.
DORMER, P. (1995), Os Significados do Design Moderno: A caminho do século XXI. Colecção
Design, Tecnologia e Gestão, N.º 5. Lisboa: Centro Português de Design.
ENGEL, H. (1981), Sistemas de Estruturas. São Paulo: Hemus.
FERREIRA, F. T. (2005), Fundamental do Photoshop CS. Colecção Fundamental. Lisboa: FCA
Editores de Informática.
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. (2005), Manual de Ergonomia: Adaptando o Trabalho ao
Homem. 5.ª ed. Porto Alegre: Bookman.
GUIDOT, R. (2004), Histoire du Design de 1940 à nos Jours. Paris: Hazam.
HALL, E. T. (1986), A Dimensão Oculta. Colecção Antropos. Lisboa: Relógio d’ Água.
LACOMBLEZ, M.; SILVA, A.; FREITAS, I. (1996), Ergonomia e Antropometria. Colecção
Universidade Aberta, N.º 105. Lisboa: Universidade Aberta.
LÉLIS, C. (2005), Macromedia: Freehand MX. Colecção Curso Completo. Lisboa: FCA Editores de
Informática.
LEROI-GOURHAN, A. (1984), Evolução e Técnicas – I: O Homem e a matéria. Lisboa: Edições 70.
LEROI-GOURHAN, A. (1984), Evolução e Técnicas – II: O Meio e as técnicas. Lisboa: Edições 70.
LORENZO, C. (1991), A Dimensão do Design. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 1. Lisboa:
Centro Português de Design.
MANA, J. (1979), O Desenho Industrial. Barcelona: Salvat do Brasil.
MANZINI, E. (1993), A Matéria da Invenção. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 3. Lisboa:
MASSIRONI, M. (1996), Ver pelo Desenho: Aspectos técnicos, cognitivos, comunicativos. Lisboa:
Edições 70.
MONTMOLLIN, M. (1990), A Ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget.
MUNARI, B. (1987). A Arte como Ofício. Colecção Dimensões, N.º 1. 3.ª ed. Lisboa: Presença.
MUNARI, B. (1984). Artista e Designer. 2.ª ed. Lisboa: Presença.
NEUFERT, E. (2006), Arte de Proyectar en Arquitectura: Fundamentos, normas y prescripciones
sobre construcción, dimensiones, distribución y programas. 15.ª ed. Barcelona: Gustavo Gili.
7
NORMAN, D. (2006), La Psicología de los Objetos Cotidianos. 3.ª ed. Madrid: Nerea.
POWELL, D. (1993), Técnicas de Presentación: Guía de dibujo y presentación de proyectos y
diseños. Madrid: Ed. Hermann Blume.
PREDABON, E.; BOCCHESE, C. (2004), SolidWorks 2004: Projecto e desenvolvimento. Lisboa:
Érica.
ROCHA, C. S. (2000), Plasticidade do Papel e Design. Lisboa: Plátano.
ROCHA, C. S. (1997), Teoria do design: 10.º ano de escolaridade. 8.ª ed. Lisboa: Plátano.
RODRIGUES, A. J. (1989), A Bauhaus e o Ensino Artístico. Lisboa: Presença.
SANTOS, J. (2005), Autocad 2005: Guia de consulta rápida. Lisboa: FCA Editores de Informática.
SILVA, A., et al. (2004), Desenho Técnico Moderno. Colecção Engenharias. 4. ed. Lisboa: Lidel.
WONG, W. (1998), Princípios de Forma e Desenho. São Paulo: Martins Fontes.
Revistas:
Cadernos de Design (Centro Português de Design)
Design Report
Domus
ID
Interni
Modo
Ottagono
Page
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Parte II
Módulos
Índice:
Página
Módulo 1 Teoria do Design 10

Módulo 2 Expressão Gráfica Rigorosa 12
Módulo 3 Desenho de Projecções Ortogonais 14
Módulo 4 Desenho Axonométrico 16
Módulo 5 Metodologia Projectual 18
Módulo 6 Projecto I 19
Módulo 7 Re-Design 20
Módulo 8 Projecto II 22
Módulo 9 Desenvolvimento do Projecto 23
Módulo 10 Projecto III 25
Módulo 11 Ergonomia e Antropometria 26
Módulo 12 Desenho Assistido por Computador I 28
Módulo 13 Desenho Assistido por Computador II 30
Módulo 14 Mobiliário Modular 31
Módulo 15 Projecto IV 32
Módulo 16 Desenho Assistido por Computador III 33
Módulo 17 Projecto V 35
Módulo 18 Ecodesign e Design Sustentável 37
Módulo 19 Desenho Assistido por Computador IV 38
Módulo 20 Projecto VI 39
Módulo 21 Desenho Assistido por Computador V 41
Módulo 22 Projecto VII 43
Módulo 23 Projecto Final 44
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MÓDULO 1
Teoria do Design
Duração de Referência: 24 horas
1. Apresentação
Neste módulo inicial pretende-se familiarizar o aluno com a realidade do design, através dos seus
conceitos, tipologias e metodologias, bem como dar a conhecer as relações entre o design e as
outras áreas de projecto.
Pretende-se, também, dar a conhecer os antecedentes do design através de uma perspectiva
histórica das transformações sociais, económicas e culturais, que contribuíram para o seu
aparecimento como disciplina autónoma.
Este módulo vem introduzir noções básicas aos alunos, de modo a permitir uma construção de
critérios de avaliação para a prática do design.
O papel do designer tem que ser entendido como interveniente na promoção da qualidade de vida
do homem.
É pertinente realizar-se um estudo de caso.
2. Objectivos de Aprendizagem
Definir o conceito de design;
Identificar os antecedentes históricos do design;
Identificar os modelos de actividade do design;
Identificar e distinguir as diferentes áreas do design;
Distinguir as realidades artesanais das industriais;
Descrever as diferentes metodologias projectuais;
Estabelecer as relações entre o design, a ergonomia e a antropometria (conceito paradesign);
3. Âmbito dos Conteúdos

1. Introdução ao design a nível histórico e social
2. Desenvolvimento do conceito de design
2.1. Modelo da actividade de Design
2.2. A equipa de design
3. Diferentes áreas do Design
4. Metodologias projectuais
5. Definição de estudo de caso
10
Módulo 1: Teoria do Design
4. Bibliografia / Outros Recursos
COSTA, D. (1998), Design e Mal-estar. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 7. Lisboa:
GUIDOT, R. (2004), Histoire du Design de 1940 à nos Jours. Paris: Hazam.
LORENZO, C. (1991), A Dimensão do Design. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 1.
Lisboa: Centro Português de Design.
MANZINI, E. (1993), A Matéria da Invenção. Colecção Design, Tecnologia e Gestão, N.º 3. Lisboa:
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MÓDULO 2
Expressão Gráfica Rigorosa
1. Apresentação
Neste módulo pretende-se que os alunos adquiram noções básicas sobre os suportes e materiais
a utilizar em desenho técnico e façam uma abordagem objectiva às normalizações do desenho
técnico. Sendo o desenho técnico uma ferramenta crucial no desenvolvimento de qualquer peça, é
necessário o total domínio das bases do desenho. Essa necessidade de representar ou manipular
formas geométricas será constante e não poderá de forma alguma limitar a criatividade aplicada no
projecto.
Manusear correctamente as ferramentas de desenho em estirador;
Explicitar os aspectos gerais do desenho técnico;
Representar correctamente formas geométricas;
Identificar e aplicar correctamente os diferentes tipos de linha;
Aplicar as noções de escala;
Representar correctamente todos os elementos da folha de projecto;
Explicitar as normas do desenho técnico.
1. Materiais e equipamentos de desenho

1.1. Suportes
1.2. Instrumentos de traçado
1.3. Instrumentos de apoio e de medição
2. Construções geométricas básicas
3. Figuras geométricas fundamentais
4. Construções e figuras complementares
5. Representação rigorosa de formas/elementos utilizados em construções de madeira ou
mobiliário
6. Escalas de redução e escalas de ampliação
7. Aspectos gerais do desenho técnico
8. Folhas de desenho
9. Tipos de linha
10. Margens e esquadrias
12
Módulo 2: Expressão Gráfica Rigorosa

BORNANCINI, J. et al. (1981), Desenho Técnico Básico. Vol. I e II. Porto Alegre: Sulina.
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MÓDULO 3
Desenho de Projecções Ortogonais
1. Apresentação
Neste módulo pretende-se transmitir conhecimentos de desenho técnico, de modo a habilitar os
alunos à correcta leitura e interpretação de desenhos técnicos.
Pretende-se, igualmente, fornecer conhecimentos para a correcta execução de desenhos técnicos
de peças segundo normas, com o máximo de rigor.
Descrever com objectividade modelos tridimensionais observados;

Proceder às medições necessárias para caracterizar dimensionalmente um modelo
tridimensional;
Representar, através de esboços cotados, modelos tridimensionais observados;
Executar, à escala, desenhos rigorosos de modelos tridimensionais, a partir de esboços cotados,
de acordo com as principais normas e convenções usuais aplicáveis;
Executar rigorosamente desenhos técnicos de peças através dos métodos adequados;
Representar em múltipla projecção ortogonal;
Cotar projecções ortogonais, de acordo com as normas e convenções usuais aplicáveis;
Representar toda a cotagem necessária para a perfeita compreensão de uma peça.

1. Projecções ortogonais de sólidos geométricos
1.1. Representação em múltipla projecção ortogonal
1.2. Método Europeu ou do 1.º Diedro
1.3. Vistas principais e vistas auxiliares
1.4. Cortes e secções
1.5. Invisibilidades e ocultações
2. Cotagem
2.1. Convenções de representação em desenho técnico
2.1.1. Normas Portuguesas e Normas ISSO
3. Exemplos de aplicação e discussão
14
Módulo 3: Desenho de Projecções Ortogonais
BORNANCINI, J. et al. (1981), Desenho Técnico Básico. Vol. I e II. Porto Alegre: Sulina.
MORAIS, J. (2006), Desenho Técnico Básico. Colecção Desenho, N.º 3. Porto: Porto Editora.
15
MÓDULO 4
Desenho Axonométrico
1. Apresentação
Com este módulo pretende-se manipular os diferentes tipos de desenhos axonométricos, de forma
a proporcionar ao aluno o estabelecimento de comparações entre as representações
axonométricas e as representações em vistas anteriormente estudadas.
Através de trabalhos práticos de representação variada, que permitem articular os métodos e
evidenciar o seu carácter complementar, será possível representar claramente peças e
pormenores para facilitar a comunicação e compreensão durante o processo de desenvolvimento
do projecto.
Executar esboços de modelos tridimensionais observados, em perspectivas cavaleiras e

militares;
Descrever correctamente formas tridimensionais representadas em desenhos axonométricos de
traçado rigoroso ou em perspectivas rápidas, utilizando expressões e conceitos geométricos
adequados;
Interpretar metricamente, de forma correcta, desenhos axonométricos de traçado rigoroso,
Executar desenhos axonométricos rigorosos, representando modelos tridimensionais
observados;
Executar desenhos axonométricos rigorosos de formas tridimensionais, dadas através de
representações em múltipla projecção ortogonal;
Executar representações, em múltipla projecção ortogonal, de modelos tridimensionais, dados
através de representações axonométricas de traçado rigoroso.
1. Representação axonométrica
1.1. Princípios e conceitos gerais
2. Tipos e variantes de representação axonométrica
2.1. Axonometria ortogonal
2.1.1. Desenho isométrico
2.1.2. Dimetrias
16
Módulo 4: Desenho Axonométrico
2.2. Axonometria oblíqua (ou clinogonal)

2.2.1. Perspectiva cavaleira
2.2.2. Perspectiva militar
2.2.3. Perspectivas direitas e invertidas
3. Aplicações práticas e critérios de selecção de variantes axonométricas
4. Processos de construção
4.1. Métodos do paralelepípedo envolvente, das coordenadas e do plano de referência
4.2. Desenho de curvas
4.3. Utilização de afinidades na representação de figuras a partir da verdadeira grandeza
MORAIS, J. (1999), Desenho Básico. Colecção Desenho de Construções, N.º 1. Porto: Porto
Editora.
17
MÓDULO 5
Metodologia Projectual
1. Apresentação
Este módulo visa desenvolver a capacidade de identificar os objectivos do projecto, assim como
facilitar a sua abordagem.
Em qualquer projecto o problema a enfrentar pode ser indicado pela indústria ao designer,
segundo uma análise das necessidades que tem necessariamente de ser feita com rigor. Esta
preparação do projecto pode ser crucial para o seu sucesso. Existem diversos modos e métodos
para clarificar os objectivos e encaminhá-los para o que pode ser a melhor solução.
Explicitar os objectivos de qualquer projecto;
Identificar os factores culturais no âmbito do projecto;
Identificar os factores técnicos e económicos no âmbito do projecto;
Estabelecer relações cruzadas dos saberes específicos adquiridos;
Identificar os elementos de projectação;
Enumerar as diferenças e semelhanças nos processos das tecnologias distintas.

1. Elaboração de objectivos
2. Verificações culturais
3. Verificações técnicas e económicas
4. Tempo de vida do produto (relação com o ciclo de vida de um produto)
5. Partes existentes
6. Regulamentos e normas
7. Identificação dos elementos de projectação
18
Módulo 5: Metodologia Projectual
19
MÓDULO 6
Projecto I
1. Apresentação
Este módulo é essencialmente prático e tem como objectivo aplicar todos os conteúdos abordados
relativamente à metodologia projectual. Pretende-se, assim, consolidar as matérias estudadas
através da sua aplicação numa situação projectual mais complexa, passando, assim, da teoria
para a prática, tendo em conta possíveis contratempos que possam surgir em contexto de
trabalho. Pretende-se, também, preparar os alunos para situações imprevistas que possam mudar
o curso de um projecto e que têm de ser resolvidas de forma rápida e eficaz.
O projecto, a determinar pelo docente, implica a realização de pesquisa de elementos inerentes ao
mesmo, tais como entrevistas e inquéritos a utilizadores.
Aplicar conhecimentos específicos adquiridos na realização de um projecto;
Utilizar correctamente das normas do Desenho Técnico;
Utilizar correctamente as metodologias projectuais;
Preparar e organizar um projecto.

1. Etapas de um projecto
1.1. Desenhos de esboço
1.2. Desenhos analíticos
1.3. Desenhos técnicos
1.4. Representação tridimensional
1.5. Modelos de estudo
1.6. Dossier de projecto
20
Módulo 6: Projecto I
Edições 70.
21
MÓDULO 7
Re-Design
1. Apresentação
As alterações das condições tecnológicas e da evolução a nível de pesquisa de novos materiais
estão na origem do processo de Re-Design, o que leva muitos objectos a serem sujeitos a uma
reformulação, sem alterar a sua função ou finalidade.
O Re-Design cria melhoramentos quer ao nível do desempenho de funções, quer da diminuição de
custos de produção ou da escolha dos materiais utilizados, tendo em conta o meio ambiente.
Para este efeito, este módulo está direccionado no sentido de desenvolver no aluno a capacidade
de compreender as vantagens do Re-Design, nomeadamente quando se pretende adaptar um
objecto do mercado de um país diferente, assim como tudo o que envolve este processo. Será
preciso adquirir conhecimentos sobre equipamento de produção e matérias-primas disponíveis,
qualidade das execuções e manipulações, volume da produção e noções básicas sobre questões
ambientais.
Esta matéria será, igualmente, abordada em parceria com a disciplina de materiais e tecnologias.
Indicar a importância das questões ecológicas e da sustentabilidade na utilização dos materiais;
Racionalizar os recursos materiais e tecnológicos, adoptando uma atitude ecológica;
Avaliar a importância da evolução dos materiais na construção do quotidiano;
Descrever os principais processos de conformação de matérias;
Identificar as funcionalidades dos objectos;
Analisar, de forma isenta, costumes e necessidades de culturas e meios sociais diferentes.

1. Equipamento de produção
2. Matérias-primas disponíveis e novos materiais
3. Execução e manipulação de objectos e materiais
4. Noções básicas sobre questões ambientais
5. Abordagem comparativa de culturas e sociedades
6. Normas de produção de higiene e segurança
22
Módulo 7: Re-Design
23
MÓDULO 8
Projecto II
1. Apresentação
relativamente à metodologia projectual e ao Re-Design com o objectivo de passar, assim, da teoria
para a prática, proporcionando uma continuação lógica do módulo anterior.
Como sugestão de projecto, o aluno poderá utilizar um projecto realizado num dos módulos
anteriores e criar o Re-Design dessa mesma peça. O conhecimento prévio do objecto permitirá
uma melhor assimilação dos objectivos, libertando o aluno para questões mais técnicas.
O rigor técnico de representação não poderá ser de forma alguma posto de parte, assim como
todo o processo projectual.
Aplicar conhecimentos específicos adquiridos na realização de um projecto;
Utilizar correctamente das normas do Desenho Técnico;
Utilizar correctamente as metodologias projectuais.

1. Fases de um projecto
1.1. Pesquisa
1.2. Entrevistas e inquéritos a utilizadores
1.3. Desenhos de esboço
1.4. Desenhos analíticos
1.6. Representação tridimensional
1.7. Modelos de estudo
1.8. Dossier de projecto
24
Módulo 8: Projecto II
25
MÓDULO 9
Desenvolvimento do Projecto
1. Apresentação
O desenvolvimento do projecto pretende ser uma mais valia para o módulo de metodologia
projectual, sendo estas duas acções complementares no acto de projectar. Este módulo pretende
enriquecer vários pontos fundamentais na parte criativa, desenvolvendo competências técnicas e
metodológicas.
Na fase inicial, pretende-se abordar os processos criativos com o auxílio de técnicas desenvolvidas
por diversos autores.
Numa segunda fase, propõe-se incrementar aptidões na pesquisa formal de um objecto através do
desenho, analisando várias tipologias de esboços e concluir com a experimentação destas
mesmas formas, com modelos de estudo realizados em diversos materiais.
Aplicar processos criativos;

Realizar desenhos de estudo;
Construir e experimentar modelos de simulação e verificação, relacionados com a estrutura e
construção de objectos;
Descrever os materiais de maquetismo;
Analisar os objectos através da desconstrução dos seus elementos constituintes;
Manipular com facilidade volumes geométricos.

1. Processos criativos
1.1. Brainstorming
1.2. Sinéctica
1.3. Remoção de bloqueios mentais
1.4. Gráficos morfológicos
2. Desenhos de estudo
2.1. Experimentação de diversos registos
3. Modelos de estudo
3.1. Materiais e manipulação
26
Módulo 9: Desenvolvimento do Projecto

Edições 70.
27
MÓDULO 10
Projecto III
1. Apresentação
relativamente ao Desenvolvimento do Projecto. Pretende-se assim passar da teoria para a prática,
proporcionando uma continuação lógica do módulo anterior.
Os preconceitos e alguns factores psico-sociais moldam a nossa cultura impedindo, por vezes, de
criar elementos mais inovadores e satisfatórios para o consumidor. Os processos criativos, mentais
ou técnicos, são frequentemente a melhor maneira de ultrapassar estas barreiras e produzir novas
matérias.
Como sugestão de projecto, o aluno poderá reflectir sobre um tema previamente escolhido pelo
docente da disciplina, desenvolver soluções inovadores e utilizar as novas ferramentas adquiridas
no módulo anterior.
Planificar um projecto;
Aplicar conhecimentos na realização de um projecto;
Concretizar projectos inovadores;
Utilizar correctamente as metodologias projectuais.

1. Processos criativos
2. Esboços
3. Representações
4. Verificação experimental de novas formas e sistemas
28
Módulo 10: Projecto III

Edições 70.
29
MÓDULO 11
Ergonomia e Antropometria
1. Apresentação
Os elementos relacionados com o ser humano têm condicionantes que podem tornar um projecto
mais viável e mais consistente. Estas condicionantes podem ser abordadas por disciplinas
auxiliares ao Design/Projecto. A Ergonomia e a Antropometria são duas delas. A Ergonomia é a
disciplina científica que aborda o entendimento das interacções entre seres humanos e outros
elementos de um sistema. É, também, a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos
para projectar, a fim de optimizar o bem-estar humano e o bom desempenho geral de um sistema.
A antropometria permite que os produtos desenvolvidos estejam adequados às dimensões da
população usuária.
No mobiliário é importante ter sempre em mente as diferenças corporais dos utilizadores.
No final do módulo pretende-se que o aluno proceda à análise e correcção de trabalhos realizados
em módulos anteriores.
Indicar e utilizar normas relacionadas com a ergonomia, higiene e segurança, aplicadas ao

sistema Homem/Ambiente/Artefactos;
Usar e manusear os objectos;
Manipular correctamente ferramentas de medição;
Analisar a amplitude dos vários movimentos;
Verificar da adequação de trabalhos realizados, de forma a corrigir erros.

1. Ergonomia
1.1. Enquadramento da ergonomia
1.2. Sistema Homem-Máquina
1.3. Relação Homem-Objecto
1.4. Relação Homem-Meio
1.5. Amplitude dos movimentos
30
Módulo 11: Ergonomia e Antropometria.
2. Antropometria
2.1. Funções
2.2. Dimensões
2.3. Amplitudes
2.4. Método e instrumentos de medição
2.5. Amostra estatística
3. Envolvimentos domésticos e envolvimento de escritório
4. Trabalhos físicos e postura
5. Análise e verificação de trabalhos realizados
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. (2005), Manual de Ergonomia: Adaptando o Trabalho ao

Homem. 5.ª ed. Porto Alegre: Bookman.
MONTMOLLIN, M. de (1990). A Ergonomia. Lisboa: Ed. Instituto Piaget.
31
MÓDULO 12
Desenho Assistido por Computador I
1. Apresentação
Pretende-se que o aluno, após a conclusão do módulo, fique apto a executar graficamente a
representação de projectos, utilizando as ferramentas informáticas do desenho assistido por
computador em 2D, assim como desenvolver e adquirir competências técnicas indispensáveis à
sua necessária adaptação a novos contextos no âmbito da aprendizagem permanente. Assim, dá-
se particular relevo à abordagem dos trabalhos práticos a executar, que deverá ser feita com o
recurso à Metodologia do Trabalho de Projecto, permitindo, assim, o desenvolvimento de
capacidades de investigação, decisão e optimização da relação e comunicação com os outros.
Utilizar correctamente os equipamentos;

Criar desenhos técnicos com recurso à ferramenta do desenho assistido por computador;
Utilizar ferramentas de edição, visualização, desenho e texto;
Colocar cotagens;
Organizar o espaço de composição;
Aplicar sistemas de projecção para a representação técnica de formas tridimensionais;
Utilizar vocabulários específicos do desenho assistido por computador;
Identificar as potencialidades e áreas de aplicação das ferramentas do desenho assistido por
computador;
Visualizar a representação gráfica de formas bidimensionais;
Aplicar as normas técnicas nos desenhos executados;
Aplicar conhecimentos de desenho técnico na elaboração de desenho de mobiliário ou
construções em madeira.
32
Módulo 12: Desenho Assistido por Computador I.

1. Introdução e configuração do software
2. Configurações da área gráfica e do desenho
3. Comandos de desenho em 2D
4. Edição e modificação de entidades
5. Cotagens
6. Auxiliares gráficos
7. Layout e organização de projectos
8. Impressão de documentos
33
MÓDULO 13
Desenho Assistido por Computador II
1. Apresentação
As ferramentas de desenho assistido por computadores são cada vez mais utilizadas para
representar ideias em todas as áreas de projecto.
Além da representação bidimensional, já abordada no módulo anterior, estas ferramentas
permitem criar representações tridimensionais de elementos com um investimento de tempo menor
e com o máximo de rigor. Este domínio torna-se imprescindível na formação de qualquer técnico
de desenho.
Mantendo a lógica deste programa, a formação facultada ao aluno vem abranger os
conhecimentos já adquiridos em módulos anteriores.
Criar, verificar e activar sistemas de coordenadas do utilizador;

Criar sólidos simples;
Criar sólidos por extrusão, revolução, união e subtracção;
Utilizar todos os processos de selecção de entidades;
Utilizar os comandos de construção que se possam aplicar a uma entidade anteriormente
realizada;
Editar e modificar as entidades;
Transformar o projecto para o suporte de papel.

1. Noções básicas de espaço tridimensional
2. Comandos de desenho em 3D
3. Sistemas de coordenadas
4. Sólidos
5. Edição de volumes
6. Comandos de visualização
34
Módulo 13: Desenho Assistido por Computador II
35
MÓDULO 14
Mobiliário Modular
1. Apresentação
O ser humano está envolvido num ambiente com o qual está em constante interacção. Este
ambiente é habitado por objectos por ele criados. Esta capacidade de fazer e modificar
constantemente aquilo que o rodeia, criou a necessidade da existência de elementos flexíveis
capazes de se modular, indo ao encontro das necessidades do utilizador. O mobiliário modular
pretende adaptar-se não só ao espaço no qual será inserido, mas também às necessidades da
pessoa que o utiliza.
Demonstrar posturas que contribuam para um ambiente não opressivo e revelem uma visão
abrangente do ambiente na forma como encaram o urbanismo, a arquitectura e a abordagem a
objectos;
Analisar a correlação entre a organização do espaço construído e os sistemas de valores sociais;
Descrever a complexidade do lugar e ter uma intervenção fundamentada;
Indicar sistemas e soluções para a manipulação de módulos;
Adequar os módulos ao espaço que nos rodeia;
Aplicar conhecimentos de ergonomia e antropometria à organização dos objectos.

1. Noção de espaço
1.1. Conjuntos vivenciais
1.2. Urbanismo
1.3. Arquitectura
1.4. Espaço como suporte e como objecto de representação
1.5. Organização do espaço e contexto social
2. O espaço existencial ou vivencial
3. Modulação do espaço
4. O objecto
36
Módulo 14: Mobiliário Modular

37
MÓDULO 15
Projecto IV
1. Apresentação
nos módulos anteriores. Pretende-se, assim, passar da teoria para a prática proporcionando uma
continuação lógica dos módulos anteriores.
Propõe-se a realização de um projecto, definido pelo docente da disciplina, que exercite os
conhecimentos adquiridos pelo aluno. A criação de mobiliário modular, tendo em conta a sua
função e a sua presença no espaço, utilizando formas e sistemas, proporciona um exercício
bastante completo, que requer uma boa assimilação de conhecimentos teóricos e técnicos por
parte do aluno.
Planificar um projecto;
Revelar o respeito pelas noções de espaço na realização do projecto;
Relacionar o homem e o espaço;
Aplicar os conceitos de metodologia projectual;
Concretizar projectos inovadores;
Fazer a análise do problema e dos seus objectivos;
Aplicar correctamente os conhecimentos de representação técnica de peças;
Utilizar as ferramentas de desenho assistido por computador para a realização do projecto.

2. Desenhos técnicos
38
Módulo 15: Projecto IV
39
MÓDULO 16
Desenho assistido por computador III
1. Apresentação
Pretende-se que o aluno, fique apto a executar graficamente a representação de projectos,
utilizando as ferramentas informáticas do desenho assistido por computador em 3D, animação 3D,
imagem digital e apresentação interactiva de projectos, adquirindo competências técnicas nesta
área.
Este módulo visa, essencialmente, o desenvolvimento de conhecimentos e de competências para
a utilização das tecnologias informáticas, promovendo a aplicabilidade de ferramentas do CAD e
da manipulação gráfica facilitando, desta forma, a representação de projectos de mobiliário ou
Actualmente, a necessidade da realização de representações foto realistas por parte de um técnico
tornou-se quase obrigatória. Pretende-se, sem ambiguidade, a transmissão ao consumidor de qual
será o produto final.
Utilizar correctamente os equipamentos, o hardware e o software;
Enumerar as potencialidades e áreas de aplicação das ferramentas do CAD;
Visualizar a representação gráfica de formas tridimensionais;
Planificar rigorosamente o trabalho;
Utilizar as ferramentas do CAD na produção de material de apoio ao projecto;
Descrever os conceitos da animação;
Analisar imagens produzidas e revelar autocrítica.

1. Introdução ao software
2. Interacção entre software diferente
3. Modelação de volumes
3.1. Edição de volumes criados ou importados
3.2. Criação de imagens foto realistas
3.3. Materiais
3.4. Luzes e câmaras
3.5. Parâmetros
40
Módulo 16: Desenho Assistido por Computador III
4. Animação
4.1. Conceitos de animação
4.2. Linha do tempo
4.3. Parâmetros de animação
4.4. Gravação
Informática.
41
MÓDULO 17
Projecto V
1. Apresentação
A definição do projecto a abordar deverá ser da inteira responsabilidade dos docentes das
disciplinas que, em conjunto, os seleccionarão em função do processo didáctico, das sugestões
surgidas nas aulas, dos problemas identificados nas fases de pesquisa e das particularidades
locais.
O projecto deve representar uma mais valia para o projecto educativo da escola. Deve ainda ser
pensado em função do tempo lectivo disponível e das possibilidades de apoio que as áreas
oficinais possam enquadrar.
Aplicar conhecimentos específicos na planificação de um projecto;

Aplicar as técnicas fundamentais no desenvolvimento do projecto;
Dar resposta às solicitações inerentes ao projecto, num curto prazo de tempo, com todo o rigor
técnico exigido;
Formular as suas ideias de forma explícita e atractiva, com recurso ao desenho assistido por
computador.

1. Projecto
1.1. Definição
1.2. Planificação
1.3. Concretização
42
Módulo 17: Projecto V
Informática.
43
MÓDULO 18
Ecodesign e Design Sustentável
1. Apresentação
O carácter finito dos recursos naturais e a capacidade limitada do mundo para absorver as
transformações impostas pelo Homem tornou-se uma preocupação do designer.
Desde então, procuraram-se soluções como a utilização de materiais reciclados ou recicláveis, a
diminuição do número de componentes dispensáveis, a recuperação de objectos consumidos, ou a
atribuição de uma nova função.
As questões ambientais devem estar sempre presentes na mente do desenhador, no momento em
que se tomam decisões que possam pôr em causa um futuro mais promissor.
A escolha dos materiais que serão usados, das tecnologias de produção, e também do factor
recolha, ou seja, o “fim-de-vida” do produto, são os principais aspectos que o aluno deve
interiorizar para melhorar os seus projectos.
Identificar a responsabilidade social do design;

Indicar as implicações do carácter finito dos recursos naturais;
Analisar os impactos ambientais e as suas implicações;
Demonstrar uma atitude ecológica na gestão dos recursos materiais e tecnológicos;
Seleccionar materiais de baixo impacto ambiental;
Optimizar as técnicas de produção;
Optimizar o tempo de vida do produto;
Optimizar o sistema de fim de vida do produto;
Justificar as opções tomadas com base nas suas implicações ambientais, tecnológicas e
financeiras.
44
Módulo 18: Ecodesign e Design Sustentável

1. Estratégias de design face ao ciclo de vida dos produtos
2. Materiais de baixo impacto
3. Política dos 3 “R”: Reduzir, reutilizar e reciclar
4. Técnicas de produção
5. Sistema de distribuição eficiente
6. Redução do impacto ambiental ao nível do usuário
BURALL, P. (1991), Green Design: Issues in design. London: Ashgate Publishing.
45
MÓDULO 19
Desenho Assistido por Computador IV
1. Apresentação
Este módulo visa essencialmente o desenvolvimento de conhecimentos e de competências para a
utilização das tecnologias informáticas relacionadas com a produção de peças, promovendo a
aplicabilidade de ferramentas de modelação, facilitando, desta forma, a representação de projectos
de mobiliário ou construções em madeira. O conhecimento do projectista sobre máquinas de
produção é fundamental para a viabilização do produto.
Identificar os diferentes tipos de software que melhor interagem com a produção de peças;
Relacionar os conhecimentos de materiais e tecnologias com a planificação das peças no
momento da modelação;
Identificar a melhor ferramenta para realizar cada trabalho;
Visualizar a representação gráfica de formas tridimensionais;
Executar modelações com rigor e em conformidade com a planificação do trabalho.
2. Interacção entre diferentes tipos de software
3. Modelação de volumes
3.1. Edição de volumes criados
4. Criação de imagens foto realistas
4.1. Materiais
4.2. Luzes e câmaras
4.3. Parâmetros
5. Animação
6. Criação de moldes
7. Verificação da funcionalidade e interacção das peças desenvolvidas
46
Módulo 19: Desenho Assistido por Computador IV
Érica.
47
MÓDULO 20
Projecto VI
1. Apresentação
A definição dos projectos a abordar deverá ser da inteira responsabilidade dos docentes da
disciplina que, em função do processo didáctico, das sugestões surgidas nas aulas, dos exemplos
e problemas identificados nas fases de pesquisa ou de particularidades locais ou pessoais
existentes, os poderão sugerir e desenvolver.
Este projecto deve ser escolhidos em função da mais valia que apresenta, para que no seu
desenvolvimento se possam abordar as problemáticas da projectação de peças tendo em conta a
forma de processamento do material utilizado e as propriedades deste mesmo.

técnico exigido;
computador.
1. Etapas do projecto
1.1. Processos criativos
1.2. Esboços
1.3. Representação para concretizar
1.4. Verificação experimental de novas formas e sistemas
1.5. Modelação tridimensionais processados por computadores
1.6. Renderização das peças
1.8. Animação das peças
1.9. Preparação das peças para produção
48
Módulo 20: Projecto VI
Érica.
49
MÓDULO 21
Desenho Assistido por Computador V
1. Apresentação
Pretende-se que o aluno fique apto a executar graficamente a representação de projectos,
utilizando as ferramentas informáticas do desenho assistido por computador em imagem digital e a
apresentação de projectos, de modo a desenvolver competências técnicas nesta área.
Este módulo visa essencialmente o desenvolvimento de conhecimentos e de competências para a
utilização das tecnologias informáticas, promovendo a aplicabilidade de ferramentas de
manipulação gráfica facilitando, desta forma, a representação de projectos de mobiliário ou
Organizar, hierarquizar e filtrar a informação proveniente dos media, tendo em vista ultrapassar
uma utilização meramente passiva dessa mesma informação;
Identificar as estruturas e as linguagens específicas dos diversos meios e suportes de
representação audiovisual envolvidos no contexto multimédia da actualidade;
Identificar os problemas e técnicas da captação fotográfica digital;
Utilizar sistemas simples de digitalização de imagens;
Identificar as bases da transferência e impressão das imagens;
Paginar e organizar qualquer documento gráfico;
Identificar as bases para utilização de um software de representação vectorial;
Identificar as bases para utilização de um software de manipulação de imagens;
Executar o tratamento digital de imagem num software apropriado.
50
Módulo 21: Desenho Assistido por Computador V
1. Formatos e materiais dos diversos suportes de comunicação

2. Análise de elementos gráficos existentes
3. Criação de layouts
5. Comandos de desenho
6. Filtros
7. Comandos de visualização e edição
8. Interacção entre software
FERREIRA, F. T. (2005). Fundamental do Photoshop CS. Lisboa: FCA Editores de Informática.

Informática.
MUNARI, B. (1995), Design e Comunicação Visual. Colecção Arte & Comunicação, N.º 1. Lisboa:
Edições 70.
51
MÓDULO 22
Projecto VII
1. Apresentação
A definição do projecto a realizar deverá ser da inteira responsabilidade dos docentes da disciplina
que, em função do processo didáctico, das sugestões surgidas nas aulas, dos exemplos e
problemas identificados nas fases de pesquisa ou de particularidades locais ou pessoais
existentes, os poderão sugerir e desenvolver.
Este projecto pretende abordar toda a parte gráfica da apresentação e promoção de um projecto já
desenvolvido, possibilitando ao aluno o domínio das técnicas e regras de produção gráfica.

técnico exigido;
computador;
Indicar a finalidade da utilização de layout;
Definir os conceitos da psicologia da cor;
Indicar as diversas opções dos filtros.
1. Formatos e materiais para suporte do projecto

2. Elementos gráficos existentes
3. Layout
4. Manipulação das imagens disponíveis
5. Filtros
52
Módulo 22: Projecto VII

Informática.
Edições 70.
53
MÓDULO 23
Projecto Final
1. Apresentação
Com este módulo final pretende-se que seja desenvolvido um projecto que circunscreva todos os
conhecimentos adquiridos pelo aluno ao longo do curso. Assim, o aluno porá em prática as
diferentes aprendizagens realizadas, ao longo dos três anos, num projecto mais completo.
Aplicar as técnicas fundamentais numa situação projectual mais complexa;

Aplicar os conceitos da metodologia projectual;
Identificar a diversidade de opções disponíveis para atingir os fins pretendidos;
técnico exigido;
computador.
1. Dossier de projecto
2. Pesquisa de materiais e soluções existentes para a elaboração do projecto
3. Estudos formais e esboços
4. Modelos de estudos
5. Desenhos técnicos dos componentes do projecto.
6. Modelação dos componentes do projecto
7. Imagens foto realistas e animações do projecto
8. Componente gráfica do projecto
9. Execução do projecto
54
Módulo 23: Projecto Final
Informática.
Edições 70.
Érica.
55

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2. Visão Geral do Programa …………. …...... 3

3. Competências a Desenvolver. ………. …. 4

4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 4

5. Elenco Modular …….....………………........ 6

6. Bibliografia …………………. …………. …. 7

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4. Bibliografia / Outros Recursos

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