Aula 02-Indentificando Oportunidades de Negocio
Aula 02-Indentificando Oportunidades de Negocio
Aula 02-Indentificando Oportunidades de Negocio
Identificar uma oportunidade é o primeiro passo para uma pessoa que quer se tornar um
empreendedor, para tanto ela tem que saber diferenciar oportunidade de ideia.
Os empreendedores ficam imersos na criação dos novos negócios, passam horas pensando,
planejando, estudando o ambiente para a partir de toda análise poder começar o negócio. O
processo de identificação de oportunidades começa nesse estudo, é ele que irá mostrar qual o
ambiente que a nova empresa irá focar. Segundo Dolabela, as oportunidades podem ser
identificadas através de:
Brainstormings;
Estudos de áreas geográficas;
Estudo de setores;
Estudos de indústrias específicas;
Estudos dos recursos renovados e não-renová- veis;
Estudos do ambiente tecnológico;
Análise de pauta de importação;
Análise de transformações e tendências de mercado;
Mercados emergentes;
Desenvolvimento dos hábitos prospectivo (antecipar os acontecimentos) e pró-ativo
(tomar a iniciativa, enxergar oportunidades);
Análise de empresas/setores como cadeia de processos ou unidades de negócios;
Análise dos movimentos demográficos.
Brainstorming é uma palavra que significa um avançado método para encontrar idéias. É a
criação de novas idéias incomuns em um grupo de pessoas o que permite estimular a
criatividade e identifica- ção de oportunidades de negócios. Uma idéia é um somatório de
brainstorming.
Os estudos das áreas geográficas é uma análise precisa do ambiente onde se pretende
instalar o novo negócio, por exemplo, o arranjo produtivo local do arroz em Caia. Os estudos
das industriais seguem o mesmo processo, focam em atividades fins como, por exemplo, tele-
fonia celular, internet.
Essa estrutura descrita por Dolabela (1999) torna-se inviável para a maioria dos
pequenos empresários, pelo custo das pesquisas que precisam ser elaboradas. Então Chiavenato
(2005), aborda dois tópicos que são precisos para o empreendedor, o primeiro é iniciar um
negócio que já se tem em mente e descobrir onde ele é viável, para tanto o empreendedor
precisa visualizar o ambiente onde ele pretende colocar sua ideia em prática, por exemplo, caso
ele decida montar uma escola de esportes para crianças, ele precisa saber identificar qual é o
esporte preferido daquela região específica, para, a partir de então, elaborar estratégias voltadas
para essa realidade. Em segundo, é necessário procurar nichos de mercado e, a partir daí,
desenhar um plano de negócios, elaborar estratégias.
Neste contexto descrito por Chiavenato (2005), identifica-se que não é difícil ser
empreendedor, apenas é necessário que o futuro empresário visualize suas idéias e procure
estudar o ambiente no qual ele deseja se instalar. O importante é procurar não fazer o mesmo
que os demais, dessa forma, o mercado torna-se saturado do produto e o risco de o negócio não
dar certo é maior, é preciso correr o risco da inovação, criar para se ter diferencial de mercado.
2. INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
A inovação deve ser praticada pelo em- preendedor de forma sistemática, ou seja, investir
numa busca deliberada e organizada das mudanças, analisar as oportunidades que as mudanças
podem proporcionar. Vivemos num século em que a cada dia está sendo criado algo novo, e o
novo encanta os consumidores. É esse encantamento que o empreendedor deve buscar. Saber
o que criar com o intuito de fazer com que os seus clientes em potencial se encantem por seus
produtos/serviços.
Segundo Drucker (1995), o processo de inovação sistemática refere a sete fontes para a
identificação de oportunidade. “As primeiras quatro fontes estão dentro da instituição, seja
empresarial ou pública, ou dentro de um setor industrial ou de serviços”. Elas são, portanto,
visíveis, principalmente para quem está dentro daquele setor industrial ou de serviço. As quatro
fontes são:
O inesperado – o sucesso inesperado, o fracasso inesperado, o evento externo
inesperado;
A incongruência – entre a realidade como ela é de fato, e a realidade como se presume
ser ou como ‘deveria ser’;
A inovação baseada na necessidade do processo; e
Mudanças na estrutura do setor industrial ou na estrutura do mercado que apanham a
todos desprevenidos.
Inovações importantes têm tanta probabilidade de surgir a partir de uma análise de sintomas
de mudança (tais como, o sucesso inesperado do que fora considerada uma insignificante
mudança no produto ou no preço), como de surgir da aplicação maciça do conhecimento novo
resultante de uma grande descoberta científica.
Drucker avalia essas fontes como parte do pro- cesso de criação e inovação de uma
oportunidade. Essas fontes devem ser analisadas de forma separada, pois cada uma aborda de
um foco, que ao mesmo tempo, é interligado e único. O estudo do conjunto é que pode
esclarecer a criatividade da oportunidade.
Então, onde está essa criatividade? Todos são capazes de criar? É claro que sim, todas
as pessoas nascem com a habilidade de criar, só que essa fase criativa se dá mais na infância,
pois o mundo ainda é restrito muitas vezes a vida familiar, quando a criança cresce, essa
habilidade tende a ir se deteriorizando com a socialização. O empreendedor precisa ter em
mente que a criatividade pode ser aprendida, e essa aprendizagem ele deve buscar
continuamente.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Dando asas ao espírito empreendedor. 1 ed. São Paulo: Saraiva,
2005. DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor. 6 ed. São Paulo: Cultura, 1999.
FERREIRA, Aurélio B. H. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3 ed.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.