Apatica MANUAL PNLD2020

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Marcelo Xavier

MANUAL DO
PROFESSOR

Apática 1

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MANUAL DO PROFESSOR

Marcelo Xavier

1ª- edição
2018

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Xavier, Marcelo
Apática / Marcelo Xavier. — 1. ed. — São José
dos Campos, SP : Maxiprint, 2018.
Bibliografia.
1. Literatura infantojuvenil I. Título.
18-17101 CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático:


1. Literatura infantojuvenil 028.5
2. Literatura juvenil 028.5

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária – CRB-8/7964

ISBN 978-85-7837-950-6 (aluno)


ISBN 978-85-539-0013-8 (professor)
Introdução
A literatura tem papel fundamental na formação escolar. Segundo a professora Nelly Novaes
Coelho:
[...] pode-se afirmar que a literatura é a mais importante das artes, pois sua matéria
é a palavra (o pensamento, as ideias, a imaginação), exatamente aquilo que distingue
ou define a especificidade do humano. Além disso, sua eficácia como instrumento de
formação do ser está diretamente ligada a uma das atividades básicas do indivíduo em
sociedade: a leitura.
(COELHO, 2000, p. 10)

Diante disso, faz-se premente um trabalho eficiente com a literatura em sala de aula, que capacite
os estudantes a fruir, contextualizar e criar textos literários.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o professor, como mediador, deve
[...] possibilitar o contato com as manifestações artísticas em geral, e, de forma parti-
cular e especial, com a arte literária e [...] oferecer as condições para que se possa reco-
nhecer, valorizar e fruir essas manifestações [...] é preciso supor – e, portanto, garantir a
formação de – um leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de se implicar na
leitura dos textos, de “desvendar” suas múltiplas camadas de sentido [...].
(BNCC, 2017, p. 136)

Diversas são as proposições para um bom trabalho de mediação de leitura. Entre elas, podem-se
citar: mostrar apreço pelo objeto livro, ler trechos da obra em voz alta e explicar aos alunos trechos
mais complexos e que demandam maior atenção por parte deles.
Buscando “ampliar e diversificar as práticas relativas à leitura, à compreensão, à fruição e ao
compartilhamento das manifestações artístico-literárias, representativas da diversidade cultural,
linguística e semiótica” (BNCC, 2017, p. 154), a obra Apática, de Marcelo Xavier, e este Manual vão
ao encontro das expectativas de aprendizagem fomentadas pela BNCC, propondo um trabalho de
leitura, análise e contextualização e estimulando o gosto pela literatura e pela escrita.
Assim, este Manual pretende, por meio
[...]
da experimentação da arte e da literatura como expedientes que permitem (re)conhecer
diferentes maneiras de ser, pensar, (re)agir, sentir e, pelo confronto com o que é diverso,
desenvolver uma atitude de valorização e de respeito pela diversidade;
[...]
(BNCC, 2017, p. 154)

Apática 2

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Antes da leitura
Contextualização do autor e da obra
Marcelo Xavier nasceu em 1949, na cidade de Ipanema (MG), e passou a infância em Vitória (ES).
Há muitos anos, reside em Belo Horizonte (MG). É artista plástico autodidata, cenógrafo, figurinista,
escritor e ilustrador, e publicou mais de vinte livros.
Algumas instituições já concederam a Marcelo Xavier diversos prêmios por seu trabalho. Dentre
elas, destacam-se a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), a Câmara Brasileira do
Livro (CBL) e a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
Depois de diversas obras voltadas ao público infantil, Marcelo Xavier debruçou-se sobre este
projeto, Apática, cujos destinatários seriam leitores mais maduros, como os estudantes de 8o e 9o
anos do Ensino Fundamental – Anos Finais. Segundo o próprio autor, a obra “surgiu da incômoda
sensação de que um grande número de passageiros viaja sem bagagem. Por negligência ou simples
desatenção, parecem tê-la esquecido em alguma parada”.
Este Manual do Professor tem por objetivo guiar os estudantes pela fictícia cidade de Apática e,
assim como ocorre com seus habitantes, fazê-los refletir sobre sentimentos adormecidos.

Motivação para a leitura


Professor, a fim de motivar os estudantes para a leitura de Apática, sugerem-se estas proposições:
1. Oriente os alunos a folhear o livro, observar as imagens, sentir a textura do papel, visualizar
com atenção as cores nas páginas, etc. É importante que eles criem intimidade com esse objeto.
Além disso, esse manuseio poderá suscitar curiosidade pela narrativa.
2. Pergunte aos alunos o significado da palavra que dá nome ao livro: apática. Caso não saibam,
oriente-os a procurar sinônimos desse termo em dicionários. Em seguida, pergunte-lhes:
¡¡ “O que esse título sugere?”
¡¡ “Quem ou que coisa seria ‘apática’?”
3. Leia com os alunos a quarta capa do livro e o texto de motivação para a leitura (p. 3), pois esses tex-
tos instigam a curiosidade do leitor. Em seguida, proponha a eles as seguintes questões reflexivas:
¡¡ “A inclusão de um texto dirigido diretamente a um ‘você’ (o leitor) ajuda a fazer surgir nesse
leitor o desejo de ler a obra?”
¡¡ “O que vocês imaginam que haveria dentro da mala do forasteiro?”
¡¡ “O que pode despertar os sentimentos que os apáticos não sabem o que é sentir?”
¡¡ “É mesmo possível que nós, humanos, nos imaginemos sem nenhum sentimento, bom ou ruim?”

¡¡ “Demonstrar sentimentos ajuda as pessoas a viver melhor ou pode prejudicá-las?”


¡¡ “Por que o gelo e o frio são associados à ausência de sentimentos?”
Essas questões serão retomadas e amplificadas após a leitura da obra.
4. Antes que os estudantes iniciem a leitura da narrativa, solicite que conheçam um pouco sobre
o autor e ilustrador Marcelo Xavier, lendo sua biografia na última página da obra.

Adequação temática, categoria e gênero literário


Apática, ao retratar personagens diversos que se defrontam com sentimentos aos quais não
tinham acesso, e, portanto, com os quais não lidavam, insere-se no tema Sociedade, política e cida-
dania. Isso fica evidente, pois cada personagem que visita o forasteiro misterioso entra em contato
com sensações desconhecidas e, em seguida, muda sua visão sobre o seu entorno. Ao final da narra-

Apática 3

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tiva, são muitos os personagens que lidam com esses sentimentos e interagem entre si; portanto, eles
partem de descobertas pessoais a esferas mais amplas. Assim, a obra cumpre a função de mostrar
um pouco da complexidade das relações humanas e das interações sociais.
No que se refere ao gênero literário, a obra é classificada como uma novela. Segundo Sérgio
Roberto Costa, em seu Dicionário de gêneros textuais, em uma novela
[...] a ação, de relativa simplicidade, desenvolve-se em ritmo rápido, concentrado, com
tendência a um único desfecho; o tempo é linear, sem desvios bruscos e sem anacronias;
o espaço geralmente é obscurecido por uma personagem caracterizada por sua excepcio-
nalidade, turbulência ou caráter incomum. [...] Mais importante neste aspecto é a concen-
tração temática, reforçada por uma estrutura repetitiva, que foge da minuciosa elaboração
do romance e, ao mesmo tempo, da propensão restritiva do conto.
(COSTA, 2014, p. 181-182)

Percebe-se que Apática enquadra-se justamente nesse gênero, pois sua ação restringe-se à
interação dos moradores com o forasteiro; seu tempo transcorre de forma linear, sem flashbacks;
seu espaço, o quarto de hotel, tem importância menor se comparado à excentricidade do visi-
tante; sua estrutura narrativa caracteriza-se pela repetição das interações dos moradores com o
forasteiro e com sua bagagem “mágica”.
A indicação para a Categoria 2, ou seja, para alunos de 8o e 9o anos do Ensino Fundamental –
Anos Finais, fundamenta-se na necessidade de um maior domínio de vocabulário, de uma maior
maturidade para a percepção de conotações e para o desenvolvimento da habilidade dos alunos em
alcançar a compreensão do todo em um texto permeado por escolhas lexicais não tão simples.

Depois da leitura
Professor, após a leitura da obra, estimule os alunos a expor suas opiniões sobre a história.
Em um primeiro momento, deixe-os livres para traçar suas considerações a respeito do enredo.
Retomando as questões anteriores à leitura da obra, pergunte aos estudantes:
¡¡ “Vocês se surpreenderam com o conteúdo da mala do forasteiro?”
¡¡ “Vocês imaginam que as cores podem suscitar emoções e sentimentos nas pessoas?”
Mais do que respostas corretas, essas perguntas têm o objetivo de suscitar uma discussão so-
bre o enredo da história e sobre possíveis intenções do autor e ilustrador.
É importante que os alunos tenham liberdade para manifestar suas opiniões sobre o texto e
ouvir as opiniões dos colegas. Essa discussão em grupo ajudará os estudantes a elaborar hipó-
teses interpretativas sobre a novela.

O texto e o contexto: interpretação do texto


Professor, cada leitor é único, assim como cada texto e cada leitura suscitam questões bastante
específicas. A seguir, estão elencadas algumas questões que podem auxiliá-lo no roteiro interpre-
tativo de Apática. Conforme as características de sua classe, de sua escola e de sua cidade, busque
criar outras questões que considere pertinentes à leitura da obra, de forma que o texto dialogue com
a realidade dos estudantes.
Perguntes aos alunos:
¡¡ “Quem são os personagens da obra?”
Espera-se que os alunos mencionem o forasteiro, o porteiro do hotel, o amigo do porteiro, a mãe do amigo do portei-
ro, o marido da mãe do amigo do porteiro, a camareira, o prefeito e o auxiliar do prefeito.

Apática 4

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¡¡ “Que fim leva o forasteiro?”
É esperado que os alunos respondam que o forasteiro some: “Apaga a luz, caminha até a cama. Pousa sobre ela como
pássaro cansado. Fecha os olhos e se vai” (p. 37).
¡¡ “Durante quantos dias o visitante fica em Apática?”
Os alunos devem perceber que o visitante passa apenas dois dias em Apática.
¡¡ “Em que espaço se passa grande parte da história?”
Espera-se que os alunos notem que a maior parte do enredo se desenvolve no quarto do hotel.

Linguagem
Professor, para que o texto literário seja bem compreendido e, assim, os estudantes se apro-
priem dele, é importante que palavras que possam gerar dúvida com relação ao seu significado
sejam trabalhadas em sala de aula.
A seguir, estão listados alguns termos que podem gerar dúvidas nos alunos.
¡¡ Página 4: forasteiro.
¡¡ Página6: arrulhando, barrado, cortejo, desígnio, feltro, fúnebre, guarda-corpo, rebuscados,
torneado.
¡¡ Página 7: abduzisse, aguçada, carrancudo, disforme, paina.
¡¡ Página 8: contido.
¡¡ Página 10: arisco, palpo.
¡¡ Página 11: irrequieto.
¡¡ Página 13: iminente, ofegante, paranoia, pérfido, sorrateiramente.
¡¡ Página 14: embicado, fétida, requinte, vislumbrar.
¡¡ Página 15: feixe, servil.
¡¡ Página 16: facho, turbilhão.
¡¡ Página 19: profusão.
¡¡ Página 20: filó.
¡¡ Página 21: gripada, hábitat.
¡¡ Página 22: jorro, tênue.
¡¡ Página 24: letárgico.
¡¡ Página 26: impele, inapelavelmente.
¡¡ Página 27: geringonça, hipnótico.
¡¡ Página 28: peitoril.
¡¡ Página 31: vacilantes.
¡¡ Página 34: bufantes, estirados, transmutar-se, urros.
¡¡ Página 37: inoculada.
¡¡ Página 39: alucinado, grotesco.
1. Pergunte se os alunos conhecem esses vocábulos e peça-lhes que tentem defini-los usando as pró-
prias palavras, com base no contexto da obra ou nos conhecimentos deles. Se achar conveniente,
questione-os sobre o significado de outros termos a seu critério. Anote na lousa as respostas deles.
2. Proponha aos alunos que procurem esses vocábulos em dicionários, verificando se as defini-
ções encontradas estão de acordo com as que eles levantaram na atividade anterior.
3. Solicite aos alunos que criem frases utilizando as palavras pesquisadas. Você pode escrever cada
palavra em um pedaço de papel e sorteá-las entre os alunos, de modo que as frases criadas não
contenham vocábulos repetidos.

Apática 5

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Bate-papo e pesquisa
Em Apática, o forasteiro usa potes de cores variadas e, com cada cor, incita um sentimento
diferente em cada morador da cidade.
1. Inicie com os estudantes um bate-papo sobre cores e sentimentos. Por exemplo:
¡¡ “De que cor vocês mais gostam?”
¡¡ “Essa cor traz algum sentimento específico a vocês? Qual?”
¡¡ “Há cores que geralmente suscitam sentimentos negativos, como ódio, raiva ou irritabilidade.

Que cores seriam essas?”


¡¡ “Há cores que costumam trazer sentimentos positivos, como alegria, paz ou calma. Que cores

seriam essas?”
Incentive os alunos a se manifestarem e a ouvirem a opinião dos colegas. Promova um ambien-
te de acolhimento e de respeito à diversidade de ideias.
2. Em seguida, a fim de desenvolver esse tema, solicite aos alunos uma pesquisa sobre a relação
entre cores, significados e sentimentos. Há diversos sites que tratam do tema. Caso seja possí-
vel, oriente-os a pesquisar em bibliotecas livros que tratam do tema.
Se preferir, divida a turma em grupos para que cada grupo pesquise uma cor específica e traga,
em uma data combinada coletivamente, os resultados desse estudo.

Produção de texto
Professor, oriente os alunos a produzir um miniconto. Essa proposta está de acordo com o que
aparece delineado na BNCC, na habilidade EF89LP35:
Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas
de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero,
usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típi-
cos dos gêneros narrativos pretendidos, e, no caso de produção em grupo, ferramentas
de escrita colaborativa.
(BNCC, 2017, p. 185)

Em consonância com a história lida, esse texto deve retratar a chegada de um forasteiro a uma
pequena cidade e as possíveis transformações que essa visita pode causar nos moradores. Incentive
os estudantes a imaginar uma história com aspectos fantásticos, assim como ocorreu na narrativa
de Marcelo Xavier.
Sugira aos alunos que sigam este passo a passo para a produção do miniconto:
¡¡ Fazer um rascunho do texto.
¡¡ Em duplas, trocar o texto com o colega, para que este faça uma revisão e sugestões de melhorias

na narrativa.
¡¡ Reescrever o texto, individualmente, acatando as sugestões que achar pertinentes.
¡¡ Ler o texto produzido para a turma, caso desejem.

Apática 6

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Para saber mais
Caio Vinnicius. Psicologia das cores: sentimentos e significados. Disponível em: <http://caio-
vinnicius.com.br/psicologia-das-cores-sentimentos-e-significados/>. Acesso em: 30 maio 2018.
Nesse link, o designer gráfico Caio Vinnicius descreve, em um artigo sucinto e ilustrado,
a relação dos sentimentos e significados com psicologia das cores.
A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão, de Eva Heller. São Paulo:
GG Brasil, 2012.
Essa obra é uma das principais referências, em língua portuguesa, sobre o assunto cor.
Fundação Oswaldo Cruz. Insetos. Disponível em: <www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/
infantil/insetos.htm>. Acesso em: 30 maio 2018.
Nesse link, é possível conhecer melhor os hábitos de alguns insetos citados na narrativa. Essa
será uma boa referência para a pesquisa encaminhada na seção “Pesquisa e exposição em
Ciências” deste Manual.

Fazendo arte
As ilustrações de Marcelo Xavier para o livro Apática foram realizadas com aquarela e lápis grafite.
Essas imagens não têm uma interpretação óbvia, ou seja, elas não refletem literalmente o que o texto
verbal diz. Sua função é expandir o significado das palavras do texto, matizando a narrativa.
1. Guie os alunos e oriente a leitura das imagens, propondo questões que os auxiliem nessa trajetória.
Por exemplo:
¡ “Observem atentamente a imagem. O que vocês enxergam nela?”
¡ “Descrevam os elementos que vocês distinguem na imagem, como pessoas, objetos ou
construções.”
¡ “Como vocês imaginam que essa imagem foi realizada?”
¡ “Qual deve ter sido a técnica utilizada pelo autor/ilustrador para elaborar essa imagem?”
¡ “Qual é a relação entre essa imagem e o texto lido?”
¡ “Há elementos do texto verbal nessa imagem? Quais?”
¡ “Há na imagem elementos que não estão presentes no texto verbal, mas que com ele se
relacionam? Quais?”
¡ “Que sensação essa imagem traz a vocês? Ela provoca algum sentimento? Qual?”
¡ “Essa imagem inspira vocês a fazer uma criação artística? Em caso afirmativo, que tipo de
criação ela inspira? Uma pintura, um desenho, um vídeo, uma escultura, uma canção, uma
dança, uma representação cênica, etc.”
Para explicitar melhor as intenções do autor/ilustrador, descreve-se a seguir o que cada ima-
gem representa:
¡ A imagem da página 5 representa a chegada do forasteiro, que carrega consigo todos os
sentimentos. Atentando aos detalhes da ilustração, é possível localizar diversos elemen-
tos, como rostos, moradias e pessoas. Esse nível de atenção deve se repetir na análise de
todas as imagens da obra.
¡ Na imagem da página 9, há a representação da alegria, despertada pela tinta amarela.
São diversos rostos sorrindo e gargalhando.

Apática 7

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¡ Na ilustração das páginas 12, 14 e 15, observam-se diversos rostos com expressões de pavor,
medo e paranoia. Há chifres, monstros e um ser que segura um punhal.
¡ Na ilustração das páginas 17, 18, 20, 22 e 23, há representações de tristeza, uma cobra, árvores
e uma caveira. É interessante observar que a imagem da capa do livro é a ampliação de uma
parte dessa ilustração.
¡ Na imagem das páginas 25 e 26, há a representação do despertar da paixão. São diversas
páginas escritas, um pássaro, algo que lembra um lagarto e, no centro, o homem/poeta.
¡ Nas páginas 29 e 30, há a representação da camareira do hotel nua, um vaso caído e a vesti-
menta do forasteiro ao lado.
¡ A ilustração da página 33 mostra o prefeito da cidade nu, sob a luz do luar, com diversos
elementos ao redor, como pássaros e pessoas.
¡ A imagem das páginas 35, 36, 37, 38 e 39 traz o auxiliar do prefeito. Há elementos que remetem
à ira, como cães ferozes e outros seres assustadores.
2. Após uma leitura detida de cada imagem da obra, proponha aos estudantes a recriação dessas
ilustrações, de modo que eles busquem criar a versão deles de cada cena. É importante que
fique claro o objetivo da atividade, qual seja, um espaço de criação livre, em que a turma po-
derá, com base na leitura do texto verbal e do texto visual, registrar suas impressões sobre o
assunto na forma de pintura ou desenho.

Pesquisa e exposição em Ciências


O texto de Apática cita diversos insetos: formiga (p. 6), aranha (p. 10), mosca (p. 10), pulga
(p. 11, 20), barata (p. 18, 20), vaga-lume (p. 19, 20), besouro (p. 23, 31), centopeia (p. 28), marim-
bondo (p. 34, 36), borboleta (p. 27, 37).
Sugira aos alunos que pesquisem em fontes variadas (livros, sites, revistas, etc.) a vida desses
seres vivos: as diversas espécies, os habitat, de que se alimentam, entre outras informações. Oriente
os alunos a registrar as fontes consultadas.
Em seguida, monte com eles uma exposição para que as descobertas sejam socializadas com o
maior número possível de alunos da escola. É importante que haja textos e imagens sobre os seres
vivos pesquisados, para que os visitantes da exposição possam ter uma experiência mais próxima
com o tema.

Leia também
Com certeza tenho amor, de Marina Colasanti. São Paulo: Global, 2009.
A autora criou contos que transitam pelo simbólico e pelo imaginário. Por meio de uma
linguagem metafórica, são trabalhados os temas ética, amor, nascimento, felicidade e força
feminina.
O tempo escapou do relógio e outros poemas, de Marcos Bagno. Curitiba: Positivo, 2012.
A obra, ilustrada por Marilda Castanha, é uma coletânea de poemas que tratam de afetivi-
dade, de brincadeira com palavras, de morte e do passar do tempo. Assim, com essa obra,
é possível desenvolver a discussão sobre sentimentos iniciada neste Manual.

Apática 8

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Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC,
2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/
BNCC_19mar2018_versaofinal.pdf>. Acesso em: 30 maio 2018.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
. Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2006.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
DUTRA, Lidiane; MAIO, Ana Zeferina Ferreira; RACHE, Rita Patta. Os estágios do desenvol-
vimento estético segundo Abigail Housen. Disponível em: <http://artigos.netsaber.com.br/
resumo_artigo_4325/artigo_sobre_os-estagios-do-desenvolvimento-estetico-segundo-abigail-
housen>. Acesso em: 30 maio 2018.
FUNDAÇÃO Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Disponível em: <www.fnlij.org.br/>. Acesso em:
30 maio 2018.
MARCELO XAVIER. Site do autor. Disponível em: <www.marceloxavier.art.br>. Acesso em: 30
maio 2018.

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