Relatório Soluções Tampão TLB

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Licenciatura Bioquímica, 1º ano, 1º semestre do ano

letivo 2021-2022

Relatório Preparação De Soluções-


Tampão

Docente:

Discentes: Ana Lúcia Mendes Lopes 76190

Ana Mafalda Cunha Teixeira 76736


Índice

1. Introdução..............................................................................................................................1

2. Objetivo.................................................................................................................................2

3. Material e métodos................................................................................................................3

Parte A-Preparação de um tampão fosfato 0,20 mol7L a pH 7,2..................................................3

Parte B-Preparação de um tampão fosfato o,29 mol/L a pH 6.0...................................................3

Parte D-Teste à capacidade tampão das soluções preparadas.......................................................3

4. Cálculos.................................................................................................................................4

4.1 Parte A....................................................................................................................................4

4.2 Parte B....................................................................................................................................5

5. Resultados..............................................................................................................................6

6. Discussão de resultados.........................................................................................................7

7. Conclusão..............................................................................................................................8

8. Referências............................................................................................................................8
1. Introdução
Soluções tampão

O tipo mais importante de solução é a tampão, uma solução onde o pH resiste a


mudança quando pouca quantidade de ácidos fortes ou bases fortes são adicionadas. Soluções-tampão
são usadas para calibrar medidores de pH, cultivar bactérias e controlar o pH de soluções nas quais
reações químicas acontecem. Uma solução-tampão consiste numa solução aquosa de um ácido fraco e
a sua base conjugada fornecida como sal, ou uma base fraca e seu ácido conjugado fornecido como o
sal. Quando uma gota de um ácido forte é adicionada a água pura, o pH muda significativamente.
Contudo, quando a mesma quantidade é adicionada a uma solução tampão, o pH dificilmente muda.
(Alkins and Jones L. 2010)

Soluções tampão resistem a mudança de pH por conta do equilíbrio químico entre um ácido fraco
(HA) e sua base conjugada (A-) (HA ⇌ H+ + A-). Quando algum ácido forte é colocado na solução, o
equilíbrio é deslocado para a esquerda de acordo com o Princípio de Le Châtelier. Dessa forma, o
aumento líquido da concentração de H+ é menor do que o esperado pela quantidade de ácido forte
colocado, já que uma parte do H+ colocado foi usado para formar HA, assim retornando o equilíbrio
químico. (Alkins and Jones L. 2010)

É importante escolher a solução-tampão mais adequada. Supondo que se precisa de criar um


tampão com pH específico. Por exemplo, na preparação de uma cultura de bactérias onde seja
necessário manter um pH preciso para sustentar o seu metabolismo. Para escolher o sistema tampão
mais adequado, precisa-se de saber o valor de pH no qual um determinado tampão estabiliza uma
solução. Uma mistura de um ácido fraco com o seu sal vai atuar como tampão em pH < 7, sendo
conhecido como tampão ácido. Uma mistura de uma base fraca com o seu sal vai agi como tampão
em pH > 7, sendo conhecida como tampão básico. A eficácia da solução-tampão, depende da
quantidade de ácido e da base conjugada de que o tampão é feito. Quanto maior for essa quantidade,
maior é a capacidade tampão. Para encontrar o pH preciso onde uma solução atuará como tampão,
realizamos um cálculo de equilíbrio. (Alkins and Jones L. 2010)

Para estimar a razão entre as quantidades de ácido e de base conjugada deve-se recorrer à equação
de Henderson-Hasselbalch em que [HA] e [A-] são concentrações de ácido e da base conjugada
(pH=pKa + log([A-]) /([HA])). As soluções-tampão são preparadas de modo que as concentrações do
ácido e da base conjugada sejam grandes quando comparadas com as concentrações de H3O+ e OH-.
Nestas circunstâncias podemos dizer que [HA]e [A-] são praticamente iguais às concentrações
iniciais, CA- e CHA.

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As soluções-tampão são essenciais nos sistemas biológicos para garantir a atividade do material
biológico, qualquer ensaio que envolva uma reação química com material biológico deve ser
conduzido num sistema tampão, tendo também grande importância em diversas áreas da indústria, já
que o grau de ionização pode afetar a estabilidade de moléculas e consequentemente as suas funções.
O pH varia muito no corpo humano de um fluido para outro, por exemplo, o pH do sangue é cerca de
7,4, enquanto o suco gástrico, no estômago, tem pH de aproximadamente 1,5. Estes valores de pH,
que são cruciais para um bom funcionamento das enzimas e o balanço da pressão osmótica, mantêm-
se constantes na maioria dos casos pela ação de tampões. (Chang 2010)

Medição de pH

Determinar o pH de uma solução é indispensável na rotina laboratorial. Duas formas de medir


o pH de uma solução são, uma utilizando um elétrodo seletivo ao ião H+ e a outra utilizando
indicadores de pH. O indicador universal de pH é constituído por uma mistura de indicadores ácido-
base e é usualmente comercializado em tiras de papel. Sendo composto por muitos indicadores, serve
para efetuar medidas de pH permitindo obter uma estimativa aproximada à unidade do valor de pH de
uma solução. Medições com maior rigor requerem a utilização de um elétrodo de pH.

2. Objetivo
Esta atividade experimental tem como objetivo adquirir conhecimento sobre soluções-tampão e
como calibrar um medidor de pH. Assim, pretende-se preparar soluções-tampão com diferentes
concentrações e pH, medir o pH das soluções e comparar o pH estimado com o pH medido e ilustrar o
comportamento das soluções-tampão por adição de um ácido ou de uma base.

3. Material e métodos
Parte A-Preparação de um tampão fosfato 0,20 mol7L a pH 7,2

Começa-se por pesar os reagentes num copo e dissolvê-los em água. Transfere-se a solução preparada para
um balão volumétrico de 50 mL, acerta-se o volume e homogeneíza-se a solução.

Transfere-se 25 mL da solução para um copo de 50 mL de forma alta, de seguida, determina-se o pH da


solução com o medidor de pH (Figura 1). Compara-se o valor previsto e o valor obtido experimentalmente.

Reserva-se o copo para a parte D.

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Figura 1 Medidor de pH

Parte B-Preparação de um tampão fosfato o,29 mol/L a pH 6.0

Efetuam-se todos os cálculos necessários. De seguida, pesam-se e dissolvem-se os reagentes num copo.
Transfere-se a solução para um balão volumétrico de 50 mL, acerta-se o volume e homogeneíza-se a solução.

Transfere-se 25 mL da solução para um copo de 50 mL de forma alta, determina-se o pH da solução com o


medidor de pH. Compara-se o valor previsto com o valor obtido experimentalmente.

Reserva-se o copo para a parte D.

Parte D-Teste à capacidade tampão das soluções preparadas

Comparam-se os valores de pH após a adição de bases fortes e ácidos fortes á solução-tampão e á água
destilada.

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4. Cálculos
4.1 Parte A

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4.2 Parte B

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5. Resultados

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6. Discussão de resultados
Antes de iniciarmos a medição do pH das soluções calibramos o elétrodo de pH através de
soluções referência de pH conhecido, pH 4 e pH 7.

Seguimos todos os passos e os limites de valores potenciais não foram ultrapassados. O valor de
declive foi -53,7 mV/pH um valor entre o intervalo 50 mV/pH a - 62 mV/pH.

Na preparação de um tampão fosfato 0,20 mol/L a pH 7,2 (parte A) obtivemos um pH


experimental mais baixo (pH=6,99) e na preparação de um tampão fosfato 0,20 mol/L a pH 6,0 (parte
B) obtivemos também um pH experimental mais baixo (pH=5,80). O pH experimental é diferente do
pH previsto, pois as constantes de acidez (Ka) do anexo 2 do protocolo foram determinadas à
temperatura de 25°C, o que não corresponde com a temperatura 21 °C das soluções.

Além disso, considerou-se que as concentrações de equilíbrio da solução fossem iguais às


concentrações iniciais, o que induziu a um desvio ínfimo de valores de pH.

Tivemos o cuidado de lavar com água destilada o elétrodo sempre que havia troca de soluções,
para não influenciar na medição do pH.

Na parte A, observou-se um decréscimo significativo do pH nos 25 mL de água destilada com 1


mL de HCl de concentração 0,10 mol/L. Posteriormente a cada mL de HCl, o pH diminuía
moderadamente. Este primeiro decréscimo traduz-se no choque que a água teve com o ácido, o que
não acontece com a solução tampão. Confirma-se que as soluções tampão têm a propriedade de
resistir a mudanças de pH. Ainda na parte A, observou-se um acréscimo significativo do pH nos 25
mL de água destilada com 1 mL de NaOH de concentração 0,10 mol/L, o que não se verifica também
na solução tampão.

Quando se realizou a parte B, a temperatura das soluções era 19,6 °C medido pelo elétrodo, o que
justifica a diferença do pH experimental do pH previsto como referimos anteriormente.

Ao analisar as variações de pH de ambos os quadros, verifica-se que a solução tampão teve


maiores variações de pH com o ácido HCl do que com a base NaOH.

A explicação para o sucedido é que a concentração do acido H2PO4 (0,188 mol/L) é cerca 16x
maior que é concentração da base HPO4 (0,0117 mol/L). Se adicionarmos o ácido HCl o pH vai
diminuir, assim como, se adicionarmos uma base NaOH o pH vai aumentar, mas não tão
significativamente, pois a solução-tampão já era ácida, os 4 mL de NaOH não farão aumentar
consideravelmente o pH.

7. Conclusão
Nesta atividade realizou-se um conjunto de soluções-tampão.

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Depois de realizar todos os cálculos, preparar todas as soluções, o objetivo da atividade prática foi
alcançado. As soluções foram feitas de acordo com os cálculos e as técnicas laboratoriais ensinadas
teoricamente. Os materiais estavam em boas condições o que facilitou não só a atividade, mas
também a nossa aprendizagem. Pode-se considerar que a produtividade da atividade foi elevada.

Podemos concluir que as soluções-tampão são essenciais, principalmente em sistemas biológicos


onde o pH não pode subir nem baixar em demasia.

8. Referências
Alkins, P., and Jones L. 2010. Chemical Principles. 5th ed. New York: W.H. Freeman and Company.

Chang, Raymond. 2010. Química. 10th ed. New York: Mcgraw-Hill.

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