Paper Prática Intedisciplinar EJA - Módulo VI

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

O processo de Avaliação, a Inclusão Digital, a

Educação e Trabalhos na EJA.


Lindarlene ¹
Misael Alexandrino Pinheiro¹

Tutor Externo²

RESUMO
Descreva o resumo do seu trabalho neste campo.

Descreva entre três e cinco palavras-chave relacionadas ao seu artigo.


Palavras-chave:

1. INTRODUÇÃO

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED 3745) – Prática do
Módulo VI – 27/11/21
2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino com foco na formação
de pessoas, que por razões diversas, não conseguiram realizar a formação básica, ou seja, sem que
tenham conseguido completar as etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. É um grande
luta para qualquer nação, e sem dúvidas para o Brasil, país com dimensões continentais e com uma
diversidade regional muito evidente.

A Educação de Jovens e Adultos tem sido uma modalidade de ensino que sempre enfrentou
dificuldades. Mas, nos últimos anos, com o avançar das tecnologias de comunicação (TIC’s)
observou-se a necessidade de implementação de projetos políticos pedagógicos que visassem a
inclusão digital dos discentes dessa modalidade. Proporcionando assim, que deixassem de serem
vistos como analfabetos digitais.

Quando se utiliza das tecnologias na educação, se constrói um processo de inclusão social,


em especial se tal medida é adotada nas escolas públicas, em que muitos estudantes, mesmo
tendo o conhecimento sobre o assunto, não têm o acesso ao mesmo. Essa “inclusão digital”
é relevante ao processo democrático do ensino brasileiro. (SANTOS et al, 2012, p.54:).

Ao proporcionar o uso das TIC’s, nas unidades de ensino, o governo viabiliza ao educando
da EJA uma nova perspectiva de aprendizado, haja vista, que o aluno aprende a utilizar essas novas
ferramentas. Trazendo-os a participarem de aulas ativas com o uso dessas tecnologias, ainda que no
ensino remoto. São gigantescos os desafios na educação de jovens e adultos. A utilização de
tecnologias em sala de aula, assim como métodos ativos perpassa a necessidade da formação e
capacitação dos professores. O progresso no desenvolvimento de habilidades e competências do
trabalhador está vinculado à utilização de ferramentas tecnológicas em sala de aula.

Segundo COSTA et al (2015): ‘...cabe reforçar a relevância do uso desses instrumentos


tecnológicos enquanto prática pedagógica. Eles auxiliam o professor no decorrer de suas aulas e
possibilitam um estímulo a mais aos estudantes para que queiram “buscar” o conhecimento’. Nesse
sentido observa-se a necessidade de incentivos ao uso de ferramentas tecnológicas que auxiliem o
professor no desenvolvimento de práticas pedagógicas.
Nesta sociedade, onde a caneta e o papel estão visivelmente sendo substituídos pelas
facilidades da informação e dos conhecimentos oferecidos pela informática, torna-se audacioso
dotar o homem de capacidades para competir com os avanços tecnológicos. (LARA, 2010, p.05).

Há a necessidade de muito investimento em capacitação especifica, para que usuários


potenciais possam se familiarizar com os dispositivos digitais. Capacitação não é bem que
pode ser adquirido de imediato, mesmo com altos investimentos financeiros. Há
necessidade de tempo para a assimilação da informação e geração de conhecimento
(COSTA et al apud CARVALHO, 2012, p. 04).
3

Para FREITAS [201-?], uma pessoa que retoma os estudos já na idade adulta, tem por
objetivo se preparar para o mercado de trabalho, tendo autonomia e de se aprimorar
profissionalmente. O método pedagógico a ser abordado nesse sentido não deve ser desenvolvido
com os mesmos parâmetros de se trabalhar com crianças. Um aluno por volta de 30 anos que
retoma os estudos no nível que corresponda ao quarto ano do ensino fundamental não sentirá
interesse por atividade de cunho infantil. Então, nota-se a necessidade da abordagem de conteúdos
que correspondam à uma linguagem mais adulta e que vá ao encontro do que esse aluno (Adulto)
deseja.

Uma característica forte da EJA é sua heterogeneidade. Pois é posivel encontrar alunos com
diferentes experiências. Enquante que alguns estudaram quando crianças, outros não tiveram essa
oportunidade. Por algum infortúnio da vida esses alunos que não tiveram a oportunidade de estudar
ou em dar prosseguimento aos estudos, agora o podem fazer ingressando nessa modalidade.

Também se pode identificar esse contato com a escola em outros momentos da vida, pois
muitos dos alunos da EJA já freqüentaram aulas em programas e campanhas de
alfabetização implementados em diferentes épocas (Mobral, PAS, Sesi etc.) sem, contudo,
terem conseguido consolidar esse processo. Talvez por esse motivo as classes de EJA
(sobretudo as de alfabetização) também demonstram, em sua maioria, níveis de alfabetismo
significativamente diferentes. É possível encontrar, numa mesma, turma alguns alunos que
estão no início do processo de alfabetização, outros que lêem e escrevem algumas palavras
e outros que, embora já possam ser considerados alfabetizados, ainda não dominam
completamente o código ortográfico da língua. (TAMAROZZI e COSTA, 2009, p. 35).

Observa-se a necessidade de implementar atividades que possam incluir digitalmente os


alunos da EJA e proporcioná-los uma melhor interatividade com a turma e com a sociedade.
“Uma pesquisa realizada pelo banco (Oxenham & Aoki, 2000) mostrou que os participantes
em programas de alfabetização [...]mostram melhor compreensão das mensagens disseminadas pelo
rádio, TV e pela mídia impressa”. (GADOTTI, 2014,p.16).

A permanência do aluno adulto em sala de aula só se efetiva quando ele percebe que há
uma cumplicidade entre ele e o educador. Em geral, ele só vê sentido em continuar na
escola quando acha que está aprendendo alguma coisa, ou mesmo quando a sala de aula é
um lugar onde ele se sente bem, se sente acolhido. Caso contrário, na há qualquer motivo
que o prenda à escola, pois, diferentemente das crianças, não há um responsável que o
obrigue a frequentar as aulas. Nesse caso, se o educador tem propostas muito distantes da
escola idealizada pelos alunos, há o sério risco deles desistirem das aulas. (TAMAROZZI e
COSTA, 2009, p. 38).

Em tempos de tantas inovações tecnológicas, faz-se necessário que o profissional docente da


EJA busque metodologias que facilitem o aprendizado dos alunos dessa modalidade à se
familiarizarem com as ferramentas propostas para cada aula.
4

Os programas de inclusão digital se preocupem em oferecer atividades contextualizadas às


características dos grupos sociais envolvidos de modo que a utilização da tecnologia seja
feita de maneira conexa ao modo de vida desses grupos e às suas necessidades, e que
promovam a troca e a socialização de experiências entre indivíduos e grupos, mediadas pela
tecnologia (VARGAS apud SCHWARZELMÜLLER, 2005, p. 2).

A inclusão digital do Aluno da EJA abre caminhos para que o processo de alfabetização possa ser
efetivado com uso dessas ferramentas. Fazendo com que o aluno seja atraído por uma nova maneira
de aprender, bem como trazendo à sua vida uma ação transformadora. Como declarar Buzioli e
Tassoni: [...] a alfabetização exerce uma função transformadora para além do contexto escolar e a
relação dialógica se faz caminho para a relação coletiva dos homens, possibilitando a troca
recíproca e a ressignificação das experiências vivenciadas por cada sujeito. (2021, p.04).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Esse artigo foi devidamente trabalhado em forma de pesquisa bibliográfica. A principal


ferramenta utilizada para a elaboração desse paper foi a internet, pois devido às imposições
sanitárias decorrente do período de pandemia, não foi possível a sua realização em escolas,
bibliotecas ou outros locais para aquisição de conhecimento.
Para que houvesse um agregado de conhecimento foi utilizado livros de fontes confiáveis,
como Gadotti, pesquisas com base em trabalhos desenvolvidos a partir das concepções de Paulo
Freire, bem como posicionamento de mestres em educação.
Figura 1: Inclusão digital na EJA

Fonte Disponível: < https://ceebjatelemacoborba.blogspot.com/2017/09/


inclusão-digital-na-eja.html>. Acesso em: 23 nov. 2021.

Na Figura 1, podemos destacar a importância da inclusão digital para os alunos da EJA. A


aplicação da aula em um ambiente diferente da sala de aula, como na imagem que se passa no
laboratório de informática, traz ao aluno uma nova perspectiva. O Aluno passa a fazer uso de uma
ferramenta que até então, seus filhos e netos que utilizavam.
5

Figura 2: “Conecta 60+” oferece ações on-line de inclusão digital para idosos dos grupos do Sesc

Fonte Disponível em:< https://sesc-sc.com.br/site/assistencia/sesc-


lanca-projeto-conecta-60+-com-acoes-on-line-de-inclusao-digital-
para-idosos>. Acesso em: 23 nov. 2021.

Na Figura 2, podemos destacar a interação que se dá dos alunos da EJA mesmo que de
forma remota. Ao fazer os gestos durante uma possível dinâmica – seja ela cantada, dançada, tec.,
observa-se o prazer que esse aluno expressa ao se deparar com outra possibilidade.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É visível a necessidade da implementação de atividades que possam trazer ao aluno da
educação de jovens e adultos um desejo por voltar à sala de aula. Mas ainda em tempos de
isolamento social, onde não se pode estar reunidos e nem sequer de poder partilhar dos
conhecimentos que são trazidos por professores e alunos. Daí a necessidade de uso das ferramentas
digitais para a aproximação desses alunos que agora estão distantes.
Alunos que são de diversas faixas etárias dentro de um mesmo ambiente virtual, trazendo
para a sala de aula virtual suas experiências. Essa é a nova visão da EJA nesse período de pandemia.
Embora haja evasão escolar por decorrência da pandemia, a aplicação das ferramentas digitais,
colaboraram para que muitos alunos se mantivessem em suas respectivas escolas lidando com a
assimilação de novos conhecimentos: seja da grade curricular ou até do uso da tecnologia.
Esse trabalho trouxe um aprendizado analisado sob a perspectiva de conhecedores do
assunto e traz à equipe um agregado de conhecimento de sua importância. Como afirma Gaditti:
“Há uma razão simples para argumentar em favor da prioridade à Educação de Jovens e Adultos: a
Educação é um direito que não prescreve aos 14 anos. Não priorizar a Educação de Jovens e de
Adultos é penalizar duplamente os analfabetos” (2014, p.15).
6

5. CONCLUSÃO
Concluímos que a Educação de Jovens e Adultos tem por finalidade alcançar aqueles que
não puderam ou não tiveram oportunidade de trilhar seus estudos no ensino regular compatível com
a faixa etária indicada pelos órgãos educacionais.
Observamos que é necessário um olhar especial para essa modalidade. Haja vista, que não é
fácil para alguém retomar os estudos após anos ou até mesmo décadas depois. Se colocar na balança
mais um agravante que é a pandemia, se torna mais difícil ainda se manter na escola. Por isso, a
necessidade de se implementar o uso de ferramentas digitais para a modalidade em questão.
Com a inclusão digital do aluno da EJA são postas em prática as experiências
compartilhadas, e os conhecimentos desenvolvidos trazem uma riqueza imensurável para a vida do
aluno. Essa riqueza, não podemos deixar de aproveitá-las. Para tanto a insistência é necessária:
devemos olhar com mais carinho para a educação de jovens e adultos.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Ed. Pearson, 2006.

COSTA, Roberta Agnes. et al. INCLUSÃO DIGITAL E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS (EJA): UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Curitiba, PR: EDUCERE,
2019. Disponível em:<https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21130_10464.pdf>. Acesso
em: 09 nov. 2021.

FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.

FREITAS, Giuliano Martins de. "A EJA e o preparo para o trabalho "; Brasil Escola. [S.l]:
[s.n]. [201-?] Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/educacao/a-eja-preparo-para-
trabalho.htm>. Acesso em 09 de novembro de 2021.

GADOTTI, Moacir. Por uma política nacional de educação popular de jovens e adultos. São
Paulo : Ed. Moderna : Fundação Santillana, 2014. Disponível em: < https://crianca.mppr.mp.br/
arquivos/File/publi/moderna/politica_educacao_2014.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2021.

LARA, P. J. Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos na Sociedade da Informação. 2010.


Disponível em: <http://need.unemat.br/4_forum/artigos/pedro.pdf>. Acesso em 20 nov. 2021.
7

MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.
Intersaberes, 2016.

SANT’ANA, Ruth Bernardes de; DIAS, Daniel Wiler. Alfabetização e inclusão digital de jovens e
adultos com o código de trânsito brasileiro como tema gerador. Universidade Federal de São João
del-Rei (UFSJ). Goiânia, v. 42, n. 3, p. 812-828, set./dez. 2017. Disponível em: <https://revistas.
ufg.br/interacao/article/view/44027/26063>. Acesso em 20 nov. 2021.

TAMAROZZI, Edna; COSTA, Renato Pontes. Educação de Jovens e Adultos. Curitiba, PR:
IESDE BRASIL S.A., 2009. Disponível em:< https://play.google.com/books/reader?id=02Ajl0iJhto
C&pg=GBS.PA1&hl=pt>. Acesso em: 20 nov. 2021

VARGAS, Diana Alexandra Cubillos. INCLUSÃO DIGITAL: ESTUDO COMPARADO DE


POLÍTICAS PÚBLICAS DA COLÔMBIA E DO BRASIL. Belo Horizonte, MG:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2008. Disponível em:<
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECID-7NXJD5/1/cubillos_diana_inclusao.pdf>. Acesso
em 23 nov. 2021.

Você também pode gostar