Terrazan - A Inserção de FMC No Ensino Médio
Terrazan - A Inserção de FMC No Ensino Médio
Terrazan - A Inserção de FMC No Ensino Médio
*
NO
ENSINO DE FÍSICA NA ESCOLA DE 2º GRAU
I. Introdução
Os nossos currículos de física, em termos de 2ºgrau, são muito po-
bres e todos muito semelhantes. Usualmente a física escolar é "dividida" em
temas como Mecânica, Física Térmica, Ondas, óptica e Eletromagnetismo. A
mesma seqüência que é ditada pelos manuais de física destinados a esse nível
de ensino.
Esta é apenas uma das possíveis divisões. Há outras, a dependendo
critério utilizado. E aqui reside um ponto extremamente importante, qual seja,
explicitar sempre o critério utilizado ao se propor uma seleção e uma divisão de
conteúdos, de modo a justificá-las.
Infelizmente, não encontramos justificativas, ao menos explicitas,
para essa divisão. Na verdade, ocorre que até o momento continuamos a seguir
a mesma seqüência ditada pelos manuais estrangeiros de ensino de f1sica utili-
zados no século passado.
Dessa forma, as variações em torno dessa divisão, eventualmente
adotadas no ensino da física em nossas escolas de 2º grau, são sempre pequenas
e mantêm excluída, na prática, toda a física desenvolvida neste século.
Na verdade, a prática escolar usual exclui tanto o nascimento da ci-
ência, como a entendemos, a partir da Grécia Antiga, como as grandes mudan-
ças no pensamento científico ocorridas na virada deste século e as teorias daí
II. Tendências
A constatação pura e simples da realidade escolar pode muitas vezes
levar-nos a um certo ceticismo sobre possibilidades práticas de alteração do
quadro da maneira como ele se apresenta.
Alguns já argumentam que, dada a situação atual do ensino de física
no 2ºgrau, onde nem os aspectos mais básicos da Física Clássica são trabalha-
dos, não seria prioritário nos ocuparmos com conteúdos de Física Moderna e
Contemporânea.(A esses, devemos lembrar a impossibilidade de se vivenciar e
participar plenamente do mundo tecnológico atual sem um mínimo de conheci-
mentos básicos dos desenvolvimentos mais recentes da Física.)
Por outro lado, é sabido também que os desenvolvimentos da pes-
quisa em física e as teorias propostas sempre demoraram a ser trabalhados no
III. Caminhos
Verificada e justificada a preocupação em se atualizar/modernizar os
programas de ensino de fisica no 2º grau, passamos a enfrentar um problema:
Como fazer isso? Que critérios adotar para uma tal reformulação?
Alguns pontos devem guiar qualquer iniciativa nesse sentido:
IV. Perspectiva
Considerando, como já dissemos, a participação dos professores
neste empreendimento como fundamental para o sucesso do mesmo, resta esta-
belecer a forma como ela se dará.
Ainda como sugestão, a ser mais exaustivamente delineada, uma me-
todologia de trabalho pr6xima do modelo de pesquisa-ação ou pesquisa-
participante parece-nos a mais adequada. O importante é que o principio da
inserção dos professores de 2º grau no processo de desenvolvimento do traba-
lho seja respeitado.
Nesta interação, esperamos lançar para os professores da rede esco-
lar alguns elementos para reflexão sobre esta problemática e ao mesmo tempo
colher subsídios para o estabelecimento, a médio prazo, de uma programação
alternativa real para o ensino de fisica que inclua aspectos da fisica desenvolvi-
da neste último século.