1.1. Gestão Corrente e Gestão Estratégica Características Das Decisões Estratégicas
1.1. Gestão Corrente e Gestão Estratégica Características Das Decisões Estratégicas
1.1. Gestão Corrente e Gestão Estratégica Características Das Decisões Estratégicas
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Interdependência sistêmica: traduz a ideia de que qualquer decisão
estratégica tem uma repercussão global na empresa. Por um lado,
influencia e é influenciada por outras decisões estratégicas e, por outro
lado, mesmo quando a decisão se refere especialmente a uma área, uma
actividade, uma parte da empresa, ela acaba por ter reflexos em todas as
outras áreas ou actividades em toda empresa. Portanto, diz-se
interdependência sistêmica porque a empresa é vista como um sistema
aberto em que todas suas partes interagem convergindo para uma
finalidade única.
Incerteza: Decidir competir no mercado A em vez do mercado B, com o
produto X em vez do produto Y, são decisões cujos resultados se revelam
muito mais incertos do que qualquer decisão de rotina. Quanto maior é a
incerteza maior é o grau de risco.
Risco: os gestores com responsabilidades na gestão estratégica de uma
organização devem estar preparados para, permanentemente, correrem
riscos, pois como são decisões condicionados por diversas variáveis do
ambiente sobre as quais a empresa não exerce qualquer influência,
portanto, o seu controlo é reduzido ou nulo, os riscos inerentes são
elevados.
Criatividade: fazer coisas diferentes, actuar de forma diferente do que
fazem os concorrentes. Tentar imitar o que o concorrente faz não traz
nenhuma vantagem competitiva.
Iniciativa: esperar que o decurso do tempo resolva ou ajude a resolver os
problemas não é típico dos gestores que têm de tomar decisões
estratégicas.
Conflitos: resolver da melhor forma esses conflitos de interesses é uma
das tarefas fundamentais do gestor estratega.
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Senso crítico: pode conduzir a uma análise rigorosa da situação que
implique uma alteração da actual orientação estratégica, eventualmente,
evitando desse modo, elevadas perdas.
A gestão estratégica e a gestão operacional apresentam algumas diferenças que
se pode analisar a seguir. Enquanto a gestão operacional se caracteriza pelo
desenvolvimento de decisões de rotina, a gestão estratégica caracteriza-se por se
apoiar em decisões que não são de rotina, são mais complexas e traduzem um
certo grau de ambiguidade.
A gestão estratégica traduz-se em actos com implicações em toda a organização,
já a gestão operacional está relacionada com aspectos operacionais, específicos
em relação a uma operação, tarefa ou sector da empresa.
Os resultados da gestão estratégica geralmente traduzem-se em mudanças
significativas, enquanto, as mudanças provocadas pela gestão operacional são,
por regra, mudanças em pequena escala.
A gestão estratégica preocupa-se com a situação e evolução do ambiente das
empresas e com as expectativas dos stakeholders, em especial dos acionistas; e
já, a gestão operacional preocupa-se fundamentalmente com a situação e
evolução dos recursos.
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concretização dos objetivos propostos . Ser eficaz significa fazer as coisas certas
isto é fazer o que deve ser feito. Eficiência é uma medida de produtividade do
grau de utilização dos factores de produção significa fazer bem de modo
correcto as coisas.
As vias de desenvolvimento de uma estratégia empresarial são as seguintes:
Planeamento de acordo com esta perspectiva a formulação da estratégia é um
processo intencional, envolvendo uma série de procedimentos lógicos analíticos
e sequências os objetivos são rigorosamente definidos pelos gestores principais
da organização o ambiente interno e o ambiente externo da organização são
sistematicamente analisados .
Política nesta perspectiva a estratégia surge na sequência de um processo de
negociações e equilíbrios entre diferentes interesses e poderes na organização,
os stakeholdes. As organizações são entidades políticas e como tal sofrem a
influência dos diferentes stakeholdes que tem diferentes interesses a diferentes
objetivos.
Cultural está abordagem do processo estratégico remete para segundo plano as
forças do ambiente e as capacidades da organização e defende que são
sobretudo as pessoas influenciadas pelas suas crenças e valores partilhados o
paradigma que de fato criam a estratégia.
Visionária neste perspectiva a estratégia adoptada emerge de uma visão que
representa o futuro desejado de uma empresa a visão geralmente associada a um
indivíduo o líder actual ou passado , um líder carismático ou a um grupo restrito
de gestores de topo.
Escolha forçada o processo estratégico assume esta modalidade quando as
escolhas estratégicas são limitadas pelo ambiente externo que a organização não
controla , sendo a mudança impulsionar por forças exteriores a empresa
reduzindo assim o nível de escolha estratégica internacional e o papel
desempenhado pelos membros da organização.
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1.4. Estratégia, planeamento e pensamento estratégico
A estratégia e o planeamento estratégico tem conceitos diferentes. O
planeamento é a determinação atencipada do que tem que ser feito e como fazer,
enquanto que a estratégia é vista como plano ou curso conscienciosamente
intencionada.
A estratégia pode ser formada sem existência de um plano, enquanto que o
plano é formado na base de uma estratégia.
Não existe um conceito absoluto de estratégia na gestão de empresas até hoje. Já
em 1985 Chafee agrupava os vários conceitos de estratégias apresentadas pelos
grupos o que chamava modelos: linear, adaptivo e interpretativo.
Linear- a estratégia é vista como a determinação de objetivos a longo
prazo;
Adaptivo- a estratégia é vista como o desenvolvimento de um viável
ajustamento entre as oportunidades do ambiente e dos recursos de uma
organização para dele tirar partido;
Interpretativo- a estratégia é vista como um comportamento calculado em
situações não programadas.
Para Jonhson e Scholes estratégia é uma direção e o campo de acção de uma
organização em longo prazo que ,idealmente, faz o ajustamento dos seus
recursos com o ambiente em mudança, em particular os seus mercados e
clientes, em ordem a satisfazer as expectativas dos seus Stakeholders.
Mintzberg põe em realce a diferença entre estratégia planeada e estratégia
realizada, e faz surgir a ideia da estratégia emergente, aquela que traduz em
padrões de comportamento na ausência de qualquer plano.
Um dos mais acérrimos críticos do planeamento estratégico foi precisamente
Mintzberg que considerou um entrave a mudança estratégica nas empresas pois
o seu entender , enquanto o planeamento se preocupa com analise, a estratégia
se preocupa com a síntese, por tanto dificilmente uma estratégia pode ser
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gerada a partir do planeamento estratégico podendo no entanto o planeamento
estratégico servir para operacionalizar uma estratégia já definida.
O planeamento estratégico e o pensamento estratégico são conceitos que
complementam-se. Enquanto o planeamento estratégico tende a ser mais rígido
e menos imaginário, o pensamento estratégico propícia o aparecimento de novas
ideias e descobertas de soluções criativas.
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