Avulso PL 1710 2019

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*C0072898A*

C0072898A
CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI N.º 1.710, DE 2019


(Do Sr. Giovani Cherini)

Estabelece o salário profissional dos Técnicos Agrícolas e dos Técnicos


Industriais.

DESPACHO:
APENSE-SE AO PL-2861/2008.

APRECIAÇÃO:
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

PUBLICAÇÃO INICIAL
Art. 137, caput - RICD

Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_5571 1


CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
2

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º Esta lei estabelece o salário profissional dos Técnicos
Agrícolas e dos Técnicos Industriais.
Art. 2º O salário profissional devido aos técnicos de nível médio,
regularmente inscritos nos Conselhos Regionais de Técnicos Agrícolas e nos
Conselhos Regionais de Técnicos Industriais, é de R$ 4.990,00 (quatro mil,
novecentos e noventa reais).
Art. 3º O valor do salário profissional de que trata o art. 1º desta Lei
será atualizado:
I – no mês de publicação desta Lei, a partir de 1º de março de 2019,
pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos doze
meses anteriores ao do início de vigência desta Lei;
II – anualmente, a partir do ano subsequente ao do reajuste
mencionado no inciso anterior, no mês correspondente ao da publicação desta Lei,
pela variação acumulada do INPC nos doze meses imediatamente anteriores.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Os profissionais técnicos desempenham um papel de extrema
importância para nosso país. Os técnicos, sob a responsabilidade direta dos
profissionais de nível superior ou de forma autônoma, conduzem os processos
produtivos e, no dia a dia, do exercício profissional. Labutam para trazer
produtividade e eficiência para nossas atividades industriais e agropastoris.
Os Técnicos Agrícolas, por exemplo, em muito cooperam para que
nossa nação permaneça bem posicionada no mercado global de produção e
exportação de produtos agropecuários. Eles, sob a supervisão de engenheiros
agrônomos, mantêm as engrenagens do agronegócio em funcionamento.
A Lei 4.950-A, de 22 de abril de 1966, que dispôs sobre a
remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura,
Agronomia e Veterinária restringiu a especificar a remuneração dos profissionais de
nível superior.
A edição da Lei nº 13.639, de 26 de março de 2018, criou os
Conselhos Federais e Regionais de Técnicos Agrícolas e de Técnicos Industriais.
Essa medida, embora muito demorada, veio em boa hora. Ela permite que os
referidos técnicos sejam fiscalizados por órgãos próprios. A omissão da Lei nº 4.950-
A, de 1966, foi injustificável e, ao mesmo tempo, reveladora: os técnicos foram
relegados a um papel secundário.
Assegurar aos técnicos um salário condizente com sua função é
reconhecer o papel fundamental que essas categorias profissionais exercem e
aprofundar as conquistas alcançadas com a promulgação da Lei nº 13.639, de 2018.
Entendemos que um valor equivalente a aproximadamente 5 salários mínimos seja
um patamar remuneratório razoável. Nesse sentido, em face da proibição
constitucional de usar o salário mínimo como padrão, optamos por converter esse
valor em reais.

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Para evitar repetições no processo legislativo e também para


garantir mecanismo de atualização do poder aquisitivo do salário profissional
proposto, inclusive levando em consideração a tramitação do projeto, optamos por
inserir duas etapas de atualização desse valor pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A primeira, entre o período do mês de apresentação do projeto e a sua
aprovação e a segunda, anual. Assim, o valor do salário profissional será
preservado, sem o risco de, com o passar do tempo, perder valor.
Também optamos por propor uma lei nova, uma vez que a fixação
do salário profissional de uma categoria não guarda pertinência temática com o
dispositivo legal que criou seu respectivo conselho de fiscalização profissional.
Por estas razões, e crendo que a aprovação do presente projeto
promoverá ainda mais a produtividade e a competitividade de nossa economia,
contamos com o apoio de nossos ilustres Pares para a sua aprovação.
Sala das Sessões, em 26 de março de 2019.
Deputado GIOVANI CHERINI

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA


Coordenação de Organização da Informação Legislativa - CELEG
Serviço de Tratamento da Informação Legislativa - SETIL
Seção de Legislação Citada - SELEC

LEI Nº 4.950-A, DE 22 DE ABRIL DE 1966


Dispõe sôbre a remuneração de profissionais
diplomados em Engenharia, Quimica,
Arquitetura, Agronomia e Veterinária.

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL aprovou e manteve, após veto


presidencial, e eu, Auro de Moura Andrade, Presidente do SENADO FEDERAL, de acôrdo
com o disposto no § 4º do art. 70, da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º O salário-mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores
mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de
Veterinária é o fixado pela presente Lei.
Art. 2º O salário-mínimo fixado pela presente Lei é a remuneração mínima
obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no art. 1º, com relação de
emprêgo ou função, qualquer que seja a fonte pagadora.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei as atividades ou tarefas desempenhadas pelos
profissionais enumerados no art. 1º são classificadas em:
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço;
b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias de serviço.
Parágrafo único. A jornada de trabalho é a fixada no contrato de trabalho ou
determinação legal vigente.
Art. 4º Para os efeitos desta Lei os profissionais citados no art. 1º são classificados
em:
a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de 4 (quatro) anos ou mais;

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b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de


Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com curso
universitário de menos de 4 (quatro) anos.
Art. 5º Para a execução das atividades e tarefas classificadas na alínea a do art. 3º,
fica fixado o salário-base mínimo de 6 (seis) vêzes o maior salário-mínimo comum vigente no
País, para os profissionais relacionados na alínea a do art. 4º, e de 5 (cinco) vezes o maior
salário-mínimo comum vigente no País, para os profissionais da alínea b do art. 4º.
Art. 6º Para a execução de atividades e tarefas classificadas na alínea b do art. 3º,
a fixação do salário-base mínimo será feito tomando-se por base o custo da hora fixado no art.
5º desta Lei, acrescidas de 25% as horas excedentes das 6 (seis) diárias de serviços.
Art. 7º A remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração do
trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento).
Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Brasília, 22 de abril de 1966; 145º da Independência e 78º da República.

AURO MOURA ANDRADE


Presidente do Senado Federal
LEI Nº 13.639, DE 26 DE MARÇO DE 2018
Cria o Conselho Federal dos Técnicos
Industriais, o Conselho Federal dos Técnicos
Agrícolas, os Conselhos Regionais dos
Técnicos Industriais e os Conselhos Regionais
dos Técnicos Agrícolas.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º São criados o Conselho Federal dos Técnicos Industriais, o Conselho
Federal dos Técnicos Agrícolas, os Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais e os
Conselhos Regionais dos Técnicos Agrícolas, autarquias com autonomia administrativa e
financeira e com estrutura federativa.
Art. 2º Aplica-se o disposto na alínea "c" do inciso VI do caput do art. 150 da
Constituição Federal ao Conselho Federal dos Técnicos Industriais, ao Conselho Federal dos
Técnicos Agrícolas, aos Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais e aos Conselhos
Regionais dos Técnicos Agrícolas.
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................

FIM DO DOCUMENTO

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