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Aula 02 –

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Sequências

ITA/IME 2020

Professor Victor So
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Sumário
Introdução .................................................................................................................................. 4

1. Sequências .............................................................................................................................. 5
1.1. Definição ........................................................................................................................................ 5
1.2. Lei de Formação ............................................................................................................................. 5

2. Progressão Aritmética (PA) ...................................................................................................... 9


2.1. Definição ........................................................................................................................................ 9
2.2. Classificação ................................................................................................................................... 9
2.3. Termo Geral ................................................................................................................................. 10
2.4. Propriedades ................................................................................................................................ 11
2.5. Progressão Aritmética de Ordem Superior .................................................................................. 18

3. Progressão Geométrica (PG) .................................................................................................. 22


3.1. Definição ...................................................................................................................................... 22
3.2. Termo Geral ................................................................................................................................. 23
3.3. Propriedades ................................................................................................................................ 24

4. Progressão Aritmética Geométrica (PAG) .............................................................................. 35

5. Série Telescópica ................................................................................................................... 37

6. Questões de Vestibulares Anteriores ..................................................................................... 42


Questões ITA ....................................................................................................................................... 42
Questões IME ...................................................................................................................................... 47

7. Gabarito ................................................................................................................................ 50
Gabarito das Questões ITA ................................................................................................................. 50
Gabarito das Questões IME ................................................................................................................ 50

8. Questões de Vestibulares Anteriores Resolvidas e Comentadas ............................................. 51


Questões ITA Comentadas .................................................................................................................. 51
Questões IME Comentadas ................................................................................................................. 83

9. Considerações Finais da Aula ................................................................................................105

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10. Referências Bibliográficas ...................................................................................................106

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Introdução
Nessa aula estudaremos sequências. Veremos conceitos de progressão aritmética,
progressão geométrica, progressão aritmética geométrica e séries telescópicas.
Esse assunto é muito recorrente nas provas do ITA e do IME. Para o ITA, o estudo de PA, PG
e PAG é suficiente. Para o IME, precisamos aprofundar um pouco mais e estudar também séries
telescópicas.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:

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1. Sequências
1.1. Definição
Chama-se sequência uma série de números onde para cada número natural corresponde um
número real.
A notação usual para uma sequência é dada por:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 )
𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 são chamados de termos da sequência.
Os números que acompanham os termos são chamados de índices.
A sequência também pode ser representada por (𝑎𝑛 )𝑛∈ℕ .
Exemplo:
O índice do primeiro termo 𝑎1 da sequência é 1.
O índice do segundo termo 𝑎2 da sequência é 2.
O índice do n-ésimo termo 𝑎𝑛 da sequência é 𝑛.
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) é uma sequência finita.
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 , … ) é uma sequência infinita. Os “...” indicam que a sequência segue
indefinidamente.

1.2. Lei de Formação


A lei de formação de uma sequência permite calcular qualquer termo de uma sequência.
Exemplos:
1) (1, 4, 9, 16, … )
Sua lei de formação é dada por:
𝑎𝑛 = 𝑛2
Essa lei é chamada de termo geral da sequência, pois conseguimos obter o valor de qualquer
termo através dessa lei.
𝑎1 = 12 = 1 (𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜)
𝑎2 = 22 = 4 (𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜)
𝑎3 = 32 = 9 (𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜)

Formalmente, dizemos que essa lei de formação é uma função de ℕ → ℝ cujo termo
geral 𝑎𝑛 possibilita obter o valor de qualquer termo da sequência.

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2) (1, 1, 2, 3, 5, 8, … )
Famosa sequência de Fibonacci. Ela pode ser escrita através da seguinte lei de formação:
𝐹𝑛 = 𝐹𝑛−1 + 𝐹𝑛−2 , 𝑛 ≥ 3
𝐹2 = 𝐹1 = 1
Essa lei é chamada de fórmula de recorrência, pois seus termos são obtidos através de termos
anteriores. Importante salientar que os termos iniciais devem ser definidos para a fórmula de
recorrência. Para o caso da sequência de Fibonacci, temos os termos iniciais 𝐹2 = 𝐹1 = 1.
𝐹3 = 𝐹2 + 𝐹1 = 1 + 1 = 2
𝐹4 = 𝐹3 + 𝐹2 = 2 + 1 = 3
𝐹5 = 𝐹4 + 𝐹3 = 3 + 2 = 5

(Exercícios de Fixação)
1. Dada as seguintes leis de formação, escreva os seus primeiros cinco termos:
a) 𝑎𝑛 = 𝑛 + 𝑛2 , ∀𝑛 ≥ 1
b) 𝑏𝑛 = 𝑛 + 2, ∀𝑛 ≥ 1
c) 𝑐𝑛 = (−𝑛), ∀𝑛 ≥ 1
d) 𝑑1 = 1 e 𝑑𝑛 = 4𝑑𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
2
e) 𝑒1 = 2 e 𝑒𝑛 = 𝑒𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
f) 𝑓1 = 2 e 𝑓𝑛 = (−1)𝑓𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
Resolução:
a) 𝑎𝑛 = 𝑛 + 𝑛2 , ∀𝑛 ≥ 1
𝑎1 = 1 + 12 = 1 + 1 = 2
𝑎2 = 2 + 22 = 2 + 4 = 6
𝑎3 = 3 + 32 = 3 + 9 = 12
𝑎4 = 4 + 42 = 4 + 16 = 20
𝑎5 = 5 + 52 = 5 + 25 = 30
⇒ (2, 6, 12, 20, 30)

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b) 𝑏𝑛 = 𝑛 + 2, ∀𝑛 ≥ 1
𝑏1 = 1 + 2 = 3
𝑏2 = 2 + 2 = 4
𝑏3 = 3 + 2 = 5
𝑏4 = 4 + 2 = 6
𝑏5 = 5 + 2 = 7
⇒ (3, 4, 5, 6, 7)

c) 𝑐𝑛 = (−𝑛), ∀𝑛 ≥ 1
𝑐1 = (−1) = −1
𝑐2 = (−2) = −2
𝑐3 = (−3) = −3
𝑐4 = (−4) = −4
𝑐5 = (−5) = −5
⇒ (−1, −2, −3, −4, −5)

d) 𝑑1 = 1 e 𝑑𝑛 = 4𝑑𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
𝑑2 = 4𝑑1 = 4 ∙ 1 = 4
𝑑3 = 4𝑑2 = 4 ∙ 4 = 16
𝑑4 = 4𝑑3 = 4 ∙ 16 = 64
𝑑5 = 4𝑑4 = 4 ∙ 64 = 256
⇒ (2, 4, 16, 64, 256)

2
e) 𝑒1 = 2 e 𝑒𝑛 = 𝑒𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
𝑒2 = 𝑒12 = 22 = 4
𝑒3 = 𝑒22 = 42 = 16
𝑒4 = 𝑒32 = 162 = 256
𝑒5 = 𝑒42 = 2562 = 65536
⇒ (2, 4, 16, 256, 65536)

f) 𝑓1 = 2 e 𝑓𝑛 = (−1)𝑓𝑛−1 , ∀𝑛 ≥ 2
𝑓2 = (−1)𝑓1 = (−1)2 = −2
𝑓3 = (−1)𝑓2 = (−1)(−2) = 2
𝑓4 = (−1)𝑓3 = (−1)2 = −2

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𝑓5 = (−1)𝑓4 = (−1)(−2) = 2
⇒ (2, −2, 2, −2, 2)
Gabarito: a) (𝟐, 𝟔, 𝟏𝟐, 𝟐𝟎, 𝟑𝟎) b) (𝟑, 𝟒, 𝟓, 𝟔, 𝟕) c) (−𝟏, −𝟐, −𝟑, −𝟒, −𝟓)
d) (𝟐, 𝟒, 𝟏𝟔, 𝟔𝟒, 𝟐𝟓𝟔) e) (𝟐, 𝟒, 𝟏𝟔, 𝟐𝟓𝟔, 𝟔𝟓𝟓𝟑𝟔) f) (𝟐, −𝟐, 𝟐, −𝟐, 𝟐)

2. A soma dos termos iniciais de uma sequência é dado por:


𝑆𝑛 = 𝑛2 , ∀𝑛 ∈ ℕ∗
Calcule:
a) 𝑎2
b) 𝑎210
Resolução:
a) 𝑎2
𝑆1 = 𝑎1 = 12 = 1
𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2 = 22 = 4
Temos o valor de 𝑎1 através de 𝑆1 , vamos substituir esse valor em 𝑆2 para encontrar 𝑎2 :
1 + 𝑎2 = 4 ⇒ 𝑎2 = 3
b) 𝑎210
Para calcular 𝑎210 , devemos calcular a soma 𝑆210 e subtrair 𝑆209 . Veja:
𝑆210 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎209 + 𝑎210
𝑆209 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎209
Perceba que 𝑆209 está escrito na soma 𝑆210 . Vamos inserir 𝑆209 na equação de 𝑆210 :
𝑆210 = 𝑆209 + 𝑎210
𝑎210 = 𝑆210 − 𝑆209
Usando a fórmula dada para 𝑛 = 210 e 𝑛 = 209, temos:
𝑎210 = 2102 − 2092
Podemos fatorar esse número:
𝑎210 = (210 − 209)(210 + 209)
𝑎210 = 1(419) = 419

Gabarito: a) 𝒂𝟐 = 𝟑 b) 𝒂𝟐𝟏𝟎 = 𝟒𝟏𝟗

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2. Progressão Aritmética (PA)


2.1. Definição
Uma sequência é uma progressão aritmética quando sua lei de formação é dada por:
𝒂𝟏 = 𝒂
𝒂𝒏 = 𝒂𝒏−𝟏 + 𝒓
𝑎1 é o primeiro termo da PA e 𝑟 é sua razão.
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 𝑟 é a fórmula de recorrência da PA.
Para verificarmos se uma sequência é uma PA, basta verificar se a diferença entre seus termos
consecutivos resulta em uma constante.
Exemplos:
1) (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7)
Essa sequência é uma PA de razão 𝑟 = 1, pois:
𝑎2 − 𝑎1 = 2 − 1 = 1
𝑎3 − 𝑎2 = 3 − 2 = 1
𝑎4 − 𝑎3 = 4 − 3 = 1
𝑎5 − 𝑎4 = 5 − 4 = 1
𝑎6 − 𝑎5 = 6 − 5 = 1
𝑎7 − 𝑎6 = 7 − 6 = 1
Perceba que essa sequência segue a lei de formação:
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 1
2) (−4, 0, 4)
PA de razão 𝑟 = 4.
𝑎2 − 𝑎1 = 0 − (−4) = 4
𝑎3 − 𝑎2 = 4 − 0 = 4

2.2. Classificação
Uma progressão aritmética pode ser classificada de acordo com sua razão.
2.2.1. PA crescente
𝑟 > 0 ⇒ 𝑃𝐴 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
(2, 6, 10, 14, 18) é uma PA crescente de razão 𝑟 = 4 > 0
2.2.2. PA constante
𝑟 = 0 ⇒ 𝑃𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

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(3, 3, 3, 3, 3) é uma PA constante de razão 𝑟 = 0


2.2.3. PA decrescente
𝑟 < 0 ⇒ 𝑃𝐴 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
(10, 5, 0, −5, −10) é uma PA decrescente de razão 𝑟 = −5 < 0

2.3. Termo Geral


Podemos encontrar o termo geral da PA através da fórmula de recorrência. Vamos escrever
cada termo da PA através dessa fórmula:
𝑎2 = 𝑎1 + 𝑟
𝑎3 = 𝑎2 + 𝑟
𝑎4 = 𝑎3 + 𝑟

𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 𝑟
Somando todos os termos, obtemos:
𝑎2 + 𝑎3 + 𝑎4 + ⋯ + 𝑎𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + (𝑛 − 1)𝑟
Os termos em vermelho se cancelam, então podemos escrever:
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + (𝒏 − 𝟏)𝒓
Esse é o termo geral da PA.
𝑎𝑛 é chamado de n-ésimo termo da PA.
Também podemos escrever o termo geral em função de outro termo que não seja o primeiro.
Vamos escrever os termos a partir do índice 𝑝 > 1 𝑒 𝑝 ∈ ℕ. Usando o termo geral encontrado para
𝑝 e 𝑛:
𝑎𝑝 = 𝑎1 + (𝑝 − 1)𝑟
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Fazendo 𝑎𝑛 − 𝑎𝑝 , obtemos:
𝑎𝑛 − 𝑎𝑝 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟 − [𝑎1 + (𝑝 − 1)𝑟]
𝑎𝑛 − 𝑎𝑝 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟 − 𝑎1 − (𝑝 − 1)𝑟
𝑎𝑛 − 𝑎𝑝 = [(𝑛 − 1) − (𝑝 − 1)]𝑟
𝑎𝑛 − 𝑎𝑝 = (𝑛 − 𝑝)𝑟
𝒂𝒏 = 𝒂𝒑 + (𝒏 − 𝒑)𝒓
Esse é o termo geral em função de qualquer índice.

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2.4. Propriedades
2.4.1. Termos Equidistantes
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , … , 𝑎𝑛−3 , 𝑎𝑛−2 , 𝑎𝑛−1 , 𝑎𝑛 ) uma PA de razão 𝑟.
𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 = 𝒂𝟐 + 𝒂𝒏−𝟏 = 𝒂𝟑 + 𝒂𝒏−𝟐 = ⋯ = 𝒂𝒋+𝟏 + 𝒂𝒏−𝒋 = 𝒄𝒕𝒆

Essa propriedade diz que a soma de dois termos equidistantes dos extremos de uma PA é
igual à soma dos extremos (𝑎1 + 𝑎𝑛 ).
Termos equidistantes são os termos que possuem a soma dos índices iguais a 1 + 𝑛. Veja:
𝑎1 + 𝑎𝑛 ⇒ 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒𝑠 = 1 + 𝑛
𝑎2 + 𝑎𝑛−1 ⇒ 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒𝑠 = 2 + (𝑛 − 1) = 1 + 𝑛
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 ⇒ 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒𝑠 = (𝑗 + 1) + (𝑛 − 𝑗) = 1 + 𝑛
Vamos demonstrar essa propriedade:
Suponha 𝑗 ∈ ℕ e 𝑗 > 1, vamos escrever 𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 usando o termo geral da PA.
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎𝑗+1 = 𝑎1 + ((𝑗 + 1) − 1)𝑟 = 𝑎1 + 𝑗𝑟
𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + [(𝑛 − 𝑗) − 1]𝑟
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + 𝑗𝑟 + {𝑎1 + [(𝑛 − 𝑗) − 1]𝑟}
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + 𝑗𝑟 + 𝑎1 + 𝑛𝑟 − 𝑗𝑟 − 𝑟
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + 𝑎1 + 𝑛𝑟 − 𝑟
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Perceba que 𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟. Substituindo na equação, obtemos:
𝑎𝑗+1 + 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 + 𝑎𝑛
Portanto provamos que para qualquer 𝑗 ∈ ℕ e 𝑗 > 1, a soma dos termos equidistantes resulta
em um número constante (𝑎1 + 𝑎𝑛 ).

2.4.2. Soma dos Termos da PA


A soma dos termos de uma PA é dada pela fórmula:
(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )𝒏
𝑺𝒏 =
𝟐
Demonstração:
Vamos escrever 𝑆𝑛 como a soma de todos os 𝑛 termos de uma PA:
𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛
Também podemos escrever a soma 𝑆𝑛 , invertendo a ordem dos termos:

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𝑆𝑛 = 𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 + ⋯ + 𝑎2 + 𝑎1
Somando essas duas equações e juntando os termos equidistantes:
2𝑆𝑛 = (𝑎1 + 𝑎𝑛 ) + (𝑎2 + 𝑎𝑛−1 ) + ⋯ + (𝑎𝑛−1 + 𝑎2 ) + (𝑎𝑛 + 𝑎1 )
Pela propriedade dos termos equidistantes da PA, vamos escrever as somas em função
de (𝑎1 + 𝑎𝑛 ):
2𝑆𝑛 = (⏟𝑎1 + 𝑎𝑛 ) + (𝑎1 + 𝑎𝑛 ) + ⋯ + (𝑎1 + 𝑎𝑛 ) + (𝑎1 + 𝑎𝑛 )
𝑛 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

2𝑆𝑛 = (𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
𝑆𝑛 =
2

A soma dos 𝑛 termos de uma sequência também pode ser representada dessa forma:
𝑛

𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛 = ∑ 𝑎𝑗
𝑗=1

∑ é o símbolo usado para representar um somatório.


O índice 𝑗 abaixo desse símbolo indica o primeiro termo do somatório e o índice 𝑛 indica até
qual índice vai o somatório.
Exemplo:
5

∑ 𝑎𝑗 = 𝑎2 + 𝑎3 + 𝑎4 + 𝑎5
𝑗=2

Para o caso de uma PA com 𝑛 termos e 𝑛 ímpar, podemos escrever:


𝑺𝒏 = 𝒂(𝒏+𝟏) ∙ 𝒏
𝟐

Onde 𝑎(𝑛+1) é o termo médio da PA.


2

Demonstração:
Podemos usar a fórmula da soma dos termos da PA:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
𝑆𝑛 =
2
Temos que provar que:
𝑎1 + 𝑎𝑛
𝑎(𝑛+1) =
2 2
Usando o termo geral da PA, temos:

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𝑛+1 (𝑛 − 1)
𝑎(𝑛+1) = 𝑎1 + (( ) − 1) 𝑟 = 𝑎1 + 𝑟
2 2 2
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Calculando 𝑎1 + 𝑎𝑛 :
𝑎1 + 𝑎𝑛 = 𝑎1 + 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎1 + 𝑎𝑛 = 2𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Dividindo por 2:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 ) (𝑛 − 1)𝑟
= 𝑎1 + = 𝑎(𝑛+1)
2 2 2

Logo, para 𝑛 ímpar:


𝑆𝑛 = 𝑎(𝑛+1) ∙ 𝑛
2

2.4.3. Média Aritmética


𝒂𝒋−𝟏 + 𝒂𝒋+𝟏
𝒂𝒋 =
𝟐
Essa propriedade é muito útil para resolução das questões do ITA, pois conseguimos
expressar os termos sem usar a razão. Isso facilita os cálculos.
Demonstração:
Vamos escrever 𝑎𝑗−1 e 𝑎𝑗+1 , usando o termo geral:
𝑎𝑗−1 = 𝑎1 + ((𝑗 − 1) − 1)𝑟 = 𝑎1 + (𝑗 − 2)𝑟
𝑎𝑗+1 = 𝑎1 + ((𝑗 + 1) − 1)𝑟 = 𝑎1 + 𝑗𝑟
Somando os dois termos, obtemos:
𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1 = [𝑎1 + (𝑗 − 2)𝑟] + (𝑎1 + 𝑗𝑟)
𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1 = 𝑎1 + 𝑗𝑟 − 2𝑟 + 𝑎1 + 𝑗𝑟
𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1 = 2𝑎1 + 2𝑗𝑟 − 2𝑟
𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1 = 2[𝑎1 + (𝑗 − 1)𝑟]
𝑎𝑗 = 𝑎1 + (𝑗 − 1)𝑟 ⇒ 𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1 = 2𝑎𝑗
𝑎𝑗−1 + 𝑎𝑗+1
𝑎𝑗 =
2
Um termo de uma PA pode ser escrito como a média dos seus termos vizinhos.
Para a prova, grave:
Se tivermos uma PA (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ), podemos escrever 𝑎2 como a média aritmética de 𝑎1
e 𝑎3 :

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𝒂𝟏 + 𝒂𝟑
𝒂𝟐 =
𝟐

2.4.4. Notação Especial


𝑷𝑨 𝒄𝒐𝒎 𝟑 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
(𝒙 − 𝒓, 𝒙, 𝒙 + 𝒓)
𝑷𝑨 𝒄𝒐𝒎 𝟒 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
(𝒙 − 𝟑𝒓′, 𝒙 − 𝒓′, 𝒙 + 𝒓′, 𝒙 + 𝟑𝒓′)
𝑷𝑨 𝒄𝒐𝒎 𝟓 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
(𝒙 − 𝟐𝒓, 𝒙 − 𝒓, 𝒙, 𝒙 + 𝒓, 𝒙 + 𝟐𝒓)

Essa propriedade é útil para facilitar os cálculos de problemas envolvendo PA.


Representamos seus termos em função de um 𝑥 e 𝑟. Note que a razão da PA com 4 termos é 𝑟 =
2𝑟′.

(Exercícios de Fixação)
3. Dado 𝑎1 = 3 e 𝑟 = 5, o primeiro termo e a razão de uma PA, respectivamente. Calcule:
a) 𝑎10
b) 𝑎20
Resolução:
a) 𝑎10
Temos os dados do primeiro termo e a razão da PA. Vamos usar o termo geral da PA para calcular
𝑎10 :
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎10 = 3 + (10 − 1)5
𝑎10 = 3 + 9 ∙ 5
𝑎10 = 48

b) 𝑎20
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟

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𝑎20 = 3 + (20 − 1)5


𝑎20 = 3 + 19 ∙ 5
𝑎20 = 98

Gabarito: a) 𝒂𝟏𝟎 = 𝟒𝟖 b) 𝒂𝟐𝟎 = 𝟗𝟖

4. Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎50 ) uma PA de razão 𝑟. Dado 𝑎10 = 24 e 𝑎20 = 44, calcule 𝑎1 e 𝑟.
Resolução:
Vamos escrever 𝑎10 e 𝑎20 usando o termo geral da PA.
𝑎10 = 𝑎1 + (10 − 1)𝑟 = 24 ⇒ 𝑎1 + 9𝑟 = 24 (𝐼)
𝑎20 = 𝑎1 + (20 − 1)𝑟 = 44 ⇒ 𝑎1 + 19𝑟 = 44 (𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼) − (𝐼), obtemos:
(𝑎1 + 19𝑟) − (𝑎1 + 9𝑟) = 44 − 24
𝑎1 + 19𝑟 − 𝑎1 − 9𝑟 = 20
10𝑟 = 20
𝑟=2
Substituindo 𝑟 = 2 em (𝐼) para encontrar 𝑎1 :
𝑎1 + 9(2) = 24
𝑎1 + 18 = 24
𝑎1 = 6
Gabarito: 𝒂𝟏 = 𝟔 e 𝒓 = 𝟐

5. Obter a soma dos 30 primeiros termos da PA (10, 5, 0, −5, … ).


Resolução:
Vamos aplicar a fórmula da soma:
(𝑎1 +𝑎30 )30
𝑆30 = = (𝑎1 + 𝑎30 )15
2

Sabemos 𝑎1 , precisamos calcular 𝑎30 e a razão 𝑟. Calculando 𝑟:


𝑎2 = 𝑎1 + 𝑟
5 = 10 + 𝑟
𝑟 = −5
Usando o termo geral para calcular 𝑎30 :
𝑎30 = 𝑎1 + (30 − 1)𝑟
𝑎30 = 10 + 29 ∙ (−5)

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𝑎30 = 10 − 145 = −135


Substituindo os valores em 𝑆30 :
𝑆30 = (10 + (−135))15
𝑆30 = (−125)15 = −1875
Gabarito: 𝑺𝟑𝟎 = −𝟏𝟖𝟕𝟓

6. Dado 𝑆𝑛 = 𝑛2 + 𝑛, ∀𝑛 ∈ ℕ∗ , a soma dos 𝑛 termos de uma PA. Calcular o primeiro termo e a


razão da PA.
Resolução:
Para calcular 𝑎1 , podemos substituir 𝑛 = 1 em 𝑆𝑛 :
𝑆𝑛 = 𝑛2 + 𝑛
𝑆1 = 𝑎1
𝑆1 = 12 + 1 = 2
Para descobrir a razão 𝑟, vamos calcular o segundo termo através de 𝑆2 :
𝑆2 = 𝑎1 + 𝑎2
𝑆2 = 22 + 2 = 4 + 2 = 6
𝑎1 + 𝑎2 = 6
2 + 𝑎2 = 6
𝑎2 = 4
A razão será dada por:
𝑎2 = 𝑎1 + 𝑟
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1
𝑟 =4−2=2
Gabarito: 𝒂𝟏 = 𝟐 e 𝒓 = 𝟐

7. Obter 3 números em PA de modo que sua soma seja 21 e a soma de seus quadrados seja 165.
Resolução:
Temos que encontrar uma PA com 3 termos que satisfaça às condições da questão.
Vamos representar a PA da seguinte forma:
(𝑥 − 𝑟, 𝑥, 𝑥 + 𝑟)
Assim, a soma dos seus termos é dado por:
(𝑥 − 𝑟) + 𝑥 + (𝑥 + 𝑟) = 21
3𝑥 = 21
𝑥=7

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A soma de seus quadrados é:


(𝑥 − 𝑟)2 + 𝑥 2 + (𝑥 + 𝑟)2 = 165
Substituindo 𝑥 = 7 na equação e desenvolvendo seus termos:
(7 − 𝑟)2 + 72 + (7 + 𝑟)2 = 165
49 − 14𝑟 + 𝑟 2 + 49 + 49 + 14𝑟 + 𝑟 2 = 165
2𝑟 2 + 3 ∙ 49 = 165
2𝑟 2 + 147 = 165
2𝑟 2 = 18
𝑟2 = 9
𝑟 = ±3
Encontramos 𝑥 = 7 e 𝑟 = ±3. Temos duas PA’s:
𝑟 = 3 ⇒ (7 − 3, 7, 7 + 3) = (4, 7, 10) 𝑃𝐴 𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑟 = −3 ⇒ (7 − (−3), 7, 7 + (−3)) = (10, 7, 4) 𝑃𝐴 𝑑𝑒𝑐𝑟𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
Gabarito: (𝟒 , 𝟕, 𝟏𝟎) e (𝟏𝟎, 𝟕, 𝟒)

8. Interpolando-se 5 termos entre os números 2 e 20, obtemos uma PA. Ache a razão de
interpolação e escreva a PA formada.
Resolução:
Os números 2 e 20 são os extremos da PA. Quando interpolamos, inserimos termos entre esses
extremos. Com isso, a interpolação de 5 termos entre 2 e 20 gera uma PA com 7 termos (5 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 +
2 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠).
Vamos formar a PA e calcular a razão.
𝑎1 = 2 e 𝑎7 = 20
𝑎7 = 𝑎1 + (7 − 1)𝑟
20 = 2 + 6𝑟
18 = 6𝑟
𝑟=3
Temos os valores de 𝑎1 e 𝑟, a PA formada é:
(2, 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , 𝑎5 , 𝑎6 , 20)
(2, 5, 8, 11, 14, 17, 20)
Gabarito: (𝟐, 𝟓, 𝟖, 𝟏𝟏, 𝟏𝟒, 𝟏𝟕, 𝟐𝟎)

9. Interpolando-se 𝑛 vezes, 𝑛 ∈ ℕ, entre os números 𝑛 e 𝑛2 + 3𝑛 + 1 obtemos uma PA. Achar


a razão de interpolação.

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Resolução:
Interpolar 𝑛 vezes significa inserir 𝑛 termos entre os extremos. A PA que procuramos possui a forma:
𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛+1 , 𝑛2 + 3𝑛 + 1)
(𝑛, ⏟
𝑛 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Perceba que essa PA possui 𝑛 + 2 termos.


Os extremos são:
𝑎1 = 𝑛
𝑎𝑛+2 = 𝑛2 + 3𝑛 + 1
Escrevendo os extremos usando o termo geral da PA, obtemos:
𝑎𝑛+2 = 𝑎1 + [(𝑛 + 2) − 1]𝑟
𝑛2 + 3𝑛 + 1 = 𝑛 + (𝑛 + 1)𝑟
𝑛2 + 2𝑛 + 1 = (𝑛 + 1)𝑟
Fatorando e simplificando:
(𝑛 + 1)2 = (𝑛 + 1)𝑟
𝑟 =𝑛+1
∴A razão de interpolação da PA obtida é 𝑟 = 𝑛 + 1
Gabarito: 𝒓 = 𝒏 + 𝟏

2.5. Progressão Aritmética de Ordem Superior


Esse assunto dificilmente é cobrado nas provas do ITA. É mais provável que caia no vestibular
do IME. Veremos apenas como proceder com a questão caso caia algo parecido na prova, você
saberá resolvê-la. Alguns assuntos que serão usados nesse tópico ainda serão aprendidos em aulas
futuras. Caso você não entenda, decore o método de resolução.
2.5.1. Definição
A sequência (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) é uma PA de ordem 𝑘, se após “𝑘 diferenças” entre os termos
consecutivos obtivermos uma PA estacionária.
Exemplo:
1) (1, 2, 4, 8, 15, 26, … )
Se subtrairmos cada termo dessa sequência para encontrar a razão, vemos que a razão não é
constante:
𝑟 = 𝑎2 − 𝑎1 = 2 − 1 = 1
𝑟′ = 𝑎3 − 𝑎2 = 4 − 2 = 2
Vamos obter outra sequência através da subtração de seus termos consecutivos. Seu termo
é da forma 𝑏𝑖 = 𝑎𝑖+1 − 𝑎𝑖 .
𝑏1 = 𝑎2 − 𝑎1 = 2 − 1 = 1

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𝑏2 = 𝑎3 − 𝑎2 = 4 − 2 = 2
𝑏3 = 𝑎4 − 𝑎3 = 8 − 4 = 4
𝑏4 = 𝑎5 − 𝑎4 = 15 − 8 = 7
𝑏5 = 𝑎6 − 𝑎5 = 26 − 15 = 11
Obtemos a sequência:
(1, 2, 4, 7, 11, … )
Novamente, a sequência obtida não possui uma razão constante. Vamos obter outra
sequência aplicando a mesma ideia:
𝑐1 = 𝑏2 − 𝑏1 = 2 − 1 = 1
𝑐2 = 𝑏3 − 𝑏2 = 4 − 2 = 2
𝑐3 = 𝑏4 − 𝑏3 = 7 − 4 = 3
𝑐4 = 𝑏5 − 𝑏4 = 11 − 7 = 4
Perceba que esses termos possuem uma razão constante 𝑟 = 1.
A sequência obtida é uma PA estacionária ou PA de primeira ordem.
(1, 2, 3, 4, … ) 𝑃𝐴 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
As progressões aritméticas de ordem superior são classificadas da seguinte forma:
(1, 2, 3, 4, … ) 𝑃𝐴 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 1
(1, 2, 4, 7, 11, … ) 𝑃𝐴 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2
(1, 2, 4, 8, 15, 26, … ) 𝑃𝐴 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 3
Assim, a PA do exemplo é de terceira ordem.

2.5.2. Teorema do Termo Geral


(𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒂𝟑 , … , 𝒂𝒏 ) 𝑷𝑨 𝒅𝒆 𝒐𝒓𝒅𝒆𝒎 𝒌 ⇔ 𝒂𝒏 = 𝑨𝒌 𝒏𝒌 + 𝑨𝒌−𝟏 𝒏𝒌−𝟏 + 𝑨𝒌−𝟐 𝒏𝒌−𝟐 + ⋯ + 𝑨𝟏 𝒏𝟏 + 𝑨𝟎
Se encontrarmos uma PA de ordem 𝑘, podemos escrever o seu termo geral em função de um
polinômio de grau 𝑘 em 𝑛.
𝐴𝑖 , 0 ≤ 𝑖 ≤ 𝑘, é o coeficiente do polinômio.
𝑎𝑛 = 𝐴𝑘 𝑛𝑘 + 𝐴𝑘−1 𝑛𝑘−1 + 𝐴𝑘−2 𝑛𝑘−2 + ⋯ + 𝐴1 𝑛1 + 𝐴0
*Ainda estudaremos polinômios. No termo acima, 𝐴𝑘 𝑛𝑘 + 𝐴𝑘−1 𝑛𝑘−1 + 𝐴𝑘−2 𝑛𝑘−2 + ⋯ +
𝐴1 𝑛1 + 𝐴0 é um polinômio de ordem 𝑘 (maior expoente de 𝑛). (𝑘, 𝑘 − 1, 𝑘 − 2, … ) são os expoentes
de 𝑛 e 𝑛 é a variável do polinômio.
Vamos encontrar o termo geral da seguinte PA de ordem superior:
(1, 2, 4, 7, 11, … )
Vimos que essa sequência é uma PA de ordem 2 (exemplo do tópico anterior). Então de
acordo com o teorema, podemos escrever seu termo geral como um polinômio de grau 2:

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𝑎𝑛 = 𝐴𝑛2 + 𝐵𝑛 + 𝐶
Precisamos encontrar os valores de 𝐴, 𝐵, 𝐶. Para isso, podemos obter esses valores através
dos dados da PA de ordem 2. Como temos três variáveis, devemos ter três equações para encontrar
seus valores (para encontrar os coeficientes do polinômio com 𝑛 variáveis, devemos ter 𝑛 equações).
𝑎1 = 1 ⇒ 𝐴(1)2 + 𝐵 (1) + 𝐶 = 1 ⇒ 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 1
𝑎2 = 2 ⇒ 𝐴(2)2 + 𝐵(2) + 𝐶 = 2 ⇒ 4𝐴 + 2𝐵 + 𝐶 = 2
𝑎3 = 4 ⇒ 𝐴(3)2 + 𝐵(3) + 𝐶 = 4 ⇒ 9𝐴 + 3𝐵 + 𝐶 = 4
𝐴+𝐵+𝐶 =1 (𝐼)
{ 4𝐴 + 2𝐵 + 𝐶 = 2 (𝐼𝐼)
9𝐴 + 3𝐵 + 𝐶 = 4 (𝐼𝐼𝐼)
Fazendo (𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼) − (𝐼):
(𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼): 5𝐴 + 𝐵 = 2 (𝐼𝑉)
(𝐼𝐼) − (𝐼): 3𝐴 + 𝐵 = 1 (𝑉)
1
(𝐼𝑉 ) − (𝑉 ): 2𝐴 = 1 ⇒ 𝐴 =
2
Substituindo 𝐴 = 1/2 em (𝑉):
1 1
3𝐴 + 𝐵 = 1 ⇒ 3 ( ) + 𝐵 = 1 ⇒ 𝐵 = −
2 2
Substituindo 𝐴 e 𝐵 em (𝐼):
𝐴+𝐵+𝐶 =1
1 1
( ) + (− ) + 𝐶 = 1 ⇒ 𝐶 = 1
2 2
Logo, o termo geral é dado por:
𝑛2 𝑛
𝑎𝑛 = − +1
2 2

2.5.3. Teorema da Soma dos Termos


(𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 , … , 𝒂𝒏 ) 𝑷𝑨 𝒅𝒆 𝒐𝒓𝒅𝒆𝒎 𝑲 → 𝑺𝒏 = 𝑨𝒌+𝟏 𝒏𝒌+𝟏 + 𝑨𝒌 𝒏𝒌 + ⋯ + 𝑨𝟏 𝒏 + 𝑨𝟎
A soma dos termos de uma PA de 𝑘-ésima ordem é dada por um polinômio de grau 𝑘 + 1 na
variável 𝑛, sendo 𝑛 o número de termos da sequência.

10. (IME/2000) Determine o polinômio em 𝑛, com no máximo 4 termos, que representa o


somatório dos quadrados dos 𝑛 primeiros números naturais.

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∑ 𝑘2
𝑘=1

Resolução:
𝑛

𝑆𝑛 = ∑ 𝑘 2
𝑘=1

Queremos um polinômio de grau 𝑛 que representa a soma acima. Analisemos os termos


dessa soma. Sabemos que cada termo é da forma 𝑎𝑘 = 𝑘 2 , logo:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) → (1, 4, 9, 16, 25, … , 𝑛2 )
Perceba que subtraindo os termos consecutivos dessa sequência, obtemos uma PA
estacionária:
(3, 5, 7, 9, 11, … )

𝑃𝐴 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 2

Logo, a sequência formada pelos termos da soma do problema é uma PA de ordem 2. De


acordo com o teorema da soma, podemos escrever 𝑆𝑛 como um polinômio de grau 3:
𝑆𝑛 = 𝐴𝑛3 + 𝐵𝑛2 + 𝐶𝑛 + 𝐷
Temos 4 incógnitas (𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷), então precisamos de 4 equações:
𝑆1 = 𝐴(1)3 + 𝐵(1)2 + 𝐶 (1) + 𝐷 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷 = 1 (𝐼)
𝑆2 = 𝐴(2)3 + 𝐵(2)2 + 𝐶 (2) + 𝐷 = 8𝐴 + 4𝐵 + 2𝐶 + 𝐷 = 5 (𝐼𝐼)
𝑆3 = 𝐴(3)3 + 𝐵(3)2 + 𝐶 (3) + 𝐷 = 27𝐴 + 9𝐵 + 3𝐶 + 𝐷 = 14 (𝐼𝐼𝐼)
𝑆4 = 𝐴(4)3 + 𝐵(4)2 + 𝐶 (4) + 𝐷 = 64𝐴 + 16𝐵 + 4𝐶 + 𝐷 = 30 (𝐼𝑉)
(𝐼𝑉 ) − (𝐼𝐼𝐼):
37𝐴 + 7𝐵 + 𝐶 = 16 (𝑉)
(𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼):
19𝐴 + 5𝐵 + 𝐶 = 9 (𝑉𝐼)
(𝐼𝐼) − (𝐼):
7𝐴 + 3𝐵 + 𝐶 = 4 (𝑉𝐼𝐼)
(𝑉 ) − (𝑉𝐼):
18𝐴 + 2𝐵 = 7 (𝑉𝐼𝐼𝐼)
(𝑉𝐼) − (𝑉𝐼𝐼):
12𝐴 + 2𝐵 = 5 (𝐼𝑋)
(𝑉𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝑋):
1
6𝐴 = 2 ⇒ 𝐴 =
3
Substituindo 𝐴 = 1/3 em (𝐼𝑋):

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1
12 ( ) + 2𝐵 = 5
3

4 + 2𝐵 = 5
1
𝐵=
2
Substituindo 𝐴 = 1/3 e 𝐵 = 1/2 em (𝑉𝐼𝐼):
1 1
7( ) + 3( ) + 𝐶 = 4
3 2
7 3
+ +𝐶 =4
3 2
(14 + 9)
+𝐶 =4
6
23
+𝐶 =4
6
24 23 1
𝐶= − =
6 6 6
Substituindo 𝐴, 𝐵, 𝐶 em (𝐼):
1 1 1
+ + +𝐷 =1
3 2 6
2 3 1
+ + +𝐷 =1
6 6 6
6
+𝐷 =1
6
𝐷=0
Assim, obtemos o polinômio:
1 3 1 2 1
𝑆𝑛 = 𝑛 + 𝑛 + 𝑛
3 2 6

𝟏 𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑺𝒏 = 𝒏𝟑 + 𝒏𝟐 + 𝒏
𝟑 𝟐 𝟔

3. Progressão Geométrica (PG)


3.1. Definição
Uma sequência é uma progressão geométrica quando sua lei de formação é dada por:
𝒂𝟏 = 𝒂
𝒂𝒏 = 𝒂𝒏−𝟏 𝒒
𝑎1 é o primeiro termo da PG e 𝑞 é sua razão.

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𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 𝑞 é a fórmula de recorrência da PG.


Exemplos:
1) (1, 3, 9, 27, … )
PG cujo primeiro termo é 𝑎1 = 1 e sua razão é:
𝑎2 3
𝑞= = =3
𝑎1 1
1 1 1
2) (1, , , , … )
2 4 8

PG com 𝑎1 = 1 e razão:
1
𝑎2 2 1
𝑞= = =
𝑎1 1 2
3) (3, −9, 27, −81, … )
PG com 𝑎1 = 3 e razão:
𝑎2 −9
𝑞= = = −3
𝑎1 3

3.2. Termo Geral


Vamos encontrar o termo geral da PG através da fórmula de recorrência. Escrevendo os
termos:
𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 𝑞
𝑎2 = 𝑎1 𝑞
𝑎3 = 𝑎2 𝑞
𝑎4 = 𝑎3 𝑞
𝑎5 = 𝑎4 𝑞

𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 𝑞
Perceba que temos 𝑛 − 1 termos.
Vamos multiplicá-los:
𝑎2 ∙ 𝑎3 ∙ 𝑎4 ∙ 𝑎5 ∙ … ∙ 𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑎2 ∙ 𝑎3 ∙ 𝑎4 ∙ … ∙ 𝑎𝑛−1 ∙ ⏟
𝑞 ∙𝑞 ∙𝑞 ∙𝑞 ∙…∙𝑞
𝑛−1 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

Os termos em vermelho se cancelam e assim obtemos:


𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 𝒒𝒏−𝟏
Essa é o termo geral da PG.
Também podemos escrever o termo geral em função de um termo qualquer da PG.

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Usando o termo geral, podemos escrever:


𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
𝑎𝑝 = 𝑎1 𝑞𝑝−1
Dividindo as duas equações:
𝑎𝑛 𝑎1 𝑞𝑛−1
=
𝑎𝑝 𝑎1 𝑞𝑝−1
𝑎𝑛 = 𝑎𝑝 𝑞 (𝑛−1)−(𝑝−1)

𝒂𝒏 = 𝒂𝒑 𝒒(𝒏−𝒑)

3.3. Propriedades
3.3.1. Termos Equidistantes
𝒂𝟏 𝒂𝒏 = 𝒂𝟐 𝒂𝒏−𝟏 = 𝒂𝟑 𝒂𝒏−𝟐 = ⋯ = 𝒂𝒋+𝟏 𝒂𝒏−𝒋 = 𝒄𝒕𝒆

O produto dos termos equidistantes é um valor constante e igual à 𝑛 + 1.


Para provar essa propriedade, vamos escrever os termos equidistantes generalizados
𝑎𝑗+1 e 𝑎𝑛−𝑗 , 𝑗 ∈ ℕ, usando o termo geral da PG.
𝑎𝑗+1 = 𝑎1 𝑞[(𝑗+1)−1] = 𝑎1 𝑞 𝑗
𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 𝑞 [(𝑛−𝑗)−1]
Multiplicando os dois termos, temos:
𝑎𝑗+1 𝑎𝑛−𝑗 = (𝑎1 𝑞 𝑗 )(𝑎1 𝑞[(𝑛−𝑗)−1] )
𝑎𝑗+1 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 𝑎1 𝑞 𝑗 𝑞[(𝑛−𝑗)−1]
𝑎𝑗+1 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 𝑎1 𝑞𝑛−1
Sabemos que 𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1 , substituindo na equação acima:
𝑎𝑗+1 𝑎𝑛−𝑗 = 𝑎1 𝑎𝑛
Logo, o produto dos termos equidistantes é igual ao valor do produto dos extremos.

3.3.2. Soma dos Termos da PG finita


𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
𝑺𝒏 =
𝒒−𝟏
Demonstração:
Vamos calcular a soma da PG finita:
𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛

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Escrevendo os termos usando o termo geral:


𝑎2 = 𝑎1 𝑞
𝑎3 = 𝑎1 𝑞2
𝑎4 = 𝑎1 𝑞3

𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
Substituindo em 𝑆𝑛 :
𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎1 𝑞 + 𝑎1 𝑞2 + 𝑎1 𝑞3 + ⋯ + 𝑎1 𝑞𝑛−1
Multiplicando 𝑆𝑛 por 𝑞, obtemos:
𝑞𝑆𝑛 = 𝑎1 𝑞 + 𝑎1 𝑞2 + 𝑎1 𝑞3 + 𝑎1 𝑞4 + ⋯ + 𝑎1 𝑞𝑛
Subtraindo as duas equações:
𝑆𝑛 − 𝑞𝑆𝑛 = 𝑎1 + 𝑎1 𝑞 + 𝑎1 𝑞2 + 𝑎1 𝑞3 + ⋯ + 𝑎1 𝑞𝑛−1 − (𝑎1 𝑞 + 𝑎1 𝑞2 + 𝑎1 𝑞3 + 𝑎1 𝑞4 + ⋯ + 𝑎1 𝑞𝑛 )
Repare que os termos em vermelho se cancelam.
Dessa forma:
𝑆𝑛 − 𝑞𝑆𝑛 = 𝑎1 − 𝑎1 𝑞𝑛
𝑆𝑛 (1 − 𝑞) = 𝑎1 (1 − 𝑞𝑛 )
𝑎1 (1 − 𝑞𝑛 )
𝑆𝑛 =
1−𝑞
Também podemos escrever:
𝑎1 (1 − 𝑞𝑛 )(−1) 𝑎1 (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 = =
(1 − 𝑞)(−1) 𝑞−1

3.3.3. Soma dos Termos da PG infinita


𝒂𝟏
𝑺= , −𝟏 < 𝒒 < 𝟏
𝟏−𝒒
Quando temos uma PG infinita de razão absoluta menor que 1, a soma dos seus termos
converge para 𝑎1 /(1 − 𝑞).
Demonstração:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) 𝑃𝐺 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎
Vamos escrever a fórmula da soma da PG finita:
𝑎1 (1 − 𝑞𝑛 ) 𝑎1 − 𝑎1 𝑞𝑛
𝑆𝑛 = =
1−𝑞 1−𝑞
Se −1 < 𝑞 < 1 e a PG é infinita podemos escrever:

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𝑎1 − 𝑎1 𝑞𝑛
𝑆 = lim 𝑆𝑛 = lim ( )
𝑛→∞ 𝑛→∞ 1−𝑞
𝑎1 − 𝑎1 𝑞𝑛 𝑎1
𝑆 = lim ( )=
𝑛→∞ 1−𝑞 1−𝑞

Veja a sequência:
1 1 1 1
( , , ,…, 𝑛 ,…)
2 4 8 2
1
𝑎1 =
2
1 1
𝑎2 = 2 =
2 4
1 1
𝑎3 = 3 =
2 8

Perceba que os valores vão diminuindo à medida que o índice aumenta. Vamos calcular 𝑎10 :
1 1
𝑎10 = 10 = ≅ 0,001
2 1024
Agora, veja 𝑎20 :
1 1
𝑎20 = 20 = ≅ 0,000001
2 1048576
Se tentarmos calcular 𝑎𝑛 tal que 𝑛 seja tão grande, vamos obter um valor muito próximo de
zero.
Assim, quando 𝑛 tende ao infinito, podemos escrever:
1
lim 𝑛 = 0
𝑛→∞ 2
Essa propriedade é válida para números pertencentes ao intervalo ] − 1, 1[.

3.3.4. Produto dos Termos da PG


O produto dos termos de uma PG é dado por:
𝒏(𝒏−𝟏)
𝑷𝒏 = 𝒂𝒏𝟏 𝒒 𝟐

Demonstração:
Vamos representar os termos da PG usando o termo geral:
𝑎1 = 𝑎1
𝑎2 = 𝑎1 𝑞
𝑎3 = 𝑎1 𝑞2

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𝑎4 = 𝑎1 𝑞3

𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
Multiplicando os termos da PG, obtemos:

𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎4 ∙ … ∙ 𝑎𝑛 = ⏟
⏟ ⏟∙ 𝑞2 ∙ 𝑞3 ∙ … ∙ 𝑞𝑛−1 )
𝑎1 𝑎1 𝑎1 𝑎1 ∙ … ∙ 𝑎1 (𝑞
𝑃𝑛 𝑛 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛−1 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠

𝑃𝑛 = 𝑎1𝑛 𝑞1+2+3+..+(𝑛−1)
1 + 2 + 3 + ⋯ + (𝑛 − 1) é uma soma de PA de razão 1.
Aplicando a fórmula da soma da PA:
(1 + (𝑛 − 1))(𝑛 − 1) 𝑛(𝑛 − 1)
𝑆𝑛−1 = =
2 2
Substituindo em 𝑃𝑛 :
𝑛(𝑛−1)
𝑃𝑛 = 𝑎1𝑛 𝑞 2

O produto dos termos de uma sequência também pode ser representado dessa forma:
𝑛

𝑃𝑛 = ∏ 𝑎𝑗 = 𝑎1 𝑎2 𝑎3 ∙ … ∙ 𝑎𝑛
𝑗=1

∏ é o símbolo usado para representar o produtório de uma sequência. Ela parte do termo de
índice 𝑗 = 1 e vai até o termo de índice 𝑛.
Para 𝑛 ímpar, podemos escrever:
𝒏
𝑷𝒏 = (𝒂𝒏+𝟏 )
𝟐

Onde 𝑎𝑛+1 é o termo médio da PG.


2

Demonstração:
Usando o termo geral da PG, temos:
𝑛+1 𝑛−1
𝑎𝑛+1 = 𝑎1 𝑞 ( 2
−1)
= 𝑎1 𝑞( 2
)
2

Pela fórmula dos produtos dos termos da PG, temos:


𝑛(𝑛−1) 𝑛−1 𝑛 𝑛
𝑃𝑛 = 𝑎1𝑛 𝑞 2 = (𝑎1 𝑞 2 ) = (𝑎𝑛+1 )
2

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3.3.5. Média Geométrica


𝒂𝟐𝒋 = 𝒂𝒋−𝟏 𝒂𝒋+𝟏

Essa propriedade facilita as resoluções das questões do ITA e IME, pois conseguimos
expressar os termos sem usar a razão.
Demonstração:
Representando 𝑎𝑗−1 e 𝑎𝑗+1 usando o termo geral da PG:
𝑎𝑗−1 = 𝑎1 𝑞 (𝑗−1)−1 = 𝑎1 𝑞 𝑗−2
𝑎𝑗+1 = 𝑎1 𝑞 (𝑗+1)−1 = 𝑎1 𝑞 𝑗
Multiplicando os termos, obtemos:
𝑎𝑗−1 𝑎𝑗+1 = 𝑎1 𝑞 𝑗−2 𝑎1 𝑞 𝑗 = 𝑎12 𝑞2𝑗−2 = 𝑎12 𝑞2(𝑗−1) = [𝑎1 𝑞 𝑗−1 ]2 = 𝑎𝑗2
⇒ 𝑎𝑗−1 𝑎𝑗+1 = 𝑎𝑗2
Assim, para uma PG (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ), podemos escrever 𝑎2 como a média geométrica de 𝑎1 e 𝑎3 :
𝒂𝟐𝟐 = 𝒂𝟏 𝒂𝟑

3.3.6. Notação Especial


𝑷𝑮 𝒄𝒐𝒎 𝟑 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
𝒙
(𝒙, 𝒙𝒒, 𝒙𝒒𝟐 ) 𝒐𝒖 ( , 𝒙, 𝒙𝒒)
𝒒
𝑷𝑮 𝒄𝒐𝒎 𝟒 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
𝒙 𝒙
(𝒙, 𝒙𝒒, 𝒙𝒒𝟐 , 𝒙𝒒𝟑 ) 𝒐𝒖 ( , , 𝒙𝒚, 𝒙𝒚𝟑 )
𝒚𝟑 𝒚
𝑷𝑮 𝒄𝒐𝒎 𝟓 𝒕𝒆𝒓𝒎𝒐𝒔:
𝒙 𝒙
(𝒙, 𝒙𝒒, 𝒙𝒒𝟐 , 𝒙𝒒𝟑 , 𝒙𝒒𝟒 ) 𝒐𝒖 ( 𝟐
, , 𝒙, 𝒙𝒒, 𝒙𝒒𝟐 )
𝒒 𝒒
Note que a razão da PG com 4 termos é 𝑞 = 𝑦 2 .

(Exercícios de Fixação)
11. Dado a PG (2, −4, 8, −16, 32, … ), calcule:

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a) 𝑎20
b) 𝑎30
Resolução:
a) Para calcular os termos da PG, precisamos encontrar sua razão. Podemos aplicar a fórmula de
recorrência:
𝑎2 = 𝑎1 𝑞
𝑎2
𝑞=
𝑎1
Observando a sequência, 𝑎2 = −4 e 𝑎1 = 2. Substituindo na fórmula acima:
−4
𝑞= = −2
2
Usando o termo geral para calcular 𝑎20 :
𝑎20 = 𝑎1 𝑞20−1 = 𝑎1 𝑞19
𝑎20 = 2(−2)19 = −220
b) Conhecemos a razão e o termo inicial, vamos aplicar o termo geral:
𝑎30 = 𝑎1 𝑞30−1 = 𝑎1 𝑞29
𝑎30 = 2(−2)29 = −230
Gabarito: a) 𝒂𝟐𝟎 = −𝟐𝟐𝟎 b) 𝒂𝟑𝟎 = −𝟐𝟑𝟎

12. Dado 𝑎3 = 9 e 𝑎6 = 243, termos de uma PG. Calcule 𝑎100 .


Resolução:
Vamos usar o termo geral para encontrar a razão:
𝑎𝑛 = 𝑎𝑝 𝑞𝑛−𝑝
𝑎6 = 𝑎3 𝑞6−3
𝑎6 = 𝑎3 𝑞3
243 = 9𝑞3
243
𝑞3 = = 27 = 33
9
𝑞 3 = 33
𝑞=3
Agora, aplicando o termo geral para 𝑎100 :
𝑎100 = 𝑎3 𝑞100−3 = 𝑎3 𝑞97
Sabemos que 𝑎3 = 9 e 𝑞 = 3, dessa forma:
𝑎100 = 9(3)97 = 32 397 = 399
Gabarito: 𝒂𝟏𝟎𝟎 = 𝟑𝟗𝟗

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13. Que número deve ser somado aos termos da sequência (−2, 8, 68) para que se tenha uma
PG?
Resolução:
Temos que descobrir o valor de 𝑥 para que a sequência (−2 + 𝑥, 8 + 𝑥, 68 + 𝑥) seja uma PG.
Vamos escrever a razão em função dos termos. Veja:
𝑎2 8+𝑥
𝑞= =
𝑎1 −2 + 𝑥
𝑎3 68 + 𝑥
𝑞= =
𝑎2 8+𝑥
Igualando as duas equações, obtemos:
8+𝑥 68 + 𝑥
=
−2 + 𝑥 8+𝑥
Resolvendo a equação:
(8 + 𝑥)2 = (68 + 𝑥)(−2 + 𝑥)
64 + 16𝑥 + 𝑥 2 = −136 + 66𝑥 + 𝑥 2
200 = 50𝑥
𝑥=4
Substituindo 𝑥 = 4 em uma das equações para encontrar o valor da razão:
𝑎2 8+𝑥 8+4 12
𝑞= = = = =6
𝑎1 −2 + 𝑥 −2 + 4 2
Portanto, se adicionarmos 4 a cada termo da sequência, obteremos uma PG de razão 𝑞 = 6.
Gabarito: 𝒙 = 𝟒

1 1 1 1
14. Quantos termos tem a PG (1, , , , … , )?
2 4 8 2048

Resolução:
Vamos encontrar a razão da PG:
1
𝑎2 2 1
𝑞= = =
𝑎1 1 2
Agora, podemos escrever o último termo em função de 𝑛:
𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
Substituindo os valores:
1 1 𝑛−1
= 1( )
2048 2

Aula 02 – Sequências 30
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Pela fatoração 2048 = 211


Desse modo:
1 1
11
= 𝑛−1
2 2
Igualando os expoentes:
11 = 𝑛 − 1
𝑛 = 12
Gabarito: 𝒏 = 𝟏𝟐

15. Em uma PG com 3 termos, a soma dos seus termos é 31 e o produto deles é 125. Obtenha a
PG.
Resolução:
Vamos escrever a PG usando a notação especial para 3 termos:
𝑥
( , 𝑥, 𝑥𝑞)
𝑞
Segundo o enunciado, temos:
𝑃3 = 𝑎1 𝑎2 𝑎3 = 125
𝑥
𝑃3 = ( ) 𝑥 (𝑥𝑞 ) = 125
𝑞
𝑥 3 = 53
𝑥=5
𝑆3 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 = 31
𝑥
𝑆3 = + 𝑥 + 𝑥𝑞 = 31
𝑞
1
𝑥 ( + 1 + 𝑞) = 31
𝑞
Substituindo 𝑥 = 5 na equação:
1
5 ( + 1 + 𝑞) = 31
𝑞
Resolvendo a equação:
5(1 + 𝑞 + 𝑞 2 )
= 31
𝑞
5 + 5𝑞 + 5𝑞2 = 31𝑞
5𝑞2 − 26𝑞 + 5 = 0
Temos que encontrar as raízes dessa equação quadrática:

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−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑞=
2𝑎
−(−26) ± √(−26)2 − 4 ∙ 5 ∙ 5
𝑞=
2∙5
26 ± √676 − 100 26 ± √576 26 ± 24 1
𝑞= = = = 5 𝑜𝑢
10 10 10 5
Assim, encontramos duas razões e consequentemente temos duas PGs.
1
𝑞 = 5 ⇒ (5 ∙ ( ) , 5, 5 ∙ 5) = (1, 5, 25)
5
A outra razão é o inverso dessa que acabamos de encontrar.
1 1
𝑞′ = =
5 𝑞

𝑥 𝑥 1 𝑥
( ′ , 𝑥, 𝑥𝑞′ ) ⇒ , 𝑥, 𝑥 ( ) ⇒ (𝑥𝑞, 𝑥, )
𝑞 1 𝑞 𝑞
𝑞
( )
A segunda PG possui os mesmos termos que a primeira com a ordem invertida:
(25, 5, 1)
Gabarito: (𝟏, 𝟓, 𝟐𝟓) ou (𝟐𝟓, 𝟓, 𝟏)

16. Determine a soma de todos os divisores positivos de 8192.


Resolução:
Vamos fatorar o número 8192:

Assim, podemos escrever:

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8192 = 213
Os divisores do número 8192 serão todos os números que podem ser formados pelos fatores
de 8192. Os números pertencem à sequência:
(20 , 21 , 22 , 23 , 24 , … , 213 )
Note que a sequência é uma PG de razão 𝑞 = 2.
Vamos usar a fórmula da soma da PG finita:
𝑎1 (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
20 até 213 são 14 números, logo 𝑛 = 14.
𝑞 = 2 e 𝑎1 = 20 = 1.
Substituindo os valores:
1(214 − 1)
𝑆14 = = 214 − 1
2−1
Gabarito: 𝑺 = 𝟐𝟏𝟒 − 𝟏

17. Simplifique:
(𝑥 2 + 𝑥 4 + ⋯ + 𝑥 2𝑛 )
(𝑥 + 𝑥 2 + ⋯ + 𝑥 𝑛 )
Resolução:
Temos uma soma de PG finita no numerador e no denominador da fração.
Vamos primeiro simplificar o numerado usando a fórmula da soma da PG finita:
𝑎1 (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
𝑥4
Para a sequência 𝑥 2 + 𝑥 4 + ⋯ + 𝑥 2𝑛 , a razão é 𝑞 = = 𝑥 2 e 𝑎1 = 𝑥 2 .
𝑥2

Vamos encontrar o número de termos dessa PG:


𝑎𝑚 = 𝑎1 𝑞𝑚−1
𝑎𝑚 = 𝑥 2𝑛
𝑥 2𝑛 = 𝑥 2 (𝑥 2 )𝑚−1
𝑥 2𝑛−2 = (𝑥 2 )𝑚−1
(𝑥 2 )𝑛−1 = (𝑥 2 )𝑚−1
𝑚=𝑛
Logo, a quantidade de termos dessa PG é 𝑛.
Podemos escrever:

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𝑥 2 ((𝑥 2 )𝑛 − 1) 𝑥 2 (𝑥 2𝑛 − 1) 𝑥 2 (𝑥 𝑛 − 1)(𝑥 𝑛 + 1)
𝑆𝑛 = = =
𝑥2 − 1 𝑥2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
Usando o mesmo raciocínio para o denominador:
𝑥 + 𝑥 2 + ⋯ + 𝑥 𝑛 possui 𝑛 termos e sua razão é 𝑞 = 𝑥.
𝑥 (𝑥 𝑛 − 1)
𝑠𝑛 =
𝑥−1
A fração que temos que simplificar é dado por:
𝑥 2 (𝑥 𝑛 − 1)(𝑥 𝑛 + 1)
𝑆𝑛 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥 (𝑥 𝑛 + 1)
= =
𝑠𝑛 𝑥 (𝑥 𝑛 − 1) 𝑥+1
𝑥−1
𝒙(𝒙𝒏 +𝟏)
Gabarito:
𝒙+𝟏

18. Calcule a soma:


1 1 1 1 1 1
𝑆= + + + + + +⋯
2 3 4 9 8 27
Resolução:
Veja:
1 1 1 1 1 1
𝑆=
+ + + + + +⋯
2 3 4 9 8 27
Essa é uma soma de duas progressões geométricas infinitas:
1 1 1
𝑆′ =
+ + + ⋯ ⇒ 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 ½
2 4 8
1 1 1
𝑆′′ = + + + ⋯ ⇒ 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 1/3
3 9 27
Usando a fórmula da soma da PG infinita para cada sequência, temos:
1 1
𝑎1 ( )
𝑆′ = = 2 = 2 =1
1−𝑞 1−( ) 11
2 2
1 1
𝑏1 ( ) 1
𝑆′′ = = 3 =3=
1 − 𝑞 1 − (1 ) 2 2
3 3
Dessa forma, a soma da questão é dada por:
1 3
𝑆 = 𝑆 ′ + 𝑆 ′′ = 1 + =
2 2
Gabarito: 𝑺 = 𝟑/𝟐

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4. Progressão Aritmética Geométrica (PAG)


Entre as sequências, podemos ter uma que é a união de uma PA com uma PG. Essa sequência
chama-se progressão aritmética geométrica.
Definição:
O termo geral de uma PAG é dado por:
𝒂𝒏 = [𝒂𝟏 + (𝒏 − 𝟏)𝒓]𝒒𝒏−𝟏
Exemplos:
1 2 3 4 5
1) ( , , , , , … )
1 2 4 8 16
Perceba que o numerador é uma PA de razão 1 (1, 2, 3, 4, 5, … ) e o denominador é uma PG
de razão 2 (1, 2, 4, 8, 16, … ). Essa sequência é uma PAG.
Para a PAG, a razão 𝑟 é igual a 1 e a razão 𝑞 é igual a 1/2.
O termo geral é:
𝑎𝑛 = [𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟]𝑞𝑛−1
1 𝑛−1 𝑛
𝑎𝑛 = [1 + (𝑛 − 1)1] ( ) = 𝑛−1 = 𝑛21−𝑛
2 2

As questões que podem cair no ITA e no IME sobre PAG normalmente cobrarão a soma dos
termos da PAG. Vamos aprender a resolver esse tipo de questão.
Considere o termo inicial da PAG 𝑎1 = 𝑎 e razões 𝑟 e 𝑞.
Vamos calcular:
𝑆 = 𝑎 + [(𝑎 + 𝑟)𝑞] + [(𝑎 + 2𝑟)𝑞2 ] + [(𝑎 + 3𝑟)𝑞3 ] + ⋯
O bizu dessa questão é multiplicar 𝑆 por 𝑞 e fazer 𝑆 − 𝑆𝑞. Veja:
𝑆𝑞 = 𝑎𝑞 + [(𝑎 + 𝑟)𝑞2 ] + [(𝑎 + 2𝑟)𝑞3 ] + [(𝑎 + 3𝑟)𝑞4 ] + ⋯
Fazendo 𝑆 − 𝑆𝑞:
𝑆 − 𝑆𝑞 = 𝑎 + [(𝑎 + 𝑟)𝑞] + [(𝑎 + 2𝑟)𝑞2 ] + [(𝑎 + 3𝑟)𝑞3 ] + ⋯
−{𝑎𝑞 + [(𝑎 + 𝑟)𝑞2 ] + [(𝑎 + 2𝑟)𝑞3 ] + [(𝑎 + 3𝑟)𝑞4 ] + ⋯ }
Repare que os termos com as cores correspondentes podem ser subtraídos. Dessa forma,
obtemos:
𝑆(1 − 𝑞) = 𝑎 + 𝑟𝑞 + 𝑟𝑞2 + 𝑟𝑞3 + 𝑟𝑞4 + ⋯

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𝑎 + 𝑟𝑞 (1 + 𝑞 + 𝑞2 + 𝑞3 + ⋯ )
𝑆=
1−𝑞
Se −1 < 𝑞 < 1, podemos aplicar a fórmula da PG infinita em 1 + 𝑞 + 𝑞2 + 𝑞3 + ⋯:
1
𝑎 + 𝑟𝑞 ( ) 𝑎 𝑟𝑞
1−𝑞
𝑆= = +
1−𝑞 1 − 𝑞 (1 − 𝑞 ) 2
Encontramos uma fórmula para a soma de uma PAG de razão −1 < 𝑞 < 1.

2 3 4 5
19. (ITA/1975/Modificada) Calcule 𝑆 = 1 + + + + +⋯
2 4 8 16

Resolução:
A questão é antiga, mas não se iluda! O ITA já cobrou questões antigas em provas recentes e
a questão foi exatamente a mesma. Então vamos aprender a resolvê-la.
1
Perceba que a soma 𝑆 é de uma PAG com razão 𝑟 = 1 e 𝑞 = .
2

Vamos usar o bizu para a resolução da soma da PAG.


1
Multiplicando 𝑆 por 𝑞 = :
2
1 1 2 3 4 5
𝑆( ) = + + + + +⋯
2 2 4 8 16 32
Comparando com 𝑆:
2 3 4 5
𝑆 =1+ + + + +⋯
2 4 8 16
Fazendo 𝑆 − 𝑆/2:
𝑆 2 3 4 5 1 2 3 4 5
𝑆−
=1+ + + + + ⋯− ( + + + + + ⋯)
2 2 4 8 16 2 4 8 16 32
Note que os termos coloridos podem ser subtraídos. Assim, encontramos uma sequência
conhecida:
𝑆 1 1 1 1 1
=1+ + + + + +⋯
2 2 4 8 16 32
Obtemos a soma de uma PG de razão 1/2.
Como a razão é maior que −1 e menor que 1, podemos usar a fórmula da PG infinita:
𝑆 1 𝑆 1
= ⇒ = =2
2 1−1 2 1
2 2
𝑆=4

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Gabarito: 𝑺 = 𝟒

20. (ITA/1977/Modificada) Sendo 𝑆𝑘 = 1 + 2𝑥 + 3𝑥 2 + ⋯ + (𝑘 + 1)𝑥 𝑘 , onde 𝑥 > 1 e 𝑘 é um


inteiro maior que 2, então, se 𝑛 é um inteiro maior que 2. Obtenha 𝑆𝑛 , 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 > 2.
Resolução:
Vamos usar o bizu e calcular 𝑆𝑛 .
Temos as razões 𝑟 = 1 e 𝑞 = 𝑥.
𝑆𝑛 = 1 + 2𝑥 + 3𝑥 2 + 4𝑥 3 + ⋯ + (𝑛 + 1)𝑥 𝑛
Multiplicando 𝑆𝑛 por 𝑞 = 𝑥:
𝑆𝑛 𝑥 = 𝑥 + 2𝑥 2 + 3𝑥 3 + 4𝑥 4 + ⋯ + (𝑛 + 1)𝑥 𝑛+1
Subtraindo as duas equações:
𝑆𝑛 − 𝑆𝑛 𝑥 = 1 + 𝑥 + 𝑥 2 + 𝑥 3 + ⋯ + 𝑥 𝑛 − (𝑛 + 1)𝑥 𝑛+1
Aplicando a soma da PG finita para a soma 1 + 𝑥 + 𝑥 2 + ⋯ + 𝑥 𝑛 (perceba que temos 𝑛 = 1
termos nessa sequência):
1(𝑥 𝑛+1 − 1)
𝑆𝑛 (1 − 𝑥) = − (𝑛 + 1)𝑥 𝑛+1
𝑥−1
Multiplicando por −1:
𝑥 𝑛+1 − 1
𝑆𝑛 (𝑥 − 1) = (𝑛 + 1)𝑥 𝑛+1 −
𝑥−1
Isolando o termo 𝑆𝑛 :
(𝑛 + 1)𝑥 𝑛+1 (𝑥 𝑛+1 − 1)
𝑆𝑛 = −
𝑥−1 (𝑥 − 1)2
(𝒏+𝟏)𝒙𝒏+𝟏 (𝒙𝒏+𝟏 −𝟏)
Gabarito: 𝑺𝒏 = − (𝒙−𝟏)𝟐
𝒙−𝟏

5. Série Telescópica
Séries telescópicas costumam cair no IME. Ela é qualquer somatório da forma:
𝑛

𝑆𝑛 = ∑ 𝑓(𝑘 + 1) − 𝑓(𝑘) = 𝑓 (𝑛 + 1) − 𝑓(1)


𝑘=1

Das várias séries telescópicas o IME costuma cobrar a série telescópica-aritmética.


Vamos aprender a resolvê-la.
Considere uma sequência da forma:
1 1 1 1
( , , , ,…)
𝑎1 𝑎2 𝑎2 𝑎3 𝑎3 𝑎4 𝑎4 𝑎5

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𝑎𝑖 , 𝑖 ∈ ℕ, é o termo de uma PA de primeira ordem de razão 𝑟.


A sua soma é dada por:
1 1 1 1 1
𝑆𝑛 = + + + +⋯+
𝑎1 𝑎2 𝑎2 𝑎3 𝑎3 𝑎4 𝑎4 𝑎5 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
O bizu para resolver essa soma é escrever os termos da sequência dessa forma:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
≡ ( − )
𝒂𝒏 𝒂𝒏+𝟏 𝒓 𝒂𝒏 𝒂𝒏+𝟏
Veja:
Para 𝑟 ≠ 0, vamos escrever os termos da sequência como a diferença dos termos
consecutivos:
1 1 𝑎2 − 𝑎1 𝑟
− = =
𝑎1 𝑎2 𝑎1 𝑎2 𝑎1 𝑎2
1 1 𝑟
− =
𝑎1 𝑎2 𝑎1 𝑎2
1 1 𝑟
− =
𝑎2 𝑎3 𝑎2 𝑎3
1 1 𝑟
− =
𝑎3 𝑎4 𝑎3 𝑎4

1 1 𝑟
− =
𝑎𝑛−1 𝑎𝑛 𝑎𝑛−1 𝑎𝑛
1 1 𝑟
− =
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Note que somando os termos, os termos coloridos se cancelarão. Dessa forma, obtemos:
1 1 1 1 1 1 1
− = 𝑟( + + + + ⋯+ )
𝑎1 𝑎𝑛+1 𝑎1 𝑎2 𝑎2 𝑎3 𝑎3 𝑎4 𝑎4 𝑎5 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
1 1 1 1 1 1 1 1
+ + + + ⋯+ = ( − )
𝑎1 𝑎2 𝑎2 𝑎3 𝑎3 𝑎4 𝑎4 𝑎5 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑟 𝑎1 𝑎𝑛+1
Perceba que a expressão do lado esquerdo é a soma telescópica. Logo, podemos escrever:
1 1 1
𝑆𝑛 = ( − )
𝑟 𝑎1 𝑎𝑛+1
Também podemos escrever:
𝟏 𝑨 𝑩
≡ +
𝒂𝒏 𝒂𝒏+𝟏 𝒂𝒏 𝒂𝒏+𝟏
Demonstração:

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𝐴 𝐵 1
+ =
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
𝐴𝑎𝑛+1 + 𝐵𝑎𝑛 1
=
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Da igualdade das frações:
𝐴𝑎𝑛+1 + 𝐵𝑎𝑛 = 1
Como 𝑎𝑛+1 é um termo de uma PA de razão 𝑟:
𝐴(𝑎𝑛 + 𝑟) + 𝐵𝑎𝑛 = 1
(𝐴 + 𝐵)𝑎𝑛 + 𝐴𝑟 = 1
𝐴𝑟 é uma constante e 𝑎𝑛 é um termo que possui valor dependente de 𝑛.
Para encontrar a solução dessa equação, devemos ter:
𝐴 + 𝐵 = 0 ⇒ 𝐵 = −𝐴
1 1
𝐴𝑟 = 1 ⇒ 𝐴 = ⇒𝐵=−
𝑟 𝑟
Assim, obtemos:
1 1 1 1
≡ ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑟 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1

21. (IME/1996) Calcule a soma abaixo:


1 1 1 1
+ + + ⋯+
1 ∙ 4 4 ∙ 7 7 ∙ 10 2998 ∙ 3001
Resolução:
Essa expressão é uma soma telescópica. Apesar da questão ser antiga, pode ser que ela seja
cobrada no seu vestibular. O IME adora questões que exigem que o aluno já tenha visto algo parecido
durante sua preparação.
Lembra do bizu da aula?
Para resolver essa questão, precisamos escrevê-la na forma:
1 𝐴 𝐵
= +
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Vamos substituir os valores e encontrar 𝐴 e 𝐵:
1 𝐴 𝐵 1 𝐵 1−𝐵
= + ⇒ =𝐴+ ⇒𝐴= (𝐼)
1∙4 1 4 4 4 4

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1 𝐴 𝐵 1 𝐴 𝐵
= + ⇒ = + (𝐼𝐼)
4 ∙ 7 4 7 28 4 7
Substituindo (𝐼) em (𝐼𝐼) para encontrar 𝐵:
1−𝐵
1 𝐵
= 4 +
28 4 7
1 1−𝐵 𝐵
= +
28 16 7
1 (1 − 𝐵)7 + 𝐵 ∙ 16
=
28 16 ∙ 7
7
16 ∙ = (1 − 𝐵)7 + 𝐵 ∙ 16
28
4 = 7 − 7𝐵 + 16𝐵
−3 = 9𝐵
1
𝐵=−
3
Substituindo 𝐵 em (𝐼):
1 1 4
1 − 𝐵 1 − (− 3) 1 + 3 3 1
𝐴= = = = =
4 4 4 4 3
Encontramos 𝐴 = 1/3 e 𝐵 = −1/3.
Podemos escrever:
1 𝐴 𝐵
= +
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
1 1 1 1 1 1
= − = ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 3𝑎𝑛 3𝑎𝑛+1 3 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Agora podemos resolver a questão. Vamos chamar a soma de 𝑆:
1 1 1 1
𝑆= + + + ⋯+
1 ∙ 4 4 ∙ 7 7 ∙ 10 2998 ∙ 3001
Podemos reescrever a soma usando o termo geral da série telescópica aritmética:
1 1 1 1
= ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 3 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
𝑆= (( − ) + ( − ) + ( − ) + ⋯ + ( − )+( − ))
3 1 4 4 7 7 10 2995 2998 2998 3001
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
𝑆= (( − ) + ( − ) + ( − ) +. . . + ( − )+( − ))
3 1 4 4 7 7 10 2995 2998 2998 3001
1 1
𝑆= (1 − )
3 3001

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1 3000 1000
𝑆= ( )=
3 3001 3001

Poderíamos aplicar diretamente a fórmula para a soma:


1 1 1
𝑆𝑛 = ( − )
𝑟 𝑎1 𝑎𝑛+1
Observando a soma telescópica, vemos que 𝑟 = 3, 𝑎1 = 1 e 𝑎𝑛+1 = 3001.
Substituindo os valores na fórmula, obtemos:
1 1 1 1 3000 1000
𝑆= ( − )= ( )=
3 1 3001 3 3001 3001
𝟏𝟎𝟎𝟎
Gabarito: 𝑺 =
𝟑𝟎𝟎𝟏

22. (IME/1966) Calcule:


1 1 1 1
𝑆= + + + ⋯+
1∙3∙5 3∙5∙7 5∙7∙9 (2𝑛 + 1)(2𝑛 + 3)(2𝑛 + 5)
Resolução:
Perceba que os termos possuem a forma:
1
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2
𝑎𝑛 é o termo de uma PA de primeira ordem de razão 𝑟 = 2.
Vamos reescrever os termos usando o bizu:
1 𝐴 𝐵
= +
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2

1 𝐴(𝑎𝑛+2 ) + 𝐵(𝑎𝑛 )
=
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2
𝐴(𝑎𝑛+2 ) + 𝐵(𝑎𝑛 ) = 1
Escrevendo 𝑎𝑛+2 = 𝑎𝑛 + 2𝑟:
𝐴(𝑎𝑛 + 2𝑟) + 𝐵(𝑎𝑛 ) = 1
(𝐴 + 𝐵)𝑎𝑛 + 2𝐴𝑟 = 1
𝐴 + 𝐵 = 0 ⇒ 𝐵 = −𝐴
1 1
2𝐴𝑟 = 1 ⇒ 𝐴 = ⇒𝐵=−
2𝑟 2𝑟
Dessa forma, obtemos:
1 1 1 1
= ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2 2𝑟 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛+2

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Reescrevendo a soma usando essa forma e substituindo 𝑟 = 2:


1 1 1 1
𝑆= + + + ⋯+
1∙3∙5 3∙5∙7 5∙7∙9 (2𝑛 + 1)(2𝑛 + 3)(2𝑛 + 5)
𝑆
1 1 1 1 1 1
= ( − )+ ( − )+⋯
2∙2 1∙3 3∙5 2∙2 3∙5 5∙7
1 1 1
+ ( − )
2 ∙ 2 (2𝑛 + 1) ∙ (2𝑛 + 3) (2𝑛 + 3) ∙ (2𝑛 + 5)
1 1 1 1 1 1 1
𝑆= ( − + − + ⋯+ − )
4 1∙3 3∙5 3∙5 5∙7 (2𝑛 + 1)(2𝑛 + 3) (2𝑛 + 3)(2𝑛 + 5)
1 1 1
𝑆= ( − )
4 3 (2𝑛 + 3)(2𝑛 + 5)
𝟏 𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑺 = ( − (𝟐𝒏+𝟑)(𝟐𝒏+𝟓))
𝟒 𝟑

6. Questões de Vestibulares Anteriores

Questões ITA
23. (ITA/1994)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) uma progressão geométrica com um número ímpar de termos e razão 𝑞 > 0. O
produto de seus termos é igual a 225 e o termo do meio é 25 . Se a soma dos (𝑛 − 1) primeiros
termos é igual a 2(1 + 𝑞)(1 + 𝑞2 ), então:
a) 𝑎1 + 𝑞 = 16
b) 𝑎1 + 𝑞 = 12
c) 𝑎1 + 𝑞 = 10
d) 𝑎1 + 𝑞 + 𝑛 = 20
e) 𝑎1 + 𝑞 + 𝑛 = 11

24. (ITA/1995)
Se a soma dos termos da progressão geométrica dada por 0,3: 0,03: 0,003: … é igual ao termo médio
de uma progressão aritmética de três termos, então a soma dos termos da progressão aritmética
vale:
a) 1/3

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b) 2/3
c) 1
d) 2
e) 1/2

25. (ITA/1998)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) uma progressão geométrica infinita de razão 𝑎1 , 0 < 𝑎1 < 1, e soma igual a 3𝑎1 .
A soma dos três primeiros termos desta progressão geométrica é:
a) 8/27
b) 20/27
c) 26/27
d) 30/27
e) 38/27

26. (ITA/2000)
O valor de 𝑛 que torna a sequência
2 + 3𝑛, −5𝑛, 1 − 4𝑛
uma progressão aritmética pertence ao intervalo
a) [−2, −1].
b) [−1, 0].
c) [0, 1].
d) [1, 2].
e) [2, 3].

27. (ITA/2002)
Sejam 𝑛 ≥ 2 números reais positivos 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 que formam uma progressão aritmética de razão
positiva. Considere 𝐴𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎𝑛 e responda, justificando:
𝐴𝑛 2 𝐴 2
Para todo 𝑛 ≥ 2, qual é o maior entre os números ( − 𝑎𝑛 ) e ( 𝑛 ) − 𝑎𝑛2 ?
𝑛 𝑛

28. (ITA/2003)
Considere a seguinte situação baseada num dos paradoxos de Zenão de Eléia, filósofo grego do
século V a.C. Suponha que o atleta Aquiles e uma tartaruga apostam uma corrida em linha reta,
correndo com velocidades constantes 𝑣𝐴 e 𝑣 𝑇 , com 0 < 𝑣 𝑇 < 𝑣𝐴 . Como a tartaruga é mais lenta, é-
lhe dada uma vantagem inicial, de modo a começar a corrida no instante 𝑡 = 0 a uma distância 𝑑1 >

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0 na frente de Aquiles. Calcule os tempos 𝑡1 , 𝑡2 , 𝑡3 , … que Aquiles precisa para percorrer as distâncias
𝑑1 , 𝑑2 , 𝑑3 , …, respectivamente, sendo que, para todo 𝑛 ≥ 2, 𝑑𝑛 denota a distância entre a tartaruga
e Aquiles no instante
𝑛−1

∑ 𝑡𝑘
𝑘=1

da corrida.
Verifique que os termos 𝑡𝑘 , 𝑘 = 1, 2, 3, . . ., formam uma progressão geométrica infinita, determine
sua soma e dê o significado desta soma.

29. (ITA/2005)
Seja 𝑎1 , 𝑎2 , … uma progressão aritmética infinita tal que
𝑛

∑ 𝑎3𝑘 = 𝑛√2 + 𝜋𝑛2 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 ∈ ℕ∗


𝑘=1

Determine o primeiro termo e a razão da progressão.

30. (ITA/2006)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 , … ) uma progressão geométrica infinita de razão positiva 𝑟, em que 𝑎1 = 𝑎 é
um número real não nulo. Sabendo que a soma de todos os termos de índices pares desta progressão
geométrica é igual a 4 e que a soma de todos os termos de índices múltiplos de 3 é 16/13, determine
o valor de 𝑎 + 𝑟.

31. (ITA/2007)
Se 𝐴, 𝐵 e 𝐶 forem conjuntos tais que 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 23, 𝑛(𝐵 − 𝐴) = 12, 𝑛(𝐶 − 𝐴) = 10, 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) e
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) = 4, então 𝑛(𝐴), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶 ), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶), nesta ordem.
a) formam uma progressão aritmética de razão 6.
b) formam uma progressão aritmética de razão 2.
c) formam uma progressão aritmética de razão 8, cujo primeiro termo é 11.
d) formam uma progressão aritmética de razão 10, cujo último termo é 31.
e) não formam uma progressão aritmética.

32. (ITA/2007)
Seja 𝑘 um número inteiro positivo e
𝐴𝑘 = {𝑗 ∈ ℕ: 𝑗 ≤ 𝑘 𝑒 𝑚𝑑𝑐 (𝑗, 𝑘 ) = 1}.
Verifique se 𝑛(𝐴3 ), 𝑛(𝐴9 ), 𝑛(𝐴27 ) e 𝑛(𝐴81 ) estão ou não, nesta ordem, numa progressão aritmética
ou geométrica. Se for o caso, especifique a razão.

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33. (ITA/2010)
Considere a progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎50 ) de razão 𝑑.
Se ∑10 50
𝑛=1 𝑎𝑛 = 10 + 25𝑑 e ∑𝑛=1 𝑎𝑛 = 4550, então 𝑑 − 𝑎1 é igual a

a) 3.
b) 6.
c) 9.
d) 11.
e) 14.

34. (ITA/2010)
A progressão geométrica infinita (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … ) tem razão 𝑟 < 0. Sabe-se que a progressão
infinita (𝑎1 , 𝑎6 , … , 𝑎5𝑛+1 , … ) tem soma 8 e a progressão infinita (𝑎5 , 𝑎10 , … , 𝑎5𝑛 , … ) tem soma 2.
Determine a soma da progressão infinita (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … ).

35. (ITA/2012)
Sabe-se que (𝑥 + 2𝑦, 3𝑥 − 5𝑦, 8𝑥 − 2𝑦, 11𝑥 − 7𝑦 + 2𝑧) é uma progressão aritmética com o último
termo igual a −127. Então, o produto 𝑥𝑦𝑧 é igual a
a) −60
b) −30
c) 0
d) 30
e) 60

36. (ITA/2015)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) a sequência definida da seguinte forma: 𝑎1 = 1, 𝑎2 = 1 e 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 para
𝑛 ≥ 3. Considere as afirmações a seguir:
I. Existem três termos consecutivos, 𝑎𝑝 , 𝑎𝑝+1 , 𝑎𝑝+2 , que, nesta ordem, formam uma progressão
geométrica.
II. 𝑎7 é um número primo.
III. Se 𝑛 é múltiplo de 3, então 𝑎𝑛 é par.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas I e II.

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c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

37. (ITA/2015)
Sabe-se que 1, 𝐵, 𝐶, 𝐷 e 𝐸 são cinco números reais que satisfazem às propriedades:
I. 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 são dois a dois distintos;
II. os números 1, 𝐵, 𝐶, e os números 1, 𝐶, 𝐸, estão, nesta ordem, em progressão aritmética;
III. os números 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, estão, nesta ordem, em progressão geométrica.
Determine 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸.

38. (ITA/2017)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ∈ ℝ. Suponha que 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 formem, nesta ordem, uma progressão geométrica e que
𝑎, 𝑏/2, 𝑐/4, 𝑑 − 140 formem, nesta ordem, uma progressão aritmética. Então, o valor de 𝑑 − 𝑏 é
a) −140
b) −120
c) 0
d) 120
e) 140

39. (ITA/2017)
Sejam 𝐴 = {1, 2, … , 29, 30} o conjunto dos números inteiros de 1 a 30 e (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) uma progressão
geométrica crescente com elementos de 𝐴 e razão 𝑞 > 1.
3
a) Determine todas as progressões geométricas (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) de razão 𝑞 = .
2
𝑚
b) Escreve 𝑞 = , com 𝑚, 𝑛 ∈ ℤ e 𝑚𝑑𝑐 (𝑚, 𝑛) = 1. Determine o maior valor possível para 𝑛.
𝑛

40. (ITA/2019/Modificada)
Classifique a afirmação:
Se 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos que formam, nessa ordem, uma progressão aritmética, então
1 1 1
, , formam, nessa ordem, uma progressão aritmética.
√𝑏+√𝑐 √𝑐+√𝑎 √𝑎+√𝑏

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Questões IME
41. (IME/1996)
Calcule a soma abaixo:
1 1 1 1
+ + + ⋯+
1 ∙ 4 4 ∙ 7 7 ∙ 10 2998 ∙ 3001

42. (IME/2000)
Determine o polinômio em 𝑛, com no máximo 4 termos, que representa o somatório dos quadrados
dos 𝑛 primeiros números naturais.
𝑛

∑ 𝑘2
𝑘=1

43. (IME/2010)
A quantidade 𝑘 de números naturais positivos, menores do que 1000, que não são divisíveis por 6
ou 8, satisfaz a condição:
a) 𝑘 < 720
b) 720 ≤ 𝑘 < 750
c) 750 ≤ 𝑘 < 780
d) 780 ≤ 𝑘 < 810
e) 𝑘 ≥ 810

44. (IME/2010)
Seja 𝑆 = 12 + 32 + 52 + 72 + ⋯ + 792 . O valor de 𝑆 satisfaz:
a) 𝑆 < 7𝑥104
b) 7𝑥104 ≤ 𝑆 < 8𝑥104
c) 8𝑥104 ≤ 𝑆 < 9𝑥104
d) 9𝑥104 ≤ 𝑆 < 105
e) 𝑆 ≥ 105

45. (IME/2012)
O segundo, o sétimo e o vigésimo sétimo termos de uma Progressão Aritmética (PA) de números
inteiros, de razão 𝑟, formam, nesta ordem, uma Progressão Geométrica (PG), de razão 𝑞, com
𝑞 𝑒 𝑟 ∈ ℕ∗ (natural diferente de zero). Determine:
a) o menor valor possível para a razão 𝑟;

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b) o valor do décimo oitavo termo da PA, para a condição do item a.

46. (IME/2013)
Entre os números 3 e 192 insere-se igual número de termos de uma progressão aritmética e de uma
progressão geométrica com razão 𝑟 e 𝑞, respectivamente, onde 𝑟 e 𝑞 são números inteiros. O
número 3 e o número 192 participam destas duas progressões. Sabe-se que o terceiro termo de
1 8 1 𝑟
(1 + ) , em potências crescentes de , é . O segundo termo da progressão aritmética é
𝑞 𝑞 9𝑞

a) 12
b) 48
c) 66
d) 99
e) 129

47. (IME/2014)
Em uma progressão aritmética crescente, a soma de três termos consecutivos é 𝑆1 e a soma de seus
quadrados é 𝑆2 . Sabe-se que os dois maiores desses três termos são raízes da equação 𝑥 2 − 𝑆1 𝑥 +
1
(𝑆2 − ) = 0. A razão desta PA é
2
1
a)
6
√6
b)
6

c) √6
√6
d)
3

e) 1

48. (IME/2014)
Calcular o valor da expressão abaixo
3 370370 … 037 − 11
⏟ ⏟ … 1 00
⏟ …0

89 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "1" 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "0"

Obs.:algs=algarismos

49. (IME/2015)
A soma dos termos de uma progressão aritmética é 244. O primeiro termo, a razão e o número de
termos formam, nessa ordem, outra progressão aritmética de razão 1. Determine a razão da
primeira progressão aritmética.

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a) 7
b) 8
c) 9
d) 10
e) 11

50. (IME/2016)
Os inteiros 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎25 estão em PA com razão não nula. Os termos 𝑎1 , 𝑎2 e 𝑎10 estão em PG,
assim como 𝑎6 , 𝑎𝑗 e 𝑎25 . Determine 𝑗.

51. (IME/2017)
Sejam uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , … ) e uma progressão geométrica (𝑏1 , 𝑏2 , 𝑏3 , 𝑏4 , …)
de termos inteiros, de razão 𝑟 e razão 𝑞, respectivamente, onde 𝑟 e 𝑞 são inteiros positivos, com
𝑞 > 2 e 𝑏1 > 0. Sabe-se, também, que 𝑎1 + 𝑏2 = 3, 𝑎4 + 𝑏3 = 26. O valor de 𝑏1 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
52. (IME/2019)
Os ângulos 𝜃1 , 𝜃2 , 𝜃3 , … , 𝜃100 são os termos de uma progressão aritmética na qual 𝜃11 + 𝜃26 + 𝜃75 +
𝜋
𝜃90 = . O valor de 𝑠𝑒𝑛(∑100 𝑖=1 𝜃𝑖 ) é
4

a) −1
√2
b) −
2

c) 0
√2
d)
2

e) 1

53. (IME/2019)
Mostre que os números 16, 24 e 81 podem pertencer a uma PG e obtenha a quantidade de termos
dessa PG, sabendo que seus elementos são números naturais.

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7. Gabarito

Gabarito das Questões ITA


23. e
24. c
25. e
26. b
𝐴𝑛 2 𝐴 2
27. ( − 𝑎𝑛 ) > ( 𝑛 ) − 𝑎𝑛2 , ∀𝑛 ∈ ℕ
𝑛 𝑛
𝑑1
28. 𝑆= e 𝑆 é o tempo que Aquiles demora para alcançar a tartaruga.
𝑣𝐴 −𝑣𝑇
2𝜋 𝜋
29. 𝑟 = e 𝑎1 = √2 −
3 3
30. 𝑎 + 𝑟 = 11
31. d
32. Progressão geométrica de razão 3.
33. d
34. 𝑆 = 14 − 6√2
35. 𝑥𝑦𝑧 = −60
36. d
1 1
37. 𝐵 = , 𝐶 = − , 𝐷 = 1, 𝐸 = −2
4 2
38. d
39. a) (4, 6, 9), (8, 12, 18) 𝑒 (12, 18, 27) b) 𝑛 = 4
40. Verdadeira.

Gabarito das Questões IME


1000
41. 𝑆=
3001
1 3 1 1
42. 𝑆𝑛 = 𝑛 + 𝑛2 + 𝑛
3 2 6
43. c
44. c
45. a) 𝑟 = 3 b) 𝑎18 = 53
46. c
47. b
48. 333 … 3

30 𝑎𝑙𝑔𝑠
49. a
50. 𝑗 = 12
51. a
52. d
53. 5 termos

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8. Questões de Vestibulares Anteriores Resolvidas e


Comentadas

Questões ITA Comentadas


23. (ITA/1994)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ) uma progressão geométrica com um número ímpar de termos e razão 𝑞 > 0. O
produto de seus termos é igual a 225 e o termo do meio é 25 . Se a soma dos (𝑛 − 1) primeiros
termos é igual a 2(1 + 𝑞)(1 + 𝑞2 ), então:
a) 𝑎1 + 𝑞 = 16
b) 𝑎1 + 𝑞 = 12
c) 𝑎1 + 𝑞 = 10
d) 𝑎1 + 𝑞 + 𝑛 = 20
e) 𝑎1 + 𝑞 + 𝑛 = 11
Comentários
Segundo o enunciado, o produto dos termos da PG é:
𝑃𝑛 = 225
A fórmula do produtório dos termos da PG é dado por:
𝑛(𝑛−1)
𝑃𝑛 = 𝑎1𝑛 𝑞 2

Então temos:
𝑛(𝑛−1)
𝑎1𝑛 𝑞 2 = 225
Podemos reescrever a equação dessa forma:
𝑛(𝑛−1) 𝑛−1 𝑛 𝑛−1 𝑛
𝑎1𝑛 𝑞 2 = 𝑎1𝑛 (𝑞 2 ) = (𝑎1 𝑞 2 )

𝑛−1 𝑛
(𝑎1 𝑞 2 ) = 225

A questão diz que a PG possui um número ímpar de termos e que o termo do meio é 25 .
Vamos usar essas informações.

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𝑛+1
Veja que se 𝑛 é ímpar, então 𝑛 + 1 é par e será o índice do termo do meio.
2

Tome como exemplo a sequência (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , 𝑎5 ). Nesse caso, para 𝑛 = 5, temos 𝑎5 e o


𝑛+1 5+1
índice do termo do meio é = = 3 que é 𝑎3 .
2 2

Analisando a equação:
𝑛−1 𝑛
(𝑎1 𝑞 2 ) = 225

A razão pode ser reescrita dessa forma:


𝑛−1 𝑛+1−2 𝑛+1
−1
𝑞 2 =𝑞 2 =𝑞 2

𝑛+1 𝑛
−1
⇒ (𝑎1 𝑞 2 ) = 225

Usando o termo geral para o termo do meio da PG:


𝑛+1
−1
𝑎𝑛+1 = 𝑎1 𝑞 2
2

Do enunciado temos o valor do termo do meio, vamos substituir na equação:


𝑎𝑛+1 = 25
2
𝑛+1 𝑛
−1
(𝑎1 𝑞 2 ) = 225
(25 )𝑛 = 225
25𝑛 = 225
5𝑛 = 25 ⇒ 𝑛 = 5
Portanto, a PG possui 5 termos.
A última informação do enunciado diz que a soma dos 𝑛 − 1 termos da PG é 2(1 + 𝑞)(1 +
2
𝑞 ). Então, usando a fórmula da soma da PG finita:
𝑎1 (𝑞𝑛−1 − 1)
𝑆𝑛−1 = = 2(1 + 𝑞)(1 + 𝑞2 )
𝑞−1
Substituindo 𝑛 = 5:
𝑎1 (𝑞5−1 − 1)
𝑆4 = = 2(1 + 𝑞)(1 + 𝑞2 )
𝑞−1
𝑎1 (𝑞4 − 1)
= 2(1 + 𝑞)(1 + 𝑞2 )
𝑞−1
Podemos fatorar a expressão da esquerda:

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𝑎1 (𝑞4 − 1) 𝑎1 (𝑞2 + 1)(𝑞2 − 1) 𝑎1 (𝑞2 + 1)(𝑞 + 1)(𝑞 − 1)


= =
𝑞−1 𝑞−1 𝑞−1
Assim, temos a seguinte equação:
𝑎1 (𝑞2 + 1)(𝑞 + 1)(𝑞 − 1)
= 2(𝑞 + 1)(𝑞2 + 1)
𝑞−1
Perceba que os termos coloridos se cancelam. Dessa forma:
𝑎1 (𝑞2 + 1)(𝑞 + 1)(𝑞 − 1)
= 2(𝑞 + 1)(𝑞2 + 1)
(𝑞 − 1)
𝑎1 = 2
Substituindo 𝑎1 = 2 no termo do meio:
𝑎3 = 𝑎1 𝑞2 = 25
2𝑞2 = 25 ⇒ 𝑞2 = 24
𝑞 = 22 = 4
Observando as alternativas, vemos que:
𝑎1 + 𝑞 + 𝑛 = 2 + 4 + 5 = 11
Gabarito: “e”.
24. (ITA/1995)
Se a soma dos termos da progressão geométrica dada por 0,3: 0,03: 0,003: … é igual ao termo médio
de uma progressão aritmética de três termos, então a soma dos termos da progressão aritmética
vale:
a) 1/3
b) 2/3
c) 1
d) 2
e) 1/2
Comentários
Vamos calcular a soma dos termos da progressão geométrica (0,3; 0,03; 0,003; … ). Essa PG
possui razão 𝑞 = 0,1 ⇒ |𝑞| < 1. Logo, sua soma é dada por:
𝑎1
𝑆=
1−𝑞
𝑎 = 0,3
{ 1
𝑞 = 0,1
0,3 0,3 1
𝑆= = =
1 − 0,1 0,9 3
A soma que obtemos é o termo médio de uma PA com três termos:

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1
(𝑎1 , , 𝑎3 )
3
A soma da PA é dada por:
𝑆3 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3
Das propriedades da PA, temos:
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 = ⇒ 2𝑎2 = 𝑎1 + 𝑎3
2
Sabemos que 𝑎2 = 1/3.
2
𝑎1 + 𝑎3 = 2𝑎2 =
3
Desse modo:
2 1
𝑆3 = 𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 = (𝑎1 + 𝑎3 ) + 𝑎2 =
+ =1
3 3
Temos uma PG de razão 𝑞 = 𝑎1 com 0 < 𝑎1 < 1. A soma da PG infinita é dada por:
Gabarito: “c”.
25. (ITA/1998)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) uma progressão geométrica infinita de razão 𝑎1 , 0 < 𝑎1 < 1, e soma igual a 3𝑎1 .
A soma dos três primeiros termos desta progressão geométrica é:
a) 8/27
b) 20/27
c) 26/27
d) 30/27
e) 38/27
Comentários
Temos uma PG de razão 𝑞 = 𝑎1 com 0 < 𝑎1 < 1. A soma da PG infinita é dada por:
𝑎1
𝑆=
1−𝑞
O problema diz que 𝑆 = 3𝑎1 .
Substituindo os termos na fórmula, obtemos:
𝑎1
3𝑎1 =
1 − 𝑎1
1
3=
1 − 𝑎1
1
1 − 𝑎1 =
3

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1 2
𝑎1 = 1 −
=
3 3
2
𝑞 = 𝑎1 =
3
A soma dos três primeiros termos da PG será:
𝑎1 (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
𝑎1 (𝑞3 − 1)
𝑆3 =
𝑞−1
2 2 3
( ) (( ) − 1)
3 3
𝑆3 =
2
( )−1
3
2 8
( ) (( ) − 1)
3 27
𝑆3 =
1

3
2 19
( ) (− )
𝑆3 = 3 27
1

3
38
𝑆3 =
27
Gabarito: “e”.
26. (ITA/2000)
O valor de 𝑛 que torna a sequência
2 + 3𝑛, −5𝑛, 1 − 4𝑛
uma progressão aritmética pertence ao intervalo
a) [−2, −1].
b) [−1, 0].
c) [0, 1].
d) [1, 2].
e) [2, 3].
Comentários
Vamos usar a propriedade da Média Aritmética:
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
Dos dados da questão:

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𝑎1 = 2 + 3𝑛
𝑎2 = −5𝑛
𝑎3 = 1 − 4𝑛
Substituindo os dados na propriedade:
2(−5𝑛) = (2 + 3𝑛) + (1 − 4𝑛)
−10𝑛 = 3 − 𝑛
−9𝑛 = 3
1
𝑛=−
3
1
−1 < − <0
3
∴ 𝑛 ∈ [−1, 0]
Gabarito: “b”.
27. (ITA/2002)
Sejam 𝑛 ≥ 2 números reais positivos 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 que formam uma progressão aritmética de razão
positiva. Considere 𝐴𝑛 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎𝑛 e responda, justificando:
𝐴𝑛 2 𝐴 2
Para todo 𝑛 ≥ 2, qual é o maior entre os números ( − 𝑎𝑛 ) e ( 𝑛 ) − 𝑎𝑛2 ?
𝑛 𝑛

Comentários
Perceba que 𝐴𝑛 é a soma da PA. A soma da PA é dada pela fórmula:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
𝐴𝑛 = 𝑆𝑛 =
2
Vamos substituir essa fórmula nos números pedidos:
2
𝐴𝑛
( − 𝑎𝑛 )
𝑛
2
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
( )
2
( − 𝑎𝑛 )
𝑛

2
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
(( ) − 𝑎𝑛 )
2𝑛
2
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )
(( ) − 𝑎𝑛 )
2
𝑎1 𝑎𝑛 2
( + − 𝑎𝑛 )
2 2

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𝑎1 𝑎𝑛 2
(
− )
2 2
𝑎1 − 𝑎𝑛 2
( )
2
2
𝐴𝑛 𝑎1 − 𝑎𝑛 2
⇒ ( − 𝑎𝑛 ) = ( )
𝑛 2

𝐴𝑛 2
( ) − 𝑎𝑛2
𝑛
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛 2
( )
2
( ) − 𝑎𝑛2
𝑛

2
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
( ) − 𝑎𝑛2
2𝑛
𝑎1 + 𝑎𝑛 2
( ) − 𝑎𝑛2
2
𝐴𝑛 2 𝑎1 + 𝑎𝑛 2
⇒ ( ) − 𝑎𝑛2 = ( ) − 𝑎𝑛2
𝑛 2

Para saber qual é maior, vamos subtrair os termos e ver se encontramos um número positivo
ou negativo. Caso seja positivo, o primeiro termo será maior. Caso contrário, o segundo termo será
maior. Perceba os termos elevados ao quadrado, não precisamos desenvolvê-los. Vamos usar
produtos notáveis para simplificar os cálculos.
2
𝐴𝑛 𝐴𝑛 2
( − 𝑎𝑛 ) − (( ) − 𝑎𝑛2 )
𝑛 𝑛
𝑎1 − 𝑎𝑛 2 𝑎1 + 𝑎𝑛 2
( ) − (( ) − 𝑎𝑛2 )
2 2
𝑎1 − 𝑎𝑛 2 𝑎1 + 𝑎𝑛 2
( ) −( ) + 𝑎𝑛2
2 2
Fatorando os termos coloridos:
𝑎1 − 𝑎𝑛 𝑎1 + 𝑎𝑛 𝑎1 − 𝑎𝑛 𝑎1 + 𝑎𝑛
[( )−( )] [( )+( )] + 𝑎𝑛2
2 2 2 2
Simplificando:
𝑎1 − 𝑎𝑛 − 𝑎1 − 𝑎𝑛 𝑎1 − 𝑎𝑛 + 𝑎1 + 𝑎𝑛
( )( ) + 𝑎𝑛2
2 2
−2𝑎𝑛 2𝑎1
( )( ) + 𝑎𝑛2
2 2

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(−𝑎𝑛 )(𝑎1 ) + 𝑎𝑛2


Colocando 𝑎𝑛 em evidência, obtemos:
𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 )
O enunciado afirma que os termos são positivos e a razão também. Portanto:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟 > 𝑎1
𝑎𝑛 > 𝑎1
𝑎𝑛 (𝑎𝑛 − 𝑎1 ) > 0
Assim, provamos que o termo azul é maior que o termo verde.
2
𝐴𝑛 𝐴𝑛 2
∴ ( − 𝑎𝑛 ) > ( ) − 𝑎𝑛2 , ∀𝑛 ∈ ℕ
𝑛 𝑛
𝑨𝒏 𝟐 𝑨 𝟐
Gabarito: ( − 𝒂𝒏 ) > ( 𝒏) − 𝒂𝟐𝒏 , ∀𝒏 ∈ ℕ
𝒏 𝒏

28. (ITA/2003)
Considere a seguinte situação baseada num dos paradoxos de Zenão de Eléia, filósofo grego do
século V a.C. Suponha que o atleta Aquiles e uma tartaruga apostam uma corrida em linha reta,
correndo com velocidades constantes 𝑣𝐴 e 𝑣 𝑇 , com 0 < 𝑣 𝑇 < 𝑣𝐴 . Como a tartaruga é mais lenta, é-
lhe dada uma vantagem inicial, de modo a começar a corrida no instante 𝑡 = 0 a uma distância 𝑑1 >
0 na frente de Aquiles. Calcule os tempos 𝑡1 , 𝑡2 , 𝑡3 , … que Aquiles precisa para percorrer as distâncias
𝑑1 , 𝑑2 , 𝑑3 , …, respectivamente, sendo que, para todo 𝑛 ≥ 2, 𝑑𝑛 denota a distância entre a tartaruga
e Aquiles no instante
𝑛−1

∑ 𝑡𝑘
𝑘=1

da corrida.
Verifique que os termos 𝑡𝑘 , 𝑘 = 1, 2, 3, . . ., formam uma progressão geométrica infinita, determine
sua soma e dê o significado desta soma.
Comentários
A situação inicial do problema diz que a tartaruga começa a uma distância 𝑑1 de Aquiles,
conforme a figura:

Da cinemática, como não temos aceleração, sabemos que esse problema trata de movimento
uniforme e desse modo a equação do espaço é dado por:
∆𝑆 = 𝑣 ∙ 𝑡
∆𝑆 é a distância que separa os corpos A e T
𝑣 é a velocidade

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𝑡 é o tempo
O tempo que Aquiles demora para percorrer 𝑑1 será:
𝑑1 = 𝑣𝐴 𝑡1
𝑑1
𝑡1 =
𝑣𝐴
Mas até Aquiles percorrer 𝑑1 , a tartaruga continuou correndo e percorreu 𝑑2 . Essa distância
em função dos dados da tartaruga é:
𝑑2 = 𝑣 𝑇 𝑡1
Substituindo 𝑡1 na equação:
𝑣 𝑇 𝑑1
𝑑2 =
𝑣𝐴
Agora Aquiles deve percorrer 𝑑2 para alcançar a tartaruga:
𝑑2 = 𝑣𝐴 𝑡2
𝑑2
𝑡2 =
𝑣𝐴
Substituindo 𝑑2 encontrado com os dados da tartaruga nessa equação para obter 𝑡2 :
𝑣 𝑇 𝑑1
( ) 𝑣 𝑑
𝑣𝐴 𝑇 1
𝑡2 = = 2
𝑣𝐴 𝑣𝐴
A tartaruga continuou correndo e está a 𝑑3 de distância de Aquiles:
𝑣 𝑇2 𝑑1
𝑑3 = 𝑣 𝑇 𝑡2 =
𝑣𝐴2
Aquiles demora 𝑡3 para percorrer 𝑑3 :
𝑑3 𝑣 𝑇2 𝑑1
𝑡3 = = 3
𝑣𝐴 𝑣𝐴
Perceba o padrão no formato do tempo:
𝑑1
𝑡1 =
𝑣𝐴
𝑣 𝑇 𝑑1
𝑡2 =
𝑣𝐴2
𝑣 𝑇2 𝑑1
𝑡3 = 3
𝑣𝐴
𝑣𝑇
Repare que a diferença entre um termo e outro é a razão 𝑞 = , isso é uma PG. Se
𝑣𝐴
continuássemos as calcular os termos, encontraríamos a forma geral:
𝑡𝑛 = 𝑡1 𝑞 (𝑛−1)

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𝑑1 𝑣 𝑇 𝑛−1
𝑡𝑛 = ( )( )
𝑣𝐴 𝑣𝐴
𝑑1 𝑣 𝑇𝑛−1
𝑡𝑛 =
𝑣𝐴 𝑣𝐴𝑛−1
𝑣 𝑇𝑛−1
𝑡𝑛 = 𝑑
𝑣𝐴𝑛 1
𝑣𝑇
Como 𝑣𝐴 > 𝑣 𝑇 , temos 𝑞 = < 1. Assim, encontramos uma PG de razão 0 < 𝑞 < 1. Isso é
𝑣𝐴
uma PG infinita.
A soma será dada por:
𝑎1
𝑆=
1−𝑞
𝑡1
𝑆= 𝑣
1− 𝑇
𝑣𝐴
𝑑
𝑑1 ( 1)
𝑣
𝑡1 = → 𝑆 = 𝑣 −𝐴 𝑣 = 𝑑1 /𝑣𝐴
𝑣𝐴 𝐴 𝑇
𝑣𝐴
𝑑1
𝑆=
𝑣𝐴 − 𝑣 𝑇
𝑣𝐴 − 𝑣𝑇 é a velocidade relativa de Aquiles em relação à tartaruga e 𝑑1 é a distância que
separava os dois no começo da corrida. Então, 𝑆 é o tempo que Aquiles demora para alcançar a
tartaruga.
𝒅𝟏
Gabarito: 𝑺 = e 𝑺 é o tempo que Aquiles demora para alcançar a tartaruga.
𝒗𝑨 −𝒗𝑻

29. (ITA/2005)
Seja 𝑎1 , 𝑎2 , … uma progressão aritmética infinita tal que
𝑛

∑ 𝑎3𝑘 = 𝑛√2 + 𝜋𝑛2 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 ∈ ℕ∗


𝑘=1

Determine o primeiro termo e a razão da progressão.


Comentários
Temos uma PA infinita. A questão nos dá a fórmula do somatório de seus elementos em
função de um 𝑛 ∈ ℕ.
O somatório é a soma dos elementos 𝑎3𝑘 , isso que dizer que ela é a soma dos elementos
múltiplos de 3, isto é, 𝑎3 + 𝑎6 + 𝑎9 + ⋯ + 𝑎𝑛 .
Vamos substituir os valores de 𝑛 e encontrar alguma relação.
Para 𝑛 = 1:

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𝑎3 = 1 ∙ √2 + 𝜋12
𝑎3 = √2 + 𝜋
Para 𝑛 = 2:
𝑎3 + 𝑎6 = 2√2 + 𝜋(2)2 = 2√2 + 4𝜋
Substituindo 𝑎3 na equação para encontrar 𝑎6 :
√2 + 𝜋 + 𝑎6 = 2√2 + 4𝜋
𝑎6 = √2 + 3𝜋
A forma geral dos elementos de uma PA é:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
A questão pede 𝑎1 e 𝑟.
Vamos encontrar 𝑎3 em função de 𝑎1 e 𝑟:
𝑎3 = 𝑎1 + (3 − 1)𝑟 = 𝑎1 + 2𝑟
Fazendo o mesmo para 𝑎6 :
𝑎6 = 𝑎1 + (6 − 1)𝑟 = 𝑎1 + 5𝑟
Encontramos as relações:
𝑎3 = √2 + 𝜋 = 𝑎1 + 2𝑟
𝑎6 = √2 + 3𝜋 = 𝑎1 + 5𝑟
Subtraindo 𝑎6 e 𝑎3 :
𝑎6 − 𝑎3 = √2 + 3𝜋 − (√2 + 𝜋) = 𝑎1 + 5𝑟 − (𝑎1 + 2𝑟)
2𝜋 = 3𝑟
2𝜋
𝑟=
3
Substituindo 𝑟 em 𝑎3 para encontrar 𝑎1 :
𝑎3 = √2 + 𝜋 = 𝑎1 + 2𝑟
2𝜋
√2 + 𝜋 = 𝑎1 + 2 ( )
3
4𝜋
√2 + 𝜋 = 𝑎1 +
3
𝜋
𝑎1 = √2 −
3
𝟐𝝅 𝝅
Gabarito: 𝒓 = e 𝒂𝟏 = √𝟐 −
𝟑 𝟑

30. (ITA/2006)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 , … ) uma progressão geométrica infinita de razão positiva 𝑟, em que 𝑎1 = 𝑎 é
um número real não nulo. Sabendo que a soma de todos os termos de índices pares desta progressão

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geométrica é igual a 4 e que a soma de todos os termos de índices múltiplos de 3 é 16/13, determine
o valor de 𝑎 + 𝑟.
Comentários
Problema de PG infinita com razão 𝑟 e 𝑎1 = 𝑎.
A questão nos dá a soma dos termos de índices pares e também a soma dos termos de índices
múltiplos de 3. Desse modo:
𝑎2 + 𝑎4 + 𝑎6 + ⋯ = 4
16
𝑎3 + 𝑎6 + 𝑎9 + ⋯ =
13
Perceba que podemos definir (𝑎2 , 𝑎4 , 𝑎6 , … ) e (𝑎3 , 𝑎6 , 𝑎9 , … ) como duas novas PG`s infinitas.
Veja:
𝑎4 = 𝑎2 𝑟 2
4
{𝑎6 = 𝑎2 𝑟 6 ⇒ 𝑃𝐺 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑟 2 𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑎2
𝑎8 = 𝑎2 𝑟

𝑎6 = 𝑎3 𝑟 3
6
{ 𝑎9 = 𝑎3 𝑟 9 ⇒ 𝑃𝐺 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑟 3 𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑎3
𝑎12 = 𝑎3 𝑟

Vamos usar a fórmula da soma de PG infinita nas duas PG`s e encontrar uma relação para 𝑎 e
𝑟:
𝑎2 𝑎1 𝑟 𝑎𝑟
𝑆1 = = = =4
1 − 𝑟2 1 − 𝑟2 1 − 𝑟2
𝑎3 𝑎1 𝑟 2 𝑎𝑟 2 16
𝑆2 = = = =
1 − 𝑟 3 1 − 𝑟 3 1 − 𝑟 3 13
Fatorando 𝑆1 e 𝑆2 :
𝑎𝑟 𝑎𝑟
𝑆1 = 2
=4⇒ =4
1−𝑟 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟)
𝑎𝑟 2 16 𝑎𝑟 2 16
𝑆2 = 3
= ⇒ 2
=
1−𝑟 13 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟 + 𝑟 ) 13
𝑆1
Vamos dividir para sumir com o termo 𝑎:
𝑆2
𝑎𝑟
(1 − 𝑟)(1 + 𝑟) 4
=
𝑎𝑟 2 16
2
(1 − 𝑟)(1 + 𝑟 + 𝑟 ) 13
𝑎𝑟 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟 + 𝑟 2 ) 13
= 4 ∙
𝑎𝑟 2 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟) 16
𝑎𝑟 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟 + 𝑟 2 ) 13
=
𝑎𝑟 2 (1 − 𝑟)(1 + 𝑟) 4

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1 (1 + 𝑟 + 𝑟 2 ) 13
=
𝑟 (1 + 𝑟 ) 4
Desenvolvendo a equação:
4(1 + 𝑟 + 𝑟 2 ) = 13𝑟(1 + 𝑟)
4 + 4𝑟 + 4𝑟 2 = 13𝑟 + 13𝑟 2
4𝑟 2 + 9𝑟 − 4 = 0
Encontramos uma equação de segundo grau, ainda estudaremos esse assunto mais a fundo
nas próximas aulas.
Lembre-se: as raízes de uma equação de segundo grau dessa forma:
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
É dado por:
−𝑏 ± √Δ
𝑥1,2 = , 𝑜𝑛𝑑𝑒 Δ = b2 − 4𝑎𝑐
2𝑎
Vamos encontrar as raízes da equação:
9𝑟 2 + 9𝑟 − 4 = 0
Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = (9)2 − 4(9)(−4) = 81 + 144 = 225
−9 ± √225 −9 ± 15
𝑟1,2 = =
2∙9 18
−9 − 15 4
𝑟1 = =−
18 3
−9 + 15 1
𝑟2 = =
18 3
1
O enunciado diz que a razão é positiva, logo 𝑟 = 𝑟2 = .
3

Substituindo 𝑟 = 1/3 em 𝑆1 para encontrar 𝑎:

𝑎𝑟
𝑆1 = =4
1 − 𝑟2
1
𝑎( )
3 =4
1 2
1−( )
3
𝑎
( )
3 =4
8
9
3𝑎
=4
8
32
𝑎=
3

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Vamos encontrar 𝑎 + 𝑟:
32 1 33
𝑎+𝑟 = + = = 11
3 3 3
Gabarito: 𝒂 + 𝒓 = 𝟏𝟏
31. (ITA/2007)
Se 𝐴, 𝐵 e 𝐶 forem conjuntos tais que 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 23, 𝑛(𝐵 − 𝐴) = 12, 𝑛(𝐶 − 𝐴) = 10, 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) e
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) = 4, então 𝑛(𝐴), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶 ), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶), nesta ordem.
a) formam uma progressão aritmética de razão 6.
b) formam uma progressão aritmética de razão 2.
c) formam uma progressão aritmética de razão 8, cujo primeiro termo é 11.
d) formam uma progressão aritmética de razão 10, cujo último termo é 31.
e) não formam uma progressão aritmética.
Comentários
Vamos resolver usando o Diagrama de Venn-Euler:

Nomeamos cada região do círculo com letras minúsculas.


Pelo enunciado, vamos descobrir os valores de cada região:
𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶 ) = 4 = 𝑒
𝑛 (𝐵 ∩ 𝐶 ) = 6 = 𝑒 + 𝑓 ⇒ 𝑓 = 2
Agora nosso diagrama fica assim:

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Usando as outras informações, temos:


𝑛(𝐵 − 𝐴) = 12
Veja que 𝑛(𝐵 − 𝐴) é igual a 𝑐 + 2 que é a região de elementos de 𝐵 menos os elementos de
𝐴.
𝑛(𝐵 − 𝐴) = 𝑐 + 2 = 12 ⇒ 𝑐 = 10
Agora para 𝑛(𝐶 − 𝐴) = 10 usando o mesmo raciocínio:
𝑔 + 2 = 10 ⇒ 𝑔 = 8
Atualizando nosso diagrama:

Falta usar 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 23.

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Pela figura:
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4 + 10 + 2 = 23
Devemos encontrar os valores de 𝑛(𝐴), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶 ) 𝑒 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶).
Note que 𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4 = 𝑛(𝐴). Assim, substituindo 𝑛(𝐴) na equação, conseguimos
descobrir o valor de 𝑛(𝐴).
𝑛(𝐴) + 10 + 2 = 23
𝑛(𝐴) + 12 = 23
⇒ 𝑛(𝐴) = 11
Vamos encontrar 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶). Usando o diagrama:
𝑛(𝐴 ∪ 𝐶 ) = 𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4 + 2 + 8 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4) + 10 = 𝑛(𝐴) + 10 = 11 + 10 = 21
⇒ 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶 ) = 21
Agora o último termo:
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) = 𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4 + 10 + 2 + 8
= (𝑎 + 𝑏 + 𝑑 + 4) + 10 + 2 + 8 = 𝑛(𝐴) + 20 = 31
⇒ 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶 ) = 31
Dessa forma, encontramos a sequência:
(𝑛(𝐴), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐶), 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶))
(11, 21, 31)
Essa sequência é uma progressão aritmética de razão 10 (𝑎2 − 𝑎1 = 21 − 11 = 10) e último
termo 31.
Gabarito: “d”.
32. (ITA/2007)
Seja 𝑘 um número inteiro positivo e
𝐴𝑘 = {𝑗 ∈ ℕ: 𝑗 ≤ 𝑘 𝑒 𝑚𝑑𝑐 (𝑗, 𝑘 ) = 1}.
Verifique se 𝑛(𝐴3 ), 𝑛(𝐴9 ), 𝑛(𝐴27 ) e 𝑛(𝐴81 ) estão ou não, nesta ordem, numa progressão aritmética
ou geométrica. Se for o caso, especifique a razão.
Comentários
Vamos traduzir os termos do enunciado.
Ele nos dá a definição de um conjunto:
𝐴𝑘 = {𝑗 ∈ ℕ: 𝑗 ≤ 𝑘 𝑒 𝑚𝑑𝑐 (𝑗, 𝑘 ) = 1}
Esse conjunto está em função de 𝑘, e seus elementos são os números naturais (𝑗 ∈ ℕ)
menores ou iguais a 𝑘 (𝑗 ≤ 𝑘) e 𝑚𝑑𝑐(𝑗, 𝑘 ) = 1, isto é, 𝑗 e 𝑘 são primos entre si.
Vamos ao primeiro conjunto:
𝐴3 = {𝑗 ∈ ℕ: 𝑗 ≤ 3 𝑒 𝑚𝑑𝑐 (𝑗, 3) = 1}

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Os elementos desse conjunto são os números naturais menores ou iguais a 3 e estes números
são primos em relação ao número 3 (𝑚𝑑𝑐(𝑗, 3) = 1). Logo, os elementos não podem ser múltiplos
de 3. Os números naturais que satisfazem essa condição são: 1 e 2. Logo:
𝐴3 = {1, 2}
A questão pede para verificar a sequência (𝑛(𝐴3 ), 𝑛(𝐴9 ), 𝑛(𝐴27 ), 𝑛(𝐴81 )).
O número de elementos de 𝐴3 é 𝑛(𝐴3 ) = 2.
Podemos continuar com o mesmo raciocínio e encontrar todos os elementos de cada
conjunto. Mas a questão pede apenas o número de elementos desses conjuntos. Vamos economizar
nosso tempo e encontrar um modo de calcular diretamente o número de elementos de cada
conjunto.
Perceba que o número de elementos totais sem a restrição 𝑚𝑑𝑐(𝑗, 𝑘 ) = 1 é 𝑘 (da definição
𝑗 ∈ ℕ, 𝑗 ≤ 𝑘). Agora, impondo a restrição no conjunto, temos que remover os elementos não primos
em relação a 𝑘. A sequência pedida possui 𝑘 potências de 3 (𝐴3 , 𝐴9 , 𝐴27 , 𝐴81 ). Então os elementos
que não satisfazem a condição 𝑚𝑑𝑐 (𝑗, 𝑘 ) = 1 são os números múltiplos de 3
(3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, … )
Vamos calcular o número de elementos de 𝐴9 . Os múltiplos de 𝑘 = 9 são 3, 6, 9, então o
número de elementos de 𝐴9 será 9 − 3 (9 devido à 𝑘 = 9 e 3 devido aos múltiplos de 3).
𝑛(𝐴9 ) = 9 − 3 = 6
Note que a cada 3 números naturais, devemos remover 1 número (múltiplo de 3). Então o
número de elementos não primos pode ser dado pelo número 𝑘/3.
Usando esse raciocínio:
27
𝑛(𝐴27 ) = 27 − (
) = 27 − 9 = 18
3
81
𝑛(𝐴81 ) = 81 − ( ) = 81 − 27 = 54
3
Dessa forma, encontramos a sequência:
(𝑛(𝐴3 ), 𝑛(𝐴9 ), 𝑛(𝐴27 ), 𝑛(𝐴81 ))
(2, 6, 18, 54)
6
Essa sequência é uma progressão geométrica de razão 𝑞 = = 3.
2

Gabarito: Progressão geométrica de razão 𝟑.


33. (ITA/2010)
Considere a progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎50 ) de razão 𝑑.
Se ∑10 50
𝑛=1 𝑎𝑛 = 10 + 25𝑑 e ∑𝑛=1 𝑎𝑛 = 4550, então 𝑑 − 𝑎1 é igual a

a) 3.
b) 6.
c) 9.

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d) 11.
e) 14.
Comentários
Pelo enunciado, podemos extrair:
10

S10 = ∑ 𝑎𝑛 = 10 + 25𝑑
𝑛=1

𝑆10 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎10 = 10 + 25𝑑


50

S50 = ∑ 𝑎𝑛 = 4550
𝑛=1

𝑆50 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎50 = 4550


(𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎50 ) é uma PA de razão 𝑑.
A soma de uma PA de razão 𝑑 é dado pela fórmula:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
𝑆𝑛 =
2
Aplicando a fórmula na primeira somatória:
(𝑎1 + 𝑎10 )10
𝑆10 = = 10 + 25𝑑
2
(𝑎1 + 𝑎10 )5 = 10 + 25𝑑
Simplificando:
𝑎1 + 𝑎10 = 2 + 5𝑑
Podemos escrever 𝑎10 em função de 𝑎1 e 𝑑:
𝑎10 = 𝑎1 + 9𝑑
Substituindo 𝑎10 na equação:
𝑎1 + (𝑎1 + 9𝑑 ) = 2 + 5𝑑
2𝑎1 = 2 − 4𝑑
𝑎1 = 1 − 2𝑑
Encontramos uma equação com 𝑎1 e 𝑑. Vamos aplicar a fórmula para a segunda somatória e
encontrar a outra equação:
𝑆50 = 𝑎1 + 𝑎2 + ⋯ + 𝑎50 = 4550
(𝑎1 + 𝑎50 )50
= 4550
2
(𝑎1 + 𝑎50 )25 = 4550
(𝑎1 + 𝑎50 ) = 182
Escrevendo 𝑎50 em função de 𝑎1 e 𝑑:

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𝑎50 = 𝑎1 + 49𝑑
Substituindo na equação e simplificando:
(𝑎1 + (𝑎1 + 49𝑑 )) = 182
2𝑎1 + 49𝑑 = 182
2𝑎1 = 182 − 49𝑑
Temos agora duas equações:
(𝐼) 𝑎1 = 1 − 2𝑑
(𝐼𝐼) 2𝑎1 = 182 − 49𝑑
Vamos encontrar o valor de 𝑑, substituindo (𝐼) em (𝐼𝐼):
2(1 − 2𝑑 ) = 182 − 49𝑑
2 − 4𝑑 = 182 − 49𝑑
49𝑑 − 4𝑑 = 182 − 2
45𝑑 = 180
⇒𝑑=4
Substituindo 𝑑 = 4 na (𝐼) para encontrar 𝑎1 :
𝑎1 = 1 − 2(4)
𝑎1 = 1 − 8 = −7
Encontramos o valor de 𝑑 e 𝑎1 , a questão pede 𝑑 − 𝑎1 :
𝑑 − 𝑎1 = 4 − (−7) = 11
Gabarito: “d”.
34. (ITA/2010)
A progressão geométrica infinita (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … ) tem razão 𝑟 < 0. Sabe-se que a progressão
infinita (𝑎1 , 𝑎6 , … , 𝑎5𝑛+1 , … ) tem soma 8 e a progressão infinita (𝑎5 , 𝑎10 , … , 𝑎5𝑛 , … ) tem soma 2.
Determine a soma da progressão infinita (𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 , … ).
Comentários
Questão sobre PG infinita de razão negativa. Ela nos dá o valor de dois somatórios. Sabemos
que a soma de uma PG infinita é dada por:
𝑎1
𝑆=
1−𝑞
𝑎1 é o primeiro termo da PG e 𝑞 é sua razão.
Vamos verificar o primeiro somatório dado na questão:
𝑎1 + 𝑎6 + 𝑎11 + ⋯ = 8
(𝑎1 , 𝑎6 , 𝑎11 , … ) é uma PG. Precisamos descobrir a nova razão dessa PG para aplicar a fórmula.
Podemos escrever 𝑎6 em função de 𝑎1 e 𝑟:

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𝑎6 = 𝑎1 𝑟 5
Sabemos que a forma de uma PG é a sequência (𝑎1 , 𝑎1 𝑟′, 𝑎1 𝑟′2 , … )
Então a razão da PG (𝑎1 , 𝑎6 , 𝑎11 , … ) é 𝑟 ′ = 𝑟 5 .
A soma dessa PG é dada por:
𝑎1
𝑆′ = =8
1 − 𝑟5
Para o segundo somatório temos:
𝑎5 + 𝑎10 + 𝑎15 + ⋯ = 2
𝑎10 = 𝑎5 𝑞5 ⇒ 𝑟 ′′ = 𝑟 5
𝑎5
𝑆′′ =
1 − 𝑟 ′′
𝑎5 = 𝑎1 𝑟 4
𝑎1 𝑞4
𝑆′′ = =2
1 − 𝑟5
Encontramos as seguintes equações:
𝑎1
(𝐼 ) =8
1 − 𝑟5
𝑎1 𝑟 4
(𝐼𝐼) =2
1 − 𝑟5
Vamos dividir (𝐼𝐼) por (𝐼) para sumir o termo 𝑎1 :
𝑎1 𝑟 4
(𝐼𝐼) ( ) 2
1 − 𝑟5
= 𝑎 =
(𝐼) ( 1 5) 8
1−𝑟
1
𝑟4 =
4
1
𝑟4 = 2
2
Ainda estudaremos equações de potenciação nas próximas aulas. Por enquanto saiba que
quando a incógnita está na forma 𝑥 2𝑘 , devemos considerar os valores positivos e negativos como
soluções da equação. Pois se 𝑥 é solução de 𝑥 2𝑘 , (−𝑥) também será. Veja: (𝑥 𝑘 )(𝑥 𝑘 ) =
(−𝑥 𝑘 )(−𝑥 𝑘 ) = 𝑥 2𝑘 .
1 1 1 √2
𝑟=± 2 =± 1 =± =±
√2 2
24 22
O enunciado afirma que 𝑟 < 0. Então:
√2
𝑟=−
2
Substituindo 𝑟 em (𝐼) para encontrar 𝑎1 :

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𝑎1
=8
1 − 𝑟5
𝑎1
5 = 8
√2
1 − (− )
2
𝑎1
=8
√2
1+
8
𝑎1 = 8 + √2

Essas operações serão explanadas na aula de Potênciação e Radiciação.


5
√2
− (− )
2
Quando o termo está elevado a um número ímpar, podemos extrair o sinal negativo para fora
da potência. Veja:
(−𝑥)2𝑘+1 = (−𝑥)2𝑘 (−𝑥)1 = 𝑥 2𝑘 (−1)𝑥 = (−1)𝑥 2𝑘+1
Dessa forma:
5 5 5
√2 √2 √2
− (− ) = − [− ( ) ] = ( )
2 2 2

Podemos simplificar desse modo:


1 5 5 1 1 1
5
√2 22 22 22
22 22 22 √2
( ) = ( ) = 5 = 5 = 5−2 = 3 =
2 2 2 2 2 2 8

Sabemos o valor de 𝑎1 e 𝑟. A soma pedida na questão é dado pela fórmula:


𝑎1
𝑆=
1−𝑟
(8 + √2)
𝑆=
√2
1 − (− )
2

(8 + √2)2 16 + 2√2
𝑆= =
2 + √2 2 + √2
Vamos simplificar:
(16 + 2√2) (2 − √2) 32 − 16√2 + 4√2 − 4 28 − 12√2
𝑆= = = = 14 − 6√2
(2 + √2) (2 − √2) 4−2 2

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∴ 𝑆 = 14 − 6√2
Gabarito: 𝑺 = 𝟏𝟒 − 𝟔√𝟐
35. (ITA/2012)
Sabe-se que (𝑥 + 2𝑦, 3𝑥 − 5𝑦, 8𝑥 − 2𝑦, 11𝑥 − 7𝑦 + 2𝑧) é uma progressão aritmética com o último
termo igual a −127. Então, o produto 𝑥𝑦𝑧 é igual a
a) −60
b) −30
c) 0
d) 30
e) 60
Comentários
Temos uma PA cujos termos possuem as incógnitas 𝑥, 𝑦 e 𝑧. Pelas propriedades da PA,
podemos escrever:
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
(𝑥 + 2𝑦) + (8𝑥 − 2𝑦)
3𝑥 − 5𝑦 =
2
9𝑥
3𝑥 − 5𝑦 =
2
6𝑥 − 10𝑦 = 9𝑥
−10𝑦 = 3𝑥
3𝑥 + 10𝑦 = 0 (𝐼)
Também podemos escrever:
𝑎2 + 𝑎4
𝑎3 =
2
(3𝑥 − 5𝑦) + (11𝑥 − 7𝑦 + 2𝑧)
8𝑥 − 2𝑦 =
2
16𝑥 − 4𝑦 = 14𝑥 − 12𝑦 + 2𝑧
2𝑥 + 8𝑦 − 2𝑧 = 0
𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 0 (𝐼𝐼)
A questão afirma que o último termo é igual a −127:
11𝑥 − 7𝑦 + 2𝑧 = −127 (𝐼𝐼𝐼)
Dessa forma, encontramos o sistema linear:
3𝑥 + 10𝑦 = 0 (𝐼)
{ 𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 0 (𝐼𝐼)
11𝑥 − 7𝑦 + 2𝑧 = −127 (𝐼𝐼𝐼)

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(A resolução desse sistema será melhor entendida na aula de Sistemas Lineares.)


Vamos resolver esse sistema, somando 2 ∙ (𝐼𝐼) e (𝐼𝐼𝐼), obtemos:
(2𝑥 + 11𝑥) + (8𝑦 − 7𝑦) + (2𝑧 − 2𝑧) = −127
13𝑥 + 𝑦 = −127 (𝐼𝑉)
Para encontrar 𝑥, podemos fazer 10 ∙ (𝐼𝑉 ) − (𝐼):
10 ∙ (𝐼𝑉 ) = 130𝑥 + 10𝑦 = −1270
−(𝐼) = −3𝑥 − 10𝑦 = 0
10 ∙ (𝐼𝑉 ) − (𝐼) = 127𝑥 = −1270
𝑥 = −10
Substituindo 𝑥 = −10 em (𝐼) para encontrar 𝑦:
3𝑥 + 10𝑦 = 0 (𝐼)
3(−10) + 10𝑦 = 0
10𝑦 = 30
𝑦=3
Por fim, substituímos 𝑥 = −10 e 𝑦 = 3 em (𝐼𝐼) para encontrar 𝑧:
𝑥 + 4𝑦 − 𝑧 = 0 (𝐼𝐼)
𝑧 = 𝑥 + 4𝑦
𝑧 = (−10) + 4(3)
𝑧=2
𝑥𝑦𝑧 = (−10)(3)(2)
∴ 𝑥𝑦𝑧 = −60
Gabarito: 𝒙𝒚𝒛 = −𝟔𝟎
36. (ITA/2015)
Seja (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … ) a sequência definida da seguinte forma: 𝑎1 = 1, 𝑎2 = 1 e 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 para
𝑛 ≥ 3. Considere as afirmações a seguir:
I. Existem três termos consecutivos, 𝑎𝑝 , 𝑎𝑝+1 , 𝑎𝑝+2 , que, nesta ordem, formam uma progressão
geométrica.
II. 𝑎7 é um número primo.
III. Se 𝑛 é múltiplo de 3, então 𝑎𝑛 é par.
É (são) verdadeira(s)
a) apenas II.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.

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e) I, II e III.
Comentários
A sequência da questão é conhecida como sequência de Fibonacci. Vamos analisar as
afirmações:
I. Pela definição da sequência, podemos escrever:
𝑎𝑝+2 = 𝑎𝑝+1 + 𝑎𝑝
Se (𝑎𝑝 , 𝑎𝑝+1 , 𝑎𝑝+2 ) for uma PG de razão 𝑞, podemos escrever:
𝑎𝑝 𝑞2 = 𝑎𝑝 𝑞 + 𝑎𝑝
𝑞2 = 𝑞 + 1
𝑞2 − 𝑞 − 1 = 0
Temos que resolver uma equação de segundo grau. Podemos encontrá-lo usando a fórmula:
−𝑏 ± √𝑏2 − 4𝑎𝑐
𝑞=
2𝑎
Da equação, temos 𝑎 = 1, 𝑏 = −1, 𝑐 = −1:
−(−1) ± √(−1)2 − 4(1)(−1)
𝑞=
2(1)
1 ± √5
𝑞=
2
Encontramos uma razão irracional. Então, se multiplicarmos 𝑎𝑝 pela razão 𝑞, um número
irracional, obteremos 𝑎𝑝+1 , um número irracional. Pela definição da sequência de Fibonacci, seus
termos são a soma dos dois anteriores. A sequência é formada apenas por números inteiros
positivos, logo é impossível ter números irracionais na sequência.
∴Falsa.
II. Vamos ver se 𝑎7 é um número primo. A sequência de Fibonacci é:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, … )
𝑎7 = 13
13 é número primo
∴Verdadeira.
III. Vamos olhar a sequência:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, … )
Perceba que os termos com índices múltiplo de 3 são pares:
𝑎3 = 2, 𝑎6 = 8, 𝑎9 = 34
Os dois termos anteriores a estes números são ímpares.
Vamos provar por PIF a propriedade:

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1) Já verificamos a sua validade para 𝑎3 .


2) Temos que generalizar o resultado.
Hipótese: 𝑛 = 3𝑘 ∈ ℕ, 𝑎3𝑘 é par e 𝑎3𝑘−1 e 𝑎3𝑘−2 são ímpares.
Tese: 𝑎3(𝑘+1) é par
Supondo a hipótese verdadeira, vamos tentar chegar à tese.
𝑎3𝑘+1 = 𝑎3𝑘 + 𝑎3𝑘−1
𝑎3𝑘−1 é ímpar e 33𝑘 é par → 𝑎3𝑘+1 é ímpar
33𝑘+2 = 𝑎3𝑘+1 + 𝑎3𝑘
𝑎3𝑘+1 é ímpar e 𝑎3𝑘 é par → 𝑎3𝑘+2 é ímpar
𝑎3𝑘+3 = 𝑎3𝑘+2 + 𝑎3𝑘+1
𝑎3𝑘+2 é ímpar e 𝑎3𝑘+1 é ímpar → 𝑎3𝑘+3 é par
𝑎3𝑘+3 = 𝑎3(𝑘+1) é par
Pela hipótese conseguimos provar que a tese também é verdadeira. Logo, está provada a
propriedade.
∴Verdadeira.

Considere os números naturais 𝑎, 𝑏, 𝑐:


𝑐 será par quando 𝑎 e 𝑏 forem ímpares ou 𝑎 e 𝑏 forem pares ao mesmo tempo.
Se 𝑎 for par e 𝑏 for ímpar, 𝑐 será ímpar. Veja:
𝑎 𝑝𝑎𝑟 → 𝑎 = 2𝑘, 𝑘 ∈ ℕ
𝑏 í𝑚𝑝𝑎𝑟 → 𝑏 = 2𝑘 ′ + 1, 𝑘 ′ ∈ ℕ
𝑐 = 𝑎 + 𝑏 = 2𝑘 + 2𝑘 ′ + 1
𝑐 = 2(𝑘 + 𝑘 ′ ) + 1
𝑘 + 𝑘 ′ = 𝑘′′ ∈ ℕ
𝑐 = 2𝑘 ′′ + 1
𝑐 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
O mesmo resultado é válido se 𝑎 for ímpar e 𝑏 for par.
Se 𝑎 for ímpar e 𝑏 for ímpar, c será par:
𝑎 í𝑚𝑝𝑎𝑟 → 𝑎 = 2𝑘 + 1, 𝑘 ∈ ℕ
𝑏 í𝑚𝑝𝑎𝑟 → 𝑏 = 2𝑘 ′ + 1, 𝑘 ′ ∈ ℕ

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𝑐 = 𝑎 + 𝑏 = (2𝑘 + 1) + (2𝑘 ′ + 1)
𝑐 = 2𝑘 + 2𝑘 ′ + 2
𝑐 = 2(𝑘 + 𝑘 ′ + 1)
𝑘 + 𝑘 ′ + 1 = 𝑘 ′′ ∈ ℕ
𝑐 = 2𝑘′′
𝑐 é 𝑝𝑎𝑟
Se 𝑎 é par e 𝑏 é par, c será par:
𝑎 𝑝𝑎𝑟 → 𝑎 = 2𝑘, 𝑘 ∈ ℕ
𝑏 𝑝𝑎𝑟 → 𝑏 = 2𝑘 ′ , 𝑘 ′ ∈ ℕ
𝑐 = 𝑎 + 𝑏 = 2𝑘 + 2𝑘 ′ = 2(𝑘 + 𝑘 ′ )
𝑘 + 𝑘 ′ = 𝑘 ′′
𝑐 = 2𝑘′′
𝑐 é 𝑝𝑎𝑟
Gabarito: “d”.
37. (ITA/2015)
Sabe-se que 1, 𝐵, 𝐶, 𝐷 e 𝐸 são cinco números reais que satisfazem às propriedades:
I. 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 são dois a dois distintos;
II. os números 1, 𝐵, 𝐶, e os números 1, 𝐶, 𝐸, estão, nesta ordem, em progressão aritmética;
III. os números 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸, estão, nesta ordem, em progressão geométrica.
Determine 𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸.
Comentários
Vamos extrair as informações do enunciado.
Da afirmação II, temos:
(1, 𝐵, 𝐶) PA → 𝐵 = 1 + 𝑟 e 𝐶 = 1 + 2𝑟
(1, 𝐶, 𝐸 ) PA → 𝐶 = 1 + 𝑟 ′ e 𝐸 = 1 + 2𝑟′′
Igualando os dois valores de 𝐶:
𝐶 = 1 + 2𝑟 = 1 + 𝑟 ′ → 𝑟 ′ = 2𝑟
Colocando 𝐸 em função de 𝑟:
𝐸 = 1 + 2𝑟 ′′ = 1 + 4𝑟
Então, encontramos:
𝐵 =1+𝑟
𝐶 = 1 + 2𝑟
𝐸 = 1 + 4𝑟

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Da III, (𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸) estão em PG nesta ordem. Seja 𝑞 sua razão:


𝐶 = 𝐵𝑞
𝐶 1 + 2𝑟
= 𝑞=
𝐵 1+𝑟
Vamos escrever 𝐸 em função do primeiro termo 𝐵 e da razão 𝑞:

3
1 + 2𝑟 3 (1 + 2𝑟)3
𝐸 = 𝐵𝑞 = (1 + 𝑟) ( ) =
1+𝑟 (1 + 𝑟 ) 2
Temos duas equações para 𝐸, vamos igualá-las:
(1 + 2𝑟)3
𝐸 = 1 + 4𝑟 =
(1 + 𝑟 )2
Desenvolvendo a equação e simplificando:
(1 + 4𝑟)(1 + 𝑟)2 = (1 + 2𝑟)3
(1 + 4𝑟)(1 + 2𝑟 + 𝑟 2 ) = 1 + 8𝑟 3 + 3(1)2 (2𝑟) + 3(1)(2𝑟)2
1 + 2𝑟 + 𝑟 2 + 4𝑟 + 8𝑟 2 + 4𝑟 3 = 1 + 8𝑟 3 + 6𝑟 + 12𝑟 2
1 + 6𝑟 + 9𝑟 2 + 4𝑟 3 = 1 + 6𝑟 + 12𝑟 2 + 8𝑟 3
8𝑟 3 − 4𝑟 3 + 12𝑟 2 − 9𝑟 2 + 6𝑟 − 6𝑟 + 1 − 1 = 0
4𝑟 3 + 3𝑟 2 = 0
𝑟 2 (4𝑟 + 3) = 0
As raízes dessa equação são:
𝑟 = 0 ou 4𝑟 + 3 = 0
Da afirmação I, os termos são dois a dois distintos, logo 𝑟 ≠ 0.
3
4𝑟 + 3 = 0 → 𝑟 = −
4
Vamos encontrar o valores dos números reais:
3 1
𝐵 =1+𝑟 =1− =
4 4
3 1
𝐶 = 1 + 2𝑟 = 1 + 2 (− ) = −
4 2
3
𝐸 = 1 + 4𝑟 = 1 + 4 (− ) = −2
4
1 + 2𝑟
(𝐵, 𝐶, 𝐷, 𝐸 ) 𝑃𝐺 → 𝑞 =
1+𝑟
3
1 + 2 (− )
𝑞= 4 = −2
3
1 + (− )
4

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1
𝐷 = 𝐶𝑞 = (− ) (−2) = 1
2
1 1
∴ 𝐵 = , 𝐶 = − , 𝐷 = 1, 𝐸 = −2
4 2
𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑩 = , 𝑪 = − , 𝑫 = 𝟏, 𝑬 = −𝟐
𝟒 𝟐

38. (ITA/2017)
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ∈ ℝ. Suponha que 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 formem, nesta ordem, uma progressão geométrica e que
𝑎, 𝑏/2, 𝑐/4, 𝑑 − 140 formem, nesta ordem, uma progressão aritmética. Então, o valor de 𝑑 − 𝑏 é
a) −140
b) −120
c) 0
d) 120
e) 140
Comentários
Do enunciado, (𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑) é PG:
𝑏 = 𝑎𝑞
𝑐 = 𝑎𝑞2
𝑑 = 𝑎𝑞3
𝑏 𝑐
(𝑎, , , 𝑑 − 140) é PA:
2 4
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
𝑐
𝑏 𝑎+4
=
2 2
𝑐
𝑏=𝑎+
4
Usando as informações da PG na PA, obtemos:
𝑎𝑞2
𝑎𝑞 = 𝑎 +
4
𝑞2
𝑞 =1+
4
2
𝑞 − 4𝑞 + 4 = 0
Fatorando:
( 𝑞 − 2)2 = 0
A solução para essa equação é: 𝑞 = 2.
Substituindo 𝑞 = 2 e representando 𝑏, 𝑐, 𝑑 em função de 𝑎:

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𝑏 = 𝑎𝑞 = 2𝑎
𝑐 = 𝑎𝑞2 = 4𝑎
𝑑 = 𝑎𝑞3 = 8𝑎
Das informações da PA, obtemos:
𝑏 𝑐
(𝑎, , , 𝑑 − 140)
2 4
2𝑎 4𝑎
(𝑎, , , 8𝑎 − 140)
2 4
(𝑎, 𝑎, 𝑎, 8𝑎 − 140)
Repare nos termos dessa PA. Essa sequência é uma PA de razão 𝑟 = 0, pois
𝑎1 = 𝑎2 = 𝑎3 = 𝑎
Então, podemos escrever:
𝑎4 = 𝑎
8𝑎 − 140 = 𝑎
7𝑎 = 140
𝑎 = 20
A questão pede 𝑑 − 𝑏:
𝑑 − 𝑏 = 𝑎𝑞3 − 𝑎𝑞 = 20(2)3 − 20(2) = 160 − 40 = 120
∴ 𝑑 − 𝑏 = 120
Gabarito: “d”.
39. (ITA/2017)
Sejam 𝐴 = {1, 2, … , 29, 30} o conjunto dos números inteiros de 1 a 30 e (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) uma progressão
geométrica crescente com elementos de 𝐴 e razão 𝑞 > 1.
3
a) Determine todas as progressões geométricas (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) de razão 𝑞 = .
2
𝑚
b) Escreve 𝑞 = , com 𝑚, 𝑛 ∈ ℤ e 𝑚𝑑𝑐 (𝑚, 𝑛) = 1. Determine o maior valor possível para 𝑛.
𝑛

Comentários
a) Temos que encontrar todas as progressões geométricas da forma (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) de razão 𝑞 =
3
. Cada PG é formada pelos elementos de 𝐴 = {1, 2, … , 30}.
2

Vamos escrever a PG em função do 𝑎1 e de 𝑞 = 3/2:


(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 )
(𝑎1 , 𝑎1 𝑞, 𝑎1 𝑞2 )
3 3 2
(𝑎1 , 𝑎1 ( ) , 𝑎1 ( ) )
2 2

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3𝑎1 9𝑎1
,(𝑎1 ,
)
2 4
Os elementos da PG são elementos de 𝐴, um conjunto de números inteiros de 1 a 30.
3𝑎 9𝑎
Assim, 𝑎1 , 1 , 1 devem ser números inteiros e o último termo da PG deve ser menor ou
2 4
igual a 30, pois este é o maior número elemento de 𝐴:
9𝑎1
≤ 30
4
9𝑎1
Disso, encontramos que 𝑎1 deve ser múltiplo de 4, já que deve ser inteiro.
4

Vamos encontrar as sequências:


𝑎1 = 4
3 3
𝑎2 = 𝑎1 ( ) = 4 ( ) = 6
2 2
3 2 9
𝑎3 = 𝑎1 ( ) = 4 ( ) = 9
2 4
(4, 6, 9) é a primeira PG

𝑎1 = 8
3 3
𝑎2 = 𝑎1 ( ) = 8 ( ) = 12
2 2
3 2 9
𝑎3 = 𝑎1 ( ) = 8 ( ) = 18
2 4
(8, 12, 18) é a segunda PG

𝑎1 = 12
3 3
𝑎2 = 𝑎1 ( ) = 12 ( ) = 18
2 2
3 2 9
𝑎3 = 𝑎1 ( ) = 12 ( ) = 27
2 4
(12, 18, 27) é a terceira PG

𝑎1 = 16
3 3
𝑎2 = 𝑎1 ( ) = 16 ( ) = 24
2 2
3 2 9
𝑎3 = 𝑎1 ( ) = 16 ( ) = 36 > 30 ⇒ 𝑛ã𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑎𝑧 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜
2 4
Portanto, temos apenas três progressões geométricas que satisfazem a condição:

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(4, 6, 9), (8, 12, 18) 𝑒 (12, 18, 27)

b) Se 𝑚𝑑𝑐 (𝑚, 𝑛) = 1 → 𝑚 e 𝑛 são primos entre si. A PG pode ser representada por:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 )
(𝑎1 , 𝑎1 𝑞, 𝑎1 𝑞2 )
𝑚 𝑚 2
(𝑎1 , 𝑎1 ( ) , 𝑎1 ( ) )
𝑛 𝑛
𝑚 𝑚2
(𝑎1 , 𝑎1 ( ) , 𝑎1 ( 2 ))
𝑛 𝑛
Como os termos dessa PG são elementos de 𝐴, um conjunto de inteiros:
𝑚2
𝑎1 ( 2
) 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 → 𝑎1 é 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑛2
𝑛
Se 𝑎1 é múltiplo de 𝑛2 e 𝑎1 ∈ {1, 2, 3, . . . ,30}, então 𝑎1 é múltiplo de um número quadrado
perfeito (um número quadrado perfeito é da forma 𝑥 2 , onde 𝑥 é um número inteiro).
Para 𝑎1 pertencer ao conjunto 𝐴, 𝑎1 < 30.
A questão pede o maior valor de 𝑛. Como 𝑎1 é múltiplo de 𝑛2 , 𝑎1 deve também possuir o
maior valor possível.
O maior número quadrado perfeito que satisfaz essa condição é 𝑎1 = 25
𝑎1 = 25 ⇒ 𝑛2 = 25 ⇒ 𝑛 = 5
Como 𝑞 > 1 e 𝑚, 𝑛 são primos, para o menor valor de 𝑞 que satisfaz essa condição, temos:
𝑚 6
𝑞= =
𝑛 5
Para esse valor, encontramos a PG:
𝑚 𝑚2
(𝑎1 , 𝑎1 ( ) , 𝑎1 ( 2 ))
𝑛 𝑛
6 36
(25, 25 ( ) , 25 ( ))
5 25
(25, 30, 36)
Perceba que o último termo dessa PG não é elemento de 𝐴. Então 𝑛2 deve ser menor que 25.
O próximo valor que satisfaz a condição é:
Para 𝑎1 = 16 → 𝑛2 = 16 → 𝑛 = 4. Esses valores geram a PG:
𝑚 𝑚2
(𝑎1 , 𝑎1 ( ) , 𝑎1 ( 2 ))
𝑛 𝑛

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5 25
(16, 16 ( ) , 16 ( ))
4 16
(16, 20, 25)
Essa PG satisfaz todas as condições do problema.
∴𝑛=4
Gabarito: a) (𝟒, 𝟔, 𝟗), (𝟖, 𝟏𝟐, 𝟏𝟖) 𝒆 (𝟏𝟐, 𝟏𝟖, 𝟐𝟕) b) 𝒏 = 𝟒
40. (ITA/2019/Modificada)
Classifique a afirmação:
Se 𝑎, 𝑏 e 𝑐 são números reais positivos que formam, nessa ordem, uma progressão aritmética, então
1 1 1
, , formam, nessa ordem, uma progressão aritmética.
√𝑏+√𝑐 √𝑐+√𝑎 √𝑎+√𝑏

Comentários
Se a, b e c formam, nessa ordem, uma PA então podemos escrever:
𝑏 =𝑎+𝑟
𝑐 = 𝑎 + 2𝑟
Veja que:
1 √𝑏 − √𝑐 √𝑏 − √𝑐 √𝑏 − √𝑐 √𝑐 − √𝑏
= = =
√𝑏 + √𝑐 √𝑏 − √𝑐 𝑏−𝑐 −𝑟 𝑟
Analogamente:
1 √𝑐 − √ 𝑎 √𝑐 − √𝑎 √𝑐 − √𝑎
= =
√𝑐 + √𝑎 √𝑐 − √ 𝑎 𝑐−𝑎 2𝑟
1 √𝑎 − √𝑏 √𝑎 − √𝑏 √𝑎 − √𝑏 √𝑏 − √𝑎
= = =
√𝑎 + √𝑏 √𝑎 − √𝑏 𝑎−𝑏 −𝑟 𝑟
1 1 1
Então para a sequência , , formar uma PA nessa ordem, devemos ter:
√𝑏+√𝑐 √𝑐+√𝑎 √𝑎+√𝑏
𝑎1 + 𝑎3
𝑎2 =
2
1 1 1 1
= ( + )
√𝑐 + √𝑎 2 √𝑏 + √𝑐 √𝑎 + √𝑏
Vamos tentar encontrar essa relação.
1 1
Calculando + :
√𝑏+√𝑐 √𝑎+√𝑏

1 1 √𝑐 − √𝑏 √𝑏 − √𝑎 √𝑐 − √𝑎
+ = +( )=
√𝑏 + √𝑐 √𝑎 + √𝑏 𝑟 𝑟 𝑟
Vamos multiplicar o numerador e o denominador por √𝑐 + √𝑎:

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(√𝑐 − √𝑎) (√𝑐 + √𝑎) 𝑐−𝑎


=
𝑟 (√𝑐 + √𝑎) 𝑟(√𝑐 + √𝑎)
Da condição (𝑎, 𝑏, 𝑐) ser uma PA:
𝑐 = 𝑎 + 2𝑟 ⇒ 𝑐 − 𝑎 = 2𝑟
𝑐−𝑎
Substituindo 𝑐 = 2𝑟 na equação :
𝑟(√𝑐+√𝑎)

𝑐−𝑎 2𝑟 2
= =
𝑟(√𝑐 + √𝑎) 𝑟(√𝑐 + √𝑎) (√𝑐 + √𝑎)
Portanto:
1 1 2
+ =
√𝑏 + √𝑐 √𝑎 + √𝑏 (√𝑐 + √𝑎)
1 1 1 1
= ( + )
√𝑐 + √𝑎 2 √𝑏 + √𝑐 √𝑎 + √𝑏
∴Verdadeira.
Gabarito: Verdadeira.

Questões IME Comentadas


41. (IME/1996)
Calcule a soma abaixo:
1 1 1 1
+ + + ⋯+
1 ∙ 4 4 ∙ 7 7 ∙ 10 2998 ∙ 3001
Comentários
Essa expressão é uma soma telescópica. Apesar da questão ser antiga, pode ser que ela seja
cobrada no seu vestibular. O IME adora questões que exigem que o aluno já tenha visto algo parecido
durante sua preparação.
Lembra do bizu da aula?
Para resolver essa questão, precisamos escrevê-la na forma:
1 𝐴 𝐵
= +
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Vamos substituir os valores e encontrar 𝐴 e 𝐵:
1 𝐴 𝐵 1 𝐵 1−𝐵
= + ⇒ =𝐴+ ⇒𝐴= (𝐼)
1∙4 1 4 4 4 4
1 𝐴 𝐵 1 𝐴 𝐵
= + ⇒ = + (𝐼𝐼)
4 ∙ 7 4 7 28 4 7
Substituindo (𝐼) em (𝐼𝐼) para encontrar 𝐵:

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1−𝐵
1 𝐵
= 4 +
28 4 7
1 1−𝐵 𝐵
= +
28 16 7
1 (1 − 𝐵)7 + 𝐵 ∙ 16
=
28 16 ∙ 7
7
16 ∙ = (1 − 𝐵)7 + 𝐵 ∙ 16
28
4 = 7 − 7𝐵 + 16𝐵
−3 = 9𝐵
1
𝐵=−
3
Substituindo 𝐵 em (𝐼):
1 1 4
1 − 𝐵 1 − (− 3) 1 + 3 3 1
𝐴= = = = =
4 4 4 4 3
Encontramos 𝐴 = 1/3 e 𝐵 = −1/3.
Podemos escrever:
1 𝐴 𝐵
= +
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
1 1 1 1 1 1
= − = ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 3𝑎𝑛 3𝑎𝑛+1 3 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
Agora podemos resolver a questão. Vamos chamar a soma de 𝑆:
1 1 1 1
𝑆= + + + ⋯+
1 ∙ 4 4 ∙ 7 7 ∙ 10 2998 ∙ 3001
Podemos reescrever a soma usando o termo geral da série telescópica aritmética:
1 1 1 1
= ( − )
𝑎𝑛 𝑎𝑛+1 3 𝑎𝑛 𝑎𝑛+1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
𝑆= (( − ) + ( − ) + ( − ) + ⋯ + ( − )+( − ))
3 1 4 4 7 7 10 2995 2998 2998 3001
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
𝑆= (( − ) + ( − ) + ( − ) +. . . + ( − )+( − ))
3 1 4 4 7 7 10 2995 2998 2998 3001
1 1
𝑆=(1 − )
3 3001
1 3000 1000
𝑆= ( )=
3 3001 3001

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Poderíamos aplicar diretamente a fórmula para a soma:


1 1 1
𝑆𝑛 = ( − )
𝑟 𝑎1 𝑎𝑛+1
Observando a soma telescópica, vemos que 𝑟 = 3, 𝑎1 = 1 e 𝑎𝑛+1 = 3001.
Substituindo os valores na fórmula, obtemos:
1 1 1 1 3000 1000
𝑆= ( − )= ( )=
3 1 3001 3 3001 3001
𝟏𝟎𝟎𝟎
Gabarito: 𝑺 =
𝟑𝟎𝟎𝟏

42. (IME/2000)
Determine o polinômio em 𝑛, com no máximo 4 termos, que representa o somatório dos quadrados
dos 𝑛 primeiros números naturais.
𝑛

∑ 𝑘2
𝑘=1

Comentários
𝑛

𝑆𝑛 = ∑ 𝑘 2
𝑘=1

Vamos substituir os valores de 𝑛 ∈ ℕ∗ na fórmula e ver o que obtemos.


𝑆1 = 12 = 1
𝑆2 = 22 + 12 = 5
𝑆3 = 32 + 22 + 12 = 14
𝑆4 = 42 + 32 + 22 + 12 = 30

Veja que obtemos a sequência:
(1, 4, 9, 16, 25, 36, … )
Perceba que subtraindo os termos consecutivos, obtemos uma PA estacionária:
(3, 5, 7, 9, 11, … )
Logo, a sequência do problema é uma PA de ordem 2. De acordo com o teorema da soma,
podemos escrever 𝑆𝑛 como um polinômio de grau 3:
𝑆𝑛 = 𝐴𝑛3 + 𝐵𝑛2 + 𝐶𝑛 + 𝐷
Temos 4 incógnitas (𝐴, 𝐵, 𝐶, 𝐷), então precisamos de 4 equações:
𝑆1 = 𝐴(1)3 + 𝐵(1)2 + 𝐶 (1) + 𝐷 = 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷 = 1 (𝐼)
𝑆2 = 𝐴(2)3 + 𝐵(2)2 + 𝐶 (2) + 𝐷 = 8𝐴 + 4𝐵 + 2𝐶 + 𝐷 = 5 (𝐼𝐼)
𝑆3 = 𝐴(3)3 + 𝐵(3)2 + 𝐶 (3) + 𝐷 = 27𝐴 + 9𝐵 + 3𝐶 + 𝐷 = 14 (𝐼𝐼𝐼)
𝑆4 = 𝐴(4)3 + 𝐵(4)2 + 𝐶 (4) + 𝐷 = 64𝐴 + 16𝐵 + 4𝐶 + 𝐷 = 30 (𝐼𝑉)

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Vamos resolver o sistema linear:


(𝐼𝑉 ) − (𝐼𝐼𝐼):
37𝐴 + 7𝐵 + 𝐶 = 16 (𝑉)
(𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝐼):
19𝐴 + 5𝐵 + 𝐶 = 9 (𝑉𝐼)
(𝐼𝐼) − (𝐼):
7𝐴 + 3𝐵 + 𝐶 = 4 (𝑉𝐼𝐼)
(𝑉 ) − (𝑉𝐼):
18𝐴 + 2𝐵 = 7 (𝑉𝐼𝐼𝐼)
(𝑉𝐼) − (𝑉𝐼𝐼):
12𝐴 + 2𝐵 = 5 (𝐼𝑋)
(𝑉𝐼𝐼𝐼) − (𝐼𝑋):
1
6𝐴 = 2 ⇒ 𝐴 =
3
Substituindo 𝐴 = 1/3 em (𝐼𝑋):
1
12 ( ) + 2𝐵 = 5
3
4 + 2𝐵 = 5
1
𝐵=
2
Substituindo 𝐴 = 1/3 e 𝐵 = 1/2 em (𝑉𝐼𝐼):
1 1
7( ) + 3( ) + 𝐶 = 4
3 2
7 3
+ +𝐶 =4
3 2
(14 + 9)
+𝐶 =4
6
23
+𝐶 =4
6
24 23 1
𝐶= − =
6 6 6
Substituindo 𝐴, 𝐵, 𝐶 em (𝐼):
1 1 1
+ + +𝐷 =1
3 2 6
2 3 1
+ + +𝐷 =1
6 6 6

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6
+𝐷 =1
6
𝐷=0
Assim, obtemos o polinômio:
1 3 1 2 1
𝑆𝑛 = 𝑛 + 𝑛 + 𝑛
3 2 6

𝟏 𝟏 𝟏
Gabarito: 𝑺𝒏 = 𝒏𝟑 + 𝒏𝟐 + 𝒏
𝟑 𝟐 𝟔

43. (IME/2010)
A quantidade 𝑘 de números naturais positivos, menores do que 1000, que não são divisíveis por 6
ou 8, satisfaz a condição:
a) 𝑘 < 720
b) 720 ≤ 𝑘 < 750
c) 750 ≤ 𝑘 < 780
d) 780 ≤ 𝑘 < 810
e) 𝑘 ≥ 810
Comentários
Das informações da questão:
𝑘 < 1000 𝑒 𝑘 ∈ ℕ+
Seja 𝑥 a quantidade de elementos que são divisíveis por 6 e por 8.
𝑘 será dada por:
𝑘 = 999 − 𝑥
Para calcular 𝑛, devemos somar a quantidade de elementos que são divisíveis por 6 e por 8 e
depois subtrair a quantidade de elementos que são divisíveis por 6 e por 8 ao mesmo tempo (esses
elementos acabam sendo somados 2 vezes). Os elementos que são divisíveis por 6 e por 8 são os
múltiplos do MMC:
𝑀𝑀𝐶 [6; 8] = 24
Dessa forma, vamos encontrar a quantidade de elementos divisíveis por 6:
(6, 12, 18, … , 𝑎𝑛 )
Usando a forma geral da PA:
𝑎𝑛 = 6 + (𝑛 − 1)6 < 1000
994
𝑛−1<
6
994
𝑛 <1+ ≅ 166,6
6

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𝑛 = 166
Elementos divisíveis por 8:
(8, 16, … , 𝑎𝑚 )
𝑎𝑚 = 8 + (𝑚 − 1)8 < 1000
992
𝑚−1<
8
𝑚 < 1 + 124 = 125
𝑚 = 124
Elementos divisíveis por 24:
(24, 48, … , 𝑎𝑙 )
𝑎𝑙 = 24 + (𝑙 − 1)24 < 1000
976
𝑙−1<
24
976
𝑙 <1+ ≅ 41,6
24
𝑙 = 41
⇒ 𝑥 = 𝑚 + 𝑛 − 𝑙 = 166 + 124 − 41 = 249
Portanto, 𝑘 será dada por:
𝑘 = 999 − 249 = 750
Gabarito: “c”.
44. (IME/2010)
Seja 𝑆 = 12 + 32 + 52 + 72 + ⋯ + 792 . O valor de 𝑆 satisfaz:
a) 𝑆 < 7𝑥104
b) 7𝑥104 ≤ 𝑆 < 8𝑥104
c) 8𝑥104 ≤ 𝑆 < 9𝑥104
d) 9𝑥104 ≤ 𝑆 < 105
e) 𝑆 ≥ 105
Comentários
Nessa questão, você deve se lembrar que na aula de Álgebra Elementar, na lista de exercícios,
demonstramos que a seguinte relação é válida:
𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
12 + 22 + 32 + ⋯ + 𝑛 2 =
6
É normal não ter memorizado essa fórmula, então, vamos aprender a deduzi-la. Sabendo que
(𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3 , temos:
13 = 13

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23 = (1 + 1)3 = 1 3 + 3 ⋅ 12 ⋅ 1 + 3 ⋅ 1 ⋅ 12 + 13
33 = (1 + 2)3 = 1 3 + 3 ⋅ 12 ⋅ 2 + 3 ⋅ 1 ⋅ 22 + 23
43 = (1 + 3)3 = 1 3 + 3 ⋅ 12 ⋅ 3 + 3 ⋅ 1 ⋅ 32 + 33

3
𝑛3 = (1 + (𝑛 − 1)) = 13 + 3 ⋅ 12 ⋅ (𝑛 − 1) + 3 ⋅ 1 ⋅ (𝑛 − 1)2 + (𝑛 − 1)3
Somando todas essas equações, obtemos:
13 + 23 + 33 + 43 + ⋯ + 𝑛 3
= 𝑛 ⋅ 13 + 3 ⋅ 12 ⋅ (1 + 2 + 3 + ⋯ + (𝑛 − 1)) + 3 ⋅ 1 ⋅ (12 + 22 + ⋯ + (𝑛 − 1)2 )
+ ( 13 + 23 + 33 + ⋯ + (𝑛 − 1)3 )
Vamos definir 𝑋 = 12 + 22 + 32 + ⋯ + 𝑛2 .
Note que os termos em vermelho se eliminam. A soma dos termos em azul é a soma de uma PA de
razão 1 e a soma verde é a soma 𝑋 − 𝑛2 . Assim, podemos escrever:
3(1 + (𝑛 − 1))(𝑛 − 1)
𝑛3 = 𝑛 + + 3( 𝑋 − 𝑛 2 )
2
Isolando 𝑋:
3𝑛(𝑛 − 1)
𝑛3 = 𝑛 + + 3𝑋 − 3𝑛2
2
2𝑛3 = 2𝑛 + 3𝑛2 − 3𝑛 + 6𝑋 − 6𝑛2
2𝑛3 = 6𝑋 − 𝑛 − 3𝑛2
6𝑋 = 2𝑛3 + 3𝑛2 + 𝑛 = 𝑛(2𝑛2 + 3𝑛 + 1) = 𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
Portanto, encontramos a fórmula para a soma dos naturais elevados ao quadrado:
𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
𝑋=
6
Vamos voltar à resolução da questão:
Perceba que 𝑆 é a soma dos números naturais ímpares elevados ao quadrado.
Para calcular 𝑆 = 12 + 32 + 52 + ⋯ + 792 , precisamos completar a soma com os números
pares.
Podemos reescrever a soma da seguinte forma:
𝑆 = 12 + 22 + 32 + 42 + ⋯ + 792 − (22 + 42 + 62 + 82 + ⋯ + 782 )
𝑆 = 12 + 22 + 32 + 42 + ⋯ + 792 − ((2 ∙ 1)2 + (2 ∙ 2)2 + (2 ∙ 3)2 + ⋯ + (2 ∙ 39)2 )
𝑆 = 12 + 22 + 32 + 42 + ⋯ + 792 − (22 ⋅ 12 + 22 ⋅ 22 + 22 ⋅ 32 + ⋯ + 22 ⋅ 392 )
𝑆 = 12 + 22 + 32 + 42 + ⋯ + 792 − 4(12 + 22 + 32 + ⋯ + 392 )
Sabendo que
𝑛(𝑛 + 1)(2𝑛 + 1)
12 + 22 + 32 + ⋯ + 𝑛 2 =
6

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Temos:
79(79 + 1)(2 ∙ 79 + 1) 4(39(1 + 39)(2 ∙ 39 + 1))
𝑆= −
6 6
79 ∙ 80 ∙ 159 4(39 ∙ 40 ∙ 79)
𝑆= −
6 6
Simplificando:
𝑆 = 79 ∙ 40 ∙ 53 − 2 ∙ 13 ∙ 40 ∙ 79
Perceba que temos os termos 79 ∙ 40 nos dois números acima. Vamos fatorar:
𝑆 = 79 ∙ 40 ∙ 53 − 26 ∙ 40 ∙ 79
𝑆 = 79 ∙ 40 ∙ (53 − 26)
𝑆 = 79 ∙ 40 ∙ 27
Agora, podemos calcular o valor de 𝑆:
𝑆 = 85320
𝑆 é um número entre 80000 e 90000.
∴ 8𝑥104 ≤ 𝑆 < 9𝑥104
Atenção! Sempre que você puder, você deve fatorar os números para facilitar o cálculo.
Gabarito: “c”.

45. (IME/2012)
O segundo, o sétimo e o vigésimo sétimo termos de uma Progressão Aritmética (PA) de números
inteiros, de razão 𝑟, formam, nesta ordem, uma Progressão Geométrica (PG), de razão 𝑞, com
𝑞 𝑒 𝑟 ∈ ℕ∗ (natural diferente de zero). Determine:
a) o menor valor possível para a razão 𝑟;
b) o valor do décimo oitavo termo da PA, para a condição do item a.
Comentários
a) Do enunciado:
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑛 ) PA de razão 𝑟 ∈ ℕ∗
(𝑎2 , 𝑎7 , 𝑎27 ) PG de razão 𝑞 ∈ ℕ∗
Das propriedades da PG, podemos escrever:
𝑎72 = 𝑎2 𝑎27
Usando as definições de PA, podemos reescrever os seus termos:
𝑎7 = 𝑎2 + 5𝑟
𝑎27 = 𝑎2 + 25𝑟
Substituindo esses valores na equação, obtemos:

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(𝑎2 + 5𝑟)2 = 𝑎2 (𝑎2 + 25𝑟)


𝑎22 + 10𝑎2 𝑟 + 25𝑟 2 = 𝑎22 + 25𝑎2 𝑟
25𝑟 2 − 15𝑎2 𝑟 = 0
5𝑟 2 − 3𝑎2 𝑟 = 0
𝑟(5𝑟 − 3𝑎2 ) = 0
𝑟 ∈ ℕ∗ → 𝑟 ≠ 0
3𝑎2
5𝑟 − 3𝑎2 = 0 → 𝑟 =
5
𝑎2 é um número inteiro conforme a questão e 𝑟 é um número natural diferente de zero.
O problema pede o menor valor possível para 𝑟. 𝑟 será mínimo quando 𝑎2 for mínimo, então
para 𝑟 ser natural, devemos ter 𝑎2 = 5. O que implica 𝑟 = 3.

b) Para a condição do item (a), temos:


𝑎18 = 𝑎2 + 16𝑟
𝑎18 = 5 + 16(3)
𝑎18 = 53
Gabarito: a) 𝒓 = 𝟑 b) 𝒂𝟏𝟖 = 𝟓𝟑
46. (IME/2013)
Entre os números 3 e 192 insere-se igual número de termos de uma progressão aritmética e de uma
progressão geométrica com razão 𝑟 e 𝑞, respectivamente, onde 𝑟 e 𝑞 são números inteiros. O
número 3 e o número 192 participam destas duas progressões. Sabe-se que o terceiro termo de
1 8 1 𝑟
(1 + ) , em potências crescentes de , é . O segundo termo da progressão aritmética é
𝑞 𝑞 9𝑞

a) 12
b) 48
c) 66
d) 99
e) 129
Comentários
Do enunciado podemos extrair as seguintes informações:
(3,
⏟ … ,192) PA de razão 𝑟 ∈ ℤ
𝑛 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠

(3,
⏟ … ,192) PG de razão 𝑞 ∈ ℤ
𝑛 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠
1 8 1 𝑟
O terceiro termo de (1 + ) em potências crescentes de é .
𝑞 𝑞 9𝑞

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Não se preocupe se você não entendeu essa parte do problema, isso será explicado
detalhadamente na aula de Análise Combinatória. Para resolver essa parte precisamos do
conhecimento da Fórmula do Binômio de Newton.
A Fórmula do Binômio de Newton pode ser escrita como:
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
(𝑥 + 𝑦)𝑛 = ( ) 𝑥 𝑛 + ( ) 𝑥 𝑛−1 𝑦 + ( ) 𝑥 𝑛−2 𝑦 2 + ⋯ + ( ) 𝑦 𝑛
0 1 2 𝑛
𝑛
(𝑝) é chamado de número binomial 𝑛 sobre 𝑝:
𝑛 𝑛!
(𝑝 ) =
𝑝! (𝑛 − 𝑝)!
𝑛! = 𝑛(𝑛 − 1)(𝑛 − 2)(𝑛 − 3) ∙ … ∙ 2 ∙ 1
𝑛! é chamado de fatorial do número 𝑛.
Voltando ao problema, podemos escrever:
1 8 8 8 8 8−1 1 8 8−2 1
2
8 1
8
(1 + ) = ( ) 1 + ( ) 1 ( ) + ( )1 ( ) + ⋯+ ( )( )
𝑞 0 1 𝑞 2 𝑞 8 𝑞
O terceiro termo dessa expansão em potências crescentes de 1/𝑞 é:
2 2
8 8−2 1 8 6 1 8! 1 28
( )1 ( ) = ( )1 ( ) = ( 2) = 2
2 𝑞 2 𝑞 2! 6! 𝑞 𝑞
A questão afirma:
28 𝑟
2
= → 𝑞𝑟 = 9 ∙ 28 = 32 22 7
𝑞 9𝑞
Da PA, podemos escrever:
192 = 3 + (𝑛 − 1)𝑟
(𝑛 − 1)𝑟 = 189
Da PG:
192 = 3𝑞𝑛−1
64 = 𝑞𝑛−1
26 = 𝑞𝑛−1
Como 𝑞 é um número inteiro, 𝑞 deve ser múltiplo de 2. 𝑛 − 1 é um número natural, então
podemos ter os seguintes casos possíveis:
𝑞 = 2 𝑒 𝑛 − 1 = 6 (𝐼)
𝑞 = 4 𝑒 𝑛 − 1 = 3 (𝐼𝐼)
𝑞 = 8 𝑒 𝑛 − 1 = 2 (𝐼𝐼𝐼)
Vamos testar esses casos na condição da PA:
(𝑛 − 1)𝑟 = 189

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189
𝑟=
𝑛−1
𝑟 também é um número inteiro, então 189 deve ser divisível por 𝑛 − 1.
Note que 189 não possui o número 2 como fator, logo ele não é divisível por números com
fator 2. Dessa condição, apenas a (𝐼𝐼) não possui 2 como fator. 189 é divisível por 3, pois seus
algarismos somados são divisíveis por 3 (1 + 8 + 9 = 18).
189
Assim, 𝑛 − 1 = 3 → 𝑟 = → 𝑟 = 63.
3

O segundo termo da PA é dado por:


𝑎2 = 3 + 𝑟 = 3 + 63 = 66
Gabarito: “c”
47. (IME/2014)
Em uma progressão aritmética crescente, a soma de três termos consecutivos é 𝑆1 e a soma de seus
quadrados é 𝑆2 . Sabe-se que os dois maiores desses três termos são raízes da equação 𝑥 2 − 𝑆1 𝑥 +
1
(𝑆2 − ) = 0. A razão desta PA é
2
1
a)
6
√6
b)
6

c) √6
√6
d)
3

e) 1
Comentários
Temos uma PA crescente e a questão nos dá a soma dos três termos consecutivos 𝑆1 e a soma
de seus quadrados 𝑆2 . Vamos representar a PA dessa forma:
(𝑎 − 𝑟, 𝑎, 𝑎 + 𝑟)
Assim, podemos escrever:
𝑆1 = (𝑎 − 𝑟) + 𝑎 + (𝑎 + 𝑟) = 3𝑎
𝑆1 = 3𝑎
𝑆2 = (𝑎 − 𝑟)2 + 𝑎2 + (𝑎 + 𝑟)2
𝑆2 = 𝑎2 − 2𝑎𝑟 + 𝑟 2 + 𝑎2 + 𝑎2 + 2𝑎𝑟 + 𝑟 2
𝑆2 = 3𝑎2 + 2𝑟 2
Os dois maiores termos da PA são 𝑎 e 𝑎 + 𝑟 e são também raízes da equação:
1
𝑥 2 − 𝑆1 𝑥 + (𝑆2 − ) = 0
2
Substituindo 𝑆1 e 𝑆2 :

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1
𝑥 2 − 3𝑎𝑥 + (3𝑎2 + 2𝑟 2 − ) = 0
2
Estudaremos relações de Girard na aula de Expressões Algébricas. Das relações de Girard,
podemos escrever:
𝑎′𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
𝑏
𝑥1 + 𝑥2 = −
𝑎′
−3𝑎
𝑎 + (𝑎 + 𝑟) = − = 3𝑎
1
𝑟=𝑎
𝑐
𝑥1 𝑥2 =
𝑎′
1
𝑎(𝑎 + 𝑟) = (3𝑎2 + 2𝑟 2 − )
2
1
𝑎2 + 𝑎𝑟 = 3𝑎2 + 2𝑟 2 −
2
Substituindo 𝑟 = 𝑎, na equação acima:
1
𝑎2 + 𝑎𝑎 = 3𝑎2 + 2𝑎2 −
2
1
2𝑎2 = 3𝑎2 + 2𝑎2 −
2
1
3𝑎2 =
2
1
𝑎2 =
6
1 √6
𝑎=± =± =𝑟
√6 6
Como a PA é crescente, temos 𝑟 = √6/6.
Gabarito: “b”.
48. (IME/2014)
Calcular o valor da expressão abaixo
3 370370 … 037 − 11
⏟ ⏟ … 1 00
⏟ …0

89 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "1" 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "0"

Obs.: algs = algarismos


Comentários
Vamos simplificar a expressão.
Para o primeiro termo, temos:

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370370 … 037 = ⏟
⏟ 370370370370 … 37037
89 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 89 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠

Vamos escrever esse número em potências de 10:


370370370370 … 37037 = 37 ∙ 1087 + 37 ∙ 1084 + 37 ∙ 1081 + ⋯ + 37 ∙ 103 + 37 ∙ 100
Perceba que escrevendo dessa forma, obtemos uma PG finita cujo primeiro termo é 𝑎1 = 37
e razão é 𝑞 = 103 .
Podemos aplicar a fórmula para soma de PG finita:
𝑎1 (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
Vamos calcular o número de termos dessa PG.
Pela forma da PG, podemos escrever:
𝑎𝑛 = 𝑎1 𝑞𝑛−1
𝑎𝑛 = 37 ∙ 1087 = 37 ∙ (103 )𝑛−1
37 ∙ 1087 = 37 ∙ 103(𝑛−1)
3(𝑛 − 1) = 87
87
𝑛−1= = 29
3
𝑛 = 30
Logo, a PG possui 30 termos.
Substituindo as variáveis na fórmula da soma, obtemos:
37((103 )30 − 1)
𝑆30 =
103 − 1
Simplificando:
37(1090 − 1) 1090 − 1 1090 − 1
𝑆30 = = =
1000 − 1 999 27
37
Vamos reescrever o segundo termo e colocá-lo em função de potências de 10:
11
⏟ … 1 00 ⏟ 29 + 1028 + 1027 + ⋯ + 101 + 100 ) ∙ 1030
⏟ … 0 = (10
30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "1" 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "0" 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑞=10 𝑒 𝑛=30

29 28 27 1 0
100 (1030 − 1) 1030 − 1
10 + 10 + 10 + ⋯ + 10 + 10 = =
10 − 1 9
(1030 − 1) 30
11
⏟ … 1 00 ⏟ …0 = 10
30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "1" 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "0"
9
Dessa forma, temos que calcular o valor da seguinte expressão:

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3 1090 − 1 (1030 − 1) 30
3 ⏟
370370 … 037 − 11 ⏟ …0 = √
⏟ … 1 00 − 10
√ 27 9
89 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "1" 30 𝑎𝑙𝑔𝑠 "0"

Podemos fatorar o termo 1090 − 1 usando a fatoração clássica:


1090 − 1 = (1030 − 1)(1060 + 1030 + 1)
Substituindo na expressão e simplificando:

3 1090 − 1 (1030 − 1) 30
√ − 10 =
27 9

3 (1030 − 1)(1060 + 1030 + 1) (1030 − 1)


√ − 1030 =
27 9

3 (1060 + 1030 + 1) 1030


√(1030 − 1) [ − ]=
27 9

3 (1060 + 1030 + 1) 3 ∙ 1030


√(1030 − 1) [ − ]=
27 27

3 1060 + 1030 + 1 − 3 ∙ 1030


√(1030 − 1) [ ]=
27

3 1060 − 2 ∙ 1030 + 1
√(1030 − 1) [ ]=
27

3 (1030 − 1)(1030 − 1)2 3 (1030 − 1)3


√ =√ =
33 33
1030 − 1 1
= ⏟999 … 9 =
3 3 30 𝑎𝑙𝑔𝑠
333 … 3

30 𝑎𝑙𝑔𝑠

Gabarito: ⏟
𝟑𝟑𝟑 … 𝟑
𝟑𝟎 𝒂𝒍𝒈𝒔

49. (IME/2015)
A soma dos termos de uma progressão aritmética é 244. O primeiro termo, a razão e o número de
termos formam, nessa ordem, outra progressão aritmética de razão 1. Determine a razão da
primeira progressão aritmética.
a) 7
b) 8

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c) 9
d) 10
e) 11
Comentários
Temos uma PA cuja soma é 244. Seja 𝑎1 , o primeiro termo, 𝑟, a razão e 𝑛, o número de termos,
podemos escrever:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛 (𝑎1 + (𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟))𝑛 (2𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟)𝑛
𝑆𝑛 = = = = 244
2 2 2
Do enunciado, (𝑎1 , 𝑟, 𝑛) é uma PA de razão 𝑟 ′ = 1. Então, vamos escrever as relações dessa
PA:
𝑟 = 𝑎1 + 1 ⇒ 𝑎1 = 𝑟 − 1
𝑛 =𝑟+1
Substituindo 𝑟, 𝑛 na equação da soma para descobrir o valor de 𝑎1 :
(2𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟)𝑛
= 244
2
{2(𝑟 − 1) + [(𝑟 + 1) − 1]𝑟}(𝑟 + 1)
= 244
2
Simplificando a equação:
{2(𝑟 − 1) + 𝑟 2 }(𝑟 + 1) = 488
(𝑟 2 + 2𝑟 − 2)(𝑟 + 1) = 488
𝑟 3 + 2𝑟 2 − 2𝑟 + 𝑟 2 + 2𝑟 − 2 = 488
𝑟 3 + 3𝑟 2 − 490 = 0
Temos que descobrir as raízes dessa equação. Vamos isolar o número 490 no outro lado da
igualdade:
𝑟 3 + 3𝑟 2 = 490
𝑟 2 (𝑟 + 3) = 490
Note que 490 = 49 ∙ 10.
49 é um quadrado perfeito e pode ser escrito na forma 72 .
𝑟 2 (𝑟 + 3) = 49 ∙ 10 = 72 ∙ 10
𝑟 2 (𝑟 + 3) = 72 ∙ 10
Vamos ver se 𝑟 = 7 é raiz, substituindo na equação acima:
72 (7 + 3) = 72 ∙ 10
72 10 − 72 10 = 0
∴ 𝑟 = 7 é raiz

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Para encontrar as outras raízes, podemos aplicar o Algoritmo de Briot-Ruffini (ainda


estudaremos esse assunto na aula de Polinômios). Veja:

1 3 0 -490

7 1 10 70

Então, obtemos a seguinte equação:


𝑟 3 + 3𝑟 2 − 490 = (𝑟 − 7)(𝑟 2 + 10𝑟 + 70) = 0
Calculando o delta da equação quadrática:
Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = 102 − 4 ∙ 1 ∙ 70 = −180 < 0
Portanto, a equação quadrática não possui raízes reais.
O único 𝑟 que satisfaz o problema é 𝑟 = 7.
(Todos os assuntos que não foram estudados ainda serão vistos futuramente, então não se
preocupe se você não entendeu alguma etapa).
Gabarito: “a”.
50. (IME/2016)
Os inteiros 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎25 estão em PA com razão não nula. Os termos 𝑎1 , 𝑎2 e 𝑎10 estão em PG,
assim como 𝑎6 , 𝑎𝑗 e 𝑎25 . Determine 𝑗.
Comentários
Se 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎10 estão em PG nessa ordem, então das propriedades da PG, podemos escrever:
𝑎22 = 𝑎1 𝑎10
Como 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎25 estão em PA com razão 𝑟 ≠ 0, podemos escrever esses termos em
função do primeiro termo e da razão 𝑟:
𝑎1 = 𝑎
𝑎2 = 𝑎 + 𝑟
𝑎10 = 𝑎 + 9𝑟
(𝑎 + 𝑟)2 = 𝑎(𝑎 + 9𝑟)
𝑎2 + 2𝑎𝑟 + 𝑟 2 = 𝑎2 + 9𝑎𝑟
𝑟 2 = 7𝑎𝑟
𝑟 ≠ 0 ⇒ 𝑟 = 7𝑎
𝑎6 , 𝑎𝑗 , 𝑎25 também estão em PG ⇒ 𝑎𝑗2 = 𝑎6 𝑎25
Escrevendo 𝑎6 e 𝑎25 em função de 𝑎 e 𝑟:
𝑎6 = 𝑎 + 5𝑟
𝑎25 = 𝑎 + 24𝑟
Substituindo 𝑟 = 7𝑎 nos termos:

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𝑎6 = 𝑎 + 5(7𝑎) = 36𝑎
𝑎25 = 𝑎 + 24(7𝑎) = 169𝑎
Encontrando uma relação para 𝑎𝑗 :
𝑎𝑗2 = 𝑎6 𝑎25 = 36𝑎 ∙ 169𝑎 = 62 ∙ 132 ∙ 𝑎2
𝑎𝑗 = ±6 ∙ 13 ∙ 𝑎
𝑎𝑗 = ±78𝑎
Vamos testar os valores encontrados para 𝑎𝑗 :
𝑎𝑗 = 𝑎 + (𝑗 − 1)𝑟 = 𝑎 + (𝑗 − 1)7𝑎 = 𝑎(7𝑗 − 6)
I) 𝑎𝑗 = −78𝑎
−78𝑎 = 𝑎(7𝑗 − 6)
−78 = 7𝑗 − 6
7𝑗 = −72
𝑗<0
𝑗 é o índice do termo da PA, logo não pode ser negativo.
II) 𝑎𝑗 = 78𝑎
78𝑎 = 𝑎(7𝑗 − 6)
78 = 7𝑗 − 6
7𝑗 = 84
𝑗 = 12
Esse valor satisfaz as condições do problema.
∴ 𝑗 = 12
Gabarito: 𝒋 = 𝟏𝟐
51. (IME/2017)
Sejam uma progressão aritmética (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , … ) e uma progressão geométrica (𝑏1 , 𝑏2 , 𝑏3 , 𝑏4 , …)
de termos inteiros, de razão 𝑟 e razão 𝑞, respectivamente, onde 𝑟 e 𝑞 são inteiros positivos, com
𝑞 > 2 e 𝑏1 > 0. Sabe-se, também, que 𝑎1 + 𝑏2 = 3, 𝑎4 + 𝑏3 = 26. O valor de 𝑏1 é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentários
Do enunciado, temos:

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𝑎1 + 𝑏2 = 3 (𝐼)
𝑎4 + 𝑏3 = 26 (𝐼𝐼)
(𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , 𝑎4 , … ) é PA ⇒ 𝑎4 = 𝑎1 + 3𝑟
(𝑏1 , 𝑏2 , 𝑏3 , … ) é PG ⇒ 𝑏2 = 𝑏1 𝑞 e 𝑏3 = 𝑏1 𝑞2
Reescrevendo as equações, obtemos:
𝑎1 + 𝑏1 𝑞 = 3 ⇒ 𝑎1 = 3 − 𝑏1 𝑞 (𝐼)
(𝑎1 + 3𝑟) + 𝑏1 𝑞2 = 26 (𝐼𝐼)
Substituindo (𝐼) em (𝐼𝐼):
(3 − 𝑏1 𝑞 + 3𝑟) + 𝑏1 𝑞2 = 26
3𝑟 + 𝑏1 𝑞2 − 𝑏1 𝑞 = 26 − 3
3𝑟 + 𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 (𝐼𝐼𝐼)
A PA e a PG da questão possuem termos inteiros e 𝑟 e 𝑞 também são inteiros.
A questão nos dá uma desigualdade para 𝑞 e 𝑏1 . Repare que temos 𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) na equação
(𝐼𝐼𝐼). Vamos tentar encontrar alguma relação usando essas desigualdades.
Como 𝑞 é inteiro, podemos escrever:
𝑞>2⇒𝑞≥3
𝑞−1≥3−1⇒𝑞−1≥2
𝑏1 também é inteiro:
𝑏1 > 0 ⇒ 𝑏1 ≥ 1
Das propriedades da desigualdade de números inteiros, podemos multiplicar os termos e
encontrar uma nova desigualdade:
𝑏1 ≥ 1
𝑞≥3
𝑞−1≥2
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) ≥ 1 ∙ 3 ∙ 2
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) ≥ 6 (𝐼𝑉)
Da equação (𝐼𝐼𝐼):
3𝑟 + 𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3𝑟
Dessa forma, encontramos as seguintes relações:
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) ≥ 6
{
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3𝑟
Combinando as duas, obtemos:
23 − 3𝑟 ≥ 6

Aula 02 – Sequências 100


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23 − 6 ≥ 3𝑟
17 ≥ 3𝑟
3𝑟 ≤ 17
Sabemos que 𝑟 é inteiro positivo. Vamos ver quais valores de 𝑟 podemos ter com essa
desigualdade.
3𝑟 deve ser menor ou igual a 17.
𝑟 = 6 já não satisfaz essa condição, pois 3𝑟 = 3 ∙ 6 = 18 > 17.
𝑟 = 5 ⇒ 3𝑟 = 15 < 17
𝑟 = 5 satisfaz a condição, então 𝑟 deve ser menor ou igual a 5, ou seja, 𝑟 ∈ {1, 2, 3, 4, 5}
Agora temos valores plausíveis para 𝑟, vamos substituir esses valores na equação (𝐼𝐼𝐼):
3𝑟 + 𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 (𝐼𝐼𝐼)
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3𝑟
a) 𝑟 = 5
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3 ∙ 5
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 8 = 23
Note que 𝑞(𝑞 − 1) é um produto de inteiros consecutivos já que 𝑞 é inteiro positivo.
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 2 ∙ 2 ∙ 2 é produto de inteiros iguais e 𝑞 ≥ 3. Não podemos ter 𝑞 e 𝑞 − 1 que satisfaz
essas condições.

b) 𝑟 = 4
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3 ∙ 4
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 11
𝑏1 é inteiro
𝑞(𝑞 − 1) é um produto de inteiros consecutivos
𝑞≥3
11 é um número primo e não é produto de inteiros consecutivos
Não temos valores para 𝑏1 , 𝑞 que satisfaz essas condições.

c) 𝑟 = 3
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3 ∙ 3
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 14 = 2 ∙ 7
𝑏1 é inteiro
𝑞(𝑞 − 1) é um produto de inteiros consecutivos
Se 𝑞 = 2 e 𝑏1 = 7, teríamos 𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 7 ∙ 2 ∙ 1 = 14

Aula 02 – Sequências 101


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Mas 𝑞 ≥ 3, então 𝑞 = 2 não é possível.


Logo, não temos valores para 𝑏1 , 𝑞 que satisfaz essas condições.

d) 𝑟 = 2
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3 ∙ 2
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 17
𝑏1 é inteiro
𝑞(𝑞 − 1) é um produto de inteiros consecutivos
𝑞≥3
17 é um número primo e não é produto de inteiros consecutivos.
Não temos valores para 𝑏1 , 𝑞 que satisfaz essas condições.

e) 𝑟 = 1
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 23 − 3 ∙ 1
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 20 = 4 ∙ 5
𝑏1 é inteiro
𝑞(𝑞 − 1) é um produto de inteiros consecutivos
𝑞≥3
20 é produto de inteiros consecutivos
Se 𝑞 = 5 e 𝑏1 = 1:
𝑏1 𝑞(𝑞 − 1) = 1 ∙ 5 ∙ 4 = 20
Para 𝑟 = 1, temos valores para 𝑏1 e 𝑞 que satisfazem o problema.
∴ 𝑏1 = 1
Gabarito: “a”.
52. (IME/2019)
Os ângulos 𝜃1 , 𝜃2 , 𝜃3 , … , 𝜃100 são os termos de uma progressão aritmética na qual 𝜃11 + 𝜃26 + 𝜃75 +
𝜋
𝜃90 = . O valor de 𝑠𝑒𝑛(∑100 𝑖=1 𝜃𝑖 ) é
4

a) −1
√2
b) −
2

c) 0
√2
d)
2

e) 1

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Comentários
Como os ângulos estão em PA, podemos encontrar a expressão que representa o somatório
usando a fórmula da soma da PA.
Lembrando que essa fórmula é dada por:
(𝑎1 + 𝑎𝑛 )𝑛
𝑆𝑛 =
2
Temos:
100
(𝜃1 + 𝜃100 )100
𝑆100 = ∑ 𝜃𝑖 = = 50(𝜃1 + 𝜃100 )
2
𝑖=1

O bizu nessa questão é perceber que os termos 𝜃


⏟1 + 𝜃100 = 𝜃
⏟11 + 𝜃90 = 𝜃
⏟26 + 𝜃75 são
1+100=101 11+90=101 26+75=101
equidistantes. Assim, usando a propriedade dos termos equidistantes de uma PA:
𝜋
𝜃11 + 𝜃26 + 𝜃75 + 𝜃90 =
4
𝜋
𝜃
⏟11 + 𝜃90 + 𝜃⏟26 + 𝜃75 =
4
𝜃1 +𝜃100 𝜃1 +𝜃100
𝜋
2(𝜃1 + 𝜃100 ) =
4
𝜋
(𝜃1 + 𝜃100 ) =
8
Então, o valor que queremos calcular é:
100
50𝜋 𝜋 𝜋 √2
𝑠𝑒𝑛 (∑ 𝜃𝑖 ) = 𝑠𝑒𝑛(50(𝜃1 + 𝜃100 )) = 𝑠𝑒𝑛 ( ) = 𝑠𝑒𝑛 (6𝜋 + ) = 𝑠𝑒𝑛 ( ) =
8 4 4 2
𝑖=1
100
√2
∴ 𝑠𝑒𝑛 (∑ 𝜃𝑖 ) =
2
𝑖=1

Gabarito: “d”.
53. (IME/2019)
Mostre que os números 16, 24 e 81 podem pertencer a uma PG e obtenha a quantidade de termos
dessa PG, sabendo que seus elementos são números naturais.
Comentários
Precisamos mostrar que os números 16, 24 e 81 podem pertencer a uma PG. A única condição
é que os termos dessa PG sejam número naturais. Vamos supor que essa PG seja crescente de razão
𝑞 ∈ ℚ e ver se encontramos uma PG com esses números.

(𝑎0 , 𝑎1 , … , 16
⏟ , … , 24 ⏟ , … , 𝑎𝑛 ) 𝑃𝐺 𝑑𝑒 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑞 > 0
⏟ , … , 81
𝑎𝑖 𝑎𝑗 𝑎𝑘

Aula 02 – Sequências 103


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Da relação dos termos da PG:


24
𝑎𝑗 = 𝑎𝑖 ⋅ 𝑞 𝑗−𝑖 = 𝑞 𝑗−𝑖 (1)
{ ⇒ { 16 , 𝑐𝑜𝑚 𝑖, 𝑗, 𝑘 ∈ ℕ
𝑎𝑘 = 𝑎𝑗 ⋅ 𝑞 𝑘−𝑗 81 𝑘−𝑗 ( )
=𝑞 2
24
Simplificando a relação (1), obtemos:
24 3 3 1
= 𝑞 𝑗−𝑖 ⇒ 𝑞 𝑗−𝑖 = = ( )
16 2 2
Sendo 𝑞 ∈ ℚ e 𝑖, 𝑗 ∈ ℕ, devemos ter:
3
𝑞=
2
𝑗−𝑖 =1
Para a relação (2):
81 𝑘−𝑗 𝑘−𝑗
27 3 3
=𝑞 ⇒𝑞 = =( )
24 8 2
Aqui, podemos ter:
27 3
𝑞=e 𝑘 − 𝑗 = 1 ou 𝑞 = e 𝑘 − 𝑗 = 3
8 2
Das condições das relações (1) e (2), concluímos que:
3
𝑞=
{ 2
𝑗−𝑖 =1
𝑘−𝑗 =3
Desse modo:
𝑗 =𝑖+1
𝑘 =𝑗+3=𝑖+4
A PG é do seguinte tipo:

(𝑎0 , 𝑎1 , … , 16
⏟ , 24 ⏟ , … , 𝑎𝑛 )
⏟ , 𝑎𝑖+2 , 𝑎𝑖+3 , 81
𝑎𝑖 𝑎𝑖+1 𝑎𝑖+4

Vamos calcular 𝑎𝑖+2 e 𝑎𝑖+3 :


3
𝑎𝑖+2 = 24 ⋅ ( ) = 36
2
3
𝑎𝑖+3 = 36 ⋅ ( ) = 54
2
(𝑎0 , 𝑎1 , … ,16, 24, 36, 54, 81, … , 𝑎𝑛 )

Aula 02 – Sequências 104


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Supondo que exista o termo 𝑎𝑖−1 , devemos ter:


16 32
𝑎𝑖 = 𝑎𝑖−1 ⋅ 𝑞 ⇒ 𝑎𝑖−1 = = ∉ℕ
3 3
2
Como 𝑎𝑖−1 não é um número natural, podemos concluir que 16 é o termo inicial da PG e,
assim, 𝑖 = 1:
(16, 24, 36, 54, 81, 𝑎6 , … , 𝑎𝑛 )
Resta verificar se existe 𝑎6 :
3 243
𝑎6 = 81 ⋅ ( ) = ∉ℕ
2 2
𝑎6 não é um número natural, logo, 𝑎5 = 81 é o último termo da PG.
Portanto, a PG possui 5 termos.
Gabarito: 5 termos

9. Considerações Finais da Aula

Chegamos ao final da nossa aula. Aprendemos as principais sequências que serão cobradas
nas provas do ITA e do IME. Vimos conceitos de progressões aritméticas, progressões geométricas,
progressões aritméticas geométricas, séries telescópicas e progressões aritméticas de ordem 𝑘.
Eu sei que o caminho para a aprovação é árduo, mas comentarei o maior número de questões
e passarei todos os bizus que precisei para minha aprovação.
Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

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10. Referências Bibliográficas


[1] Iezzi, Gelson. Hazzan, Samuel. Fundamentos de matemática elementar, 4: sequências,
matrizes, determinantes, sistemas. 8. ed. Atual, 2013. 282p.
[2] Antar Neto, Aref. Sampaio, José Luiz Pereira. Lapa, Nilton. Cavallantte, Sidney Luiz. Noções
de Matemática, v.2. 1 ed. Vestseller, 2009. 253p.
[3] Morgado, Augusto Cezar de Oliveira. Wagner, Eduardo. Carvalho, Paulo Cezar Pinto. Lima,
Elon Lages. A Matemática do Ensino Médio, v. 2. 7 ed. SBM, 2016. 305p.
[4] Oliveira, Marcelo Rufino de. Carneiro, Manoel Leite. Elementos da Matemática volume 3
– sequências, análise combinatória, matriz. 3 ed. Vestseller, 2010. 343p.

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