Estratificação Social
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Índice
1Visão sociológica
2Ver também
3Referências
4Ligações externas
Visão sociológica
O conceito de estratificação social é interpretado de forma diferente pelas
várias perspectivas teóricas da sociologia. Os defensores da teoria da ação
sugeriram que desde que a estratificação social é comumente encontrada nas
sociedades desenvolvidas, a hierarquia pode ser necessária a fim de estabilizar
a estrutura social. Talcott Parsons,[7] sociólogo americano, afirmou que a
estabilidade e a ordem social são regulamentados, em parte,
pelo valor universal, embora os valores universais não eram idênticos em
"consenso", mas poderiam muito bem ser o impulso para um conflito como
tinha sido várias vezes ao longo da história. Parsons nunca alegou que os
valores universais e por eles próprios "satisfaziam" os pré-requisitos funcionais
de uma sociedade, de fato, a constituição da sociedade foi uma codificação
muito mais complicada de fatores históricos emergentes. Pitirim Sorokin,
estudioso da estratificação social, colega e crítico de Parsons, afirma que:
"qualquer grupo social organizado é sempre um corpo social estratificado. Não
existe qualquer grupo social permanente que seja 'plano' e no qual todos os
membros são iguais.".[8]
As chamadas teorias do conflito, como o marxismo, apontam para a falta de
acesso aos recursos e falta de mobilidade social nas sociedades estratificadas.
Muitos teóricos sociológicos têm criticado a medida em que as classes
trabalhadoras não são susceptíveis de avançar socioeconomicamente, os ricos
tendem a manter o poder político que usam para explorar
o proletariado intergeracional. Teóricos como Ralf Dahrendorf, no entanto,
notaram a tendência em direção a uma classe média alargada nas sociedades
ocidentais modernas, devido à necessidade de uma força de trabalho educada
nas economias tecnológicas e de serviço. Várias perspectivas sociais e
políticas sobre a globalização, como a teoria da dependência, sugerem que
estes efeitos são devidos à mudança de trabalhadores para o terceiro mundo.[9]
Na teoria marxista, o modo de produção capitalista consiste de duas partes
econômicas: infraestrutura e superestrutura. Marx via as classes definidas pela
relação das pessoas com os meios de produção em duas formas básicas: ou
elas possuem bens produtivos ou de trabalho para os outros.[10] Marx descreveu
também outras duas classes, a pequena burguesia e o lumpemproletariado. A
pequena burguesia é como uma classe pequena empresa que nunca
acumula lucro suficiente para se tornar parte da burguesia, ou mesmo desafiar
seu poder absoluto. O lumpemproletariado é a parte degradada do
proletariado. Isso inclui prostitutas, mendigos, vigaristas, etc. Nenhuma dessas
subclasses tem muita influência nos dois sistemas de classes de Marx, mas é
útil saber que Marx fez reconhecer as diferenças dentro das classes. [11]
Hermann Heller definiu a estratificação como um tipo de diferenciação social ou
sistema de desigualdade estruturada nas coisas que cotonam em uma
determinada sociedade, que pode ser bens tangíveis ou simbólicos.
Para Kingsley Davis e Wilbert E. Moore a estratificação é universal e a
sociedade deve fazer uso de recompensa para o preenchimento de papeis. A
abordagem de Davis e Moore é que toda sociedade deve criar meios de
motivar seus trabalhadores mais competentes a preencher as funções mais
difíceis e importantes, criando assim uma hierarquia de recompensas que
privilegie os encarregadores de tarefas funcionalmente importantes. Isso
representa estabelecer um sistema de desigualdade institucionalizada. [12]
Ver também
Classe social
Desigualdade econômica
Desigualdade social
Elitismo
Estamento
Igualitarismo
Meritocracia
Posição social
Referências
1. ↑ Barker, Chris. Cultural Studies: Theory and Practice. London: Sage. ISBN 0-7619-4156-
8 p 436
2. ↑ Macionis, J., and Gerber, L. (2010). Sociology, 7th edition
3. ↑ Macionis, Gerber, John, Linda (2010). Sociology 7th Canadian Ed. Toronto, Ontario:
Pearson Canada Inc.. pp. 224, 225.
4. ↑ Saunders, Peter (1990). Social Class and Stratification. [S.l.]:
Routledge. ISBN 9780415041256
5. ↑ Fritz K. Ringer (2001). Declínio dos Mandarins Alemães - A Comunidade Acadêmica
Alemã 1890 - 1933. [S.l.]: Edusp. p. 170. ISBN 978-85-314-0511-2
6. ↑ Tania Quintaneiro; MARCIA GARDENIA MONTEIRO OLIVEIRA (2002). Labirintos
simétricos: introdução à teoria sociológica de Talcott Parsons. [S.l.]: Editora UFMG.
p. 178. ISBN 978-85-7041-300-0
7. ↑ Besnik Fetahu. The social system according to Talcott Parson. [S.l.]: GRIN
Verlag. ISBN 978-3-640-77891-1
8. ↑ Sorokin, Pitirim. Social mobility. Harper & Brothers, 1927, pág. 12. (17-10-2016).
9. ↑ Ralf Dahrendorf (1976). Class and Class Conflict in Industrial Society. [S.l.]: Routledge &
Kegan Paul. p. 324. ISBN 978-0-7100-7461-4
10. ↑ Macionis, Gerber, John, Linda (2010). Sociology 7th Canadian Ed. Toronto, Ontario:
Pearson Canada Inc. 233 páginas
11. ↑ Doob, Christopher. Social Inequality and Social Stratification in US Society(1st ed.),
Pearson Education, 2012, ISBN 0205792413
12. ↑ Sociologia: consensos e conflitos". [S.l.]: Editora UEPG. 2001. p. 56. ISBN 978-85-86941-
10-8
13. ↑ Credit Suisse - Research Institute. Markus Stierli. Outubro de 2015. Tabela 6-5, pág. 149,
(em inglês) 17-10-2016.