Vade Mecum - Crea-Go - 2019
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61-99199-0866
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LEGISLAÇÃO DO ANDRADE, PRESIDENTE do SENADO
FEDERAL, de acordo com o disposto no
SISTEMA § 4º do art. 70, da Constituição Federal,
promulgo a seguinte Lei:
CONFEA/CREA Art. 1º O salário-mínimo dos
diplomados pelos cursos regulares
(para todos os cargos): superiores mantidos pelas Escolas de
1 Lei nº 4.950-A/1966. Engenharia, de Química, de Arquitetura,
2 Lei nº 5.194/1966. de Agronomia e de Veterinária é o fixado
3 Lei nº 6.496/1977. pela presente Lei.
4 Lei nº 6.619/1978. Art. 2º O salário-mínimo fixado
pela presente Lei é a remuneração
5 Lei nº 6.838/1980.
mínima obrigatória por serviços
6 Lei nº 6.839/1980. prestados pelos profissionais definidos
7 Lei nº 7.410/1985. no art. 1º, com relação de emprego ou
8 Lei nº 8.195/1991. função, qualquer que seja a fonte
9 Decreto nº 23.196/1933. pagadora.
10 Decreto nº 23.569/1933. Art. 3º Para os efeitos desta Lei as
atividades ou tarefas desempenhadas
11 Resoluções CONFEA
pelos profissionais enumerados no art.
nº 218/1973; 1º são classificadas em:
nº 336/1989; a) atividades ou tarefas com
nº 413/1997; exigência de 6 (seis) horas diárias de
nº 1.002/2002; serviço;
nº 1.004/2003; b) atividades ou tarefas com
nº 1.007/2003; exigência de mais de 6 (seis) horas
diárias de serviço.
nº 1.008/2004;
Parágrafo único. A jornada de
nº 1.019/2006;
trabalho é a fixada no contrato de
nº 1.025/2009; trabalho ou determinação legal vigente.
nº 1.047/2013; Art. 4º Para os efeitos desta Lei os
nº 1.050/2013; profissionais citados no art. 1º são
nº 1.059/2014; classificados em:
nº 1.073/2016; a) diplomados pelos cursos
nº 1.090/2017; regulares superiores mantidos pelas
Escolas de Engenharia, de Química, de
nº1.094/2017
Arquitetura, de Agronomia e de
Veterinária com curso universitário de 4
LEI No 4.950-A, DE 22 DE ABRIL DE (quatro) anos ou mais;
1966. b) diplomados pelos cursos
regulares superiores mantidos pelas
Dispõe sobre a remuneração de Escolas de Engenharia, de Química, de
profissionais diplomados em Arquitetura, de Agronomia e de
Engenharia, Química, Arquitetura, Veterinária com curso universitário de
Agronomia e Veterinária. menos de 4 (quatro) anos.
Art. 5º Para a execução das
Faço saber que o CONGRESSO atividades e tarefas classificadas na
NACIONAL aprovou e manteve, após alínea a do art. 3º, fica fixado o salário-
veto presidencial, e eu, AURO MOURA base mínimo de 6 (seis) vezes o maior
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salário-mínimo comum vigente no País, que importem na realização dos
para os profissionais relacionados na seguintes empreendimentos:
alínea a do art. 4º, e de 5 (cinco) vezes a) aproveitamento e utilização de
o maior salário-mínimo comum vigente recursos naturais;
no País, para os profissionais da alínea b b) meios de locomoção e
do art. 4º. comunicações;
Art. 6º Para a execução de
c) edificações, serviços e
atividades e tarefas classificadas na
equipamentos urbanos, rurais e
alínea b do art. 3º, a fixação do salário-
regionais, nos seus aspectos técnicos e
base mínimo será feito tomando-se por
artísticos;
base o custo da hora fixado no art. 5º
desta Lei, acrescidas de 25% as horas d) instalações e meios de acesso
excedentes das 6 (seis) diárias de a costas, cursos e massas de água e
serviços. extensões terrestres;
Art. 7º A remuneração do trabalho e) desenvolvimento industrial e
noturno será feita na base da agropecuário.
remuneração do trabalho diurno, Art. 2º O exercício, no País, da
acrescida de 25% (vinte e cinco por profissão de engenheiro, arquiteto ou
cento). engenheiro-agrônomo, observadas as
Art. 8º Esta Lei entrará em vigor condições de capacidade e demais
na data da sua publicação, revogadas as exigências legais, é assegurado:
disposições em contrário. a) aos que possuam, devidamente
Brasília, 22 de abril de 1966; 145º registrado, diploma de faculdade ou
da Independência e 78º da República. escola superior de engenharia,
arquitetura ou agronomia, oficiais ou
reconhecidas, existentes no País;
b) aos que possuam, devidamente
LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO revalidado e registrado no País, diploma
DE 1966. de faculdade ou escola estrangeira de
Regula o ensino superior de engenharia,
exercício das arquitetura ou agronomia, bem como os
profissões de que tenham esse exercício amparado por
Engenheiro, convênios internacionais de intercâmbio;
Arquiteto e c) aos estrangeiros contratados
Engenheiro- que, a critério dos Conselhos Federal e
Agrônomo, e dá Regionais de Engenharia, Arquitetura e
outras Agronomia, considerados a escassez de
providências. profissionais de determinada
TÍTULO I especialidade e o interesse nacional,
Do Exercício Profissional da Engenharia, tenham seus títulos registrados
da Arquitetura e da Agronomia temporariamente.
Capítulo I Parágrafo único. O exercício das
Das Atividades Profissionais atividades de engenheiro, arquiteto e
engenheiro-agrônomo é garantido,
Seção I obedecidos os limites das respectivas
Caracterização e Exercício das Profissões licenças e excluídas as expedidas, a
Art. 1º As profissões de título precário, até a publicação desta
engenheiro, arquiteto e engenheiro- Lei, aos que, nesta data, estejam
agrônomo são caracterizadas pelas registrados nos Conselhos Regionais.
realizações de interesse social e humano Seção II
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Do uso do Título Profissional aos profissionais da engenharia, da
Art. 3º São reservadas arquitetura e da agronomia, com
exclusivamente aos profissionais infringência do disposto no parágrafo
referidos nesta Lei as denominações de único do art. 8º desta lei.
engenheiro, arquiteto ou engenheiro- Seção IV
agrônomo, acrescidas obrigatoriamente, Atribuições profissionais e coordenação
das características de sua formação de suas atividades
básica.
Art. 7º As atividades e atribuições
Parágrafo único. As qualificações profissionais do engenheiro, do arquiteto
de que trata este artigo poderão ser e do engenheiro-agrônomo consistem
acompanhadas de designações outras em:
referentes a cursos de especialização, a) desempenho de cargos,
aperfeiçoamento e pós-graduação.
funções e comissões em entidades
Art. 4º As qualificações de estatais, paraestatais, autárquicas, de
engenheiro, arquiteto ou engenheiro- economia mista e privada;
agrônomo só podem ser acrescidas à b) planejamento ou projeto, em
denominação de pessoa jurídica geral, de regiões, zonas, cidades, obras,
composta exclusivamente de estruturas, transportes, explorações de
profissionais que possuam tais títulos. recursos naturais e desenvolvimento da
Art. 5º Só poderá ter em sua produção industrial e agropecuária;
denominação as palavras engenharia, c) estudos, projetos, análises,
arquitetura ou agronomia a firma avaliações, vistorias, perícias, pareceres
comercial ou industrial cuja diretoria fôr e divulgação técnica;
composta, em sua maioria, de
profissionais registrados nos Conselhos d) ensino, pesquisas,
Regionais. experimentação e ensaios;
Seção III e) fiscalização de obras e serviços
técnicos;
Do exercício ilegal da profissão
f) direção de obras e serviços
Art. 6º Exerce ilegalmente a técnicos;
profissão de engenheiro, arquiteto ou
engenheiro-agrônomo: g) execução de obras e serviços
técnicos;
a) a pessoa física ou jurídica que
realizar atos ou prestar serviços público h) produção técnica especializada,
ou privado reservados aos profissionais industrial ou agropecuária.
de que trata esta lei e que não possua Parágrafo único. Os engenheiros,
registro nos Conselhos Regionais; arquitetos e engenheiros-agrônomos
b) o profissional que se incumbir poderão exercer qualquer outra
de atividades estranhas às atribuições atividade que, por sua natureza, se
discriminadas em seu registro; inclua no âmbito de suas profissões.
c) o profissional que emprestar Art. 8º As atividades e atribuições
seu nome a pessoas, firmas, enunciadas nas alíneas a , b , c , d , e e
organizações ou emprêsas executoras f do artigo anterior são da competência
de obras e serviços sem sua real de pessoas físicas, para tanto
participação nos trabalhos delas; legalmente habilitadas.
d) o profissional que, suspenso de Parágrafo único. As pessoas
seu exercício, continue em atividade; jurídicas e organizações estatais só
poderão exercer as atividades
e) a firma, organização ou discriminadas nos art. 7º, com exceção
sociedade que, na qualidade de pessoa das contidas na alínea " a ", com a
jurídica, exercer atribuições reservadas
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participação efetiva e autoria declarada a que interessarem, a menção explícita
de profissional legalmente habilitado e do título do profissional que os
registrado pelo Conselho Regional, subscrever e do número da carteira
assegurados os direitos que esta lei Ilhe referida no art. 56.
confere. Art. 15. São nulos de pleno direito
Art. 9º As atividades enunciadas os contratos referentes a qualquer ramo
nas alíneas g e h do art. 7º, observados da engenharia, arquitetura ou da
os preceitos desta lei, poderão ser agronomia, inclusive a elaboração de
exercidas, indistintamente, por projeto, direção ou execução de obras,
profissionais ou por pessoas jurídicas. quando firmados por entidade pública ou
Art. 10. Cabe às Congregações particular com pessoa física ou jurídica
das escolas e faculdades de engenharia, não legalmente habilitada a praticar a
arquitetura e agronomia indicar, ao atividade nos termos desta lei.
Co0nselho Federal, em função dos títulos Art. 16. Enquanto durar a
apreciados através da formação execução de obras, instalações e
profissional, em têrmos genéricos, as serviços de qualquer natureza, é
características dos profissionais por ela obrigatória a colocação e manutenção de
diplomados. placas visíveis e legíveis ao público,
Art. 11. O Conselho Federal contendo o nome do autor e coautores
organizará e manterá atualizada a do projeto, em todos os seus aspectos
relação dos títulos concedidos pelas técnicos e artísticos, assim como os dos
escolas e faculdades, bem como seus responsáveis pela execução dos
cursos e currículos, com a indicação das trabalhos.
suas características. Capítulo II
Art. 12. Na União, nos Estados e Da responsabilidade e autoria
nos Municípios, nas entidades Art. 17. Os direitos de autoria de
autárquicas, paraestatais e de economia um plano ou projeto de engenharia,
mista, os cargos e funções que exijam arquitetura ou agronomia, respeitadas
conhecimentos de engenharia, as relações contratuais expressas entre
arquitetura e agronomia, relacionados o autor e outros interessados, são do
conforme o disposto na alínea " g " do profissional que os elaborar.
art. 27, somente poderão ser exercidos Parágrafo único. Cabem ao
por profissionais habilitados de acordo profissional que os tenha elaborado os
com esta lei. prêmios ou distinções honoríficas
Art. 13. Os estudos, plantas, concedidas a projetos, planos, obras ou
projetos, laudos e qualquer outro serviços técnicos.
trabalho de engenharia, de arquitetura e Art. 18. As alterações do projeto
de agronomia, quer público, quer ou plano original só poderão ser feitas
particular, somente poderão ser pelo profissional que o tenha elaborado.
submetidos ao julgamento das
autoridades competentes e só terão Parágrafo único. Estando
valor jurídico quando seus autores forem impedido ou recusando-se o autor do
profissionais habilitados de acordo com projeto ou plano original a prestar sua
esta lei. colaboração profissional, comprovada a
solicitação, as alterações ou
Art. 14. Nos trabalhos gráficos, modificações dêles poderão ser feitas
especificações, orçamentos, pareceres, por outro profissional habilitado, a quem
laudos e atos judiciais ou caberá a responsabilidade pelo projeto
administrativos, é obrigatória além da ou plano modificado.
assinatura, precedida do nome da
emprêsa, sociedade, instituição ou firma
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Art. 19. Quando a concepção geral participarem, como corresponsáveis, na
que caracteriza um plano ou, projeto fôr sua elaboração.
elaborada em conjunto por profissionais Art. 23. Os Conselhos Regionais
legalmente habilitados, todos serão criarão registros de autoria de planos e
considerados co-autores do projeto, com projetos, para salvaguarda dos direitos
os direitos e deveres correspondentes. autorais dos profissionais que o
Art. 20. Os profissionais ou desejarem.
organizações de técnicos especializados TÍTULO II
que colaborarem numa parte do projeto,
Da fiscalização do exercício das
deverão ser mencionados explicitamente
profissões
como autores da parte que lhes tiver
sido confiada, tornando-se mister que Capítulo I
todos os documentos, como plantas, Dos órgãos fiscalizadores
desenhos, cálculos, pareceres, Art. 24. A aplicação do que dispõe
relatórios, análises, normas, esta lei, a verificação e fiscalização do
especificações e outros documentos exercício e atividades das profissões nela
relativos ao projeto, sejam por êles reguladas serão exercidas por um
assinados. Conselho Federal de Engenharia,
Parágrafo único. A Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e
responsabilidade técnica pela ampliação, Conselhos Regionais de Engenharia,
prosseguimento ou conclusão de Arquitetura e Agronomia (CREA),
qualquer empreendimento de organizados de forma a assegurarem
engenharia, arquitetura ou agronomia unidade de ação. (Revigorado
caberá ao profissional ou entidade pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969).
registrada que aceitar êsse encargo, Art. 25. Mantidos os já existentes,
sendo-lhe, também, atribuída a o Conselho Federal de Engenharia,
responsabilidade das obras, devendo o Arquitetura e Agronomia promoverá a
Conselho Federal dotar resolução quanto instalação, nos Estados, Distrito Federal
às responsabilidades das partes já e Territórios Federais, dos Conselhos
executadas ou concluídas por outros Regionais necessários à execução desta
profissionais. lei, podendo, a ação de qualquer dêles,
Art. 21. Sempre que o autor do estender-se a mais de um Estado.
projeto convocar, para o desempenho do § 1º A proposta de criação de
seu encargo, o concurso de profissionais novos Conselhos Regionais será feita
da organização de profissionais, pela maioria das entidades de classe e
especializados e legalmente habilitados, escolas ou faculdades com sede na nova
serão êstes havidos como co- Região, cabendo aos Conselhos
responsáveis na parte que lhes diga atingidos pela iniciativa opinar e
respeito. encaminhar a proposta à aprovação do
Art. 22. Ao autor do projeto ou a Conselho Federal.
seus prepostos é assegurado o direito de § 2º Cada unidade da Federação
acompanhar a execução da obra, de só poderá ficar na jurisdição de um
modo a garantir a sua realização de Conselho Regional.
acordo com as condições, especificações § 3º A sede dos Conselhos
e demais pormenores técnicos nêle Regionais será no Distrito Federal, em
estabelecidos. capital de Estado ou de Território
Parágrafo único. Terão o direito Federal.
assegurado neste artigo, ao autor do Capítulo II
projeto, na parte que lhes diga respeito,
Do Conselho Federal de Engenharia,
os profissionais especializados que
Arquitetura e Agronomia
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Seção I j) publicar anualmente a relação
Da instituição do Conselho e suas de títulos, cursos e escolas de ensino
atribuições superior, assim como, periòdicamente,
Art. 26. O Conselho Federal de relação de profissionais habilitados;
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, k) fixar, ouvido o respectivo
(CONFEA), é a instância superior da Conselho Regional, as condições para
fiscalização do exercício profissional da que as entidades de classe da região
engenharia, da arquitetura e da tenham nêle direito a representação;
agronomia. l) promover, pelo menos uma vez
Art. 27. São atribuições do por ano, as reuniões de representantes
Conselho Federal: dos Conselhos Federal e Regionais
a) organizar o seu regimento previstas no art. 53 desta lei;
interno e estabelecer normas gerais para m) examinar e aprovar a
os regimentos dos Conselhos Regionais; proporção das representações dos
b) homologar os regimentos grupos profissionais nos Conselhos
internos organizados pelos Conselhos Regionais;
Regionais; n) julgar, em grau de recurso, as
c) examinar e decidir em última infrações do Código de Ética Profissional
instância os assuntos relativos no do engenheiro, arquiteto e engenheiro-
exercício das profissões de engenharia, agrônomo, elaborado pelas entidades de
arquitetura e agronomia, podendo classe;
anular qualquer ato que não estiver de o) aprovar ou não as propostas de
acôrclo com a presente lei; criação de novos Conselhos Regionais;
d) tomar conhecimento e dirimir p) fixar e alterar as anuidades,
quaisquer dúvidas suscitadas nos emolumentos e taxas a pagar pelos
Conselhos Regionais; profissionais e pessoas jurídicas
e) julgar em última instância os referidos no art. 63.
recursos sôbre registros, decisões e q) autorizar o presidente a
penalidades impostas pelos Conselhos adquirir, onerar ou, mediante licitação,
Regionais; alienar bens imóveis. (Redação
f) baixar e fazer publicar as dada pela Lei nº 6.619, de 1978)
resoluções previstas para Parágrafo único. Nas questões
regulamentação e execução da presente relativas a atribuições profissionais,
lei, e, ouvidos os Conselhos Regionais, decisão do Conselho Federal só será
resolver os casos omissos; tomada com mínimo de 12 (doze) votos
g) relacionar os cargos e funções favoráveis.
dos serviços estatais, paraestatais, Art. 28 - Constituem renda do
autárquicos e de economia mista, para Conselho Federal: (Redação
cujo exercício seja necessário o título de dada pela Lei nº 6.619, de 1978)
engenheiro, arquiteto ou engenheiro- I - quinze por cento do produto da
agrônomo; arrecadação prevista nos itens I a V do
h) incorporar ao seu balancete de art. 35; (Incluído pela Lei nº
receita e despesa os dos Conselhos 6.619, de 1978)
Regionais; II - doações, legados, juros e
i) enviar aos Conselhos Regionais receitas
cópia do expediente encaminhado ao patrimoniais; (Incluído pela
Tribunal de Contas, até 30 (trinta) dias Lei nº 6.619, de 1978)
após a remessa;
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III - Parágrafo único. Os
subvenções; (Incluído pela representantes das entidades de classe
Lei nº 6.619, de 1978) nas assembleias referidas neste artigo
IV - outros rendimentos serão por elas eleitos, na forma dos
eventuais. (Incluído pela Lei respectivos estatutos.
nº 6.619, de 1978) Art. 31. Os representantes das
Seção II escolas ou faculdades e seus suplentes
serão eleitos por maioria absoluta de
Da composição e organização
votos em assembléia dos delegados de
Art. 29. O Conselho Federal será cada grupo profissional, designados
constituído por 18 (dezoito) membros, pelas respectivas Congregações.
brasileiros, diplomados em Engenharia,
Arquitetura ou Agronomia, habilitados Art. 32. Os mandatos dos
membros do Conselho Federal e do
de acôrdo com esta lei, obedecida a
Presidente serão de 3 (três) anos.
seguinte composição:
a) 15 (quinze) representantes de Parágrafo único. O Conselho
grupos profissionais, sendo 9 (nove) Federal se renovará anualmente pelo
engenheiros representantes de têrço de seus membros.
modalidades de engenharia estabelecida Capítulo III
em têrmos genéricos pelo Conselho Dos Conselhos Regionais de Engenharia,
Federal, no mínimo de 3 (três) Arquitetura e Agronomia
modalidades, de maneira a Seção I
corresponderem às formações técnicas
Da instituição dos Conselhos Regionais e
constantes dos registros nêle existentes;
suas atribuições
3 (três) arquitetos e 3 (três)
engenheiros-agrônomos; Art . 33. Os Conselhos Regionais
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
b) 1 (um) representante das (CREA) são órgãos de fiscalização do
escolas de engenharia, 1 (um) exercício das profissões de engenharia,
representante das escolas de arquitetura
arquitetura e agronomia, em suas
e 1 (um) representante das escolas de
regiões.
agronomia.
Art . 34. São atribuições dos
§ 1º Cada membro do Conselho Conselhos Regionais:
Federal terá 1 (um) suplente.
a) elaborar e alterar seu
§ 2º O presidente do Conselho regimento interno, submetendo-o à
Federal será eleito, por maioria absoluta, homologação do Conselho Federal.
dentre os seus membros.
b) criar as Câmaras
§ 3º A vaga do representante
Especializadas atendendo às condições
nomeado presidente do Conselho será
de maior eficiência da fiscalização
preenchida por seu suplente.
estabelecida na presente lei;
Ar . 30. Os representantes dos c) examinar reclamações e
grupos profissionais referidos na alínea " representações acerca de registros;
a " do art. 29 e seus suplentes serão
eleitos pelas respectivas entidades de d) julgar e decidir, em grau de
classe registradas nas regiões, em recurso, os processos de infração da
assembleias especialmente convocadas presente lei e do Código de Ética,
para este fim pelos Conselhos Regionais, enviados pelas Câmaras Especializadas;
cabendo a cada região indicar, em forma e) julgar em grau de recurso, os
de rodízio, um membro do Conselho processos de imposição de penalidades e
Federal. multas;
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f) organizar o sistema de representantes destinada a compor o
fiscalização do exercício das profissões Conselho Regional e o Conselho Federal;
reguladas pela presente lei; q) organizar, regulamentar e
g) publicar relatórios de seus manter o registro de projetos e planos a
trabalhos e relações dos profissionais e que se refere o artigo 23;
firmas registrados; r) registrar as tabelas básicas de
h) examinar os requerimentos e honorários profissionais elaboradas
processos de registro em geral, pelos órgãos de classe.
expedindo as carteiras profissionais ou s) autorizar o presidente a
documentos de registro; adquirir, onerar ou, mediante licitação,
i) sugerir ao Conselho Federal alienar bens imóveis. (Incluída
médias necessárias à regularidade dos pela Lei nº 6.619, de 1978)
serviços e à fiscalização do exercício das Art. 35 - Constituem renda dos
profissões reguladas nesta lei; Conselhos
j) agir, com a colaboração das Regionais: (Redação dada pela
sociedades de classe e das escolas ou Lei nº 6.619, de 1978)
faculdades de engenharia, arquitetura e I - anuidades cobradas de
agronomia, nos assuntos relacionados profissionais e pessoas
com a presente lei; jurídicas; (Incluído pela Lei nº
k) cumprir e fazer cumprir a 6.619, de 1978)
presente lei, as resoluções baixadas pelo II - taxas de expedição de
Conselho Federal, bem como expedir carteiras profissionais e documentos
atos que para isso julguem necessários; diversos; (Incluído pela Lei nº
l) criar inspetorias e nomear 6.619, de 1978)
inspetores especiais para maior III - emolumentos sobre
eficiência da fiscalização; registros, vistos e outros
m) deliberar sobre assuntos de procedimentos; (Incluído pela
interesse geral e administrativo e sobre Lei nº 6.619, de 1978)
os casos comuns a duas ou mais IV - quatro quintos da
especializações profissionais; arrecadação da taxa instituída pela Lei
n) julgar, decidir ou dirimir as nº 6.496, de 7 de dezembro de
questões da atribuição ou competência, 1977; (Incluído pela Lei nº
das Câmaras Especializadas referidas no 6.619, de 1978)
artigo 45, quando não possuir o V - multas aplicadas de
Conselho Regional número suficiente de conformidade com esta Lei e com a Lei
profissionais do mesmo grupo para nº 6.496, de 7 de dezembro de
constituir a respectiva Câmara, como 1977; (Incluído pela Lei nº
estabelece o artigo 48; 6.619, de 1978)
o) organizar, disciplinar e manter VI - doações, legados, juros e
atualizado o registro dos profissionais e receitas
pessoas jurídicas que, nos termos desta patrimoniais; (Incluído pela
lei, se inscrevam para exercer atividades Lei nº 6.619, de 1978)
de engenharia, arquitetura ou VII -
agronomia, na Região; subvenções; (Incluído pela Lei
p) organizar e manter atualizado nº 6.619, de 1978)
o registro das entidades de classe
VIII - outros rendimentos
referidas no artigo 62 e das escolas e
eventuais. (Incluído pela Lei
faculdades que, de acordo com esta lei,
nº 6.619, de 1978)
devam participar da eleição de
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Art. 36 - Os Conselhos Regionais entidades de classe será fixado nos
recolherão ao Conselho Federal, até o respectivos Conselhos Regionais,
dia trinta do mês subsequente ao da assegurados o mínimo de um
arrecadação, a quota de participação representante por entidade de classe e a
estabelecida no item I do art. proporcionalidade entre os
28. (Redação dada pela Lei nº representantes das diferentes categorias
6.619, de 1978) profissionais.
Parágrafo único - Os Conselhos Art . 41. A proporcionalidade dos
Regionais poderão destinar parte de sua representantes de cada categoria
renda líquida, proveniente da profissional será estabelecida em face
arrecadação das multas, a medidas que dos números totais dos registros no
objetivem o aperfeiçoamento técnico e Conselho Regional, de engenheiros das
cultura do engenheiro, do arquiteto e do modalidades genéricas previstas na
engenheiro- alínea " a " do artigo 29, de arquitetos e
agrônomo. (Incluído pela Lei de engenheiros-agrônomos, que houver
nº 6.619, de 1978) em cada região, cabendo a cada
Seção II entidade de classe registrada no
Da composição e organização Conselho Regional um número de
representantes proporcional à
Art . 37. Os Conselhos Regionais quantidade de seus associados,
serão constituídos de brasileiros assegurando o mínimo de um
diplomados em curso superior, representante por entidade.
legalmente habilitados de acordo com a
Parágrafo único. A
presente lei, obedecida a seguinte
proporcionalidade de que trata êste
composição:
artigo será submetida à prévia
a) um presidente, eleito por aprovação do Conselho Federal.
maioria absoluta pelos membros do
Conselho, com mandato de 3 (três) Art . 42. Os Conselhos Regionais
funcionarão em pleno e, para os
anos;
assuntos específicos, organizados em
b) um representante de cada Câmaras Especializadas
escola ou faculdade de engenharia, correspondentes às seguintes categorias
arquitetura e agronomia com sede na profissionais: engenharia nas
Região; modalidades correspondentes às
c) representantes diretos das formações técnicas referidas na alínea a
entidades de classe de engenheiro, do art. 29, arquitetura e agronomia.
arquiteto e engenheiro-agrônomo, Art . 43. O mandato dos
registradas na Região de conformidade conselheiros regionais será de 3 (três)
com o artigo 62. anos e se renovará, anualmente pelo
Parágrafo único. Cada membro do têrço de seus membros.
Conselho terá um suplente. Art . 44. Cada Conselho Regional
Art . 38. Os representantes das terá inspetorias, para fins de
escolas e faculdades e seus respectivos fiscalização, nas cidades ou zonas onde
suplentes serão indicados por suas se fizerem necessárias.
congregações. Capítulo IV
Art . 39. Os representantes das Das Câmaras Especializadas
entidades de classe e respectivos
suplentes serão eleitos por aquelas Seção I
entidades na forma de seus Estatutos. Da Instituição das Câmaras e suas
Art . 40. O número de atribuições
conselheiros representativos das
12
Art . 45. As Câmaras Art . 50. O conselheiro federal ou
Especializadas são os órgãos dos regional que durante 1 (um) ano faltar,
Conselhos Regionais encarregados de sem licença prévia, a 6 (seis) sessões,
julgar e decidir sôbre os assuntos de consecutivas ou não, perderá
fiscalização pertinentes às respectivas automàticamente o mandato passando
especializações profissionais e infrações este a ser exercido, em caráter efetivo,
do Código de Ética. pelo respectivo suplente.
Art . 46. São atribuições das Art . 51. O mandato dos
Câmaras Especializadas: Presidentes e dos conselheiros será
a) julgar os casos de infração da honorífico.
presente lei, no âmbito de sua Art . 52. O exercício da função de
competência profissional específica; membro dos Conselhos por espaço de
b) julgar as infrações do Código tempo não inferior a dois têrços do
de Ética; respectivo mandato será considerado
serviço relevante prestado à Nação.
c) aplicar as penalidades e multas
previstas; § 1º O Conselho Federal
d) apreciar e julgar os pedidos de concederá aos que se acharem nas
registro de profissionais, das firmas, das condições desse artigo o certificado de
entidades de direito público, das serviço relevante, independentemente
entidades de classe e das escolas ou de requerimento do interessado, dentro
faculdades na Região; de 12 (doze) meses contados a partir da
comunicação dos Conselhos.
e) elaborar as normas para a
fiscalização das respectivas § 2º Será considerado como
especializações profissionais; serviço público efetivo, para efeito de
aposentadoria e disponibilidade, o tempo
f) opinar sôbre os assuntos de de serviço como Presidente ou
interêsse comum de duas ou mais Conselheiro, vedada, porém, a
especializações profissionais, contagem comutativa com tempo
encaminhando-os ao Conselho Regional. exercido em cargo
Seção II público. (mantido pelo CN)
Da Composição e organização Art. 53. Os representantes dos
Art . 47. As Câmaras Conselhos Federal e Regionais reunir-se-
Especializadas serão constituídas pelos ão pelo menos uma vez por ano para,
conselheiros regionais. conjuntamente, estudar e estabelecer
Parágrafo único. Em cada Câmara providências que assegurem ou
Especializada haverá um membro, eleito aperfeiçoem a aplicação da presente lei,
pelo Conselho Regional, representando devendo o Conselho Federal remeter aos
as demais categorias profissionais. Conselhos Regionais, com a devida
antecedência, o temário respectivo.
Art . 48. Será constituída Câmara
Especializada desde que entre os Art. 54. Aos Conselhos Regionais
conselheiros regionais haja um mínimo é cometido o encargo de dirimir qualquer
de 3 (três) do mesmo grupo profissional. dúvida ou omissão sobre a aplicação
desta lei, com recurso " ex offício ", de
Capítulo V
efeito suspensivo, para o Conselho
Generalidades Federal, ao qual compete decidir, em
Art . 49. Aos Presidentes dos última instância, em caráter
Conselhos Federal e Regionais, compete, geral. (Revigorado pelo
além da direção do respectivo Conselho, Decreto-Lei nº 711, de 1969).
sua representação em juízo. TÍTULO III
Do registro e fiscalização profissional
13
Capítulo I empresas em geral, que se organizem
Do registro dos profissionais para executar obras ou serviços
Art. 55. Os profissionais relacionados na forma estabelecida
habilitados na forma estabelecida nesta nesta lei, só poderão iniciar suas
lei só poderão exercer a profissão após o atividades depois de promoverem o
registro no Conselho Regional, sob cuja competente registro nos Conselhos
jurisdição se achar o local de sua Regionais, bem como o dos profissionais
atividade. do seu quadro técnico.
§ 1º O registro de firmas,
Art. 56. Aos profissionais
sociedades, associações, companhias,
registrados de acordo com esta lei será
cooperativas e empresas em geral só
fornecida carteira profissional, conforme
será concedido se sua denominação for
modelo, adotado pelo Conselho Federal,
contendo o número do registro, a realmente condizente com sua finalidade
natureza do título, especializações e e qualificação de seus componentes.
todos os elementos necessários à sua § 2º As entidades estatais,
identificação. paraestatais, autárquicas e de economia
mista que tenham atividade na
§ 1º A expedição da carteira a que
engenharia, na arquitetura ou na
se refere o presente artigo fica sujeita à
agronomia, ou se utilizem dos trabalhos
taxa que fôr arbitrada pelo Conselho
de profissionais dessas categorias, são
Federal.
obrigadas, sem quaisquer ônus, a
§ 2º A carteira profissional, para fornecer aos Conselhos Regionais todos
os efeitos desta lei, substituirá o os elementos necessários à verificação e
diploma, valerá como documento de fiscalização da presente lei.
identidade e terá fé pública.
§ 3º O Conselho Federal
§ 3º Para emissão da carteira estabelecerá, em resoluções, os
profissional os Conselhos Regionais requisitos que as firmas ou demais
deverão exigir do interessado a prova de organizações previstas neste artigo
habilitação profissional e de identidade, deverão preencher para o seu registro.
bem como outros elementos julgados
convenientes, de acôrdo com instruções Art. 60. Toda e qualquer firma ou
baixadas pelo Conselho Federal. organização que, embora não
enquadrada no artigo anterior tenha
Art. 57. Os diplomados por alguma seção ligada ao exercício
escolas ou faculdades de engenharia, profissional da engenharia, arquitetura e
arquitetura ou agronomia, oficiais ou agronomia, na forma estabelecida nesta
reconhecidas, cujos diplomas não lei, é obrigada a requerer o seu registro
tenham sido registrados, mas estejam e a anotação dos profissionais,
em processamento na repartição federal legalmente habilitados, delas
competente, poderão exercer as encarregados.
respectivas profissões mediante registro
provisório no Conselho Regional. Art. 61. Quando os serviços forem
executados em lugares distantes da sede
Art. 58. Se o profissional, firma ou da entidade, deverá esta manter, junto
organização, registrado em qualquer a cada um dos serviços, um profissional
Conselho Regional, exercer atividade em devidamente habilitado naquela
outra Região, ficará obrigado a visar, jurisdição.
nela, o seu registro.
Art. 62. Os membros dos
Capítulo II Conselhos Regionais só poderão ser
Do registro de firmas e entidades eleitos pelas entidades de classe que
Art. 59. As firmas, sociedades, estiverem previamente registradas no
associações, companhias, cooperativas e
14
Conselho em cuja jurisdição tenham Parágrafo único. O profissional ou
sede. pessoa jurídica que tiver seu registro
§ 1º Para obterem registro, as cancelado nos termos deste artigo, se
entidades referidas neste artigo deverão desenvolver qualquer atividade regulada
estar legalizadas, ter objetivo definido nesta lei, estará exercendo ilegalmente
permanente, contar no mínimo trinta a profissão, podendo reabilitar-se
associados engenheiros, arquitetos ou mediante novo registro, satisfeitas, além
engenheiros-agrônomos e satisfazer as das anuidades em débito, as multas que
exigências que forem estabelecidas pelo lhe tenham sido impostas e os demais
Conselho Regional. emolumentos e taxas regulamentares.
§ 2º Quando a entidade reunir Art. 65. Toda vez que o
associados engenheiros, arquitetos e profissional diplomado apresentar a um
engenheiros-agrônomos, em conjunto, o Conselho Regional sua carteira para o
limite mínimo referido no parágrafo competente "visto" e registro, deverá
anterior deverá ser de sessenta. fazer, prova de ter pago a sua anuidade
Capítulo III na Região de origem ou naquela onde
passar a residir.
Das anuidades, emolumentos e taxas
Art. 66. O pagamento da
Art. 63. Os profissionais e pessoas anuidade devida por profissional ou
jurídicas registrados de conformidade pessoa jurídica somente será aceito após
com o que preceitua a presente lei são verificada a ausência, de quaisquer
obrigados ao pagamento de uma débitos concernentes a multas,
anuidade ao Conselho Regional, a cuja emolumentos, taxas ou anuidades de
jurisdição pertencerem. exercícios anteriores.
§ 1º - A anuidade a que se refere Art. 67. Embora legalmente
este artigo será devida a partir de 1º de registrado, só será considerado no
janeiro de cada ano. (Redação legítimo exercício da profissão e
dada pela Lei nº 6.619, de 1978) atividades de que trata a presente lei o
§ 2º - O pagamento da anuidade profissional ou pessoa jurídica que esteja
após 31 de março terá o acréscimo de em dia com o pagamento da respectiva
vinte por cento, a título de mora, quando anuidade.
efetuado no mesmo Art. 68. As autoridades
exercício. (Redação dada pela administrativas e judiciárias, as
Lei nº 6.619, de 1978) repartições estatais, paraestatais,
§ 3º - A anuidade paga após o autárquicas ou de economia mista não
exercício respectivo terá o seu valor receberão estudos, projetos, laudos,
atualizado para o vigente à época do perícias, arbitramentos e quaisquer
pagamento, acrescido de vinte por outros trabalhos, sem que os autores,
cento, a título de profissionais ou pessoas jurídicas; façam
mora. (Redação dada pela Lei prova de estar em dia com o pagamento
nº 6.619, de 1978) da respectiva anuidade.
Art. 64. Será automaticamente Art. 69. Só poderão ser admitidos
cancelado o registro do profissional ou nas concorrências públicas para obras ou
da pessoa jurídica que deixar de efetuar serviços técnicos e para concursos de
o pagamento da anuidade, a que estiver projetos, profissionais e pessoas
sujeito, durante 2 (dois) anos jurídicas que apresentarem prova de
consecutivos sem prejuízo da quitação de débito ou visto do Conselho
obrigatoriedade do pagamento da Regional da jurisdição onde a obra, o
dívida. serviço técnico ou projeto deva ser
executado.
15
Art. 70. O Conselho Federal 64; (Redação dada pela Lei nº
baixará resoluções estabelecendo o 6.619, de 1978)
Regimento de Custas e, periodicamente, c) de meio a um valor de
quando julgar oportuno, promoverá sua referência, às pessoas jurídicas, por
revisão. infração dos arts. 13, 14, 59 e 60, e
TÍTULO IV parágrafo único do art.
Das penalidades 64; (Redação dada pela Lei nº
6.619, de 1978)
Art. 71. As penalidades aplicáveis
por infração da presente lei são as d) de meio a um valor de
seguintes, de acôrdo com a gravidade da referência, às pessoas físicas, por
falta: infração das alíneas a, c e d do art.
a) advertência reservada; 6º; (Redação dada pela Lei nº
6.619, de 1978)
b) censura pública;
e) de meio a três valores de
c) multa; referência, às pessoas jurídicas, por
d) suspensão temporária do infração do art. 6º. (Redação
exercício profissional; dada pela Lei nº 6.619, de 1978)
e) cancelamento definitivo do Parágrafo único. As multas
registro. referidas neste artigo serão aplicadas em
Parágrafo único. As penalidades dôbro nos casos de reincidência.
para cada grupo profissional serão Art. 74. Nos casos de nova
impostas pelas respectivas Câmaras reincidência das infrações previstas no
Especializadas ou, na falta destas, pelos artigo anterior, alíneas "c", "d" e " e" ,
Conselhos Regionais. será imposta, a critério das Câmaras
Art. 72. As penas de advertência Especializadas, suspensão temporária do
reservada e de censura pública são exercício profissional, por prazos
aplicáveis aos profissionais que variáveis de 6 (seis) meses a 2 (dois)
deixarem de cumprir disposições do anos e, pelos Conselhos Regionais em
Código de Ética, tendo em vista a pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
gravidade da falta e os casos de Art. 75. O cancelamento do
reincidência, a critério das respectivas registro será efetuado por má conduta
Câmaras Especializas. pública e escândalos praticados pelo
Art. 73 - As multas são profissional ou sua condenação definitiva
estipuladas em função do maior valor de por crime considerado infamante.
referência fixado pelo Poder Executivo e Art. 76. As pessoas não
terão os seguintes valores, desprezadas habilitadas que exercerem as profissões
as frações de um reguladas nesta lei, independentemente
cruzeiro: (Redação dada pela da multa estabelecida, estão sujeitas às
Lei nº 6.619, de 1978) penalidades previstas na Lei de
a) de um a três décimos do valor Contravenções Penais.
de referência, aos infratores dos arts. 17 Art. 77. São competentes para
e 58 e das disposições para as quais não lavrar autos de infração das disposições
haja indicação expressa de a que se refere a presente lei, os
penalidade; (Redação dada funcionários designados para êsse fim
pela Lei nº 6.619, de 1978) (Vide Lei nº pelos Conselhos Regionais de
6.496, de 1977) Engenharia, Arquitetura e Agronomia
b) de três a seis décimos do valor nas respectivas Regiões.
de referência, às pessoas físicas, por Art. 78. Das penalidades impostas
infração da alínea b do art. 6º, dos arts. pelas Câmaras especializadas, poderá o
13, 14 e 55 ou do parágrafo único do art.
16
interessado, dentro do prazo de 60 Das disposições transitórias
(sessenta) dias, contados da data da Art. 86. São assegurados aos
notificação, interpor recurso que terá atuais profissionais de engenharia,
efeito suspensivo, para o Conselho arquitetura e agronomia e aos que se
Regional e, no mesmo prazo, dêste para encontrem matriculados nas escolas
o Conselho Federal. respectivas, na data da publicação desta
§ 1º Não se efetuando o lei, os direitos até então usufruídos e que
pagamento das multas, amigàvelmente, venham de qualquer forma a ser
estas serão cobradas por via executiva. atingidos por suas disposições.
§ 2º Os autros de infração, depois Parágrafo único. Fica
de julgados definitivamente contra o estabelecidos o prazo de 12 (doze)
infrator, constituem títulos de dívida meses, a contar da publicação desta lei,
líquida e certa. para os interessados promoverem a
Art. 79. O profissional punido por devida anotação nos registros dos
falta de registro não poderá obter a Conselhos Regionais.
carteira profissional, sem antes efetuar o Art. 87. Os membros atuais dos
pagamento das multas em que houver Conselhos Federal e Regionais
incorrido. completarão os mandatos para os quais
TÍTULO V foram eleitos.
Das disposições gerais Parágrafo único. Os atuais
Art. 80. Os Conselhos Federal e presidentes dos Conselhos Federal e
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Regionais completarão seus mandatos,
Agronomia, autarquias dotadas de ficando o presidente do primeiro dêsses
personalidade jurídica de direito público, Conselhos com o caráter de membro do
constituem serviço público federal, mesmo.
gozando os seus bens, rendas e serviços Art. 88. O Conselho Federal
de imunidade tributária total (art. 31, baixará resoluções, dentro de 60
inciso V, alínea a da Constituição (sessenta) dias a partir da data da
Federal) e franquia postal e presente lei, destinadas a completar a
telegráfica. (Revigorado pelo composição dos Conselhos Federal e
Decreto-Lei nº 711, de 1969). Regionais.
Art. 81. Nenhum profissional Art. 89. Na constituição do
poderá exercer funções eletivas em primeiro Conselho Federal após a
Conselhos por mais de dois períodos publicação desta lei serão escolhidos por
sucessivos. meio de sorteio as Regiões e os grupos
profissionais que as representarão.
Art 82. As remunerações iniciais
dos engenheiros, arquitetos e Art. 90. Os Conselhos Federal e
engenheiros-agrônomos, qualquer que Regionais, completados na forma desta
seja a fonte pagadora, não poderão ser lei, terão o prazo de 180 (cento e
inferiores a 6 (seis) vêzes o salário- oitenta) dias, após a posse, para
mínimo da respectiva elaborar seus regimentos internos,
região. (mantido pelo CN) vigorando, até a expiração dêste prazo,
os regulamentos e resoluções vigentes
Art. 85. As entidades que
no que não colidam com os dispositivos
contratarem profissionais nos têrmos da
da presente lei.
alínea " c " do artigo 2º são obrigadas a
manter, junto a êles, um assistente Art. 91. Esta Lei entra em vigor na
brasileiro do ramo profissional data de sua publicação.
respectivo. Art. 92. Revogam-se as
TÍTULO VI disposições em contrário.
17
Brasília, 24 de dezembro de 1966; Art 3º - A falta da ART sujeitará o
145º da Independência e 78º da profissional ou a empresa à multa
República. prevista na alínea " a " do art. 73 da Lei
H. CASTELLO BRANCO nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e
L. G. do Nascimento e Silva demais cominações legais.
Este texto não substitui o publicado no Art 4º - O CONFEA fica autorizado
DOU de 27.12.1966 e retificado em a criar, nas condições estabelecidas
4.1.1967 nesta Lei, uma Mútua de Assistência dos
Profissionais da Engenharia, Arquitetura
e Agronomia, sob sua fiscalização,
LEI No 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE registrados nos CREAs.
1977.
§ 1º - A Mútua, vinculada
Institui a " Anotação de diretamente ao CONFEA, terá
Responsabilidade Técnica personalidade jurídica e patrimônio
" na prestação de serviços próprios, sede em Brasília e
de engenharia, de representações junto aos CREAs.
arquitetura e agronomia;
autoriza a criação, pelo § 2º - O Regimento da Mútua será
Conselho Federal de submetido à aprovação do Ministro do
Engenharia, Arquitetura e Trabalho, pelo CONFEA.
Agronomia - CONFEA, de Art 5º - A Mútua será
uma Mútua de Assistência administrada por uma Diretoria
Profissional; e dá outras Executiva, composta de 5 (cinco)
providências. membros, sendo 3 (três) indicados pelo
O PRESIDENTE DA CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs, na
REPÚBLICA , faço saber que forma a ser fixada no Regimento.
o CONGRESSO NACIONAL decreta e Art 6º - O Regimento determinará
eu sanciono a seguinte Lei: as modalidades da indicação e as
Art 1º - Todo contrato, escrito ou funções de cada membro da Diretoria
verbal, para a execução de obras ou Executiva, bem como o modo de
prestação de quaisquer serviços substituição, em seus impedimentos e
profissionais referentes à Engenharia, à faltas, cabendo ao CONFEA a indicação
Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à do Diretor-Presidente e, aos outros
"Anotação de Responsabilidade Técnica" Diretores a escolha, entre si, dos
(ART). ocupantes das demais funções.
Art 7º - Os mandatos da Diretoria
Art 2º - A ART define para os
Executiva terão duração de 3 (três)
efeitos legais os responsáveis técnicos
anos, sendo gratuito o exercício das
pelo empreendimento de engenharia,
funções correspondentes.
arquitetura e agronomia.
§ 1º - A ART será efetuada pelo Art 8º - Os membros da Diretoria
profissional ou pela empresa no Executiva somente poderão ser
Conselho Regional de Engenharia, destituídos por decisão do CONFEA,
Arquitetura e Agronomia (CREA), de tomada em reunião secreta,
especialmente convocada para esse fim,
acordo com Resolução própria do
e por maioria de 2/3 (dois terços) dos
Conselho Federal de Engenharia,
membros do Plenário.
Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
§ 2º - O CONFEA fixará os Art 9º - Os membros da Diretoria
critérios e os valores das taxas da tomarão posse perante o CONFEA.
ART ad referendum do Ministro do Art 10 - O patrimônio da Mútua
Trabalho. será aplicado em títulos dos Governos
18
Federal e Estaduais ou por eles II - pecúlio aos cônjuges
garantidos, Carteiras de Poupança, supérstites e filhos menores dos
garantidas pelo Banco Nacional da associados;
Habitação (BNH), Obrigações do Tesouro III - bolsas de estudo aos filhos de
Nacional, imóveis e outras aplicações associados carentes de recursos ou a
facultadas por lei, para órgãos da candidatos a escolas de Engenharia, de
mesma natureza. Arquitetura ou de Agronomia, nas
Parágrafo único - Para aquisição e mesmas condições de carência;
alienação de imóveis, haverá prévia IV - assistência médica, hospitalar
autorização do Ministro do Trabalho. e dentária, aos associados e seus
Art 11 - Constituirão rendas da dependentes, sem caráter obrigatório,
Mútua: desde que reembolsável, ainda que
I - 1/5 (um quinto) da taxa de parcialmente;
ART; V - facilidades na aquisição, por
Il - uma contribuição dos parte dos inscritos, de equipamentos e
associados, cobrada anual ou livros úteis ou necessários ao
parceladamente e recolhida, desempenho de suas atividades
simultaneamente, com a devida aos profissionais;
CREAS; VI - auxílio funeral.
III - doações, legados e quaisquer § 1º - A Mútua poderá financiar,
valores adventícios, bem como outras exclusivamente para seus associados,
fontes de renda eventualmente planos de férias no país e/ou de seguros
instituídas em lei; de vida, acidentes ou outros, mediante
IV - outros rendimentos contratação.
patrimoniais. § 2º - Visando à satisfação do
§ 1º - A inscrição do profissional mercado de trabalho e à racionalização
na Mútua dar-se-á com o pagamento da dos benefícios contidos no item I deste
primeira contribuição, quando será artigo, a Mútua poderá manter serviços
preenchida pelo profissional sua ficha de de colocação de mão-de-obra de
Cadastro Geral, e atualizada nos profissionais, seus associados.
pagamentos subseqüentes, nos moldes § 3º - O valor pecuniário das
a serem estabelecidos por Resolução do prestações assistenciais variará até o
CONFEA. limite máximo constante da tabela a ser
§ 2º - A inscrição na Mútua é aprovada pelo CONFEA, nunca superior
pessoal e independente de inscrição à do Instituto Nacional de Previdência
profissional e os benefícios só poderão Social (INPS).
ser pagos após decorrido 1 (um) ano do § 4º - O auxílio mensal será
pagamento da primeira contribuição. concedido, em dinheiro, por períodos
Art 12 - A Mútua, na forma do não superiores a 12 (doze) meses, desde
Regimento, e de acordo com suas que comprovada a evidente necessidade
disponibilidades, assegurará os para a sobrevivência do associado ou de
seguintes benefícios e prestações: sua família.
I - auxílios pecuniários, § 5º - As bolsas serão sempre
temporários e reembolsáveis, aos reembolsáveis ao fim do curso, com
associados comprovadamente juros e correção monetária, fixados pelo
necessitados, por falta eventual de CONFEA.
trabalho ou invalidez ocasional; § 6º - A ajuda farmacêutica,
sempre reembolsável, ainda que
parcialmente, poderá ser concedida, em
19
caráter excepcional, desde que benefícios ou no funcionamento da
comprovada a impossibilidade Mútua, ensejará a intervenção do
momentânea de o associado arcar com o CONFEA, para restabelecer a
ônus decorrente. normalidade, ou do Ministro do Trabalho,
§ 7º - Os benefícios serão quando se fizer necessária.
concedidos proporcionalmente às Art 16 - No caso de dissolução da
necessidades do assistido e, os pecúlios, Mútua, seus bens, valores e obrigações
em razão das contribuições do serão assimilados pelo CONFEA,
associado. ressalvados os direitos dos associados.
§ 8º - A Mútua poderá estabelecer Parágrafo único - O CONFEA e os
convênios com entidades CREAs responderão, solidariamente,
previdenciárias, assistenciais, de pelo déficit ou dívida da Mútua, na
seguros e outros facultados por lei, para hipótese de sua insolvência.
atendimento do disposto neste artigo. Art 17 - De qualquer ato da
Art 13 - Ao CONFEA incumbirá, na Diretoria Executiva da Mútua caberá
forma do Regimento: recurso, com efeito suspensivo, ao
I - a supervisão do funcionamento CONFEA.
da Mútua; Art 18 - De toda e qualquer
II - a fiscalização e aprovação do decisão do CONFEA referente à
Balanço, Balancete, Orçamento e da organização, administração e
prestação de contas da Diretoria fiscalização da Mútua caberá recurso,
Executiva da Mútua; com efeito suspensivo, ao Ministro do
Ill - a elaboração e aprovação do Trabalho.
Regimento da Mútua; Art 19 - Os empregados do
CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua
IV - a indicação de 3 (três)
poderão nela se inscrever, mediante
membros da Diretoria Executiva;
condições estabelecidas no Regimento,
V - a fixação da remuneração do para obtenção dos benefícios previstos
pessoal empregado peIa Mútua; nesta Lei.
VI - a indicação do Diretor- Art 20 - Esta Lei entrará em vigor
Presidente da Mútua; na data de sua publicação, revogadas as
VII - a fixação, no Regimento, da disposições em contrário.
contribuição prevista no item II do art. Brasília, em 7 de dezembro de
11; 1977; 156º da Independência e 89º da
VIII - a solução dos casos omissos República.
ou das divergências na aplicação desta ERNESTO GEISEL
Lei. Arnaldo Prieto
Art 14 - Aos CREAs, e na forma do Este texto não substitui o publicado no
que for estabelecido no Regimento, DOU de 9.12.1977
incumbirá:
*
I - recolher à Tesouraria da
Mútua, mensalmente, a arrecadação da
taxa e contribuição previstas nos itens I Presidência
e II do art. 11 da presente Lei; da República
Il - indicar os dois membros da Casa Civil
Diretoria Executiva, na forma a ser Subchefia
fixada pelo Regimento. para
Assuntos
Art 15 - Qualquer irregularidade Jurídicos
na arrecadação, na concessão de
20
LEI No 6.619, DE 16 DE DEZEMBRO "Art. 35 - Constituem renda dos
DE 1978. Conselhos Regionais:
Altera dispositivos I - anuidades cobradas de
da Lei nº 5.194, de profissionais e pessoas jurídicas;
24 de dezembro de II - taxas de expedição de
1966, e dá outras carteiras profissionais e documentos
providências. diversos;
O PRESIDENTE DA III - emolumentos sobre
REPÚBLICA, faço saber que registros, vistos e outros procedimentos;
o CONGRESSO NACIONAL decreta e IV - quatro quintos da
eu sanciono a seguinte Lei: arrecadação da taxa instituída pela Lei
Art. 1º - Ficam acrescidas aos nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977;
arts. 27 e 34 da Lei nº 5.194, de 24 de V - multas aplicadas de
dezembro de 1966, as seguintes alíneas: conformidade com esta Lei e com a Lei
"Art. 27 - nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977;
....................................................... VI - doações, legados, juros e
....................................................... receitas patrimoniais;
.....
VII - subvenções;
q) autorizar o presidente a
adquirir, onerar ou, mediante licitação, VIII - outros rendimentos
alienar bens imóveis. eventuais."
Parágrafo único - "Art. 36 - Os Conselhos Regionais
....................................................... recolherão ao Conselho Federal, até o
................................................ dia trinta do mês subsequente ao da
arrecadação, a quota de participação
"Art. 34 - estabelecida no item I do art. 28.
.......................................................
....................................................... Parágrafo único - Os Conselhos
..... Regionais poderão destinar parte de sua
renda líquida, proveniente da
s) autorizar o presidente a arrecadação das multas, a medidas que
adquirir, onerar ou, mediante licitação, objetivem o aperfeiçoamento técnico e
alienar bens imóveis". cultura do engenheiro, do arquiteto e do
Art. 2º - Os arts. 28; 35; 36 e seu engenheiro-agrônomo."
parágrafo único; §§ 1º, 2º e 3º do art.
"Art. 63 -
63; e o caput e as
.......................................................
alíneas a, b, c, d e e do art. 73, da Lei
.......................................................
nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966,
.........
passam a vigorar com a seguinte
redação: § 1º - A anuidade a que se refere
este artigo será devida a partir de 1º de
"Art. 28 - Constituem renda do janeiro de cada ano.
Conselho Federal:
§ 2º - O pagamento da anuidade
I - quinze por cento do produto após 31 de março terá o acréscimo de
da arrecadação prevista nos itens I a V vinte por cento, a título de mora, quando
do art. 35; efetuado no mesmo exercício.
II - doações, legados, juros e § 3º - A anuidade paga após o
receitas patrimoniais; exercício respectivo terá o seu valor
III - subvenções; atualizado para o vigente à época do
IV - outros rendimentos pagamento, acrescido de vinte por
eventuais". cento, a título de mora."
21
"Art. 73 - As multas são sujeita a processo
estipuladas em função do maior valor de disciplinar, a ser
referência fixado pelo Poder Executivo e aplicada por órgão
terão os seguintes valores, desprezadas competente.
as frações de um cruzeiro: O PRESIDENTE DA
a) de um a três décimos do valor REPÚBLICA , faço saber que o
de referência, aos infratores dos arts. 17 CONGRESSO NACIONAL decreta e eu
e 58 e das disposições para as quais não sanciono a seguinte Lei:
haja indicação expressa de penalidade; Art 1º A punibilidade de
b) de três a seis décimos do valor profissional liberal, por falta sujeita a
de referência, às pessoas físicas, por processo disciplinar, através de órgão
infração da alínea b do art. 6º, dos arts. em que esteja inscrito, prescreve em 5
13, 14 e 55 ou do parágrafo único do art. (cinco) anos, contados da data de
64; verificação do fato respectivo.
c) de meio a um valor de Art 2º O conhecimento expresso
referência, às pessoas jurídicas, por ou a notificação feita diretamente ao
infração dos arts. 13, 14, 59 e 60, e profissional faltoso interrompe o prazo
parágrafo único do art. 64; prescricional de que trata o artigo
d) de meio a um valor de anterior.
referência, às pessoas físicas, por Parágrafo único. O conhecimento
infração das alíneas a, c e d do art. 6º; expresso ou a notificação de que trata
e) de meio a três valores de este artigo ensejará defesa escrita ou a
referência, às pessoas jurídicas, por termo, a partir de quando recomeçará a
infração do art. 6º. fluir novo prazo prescricional.
Parágrafo único - Art 3º Todo processo disciplinar
....................................................... paralisado há mais de 3 (três) anos
..................................................." pendente de despacho ou julgamento,
Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor será arquivado ex offício , ou a
na data de sua publicação. requerimento da parte interessada.
Art 4º O prazo prescricional, ora
Art. 4º - Revogam-se o art. 2º do
fixado, começa a correr, para as faltas já
Decreto-lei nº 711, de 29 de julho de
cometidas e os processos iniciados, a
1969, e demais disposições em
partir da vigência da presente Lei.
contrário.
Brasília, em 16 de dezembro de Art 5º A presente Lei entrará em
1978; 157º da Independência e 90º da vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a
República. sua publicação.
ERNESTO GEISEL Art 6º Revogam-se as disposições
Arnaldo Prieto em contrário.
Brasília, em 29 de outubro de
Este texto não substitui o publicado no
1980; 159º da Independência e 92º da
DOU de 19.12.1978
República.
*
LEI Nº 6.838, DE 29 DE OUTUBRO DE
1980. LEI Nº 6.839, DE 30 DE OUTUBRO DE
1980.
Dispõe sobre o
prazo prescricional Dispõe sobre o
para a punibilidade registro de
de profissional empresas nas
liberal, por falta entidades
fiscalizadoras do
22
exercício de II - ao portador de certificado de
profissões. curso de especialização em Engenharia
O PRESIDENTE DA de Segurança do Trabalho, realizado em
REPÚBLICA, faço saber que o caráter prioritário, pelo Ministério do
CONGRESSO NACIONAL decreta e eu Trabalho;
sanciono a seguinte Lei: III - ao possuidor de registro de
Art. 1º O registro de empresas e a Engenheiro de Segurança do Trabalho,
anotação dos profissionais legalmente expedido pelo Ministério do Trabalho, até
habilitados, delas encarregados, serão a data fixada na regulamentação desta
obrigatórios nas entidades competentes Lei.
para a fiscalização do exercício das Parágrafo único - O curso previsto
diversas profissões, em razão da no inciso I deste artigo terá o currículo
atividade básica ou em relação àquela fixado pelo Conselho Federal de
pela qual prestem serviços a terceiros. Educação, por proposta do Ministério do
Art. 2º Esta Lei entrará em vigor Trabalho, e seu funcionamento
na data de sua publicação. determinará a extinção dos cursos de
que trata o inciso II, na forma da
Art. 3º Revogam-se as
regulamentação a ser expedida.
disposições em contrário.
Brasília, em 30 de outubro de Art. 2º - O exercício da profissão
1980; 159º da Independência e 92º da de Técnico de Segurança do Trabalho
República. será permitido, exclusivamente:
I - ao portador de certificado de
conclusão de curso de Técnico de
LEI No 7.410, DE 27 DE NOVEMBRO Segurança do Trabalho, a ser ministrado
DE 1985. no País em estabelecimentos de ensino
Dispõe sobre a de 2º grau;
Especialização de II - ao Portador de certificado de
Engenheiros e conclusão de curso de Supervisor de
Arquitetos em Segurança do Trabalho, realizado em
Engenharia de caráter prioritário pelo Ministério do
(Regulamento) Segurança do Trabalho;
Trabalho, a
III - ao possuidor de registro de
Profissão de Técnico
Supervisor de Segurança do Trabalho,
de Segurança do
expedido pelo Ministério do Trabalho, até
Trabalho, e dá
a data fixada na regulamentação desta
outras Providências.
Lei.
O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA Faço saber que o Parágrafo único - O curso previsto
Congresso Nacional decreta e eu no inciso I deste artigo terá o currículo
sanciono a seguinte Lei: fixado pelo Ministério da Educação, por
proposta do Ministério do Trabalho, e
Art. 1º - O exercício da seu funcionamento determinará a
especialização de Engenheiro de extinção dos cursos de que trata o inciso
Segurança do Trabalho será permitido II, na forma da regulamentação a ser
exclusivamente: exercida.
I - ao Engenheiro ou Arquiteto, Art. 3º - O exercício da atividade
portador de certificado de conclusão de de Engenheiros e Arquitetos na
curso de especialização em Engenharia especialização de Engenharia de
de Segurança do Trabalho, a ser Segurança do Trabalho dependerá de
ministrado no País, em nível de pós- registro em Conselho Regional de
graduação; Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
23
após a regulamentação desta Lei, e o de Art. 3° Esta lei entra em vigor na
Técnico de Segurança do Trabalho, após data de sua publicação.
o registro no Ministério do Trabalho. Art. 4° Revogam-se as
Art. 4º - O Poder Executivo disposições em contrário.
regulamentará esta Lei no prazo de 120 Brasília, 26 de junho de 1991;
(cento e vinte) dias, contados de sua 170° da Independência e 103° da
publicação. República.
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor
na data de sua publicação. DECRETO No 23.196, DE 12 DE
Art. 6º - Revogam-se as OUTUBRO DE 1933.
disposições em contrário. Regula o exercício
Brasília, em 27 de novembro de da profissão
1985; 164º da Independência e 97º da agronômica e dá
República. outras
LEI No 8.195, DE 26 DE JUNHO DE providências.
1991. O Chefe do Govêrno
Altera a Lei n° 5.194, de 24 de Provisório da República dos Estados
dezembro de 1966, que regula Unidos do Brasil, na conformidade do
o exercício das profissões de art. 1º do decreto número 19.398, de 11
Engenheiro, Arquiteto e de novembro de 1930, resolve:
Engenheiro Agrônomo, Art. 1º O exercício da profissão do
dispondo sobre eleições diretas agrônomo ou engenheiro agrônomo, em
para Presidentes dos Conselhos qualquer dos seus ramos, com as
Federal e Regionais de atribuições estabelecidas neste decreto,
Engenharia, Arquitetura e só será permitido:
Agronomia, e dá outras a) aos profissionais diplomados
providências. no país por escolas ou institutos de
O PRESIDENTE DA ensino agronômicos oficiais, eqüiparados
REPÚBLICA Faço saber que o ou oficialmente reconhecidos:
Congresso Nacional decreta e eu b) aos profissionais que, sendo
sanciono a seguinte lei: diplomados em agronomia por escolas
Art. 1° Os Presidentes dos superiores estrangeiras, após curso
Conselhos Federal e Regionais de regular e válido para o exercício da
Engenharia, Arquitetura e Agronomia profissão no país de origem, tenham
serão eleitos pelo voto direto e secreto revalidade no Brasil os seus diplomas de
dos profissionais registrados e em dia acôrdo com a legislação federal.
com suas obrigações para com os Parágrafo único. Não será
citados conselhos, podendo candidatar- permitido o exercício da profissão aos
se profissionais brasileiros habilitados de diplomados por escolas ou cursos cujos
acordo com a Lei n° 5.194, de 24 de estudos hajam sido feitos por meio de
dezembro de 1966. correspondência.
Art. 2° O Conselho Federal de
Art. 2º Aos diplomados por
Engenharia, Arquitetura e Agronomia escolas estrangeiras, que, satisfazendo
disporá, em resolução, sobre os as exigências da alínea b, do art. 1º,
procedimentos eleitorais referentes à salvo na parte relativa à revalidação dos
organização e data das eleições, prazos diplomas, provarem, perante o órgão
de desincompatibilização, apresentação fiscalizador, que exercem a profissão no
de candidaturas e tudo o mais que se Brasil há mais de cinco anos e que, no
fizer necessário à realização dos pleitos. prazo de seis meses, a contar da data da
24
publicação dêste decreto, registrarem os c) propaganda e difusão de
seus diplomas, será, por exceção, mecânica agrícola, de processos de
permitido o exercício da profissão no adubação, de métodos aperfeiçoados de
país. colheita e de beneficiamento dos
Art. 3º Os funcionários públicos produtos agrícolas, bem como de
federais, estaduais e municipais que, métodos de aproveitamento industrial
pôsto não satisfaçam as exigências dos da produção vegetal;
artigos 1º e 2º, estiverem, à data dêste d) estudos econômicos relativos à
decreto, exercendo cargos ou funções agricultura e indústrias correlatas;
que exijam conhecimentos técnicos de e) genética agrícola, produção de
agronomia, poderão continuar no sementes, melhoramento das plantas
respectivo exercício, mas não poderão cultivadas e fiscalização do comércio de
ser promovidos nem removidos para sementes, plantas vivas e partes vivas
outros cargos técnicos. de plantas;
Parágrafo único. Os funcionários f) fítopatologia, entomologia e
a que se refere êste artigo, logo que se microbiologia agrícolas;
ofereça oportunidade, poderão, a seu
g) aplicação de medidas de
requerimento, ser transferidos para
defesa e de vigilância sanitária vegetal;
outros cargos, de igual vencimento, para
os quais não seja exigida habilitação h) química e tecnologia agrícolas;
técnica. i) reflorestamento, conservação,
Art. 4º Os profissionais de que defesa, eploração e industrialização de
tratam os arts. 1º e 2º, dêste decreto só matas;
poderão exercer a profissão após j) administração de colônias
haverem registrado seus títulos ou agrícolas;
diplomas na Diretoria Geral de l) ecologia e meteorologia
Agricultura, do Ministério da Agricultura. agrícolas;
Art. 5º O certificado de registro m) fiscalização de
ou a apresentação do título registrado estabelecimentos de ensino agronômico,
será exigido pelas autoridades federais, reconhecidos, equiparados ou em via de
estaduais e municipais, para a equiparação;
assinatura de contratos, têrmos de n) fiscalização de emprêsas,
posse, inscrição em concursos, agrícolas ou de indústrias correlatas, que
pagamentos de licença ou impostos para gosarem de favores oficiais;
o exercício da profissão, e desempenho
o) barragens em terra que não
de quaisquer funções a esta inerentes.
execedam de cinco metros de altura;
Art. 6º São atribuições dos
p) irrigação e drenagem para fins
agrônomos ou engenheiros agrônomos a
agrícolas;
organização, direção e execução dos
serviços técnicos oficiais, federais, q) estradas de rodagem de
estaduais e municipais, concernentes às interesse local e destinadas a fins
matérias e atividades seguintes: agrícolas, desde que nelas não existam
boeiros e pontilhões de mais de cinco
a) ensino agrícola, em seus
metros de vão;
diferentes graus;
r) construções rurais, destinadas
b) experimentações racionais e
a moradias ou fins agrícolas;
científicas referentes à agricultura, e, em
geral, quaisquer demonstrações práticas s) avaliações e perícias relativas
de agricultura em estabelecimentos às alíneas anteriores;
federais, estaduais e municipais; t) agrologia;
25
u) peritagem e identificação, para e) fiscalização da indústria e
desembaraço em repartições fiscais ou comércio de adubos, inseticidas e
para fins judiciais, de instrumentos, fungicídas;
utensílios e máquinas agrícolas, f) sindicalismo e cooperativismo
sementes, plantas ou partes vivas de agrário;
plantas, adubos, inseticídas, fungicídas, g) mecânica agrícola;
maquinismos e accessórios e, bem
assim, outros artigos utilizáveis na h) organização de congressos,
agricultura ou na instalação de indústrias concursos e exposições nacionais ou
rurais e derivadas; estrangeiras relativas à agricultura e
indústria animal, ou representação
v) determinação do valor locativo
oficial nêsses certâmens.
e venal das propriedades rurais, para
fins administrativos ou judiciais, na parte Parágrafo único. A preferência
que se relacione com a sua profissão; estabelecida nos serviços oficiais
especificados nas alíneas a, b, c e h.
x) avaliação e peritagem das
dêste artigo não prevalecerá quando fôr
propriedades rurais, suas instalações,
concorrente um veterinário ou médico
rebanhos e colheitas pendentes, para
veterinário.
fins administrativos, judiciais ou de
crédito; Art. 8º Nas escolas ou institutos
de nesino agronômico, oficiais,
z) avaliação dos melhoramentos equiparados, ou reconhecidos, cabe aos
fundiários para os mesmos fins da alínea agrônomos ou engenheiros agrônomos,
x. em concorrência com os veterinário ou
Art. 7º Terão preferência, em médicos veterinários, o ensino das
igualdade de condições, os agrônomos cadeiras ou disciplinas de zoologia,
ou engeneheiros agrônomos, quanto à alimentação e exterior dos animais
parte relacionada com a sua domésticos e daquelas cujos estudos se
especialidade, nos serviços oficiais relacionem com os assuntos
concernentes a: mencionados nas alíneas a, b, c e h do
a) experimentações racionais e art. 7º.
científicas, bem como demonstrações Parágrafo único. Nos
práticas, referentes a questões de estabelecimentos de ensino agronomico
fomento da produção animal, em a que se refere êste artigo, sempre que,
estabelecimentos federais, estaduais ou em concursos de títulos ou de provas
municipais; para o preenchimento de cargos de lente
b) padronização e classificação catedrático, professor, assistente ou
dos produtos de origem animal; preparador das demais cadeiras ou
c) inspeção, sob o ponto de vista disciplinas, for classificado em igualdade
de fomento da produção animal, de de condições um agrônomo ou
estábulos, matadouros, frigoríficos, engenheiro agrônomo, terá êle
fábricas de banha e de conservas de preferência sôbre seu concorrente não
origem animal, usinas, entrepostos e diplomado ou diplomado em outra
fábricas de laticínios, e, de um modo profissão.
geral, de todos os produtos de origem Art. 9º Constitue também
animal nas suas fontes de produção, atribuição dos agrônomos ou
fabricação ou manipulação; engenheiros agrônomos a execução dos
d) organização e execução dos serviços não especificados no presente
trabalhos de recenseamento, estatística decreto que, por sua natureza, exijam
e cadrastagem rurais; conhecimentos de agricultura, de
indústria animal, ou de indústrias que
lhe sejam correlatas.
26
Art. 10. Desde que preencham as alínea "b" do artigo 6º e parágrafo único
exigências da respectiva do artigo 84 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ
regulamentação, é assegurado aos 1966,
agrônomos e engenheiros agrônomos o
exercício da profissão de agrimensor,
sendo, portanto, válidas, para todos os
efeitos, as medições, divisões e RESOLVE:
demarcações de terras por eles
efetuadas. Art. 1º - Para efeito de fiscalização do
Art. 11. Os indivíduos que exercício profissional correspondente às
exercerem a profissão de agrônomo sem diferentes modalidades da Engenharia,
serem diplomados, ou sem haverem Arquitetura e Agronomia em nível
registrado, dentro do prazo de seis superior e em nível médio, ficam
mêses, no Ministério da Agricultura, o designadas as seguintes atividades:
seu título ou diploma, incorrerão na
multa de 200$ (duzentos mil réis) a Atividade 01 - Supervisão, coordenação
5:000$ (cinco contos de réis), que será e orientação técnica;
elevada ao dôbro em caso de
reincidência. Atividade 02 - Estudo, planejamento,
Art. 12. Revogam-se as projeto e especificação;
disposições em contrário.
Atividade 03 - Estudo de viabilidade
Rio de Janeiro, 11 de outubro de técnico-econômica;
1933, 112º da Independência e 45º da
República. Atividade 04 - Assistência, assessoria e
consultoria;
RESOLUçãO Nº 218, DE 29 JUN 1973
Atividade 05 - Direção de obra e serviço
Discrimina atividades das diferentes técnico;
modalidades profissionais da
Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Atividade 06 - Vistoria, perícia,
avaliação, arbitramento, laudo e parecer
O Conselho Federal de Engenharia, técnico;
Arquitetura e Agronomia, usando das
atribuições que lhe conferem as letras Atividade 07 - Desempenho de cargo e
"d" e "f", parágrafo único do artigo 27 da função técnica;
Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,
Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise,
CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº experimentação, ensaio e divulgação
5.194/66 refere-se às atividades
profissionais do engenheiro, do arquiteto técnica; extensão;
e do engenheiro agrônomo, em termos
genéricos; Atividade 09 - Elaboração de orçamento;
27
serviço técnico; e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
referente a levantamentos topográficos,
Atividade 13 - Produção técnica e batimétricos, geodésicos e
especializada; aerofotogramétricos; locação de:
28
GEODéSIA E TOPOGRAFIA ou ao e controle elétrico e eletrônico; seus
ENGENHEIRO GEóGRAFO: serviços afins e correlatos.
29
INDUSTRIAL E DE METALURGIA ou INDUSTRIAL MODALIDADE QUíMICA:
ENGENHEIRO INDUSTRIAL
MODALIDADE METALURGIA: I - desempenho das atividades 01 a 18
do artigo 1º desta Resolução, referentes
I - o desempenho das atividades 01 a 18 à indústria química e petroquímica e de
do artigo 1º desta Resolução, referentes alimentos; produtos químicos;
a processos metalúrgicos, instalações e tratamento de água e instalações de
equipamentos destinados à indústria tratamento de água industrial e de
metalúrgica, beneficiamento de rejeitos industriais; seus serviços afins e
minérios; produtos metalúrgicos; seus correlatos.
serviços afins e correlatos.
Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO
Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE SANITARISTA:
MINAS:
I - o desempenho das atividades 01 a 18
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes
do artigo 1º desta Resolução, referentes a controle sanitário do ambiente;
à prospecção e à pesquisa mineral; lavra captação e distribuição de água;
de minas; captação de água tratamento de água, esgoto e resíduos;
subterrânea; beneficiamento de controle de poluição; drenagem; higiene
minérios e abertura de vias e conforto de ambiente; seus serviços
subterrâneas; seus serviços afins e afins e correlatos.
correlatos.
Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO
Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO TECNóLOGO DE ALIMENTOS:
NAVAL:
I - o desempenho das atividades 01 a 18
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes
do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria de alimentos;
a embarcações e seus componentes; acondicionamento, preservação,
máquinas, motores e equipamentos; distribuição, transporte e abastecimento
instalações industriais e mecânicas de produtos alimentares; seus serviços
relacionadas à modalidade; diques e afins e correlatos.
porta-batéis; operação, tráfego e
serviços de comunicação de transporte Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO
hidroviário; seus serviços afins e TêXTIL:
correlatos.
I - o desempenho das atividades 01 a 18
Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE do artigo 1º desta Resolução, referentes
PETRóLEO: à indústria têxtil; produtos têxteis, seus
serviços afins e correlatos.
I - o desempenho das atividades 01 a 18
do artigo 1º desta Resolução referentes Art. 21 - Compete ao URBANISTA:
a dimensionamento, avaliação e
exploração de jazidas pretrolíferas, I - o desempenho das atividades 01 a 12
transporte e industrialização do e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,
petróleo; seus serviços afins e referentes a desenvolvimento urbano e
correlatos. regional, paisagismo e trânsito; seus
serviços afins e correlatos.
Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO
QUíMICO ou ao ENGENHEIRO Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE
30
OPERAçãO:
II - àquele que ainda não estiver
I - o desempenho das atividades 09 a 18 registrado, é reconhecida a competência
do artigo 1º desta Resolução, resultante dos critérios em vigor antes
circunscritas ao âmbito das respectivas da vigência desta Resolução, com a
modalidades profissionais; ressalva do inciso I deste artigo.
31
artigo 27, combinado com o estabelecido Agronomia, Geologia, Geografia ou
no § 3º do artigo 59 da Lei nº 5.194, de Meteorologia enquadra-se, para efeito
24 DEZ 1966, de registro, em uma das seguintes
classes:
CONSIDERANDO que, face ao disposto
nos artigos 59 e 60 da citada Lei, a CLASSE A - De prestação de serviços,
pessoa jurídica que se organize para execução de obras ou serviços ou
prestar ou executar serviços ou obras de desenvolvimento de atividades
Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, reservadas aos profissionais da
ou que mantenha seção ligada ao Engenharia, Arquitetura, Agronomia,
exercício de uma dessas profissões, está Geologia, Geografia ou Meteorologia;
sujeita à fiscalização profissional pelos
Conselhos Regionais; CLASSE B - De produção técnica
especializada, industrial ou
CONSIDERANDO o disposto nos artigos agropecuária, cuja atividade básica ou
1º, 2º e 3º da Lei nº 6.496/77; preponderante necessite do
conhecimento técnico inerente aos
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº profissionais da Engenharia, Arquitetura,
6.839/80; Agronomia, Geologia, Geografia ou
Meteorologia;
CONSIDERANDO que as Leis nº
4.076/62, 6.664/79 e 6.835/80 CLASSE C - De qualquer outra atividade
incluíram Geólogos, Geógrafos e que mantenha seção, que preste ou
Meteorologistas no âmbito da execute para si ou para terceiros
fiscalização do Sistema CONFEA/CREAs, serviços, obras ou desenvolva atividades
respectivamente; ligadas às áreas de Engenharia,
Arquitetura, Agronomia, Geologia,
CONSIDERANDO que cabe aos Geografia ou Meteorologia.
Conselhos Regionais, na forma do
disposto nas letras "h" e "o" do artigo 34 § 1º - As empresas públicas e sociedades
da Lei nº 5.194/66, de 24 DEZ 1966, de economia mista serão enquadradas,
processar, organizar, disciplinar e para o registro, nas classes
manter atualizado o registro de pessoas estabelecidas neste artigo, conforme a
jurídicas, em suas jurisdições; atividade desenvolvida.
32
para os CREAs, fornecer todos os em região diferente daquela em que se
elementos necessários à verificação e encontra registrada, obriga ao visto do
fiscalização do exercício profissional. registro na nova região.
33
referidos no item anterior com a pessoa exercitadas.
jurídica, através de documentação hábil,
quando não fizerem parte do contrato Parágrafo único - O registro será
social. concedido com restrições das atividades
não cobertas pelas atribuições dos
IV - Comprovante de solicitação da ART profissionais, até que a pessoa jurídica
de cargos e funções de todos os altere seus objetivos ou contrate outros
profissionais do quadro técnico da profissionais com atribuições capazes de
pessoa jurídica. suprir aqueles objetivos.
34
pessoa jurídica, o cancelamento desse Conselho Regional, ser o responsável
encargo; técnico por até 03 (três) pessoas
jurídicas, além da sua firma individual.
II - for o profissional suspenso do
exercício da profissão; Art. 19 - A infração a qualquer
dispositivo desta Resolução sujeita o
III - mudar o profissional de residência infrator às penalidades previstas no
para local que, a juízo do Conselho artigo 73 da Lei nº 5.194/66, sem
Regional, torne impraticável o exercício prejuízo de outras sanções cabíveis.
dessa função;
Art. 20 - A presente Resolução entrará
IV - tiver o profissional o seu registro em vigor na data de sua publicação.
cancelado;
Art. 21 - Revogam-se a Resolução nº
V - ocorram outras condições que, a 247/77 e demais disposições em
critério do CREA, possam impedir a contrário.
efetiva prestação da assistência técnica.
Brasília, 27 OUT l989.
§ 1º - A pessoa jurídica deve, no prazo
de 10 (dez) dias, promover a RESOLUÇÃO Nº 413, DE 27 JUN 1997
substituição do responsável técnico. Dispõe sobre o visto em registro de
pessoa jurídica. O Conselho Federal de
§ 2º - Quando o cancelamento da Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
responsabilidade técnica for de iniciativa no uso das atribuições que lhe confere a
da pessoa jurídica, deve esta, no seu letra "f" do artigo 27, da Lei no 5.194, de
requerimento, indicar o novo 24 DEZ 1966,
responsável técnico, preenchendo os
requisitos previstos nesta Resolução, e CONSIDERANDO que a pessoa jurídica
os documentos pertinentes. registrada em qualquer Conselho
Regional, quando for exercer atividades
§ 3º - A baixa de responsabilidade em caráter temporário na jurisdição de
técnica requerida pelo profissional só outro Regional, ficará obrigada a visar
pode ser deferida na ausência de nele o seu registro;
quaisquer obrigações pendentes em seu CONSIDERANDO que cabe aos
nome, relativas ao pedido, junto ao Conselhos Regionais, na forma do
Conselho Regional. disposto nas letras "h" e "o" do Art. 34
da mencionada Lei, processar,
Art. 18 - Um profissional pode ser organizar, disciplinar e manter
responsável técnico por uma única atualizado o registro de pessoas jurídicas
pessoa jurídica, além da sua firma em suas jurisdições, R E S O L V E:
individual, quando estas forem Art. 1º - Será concedido visto ao registro
enquadradas por seu objetivo social no da pessoa jurídica originário de outro
artigo 59 da Lei nº 5.194/66 e Conselho Regional, para os seguintes
caracterizadas nas classes A, B e C do efeitos e prazos de validade:
artigo 1º desta Resolução. I - execução de obras ou prestação de
serviços. Prazo: não superior a 180
Parágrafo único - Em casos (cento e oitenta) dias;
excepcionais, desde que haja
II - participação em licitações. Prazo: até
compatibilização de tempo e área de
a validade da certidão de registro.
atuação, poderá ser permitido ao
profissional, a critério do Plenário do § 1º - O visto para efeito do item I deste
artigo poderá ser concedido para
35
atividades parciais do objeto social da de "visto" para finalidades previstas no
pessoa jurídica, quando assim requerido. item I do Art. 1º desta Resolução.
§ 2º - O visto concedido para efeito do Art. 6º - O prazo de validade do visto
item II deste artigo dispensa o não poderá exceder ao da certidão de
cumprimento das exigências contidas no registro. Art. 7º - O prazo de validade
Art. 3º desta Resolução. de 180 (cento e oitenta) dias referido no
Art. 2º - O requerimento do visto deverá item I do Art. 1º é improrrogável.
indicar, expressamente, a finalidade Art. 8º - Poderá ser concedido novo
para a qual está sendo solicitado, na "visto", nos seguintes casos:
forma do artigo anterior, e ser instruído I - para a finalidade descrita no item I do
com a certidão do registro no Conselho Art. 1º:
Regional de origem. a) como complemento do prazo de 180
Art. 3º - O responsável técnico da (cento e oitenta) dias, caso a limitação
pessoa jurídica, para cada atividade a contida no Art. 6º desta Resolução
ser exercida na nova Região, deve estar impeça sua concessão integral,
registrado ou com o respectivo registro mediante apresentação de nova certidão
visado no Conselho Regional onde for de registro;
requerido o visto. b) após 180 (cento e oitenta) dias do
§ 1º - Os responsáveis técnicos pelas encerramento das atividades da pessoa
diferentes atividades, apresentados pela jurídica na jurisdição do Regional.
pessoa jurídica, devem comprovar II - para a finalidade descrita no item II
residência em local que, a critério do do Art. 1º, mediante apresentação de
CREA, torna praticável sua participação nova certidão.
efetiva nas atividades que a pessoa
jurídica pretenda exercer na jurisdição Art. 9º - Para visar o registro, as pessoas
do respectivo órgão regional; jurídicas ficam obrigadas ao pagamento
de taxa de visto estabelecida pelo
§ 2º - Sempre que ocorrer substituição
Conselho Federal em Resolução própria.
de responsável técnico, a pessoa jurídica
deve comunicar o fato ao Conselho Art. 10 - A presente Resolução entra em
Regional onde mantém o visto, vigor na data de sua publicação.
observando o conteúdo deste artigo. Art. 11 - Revogam-se a Resolução nº
Art. 4º - O visto concedido pelo 265, do CONFEA, de 15 de dezembro de
Conselho Regional deverá explicitar 1979 e demais disposições em contrário.
claramente, no original e na cópia da Brasília(DF), 27 de junho de 1997.
certidão, o seguinte: ESDRAS MAGALHÃES DOS SANTOS
I - No caso do item I do Art. 1º: "Válido FILHO MARCOS TÚLIO DE MELO
para exercer as atividades abaixo, com Presidente Vice-Presidente Publicada no
os respectivos responsáveis técnicos, na D.O.U. de 21 JUL 1997 - Seção I - pág.
jurisdição deste CREA". 15.715 Publicada no D.O.U. de 21 JUL
II - No caso do item II do Art. 1º: "Válido 1997 - Seção I - pág. 15.715
somente para participação em licitações
na jurisdição deste CREA".
Art. 5º - O visto referido no item II do Resolução CONFEA nº 1.002 de
artigo anterior, não tem validade para a 26/11/2002
execução de obras ou prestação de
serviços, cumprindo à pessoa jurídica,
para esse efeito, atender aos requisitos Publicado no DOU em 12 dez 2002
exigidos no Art. 3º, mediante solicitação
36
Adota o Código de Ética Profissional da Considerando a deliberação do IV
Engenharia, da Arquitetura, da Congresso Nacional de Profissionais - IV
Agronomia, da Geologia, da Geografia e CNP sobre o tema "Ética Profissional",
da Meteorologia e dá outras aprovada por unanimidade, propondo a
providências. revisão do Código de Ética Profissional
vigente e indicando o Colégio de
Entidades Nacionais - CDEN para
elaboração do novo texto, resolve:
O Conselho Federal de Engenharia,
Art. 1º Adotar o Código de Ética
Arquitetura e Agronomia - Confea, no
Profissional da Engenharia, da
uso das atribuições que lhe confere a
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia,
alínea f do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24
da Geografia e da Meteorologia, anexo à
de dezembro de 1966, e
presente Resolução, elaborado pelas
Considerando que o disposto nos arts. Entidades de Classe Nacionais, através
27, alínea n, 34, alínea d, 45, 46, alínea do CDEN - Colégio de Entidades
b, 71 e 72, obriga a todos os Nacionais, na forma prevista na alínea n
profissionais do Sistema Confea/Crea a do art. 27 da Lei nº 5.194, de 1966.
observância e cumprimento do Código
Art. 2º O Código de Ética Profissional,
de Ética Profissional da Engenharia, da
adotado através desta Resolução, para
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia,
os efeitos dos arts. 27, alínea n, 34,
da Geografia e da Meteorologia;
alínea d, 45, 46, alínea b, 71 e 72, da Lei
Considerando as mudanças ocorridas nº 5.194, de 1966, obriga a todos os
nas condições históricas, econômicas, profissionais da Engenharia, da
sociais, políticas e culturais da Sociedade Arquitetura, da Agronomia, da Geologia,
Brasileira, que resultaram no amplo da Geografia e da Meteorologia, em
reordenamento da economia, das todas as suas modalidades e níveis de
organizações empresariais nos diversos formação.
setores, do aparelho do Estado e da
Art. 3º O Confea, no prazo de cento e
Sociedade Civil, condições essas que
oitenta dias a contar da publicação
têm contribuído para pautar a "ética"
desta, deve editar Resolução adotando
como um dos temas centrais da vida
novo "Manual de Procedimentos para a
brasileira nas últimas décadas;
condução de processo de infração ao
Considerando que um "código de ética código de Ética Profissional".
profissional" deve ser resultante de um
pacto profissional, de um acordo crítico Art. 4º Os Conselhos Federal e
coletivo em torno das condições de Regionais de Engenharia, Arquitetura e
convivência e relacionamento que se Agronomia, em conjunto, após a
desenvolve entre as categorias publicação desta Resolução, devem
integrantes de um mesmo sistema desenvolver campanha nacional visando
profissional, visando uma conduta a ampla divulgação deste Código de
profissional cidadã; Ética Profissional, especialmente junto
às entidades de classe, instituições de
Considerando a reiterada demanda dos ensino e profissionais em geral.
cidadãos-profissionais que integram o
Sistema Confea/Crea, especialmente Art. 5º O Código de Ética Profissional,
explicitada através dos Congressos adotado por esta Resolução, entra em
Estaduais e Nacionais de Profissionais, vigor à partir de 1º de agosto de 2003.
relacionada à revisão do "Código de Ética Art. 6º Fica revogada a Resolução 205,
Profissional do Engenheiro, do Arquiteto de 30 de setembro de 1971 e demais
e do Engenheiro Agrônomo" adotado disposições em contrário, a partir de 1º
pela Resolução nº 205, de 30 de de agosto de 2003.
setembro de 1971; WILSON LANG
37
Presidente do Conselho Art. 4º As profissões são caracterizadas
ANEXO por seus perfis próprios, pelo saber
ESTRUTURA científico e tecnológico que incorporam,
TÍTULO pelas expressões artísticas que utilizam
e pelos resultados sociais, econômicos e
1. PROCLAMAÇÃO ambientais do trabalho que realizam.
2. PREÂMBULO Art. 5º Os profissionais são os
3. DA IDENTIDADE DAS PROFISSÕES E detentores do saber especializado de
DOS PROFISSIONAIS suas profissões e os sujeitos pró-ativos
4. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS do desenvolvimento.
5. DOS DEVERES Art. 6º O objetivo das profissões e a
6. DAS CONDUTAS VEDADAS ação dos profissionais voltam-se para o
bem-estar e o desenvolvimento do
7. DOS DIREITOS
homem, em seu ambiente e em suas
8. DA INFRAÇÃO ÉTICA diversas dimensões: como indivíduo,
TÍTULO família, comunidade, sociedade, nação e
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DA humanidade; nas suas raízes históricas,
ENGENHARIA, DA ARQUITETURA, DA nas gerações atual e futura.
AGRONOMIA, DA GEOLOGIA, DA Art. 7º As entidades, instituições e
GEOGRAFIA E DA METEOROLOGIA conselhos integrantes da organização
1. PROCLAMAÇÃO profissional são igualmente permeados
As Entidades Nacionais representativas pelos preceitos éticos das profissões e
dos profissionais da Engenharia, da participantes solidários em sua
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, permanente construção, adoção,
da Geografia e da Meteorologia pactuam divulgação, preservação e aplicação.
e proclamam o presente Código de Ética 4. DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS
Profissional. Art. 8º A prática da profissão é fundada
2. PREÂMBULO. nos seguintes princípios éticos aos quais
Art. 1º O Código de Ética Profissional o profissional deve pautar sua conduta:
enuncia os fundamentos éticos e as Do objetivo da profissão:
condutas necessárias à boa e honesta I - A profissão é bem social da
prática das profissões da Engenharia, da humanidade e o profissional é o agente
Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, capaz de exercê-la, tendo como
da Geografia e da Meteorologia e objetivos maiores a preservação e o
relaciona direitos e deveres correlatos de desenvolvimento harmônico do ser
seus profissionais. humano, de seu ambiente e de seus
Art. 2º Os preceitos deste Código de valores;
Ética Profissional têm alcance sobre os Da natureza da profissão:
profissionais em geral, quaisquer que
II - A profissão é bem cultural da
sejam seus níveis de formação,
humanidade construído
modalidades ou especializações.
permanentemente pelos conhecimentos
Art. 3º As modalidades e técnicos e científicos e pela criação
especializações profissionais poderão artística, manifestando-se pela prática
estabelecer, em consonância com este tecnológica, colocado a serviço da
Código de Ética Profissional, preceitos melhoria da qualidade de vida do
próprios de conduta atinentes às suas homem;
peculiaridades e especificidades.
Da honradez da profissão:
3. DA IDENTIDADE DAS
PROFISSÕES E DOS PROFISSIONAIS
38
III - A profissão é alto título de honra e II - ante à profissão:
sua prática exige conduta honesta, digna a) identificar-se e dedicar-se com zelo à
e cidadã; profissão;
Da eficácia profissional: b) conservar e desenvolver a cultura da
IV - A profissão realiza-se pelo profissão;
cumprimento responsável e competente c) preservar o bom conceito e o apreço
dos compromissos profissionais, social da profissão;
munindo-se de técnicas adequadas, d) desempenhar sua profissão ou função
assegurando os resultados propostos e a nos limites de suas atribuições e de sua
qualidade satisfatória nos serviços e capacidade pessoal de realização;
produtos e observando a segurança nos
seus procedimentos; e) empenhar-se junto aos organismos
profissionais no sentido da consolidação
Do relacionamento profissional: da cidadania e da solidariedade
V - A profissão é praticada através do profissional e da coibição das
relacionamento honesto, justo e com transgressões éticas.
espírito progressista dos profissionais III - nas relações com os clientes,
para com os gestores, ordenadores, empregadores e colaboradores:
destinatários, beneficiários e
colaboradores de seus serviços, com a) dispensar tratamento justo a
igualdade de tratamento entre os terceiros, observando o princípio da
profissionais e com lealdade na eqüidade;
competição; b) resguardar o sigilo profissional
Da intervenção profissional sobre o quando do interesse de seu cliente ou
meio: empregador, salvo em havendo a
obrigação legal da divulgação ou da
VI - A profissão é exercida com base nos informação;
preceitos do desenvolvimento
sustentável na intervenção sobre os c) fornecer informação certa, precisa e
ambientes natural e construído e da objetiva em publicidade e propaganda
incolumidade das pessoas de seus bens pessoal;
e de seus valores; d) atuar com imparcialidade e
Da liberdade e segurança impessoalidade em atos arbitrais e
profissionais: periciais;
VII - A profissão é de livre exercício aos e) considerar o direito de escolha do
qualificados, sendo a segurança de sua destinatário dos serviços, ofertando-lhe,
prática de interesse coletivo. sempre que possível, alternativas
viáveis e adequadas às demandas em
5. DOS DEVERES.
suas propostas;
Art. 9º No exercício da profissão são f) alertar sobre os riscos e
deveres do profissional: responsabilidades relativos às
I - ante o ser humano e seus valores: prescrições técnicas e as conseqüências
a) oferecer seu saber para o bem da presumíveis de sua inobservância;
humanidade; g) adequar sua forma de expressão
b) harmonizar os interesses pessoais aos técnica às necessidades do cliente e às
coletivos; normas vigentes aplicáveis;
c) contribuir para a preservação da IV - nas relações com os demais
incolumidade pública; profissionais:
d) divulgar os conhecimentos científicos, a) atuar com lealdade no mercado de
artísticos e tecnológicos inerentes à trabalho, observando o princípio da
profissão; igualdade de condições;
39
b) manter-se informado sobre as normas a) formular proposta de salários
que regulamentam o exercício da inferiores ao mínimo profissional legal;
profissão; b) apresentar proposta de honorários
c) preservar e defender os direitos com valores vis ou extorsivos ou
profissionais; desrespeitando tabelas de honorários
V - Ante ao meio: mínimos aplicáveis;
a) orientar o exercício das atividades c) usar de artifícios ou expedientes
profissionais pelos preceitos do enganosos para a obtenção de
desenvolvimento sustentável; vantagens indevidas, ganhos marginais
b) atender, quando da elaboração de ou conquista de contratos;
projetos, execução de obras ou criação d) usar de artifícios ou expedientes
de novos produtos, aos princípios e enganosos que impeçam o legítimo
recomendações de conservação de acesso dos colaboradores às devidas
energia e de minimização dos impactos promoções ou ao desenvolvimento
ambientais; profissional;
c) considerar em todos os planos, e) descuidar com as medidas de
projetos e serviços as diretrizes e segurança e saúde do trabalho sob sua
disposições concernentes à preservação coordenação;
e ao desenvolvimento dos patrimônios f) suspender serviços contratados, de
sócio-cultural e ambiental. forma injustificada e sem prévia
6. DAS CONDUTAS VEDADAS. comunicação;
Art. 10. No exercício da profissão, são g) impor ritmo de trabalho excessivo ou,
condutas vedadas ao profissional: exercer pressão psicológica ou assédio
I - ante ao ser humano e a seus valores: moral sobre os colaboradores;
a) descumprir voluntária e IV - nas relações com os demais
injustificadamente com os deveres do profissionais:
ofício; a) intervir em trabalho de outro
b) usar de privilégio profissional ou profissional sem a devida autorização de
faculdade decorrente de função de forma seu titular, salvo no exercício do dever
abusiva, para fins discriminatórios ou legal;
para auferir vantagens pessoais. b) referir-se preconceituosamente a
outro profissional ou profissão;
c) prestar de má-fé orientação,
proposta, prescrição técnica ou qualquer c) agir discriminatoriamente em
ato profissional que possa resultar em detrimento de outro profissional ou
dano às pessoas ou a seus bens profissão;
patrimoniais; d) atentar contra a liberdade do exercício
II - ante à profissão: da profissão ou contra os direitos de
a) aceitar trabalho, contrato, emprego, outro profissional;
função ou tarefa para os quais não tenha V - ante ao meio:
efetiva qualificação; a) prestar de má-fé orientação,
b) utilizar indevida ou abusivamente do proposta, prescrição técnica ou qualquer
privilégio de exclusividade de direito ato profissional que possa resultar em
profissional; dano ao ambiente natural, à saúde
humana ou ao patrimônio cultural.
c) omitir ou ocultar fato de seu
conhecimento que transgrida a ética 7. DOS DIREITOS
profissional; Art. 11. São reconhecidos os direitos
III - nas relações com os clientes, coletivos universais inerentes às
empregadores e colaboradores:
40
profissões, suas modalidades e condutas expressamente vedadas ou
especializações, destacadamente: lese direitos reconhecidos de outrem.
a) à livre associação e organização em Art. 14. A tipificação da infração ética
corporações profissionais; para efeito de processo disciplinar será
b) ao gozo da exclusividade do exercício estabelecida, a partir das disposições
profissional; deste Código de Ética Profissional, na
forma que a lei determinar.
c) ao reconhecimento legal;
d) à representação institucional.
Art. 12. São reconhecidos os direitos Resolução CONFEA nº 1.004 de
individuais universais inerentes aos 27/06/2003
profissionais, facultados para o pleno
exercício de sua profissão, Publicado no DOU em 21 jul 2003
destacadamente:
a) à liberdade de escolha de
especialização;
b) à liberdade de escolha de métodos, Aprova o Regulamento para a Condução
procedimentos e formas de expressão; do Processo Ético Disciplinar.
c) ao uso do título profissional;
d) à exclusividade do ato de ofício a que
se dedicar; O Conselho Federal de Engenharia,
e) à justa remuneração proporcional à Arquitetura e Agronomia - Confea, no
sua capacidade e dedicação e aos graus uso das atribuições que lhe confere a
de complexidade, risco, experiência e alínea f do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24
especialização requeridos por sua tarefa; de dezembro de 1966, e
f) ao provimento de meios e condições Considerando o art. 72 da Lei nº 5.194,
de trabalho dignos, eficazes e seguros; de 1966, que estabelece as penalidades
g) à recusa ou interrupção de trabalho, aplicáveis aos profissionais que
contrato, emprego, função ou tarefa deixarem de cumprir disposições do
quando julgar incompatível com sua Código de Ética Profissional;
titulação, capacidade ou dignidade Considerando o Decreto-Lei nº 3.688, de
pessoais; 3 de outubro de 1941, que instituiu a Lei
h) à proteção do seu título, de seus das Contravenções Penais;
contratos e de seu trabalho; Considerando a Lei nº 5.869, de 11 de
i) à proteção da propriedade intelectual janeiro de 1973, que instituiu o Código
sobre sua criação; do Processo Civil;
j) à competição honesta no mercado de Considerando a Lei nº 6.838, de 29 de
trabalho; outubro de 1980, que dispõe sobre o
k) à liberdade de associar-se a prazo prescricional para a punibilidade
corporações profissionais; de profissional liberal por falta sujeita a
processo disciplinar;
l) à propriedade de seu acervo técnico
profissional. Considerando o inciso LV do art. 5º da
8. DA INFRAÇÃO ÉTICA Constituição da República Federativa do
Brasil, de 5 de outubro de 1988, que
Art. 13. Constitui-se infração ética todo assegura o direito ao contraditório e
ato cometido pelo profissional que ampla defesa aos litigantes;
atente contra os princípios éticos,
descumpra os deveres do ofício, pratique Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de
janeiro de 1999, que regula o processo
41
administrativo no âmbito da finalidade, motivação,
Administração Pública Federal; razoabilidade, proporcionalidade,
Considerando o disposto no Código de moralidade, ampla defesa,
Ética Profissional, adotado pela contraditório, segurança jurídica,
Resolução nº 1.002, de 26 de novembro interesse público e eficiência.
de 2002, resolve: CAPÍTULO II
Art. 1º Aprovar o regulamento para a DA COMISSÃO DE ÉTICA
condução do processo ético disciplinar, PROFISSIONAL
em anexo. Art. 3º A Comissão de Ética Profissional
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor é órgão auxiliar das câmaras
na data de sua publicação. especializadas, constituída de acordo
Art. 3º Fica revogada a Resolução nº com o regimento do Crea.
401, de 6 de outubro de 1995. § 1º Recomenda-se observar na sua
WILSON LANG composição a presença de um
representante de cada câmara
Presidente do Conselho especializada.
ANEXO § 2º O Crea deverá colocar à disposição
REGULAMENTO PARA A CONDUÇÃO DO da Comissão de Ética Profissional
PROCESSO ÉTICO servidores com a incumbência de apoiar
DISCIPLINAR CAPÍTULO I as reuniões, lavrando ata, termo de
DA FINALIDADE depoimento, atividade administrativa e
Art. 1º Este regulamento estabelece assessoramento jurídico necessários ao
procedimentos para instauração, seu funcionamento.
instrução e julgamento dos processos Art. 4º É atribuição da Comissão de
administrativos e aplicação das Ética Profissional:
penalidades relacionadas à apuração de
infração ao Código de Ética Profissional I - iniciar o processo ético ante notícia
da Engenharia, da Arquitetura, da ou indício de infração;
Agronomia, da Geologia, da Geografia e II - instruir processo de infração ao
da Meteorologia, adotado pela Resolução Código de Ética Profissional, ouvindo
nº 1.002, de 26 de novembro de 2002. testemunhas e partes, e realizando ou
§ 1º Os procedimentos adotados neste determinando a realização de diligências
regulamento também se aplicam aos necessárias para apurar os fatos; e
casos previstos no art. 75 da Lei nº III - emitir relatório fundamentado a ser
5.194, de 1966. encaminhado à câmara especializada
§ 2º Os procedimentos estabelecidos competente para apreciação, o qual
aplicam-se aos profissionais da deve fazer parte do respectivo processo.
Engenharia, da Arquitetura, da Art. 5º A Comissão de Ética Profissional,
Agronomia, da Geologia, da para atendimento ao disposto no inciso
Geografia e da Meteorologia, em seus II e III do art. 4º, deverá:
níveis superior e médio, que I - apurar o fato mediante recebimento
transgredirem preceitos do Código de e análise de denúncias, tomada de
Ética Profissional, e serão executados depoimentos das partes e acolhimento
pelos vários órgãos das instâncias das provas documentais e testemunhais
administrativas do Sistema relacionadas à denúncia visando instruir
CONFEA/CREA. o processo; e
Art. 2º A apuração e condução de II - verificar, apontar e relatar a
processo de infração ao Código de Ética existência ou não de falta ética e de
Profissional obedecerá, dentre outros, nulidade dos atos processuais.
aos PRINCÍPIOS da legalidade,
42
Art. 6º O coordenador da Comissão de remessa do processo à Comissão de
Ética Profissional designará um de seus Ética Profissional.
membros como relator de cada Art. 9º Caberá à Comissão de Ética
processo. Profissional proceder instrução do
Parágrafo único. O relator designado processo no prazo máximo de noventa
deverá ser, preferencialmente, de dias, contados da data da sua
modalidade profissional diferente instauração.
daquela do denunciado. § 1º Acatada a denúncia, a Comissão de
CAPÍTULO III Ética Profissional dará conhecimento ao
DO INÍCIO DO PROCESSO denunciado da instauração de processo
Art. 7º O processo será instaurado após disciplinar, juntando cópia da denúncia,
ser protocolado pelo setor competente por meio de correspondência
do Crea em cuja jurisdição ocorreu a encaminhada pelo correio com aviso de
infração, decorrente de denúncia recebimento, ou outro meio legalmente
formulada por escrito e apresentada por: admitido, cujo recibo de entrega será
anexado ao processo.
I - instituições de ensino que ministrem
cursos nas áreas abrangidas pelo § 2º Não acatada a denúncia, o processo
Sistema Confea/Crea; será encaminhado à câmara
II - qualquer cidadão, individual ou especializada da modalidade do
coletivamente, mediante requerimento profissional, que decidirá quanto aos
fundamentado; procedimentos a serem adotados.
III - associações ou entidades de classe, Art. 10. Duas ou mais pessoas poderão
representativas da sociedade ou de demandar questão no mesmo processo.
profissionais fiscalizados pelo Sistema Parágrafo único. A Comissão de Ética
Confea/Crea; ou Profissional, mediante justificativa,
poderá determinar a juntada de duas ou
IV - pessoas jurídicas titulares de
mais denúncias contra um mesmo
interesses individuais ou coletivos.
profissional, em razão da falta cometida
§ 1º O processo poderá iniciar-se a partir ou fatos denunciados.
de relatório apresentado pelo setor de
Art. 11. O processo instaurado será
fiscalização do Crea, após a análise da
constituído de tantos tomos quantos
câmara especializada da modalidade do
forem necessários, contendo até
profissional, desde que seja verificado
duzentas folhas cada, numeradas
indício da veracidade dos fatos.
ordenadamente e rubricadas por
§ 2º A denúncia somente será recebida servidor credenciado do Crea,
quando contiver o nome, assinatura e devidamente identificado pela sua
endereço do denunciante, número do matrícula.
CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas, se pessoa jurídica, CPF - Parágrafo único. Todos os atos e termos
Cadastro de Pessoas Físicas, número do processuais - a denúncia, a defesa e os
RG - Registro Geral, se pessoa física, e recursos - serão feitos por escrito,
estiver acompanhada de elementos ou utilizando-se o vernáculo, com a data e
indícios comprobatórios do fato alegado. o local de sua realização e a assinatura
do responsável.
Art. 8º Caberá à câmara especializada
da modalidade do denunciado proceder Art. 12. Os processos de apuração de
a análise preliminar da denúncia, no infração ao Código de Ética Profissional
prazo máximo de trinta dias, correrão em caráter reservado.
encaminhando cópia ao denunciado, Parágrafo único. Somente as partes
para conhecimento e informando-lhe da envolvidas - o denunciante e o
denunciado - e os advogados legalmente
43
constituídos pelas partes terão acesso referentes à denúncia objeto do
aos autos do processo, podendo processo.
manifestar-se quando intimadas. Art. 18. No caso de tomada de
Art. 13. O processo será duplicado depoimento ou quando for necessária a
quando houver pedido de vista ou ciência do denunciado, a prestação de
recurso ao Confea, mantendo-se uma informações ou a apresentação de
cópia na unidade ou Crea de origem. provas propostas pelas partes, serão
Art. 14. Os procedimentos relacionados expedidas intimações para esse fim,
ao processo devem realizar-se em dias mencionando-se data, prazo, forma e
úteis, preferencialmente na sede do Crea condições para atendimento do
responsável pela sua condução, requerido.
cientificando-se o denunciado se outro § 1º A intimação, assinada pelo
for o local de realização. coordenador da Comissão de Ética
CAPÍTULO IV Profissional, será encaminhada pelo
DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO correio com aviso de recebimento, ou
por outro meio legalmente admitido,
Art. 15. As atividades de instrução,
cujo recibo de entrega será anexado ao
destinadas a apurar os fatos, consistem
processo, registrando-se a data da
na tomada de depoimento do
juntada e a identificação do funcionário
denunciante, do denunciado e suas
responsável pelo ato.
respectivas testemunhas, obtenção de
todas as provas não proibidas em lei e § 2º Não sendo encontradas as partes,
na adoção de quaisquer diligências que far-se-á sua intimação por edital
se façam necessárias para o divulgado em publicação do Crea, ou em
esclarecimento da denúncia. jornal de circulação na jurisdição, ou no
§ 1º O depoimento será tomado diário oficial do estado ou outro meio que
verbalmente ou mediante questionário, amplie as possibilidades de
se requerido pela parte e autorizado pela conhecimento por parte do denunciado,
em linguagem que não fira os preceitos
Comissão de Ética Profissional.
constitucionais de inviolabilidade da sua
§ 2º São inadmissíveis no processo as intimidade, da honra, da vida privada e
provas obtidas por meios ilícitos. da imagem.
§ 3º A prova documental deverá ser § 3º A intimação observará a
apresentada em original ou cópia antecedência mínima de quinze dias
autenticada em cartório, ou ainda, cópia quanto à data de comparecimento.
autenticada por servidor credenciado do
Crea. § 4º O não atendimento da intimação
não implica o reconhecimento da
§ 4º As reproduções fotográficas serão verdade dos fatos, nem a renúncia a
aceitas como prova desde que direito pelo denunciado.
acompanhadas dos respectivos
§ 5º O denunciado não poderá argüir
negativos.
nulidade da intimação se ela atingir os
Art. 16. Cabe ao denunciado a prova fins para os quais se destina.
dos fatos que tenha alegado em sua
defesa, sem prejuízo do dever atribuído Art. 19. No caso de encontrarem-se as
partes ou testemunhas em local distante
à Comissão de Ética Profissional para a
da sede ou fora de jurisdição do Crea
instrução do processo.
onde o processo foi instaurado, os
Art. 17. O denunciado poderá, na fase depoimentos serão tomados pela
de instrução e antes da tomada da Comissão de Ética Profissional da
decisão, juntar documentos e pareceres, jurisdição onde se encontram ou, por
bem como apresentar alegações delegação, pelos inspetores da
44
inspetoria mais próxima das suas Profissional ouvirá em primeiro lugar o
residências ou locais de trabalho. denunciante, em segundo o denunciado,
Parágrafo único. A Comissão de Ética e, em separado e sucessivamente, as
Profissional da jurisdição onde o testemunhas do denunciante e do
processo foi instaurado encaminhará denunciado.
questionário e as peças processuais § 1º Deverão ser abertos os
necessárias à tomada dos depoimentos. depoimentos indagando-se, tanto ao
Art. 20. As partes deverão apresentar, denunciante quanto ao denunciado,
até quinze dias antes da audiência de sobre seu nome, número do RG,
instrução, o rol de testemunhas. naturalidade, grau de escolaridade e
profissão, estado civil, idade, filiação,
§ 1º O rol deverá conter o nome
residência e lugar onde exerce sua
completo, a qualificação, RG e endereço
para correspondência de cada atividade e, na seqüência, sobre a razão
testemunha. e os motivos da denúncia.
§ 2º Ao denunciado será esclarecido que
§ 2º As testemunhas serão intimadas a
o seu silêncio poderá trazer prejuízo à
comparecer à audiência por meio de
própria defesa.
correspondência encaminhada pelo
correio, com aviso de recebimento, ou § 3º Após ter sido cientificado da
por outro meio legalmente admitido, denúncia, mediante breve relato do
cujo recibo de entrega será anexado ao coordenador da Comissão de Ética
processo. Profissional, o denunciado será
§ 3º Não poderão compor o rol de interrogado sobre:
testemunhas das partes as pessoas I - onde estava ao tempo da infração e
incapazes, impedidas ou suspeitas. se teve notícias desta;
§ 4º A Comissão de Ética Profissional II - se conhece o denunciante e as
poderá, a seu critério, ouvir outras testemunhas arroladas e o que alegam
testemunhas além das arroladas. contra ele, bem como se conhece as
Art. 21. A testemunha falará sob provas apuradas;
palavra de honra, declarando seu nome, III - se é verdadeira a imputação que lhe
profissão, estado civil e residência; se é é feita;
parente de alguma das partes e em que IV - se, não sendo verdadeira a
grau; quais suas relações com quaisquer imputação, tem algum motivo particular
delas e seu interesse no caso, se houver; para atribuí-la; e
relatará o que souber, explicando V - todos os demais fatos e pormenores
sempre as razões da sua ciência. que conduzam à elucidação dos
Art. 22. O depoimento será prestado antecedentes e circunstâncias da
verbalmente, salvo no caso dos surdos- infração.
mudos, que poderão fazer uso de § 4º Se o denunciado negar em todo ou
intérprete da Linguagem Brasileira de em parte o que lhe foi imputado, deverá
Sinais. apresentar as provas da verdade de suas
Art. 23. Os depoimentos serão declarações.
reduzidos a termo, assinados pelo § 5º As perguntas não respondidas e as
depoente e pelos membros da Comissão razões que o denunciado invocar para
de Ética Profissional. não respondê-las deverão constar no
Art. 24. É vedado, a quem ainda não termo da audiência.
depôs, assistir ao interrogatório da outra § 6º Havendo comprometimento na
parte. elucidação dos fatos em decorrência de
Art. 25. Durante a audiência de contradição entre os depoimentos das
instrução a Comissão de Ética partes, a Comissão de Ética Profissional,
45
a seu critério, poderá promover modalidade do denunciado, que lavrará
acareações. decisão sobre o assunto, anexando-a ao
§ 7º As partes poderão fazer perguntas processo.
ao depoente, devendo dirigi-las ao § 1º A decisão proferida pela câmara
coordenador da Comissão de Ética especializada e uma cópia do relatório da
Profissional, que após deferi-la, Comissão de Ética Profissional serão
questionará o depoente. levados ao conhecimento das partes, por
§ 8º É facultado às partes, requisitar que meio de correspondência encaminhada
seja consignado em ata as perguntas pelo correio com aviso de recebimento,
indeferidas. ou por outro meio legalmente admitido,
cujo recibo de entrega será anexado ao
Art. 26. A audiência de instrução é una
processo.
e contínua, sendo os interrogatórios
efetuados num mesmo dia ou em datas § 2º A decisão, se desfavorável ao
aproximadas. denunciado, informará as disposições
legais e éticas infringidas e a penalidade
Art. 27. A Comissão de Ética Profissional
correspondente.
elaborará relatório contendo o nome das
partes, sumário sobre o fato imputado, a § 3º Nos casos em que houver a
sua apuração, o registro das principais impossibilidade de julgamento pela
ocorrências havidas no andamento do câmara especializada da modalidade do
processo, os fundamentos de fato e de denunciado, as atribuições deste artigo
direito que nortearam a análise do serão exercidas pelo Plenário do Crea.
processo e a conclusão, que será § 4º No caso das partes se recusarem a
submetido à câmara especializada da receber o relatório e a decisão da câmara
modalidade do denunciado. especializada ou obstruírem o seu
§ 1º O relatório será submetido à recebimento, o processo terá
aprovação da Comissão de Ética em prosseguimento, nele constando a
pleno, na mesma sessão de sua leitura. recusa ou obstrução.
§ 2º A Comissão de Ética aprovará o Art. 29. A câmara especializada deverá
relatório por votação em maioria julgar o denunciado no prazo de até
simples, estando presentes metade mais noventa dias, contados da data do
um de seus membros. recebimento do processo.
§ 3º No caso de haver rejeição do Art. 30. Será concedido prazo de dez
relatório, o coordenador designará novo dias para que as partes, se quiserem,
relator para apresentar relatório manifestem-se quanto ao teor do
substitutivo, na mesma sessão. relatório.
§ 4º Caso o relatório manifeste-se pela § 1º O prazo para manifestação das
culpa do denunciado, deverá indicar a partes será contado da data da juntada
autoria, efetiva ocorrência dos fatos e a ao processo do aviso de recebimento ou
capitulação da infração no Código de do comprovante de entrega da decisão e
Ética Profissional. do relatório ou, encontrando-se em lugar
§ 5º Caso o relatório manifeste-se pela incerto, da data da publicação da
improcedência da denúncia, deverá intimação.
sugerir o arquivamento do processo. § 2º Mediante justificativa, a juízo do
CAPÍTULO V coordenador da câmara especializada, o
DO JULGAMENTO DO PROCESSO NA prazo para manifestação das partes
CÂMARA ESPECIALIZADA poderá ser prorrogado, no máximo, por
mais dez dias.
Art. 28. O relatório encaminhado pela
Comissão de Ética Profissional será Art. 31. Apresentada a manifestação
apreciado pela câmara especializada da das partes, o coordenador da câmara
46
especializada indicará um conselheiro CAPÍTULO VI
para relatar o processo. DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO AO
Parágrafo único. O relator indicado não PLENÁRIO DO CREA
poderá ter participado da fase de Art. 37. Da decisão proferida pela
instrução do processo como membro da câmara especializada, as partes
Comissão de Ética Profissional, nem ter poderão, dentro do prazo de sessenta
sido o autor da denúncia. dias, contados da data da juntada ao
Art. 32. A falta de manifestação das processo do aviso de recebimento ou do
partes no prazo estabelecido não comprovante de entrega da intimação,
obstruirá o seguimento do processo. interpor recurso que terá efeito
suspensivo, para o Plenário do Crea.
Art. 33. O relato e apreciação do
processo na câmara especializada Parágrafo único. O teor do recurso
obedecerão às normas fixadas no apresentado será dado a conhecer a
regimento do Crea. outra parte, que terá prazo de quinze
dias para manifestação.
Art. 34. Estando as partes presentes no
julgamento, considerar-se-ão intimadas Art. 38. Recebido o recurso e
desde logo da decisão, dando-lhes manifestação da outra parte, o
conhecimento, por escrito, do início da presidente do Crea designará
contagem do prazo para recurso. conselheiro para relatar o processo em
Art. 35. Ausentes as partes no plenário.
julgamento, serão intimadas da decisão Parágrafo único. O relator indicado não
da câmara especializada por meio de poderá ter participado da fase de
correspondência encaminhada pelo instrução do processo como membro da
correio com aviso de recebimento, ou Comissão de Ética Profissional ou
por outro meio legalmente admitido, membro da câmara especializada que
cujo recibo de entrega será anexado ao julgou o denunciado em primeira
processo. instância, nem ter sido o autor da
§ 1º Da intimação encaminhada às denúncia.
partes constará o prazo de sessenta dias Art. 39. O processo, cuja infração haja
para apresentação de recurso ao sido cometida por profissional no
Plenário do Crea. exercício de emprego, função ou cargo
§ 2º Não sendo encontradas as partes, eletivo no Crea, no Confea ou na Mútua,
far-se-á sua intimação por edital será remetido para reexame do plenário
divulgado em publicação do Crea, ou em do Crea qualquer que seja a decisão da
jornal de circulação na jurisdição, ou no câmara especializada e
diário oficial do estado ou outro meio que independentemente de recurso
amplie as possibilidades de interposto por quaisquer das partes, em
conhecimento por parte do denunciado, até trinta dias após esgotado o prazo
em linguagem que não fira os preceitos estabelecido no art. 37.
constitucionais de inviolabilidade da sua CAPÍTULO VII
intimidade, da honra, da vida privada e DO JULGAMENTO DO PROCESSO NO
da imagem. PLENÁRIO DO CREA
Art. 36. Quando do trâmite do processo Art. 40. O processo será apreciado pelo
na câmara especializada, o conselheiro Plenário do Crea, que lavrará decisão
relator poderá, em caráter excepcional, sobre o assunto, anexando-a ao
requerer diligência visando processo.
complementar informações julgadas Art. 41. O Plenário do Crea julgará o
relevantes para a elucidação dos fatos. recurso no prazo de até noventa dias
após o seu recebimento.
47
Art. 42. O relato e apreciação do Art. 47. Pautado o assunto para análise
processo pelo Plenário do Crea da comissão, a apreciação da matéria
obedecerão às normas fixadas no seguirá o rito previsto em seu
regimento do Crea. regimento.
Art. 43. Ausentes do julgamento, as Art. 48. A comissão, após a apreciação
partes serão intimadas da decisão do da matéria, emitirá deliberação em
plenário por meio de correspondência conformidade com o estabelecido em
encaminhada pelo correio com aviso de regimento, que será levada à
recebimento, ou por outro meio consideração do Plenário do Confea.
legalmente admitido, cujo recibo de Art. 49. O processo, cuja infração haja
entrega será anexado ao processo. sido cometida por profissional no
§ 1º Da intimação encaminhada às exercício de emprego, função ou cargo
partes constará o prazo de sessenta dias eletivo no Crea, no Confea ou na Mútua,
para apresentação de recurso ao será remetido para reexame do plenário
Plenário do Confea. do Confea, qualquer que seja a decisão
§ 2º Não sendo encontradas as partes, do Crea de origem e independentemente
extrato da intimação será divulgado em de recurso interposto por quaisquer das
publicação do Crea, ou em jornal de partes, em até trinta dias após esgotado
circulação na jurisdição, ou no diário o prazo estabelecido no art. 44.
oficial do estado ou outro meio que CAPÍTULO IX
amplie as possibilidades de DO JULGAMENTO DO PROCESSO NO
conhecimento por parte do denunciado, PLENÁRIO DO CONFEA
em linguagem que não fira os preceitos Art. 50. O processo será apreciado pelo
constitucionais de inviolabilidade da sua Plenário do Confea, que lavrará decisão
intimidade, da honra, da vida privada e sobre o assunto, anexando-a ao
da imagem. processo.
CAPÍTULO VIII Art. 51. O relato e apreciação do
DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO AO processo pelo Plenário do Confea
PLENÁRIO DO CONFEA obedecerão às normas fixadas no seu
Art. 44. Da decisão proferida pelo regimento.
Plenário do Crea, as partes poderão, CAPÍTULO X
dentro do prazo de sessenta dias, DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
contados da data da juntada ao processo Art. 52. Aos profissionais que deixarem
do aviso de recebimento ou do de cumprir disposições do Código de
comprovante de entrega da intimação, Ética Profissional serão aplicadas as
interpor recurso que terá efeito penalidade previstas em lei.
suspensivo, para o Plenário do Confea.
§ 1º A advertência reservada será
Parágrafo único. O teor do recurso
anotada nos assentamentos do
apresentado será dado a conhecer a
profissional e terá caráter confidencial.
outra parte, que terá prazo de quinze
dias para manifestação. § 2º A censura pública, anotada nos
assentamentos do profissional, será
Art. 45. O Crea deverá encaminhar o efetivada por meio de edital afixado no
recurso ao Confea acompanhado do
quadro de avisos nas inspetorias, na
processo.
sede do Crea onde estiver inscrito o
Art. 46. Recebido o recurso no Confea, profissional, divulgação em publicação
o processo será submetido à análise do do Crea ou em jornal de circulação na
departamento competente e, em jurisdição, ou no diário oficial do estado
seguida, levado à apreciação da ou outro meio, economicamente
comissão responsável pela sua análise.
48
aceitável, que amplie as possibilidades iniciou o processo, a execução das
de conhecimento da sociedade. decisões proferidas nos processos do
§ 3º O tempo de permanência do edital Código de Ética Profissional.
divulgando a pena de censura pública no Parágrafo único. Não havendo recurso à
quadro de avisos das inspetorias e da instância superior, devido ao
sede do Crea, será fixado na decisão esgotamento do prazo para sua
proferida pela instância julgadora. apresentação ou quando esgotadas as
Art. 53. A aplicação da penalidade instâncias recursais, a execução da
prevista no art. 75 da Lei nº 5.194, de decisão ocorrerá imediatamente,
1966, seguirá os procedimentos inclusive na hipótese de apresentação de
estabelecidos no § 2º do art. 52. pedido de reconsideração.
Art. 54. A pena será aplicada após o CAPÍTULO XIII
trânsito em julgado da decisão. DA REVELIA
Parágrafo único. Entende-se como Art. 59. Será considerado revel o
transitada em julgado, a decisão que não denunciado que:
mais está sujeita a recurso. I - se opuser ao recebimento da
CAPÍTULO XI intimação, expedida pela Comissão de
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Ética Profissional, para apresentação de
Art. 55. Caberá um único pedido de defesa; ou
reconsideração de decisão em processo II - se intimado, não apresentar defesa.
disciplinar, dirigido ao órgão julgador Art. 60. A Declaração da revelia pela
que proferiu a decisão transitada em Comissão de Ética Profissional não
julgado, pelas partes interessadas, obstruirá o prosseguimento do processo,
instruída com cópia da decisão recorrida garantindo-se o direito de ampla defesa
e as provas documentais comprobatórias nas fases subseqüentes.
dos fatos argüidos. Art. 61. Declarada a revelia, o
Parágrafo único. A reconsideração, no denunciado será intimado a cumprir os
interesse do profissional penalizado, prazos dos atos processuais
poderá ser pedida por ele próprio ou por subseqüentes, podendo intervir no
procurador devidamente habilitado, ou processo em qualquer fase.
ainda, no caso de morte, pelo cônjuge, CAPÍTULO XIV
ascendente e descendente ou irmão. DA NULIDADE DOS ATOS
Art. 56. O pedido de reconsideração PROCESSUAIS
será admitido, depois de transitada em Art. 62. Nenhum ato será declarado
julgado a decisão, quando apresentados nulo se da nulidade não resultar prejuízo
fatos novos ou circunstâncias relevantes para as partes.
suscetíveis de justificar a inadequação Art. 63. Os atos do processo não
da sanção aplicada. dependem de forma determinada senão
Art. 57. Julgado procedente o pedido de quando a lei expressamente a exigir,
reconsideração, o órgão julgador poderá considerando-se válidos os atos que,
confirmar, modificar, anular ou revogar, realizados de outro modo, alcançarem a
total ou parcialmente, a decisão. finalidade sem prejuízo para as partes.
Parágrafo único. Da revisão do processo Art. 64. A nulidade dos atos processuais
não poderá resultar agravamento da ocorrerá nos seguintes casos:
pena.
I - por impedimento ou suspeição
CAPÍTULO XII reconhecida de um membro da
DA EXECUÇÃO DA DECISÃO Comissão de Ética Profissional, câmara
Art. 58. Cumpre ao Crea da jurisdição especializada, Plenário do Crea ou do
do profissional penalizado, onde se
49
Plenário do Confea, quando da instrução IV - quando o órgão julgador concluir por
ou quando do julgamento do processo; exaurida a finalidade do processo ou o
II - por ilegitimidade de parte; ou objeto da decisão se tornar impossível,
III - por falta de cumprimento de inútil ou prejudicado por fato
preceitos constitucionais ou disposições superveniente.
de leis. Parágrafo único. Estes dispositivos não
se aplicam aos casos referidos nos arts.
Art. 65. Nenhuma nulidade poderá ser
39 e 49.
argüida pela parte que lhe tenha dado
causa ou para a qual tenha concorrido. Art. 72. A punibilidade do profissional,
Art. 66. As nulidades deverão ser por falta sujeita a processo disciplinar,
argüidas em qualquer fase do processo, prescreve em cinco anos, contados da
antes da decisão transitada em julgado, verificação do fato respectivo.
a requerimento das partes ou de ofício. Art. 73. A intimação feita a qualquer
Art. 67. As nulidades considerar-se-ão tempo ao profissional faltoso interrompe
sanadas: o prazo prescricional de que trata o art.
72.
I - se não forem argüidas em tempo
oportuno, de acordo com o disposto no Parágrafo único. A intimação de que
art. 66 deste regulamento; ou trata este artigo ensejará defesa escrita
a partir de quando recomeçará a fluir
II - se, praticado por outra forma, o ato novo prazo prescricional.
tiver atingido seu fim.
Art. 74. Todo processo disciplinar que
Art. 68. Os atos processuais, cuja ficar paralisado por três ou mais anos,
nulidade não tiver sido sanada na forma pendente de despacho ou julgamento,
do artigo anterior, serão repetidos ou será arquivado por determinação da
retificados. autoridade competente ou a
Parágrafo único. A repetição ou requerimento da parte interessada.
retificação dos atos nulos será efetuada Art. 75. A autoridade que retardar ou
em qualquer fase do processo. deixar de praticar ato de ofício que leve
Art. 69. A nulidade de um ato, uma vez ao arquivamento do processo,
declarada, causará a nulidade dos atos responderá a processo administrativo
que dele, diretamente, dependam ou pelo seu ato.
sejam conseqüência. § 1º Entende-se por autoridade o
Art. 70. Dar-se-á o aproveitamento dos servidor ou agente público dotado de
atos praticados, desde que não resulte poder de decisão.
prejuízo ao denunciado. § 2º Se a autoridade for profissional
CAPÍTULO XV vinculado ao Sistema Confea/Crea,
DA EXTINÇÃO E PRESCRIÇÃO estará sujeito a processo disciplinar.
Art. 71. A extinção do processo CAPÍTULO XVI
ocorrerá: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - quando o órgão julgador proferir Art. 76. Nenhuma penalidade será
decisão definitiva; aplicada ou mantida sem que tenha sido
II - quando a câmara especializada assegurado ao denunciado pleno direito
concluir pela ausência de pressupostos de defesa.
de constituição e de desenvolvimento Art. 77. Se a infração apurada constituir
válido e regular do processo; violação do Código Penal ou da Lei das
III - quando a câmara especializada ou Contravenções Penais, o órgão julgador
Plenário do Crea ou Plenário do Confea comunicará o fato à autoridade
declararem a prescrição do ilícito que competente.
deu causa ao processo; ou
50
Parágrafo único. A comunicação do fato Art. 82. Este regulamento aplica-se,
à autoridade competente não paralisa o exclusivamente, aos processos de
processo administrativo. infração ao Código de Ética Profissional
Art. 78. É impedido de atuar em iniciados a partir da publicação desta
processo o conselheiro que: Resolução no Diário Oficial da União.
I - tenha interesse direto ou indireto na
matéria; RESOLUÇÃO Nº 1.007, DE 5 DE
II - tenha participado ou venha a DEZEMBRO DE 2003.
participar como perito, testemunha ou
representante; Dispõe sobre o registro de profissionais,
III - haja apresentado a denúncia; ou aprova os modelos e os critérios para
expedição de Carteira de Identidade
IV - seja cônjuge, companheiro ou tenha Profissional e dá outras providências.
parentesco com as partes do processo
até o terceiro grau. O CONSELHO FEDERAL DE
§ 1º O conselheiro que incorrer em ENGENHARIA, ARQUITETURA E
impedimento deve comunicar o fato ao AGRONOMIA – Confea, no uso das
coordenador da Comissão de Ética atribuições que lhe confere a alínea “f”
Profissional, câmara especializada ou do art. 27 da Lei n° 5.194, de 24 de
plenário, conforme o caso, abstendo-se dezembro de 1966, e
de atuar.
§ 2º A omissão do dever de comunicar o Considerando que os diplomados nas
impedimento constitui falta grave, para áreas abrangidas pelo Sistema
efeitos disciplinares. Confea/Crea em cursos de nível superior
Art. 79. Pode ser argüida a suspeição de e médio e outros habilitados de acordo
conselheiro que tenha amizade íntima ou com as leis de regulamentação
inimizade notória com alguma das partes profissional específicas somente poderão
ou com os respectivos cônjuges, exercer suas profissões após o registro,
companheiros, parentes e afins até o previsto na Lei n° 5.194, de 1966, no
terceiro grau. Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – Crea;
Art. 80. Os prazos começam a correr a
partir da data da juntada ao processo do
Considerando que a alínea “c” do art. 2º
aviso de recebimento ou do
da Lei n.º 5.194, de 1966, estabelece a
comprovante de entrega da intimação,
obrigatoriedade de registro temporário
excluindo-se da contagem o dia do
de profissional estrangeiro com contrato
começo e incluindo-se o do vencimento.
de trabalho no País;
§ 1º considera-se prorrogado o prazo até
o primeiro dia útil seguinte, se o Considerando que o parágrafo único do
vencimento cair em dia em que não art. 99 da Lei nº 6.815, de 19 de agosto
houver expediente no Crea ou este for de 1980, que dispõe sobre a situação
encerrado antes da hora normal. jurídica do estrangeiro no Brasil,
§ 2º Os prazos expressos em dias alterada pela Lei nº 6.964, de 10 de
contam-se de modo contínuo. dezembro de 1981, permite o registro
Art. 81. Nos casos omissos aplicar-se- nos conselhos de fiscalização profissional
ão, supletivamente ao presente ao estrangeiro portador de visto
regulamento, a legislação profissional temporário que, na condição de
vigente, as normas do direito cientista, professor, técnico ou
administrativo, do processo civil profissional, desempenhe atividades sob
brasileiro e os princípios gerais do regime de contrato ou a serviço do
Direito. Governo brasileiro;
51
Considerando que o inciso V do art. 25 RESOLVE:
do Decreto n.º 86.715, de 10 de
dezembro de 1981, que regulamenta a Art. 1º Fixar os procedimentos para o
Lei n.º 6.815, de 1980, estabelece o registro de profissionais diplomados nas
limite de dois anos para a estada no País áreas abrangidas pelo Sistema
do estrangeiro portador de visto Confea/Crea, sua interrupção,
temporário que, na condição de suspensão e cancelamento, aprovar os
cientista, professor, técnico ou critérios para expedição da Carteira de
profissional, desempenhe atividades sob Identidade Profissional e os modelos do
regime de contrato ou a serviço do Requerimento de Profissional, do Cartão
Governo brasileiro; de Registro Provisório e da Carteira de
Identidade Profissional, que constituem
Considerando que o art. 58 da Lei nº os Anexos I, II e III desta Resolução,
5.194, de 1966, estabelece, para o respectivamente.
profissional que exerça atividade em
outra jurisdição, a obrigatoriedade de CAPÍTULO I
visar seu registro; DO REGISTRO E DO VISTO
52
de formulário próprio, conforme Anexo I de permanência no País, expedida na
desta Resolução. forma da lei;
f) Cadastro de Pessoa Física – CPF;
§ 2° O visto de que trata o caput deste g) título de eleitor, quando brasileiro;
artigo será efetivado após atualização no h) prova de quitação com a Justiça
SIC das seguintes informações: Eleitoral, quando brasileiro; e
i) prova de quitação com o Serviço
I - endereço residencial, caso o Militar, quando brasileiro;
profissional tenha fixado residência na
jurisdição do Crea onde solicitou o visto; II – comprovante de residência; e
ou III – duas fotografias, de frente, nas
dimensões 3x4cm, em cores;
II - local de atuação profissional na
jurisdição do Crea onde solicitou o visto. § 2º Os documentos mencionados no
inciso I do parágrafo anterior serão
CAPÍTULO II apresentados em fotocópia autenticada
DO REQUERIMENTO DE REGISTRO ou em original e fotocópia.
53
instituição de ensino onde se graduou, vínculo empregatício, averbado ou
certificando a conclusão do curso e que registrado no órgão competente; ou
o diploma encontra-se em 3. comprovação de vínculo temporário
processamento. com o Governo brasileiro para a
prestação de serviço;
Art. 7º O profissional, cujo registro g) declaração da entidade contratante,
esteja condicionado à comprovação do especificando as atividades que o
exercício da profissão, deve instruir o profissional irá desenvolver no País;
requerimento de registro com os h) carteira de identidade ou cédula de
documentos necessários ao atendimento identidade de estrangeiro com indicação
das exigências estabelecidas na lei de de permanência no País, expedida na
regulamentação profissional específica. forma da lei;
i) Cadastro de Pessoa Física – CPF;
Seção II j) declaração da entidade contratante,
Do Profissional Diplomado no Exterior, indicando um profissional brasileiro a ser
Brasileiro ou Estrangeiro Portador de mantido como assistente junto ao
Visto Temporário, profissional estrangeiro; e
com Contrato de Trabalho Temporário l) prova da relação contratual entre a
no País entidade contratante e o assistente
brasileiro;
Art. 8º O registro deve ser requerido II – comprovante de residência no País;
pelo profissional diplomado no exterior, e
brasileiro ou estrangeiro portador de III – duas fotografias, de frente, nas
visto temporário com contrato dimensões 3x4cm, em cores.
temporário de trabalho no País, por meio
do preenchimento de formulário próprio, § 2º Os documentos mencionados no
conforme Anexo I desta Resolução. inciso I do parágrafo anterior serão
apresentados em cópias autenticadas ou
§ 1º O requerimento deve ser instruído em original e fotocópia.
com:
§ 3º Os originais dos documentos serão
I – os documentos a seguir enumerados: restituídos pelo Crea ao interessado, no
a) original do diploma ou do certificado; momento do requerimento do registro,
b) histórico escolar com a indicação das após certificada a autenticidade das
cargas horárias das disciplinas cursadas; cópias.
c) documento indicando a duração do
período letivo ministrado pela instituição § 4º Os documentos em língua
de ensino; estrangeira, legalizados pela Autoridade
d) conteúdo programático das disciplinas Consular brasileira, devem ser
cursadas; traduzidos para o vernáculo, por
e) cópia do despacho do Ministério do tradutor público juramentado.
Trabalho e Emprego publicado no Diário
Oficial da União autorizando seu trabalho § 5º O profissional que desejar incluir na
no País, quando profissional estrangeiro; Carteira de Identidade Profissional as
informações referentes ao tipo
f) documento que comprove a relação de sangüíneo e ao fator RH deve instruir o
trabalho entre a entidade contratante e requerimento de registro com exame
o profissional: laboratorial específico.
1. contrato de trabalho com entidade de
direito público ou privado; Art. 9º O estrangeiro portador de visto
2. contrato de prestação de serviço sem temporário, cuja cédula de identidade
54
esteja em processamento, deve instruir Parágrafo único. No caso do diplomado
o requerimento de registro com cópias em outra jurisdição, o Crea deve
do protocolo expedido pelo diligenciar junto ao Crea da jurisdição da
Departamento de Polícia Federal e do ato instituição de ensino que o graduou,
publicado no Diário Oficial da União que visando obter informações sobre as
autoriza sua permanência no País. atribuições e restrições estabelecidas e
sobre as caraterísticas dos profissionais
CAPÍTULO III diplomados.
DA APRECIAÇÃO DO REQUERIMENTO DE
REGISTRO Seção II
Do Profissional Diplomado no Exterior,
Seção I Brasileiro ou Estrangeiro Portador de
Do Profissional Diplomado no País Visto Permanente
Art. 12. Caso seja necessário confirmar Art. 17. Após aprovação do registro pelo
a autenticidade do diploma ou do Plenário do Crea, o processo será
certificado do egresso de curso encaminhado ao Confea para
ministrado no País, o Crea deve apreciação.
diligenciar junto à instituição de ensino
que o graduou. Parágrafo único. O registro do
profissional diplomado no exterior
Art. 13. Caso seja necessário obter somente será concedido após sua
informações referentes à formação do homologação pelo Plenário do Confea.
profissional diplomado no País, o Crea
deve diligenciar junto à instituição de Seção III
ensino que o graduou, visando ao Do Profissional Diplomado no Exterior,
cadastramento do curso para obtenção Brasileiro ou Estrangeiro Portador de
de cópia dos conteúdos programáticos Visto Temporário,
das disciplinas ministradas e respectivas com Contrato de Trabalho Temporário
cargas horárias. no País
55
Art. 18. Apresentado o requerimento prorrogação concedida serão anotados
devidamente instruído, o processo será no SIC.
encaminhado à câmara especializada
competente para apreciação. Art. 21. A entidade contratante deverá
manter junto ao profissional estrangeiro
§ 1º O registro do diplomado no exterior portador de visto temporário, pelo prazo
com contrato de trabalho temporário no do contrato ou de sua prorrogação, um
País será concedido após sua aprovação profissional brasileiro de graduação
pela câmara especializada. idêntica ou superior, para assisti-lo na
condição de auxiliar ou adjunto.
§ 2º O registro mencionado no parágrafo
anterior é dispensado da aprovação pelo Parágrafo único. A indicação do
Plenário do Crea e da homologação pelo assistente brasileiro será anotada no
Plenário do Confea. SIC.
56
documento oficial expedido pela
instituição de ensino, certificando que o Parágrafo único. No caso de diplomado
diploma continua em no exterior, brasileiro ou estrangeiro
processamento.Revogado pela portador de visto temporário, com
Resolução 1.059, de 28 de outubro de contrato de trabalho temporário no País,
2014 a Carteira de Identidade Profissional terá
data de validade fixada em consonância
Parágrafo único. O diplomado somente com a validade do registro anotado no
receberá a Carteira de Identidade SIC, além de apresentar em destaque
Profissional após ter o seu diploma tarja com o termo Temporário na cor
anotado no SIC. vermelha.
57
Código de Ética Profissional ou das Leis deferiu o requerimento.
n.os 5.194, de 1966, e 6.496, de 7 de
dezembro de 1977, em tramitação no Art. 34. É facultado ao profissional
Sistema Confea/Crea. requerer a reativação de seu registro.
58
suspenso do exercício profissional. II – por má conduta pública e escândalos
praticados; ou
§ 1º Os procedimentos relativos aos
processos de infração e os critérios para III - por condenação em última instância
aplicação da penalidade de suspensão do em virtude de crime considerado
registro pelo Crea devem obedecer à infamante.
legislação em vigor.
§ 1º Os procedimentos relativos aos
§ 2º A Carteira de Identidade processos de infração e os critérios para
Profissional será retida pelo Crea até a aplicação da penalidade de
reabilitação do profissional ao exercício cancelamento do registro pelo Crea
da profissão. devem obedecer à legislação em vigor.
59
I – anotação de outros cursos de nível respectivo diploma ou certificado, das
superior ou médio, graduação ou atribuições concedidas e das restrições
educação profissional em seus níveis impostas.
técnico ou tecnológico, realizados no
País ou no exterior; § 4º O título do profissional será anotado
no SIC de acordo com os títulos
II – anotação de cursos de pós- indicados na Tabela de Títulos
graduação stricto sensu, mestrado ou Profissionais do Sistema Confea/Crea.
doutorado, e de cursos de pós-
graduação lato sensu, especialização ou Art. 48. No caso de anotação de curso de
aperfeiçoamento, nas áreas abrangidas pós-graduação stricto sensu ou lato
pelo Sistema Confea/Crea, realizados no sensu realizado no País ou no exterior, o
País ou no exterior, ministrados de requerimento deve ser instruído com:
acordo com a legislação educacional em
vigor; I – diploma ou certificado, registrado ou
revalidado, conforme o caso; e
III – alteração de dados cadastrais; e
II - histórico escolar com a indicação das
IV – comunicação de falecimento do cargas horárias das disciplinas cursadas
profissional. e da duração total do curso.
§ 1º Os documentos em língua
Art. 46. Nos casos de alteração de dados estrangeira, legalizados pela Autoridade
cadastrais e comunicação de falecimento Consular brasileira, devem ser
do profissional, o requerimento deve ser traduzidos para o vernáculo, por
instruído com os documentos tradutor público juramentado.
necessários à comprovação das
informações apresentadas. § 2º A instrução e a apreciação do
requerimento de anotação de curso de
Art. 47. No caso de anotação de outros pós-graduação devem atender aos
cursos de nível superior ou médio procedimentos e ao trâmite previstos
realizados no País ou no exterior, o nesta Resolução.
requerimento deve ser instruído com os
documentos relacionados nas alíneas § 3º A anotação de curso de pós-
“a”, “b”, “c” e “d” do inciso I do § 1º do graduação somente será efetivada após
art. 4º desta Resolução. a anotação no SIC do respectivo diploma
ou certificado.
§ 1º Os documentos em língua
estrangeira, legalizados pela Autoridade § 4º O título do profissional será anotado
Consular brasileira, devem ser no SIC de acordo com o título indicado
traduzidos para o vernáculo, por no diploma ou no certificado.
tradutor público juramentado.
Art. 49. A expedição de segunda via de
§ 2º A instrução e a apreciação do Carteira de Identidade Profissional deve
requerimento de anotação de curso de ser requerida pelo interessado por meio
nível superior ou médio devem atender do preenchimento de formulário próprio,
aos procedimentos e ao trâmite conforme Anexo I desta Resolução, nos
previstos nesta Resolução. seguintes casos:
60
Art. 55. Fica extinta a emissão pelos
III - alteração de dados cadastrais; e Creas da Carteira Profissional de
Anotações.
IV – inclusão de título profissional.
Art. 56. Esta Resolução entrará em vigor
Art. 50. O profissional registrado poderá a partir de 1º de março de 2004.
obter do Crea certidão contendo as
informações referentes ao seu registro Art. 57. Ficam revogadas as disposições
anotadas no SIC. em contrário da Resolução no 261, de 22
de junho de 1979, as Resoluções nos
Art. 51. O profissional registrado fica 180, de 10 de julho de 1969, 191, de 20
subordinado ao regime de anuidades e de março de 1970, 269, de 20 de março
taxas instituídas por meio de resolução de 1981, 274, de 24 de abril de 1982,
específica. 295, de 25 de julho de 1984, 316, de 31
de outubro de 1986, 323, de 26 de junho
Art. 52. Os valores relativos à expedição de 1987, 392, de 17 de março de 1995,
e à confecção das Carteiras de 424, de 18 de dezembro de 1998, e 474,
Identidade Profissional serão repassados de 26 de novembro de 2002, e as
ao Confea pelos Creas, de acordo com Decisões Normativas nos 03, de 31 de
resolução específica.Revogado pela maio de 1982, 23, de 27 de junho de
Resolução 1.059, de 28 de outubro de 1986, e 68, de 30 de junho de 2000.
2014
Brasília, 5 de dezembro de 2003.
Art. 53. Os profissionais registrados em
data anterior à presente Resolução serão Resolução CONFEA nº 1.008 de
convocados pelos Creas para efetivar 09/12/2004
seu recadastramento, de acordo com
procedimentos estabelecidos em ato
administrativo normativo do Confea. Publicado no DOU em 13 dez 2004
61
profissionais e leigos - e às pessoas Parágrafo único. No caso dos indícios
jurídicas que incorrerem em infração à citados no inciso IV, o Crea deve verificá-
legislação profissional de acordo com a los por meio de fiscalização ao local de
gravidade da falta cometida; ocorrência da pressuposta infração.
Considerando as disposições do Art. 3º A denúncia deve ser
parágrafo único do art. 73 e art. 74 da protocolizada no Crea e instruída, no
Lei nº 5.194, de 1966, no que se refere mínimo, com as seguintes informações:
às conceituações de reincidência e de I - identificação do denunciante, pessoa
nova reincidência de infrações física ou jurídica, incluindo endereço
praticadas; residencial ou comercial completo e
Considerando a Lei nº 4.950-A, de 22 de número do Cadastro de Pessoas Físicas -
abril de 1966, que dispõe sobre a CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoas
remuneração de profissionais Jurídicas - CNPJ; e
fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; II - provas circunstanciais ou elementos
Considerando a Lei nº 6.496, de 7 de comprobatórios do fato denunciado.
dezembro de 1977, que institui a Art. 4º A denúncia anônima pode ser
Anotação de Responsabilidade Técnica efetuada, verbalmente ou por escrito, e
na prestação de serviços de Engenharia, será recebida pelo Crea, desde que
Arquitetura e Agronomia; contenha descrição detalhada dos fatos,
Considerando a Lei nº 9.784, de 29 de apresentação de elementos e, quando
janeiro de 1999, que regula o processo for o caso, provas circunstanciais que
administrativo no âmbito da configurem infração à legislação
Administração Pública Federal, resolve: profissional.
Art. 1º Fixar os procedimentos para Parágrafo único. A denúncia anônima
instauração, instrução e julgamento dos somente será admitida após a
processos de infração aos dispositivos verificação dos fatos pelo Crea, por meio
das Leis nºs 5.194 e 4.950-A, ambas de de fiscalização no local de ocorrência da
1966, e 6.496, de 1977, e aplicação de pressuposta infração.
penalidades. Art. 5º O relatório de fiscalização deve
CAPÍTULO I conter, pelo menos, as seguintes
DA INSTAURAÇÃO E DA INSTRUÇÃO DO informações:
PROCESSO Seção I I - data de emissão, nome completo,
Dos Procedimentos Preliminares matrícula e assinatura do agente fiscal;
Art. 2º Os procedimentos para II - nome e endereço completos da
instauração do processo têm início no pessoa física ou jurídica fiscalizada,
Crea em cuja jurisdição for verificada a incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;
infração, por meio dos seguintes III - identificação da obra, serviço ou
instrumentos: empreendimento, com informação sobre
I - denúncia apresentada por pessoas o nome e endereço do executor,
físicas ou jurídicas de direito público ou descrição detalhada da atividade
privado; desenvolvida e dados necessários para
II - denúncia apresentada por entidade sua caracterização, tais como fase,
de classe ou por instituição de ensino; natureza e quantificação;
III - relatório de fiscalização; e IV - nome completo, título profissional e
IV - iniciativa do Crea, quando número de registro no Crea do
constatados, por qualquer meio à sua responsável técnico, quando for o caso;
disposição, indícios de infração à V - identificação das Anotações de
legislação profissional. Responsabilidade Técnica - ARTs
62
relativas às atividades desenvolvidas, se Parágrafo único. O notificado deve
houver; atender às exigências estabelecidas pelo
VI - informações acerca da participação Crea no prazo de dez dias, contados da
efetiva do responsável técnico na data do recebimento da notificação.
execução da obra, serviço ou Art. 8º A notificação deve apresentar,
empreendimento, quando for o caso; no mínimo, as seguintes informações:
VII - descrição minuciosa dos fatos que I - menção à competência legal do Crea
configurem infração à legislação para fiscalizar o exercício das profissões
profissional; e abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;
VIII - identificação do responsável pelas II - nome e endereço completos da
informações, incluindo nome completo e pessoa física ou jurídica fiscalizada,
função exercida na obra, serviço ou incluindo, se possível, CPF ou CNPJ;
empreendimento, se for o caso. III - identificação da infração, mediante
Parágrafo único. O agente fiscal deve descrição detalhada da irregularidade
recorrer ao banco de dados do Crea para constatada, capitulação da infração e da
complementar as informações do penalidade, e valor da multa a que
relatório de fiscalização. estará sujeito o notificado caso não
Art. 6º Sempre que possível, à denúncia regularize a situação; e
ou ao relatório de fiscalização devem ser IV - indicação das providências a serem
anexados documentos que caracterizam adotadas pelo notificado e concessão do
a infração e a abrangência da atuação da prazo de dez dias para regularizar a
pessoa física ou jurídica na obra, serviço situação objeto da fiscalização.
ou empreendimento, a saber: § 1º A regularização da situação no
I - cópia do contrato social da pessoa prazo estabelecido exime o notificado
jurídica e de suas alterações; das cominações legais.
II - cópia do contrato de prestação do § 2º Caso a pessoa física ou jurídica
serviço; fiscalizada já tenha sido penalizada pelo
III - cópia dos projetos, laudos e outros Crea em processo administrativo
documentos relacionados à obra, ao punitivo relacionado à mesma infração,
serviço ou ao empreendimento o agente fiscal deverá encaminhar o
fiscalizado; relatório elaborado à gerência de
IV - fotografias da obra, serviço ou fiscalização para que seja determinada a
empreendimento; lavratura imediata do auto de infração.
V - laudo técnico pericial; Seção II
Da Lavratura do Auto de Infração
VI - declaração do contratante ou de
Art. 9º Esgotado o prazo concedido ao
testemunhas; ou
notificado sem que a situação tenha sido
VII - informação sobre a situação regularizada, compete à gerência de
cadastral do responsável técnico, fiscalização do Crea determinar a
emitido pelo Crea. lavratura do auto de infração, indicando
Art. 7º Compete à gerência de a capitulação da infração e da
fiscalização do Crea, com base no penalidade.
relatório elaborado, caso seja § 1º Caso os fatos envolvam a
constatada ocorrência de infração, participação irregular de mais de uma
determinar a notificação da pessoa física pessoa, deverá ser lavrado um auto de
ou jurídica fiscalizada para prestar infração específico para cada uma delas.
informações julgadas necessárias ou
adotar providências para regularizar a § 2º Em caso de dúvida na análise da
situação. situação apresentada, o relatório de
fiscalização deverá ser submetido à
63
câmara especializada relacionada à § 1º A infração somente será capitulada,
atividade desenvolvida que determinará, conforme o caso, nos dispositivos das
se cabível, a lavratura do auto de Leis nºs 4.950-A e 5.194, ambas de
infração e a capitulação da infração e da 1966, e 6.496, de 1977, sendo vedada a
penalidade. capitulação com base em instrumentos
Art. 10. O auto de infração é o ato normativos do Crea e do Confea.
processual que instaura o processo § 2º Lavrado o auto de infração, a
administrativo, expondo os fatos ilícitos regularização da situação não exime o
atribuídos ao autuado e indicando a autuado das cominações legais.
legislação infringida, lavrado por agente § 3º Não será permitida a lavratura de
fiscal, funcionário do Crea, designado novo auto de infração referente à mesma
para esse fim. obra, serviço ou empreendimento, antes
Parágrafo único. Da penalidade do trânsito em julgado da decisão
estabelecida no auto de infração, o relativa à infração.
autuado pode apresentar defesa à Art. 12. Caso seja verificado, antes do
câmara especializada, que terá efeito julgamento pela câmara especializada,
suspensivo, no prazo de dez dias, erro insanável na lavratura do auto de
contados da data do recebimento do infração, a gerência de fiscalização
auto de infração. poderá instruir o processo com os
Art. 11. O auto de infração, grafado de esclarecimentos que julgar cabíveis,
forma legível, sem emendas ou rasuras, visando ao seu arquivamento.
deve apresentar, no mínimo, as Seção III
seguintes informações: Da Instauração do Processo
I - menção à competência legal do Crea Art. 13. O Crea deve instaurar um
para fiscalizar o exercício das profissões processo específico para cada auto de
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; infração, indicando na capa o nome do
II - data da lavratura, nome completo, autuado, a descrição e a capitulação da
matrícula e assinatura do agente fiscal; infração, o número do auto de infração e
III - nome e endereço completos da a data da autuação.
pessoa física ou jurídica autuada, Parágrafo único. A reincidência ou nova
incluindo, obrigatoriamente, CPF ou reincidência da conduta infratora objeto
CNPJ; da autuação, só poderá ser considerada
IV - identificação da obra, serviço ou se o processo for instruído com cópia da
empreendimento, com informação sobre decisão transitada em julgado referente
a sua localização, nome e endereço do à autuação anterior.
contratante, indicação da natureza da Art. 14. Para efeito desta Resolução,
atividade e sua descrição detalhada; considera-se transitada em julgado a
V - identificação da infração, mediante decisão irrecorrível que se torna
descrição detalhada da irregularidade, imutável e indiscutível por não estar
capitulação da infração e da penalidade, mais sujeita a recurso.
e valor da multa a que estará sujeito o CAPÍTULO II
autuado; DO JULGAMENTO Seção I
VI - data da verificação da ocorrência; Da Defesa à Câmara Especializada
VII - indicação de reincidência ou nova Art. 15. Anexada ao processo, a defesa
reincidência, se for o caso; e será encaminhada à câmara
VIII - indicação do prazo de dez dias especializada relacionada à atividade
para efetuar o pagamento da multa e desenvolvida, para apreciação e
regularizar a situação ou apresentar julgamento.
defesa à câmara especializada.
64
§ 1º Se o Crea não possuir câmara Art. 20. A câmara especializada
especializada relacionada à atividade competente julgará à revelia o autuado
desenvolvida, a atribuição de que não apresentar defesa, garantindo-
julgamento em primeira instância será lhe o direito de ampla defesa nas fases
exercida pelo plenário. subseqüentes.
§ 2º Caso sejam julgadas relevantes Parágrafo único. O autuado será
para a elucidação dos fatos, novas notificado a cumprir os prazos dos atos
diligências deverão ser requeridas processuais subseqüentes.
durante a apreciação do processo. Seção III
Art. 16. Na câmara especializada, o Do Recurso ao Plenário do Crea
processo será distribuído para Art. 21. O recurso interposto à decisão
conselheiro, que deve relatar o assunto da câmara especializada será
de forma objetiva e legalmente encaminhado ao Plenário do Crea para
fundamentada. apreciação e julgamento.
Art. 17. Após o relato do assunto, a Parágrafo único. Caso sejam julgadas
câmara especializada deve decidir relevantes para a elucidação dos fatos,
explicitando as razões da manutenção da novas diligências deverão ser requeridas
autuação, as disposições legais durante a apreciação do processo.
infringidas e a penalidade Art. 22. No Plenário do Crea, o processo
correspondente ou as razões do será distribuído para conselheiro, que
arquivamento do processo, se for o caso. deve relatar o assunto de forma objetiva
Art. 18. O autuado será notificado da e legalmente fundamentada.
decisão da câmara especializada por Art. 23. Após o relato, o Plenário do
meio de correspondência, acompanhada Crea deve decidir explicitando as razões
de cópia de inteiro teor da decisão da manutenção da autuação, as
proferida. disposições legais infringidas e a
§ 1º Da decisão proferida pela câmara penalidade correspondente ou as razões
especializada o autuado pode interpor do arquivamento do processo, se for o
recurso, que terá efeito suspensivo, ao caso.
Plenário do Crea no prazo de sessenta Art. 24. O autuado será notificado da
dias, contados da data do recebimento decisão do Plenário do Crea por meio de
da notificação. correspondência, acompanhada de cópia
§ 2º A falta de manifestação do autuado de inteiro teor da decisão proferida.
no prazo estabelecido no parágrafo
Parágrafo único. Da decisão proferida
anterior não obstruirá o prosseguimento
pelo Plenário do Crea, o autuado pode
do processo.
interpor recurso, que terá efeito
Art. 19. O processo relativo à infração suspensivo, ao Plenário do Confea no
cometida por profissional no exercício de prazo de sessenta dias, contados da data
emprego, função ou cargo eletivo no do recebimento da notificação.
Crea, no Confea ou na Mútua será Art. 25. O Crea deverá encaminhar o
remetido para exame do Plenário do recurso ao Confea acompanhado do
Crea qualquer que seja a decisão da respectivo processo, no prazo máximo
câmara especializada,
de noventa dias contados da data da
independentemente de recurso
protocolização do recurso.
interposto, em até trinta dias após
esgotado o prazo para interposição de Seção IV
recurso. Do Recurso ao Plenário do Confea
Seção II Art. 26. O recurso interposto à decisão
Da Revelia do Plenário do Crea será encaminhado
65
ao Plenário do Confea para apreciação e § 2º O pedido de reconsideração será
julgamento. admitido quando forem apresentadas
Art. 27. Recebido o recurso, o processo provas documentais comprobatórias de
será submetido à análise do novos fatos ou circunstâncias relevantes
departamento competente e, em suscetíveis de justificar a inadequação
seguida, à apreciação da comissão da penalidade aplicada.
responsável. Art. 34. O Crea deverá encaminhar o
Art. 28. Na comissão, o processo será pedido de reconsideração ao Confea,
distribuído para conselheiro, que deve acompanhado do respectivo processo,
relatar o assunto de forma objetiva e no prazo máximo de noventa dias
legalmente fundamentada. contados da data da protocolização do
pedido de reconsideração.
Art. 29. Após o relato, a comissão
emitirá deliberação que será Art. 35. Julgado procedente o pedido de
encaminhada ao Plenário do Confea. reconsideração, o Plenário do Confea
poderá confirmar, modificar, anular ou
Art. 30. O Plenário do Confea deve
revogar, total ou parcialmente, a
decidir explicitando as razões da
decisão.
manutenção da autuação, as disposições
legais infringidas e a penalidade Parágrafo único. Da revisão do processo
correspondente ou as razões do não poderá resultar agravamento da
arquivamento do processo, se for o caso. pena.
Art. 31. Julgado o recurso pelo Confea, CAPÍTULO III
os autos serão encaminhados ao Crea DA EXECUÇÃO DA DECISÃO
para execução da decisão. Art. 36. Compete ao Crea da jurisdição
Parágrafo único. O Crea poderá solicitar da pessoa física ou jurídica penalizada,
revisão da decisão proferida pelo onde se iniciou o processo, a execução
Plenário do Confea, se for detectado erro das decisões proferidas nos processos de
de natureza técnica ou administrativa, infração às Leis nºs 4.950-A e 5.194,
no prazo máximo de sessenta dias, ambas de 1966, e 6.496, de 1977.
contados da data do recebimento do Parágrafo único. Não havendo recurso à
processo. instância superior, devido ao
Art. 32. O autuado será notificado pelo esgotamento do prazo para sua
Crea da decisão do Plenário do Confea apresentação ou quando esgotadas as
por meio de correspondência, instâncias recursais, a execução da
acompanhada de cópia de inteiro teor da decisão ocorrerá imediatamente,
decisão proferida. inclusive na hipótese de apresentação de
pedido de reconsideração.
Seção V
Do Pedido de Reconsideração Art. 37. Para a execução da decisão, o
Art. 33. Da decisão proferida pelo Crea deve notificar o autuado para
Plenário do Confea, cabe um único regularizar a situação que ensejou a
pedido de reconsideração, que não terá autuação, informando-o sobre a
efeito suspensivo, efetuado pelo autuado penalidade estabelecida.
no prazo máximo de sessenta dias Parágrafo único. Nos casos em que seja
contados da data do recebimento da possível regularizar a situação, o Crea
notificação. deve indicar as providências a serem
§ 1º A reconsideração pode ser pedida adotadas de acordo com a legislação
pelo autuado penalizado, por procurador vigente.
habilitado ou, ainda, no caso de morte, CAPÍTULO IV
pelo cônjuge, ascendente, descendente DA REINCIDÊNCIA E DA NOVA
ou irmão. REINCIDÊNCIA
66
Art. 38. Transitada em julgado a § 1º A multa será aplicada em dobro no
decisão, dar-se-á a reincidência se o caso de reincidência.
autuado praticar nova infração § 2º A multa aplicada no caso de nova
capitulada no mesmo dispositivo legal reincidência será igual à aplicada para
pela qual tenha sido anteriormente reincidência, sem prejuízo do que dispõe
declarado culpado. o art. 74 da Lei nº 5.194, de 1966.
Art. 39. Transitada em julgado a § 3º É facultada a redução de multas
decisão relativa à infração por pelas instâncias julgadoras do Crea e do
reincidência, considera-se nova Confea nos casos previstos neste artigo,
reincidência a prática de nova infração respeitadas as faixas de valores
capitulada no mesmo dispositivo legal. estabelecidas em resolução específica.
CAPÍTULO V Art. 44. A multa não paga, após a
DAS PENALIDADES decisão transitada em julgado, será
Art. 40. Nenhuma penalidade será inscrita na dívida ativa e cobrável
aplicada ou mantida sem que tenha sido judicialmente.
assegurado ao autuado pleno direito de Seção II
defesa. Da Suspensão do Registro
Art. 41. Quando a infração apurada Art. 45. A suspensão temporária ou a
constituir violação da Lei de ampliação do período de suspensão do
Contravenções Penais, o Crea registro são penalidades previstas no
comunicará o fato à autoridade art. 74 da Lei nº 5.194, de 1966, que
competente. podem ser aplicadas pelo Crea ao
Parágrafo único. A comunicação do fato profissional que incorrer em nova
à autoridade competente ocorrerá após reincidência das seguintes infrações,
o trânsito em julgado da respectiva respectivamente:
decisão. I - emprestar seu nome a pessoas,
Seção I firmas, organizações ou empresas
Das Multas executoras de obras, serviços ou
Art. 42. As multas são penalidades empreendimentos sem sua real
previstas no art. 73 da Lei nº 5.194, de participação; ou
1966, aplicadas pelo Crea com base nas II - continuar em atividade após
faixas de valores estabelecidos em suspenso do exercício profissional.
resolução específica. CAPÍTULO VI
Art. 43. As multas serão aplicadas DA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS
proporcionalmente à infração cometida, Art. 46. Os atos processuais não
visando ao cumprimento da finalidade do dependem de forma determinada senão
interesse público a que se destina, quando a lei expressamente a exigir,
observados os seguintes critérios: considerando-se válidos os atos que,
I - os antecedentes do autuado quanto à realizados de outro modo, alcançarem a
condição de primariedade, reincidência finalidade sem prejuízo para o autuado.
ou nova reincidência de autuação; Parágrafo único. Não havendo prejuízo
II - a situação econômica do autuado; para o autuado, todos os atos
III - a gravidade da falta; processuais devem ser aproveitados.
IV - as conseqüências da infração, tendo Art. 47. A nulidade dos atos processuais
em vista o dano ou o prejuízo ocorrerá nos seguintes casos:
decorrente; e I - impedimento ou suspeição
V - regularização da falta cometida. reconhecida de membro da câmara
especializada, do Plenário do Crea ou do
67
Plenário do Confea, quando da instrução CAPÍTULO VII
ou do julgamento do processo; DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
II - ilegitimidade de parte; Art. 52. A extinção do processo
III - falhas na identificação do autuado, ocorrerá:
da obra, do serviço ou do I - quando a câmara especializada
empreendimento observadas no auto de concluir pela ausência de pressupostos
infração; de constituição e de desenvolvimento
IV - falhas na descrição dos fatos válido e regular do processo;
observados no auto de infração, que II - quando o órgão julgador declarar a
devido à insuficiência de dados, prescrição do ilícito que originou o
impossibilita a delimitação do objeto da processo;
controvérsia e a plenitude da defesa; III - quando o órgão julgador concluir
V - falta de correspondência entre o por exaurida a finalidade do processo ou
dispositivo legal infringido e os fatos o objeto da decisão se tornar impossível,
descritos no auto de infração; inútil ou prejudicado por fato
VI - falta de fundamentação das decisões superveniente; ou
da câmara especializada, do Plenário do IV - quando o órgão julgador proferir
Crea e do Plenário do Confea que decisão definitiva, caracterizando
apliquem penalidades às pessoas físicas trânsito em julgado.
ou jurídicas; CAPÍTULO VIII
VII - falta de cumprimento de demais DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
formalidades previstas em lei; ou PROCESSUAIS
VIII - ausência de notificação do Art. 53. As notificações e o auto de
autuado. infração devem ser entregues
Art. 48. As nulidades poderão ser pessoalmente ou enviados por via postal
argüidas a requerimento do autuado ou com Aviso de Recebimento - AR ou por
de ofício em qualquer fase do processo, outro meio legal admitido que assegure
antes da decisão transitada em julgado. a certeza da ciência do autuado.
Art. 49. A nulidade de um ato, uma vez § 1º Em todos os casos, o comprovante
declarada, causará a nulidade dos atos de entrega deverá ser anexado ao
que dele, diretamente, dependam ou processo.
sejam conseqüência. § 2º Caso o autuado recuse ou obstrua o
Art. 50. As nulidades considerar-se-ão recebimento da notificação ou do auto de
sanadas: infração, o fato deverá ser registrado no
processo.
I - se não houver solicitação do autuado
argüindo a nulidade do ato processual; Art. 54. Em qualquer fase do processo,
ou não sendo encontrado o autuado ou seu
II - se, praticado por outra forma, o ato representante legal, ou no caso de
processual tiver atingido seu fim. recusa do recebimento de notificação ou
do auto de infração, o extrato destes
Art. 51. Os atos processuais, cuja atos processuais será divulgado em
nulidade não tiver sido sanada na forma publicação do Crea, ou em jornal de
do artigo anterior, retornarão às circulação na jurisdição, ou no Diário
instâncias competentes para repetição Oficial do Estado ou em outro meio que
ou retificação. amplie as possibilidades de
Parágrafo único. A repetição ou conhecimento por parte do autuado, em
retificação dos atos nulos será efetuada linguagem que não fira os preceitos
em qualquer fase do processo. constitucionais de inviolabilidade da sua
68
intimidade, da honra, da vida privada e por mais de três anos, pendente de
da imagem. julgamento ou despacho, cujos autos
CAPÍTULO IX serão arquivados de ofício ou mediante
DOS PRAZOS requerimento da parte interessada, sem
Art. 55. Os prazos começam a correr a prejuízo da apuração da
partir da data do comprovante de responsabilidade funcional decorrente
entrega do auto de infração ou da da paralisação, se for o caso.
notificação ou, encontrando-se o CAPÍTULO XI
autuado em lugar incerto, da data da DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
publicação da notificação, excluindo o Art. 59. A instauração, a instrução e o
dia do começo e incluindo o do julgamento do processo de infração
vencimento. obedecerão, entre outros, aos princípios
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo da legalidade, finalidade, formalidade,
até o primeiro dia útil seguinte, se o motivação, razoabilidade,
vencimento cair em dia em que não proporcionalidade, moralidade, ampla
houver expediente no Crea ou este for defesa, contraditório, segurança
encerrado antes do horário normal. jurídica, interesse público e eficiência.
§ 2º Os prazos expressos em dias Art. 60. Todos os atos e termos
contam-se de modo contínuo. processuais serão feitos por escrito,
CAPÍTULO X utilizando-se o vernáculo, indicando a
DA PRESCRIÇÃO data e o local de sua realização e a
assinatura do responsável.
Art. 56. Prescreve em cinco anos a ação
punitiva do Sistema Confea/Crea no Art. 61. A prescrição dos atos
exercício do poder de polícia, em processuais será declarada de acordo
processos administrativos que objetivem com a legislação específica em vigor.
apurar infração à legislação em vigor, Art. 62. Não pode ser objeto de
contados da data de prática do ato ou, delegação de competência a decisão
no caso de infração permanente ou relativa ao julgamento de processos de
continuada, do dia em que tiver cessado. infração, inclusive nos casos de revelia.
§ 1º Enquadram-se neste artigo os Art. 63. Os procedimentos para
processos administrativos instaurados instauração, instrução e julgamento dos
em desfavor de pessoas físicas, leigos e processos de infração ao Código de Ética
profissionais do Sistema Confea/Crea, e Profissional são regulamentados em
de pessoas jurídicas, excluindo os resolução específica.
processos ético-disciplinares. Art. 64. Nos casos omissos aplicar-se-
Art. 57. Interrompe-se a prescrição nos ão, supletivamente ao presente
processos administrativos regulamento, a legislação profissional
caracterizados no art. 56: vigente, as normas do Direito
I - pela notificação do autuado; Administrativo, do Processo Civil
Brasileiro e os princípios gerais do
II - por qualquer ato inequívoco que Direito.
importe apuração do fato; e
CAPÍTULO XII
III - pela decisão recorrível. DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Parágrafo único. Ocorrendo qualquer dos Art. 65. Estes procedimentos aplicam-
casos previstos neste artigo, teremos o se, exclusivamente, aos processos de
reinício do prazo prescricional de cinco infração iniciados a partir da publicação
anos. desta Resolução no Diário Oficial da
Art. 58. Incide a prescrição no processo União - DOU.
administrativo que objetive apurar
infração à legislação em vigor paralisado
69
Art. 66. Esta Resolução entra em vigor profissionais de nível superior no
na data de sua publicação. plenário dos Creas, em atendimento ao
Art. 67. Revogam-se as Resoluções nºs disposto na Seção II do Capítulo III da
207, de 28 de janeiro de 1972, e 391, de Lei nº 5.194, de 1966;
17 de março de 1995, e a Decisão Considerando a necessidade de
Normativa nº 07, de 29 de abril de 1983, estabelecer critérios para a
e demais disposições em contrário. representação das entidades de classe
de profissionais técnicos de nível médio,
representativas dos técnicos agrícolas e
industriais, no plenário dos Creas;
RESOLUçãO Nº 1.019, DE 8 DE Considerando a necessidade de
DEZEMBRO DE 2006 estabelecer critérios para a
representação da Engenharia de
Dispõe sobre a composição dos plenários Segurança do Trabalho no plenário dos
e a instituição de câmaras especializadas Creas;
dos Conselhos Regionais de Engenharia, Considerando que a Tabela de Títulos
Arquitetura e Agronomia – Creas e dá Profissionais do Sistema Confea/Crea,
outras providências. instituída por resolução específica,
classifica os títulos dos profissionais
inseridos no Sistema Confea/Crea de
O CONSELHO FEDERAL DE acordo com a respectiva categoria,
ENGENHARIA, ARQUITETURA E modalidade e nível de formação;
AGRONOMIA – Confea, no uso das Considerando que a Resolução nº 1.010,
atribuições que lhe confere a alínea “f” de 22 de agosto de 2005, define as
do art. 27, da Lei n° 5.194, de 24 de categorias, as modalidades e os campos
dezembro de 1966, e de atuação profissional para efeito de
Considerando que as Leis nos 4.076, de fiscalização do exercício das profissões
23 de junho de 1962, 5.194, de 1966, inseridas no Sistema Confea/Crea;
6.664, de 26 de junho de 1979, 6.835, Considerando que a Engenharia de
de 14 de outubro de 1980, e 7.410, de Segurança do Trabalho, para efeito da
27 de novembro de 1985, e os Decretos instituição de câmara especializada, será
nos 23.569, de 11 de dezembro de 1933, definida como campo de atuação
e 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, profissional,
incumbiram os Creas da fiscalização do
exercício das profissões de geólogo,
engenheiro, arquiteto, engenheiro RESOLVE:
agrônomo, geógrafo, meteorologista, Art. 1º Fixar os critérios para
engenheiro de segurança do trabalho e composição dos plenários dos Creas e
técnicos agrícolas e industriais, para instituição de câmara especializada.
respectivamente; CAPíTULO I
Considerando que os Creas são DA COMPOSIçãO DO PLENáRIO DO
organizados em pleno, e para os CREA
assuntos específicos, em câmaras Art. 2º O plenário do Crea é constituído
especializadas correspondentes às por brasileiros, diplomados nas áreas
categorias da Engenharia, da Arquitetura profissionais abrangidas pelo Sistema
e da Agronomia e respectivas formações Confea/Crea, legalmente habilitados de
técnicas profissionais, conforme dispõe o acordo com a legislação em vigor,
art. 42 da Lei nº 5.194, de 1966; obedecida a seguinte composição:
Considerando a necessidade de I – presidente;
estabelecer critérios para a II – representantes das instituições de
representação das instituições de ensino ensino superior com sede na
superior e das entidades de classe de circunscrição;
70
III – representantes das entidades de DO PROCESSO DE RENOVAçãO DO
classe de profissionais de nível superior TERçO
com sede na circunscrição; e Art. 6º O processo de renovação do terço
IV – representantes das entidades de tem por finalidade estabelecer a
classe de profissionais técnicos de nível composição anual do plenário do Crea,
médio com sede na circunscrição. em atendimento à legislação em vigor.
Art. 3º O plenário do Crea tem sua Art. 7º O processo de renovação do terço
composição renovada em um terço consiste nos seguintes procedimentos:
anualmente. I – revisão e regularização pelo Crea dos
CAPíTULO II registros das instituições de ensino
DO DIREITO À REPRESENTAçãO NO superior e das entidades de classe de
PLENáRIO DO CREA profissionais de nível superior e de
Art. 4º Para ter direito a representação profissionais técnicos de nível médio, de
no plenário do Crea a instituição de acordo com os critérios estabelecidos em
ensino superior ou a entidade de classe resolução específica;
de profissionais de nível superior ou de II – elaboração da proposta de
profissionais técnicos de nível médio composição do plenário do Crea;
deve registrar-se no Conselho Regional III – aprovação pelo plenário do Crea da
em cuja circunscrição esteja localizada proposta de sua composição;
sua sede. IV – homologação pelo Plenário do
Parágrafo único. O registro de instituição Confea da proposta de composição do
de ensino superior ou de entidade de plenário do Crea; e
classe de profissionais de nível superior V – posse dos representantes das
ou de profissionais técnicos de nível instituições de ensino superior e das
médio deve ser requerido de acordo com entidades de classe de profissionais de
resolução específica. nível superior e de profissionais técnicos
Art. 5º A representação da instituição de de nível médio.
ensino superior ou da entidade de classe Art. 8º Os procedimentos relativos ao
de profissionais de nível superior ou de processo de renovação do terço no
profissionais técnicos de nível médio âmbito do Crea são conduzidos por uma
será efetivada no ano subseqüente ao da comissão permanente instituída por seu
homologação de seu registro pelo plenário, denominada Comissão de
Confea. Renovação do Terço – CRT.
§ 1º A instituição de ensino superior ou Parágrafo único. A composição e as
a entidade de classe de profissionais de competências da Comissão de
nível superior ou de profissionais Renovação do Terço estão definidas no
técnicos de nível médio somente terá regimento do Crea.
direito a representação no plenário do Art. 9º O cronograma de atividades e a
Crea no prazo estabelecido no capu, se orientação relativa aos procedimentos
a homologação de seu registro pelo para elaboração, apresentação e
Confea ocorrer até a sessão plenária do encaminhamento das propostas de
mês de maio. composição dos plenários dos Creas são
§ 2º Para que a homologação ocorra no apresentados por meio de manual
prazo previsto no parágrafo anterior, o elaborado pela comissão permanente
Crea deve protocolizar no Confea o responsável pela organização do
processo de registro da instituição de Sistema.
ensino superior ou da entidade de classe Parágrafo único. O manual para
de profissionais de nível superior ou de orientação dos Creas será atualizado,
profissionais técnicos de nível médio até sempre que necessário, pela comissão
31 de março. permanente responsável pela
CAPíTULO III organização do Sistema.
71
Art. 10. Para elaboração da proposta de ensino superior é definido de acordo com
composição de seu plenário, o Crea deve o número de instituições de ensino
estabelecer o número total de registradas e homologadas e os cursos
representantes das instituições de reconhecidos ofertados nas áreas de
ensino superior e das entidades de formação profissional abrangidas pelo
classe de profissionais de nível superior Sistema Confea/Crea, limitado a um
e de profissionais técnicos de nível médio representante por categoria da
até a sua sessão plenária do mês de Engenharia, da Arquitetura e da
junho. Agronomia, por instituição de ensino
Parágrafo único. A decisão plenária do superior.
Crea que aprova o número total de Parágrafo único. O Crea deve também
representantes das instituições de considerar para definição das
ensino superior e das entidades de representações as instituições de ensino
classe de profissionais de nível superior cujos registros foram homologados pelo
e de profissionais técnicos de nível médio plenário do Confea até a sessão plenária
em seu plenário deve ser protocolizada do mês de maio do ano da elaboração da
no Confea até o dia 30 de junho. proposta de composição do plenário do
Seção I Crea.
Da Elaboração da Proposta de Subseção II
Composição do Plenário do Crea Da Representação das Entidades de
Art. 11. A proposta de composição do Classe de Profissionais de Nível Superior
plenário do Crea deve apresentar as Art. 13. O número total de
seguintes informações: representantes das entidades de classe
I – o número total de representantes das de profissionais de nível superior é
instituições de ensino superior e de cada definido de acordo com o número de
entidade de classe de profissionais de entidades de classe registradas e
nível superior e de profissionais técnicos homologadas, e com os seguintes
de nível médio; critérios:
II – composição de câmaras I – assegurar, no mínimo, um
especializadas; e representante por entidade de classe de
III – o período de mandato das profissionais de nível superior;
representações das instituições de II – observar a proporcionalidade entre
ensino superior e das entidades de os profissionais de nível superior de cada
classe de profissionais de nível superior categoria, modalidade ou campo de
e de profissionais técnicos de nível médio atuação profissional, registrados ou com
nas câmaras especializadas. visto na circunscrição, que estejam
Parágrafo único. Para atender à adimplentes com suas anuidades junto
renovação anual de um terço de seu ao Crea até 31 de dezembro do ano
plenário, a proposta de composição anterior;
poderá reduzir de três para um ou dois III – a necessidade de instituição ou de
anos o período de mandato dos novos manutenção de câmaras especializadas;
representantes das instituições de e
ensino superior ou das entidades de IV – a infra-estrutura e a disponibilidade
classe de profissionais de nível superior financeira do Crea.
ou de profissionais técnicos de nível § 1° O Crea deve também considerar
médio. para definição das representações, as
Subseção I entidades de classe de profissionais de
Da Representação das Instituições de nível superior cujos registros foram
Ensino Superior homologados pelo Confea até a sessão
Art. 12. O número total de plenária do mês de maio do ano da
representantes das instituições de elaboração da proposta de composição
72
do plenário do Crea. profissionais associados às entidades de
§ 2º Para definição da proporcionalidade classe de profissionais de nível superior,
entre os profissionais de nível superior somente será considerado pelo Crea o
de que trata o inciso II, o Crea deverá profissional que preencher os seguintes
computar o profissional em todas as requisitos:
categorias, modalidades ou campos de I - estar adimplente com suas anuidades
atuação profissional correspondentes junto ao Crea até 31 de dezembro do
aos seus títulos, anotados de acordo com ano anterior; e
a Tabela de Títulos Profissionais do II – ter formalizado, no prazo
Sistema Confea/Crea. estabelecido na solicitação enviada pelo
§ 3º Os critérios enumerados no caput Crea, opção pela:
somente poderão justificar a ampliação a) entidade pela qual deseje ser
do número de representantes no representado, no caso de estar
plenário do Crea que já possui câmaras associado a mais de uma entidade de
especializadas de todas as categorias e classe; e
modalidades quando não houver b) categoria, modalidade ou campo de
possibilidade de redistribuição das atuação profissional pelo qual deseje ser
representações existentes. representado, no caso de possuir mais
Art. 14. O número de representantes de de um título profissional, desde que
cada entidade de classe de profissionais corresponda a uma das entidades de
de nível superior no plenário do Crea é classe à qual esteja associado.
definido de acordo com os seguintes Parágrafo único. A formalização da
critérios: opção de profissional associado tem por
I – a proporcionalidade entre os finalidade evitar que o mesmo
profissionais associados às entidades de profissional seja computado em mais de
classe de profissionais de nível superior; uma entidade no momento da definição
e da proporcionalidade.
II – a manutenção dos mandatos em Subseção III
curso dos representantes das entidades Da Representação das Entidades de
de classe de profissionais de nível Classe de Profissionais Técnicos de Nível
superior. Médio
Art. 15. Para definição do número de Art. 17. O número de representantes das
profissionais associados, cada entidade entidades de classe de profissionais
de classe de profissionais de nível técnicos de nível médio é definido de
superior deve encaminhar ao Crea, até acordo com as categorias, modalidades
30 de abril do ano da elaboração da ou campos de atuação profissional das
proposta de composição do plenário do entidades de classe registradas e
Crea, relação indicando, em ordem homologadas, limitado a dois
alfabética, nome, título e número de representantes por câmara
registro dos profissionais adimplentes especializada, e com os seguintes
que tenham se associado até 31 de critérios:
dezembro do ano anterior. I – assegurar, no mínimo, um
Parágrafo único. A entidade de classe representante por câmara especializada;
que deixar de encaminhar, até a data II – observar a proporcionalidade entre
prevista no caput, a relação dos os profissionais técnicos de nível médio
profissionais associados permanecerá de cada categoria, modalidade ou campo
somente com o número de de atuação profissional, registrados ou
representações correspondentes aos com visto na circunscrição, que estejam
mandatos em curso. adimplentes com suas anuidades junto
Art. 16. Para definição da ao Crea até 31 de dezembro do ano
proporcionalidade entre o número de anterior;
73
III – a necessidade de instituição ou de seu plenário e as demais representações
manutenção de câmaras especializadas; ocorrerão nos mandatos seguintes,
e segundo rodízio estabelecido pelo Crea.
IV – a infra-estrutura e a disponibilidade Parágrafo único. No caso das
financeira do Crea. representações estabelecidas por
§ 1° O Crea deve também considerar rodízio, as entidades com direito a
para definição das representações as representação naquela câmara
entidades de classe de profissionais especializada poderão abdicar de seu
técnicos de nível médio cujos registros direito manifestando-se formalmente.
foram homologados pelo Confea até a
sessão plenária do mês de maio do ano Subseção IV
da elaboração da proposta de Da Instituição e da Manutenção de
composição do plenário do Crea. Câmara Especializada
§ 2º Para definição da proporcionalidade Art. 19. No momento da elaboração da
entre os profissionais técnicos de nível proposta de composição de seu plenário,
médio de que trata o inciso II, o Crea o Crea deve distribuir as representações
deverá computar o profissional em todas das instituições de ensino superior e das
as categorias, modalidades ou campos entidades de classe de profissionais de
de atuação profissional correspondentes nível superior e de profissionais técnicos
aos seus títulos, anotados de acordo com de nível médio em câmaras
a Tabela de Títulos Profissionais do especializadas.
Sistema Confea/Crea. Art. 20. O Crea deve considerar para
§ 3º Os critérios enumerados no caput instituição ou manutenção de câmaras
somente poderão justificar a ampliação especializadas os seguintes critérios:
do número de representantes no I - existência de, no mínimo, três
plenário do Crea que já possui câmaras representantes de instituições de ensino
especializadas de todas as categorias e superior ou de entidades de classe de
modalidades quando não houver profissionais de nível superior ou de
possibilidade de redistribuição das profissionais técnicos de nível médio da
representações existentes. mesma categoria, modalidade ou campo
Art. 18. No caso em que mais de uma de atuação profissional; e
entidade de classe de profissionais II - atendimento às peculiaridades da
técnicos de nível médio tiver direito à fiscalização do exercício profissional na
representação em determinada câmara circunscrição.
especializada, em função das categorias, Parágrafo único. Somente pode indicar
modalidades ou campos de atuação representante para instituir ou manter
profissional que representam, serão câmara especializada do campo de
adotados os seguintes critérios: atuação profissional correspondente a
I – quando houver entidade com direito cursos de especialização a entidade de
a representação somente em uma classe de profissionais de nível superior
câmara especializada e outra entidade que explicitamente caracterizar em seu
com direito a representação em mais de estatuto a representação de
uma câmara especializada, a vaga em profissionais deste campo de atuação.
disputa será concedida à primeira Art. 21. Observados os critérios
entidade; e estabelecidos no artigo anterior, a
II – quando as entidades tiverem direito câmara especializada pode ser instituída
a representação somente em uma da seguinte forma:
mesma câmara especializada, as I – correspondente às categorias da
representações serão definidas pelo Engenharia, da Arquitetura ou da
Crea por sorteio na sessão plenária que Agronomia;
apreciar a proposta de composição de II – correspondente às modalidades ou
74
aos campos de atuação profissional; de sua elaboração.
III – correspondente à associação de § 2º O Crea que não protocolizar a
mais de uma modalidade da mesma respectiva proposta de composição de
categoria profissional; e seu plenário até a data prevista no
IV – correspondente à associação de parágrafo anterior permanecerá
mais de um campo de atuação da somente com as representações cujos
mesma categoria profissional. mandatos estejam em curso,
§ 1º A câmara especializada deve indicar assegurada pelo período de um ano a
explicitamente em sua denominação as representação mínima das instituições
categorias, as modalidades ou os de ensino superior e das entidades de
campos de atuação profissional que classe de profissionais de nível superior
representa. e de profissionais técnicos de nível médio
§ 2º A instituição de câmara que tiveram seus registros homologados
especializada poderá ser aprovada pelo pelo Confea até a sessão plenária do mês
plenário do Crea, desde que não de maio do ano da elaboração da
prejudique a manutenção das câmaras proposta.
especializadas existentes. § 3º O Crea que não encaminhar a
Art. 22. A instituição de câmara proposta de composição de seu plenário
especializada deve ser formalizada na ou não protocolizá-la até a data prevista
proposta de composição do plenário do ficará impedido de receber do Confea
Crea. recursos referentes a convênios,
Seção II repasses ou apoios de qualquer outra
Da Aprovação e da Homologação da natureza até que sua composição seja
Proposta de Composição do Plenário do homologada.
Crea Art. 25. A proposta de composição do
Art. 23. A proposta de composição deve plenário dos Creas deverá ser
ser submetida ao plenário do Crea para homologada pelo plenário do Confea até
aprovação. o dia 30 de novembro do ano da
§ 1º A proposta de composição do elaboração da proposta de composição.
plenário do Crea deve ser elaborada Parágrafo único. Antes de ser apreciada
mesmo que não seja verificada a pelo Plenário do Confea, a proposta de
alteração do número de conselheiros ou composição do plenário do Crea deve ser
a modificação da representação das analisada pela comissão permanente
categorias, modalidades e campos de responsável pela organização do
atuação profissionais. Sistema, que poderá reformulá-la se
§ 2º Caso seja proposta a alteração do forem identificadas incorreções.
número de conselheiros ou a Seção III
modificação da representação das Da Posse dos Representantes
categorias, modalidades e campos de Art. 26. Após a homologação pelo
atuação profissionais, as respectivas plenário do Confea da proposta de
justificativas deverão constar da composição do plenário do Crea, este
proposta de composição do plenário do deve informar às instituições de ensino
Crea. superior e às entidades de classe de
Art. 24. Após aprovação pelo plenário do profissionais de nível superior e de
Crea, a proposta de composição deve ser profissionais técnicos de nível médio o
submetida à apreciação do plenário do número de representantes de cada
Confea para homologação. categoria, modalidade ou campo de
atuação profissional que deverão ser
§ 1º A proposta de composição do indicados.
plenário do Crea deve ser protocolizada Parágrafo único. O Crea solicitará a
no Confea até o dia 31 de agosto do ano indicação de representante de
75
determinada modalidade para profissional do curso que a instituição de
atendimento de suas necessidades de ensino superior oferte e na qual se fará
fiscalização à entidade de classe representar, conforme definição
multiprofissional de nível superior ou de estabelecida pelo Crea.
profissionais técnicos de nível médio ou Parágrafo único. No caso de o Crea não
à instituição de ensino superior que solicitar a indicação de representante
oferte cursos de diferentes modalidades para determinada modalidade, a
da mesma categoria. instituição de ensino superior que ofertar
Art. 27. As instituições de ensino cursos de diversas modalidades ou
superior e as entidades de classe de campos de atuação profissional da
profissionais de nível superior e de mesma categoria deverá estabelecer sua
profissionais técnicos de nível médio representação por meio de rodízio.
devem encaminhar ao Crea, até dez dias Art. 30. A entidade de classe de
antes da primeira sessão plenária do profissionais de nível superior indicará
Crea do ano seguinte ao da elaboração para representante e seu suplente
da proposta de composição, a indicação profissionais que pertençam à categoria,
de seus representantes e suplentes, à modalidade ou ao campo de atuação
informando, em ordem alfabética, os profissional na qual se fará representar,
respectivos nomes, títulos, números de conforme definição estabelecida pelo
registro profissional e endereços para Crea.
correspondência, inclusive e-mail. Parágrafo único. Caso o profissional
Art. 28. A instituição de ensino superior indicado seja associado a mais de uma
ou a entidade de classe de profissionais entidade de classe, o Crea deverá
de nível superior ou de profissionais verificar se consta da respectiva relação
técnicos de nível médio que não indicar de profissionais associados e se optou
representante terá a respectiva vaga pela entidade.
bloqueada pelo plenário do Crea pelo Art. 31. A entidade de classe de
período de um ano. profissionais técnicos de nível médio
§ 1º A representação da instituição de indicará para representante e seu
ensino superior ou a entidade de classe suplente profissionais associados que
de profissionais de nível superior ou de pertençam à categoria, à modalidade ou
profissionais técnicos de nível médio ao campo de atuação profissional da
cuja vaga foi bloqueada será assegurada câmara especializada na qual se fará
no plenário do Crea durante todo o representar, conforme definição
período de mandato a que teria direito, estabelecida pelo Crea.
descontado o período bloqueado. Art. 32. Não poderá ser indicado para
§ 2º Decorrido o período de um ano do representante ou suplente de instituição
bloqueio da vaga, o Crea solicitará à de ensino superior ou de entidade de
instituição de ensino superior ou à classe de profissionais de nível superior
entidade de classe de profissionais de ou de profissionais técnicos de nível
nível superior ou de profissionais médio o profissional que:
técnicos de nível médio a indicação do I - for declarado incapaz, insolvente ou
representante e respectivo suplente para responsável por falência de pessoa
cumprir o período de mandato jurídica;
remanescente. II – for condenado criminalmente, com
sentença transitada em julgado, por
Art. 29. A instituição de ensino superior prática de crimes contra a economia
indicará para representante e seu popular, a fé pública, a administração
suplente profissionais no exercício da pública, o patrimônio público, o mercado
docência que pertençam à categoria, à financeiro, por tráfico de entorpecentes
modalidade ou ao campo de atuação e por crimes eleitorais, pelo prazo de
76
cinco anos, após o trânsito em julgado; Crea;
III - tiver penalidade por infração ao b) certidões negativas dos cartórios de
Código de ética Profissional ou por atos distribuição das varas cível e criminal da
administrativos, com decisão justiça comum, expedidas na comarca
administrativa transitada em julgado, do domicílio eleitoral do requerente, com
nos últimos cinco anos, contados da data prazo não superior a noventa dias da
de expedição da certidão pelo Crea; data da emissão;
IV - tiver suas contas relativas ao c) comprovante de licença de mandato,
exercício de cargos ou funções públicas, cargo, emprego ou atividade
inclusive em conselhos de fiscalização remunerada no Confea, no Crea ou na
profissional ou na Mútua, rejeitadas por Mútua; e
irregularidade insanável ou ato de II - uma fotografia em cores recente, de
improbidade administrativa, com frente, nas dimensões 3x4 cm, com
decisão irrecorrível ao órgão fundo branco.
competente, nos últimos cinco anos, Art. 34. O representante ou o suplente
contados a partir da decisão transitada que não apresentar, no todo ou em
em julgado; parte, os documentos relacionados no
V – for declarado administrador ímprobo artigo anterior perderá o direito de
pelo Confea, pelo Crea ou pelo Tribunal representar no plenário do Crea a
de Contas da União - TCU, Tribunal de respectiva instituição de ensino superior
Contas do Estado – TCE, Tribunal de ou entidade de classe de profissionais de
Contas do Distrito Federal – TC-DF ou nível superior ou de profissionais
Tribunal de Contas do Município – TCM, técnicos de nível médio.
em qualquer cargo ou função nos últimos Parágrafo único. Neste caso, a
cinco anos, contados a partir da decisão instituição de ensino superior ou a
transitada em julgado; entidade de classe de profissionais de
VI – tiver sido destituído ou perdido o nível superior ou de profissionais
mandato de presidente do Confea, de técnicos de nível médio poderá indicar
Crea, de conselheiro federal ou regional outro profissional para exercer a
ou de diretor-executivo da Mútua, representação.
inclusive por excessivo número de faltas Art. 35. Após a posse dos representantes
às sessões ou às reuniões, nos termos e a conseqüente recomposição de seu
do art. 50 da Lei nº 5.194, de 1966; plenário, o Crea deve encaminhar ao
VII – tiver renunciado a mandato no Confea até o dia 5 de março as seguintes
Confea, no Crea ou na Mútua, sem informações:
justificativa aceita pelo Plenário do I – relação dos conselheiros regionais e
Confea ou do Crea, ou pela Diretoria da suplentes, indicando, em ordem
Mútua, respectivamente; ou alfabética, os respectivos nomes e títulos
VIII - estiver no exercício de mandato ou profissionais, os períodos de mandato e
exercer cargo, emprego ou função no a instituição de ensino superior, a
Confea, no Crea ou na Mútua. entidade de classe de profissionais de
Art. 33. Para tomar posse como nível superior ou de profissionais
conselheiro regional ou suplente, o técnicos de nível médio que
profissional indicado por instituição de representam;
ensino superior ou entidade de classe de II – distribuição dos conselheiros
profissionais de nível superior ou de regionais nas câmaras especializadas; e
profissionais técnicos de nível médio III – relação das instituições de ensino
deve apresentar ao Crea: superior e das entidades de classe de
I – os documentos a seguir enumerados: profissionais de nível superior e de
a) cópia autenticada da carteira de profissionais técnicos de nível médio que
identidade profissional expedida pelo não indicaram representantes.
77
Art. 36. As informações relacionadas à que institui a Anotação de
composição do plenário de Crea e das Responsabilidade Técnica na execução
câmaras especializadas serão de obras e na prestação de serviços de
submetidas à auditoria do Confea, Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
visando à verificação do cumprimento da
decisão plenária que homologou a
Considerando os arts. 30 e 72 da Lei nº
proposta de composição do plenário do
8.666, de 21 de junho de 1993, que
Crea.
regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Art. 37. O Crea deve informar ao Confea
Constituição Federal, institui normas
a qualquer tempo a existência de ação
para licitações e contratos da
judicial ou de ato administrativo que
Administração Pública e dá outras
impeça a posse dos representantes ou
providências;
que altere a composição do plenário do
Crea homologada pelo Confea.
Art. 38. Esta Resolução entra em vigor Considerando o art. 11, § 1º, do Decreto
na data de sua publicação. nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004,
Art. 39. Ficam revogadas as Resoluções que regulamenta as Leis nos 10.048, de
nº 335, de 27 de outubro de 1989, e 8 de novembro de 2000, que dá
465, de 23 de novembro de 2001, e as prioridade de atendimento às pessoas
disposições em contrário das Resoluções que especifica, e 10.098, de 19 de
nº 289, de 29 de dezembro de 1983, e dezembro de 2000, que estabelece
460, de 22 de junho de 2001, e demais normas gerais e critérios básicos para a
disposições em contrário. promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com
Brasília, 8 de dezembro de 2006. mobilidade reduzida, e dá outras
providências;
RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE
OUTUBRO DE 2009. Considerando a Lei nº 5.700, de 1º de
janeiro de 1971, que dispõe sobre
a forma de registro e a apresentação dos
Dispõe sobre a Anotação de
símbolos nacionais e dá outras
Responsabilidade Técnica e o Acervo
providências;
Técnico Profissional, e dá outras
providências.
Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990, que dispõe sobre
O CONSELHO FEDERAL DE
a proteção do consumidor e dá outras
ENGENHARIA, ARQUITETURA E
providências;
AGRONOMIA – Confea, no uso das
atribuições que lhe confere a alínea "f"
do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de Considerando a Lei nº 9.307, de 23 de
dezembro de 1966, e setembro de 1996, que dispõe sobre
a arbitragem;
Considerando os arts. 8º, 12, 19, 20, 21,
59 e 67 da Lei nº 5.194, de 1966, que Considerando o Decreto nº 6.932, de 11
regula o exercício das profissões de de agosto de 2009, que dispõe sobre a
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro- simplificação do atendimento público
Agrônomo, e dá outras providências; prestado ao cidadão, ratifica a dispensa
do reconhecimento de firma em
documentos produzidos no Brasil,
Considerando os arts. 1º, 2º e 3º da Lei
institui a “Carta de Serviços ao Cidadão”
nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977,
e dá outras providências,
78
RESOLVE: Do Registro da ART
Seção I
79
I – ART de obra ou serviço, relativa à b) houver a necessidade de corrigir erro
execução de obras ou prestação de de preenchimento de ART.
serviços inerentes às profissões
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;
Art. 11. Quanto à participação técnica, a
ART de obra ou serviço pode ser
II – ART de obra ou serviço de rotina, classificada da seguinte forma:
denominada ART múltipla, que especifica
vários contratos referentes à execução
I – ART individual, que indica que a
de obras ou à prestação de serviços em
atividade, objeto do contrato, é
determinado período; e
desenvolvida por um único profissional;
80
Da Baixa da ART Art. 17. A baixa de ART pode ser
requerida ao Crea pelo contratante ou
pela pessoa jurídica contratada por meio
Art. 13. Para os efeitos legais, somente
de formulário próprio, conforme o Anexo
será considerada concluída a
III, desde que instruída com informações
participação do profissional em
suficientes que comprovem a inércia do
determinada atividade técnica a partir da
profissional em requerê-la.
data da baixa da ART correspondente.
82
IV – for caracterizada outra forma de Art. 28. A ART relativa à execução de
exercício ilegal da profissão; obra ou prestação de serviço deve ser
registrada antes do início da respectiva
atividade técnica, de acordo com as
V – for caracterizada a apropriação de
informações constantes do contrato
atividade técnica desenvolvida por outro
firmado entre as partes.
profissional habilitado; ou
83
Parágrafo único. No caso em que a ART serviços de rotina anotar a
tenha sido registrada indicando responsabilidade técnica pelas
atividades que posteriormente foram atividades desenvolvidas por meio da
subcontratadas, compete ao profissional ART múltipla.
substituí-la para adequação ao disposto
no inciso I deste artigo.
Parágrafo único. O disposto
no caput deste artigo também se aplica
Art. 31. A substituição, a qualquer ao serviço de rotina executado por
tempo, de um ou mais responsáveis profissional integrante do quadro técnico
técnicos pela execução da obra ou de pessoa jurídica.
prestação do serviço obriga ao registro
de nova ART, vinculada à ART
Art. 35. Para efeito desta resolução, a
anteriormente registrada.
atividade técnica relacionada à obra ou
ao serviço de rotina pode ser
Art. 32. Compete ao profissional caracterizada como aquela que é
cadastrar a ART de obra ou serviço no executada em grande quantidade ou de
sistema eletrônico e efetuar o forma repetitiva e continuada.
recolhimento do valor relativo ao
registro no Crea em cuja circunscrição
Parágrafo único. Poderá ser objeto de
for exercida a atividade, nos seguintes
ART múltipla contrato cuja prestação do
casos:
serviço seja caracterizada como
periódica.
I – quando o profissional for contratado
como autônomo diretamente por pessoa
Art. 36. As atividades técnicas
física ou jurídica; ou
relacionadas a obra ou serviço de rotina
que poderão ser registradas via ART
II – quando o profissional for o múltipla serão objeto de relação
proprietário do empreendimento ou unificada.
empresário.
§ 1º A câmara especializada manifestar-
Art. 33. Compete ao profissional se-á sempre que surgirem outras
cadastrar a ART de obra ou serviço no atividades que possam ser registradas
sistema eletrônico e à pessoa jurídica por meio de ART múltipla.
contratada efetuar o recolhimento do
valor relativo ao registro no Crea em
§ 2º Aprovada pela câmara
cuja circunscrição for exercida a
especializada, a proposta será levada ao
atividade, quando o responsável técnico
Plenário para apreciação.
desenvolver atividades técnicas em
nome da pessoa jurídica com a qual
mantenha vínculo. § 3º Após aprovação pelo Plenário do
Crea, a proposta será encaminhada ao
Confea para apreciação e atualização da
Seção VI
relação correspondente.
87
§ 2º A validade da CAT deve ser de direito público ou privado, que atesta
conferida no site do Crea ou do Confea. a execução de obra ou a prestação de
serviço e identifica seus elementos
quantitativos e qualitativos, o local e o
Art. 54. É vedada a emissão de CAT ao
período de execução, os responsáveis
profissional que possuir débito relativo a
técnicos envolvidos e as atividades
anuidade, multas e preços de serviços
técnicas executadas.
junto ao Sistema Confea/Crea,
excetuando-se aqueles cuja exigibilidade
encontrar-se suspensa em razão de Art. 58. As informações acerca da
recurso. Revogado pela Resolução execução da obra ou prestação de
1.092, de 19 de setembro de 2017 serviço, bem como os dados técnicos
qualitativos e quantitativos do atestado
devem ser declarados por profissional
Art. 55. É vedada a emissão de CAT em
que possua habilitação nas profissões
nome da pessoa jurídica.
abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
88
§ 3º Será arquivada no Crea uma das § 2º Compete ao Crea, quando
vias do atestado apresentado. necessário e mediante justificativa,
solicitar outros documentos ou efetuar
diligências para averiguar as
§ 3º Será́ mantida no Crea uma cópia do
informações apresentadas.
atestado apresentado. (NR)
89
meio de declaração entregue no período, o nível de atuação e as
momento da habilitação ou da entrega atividades desenvolvidas, tais como
das propostas. trabalhos técnicos, correspondências,
diário de obras, livro de ordem, atestado
emitido pelo contratante ou documento
Seção III
equivalente.
90
§ 3º No caso em que a atividade técnica Resolução 1.092, de 19 de setembro de
descrita na ART caracterizar assunto de 2017
interesse comum a duas ou mais
especializações profissionais, o processo
§ 1º Para fins de atualização dos Anexos
será apreciado pelas câmaras
I, II, III e IV, o Crea deve encaminhar ao
especializadas competentes e, em caso
Confea proposta justificada até 30 de
de divergência, encaminhado ao Plenário
maio de cada ano.
do Crea para decisão.
92
Parágrafo único. Os novos §2º do art. 28 - Revogado pela
procedimentos para análise de acervo Resolução 1.050, de 13 de dezembro de
técnico serão obrigatórios para todas as 2013
ARTs, independentemente da data de
registro, ressalvadas aquelas indicadas
Art. 79 - Revogado pela Resolução
em requerimento protocolizado no Crea
1.050, de 13 de dezembro de 2013
até a data de entrada em vigor desta
resolução.
Resolução 1.092, de 19 de setembro de
2017
Art. 81. Esta resolução entra em vigor
em 1º de janeiro de 2010.
94
executou a obra ou prestou o Paragrafo único. Compete ao
serviço, instruída com cópia dos Crea, quando necessário e
seguintes documentos: mediante justificativa, solicitar
I – formulário da ART outros documentos para
devidamente preenchido; averiguar as informações
II – documento hábil que apresentadas.
comprove a efetiva participação Art. 4° Apresentado o
do profissional na execução da requerimento devidamente
obra ou prestação do serviço, instruído, o processo será
indicando explicitamente o encaminhado à câmara
período, o nível de atuação e as especializada competente para
atividades desenvolvidas, tais apreciação.
como trabalhos técnicos, § 1º No caso de a atividade
correspondências, diário de técnica descrita na ART
obras, livro de ordem, atestado caracterizar assunto de
emitido pelo contratante ou interesse comum a duas ou
documento equivalente; e mais especializações
III – comprovante de profissionais, a matéria,
pagamento do valor obrigatoriamente, será
correspondente à análise de apreciada por todas as câmaras
requerimento de regularização especializadas competentes.
de obra ou serviço concluído. § 2º Ocorrendo divergência nas
§ 1º Mediante justificativa decisões das câmaras
fundamentada, poderá ser especializadas no caso previsto
aceita como prova de efetiva no § 1º, o requerimento será
participação do profissional encaminhado ao Plenário do
declaração do contratante, Crea para deliberação.
desde que baseada em início de § 3º Não havendo câmara
prova material, não sendo especializada da categoria ou
admitida prova exclusivamente modalidade do profissional
testemunhal. requerente, o processo será
§ 2º A falta de visto do apreciado diretamente pelo
profissional no Crea em cuja Plenário do Regional.
circunscrição a atividade foi Art. 5º Deferido o
desenvolvida não impede a requerimento, o profissional
regularização da obra ou será comunicado para efetuar o
serviço, desde que a situação do registro da anotação de
profissional seja previamente responsabilidade técnica
regularizada. mediante o recolhimento do
Art. 3° O requerimento de valor da ART.
regularização da obra ou serviço Art. 6° A regularização de obra
será analisado para verificação ou serviço na forma desta
da documentação apresentada, resolução não exime o
das atribuições do profissional e interessado de outras
da atividade descrita, em cominações legais cabíveis.
função da legislação em vigor à Art. 7° Os valores referentes ao
época de sua execução, e após registro da ART e à análise de
a verificação pelo Crea da requerimento de regularização
existência de obra ou serviço de obra ou serviço concluído a
concluído. serem aplicados pelos Creas
95
serão aqueles constantes de exercício profissional e dá
resolução específica, em vigor à outras providências,
época do requerimento. RESOLVE:
Art. 8° Esta resolução entra em Art. 1º Aprovar os modelos de
vigor em 1º de janeiro de 2014. Carteira de Identidade
Art. 9º Ficam revogados o §2º Profissional, de Carteira de
do art. 28 e o art. 79 da Identidade Provisória e de
Resolução nº 1.025, de 30 de Carteira de Identidade
outubro de 2009. Temporária, que constituem o
anexo desta resolução e
revogar os Anexos II e III da
Brasília, 13 de dezembro de
Resolução nº 1.007, de 5 de
2013.
dezembro de 2003, publicada
no Diário Oficial da União (DOU)
do dia 16 de dezembro de 2003,
Seção 1, págs. 70 a 74.
RESOLUÇÃO Nº 1.059, DE 28 Art. 2º O Crea providenciará a
DE OUTUBRO DE 2014. expedição da Carteira de
Identidade Profissional, da
Carteira de Identidade
Aprova os modelos de Carteira Provisória e da Carteira de
de Identidade Profissional, de Identidade Temporária, de
Carteira de Identidade acordo com os modelos e as
Provisória e de Carteira de especificações técnicas contidas
Identidade Temporária, e no Anexo I desta resolução.
revoga os Anexos II e III da Art. 3º Para efeito desta
Resolução nº 1.007, de 5 de resolução, considera-se:
dezembro de 2003. I - Carteira de Identidade
Profissional como a carteira
O CONSELHO FEDERAL DE definitiva emitida pelo Crea ao
ENGENHARIA E AGRONOMIA – profissional após a anotação de
Confea, no uso das atribuições seu diploma no Sistema de
que lhe confere a alínea "f" do Informações Confea/Crea
art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 (SIC);
de dezembro de 1966, e II - Carteira de Identidade
Considerando que a alínea “h” Provisória como a carteira
do art. 34 da Lei nº 5.194, de emitida pelo Crea no caso de o
1966, disciplina que compete profissional estar com o registro
aos Creas a expedição das de diploma em processamento
carteiras profissionais ou no órgão competente do
documentos de registro; sistema de ensino, que
Considerando que o art. 56 da substituirá o Cartão de Registro
Lei nº 5.194, de 1966, que Provisório previsto na
dispõe sobre a carteira Resolução nº 1.007, de 2003;
profissional; III - Carteira de Identidade
Considerando a Lei nº 6.206, de Temporária como a carteira
7 de maio de 1975, que dá valor emitida pelo Crea no caso de
de documento de identidade às diplomado no exterior,
carteiras expedidas pelos brasileiro ou estrangeiro
órgãos fiscalizadores de portador de visto temporário,
96
com contrato de trabalho registro nacional somente será
temporário no País, com a gerado após a anotação das
validade do registro anotado no informações referentes ao
SIC. profissional no SIC.
Parágrafo único. A Carteira de Art. 8º As carteiras de que trata
Identidade Provisória terá esta resolução conterão código
validade de um ano e seu prazo de barras bidimensional, com a
poderá ser prorrogado uma possibilidade de verificação do
única vez por igual período, perfil do profissional em página
mediante documento oficial eletrônica a ser disponibilizada
expedido pela instituição de pelo Crea de registro.Alterado
ensino certificando que o pela Resolução 1.068, de 25 de
diploma continua em setembro de 2015.
processamento.
Art. 4º As novas carteiras de
Art. 8° As carteiras de que trata
identidade serão um cartão
esta resolução conterão código
inteligente confeccionado de
de barras bidimensional, com a
acordo com as especificações
possibilidade de verificação do
estabelecidas pelo Instituto
perfil do profissional em página
Nacional de Tecnologia da
eletrônica a ser disponibilizada
Informação (ITI), atendendo às
pelo Confea. (NR)
exigências técnicas definidas
nos regulamentos da
Infraestrutura de Chaves Art. 9º Será possível a inserção
Públicas (ICP-Brasil). de até 4 (quatro) títulos
Art. 5º De posse da nova profissionais na carteira de
carteira de identidade, o identidade emitida pelos Creas.
profissional está autorizado a §1º O profissional que desejar
inserir um Certificado Digital incluir na carteira de identidade
padrão ICP-Brasil utilizando os sua condição de doador de
serviços de uma Autoridade de órgãos e tecidos poderá
Registro (AR) que seja parte de declarar o interesse no ato de
uma Autoridade Certificadora requerimento, devendo a
(AC) na hierarquia do ITI. informação constar do campo
Art. 6º A carteira de identidade “Observações” da carteira.
profissional prevista no Modelo §2º Caso haja interesse do
1 do Anexo III da Resolução nº profissional, poderá ser inserido
1.007, de 2003, será na carteira de identidade o
gradualmente substituída e número do Programa de
continuará válida por período Integração Social - PIS ou do
indeterminado para todos os Programa de Formação do
profissionais que ainda não a Patrimônio do Servidor Público -
tenham substituído. PASEP, desde que haja
Art. 7º A Carteira de Identidade comprovação do número pelo
Profissional, a Carteira de interessado.
Identidade Provisória e a
Carteira de Identidade § 3° Caso haja interesse do
Temporária conterão o número profissional, poderá ser
de registro nacional. utilizado o nome social na forma
Parágrafo único. O número de prevista pelo Decreto n° 8.727,
97
de 28 de abril de 2016, no O CONSELHO FEDERAL DE
anverso da Carteira de ENGENHARIA E AGRONOMIA
Identidade, desde que – Confea, no uso das
solicitado formalmente ao Crea. atribuições que lhe confere a
(NR) alínea "f" do art. 27 da Lei nº
5.194, de 24 de dezembro
1966, e
Art. 10. A expedição das
carteiras de identidade de que Considerando a Lei nº 5.194, de
trata esta resolução fica sujeita 24 de dezembro de 1966, que
a taxa a ser definida em regula o exercício das profissões
resolução específica do Confea. de engenheiro e de engenheiro
Art. 11. Revogam-se os arts. agrônomo;
23, 24, 25, 28 e 52 e os anexos
II e III da Resolução nº 1.007,
Considerando o disposto no art.
de 5 de dezembro de 2003.
1º da Lei nº 5.194, de 1966,
Art. 12. Esta resolução entra em
que caracteriza as profissões do
vigor 90 (noventa) dias após a
engenheiro e do engenheiro
data de sua
agrônomo pelas realizações de
publicação. Alterado pela
interesse social e humano que
Resolução 1.063, de 16 de
importem na execução dos
março de 2015
empreendimentos, de caráter
técnico, dispostos nas alíneas
Art. 12. Esta resolução entra em desse artigo;
vigor em 1° de outubro de
2015. (NR)
Considerando o Decreto nº
23.196, de 12 de outubro de
Alterado pela Resolução 1.068, 1933, que regula o exercício da
de 25 de setembro de 2015 profissão agronômica;
Considerando o Decreto-Lei nº
RESOLUÇÃO N° 1.073, DE 19
8.620, de 10 de janeiro de
DE abril DE 2016Regulamenta a
1946, que dispõe sobre a
atribuição de títulos, atividades,
regulamentação do exercício
competências e campos de
das profissões de engenheiro e
atuação profissionais aos
de agrimensor, regida pelo
profissionais registrados no
Decreto nº 23.569, de 1933;
Sistema Confea/Crea para
efeito de fiscalização do
exercício profissional no âmbito Considerando a Lei nº 4.076, de
da Engenharia e da Agronomia. 23 de junho de 1962, que
98
regula o exercício da profissão estabelece as diretrizes e bases
de geólogo; da educação nacional;
RESOLVE:
Considerando o Decreto nº
90.922, de 6 de fevereiro de
1985, que regulamenta a Lei nº Art. 1º Estabelecer normas para
5.524, de 1968, modificado pelo a atribuição de títulos,
Decreto nº 4.560, de 30 de atividades, competências e
dezembro de 2002; campos de atuação
profissionais no âmbito das
profissões que, por força de
Considerando a Lei nº 7.270, de
legislação federal
10 de dezembro de 1984, que
regulamentadora específica,
apresenta disposições
forem fiscalizadas pelo Sistema
referentes ao exercício da
Confea/Crea.
atividade de perícia técnica;
Capítulo I
Considerando a Lei nº 7.410, de
27 de novembro de 1985, que
dispõe sobre a especialização de DAS DEFINIÇÕES
engenheiros e arquitetos em PRELIMINARES
Engenharia de Segurança do
Trabalho;
Art. 2º Para efeito da
fiscalização do exercício das
Considerando o Decreto nº profissões objeto desta
92.530, de 9 de abril de 1986, Resolução são adotadas as
que regulamenta a Lei nº 7.410, seguintes definições:
de 1985;
I – atribuição: ato geral de
Considerando a Lei nº 9.394, de consignar direitos e
20 de dezembro de 1996, que responsabilidades dentro do
99
ordenamento jurídico que rege regulares, junto ao sistema
a sociedade; oficial de ensino brasileiro;
100
legais que disciplinam o sistema discriminados nos incisos deste
oficial de ensino brasileiro; e artigo deverão ser registrados e
cadastrados nos Creas para
efeito de atribuições, títulos,
XI – suplementação curricular:
atividades, competências e
conjunto de componentes
campos de atuação
curriculares integrantes de
profissionais.
cursos de formação ou de
graduação regulares, em
consonância com as disposições § 2º Os níveis de formação
legais que disciplinam o sistema profissional discriminados nos
oficial de ensino brasileiro. incisos I, III e IV habilitam o
diplomado, em cursos
reconhecidos pelo sistema
Art. 3º Para efeito da atribuição
oficial de ensino brasileiro, ao
de atividades, de competências
registro profissional no Crea na
e de campos de atuação
forma estabelecida nos
profissionais para os
normativos do Confea que
diplomados no âmbito das
regulam o assunto.
profissões fiscalizadas pelo
Sistema Confea/Crea,
consideram-se os níveis de § 3º Os níveis de formação de
formação profissional, a saber: que tratam os incisos II, V, VI e
VII possibilitam ao profissional
já registrado no Crea,
I – formação de técnico de nível
diplomado em cursos regulares
médio;
e com carga horária que atenda
os requisitos estabelecidos pelo
II – especialização para técnico sistema oficial de ensino
de nível médio; brasileiro, a requerer extensão
de atribuições iniciais de
III – superior de graduação atividades e campos de atuação
tecnológica; profissionais na forma
estabelecida nesta resolução.
IV – superior de graduação
plena ou bacharelado; CAPÍTULO II
101
formação do profissional, nos detalhamento,
níveis discriminados nos incisos dimensionamento e
I, III e IV do art. 3º, obtida por especificação.
diplomação em curso
reconhecido pelo sistema oficial
Atividade 03 – Estudo de
de ensino brasileiro, no âmbito
viabilidade técnico-econômica e
das profissões fiscalizadas pelo
ambiental.
Sistema Confea/Crea.
Atividade 04 – Assistência,
Parágrafo único. O título
assessoria, consultoria.
profissional a ser atribuído em
conformidade com
o caput deste artigo deverá Atividade 05 – Direção de obra
constar da Tabela de Títulos do ou serviço técnico.
Confea.
Atividade 06 – Vistoria, perícia,
Seção II inspeção, avaliação,
monitoramento, laudo, parecer
técnico, auditoria, arbitragem.
Atribuição inicial de
atividades profissionais
Atividade 07 – Desempenho de
cargo ou função técnica.
Art. 5º Aos profissionais
registrados nos Creas são
atribuídas as atividades Atividade 08 – Treinamento,
profissionais estipuladas nas ensino, pesquisa,
leis e nos decretos desenvolvimento, análise,
regulamentadores das experimentação, ensaio,
respectivas profissões, divulgação técnica, extensão.
acrescidas das atividades
profissionais previstas nas Atividade 09 – Elaboração de
resoluções do Confea, em vigor, orçamento.
que dispõem sobre o assunto.
Atividade 10 – Padronização,
§ 1º Para efeito de fiscalização mensuração, controle de
do exercício profissional dos qualidade.
profissionais registrados nos
Creas, ficam designadas as
seguintes atividades Atividade 11 – Execução de
profissionais: obra ou serviço técnico.
102
Atividade 14 – Condução de Atribuição inicial de campo
serviço técnico. de atuação profissional
103
do projeto pedagógico de curso ser revalidados na forma da
comprovadamente regular, legislação em vigor.
junto ao sistema oficial de
ensino brasileiro, nos níveis de
§ 5º No caso de não haver
formação profissional
câmara especializada relativa
discriminados no art. 3º,
ao campo de atuação
cursados com aproveitamento,
profissional do interessado ou
e por suplementação curricular
câmara especializada
comprovadamente regular,
compatível à extensão de
dependendo de decisão
atribuição de campo de atuação
favorável das câmaras
profissional pretendida pelo
especializadas pertinentes à
interessado, a decisão caberá
atribuição requerida.
ao Plenário do Crea, embasada
em relatório fundamentado da
§ 1º A concessão da extensão Comissão de Educação e
da atribuição inicial de Atribuição Profissional do Crea,
atividades e de campo de quando houver, ou em relatório
atuação profissional no âmbito e voto fundamentado de
das profissões fiscalizadas pelo conselheiro representante de
Sistema Confea/Crea será em instituição de ensino da
conformidade com a análise modalidade.
efetuada pelas câmaras
especializadas competentes do
§ 6º Em todos os casos, será
Crea da circunscrição na qual se
exigida a prévia comprovação
encontra estabelecida a
do cumprimento das exigências
instituição de ensino ou a sede
estabelecidas pelo sistema
do campus avançado, conforme
oficial de ensino brasileiro para
o caso.
a validade e a regularidade dos
respectivos cursos, bem como o
§ 2º A extensão de atribuição é cadastro da respectiva
permitida entre modalidades do instituição de ensino e dos seus
mesmo grupo profissional. cursos no Sistema Confea/Crea.
104
Conselho Regional da profissionais, em conformidade
circunscrição onde se encontrar com o estabelecido no art. 7º e
o local de sua atividade. seus parágrafos desta
resolução;
Parágrafo único. A atribuição
inicial de títulos, atividades, II – ao aluno matriculado em
competências e campos de curso técnico ou de graduação
atuação profissionais, bem comprovadamente regular
como a extensão de atribuições, antes da vigência desta
para os diplomados nos resolução é permitida a opção
respectivos níveis de formação pelo registro em conformidade
abrangidos pelas diferentes com as disposições então
profissões fiscalizadas pelo vigentes;
Sistema Confea/Crea será
efetuada pelo Crea estritamente
III – ao egresso de curso
em conformidade com a análise
técnico ou de graduação
do Crea da circunscrição na qual
matriculado a partir da vigência
se encontra estabelecida a
desta resolução serão
instituição de ensino ou a sede
atribuídos título, atividades e
do campus avançado, conforme
campo de atuação profissionais
o caso, incluindo o respectivo
em conformidade com os
registro no Sistema de
critérios estabelecidos nos
Informações Confea/Crea –
artigos 4º, 5º e 6º e seus
SIC.
parágrafos, sendo-lhe permitida
a extensão dessa atribuição
Art. 9° O Crea deverá anotar as inicial em conformidade com o
características da formação do estabelecido no art. 7º e seus
profissional, com a parágrafos, desta resolução; e
correspondente atribuição
inicial de título, atividades e
IV – ao profissional que ainda
campos de atuação para o
não estiver registrado, incluindo
exercício profissional, levando
o diplomado no exterior, serão
em consideração as disposições
atribuídos título, atividades e
dos artigos anteriores.
campo de atuação profissionais,
em conformidade com os
CAPITULO IV critérios estabelecidos nos
artigos 4º, 5º e 6º e seus
parágrafos, sendo-lhe permitida
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a extensão dessa atribuição
inicial em conformidade com o
Art. 10. Para efeito da aplicação estabelecido no art. 7º e seus
desta resolução, adotar-se-ão parágrafos, desta resolução.
os seguintes critérios:
Art. 11. A partir da vigência
I – ao profissional que estiver desta resolução, os Creas
registrado será permitida a deverão registrar, no cadastro
extensão da atribuição inicial de do SIC:
atividades e campos de atuação
105
I – do profissional engenheiro já Atribuição Profissional dos
registrado no Crea, com Creas estão dispostos no Anexo
atribuições iniciais constantes II desta resolução.
das resoluções do Confea, em
vigor, o acréscimo das
Art. 13. As dúvidas levantadas
atribuições do art. 7º da Lei nº
no âmbito dos Creas relativos a
5.194, de 1966, e dos artigos
atribuições de títulos,
específicos de sua profissão
atividades, competências e
constantes do Decreto nº
campos de atuação
23.569, de 1933, mediante
profissionais serão analisados e
análise curricular;
decididos pelo Confea, em
conformidade com o disposto no
II – do profissional engenheiro- parágrafo único do art. 27 da
agrônomo já registrado no Crea Lei nº 5.194, de 1966.
com atribuições iniciais
constantes das resoluções do
Art. 14. Esta resolução entra em
Confea, em vigor, o acréscimo
vigor na data de sua publicação
das atribuições do art. 7º da Lei
no Diário Oficial da União –
nº 5.194, de 1966, e do Decreto
DOU.
nº 23.196, de 1933, mediante
análise curricular; e
Brasília, 19 de abril de 2016.
III – dos demais profissionais já
registrados no Crea, as RESOLUÇÃO Nº 1.090, DE 3 DE
atribuições constantes das leis, MAIO DE 2017.
dos decretos regulamentadores
das respectivas profissões ou Dispõe sobre o cancelamento de
dos artigos específicos de suas registro profissional por má
profissões constantes das conduta pública, escândalo ou
resoluções do Confea, conforme crime infamante.
o caso.
O CONSELHO FEDERAL DE
Parágrafo único. O registro no ENGENHARIA E AGRONOMIA –
cadastro do SIC das situações CONFEA, no uso das atribuições
previstas nos incisos I, II e III que lhe confere a alínea "f" do
acima deverá ser solicitado art. 27 da Lei nº 5.194, de 24
mediante requerimento do de dezembro de 1966, e
profissional interessado dirigido Considerando o art. 71 da Lei nº
ao Presidente do Crea no qual 5.194, de 1966, que estabelece
foi registrado. as penalidades aplicáveis por
infração a essa lei;
Art. 12. Os procedimentos para Considerando o art. 75 da Lei nº
cadastramento de instituição de 5.194, de 1966, que estabelece
ensino e de cursos para que o cancelamento do registro
atendimento dos arts. 10 e 11 será efetuado por má conduta
da Lei nº 5.194, de 1966, assim pública e escândalos praticados
como o regulamento das pelo profissional ou sua
Comissões de Educação e condenação definitiva por crime
106
considerado infamante; indignação provocada por um
Considerando o inciso XLVII, mau exemplo, por má conduta
alínea “b”, do art. 5º da pública ou por ação
Constituição da República vergonhosa, leviana, indecente,
Federativa do Brasil, de 5 de ou constitui acontecimento
outubro de 1988, que imoral ou revoltante que abala
estabelece a garantia de que a opinião pública;
não haverá penas de caráter III - crime infamante: aquele
perpétuo; que acarreta desonra,
Considerando o art. 5°, inciso indignidade e infâmia ao seu
LV, da Constituição da autor, ou que repercute
República Federativa do Brasil, negativamente em toda a
de 1988, que assegura o direito categoria profissional, atingindo
ao contraditório e à ampla a imagem coletiva dos
defesa dos litigantes; profissionais do Sistema
Considerando o Código de Ética Confea/Crea;
Profissional, adotado pela IV - imperícia: a atuação do
Resolução n° 1.002, de 26 de profissional que se incumbe de
novembro de 2002; atividades para as quais não
Considerando a resolução possua conhecimento técnico
específica que aprova o suficiente, mesmo tendo
regulamento para condução do legalmente essas atribuições;
processo ético-disciplinar, V - imprudência: a atuação do
RESOLVE: profissional que, mesmo
Art. 1º Fixar as definições e os podendo prever consequências
procedimentos necessários à negativas, pratica ato sem
condução do processo de considerar o que acredita ser
cancelamento do registro fonte de erro; e
profissional pela prática de má VI - negligência: a atuação
conduta pública, escândalos e omissa do profissional ou a falta
crimes infamantes, bem como de observação do seu dever,
os procedimentos para principalmente aquela relativa à
requerimento de reabilitação do não participação efetiva na
profissional. autoria do projeto ou na
CAPÍTULO I execução do empreendimento.
DAS DEFINIÇÕES CAPÍTULO II
Art. 2º Para os fins desta DO ENQUADRAMENTO
resolução, considera-se: Art. 3º São enquadráveis como
I - má conduta pública: a má conduta ou escândalos
atuação incorreta, irregular, passíveis de cancelamento do
que atenta contra as normas registro profissional, entre
legais ou que fere a moral outros, os seguintes atos e
quando do exercício comportamentos:
profissional; I - incidir em erro técnico grave
II - escândalo: aquilo que, por negligência, imperícia ou
quando do exercício imprudência, causando danos;
profissional, perturba a II - manter no exercício da
sensibilidade do homem comum profissão conduta incompatível
pelo desprezo às convenções ou com a honra, a dignidade e a
à moral vigente, ou causa boa imagem da profissão;
107
III - fazer falsa prova de especializada da modalidade do
qualquer dos requisitos para o denunciado, no caso de
registro no Crea; recebimento de denúncia,
IV - falsificar ou adulterar encaminhar o processo à
documento público emitido ou Comissão de Ética Profissional,
registrado pelo Crea para obter com a indicação expressa para
vantagem indevida para si ou que aquela comissão averigue a
para outrem; ocorrência de infração ao art. 75
V - usar das prerrogativas de da Lei n° 5.194, de 1966, ou ao
cargo, emprego ou função Código Ética Profissional.
pública ou privada para obter § 2º O Crea deverá instaurar
vantagens indevidas para si ou processo de ofício quando
para outrem; constatados por qualquer meio
VI - ter sido condenado por à sua disposição, inclusive a
Tribunal de Contas ou pelo partir de notícias veiculadas em
Poder Judiciário por prática de meios de comunicação idôneos,
ato de improbidade indícios de má conduta pública,
administrativa enquanto no escândalo ou condenação por
exercício de emprego, cargo ou crime infamante.
função pública ou privada, caso
concorra para o ilícito praticado
CAPITULO IV
por agente público ou, tendo
DA REABILITAÇÃO
conhecimento de sua origem
PROFISSIONAL
ilícita, dele se beneficie no
Art. 6º O profissional que tiver
exercício de atividades que
o seu registro cancelado por má
exijam conhecimentos de
conduta pública, escândalo ou
engenharia, de agronomia, de
crime infamante poderá
geologia, de geografia ou de
requerer sua reabilitação,
meteorologia; e
mediante novo registro,
VII - ter sido penalizado com
decorridos no mínimo cinco
duas censuras públicas, em
anos da data do trânsito em
processos transitados em
julgado da decisão
julgado, nos últimos cinco anos.
administrativa que ensejou seu
Art. 4º O enquadramento da
cancelamento.
infração por crime considerado
§ 1º Além dos documentos
infamante dependerá da
estabelecidos pela resolução
apresentação da decisão
específica que trata do registro
criminal transitada em julgado.
profissional, o requerimento de
CAPÍTULO III
que trata o caput deverá ser
DA INSTAURAÇÃO E
instruído com os seguintes
CONDUÇÃO DO PROCESSO
documentos comprobatórios da
Art. 5º O processo será
reabilitação do profissional
instaurado pelo Crea, a partir de
relativos à infração cometida:
denúncia ou por iniciativa
I – certidão negativa de
própria, e conduzido em caráter
processos criminais, expedida
prioritário na forma
pela comarca do seu domicílio,
estabelecida pela resolução
e sentença de reabilitação
específica que trata do processo
criminal; e
ético-disciplinar.
II – três declarações de
§ 1º Caberá à câmara
idoneidade e de boa conduta
108
lavradas por profissionais Brasília, 3 de maio de 2017.
idôneos e registrados no Crea
da jurisdição onde será
RESOLUÇÃO N° 1.094, DE 31
processado o requerimento,
DE OUTUBRO DE 2017.
com firma reconhecida em
cartório.
§ 2º O profissional que tiver Dispõe sobre a adoção do Livro
concedida sua solicitação de de Ordem de obras e serviços
reabilitação receberá novo das profissões abrangidas pelo
registro, com nova numeração, Sistema Confea/Crea.
devendo o acervo técnico
constante de seu registro O CONSELHO FEDERAL DE
anterior ser transferido para o ENGENHARIA E AGRONOMIA -
novo registro. CONFEA, no uso das atribuições
Art. 7° Apresentado o que lhe confere o art. 27, alínea
requerimento de novo registro “f", da Lei nº 5.194, de 24 de
devidamente instruído, o dezembro de 1966, e
processo será encaminhado à Considerando que compete aos
câmara especializada da Conselhos Regionais de
modalidade do denunciado para Engenharia e Agronomia –
apreciação da documentação Creas, com amparo na alínea “f”
comprobatória da reabilitação do art. 34 da referida Lei n°
do profissional. 5.194, de 1966, organizar os
§ 1º Recebida a documentação procedimentos de fiscalização
comprobatória da reabilitação das atividades desenvolvidas
do profissional pela câmara pelos profissionais pertencentes
especializada, o processo será ao Sistema Confea/Crea;
conduzido na forma da Considerando a necessidade de
resolução específica que trata adoção de mecanismos que
do registro profissional. propiciem eficiente
§ 2º Rejeitada a documentação acompanhamento e controle da
comprobatória da reabilitação participação efetiva dos
do profissional pela câmara profissionais nas obras e
especializada, o requerimento serviços pelos quais são
será arquivado. responsáveis técnicos, de sorte
Art. 8° Após um ano da data do a preservar os interesses da
trânsito em julgado da decisão sociedade;
que indeferiu sua reabilitação Considerando que os
profissional, o interessado instrumentos tradicionais de
poderá protocolar novo fiscalização verificam a autoria
requerimento para reabilitação dos projetos e a existência de
na forma do art. 6º desta responsável técnico pelas obras
resolução. e serviços, mas não conseguem
Art. 9º Fica revogada a Decisão verificar o efetivo
Normativa nº 69, de 23 de acompanhamento do
março de 2001. profissional,
Art. 10. Esta resolução entra em RESOLVE:
vigor na data de sua publicação. Art. 1º Fica instituído o Livro de
Ordem de obras e serviços das
profissões abrangidas pelo
109
Sistema Confea/Crea. CAT.
§ 1° O Livro de Ordem será Art. 4° O Livro de Ordem deverá
preferencialmente eletrônico e conter o registro, a cargo do
estará vinculado à respectiva responsável técnico, de todas
Anotação de Responsabilidade as ocorrências relevantes do
Técnica - ART. empreendimento.
§ 2° O Livro de Ordem será § 1° Serão registradas no Livro
obrigatório para a emissão de de Ordem informações tais
Certidão de Acervo Técnico – como:
CAT aos responsáveis pela I – dados do empreendimento,
execução e fiscalização de obras de seu proprietário, do
iniciadas a partir de 1o de responsável técnico e da
janeiro de 2018. respectiva ART;
§ 3º Os Plenários dos Creas, a II – as datas de início e de
partir de propostas das previsão da conclusão da obra
Câmaras Especializadas, ou serviço;
poderão definir outras III – as datas de início e de
atividades e serviços técnicos conclusão de cada etapa
para os quais a adoção do Livro programada;
de Ordem será obrigatória para IV – os relatos de visitas do
a emissão da CAT. responsável técnico;
Art. 2º O Livro de Ordem V – o atual estágio de
constituirá a memória escrita de desenvolvimento do
todas as atividades empreendimento no dia de cada
relacionadas com a obra ou visita técnica;
serviço e servirá de subsídio VI – orientação de execução,
para: mediante a determinação de
I – comprovar autoria de providências relevantes para o
trabalhos; cumprimento dos projetos e
II – garantir o cumprimento das especificações;
instruções, tanto técnicas como VII – acidentes e danos
administrativas; materiais ocorridos durante os
III – dirimir dúvidas sobre a trabalhos;
orientação técnica relativa à VIII – nomes de empresas e
obra; prestadores de serviço
IV – avaliar motivos de contratados ou subcontratados,
eventuais falhas técnicas, caracterizando seus encargos e
gastos imprevistos e acidentes as atividades, com as datas de
de trabalho; e início e conclusão, e números
V – eventual fonte de dados das ARTs respectivas;
para trabalhos estatísticos. IX – os períodos de interrupção
Art. 3º O Livro de Ordem tem dos trabalhos e seus motivos,
ainda por objetivo confirmar, quer de caráter financeiro ou
juntamente com a ART, a meteorológico, quer por falhas
efetiva participação do em serviços de terceiros não
profissional na execução dos sujeitas à ingerência do
trabalhos da obra ou serviço, de responsável técnico; e
modo a permitir a verificação da X – outros fatos e observações
medida dessa participação, que, a juízo ou conveniência do
inclusive para a expedição de responsável técnico pelo
110
empreendimento, devam ser Brasília, 31 de outubro de 2017.
registrados.
§ 2° A data de encerramento do
Eng. Agr. Daniel Antônio Salati
Livro de Ordem será a mesma
Marcondes
de solicitação da baixa por
conclusão do empreendimento,
por distrato ou por outro motivo
cabível.
§ 3º Uma mesma obra ou
empreendimento poderá contar
com tantos Livros de Ordem
quantos forem os responsáveis
técnicos cujas atividades
técnicas tenham
obrigatoriedade de registro para
emissão de CAT, conforme
definido pelas Câmaras
Especializadas.
Art. 5o Os modelos porventura
já existentes, físicos ou
eletrônicos, tais como Boletim
Diário, Livro de Ocorrências
Diárias, Diário de Obras,
Cadernetas de Obras etc., ainda
em uso pelas empresas
privadas, órgãos públicos ou
autônomos, poderão ser
admitidos como Livro de
Ordem, desde que atendam às
exigências desta resolução.
Art. 6o Os casos omissos serão
examinados pelas Câmaras
Especializadas envolvidas com o
assunto e dirimidos pelo
Plenário do Conselho Regional.
Art. 7o Esta resolução entra em
vigor na data de sua publicação,
com obrigatoriedade de
implementação em todos os
Creas a partir de 1o de janeiro
de 2018.
Art. 8o Revoga-se a Resolução
no 1.024, de 21 de agosto de
2009.
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