Língua Portuguesa e Literatura Brasileira - 2011

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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S

LÍNGUA PORTUGUESA
E LITERATURA
BRASILEIRA
2a Etapa

SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO.


Leia atentamente as instruções que se seguem.
1 - Este Caderno de Prova contém quatro questões, abrangendo um total de seis páginas, numeradas
de 3 a 8.
Antes de começar a resolver as questões, verifique se seu Caderno está completo.
Caso haja algum problema, solicite a substituição deste Caderno.
2 - Esta prova vale 100 pontos, assim distribuídos:
l Questões 01 e 04: 20 pontos cada uma.
l Questões 02 e 03: 30 pontos cada uma.
3 - NÃO escreva seu nome nem assine nas folhas deste Caderno de Prova.
4 - Leia cuidadosamente cada questão proposta e escreva a resposta, A LÁPIS, nos espaços
correspondentes.
Procure ajustar a extensão de seu texto ao espaço disponível em cada questão.
Só será corrigido o que estiver dentro desses espaços.
ATENÇÃO: Não serão corrigidas respostas feitas em rascunho nem escritas em versos.
5 - Não escreva nos espaços reservados à correção.
6 - Ao terminar a prova, chame a atenção do aplicador, levantando o braço. Ele, então, irá até você
para recolher seu CADERNO DE PROVA.

ATENÇÃO: Os Aplicadores NÃO estão autorizados a dar quaisquer explicações sobre questões das
provas. NÃO INSISTA em pedir-lhes ajuda.

FAÇA LETRA LEGÍVEL.


Duração desta prova: TRÊS HORAS. DIGITAL
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ATENÇÃO: Terminada a prova, recolha seus objetos, deixe a sala


e, em seguida, o prédio. A partir do momento em que sair da sala e
até estar fora do prédio, continuam válidas as proibições ao uso
de aparelhos eletrônicos e celulares, bem como não lhe é mais
permitido o uso dos sanitários. DIGITAL

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa 3

Questão 01

Uma frase é considerada ambígua quando possibilita mais de uma leitura e interpretação.
Identifique, em cada um dos textos que se seguem, o elemento causador de ambiguidade e
explicite duas leituras propiciadas em cada caso.

Texto 1

Estado de Minas, Belo Horizonte, 24 abril 2010. Caderno Cultura, p. 7.

Elemento causador da ambiguidade: _________________________________________________

Leitura 1: _______________________________________________________________________

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Leitura 2: _______________________________________________________________________

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Texto 2
É muito comum o contribuinte incluir na sua declaração dependentes que já têm renda.
Essa inclusão pode não ser vantajosa. Para um dependente que estuda, não é vantagem o
contribuinte incluí-lo se sua renda for superior a R$ 4.439, 34.

Folha de S. Paulo, São Paulo, 20 abril 2010, Caderno Dinheiro, p. B4. (Adaptado)

Elemento causador da ambiguidade: _________________________________________________

Leitura 1: _______________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Leitura 2: ______________________________________________________________________

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QUESTÃO 01
4 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa

Questão 02

Leia este trecho:


Quando falamos ou pensamos, estamos criando em nossa mente uma outra realidade, uma
espécie de “realidade virtual”, paralela e, ao mesmo tempo, diferente do mundo real. Para
entendermos isso, é preciso ter em mente que os humanos percebem biologicamente o mundo
da mesma maneira, isto é, os órgãos dos sentidos captam as mesmas imagens, os mesmos
sons e cheiros, as mesmas sensações. Entretanto, cada povo (e mesmo cada indivíduo) faz
uma análise diferente do mundo que percebe em razão do seu particular sistema de valores.
Esse universo paralelo, criado pela linguagem, que habita nossa cabeça é o que chamamos
“visão de mundo”.
O homem não só percebe o mundo, como “concebe” o mundo. Por meio da linguagem,
somos capazes de construir um modelo de mundo em que inserimos imagens mentais de tudo
o que conhecemos. E mais: inserimos imagens de coisas que nunca existiram ou já deixaram
de existir no real. O “mundo” que a linguagem cria e no qual imaginamos viver guarda grande
analogia com o mundo material. Não fosse assim, nossa sobrevivência estaria ameaçada.
BIZOCCHI, Aldo. Como o “não” revigorou a língua. Língua portuguesa, ano II, n. 13, 2006. (Adaptado)

A partir da leitura desse trecho, ANALISE o poema que se segue, explicando o papel da linguagem
na construção de sentido do mundo.
Canção do ver (1)
Por viver muitos anos dentro do mato
moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
por igual
como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
podiam ficar em qualquer posição.
Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha, era
só abrir a palavra abelha e entrar dentro
dela.
Como se fosse a infância da língua.

Barros, Manuel de. Poemas rupestres. 1a parte.


Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004. p. 11.
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa 5

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QUESTÃO 02
6 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa

Questão 03

Leia estes trechos:

Trecho 1

O Desertor enfim cansado chega


À presença do Tio formidável,
E a teimosa Ignorância, que se aferra,
E que afirma, somente porque afirma,
O coração de novo lhe endurece.
A sofrer o trabalho dos estudos
O Tio o anima, roga, e ameaça,
Mas o Herói inflexível só responde,
Que não há de mudar do seu projeto.

ALVARENGA, Manuel Inácio da Silva. O desertor: poema herói-cômico.


Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 127.

Trecho 2
– Bom, já vejo que estás adiantado na moral do século; julgas-te, porém, preparado para
entrar e aparecer na política?...
– Estou a par de todos os conhecimentos humanos; cheguei há um mês de Paris.
– Melhor ainda: tens as duas principais qualidades que são indispensáveis ao homem que
quer subir: és impostor e atrevido.
– Obrigado, meu tio.
– Mas cumpre que estudes ainda.
– Convenho: estou pronto a voltar para França.
– Não; não é lá que deves estudar agora.
– Então onde?...
– Em um grande livro.
– Qual?...
– No livro da tua terra.
MACEDO, Joaquim Manuel de. A carteira de meu tio.
2.ed. Porto Alegre:L&PM, 2010. p. 19.
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa 7

Considerando a relação que mantêm com os respectivos tios, COMPARE os protagonistas desses
trechos.

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QUESTÃO 03
8 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa

Questão 04

Leia este poema:

Ego de mona kateudo

Dor, dor de minha alma, é madrugada


E aportam-me lembranças de quem amo.
E dobram sonhos na mal-estrelada
Memória arfante donde alguém que chamo
Para outros braços cardiais me nega
Restos de rosa entre lençóis de olvido.
Ao longe ladra um coração na cega
Noite ambulante. E escuto-te o mugido,
Oh vento que meu cérebro aleitaste,
Tempo que meu destino ruminaste.
Amor, amor, enquanto luzes, puro,
Dormido e claro, eu velo em vasto escuro,
Ouvindo as asas roucas de outro dia
Cantar sem despertar minha alegria.

FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora e outros poemas.


São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 89.

IDENTIFIQUE três aspectos formais que caracterizam esse poema como um soneto.

Aspecto 1: ______________________________________________________________________

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Aspecto 2: ______________________________________________________________________

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Aspecto 3: ______________________________________________________________________

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa 9

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QUESTÃO 04
10 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - 2a Etapa 11

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mencionada a fonte: Vestibular 2011 UFMG.
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