Equilíbrio de Fases
Equilíbrio de Fases
Equilíbrio de Fases
Equilíbrio de fases
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Carlos Augusto Cumbi
Equilíbrio de fases
Universidade Pùngué
Extensão de Tete
2022
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.1. Objectivos:.......................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................3
1.1.2. Objectivos Específicos..............................................................................................3
1.2. Metodologia.....................................................................................................................3
2. Introdução ao estudo de Equilíbrio de Fases..........................................................................4
2.1. Conceito de equilibrio Termoninamico............................................................................4
2.3. Conceito de fase...............................................................................................................4
2.3. Equilibrio de fases............................................................................................................4
2.4. Lei de fases de GIBBS.........................................................................................................6
2.4.1. Obtenção da equação.....................................................................................................6
2.5. Sistema de um componente.................................................................................................7
2.6. Solução.................................................................................................................................9
2.7. Equilíbrio de solubilidade....................................................................................................9
2.7.1. Factores que influenciam a solubilidade.....................................................................10
3. Conclusão..............................................................................................................................13
4. Referencias Bibliográficas....................................................................................................14
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1. Introdução
Fase é toda porção macroscópica homogénea de matéria, que possui características físicas e
químicas uniformes. O estado físico de uma fase é influenciada pela faixa de temperatura e de
pressão a que a substância esteja submetida e das forças de interação entre suas moléculas.
Neste caso, quanto mais fracas as interacções intermusculares, maior a tendência de a
substância apresentar-se como gás em condições normais, enquanto interacções inter-
moleculares mais fortes favorecem a formação de fase líquida e fase sólida.
Se mais de uma fase estiver presente em um sistema, cada fase terá suas próprias propriedades
e existirá uma fronteira que vai separar as diferentes fases. O contorno entre fases ocorre uma
mudança imprevisível das características físicas e/ou químicas.
O equilíbrio de fases se refere ao equilíbrio em sistemas que possuem mais de uma fase.
Nesse caso, a composição das fases presentes é constante com o tempo. Alterações na
temperatura, pressão ou composição podem originar em mudanças de fases. O estudo do
equilíbrio de fases é uma das principais atenções da termodinâmica, cujas equações podem ser
utilizadas para, entre outras coisas, antecipar os limites de estabilidade entre os distintos
estados físicos da matéria.
1.1. Objectivos:
1.1.1. Objectivo Geral
1.2. Metodologia
Não se pode falar de equilíbrio de fases sem antes dar a conhecer os conceitos de equilíbrio e
conceitos de fases, sendo assim no parágrafo a seguir apresentara-se os conceitos e seus
significados das palavras acimas citadas.
Nesse processo, o corpo mais quente transfere calor para o corpo mais frio até que ambos
tenham a mesma temperatura. A troca de energia entre dois corpos (energia calorífica) resulta
na perda de energia térmica do corpo mais quente e no ganho de energia do corpo mais frio.
Como exemplo, podemos citar a mistura de café quente com leite frio. Ainda que tenham
temperaturas iniciais distintas, em pouco tempo o corpo mais quente (café) transfere energia
térmica para o mais frio (leite). Assim, a mistura fica morna, resultado do equilíbrio térmico.
Supondo que a café estava a 50 °C e o leite a 20 °C, o equilíbrio térmico é atingido quando
ambos estão com 35 °C.
De acordo com GOUVEIA (2011) A Fase é definida como uma das diferentes partes
homogéneas de um sistema heterogéneo que esta separada das outras por uma fronteira
distinguível. Gelo, água e vapor formam um sistema de três fases (trifásico). Sal com água
pode ser um sistema com uma única fase (monofásico) ou com duas fases (difásico) se o sal
estiver em excesso. Água e azeite formam um sistema de duas fases
Segundo AROEIRA (2014), quando duas ou mais fases de uma substância estão em contacto,
ocorre naturalmente uma transferência de massa entre as fases. Essa transferência ocorre de
forma espontânea até um determinado ponto onde não é possível mais verificar nenhuma
mudança nas fases do sistema. Quando isso ocorre dizemos que temos um equilíbrio de
fases, onde o potencial químico é igual em todo sistema.
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A água pode ser usada para um segundo o exemplo de equilíbrio de fases. A zero graus temos
gelo e água coexistindo num mesmo sistema, à medida que fornecemos calor o gelo será
transformado em água, mas o sistema permanecerá a zero graus. Quando todo gelo for
consumido o fornecimento de calor elevará a temperatura da água. Esse comportamento é
típico de substâncias puras.
Embora os equilíbrios de fase mais usuais sejam aqueles que envolvem duas fases, como os
exemplificados acima, toda substância possui uma determinada condição de temperatura e
pressão onde as três fases, sólida, líquida e gasosa podem ser verificadas ao mesmo tempo, a
esse ponto damos o nome de ponto triplo. O cicloexano, por exemplo, tem seu ponto triplo
por volta da temperatura de 6 ºC e pressão de 5 kPa.
agregação, líquido ou gasoso. Por outro lado um aumento de pressão faz com que a substância
prefira ficar na fase com menor densidade, em geral isso significa fase sólida, mas isso não é
verdade para todas substâncias. A água por exemplo é mais densa na fase líquida, por isso o
gelo bóia na água, logo quando pressionamos um cubo de gelo ele tende a derreter.
Segundo ATKINS (1999, pg: 128) É a equação que determina o número de variáveis
independentes do sistema, elaborada em 1876 por Gibbs, estabelece o aspecto geral do
diagrama de fases e expressa a relação genérica entre os graus de liberdade (F) de um sistema,
o número de fases (P) e o número de componentes (C) no equilíbrio para qualquer sistema.
Numa outra vertente ATKINS (1999, pg: 128) sustenta que lei de fases de Gibbs pode ser
definida como um princípio geral que governa os sistemas em equilíbrio termodinâmico . Se
F é o número de graus de liberdade , C é o número de componentes e P é o número de fases.
Então o teremos:
F=C-P+2
O número de componentes ( C ) é o número mínimo de espécies independentes necessárias
para definir a composição de todas as fases do sistema. O número de graus de liberdade ( F )
é o número de variáveis intensivas que são independentes umas das outras.
O estado de um sistema constituído por P fases e C componentes tem seus graus de liberdade
(F) obtidos da seguinte forma:
Cada equação relaciona duas variáveis intensivas e estabelece uma dependência entre elas, ou
seja, uma das variáveis passa a ser dependente x = f (y). O número de graus de liberdade é
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obtido subtraindo o número total de variáveis do número de equações. (ATKINS. 1999, pg:
126)
F= nTvariaveis-nTequacoes
Sendo assim, se uma fase (P) apresenta C componentes a fim de se determinar a composição
da fase, é necessário conhecer a fracção molar de C – 1 componentes. O número total de
variáveis em P fases do sistema é P(C – 1) + 2. Consequentemente, o número total de
equações é C(P – 1). (ATKINS. 1999, pg: 129)
F=P(C-1)+C(P-1)
F=PC-P+2-2-PC+C
F=CC-P+2
Uma fase
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F=3- P= 2 (T e P)
Duas fases
F=3-P=1 (T ou P Univariante)
Três fases
F=3-P=0 ( Inivariante)
Quatro fases
Não é possível estabelecer o equilíbrio entre quatro fases quando houver apenas um
componente, ou seja, o número de graus de liberdade (F) não pode ser negativo.
Áreas (3) – necessita de duas propriedades intensivas para descrever o sistema (temperatura e
pressão).
Linhas (3) – F = 1.
Ponto tríplice – F = 0.
2.6. Solução
É uma mistura homogénea composta por duas ou mais fases macroscopicamente dispersas.
Possui dois constituintes básicos: soluto e solvente.
Soluto é a substância que é dissolvida.
Solvente é a substância que dissolve.
Para a solubilidade de sólidos e líquidos, é fácil verificar quem dissolve quem. Entretanto,
quando a mistura envolve dois líquidos, é necessária uma classificação arbitrária.
Soluto é a substância presente em menor quantidade.
Solvente é a substância presente em maior quantidade.
As soluções são classificadas quanto ao seu estado físico: sólidas, líquidas e gasosas. As
soluções líquidas são o tipo mais comum em condições laboratoriais.
A uma dada temperatura, existe uma quantidade limite de uma dada substância que se
consegue dissolver num determinado volume de solvente, e que se denomina solubilidade
dessa substância nesse solvente. A solubilidade é representada por S. (BASTOS, 2011. pg:
135).
O instante em que a solução se torna saturada diz se que a solução atingiu o equilíbrio de
solubilidade, também podemos entender o equilíbrio de solubilidade como sendo o momento
em que a velocidade de dissolução iguala-se a velocidade de precipitação.
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AgCl(s) ⇋ AgCl(aq)
O Equilíbrio de solubilidade Equilíbrio entre um electrólito pouco solúvel e os íons que este
electrólito libera em solução. (BASTOS, 2011. Pg: 145).
+¿¿
AgCl(s) ⟷ AgCl(aq) ⟷ Ag + Cl−¿¿(aq)
A dependência da temperatura,
O efeito do ião comum,
O pH da solução,
Os equilíbrios de complexação
2.7.2. Dependência do Kps com a temperatura
Dependendo do tipo de reacções que ocorrem quando da mistura das soluções, o K ps pode
aumentar ou diminuir. Assim, podem ocorrer dois casos distintos:
Reacção endotérmica – no caso de reacções endotérmicas o K ps aumenta com o
aumento da temperatura indicando, também, um aumento da solubilidade.
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Desta forma se justifica o facto de que quando se adiciona sulfato de sódio (Na 2SO4) a uma
solução saturada de sulfato de alumínio (Al2(SO4)3), aumentando assim a concentração do ião
SO42-, uma parte do sulfato de alumínio em solução precipitará. (ATKINS & JONES. 2012.
pg: 237)
Num equilíbrio de dissolução em que entrem iões OH -, tal como o equilíbrio de dissolução do
hidróxido de alumínio, por exemplo, o pH da solução irá afecta a solubilidade do sólido.
Ca(OH)2(s) Ca2+(aq) + 2 OH-(aq)
3. Conclusão
critério para quantidade relativa das fases que coincidem num sistema no equilíbrio e a regra
de fase é essencialmente usada para delimitar o grau de liberdade ou o número de variáveis
que podem modificar independentemente, mantendo-se a fase a mesma.
4. Referencias Bibliográficas
ATKINS, Peter; PAULA, Julio De; KEELER, James. Química Física de Atkins (Décima
primeira ed.). Imprensa da Universidade de Oxford. pp. 123. 2018.
14
AROEIRA, Gustavo José Ribeiro: Conceito de fases e equilibrio de fases. disponível em:
https://www.infoescola.com/fisico-quimica/equilibrio-de-fases/. Acesso em 17/04/2022. pelas
17h:56mint
BASTOS, António Cláudio Lima Moreira; RODRIGUES, Elizabeth Maria Soares &
SOUZA, José Pio Iúdice de. Físico-Química. 22 Ed. Belém: UFPA; 2011.