Movimentos Artísticos Dos Séc. XX

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E. E. E. M. Dr.

Pádua Costa
Campo do saber: Artes (3º Ano: Ensino Médio)
Prof. Osvaldo Santos
Objeto de conhecimento: História da Arte
Habilidade: EM13LGG602
Movimentos artísticos dos séc. XX
Expressionismo
O movimento expressionista surge no início do século XX na Alemanha em dois grupos de
artistas: o Die Brücke (a ponte) que era mais ligado a temas políticos com trabalhos mais agressivos
e o Blaue Reiter (cavaleiro azul) voltado a tema espirituais. Este movimento preocupou-se em
expressar as emoções em cores fortes e linhas distorcidas nos seus temas que eram a miséria e a
solidão. O movimento artístico expressionista exibia as amarguras e angustias dos indivíduos
solitários da sociedade industrializada moderna. Seus artistas pretendiam despertar o lado emotivo
do espectador mostrando paisagens, cenas cotidianas e o nu feminino. Este não foi um movimento
homogêneo, pois cada obra expressava a visão interior de cada artista.
Após segunda guerra mundial, o expressionismo influenciou outras vertentes artísticas
como o teatro, o cinema e a poesia.
O expressionismo se opôs ao impressionismo com características como traços expressivos,
formas contorcidas e dramáticas, resgate das artes primitivas e uso arbitrário das cores. São bem
comuns na pintura expressionista figuras angustiadas e solitárias – um bom exemplo é a pintura “O
grito” de Edvard Much. (pesquisar na internet)
Na música o expressionismo causou o distanciamento do padrão estético tradicional e deu
ênfase as emoções. O compositor que se destaca neste período é Arnold Schoenberg com suas
composições dodecafônicas onde todas as notas têm o mesmo valor. Podemos perceber isso na
composição “Variações para orquestra Op 30”. (pesquisar na internet)
As obras expressionistas para o teatro criam um ambiente de sonho e pesadelo. Com
enredo bem construído, relacionado as transformações sociais, mas com tendência ao exagero. A
primeira obra teatral considerada expressionista é “A estrada de damasco” de autoria do Autríaco
August Strindberg.
Assim como nas artes visuais o cinema expressionista mostra uma realidade distorcida para
aumentar o teor dramático. Os filmes exibiam cenários fantasmagóricos com muitos contrastes
entre luz e sombra e os atores exageravam na interpretação de seus personagens. O filme “Gabinete
do Dr. Caligari de 1919 do cineasta Robert Wiene é considerado um filme expressionista. (pesquisar
na internet)
Fauvismo
O movimento fauvismo ou fovismo foi um movimento paralelo ao movimento
expressionista. Surgido em na França por ocosião do Salão de outono de París, onde o crítico Louis
Vauxcelles chamou alguns artistas de “feras” pelo uso muito forte das cores puras. Por isso o nome
Fauvismo, vindo do francês Le fauves (as feras).
Este movimento caracteriza-se por seguir o instinto, usando linhas e cores impulsivas e de
forma instintiva. Seus principais artistas são:
George Braque (1882-1963) considerado um dos fundadores do movimento
cubista, junto com Pablo Picasso.
André Darain (1880-1954) Influenciado por Van Gogh usava intensamente cores
puras em seus trabalhos. Sua obra mais conhecida é “O porto de Londres”.
(pesquisar na internet)
Henri Matisse (1869-1954) foi considerado fauvista, mas acobou defendendo a
tradição clássica. Sua obra que mais se destaca é “A Dança”. (pesquisar na
internet)
Cubismo
O movimento cubista se inicia nas artes visuais para depois influenciar outras vertentes
artísticas como a literatura.
Os artistas visuais cubistas representavam as faces do objeto em um mesmo plano, isto é,
pintavam a vista superior e a lateral num mesmo plano a frente do espectador. Dessa forma
representavam objetos tridimensionais em um plano único, usando linhas retas e formas
geométricas sem a mínima preocupação de representar a realidade. Por isso suas características são
a negação a perspectiva, o uso de formas geométricas para representar os objetos e o uso de cores
neutras como o preto, o branco, o cinza, mais tons de castanho e ocre (mostarda). Havia também
uma forte influencia das máscaras tribais africanas levadas para a Europa no final do século XIX.
O Cubismo é dividido em duas fases: o Cubismo Analítico de 1909 e o Cubismo Sintético,
a partir de 1911. A cubismo Analítico tem por característica a decomposição dos elementos para
oferecer uma visão total dos ângulos e lados da obra em planos sucessivos e sobrepostos. Já o
Cubismo Sintético procurou reconstruir a figura na obra para que fosse reconhecida e incluiu outros
elementos como pedaços de madeira, vidro e metais pra que a obra não fosse apenas visual, mas
palpável.
Os principais representantes do cubismo são:
Pablo Picasso (1881-1973) fundou o cubismo e é considerado um dos maiores
artistas do século XX. A sua pintura “Les Demoiselles d’Avignon” (pesquisar na
internet) é considerada uma das mais importantes obras cubistas.
George Braque (1881- 1973) – (ibidem Fauvismo).
Jules-Fernand-Henri Lèger (1881-1955) admirava a mecanização por isso gostava
de representar máquinas industriais. Sua obra de destaque é “Elementos
mecânicos” de 1923. (pesquisar na internet)

Abstracioniosmo
O abstracionismo tem como principal característica o distanciamento da realidade e a
necessidade de mostrar sentimentos por meio de cores e formas. O abstracionismo pode ser visto de
duas maneiras: o Abstracionismo lírico que surgiu na Alemanha e foi influenciado pelo movimento
expressionista. E o Abstracionismo geométrico que tem como característica a organização de forma
e cores de modo a forma uma composição geométrica.
Os principais representantes do movimento são:
Wassily Kadinsky (1866-1944) foi o responsável por introduzir o abstracionismo
nas artes visuais. Sua obra que mais chama a atenção é “Batalha”, de 1910
(pesquisar na internet)
Paul Klee (1879-1940) foi abstracionista lírico que procurou um elo entre o
espírito e a realidade.
Franz Marc (1880-1916) fazia de seus estudos sobre os animais os seus favoritos.
Varias de suas obras foram destruídas no regime da Alemanha Nazista.

Futurismo
O movimento futurista foi criado a partir da velocidade da mecanização. Eu início foi dado
pela publicação do Manifesto futurista de 1909, escrito pelo poeta Filippo Tommaso Marinetti. Suas
características fundamentais são a rejeição do passado e o do moralismo. Sua temática fundamental
é a velocidade. Os artistas mais conhecidos do movimento futurista são Umberto Boccione (1882-
1916) com sua escultura intitulada “Formas únicas de continuidade no espaço” (Pesquisar na
internet) E Giacomo Balla (1871-1958) representado por seu quadro “Velociadade abstrata: o carro
passou” de 1913 (pesquisar na internet)
Dadaísmo
Esse movimento tem inicio na Suíça ocasionado pela primeira guerra mundial (1914-
1918). Partindo das idéias de intelectuais que não concordavam com a adesão de seus países a
guerra. Estes se exilaram em Zurique, frustrados com o fracasso das ciências em não impedir a
destruição que estava acontecendo no continente europeu. Então este grupo funda o Movimento
Dadá que significa “cavalhinho de brinquedo” em francês. A escolha desse nome ao movimento foi
feito de forma arbitrária – abriu-se um dicionário e colocou-se o dedo em uma palavra aleatória.
Isso simboliza o caráter pacifista e antirracionalista do movimento que era contrário ao conflito que
estava acontecendo.
Tendo como característica a ênfase no ilógico, no absurdo, no pessimismo irônico, no
ceticismo, na ingenuidade radical e na improvisação, porém sua real intenção era chocar e protestar
contra o conflito armado entre as nações européias.
Esse movimento procurava chocar a população mais ligada a valores tradicionais e libertar
a imaginação a partir da destruição das formas artísticas tradicionais. De inicio, este movimento,
não tinha uma forma estética específica porque a intenção era libertar a criação artística do
pensamento racional. Por isso selecionavam-se elementos ao acaso.
Participaram deste movimento artistas e intelectuais como Tritan Tzara, Samuel
Rosenstock, André Breton, Max Ernest e Marcel Duchamp, entre outros.
Surrealismo
André Breton escreveu o Manifesto Surrelista em 1934, dando inicio e ao mesmo tempo
oficializando o movimento.
Este movimento reuniu artistas dadaístas fortemente influenciados pelas teorias
psicanalistas de Sigmund Freud e pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico. Tendo como
características principais a representação do inconsciente e do mundo dos sonhos, mas também a
colagem e a escrita automática, permitindo que o fluxo da consciência seja livre e se transformem
em impulsos criativos – o nosso instinto é o ponto de partida desse movimento artístico. Isso tudo
tem como intenção passar para fora o lado introspectivo do artista.
Os representantes mais importantes do movimento são:
Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech (1904-1989) pintor catalão que
também fez trabalhos artísticos em outras áreas como esculturas e design de jóias.
Sua pintura mais conhecida é “A persistência da memória”. (pesquisar na internet)
Joan Miró i Ferrà (1893-1983) foi um pintor surrealista catalão que fez obras
difíceis de serem entendidas e que por causa disso ganhou o nome de “o máximo
do surrealismo” dado por André Breton. Sua obra mais conhecida é “Números e
constelações em amor com uma mulher” de 1941. (pesquisar na internet)

Op Art
Op Art vem de Optical Art (arte óptica), manifestação artística baseada nas ilusões de
óptica. Consiste em trabalhos abstratos em preto e branco ou em cores que se contrastam para
causar a sensação de que estão em movimento ou se deformando e por vezes parecem estar
vibrando.
Embora tenha como característica o rigor de suas construções, tende a passar uma sensação
de instabilidade e mudança pela intenção de causar ilusão.
Dois artistas se destacaram neste movimento:
Alexander Calder (1898-1976)foi um artista visual estadunidense que desenvolveu
esculturas com movimentos chamados de “os móbiles”. (pesquisar na internet) Esse
artista realisou suas primeiras obras abstratas em 1933.
Victor Vasarely (1908-1997) foi um pintor húngaro que viveu na França e trabalhou
com designe gráfico. Considerado o pai da Op Art, introduziu a ilusão de óptica na
sua obra “Movimento sem movimento”. (pesquisar na internet)

Pop Art
O nome “Pop Art” foi dado pelo crítico inglês Lawrence Alloway para nomear a arte
popular que adotava como tema produtos industrializados utilizados pela população, artistas
famosos (signos da publicidade) e histórias em quadrinhos. Estes trabalhos eram feitos com cores
vibrantes em grandes tamanhos transformando realismo em hiper-realismo. Tina como objetivo
criticar de forma irônica a sociedade de consumo. Mas as obras, contrariamente a sua intenção,
acabaram estimulando o consumo dos produtos utilizados em sua feitura.
Seus mais representativos artistas foram:
Andy Warhol (1927-1987) foi um artista estadunidense que fez a maioria de seus
trabalhos em seringrafia. Sua obra mais conhecida é “Mariyn” de 1967. (pesquisar
na internet)
Roy Lichtenstein (1923-1997) foi um artista estadunidense que usava uma técnica
de pintura manual semelhante a técnica usada pelos artistas do movimento
pontilhista. Usava principalmente histórias em quadrinhos como temas de suas
obras.

Instalações artísticas
Instalações são obras temporárias, pois só existem durante uma exposição e tem a intenção
de interagir com o espectador provocando seus sentidos com sensações de cheiro, sabor, sons, etc.
As instalações tiveram inicio em 1923, a partir da idéia de um artista em transformar seu
apartamento em uma obra de arte.
O primeiro artista a fazer uma instalação foi Kurt Schwitters (1887-1948), embora tenha
sido poeta, pintor e escultor ficou mais conhecido por suas colagens.
Arte conceitual
Neste tipo de arte a idéia é o elemento mais importante, deixando o modo de transmissão
da idéia em segundo plano, não importando também a técnica. Essa arte é definida como moderna
ou contemporânea.
Esse tipo de arte geralmente usa recursos da fotografia e textos escritos. Estes textos em
geral são bulas explicando a obra.
Entre os artistas desse vertente estão Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner.

Referências
PROENÇA, Graça. História da arte. 17ª Ed. São Paulo. Ática, 1998.
REIS, Eliana Vilela dos. Manual compacto de artes. 1ª Ed. São Paulo. Rideel, 2010.

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