Escola Alfabetização TD 3

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CADERNO DO EDUCADOR:

ALFABETIZAÇÃO
E LETRAMENTO 1
EQUIPE EDITORIAL
Armênio Bello Schimidt
Eliane Alves de Melo
Eliete Ávila Wolff
Ivanilde Oliveira de Castro
Rosimar da Silva Feitosa Soares Costa
Sisley Cíntia Lopes Rocha
Viviane Costa Moreira
Wanessa Zavareze Sechim

ASSESSORIA PEDAGÓGICA
Sisley Cíntia Lopes Rocha

PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO


André Carvalho & Iluminura Design

REVISÃO
Denise Goulart

DADOS InTERnACIOnAIS DE CATALOGAÇÃO nA PUBLICAÇÃO (CIP)


CEnTRO DE InFORMAÇÃO E BIBLIOTECA EM EDUCAÇÃO (CIBEC)

Lopes, Janine Ramos.


Caderno do educador : alfabetização e letramento 1 / Janine Ramos Lopes, Maria
Celeste Matos de Abreu, Maria Célia Elias Mattos. – Brasília : Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010.
68 p. : il. -- (Programa Escola Ativa)

1. Educação no campo. 2. Alfabetização. 3. Letramento. I. Abreu, Maria Celeste Matos


de. II. Mattos, Maria Célia Elias. III. Título. IV. Série.

ISBn: 978-85-7994-020-0 CDU 371.3

Coordenação Geral de Educação do Campo – CGEC/SECAD/MEC


SGAS Quadra 607, Lote 50, sala 104
CEP: 70.200-670 – Brasília - DF
(61) 2022- 9011
[email protected]
Janine Ramos Lopes
Maria Celeste Mattos de Abreu
Maria Celia Elias Mattos

2ª edição

Brasília –
DF 2010
Caro(a) educador(a),

pretendemos, com este livro, proporcionar aos educandos da Escola Ativa a construção
de leitura e escrita através de atividades agradáveis, prazerosas e, ao mesmo tempo,
desafiadoras.
Buscar novos caminhos e novas posturas de trabalho para a alfabetização tem sido uma
das metas essenciais do educador alfabetizador.
Sabemos que a alfabetização é um processo, e não se limita apenas a ler e escrever os
signos do alfabeto, mas, sim, compreender como funciona a estrutura da língua e a
forma como é utilizada.
Dessa forma, entendemos a aprendizagem da leitura e da escrita como um processo
dinâmico, que se faz por duas vias de acesso, uma técnica (alfabetização) e outra que diz
respeito ao uso social (letramento).
Acreditamos que é possível, e necessário, alfabetizar com uma diversidade de textos que
circulam socialmente para garantir tanto o domínio da técnica (conhecer a orientação da
escrita, grafar e reconhecer as letras, segurar no lápis, relacionar som/grafia, usar o
papel etc.) como saber usá-la e dominá-la com competência, para que a linguagem
escrita cumpra sua função social.
Entendemos que esses dois caminhos, apesar de diferentes, devem ser traçados
simultaneamente, pois essas aprendizagens não são pré-requisito uma da outra; essas
aprendizagens acontecem ao mesmo tempo.
Desde pequenas, as crianças pensam sobre a leitura e a escrita quando estão imersas em
um mundo onde há, com frequência, a presença desse objeto cultural.
Todo indivíduo tem uma forma de contato com a língua escrita, já que ele está inserido
em um mundo letrado.
Segundo a educadora Telma Weiz, “a leitura e a escrita são o conteúdo central da escola
e têm a função de incorporar à criança a cultura do grupo em que ela vive”.
Este desafio requer trabalho planejado, constante e diário, além de conhecimento sobre
as teorias e atualizações.

4 ALFABETizAçÃO E LETRA MENTO 1 — CADERNO DO EDUCADOR


A proposta da Escola Ativa

Alfabetização e letramento se somam, e para atender à mudança ocorrida no processo de


ensino e aprendizagem da língua escrita, a Escola Ativa baseia esse conhecimento em
torno de cinco eixos. São eles:
• 1º EIXO – COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

• 2º EIXO – APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

• 3º EIXO – LEITURA

• 4º EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

• 5º EIXO – DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE

1º EIXO – COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

Ao trabalhar esse eixo, educador, você está introduzindo seus educandos no mundo
letrado. Trata-se do processo de letramento que não deve ser trabalhado separado do
trabalho específico da alfabetização. É preciso investir nos dois ao mesmo tempo.

2º EIXO – APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

Nosso sistema de escrita é alfabético. Seu princípio básico é o de que cada “som” é
representado por uma “letra”. Esse aprendizado é decisivo no processo de alfabetização,
e se realiza quando o educando entende que o princípio que regula a escrita é a
correspondência grafema-fonema.

3º EIXO – LEITURA

Não é necessário esperar que seu educando já saiba ler e escrever para iniciar o trabalho
com a leitura.
Para atender a esse eixo, você poderá trabalhar, desde o início da escolaridade, com os
textos que pertencem à tradição oral. São textos que as crianças normalmente conhecem,
gostam de cantar ou recitar, e memorizam com muita facilidade. Eles possibilitam
avanços em suas hipóteses a respeito da língua escrita, e propiciam problemas para
diferentes níveis de conhecimento. São os gêneros: parlendas, cantigas, músicas,
poemas, quadrinhas etc.
Você deve, também, cuidar para que os textos sejam adequados, próprios das
brincadeiras de infância, divertidos e com um forte comprometimento lúdico. Uma vez
memorizados, o trabalho com eles flui com muita naturalidade.

4º EIXO – PRODUÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS

Ao trabalhar com a produção escrita, estamos aqui iniciando um trabalho com a


escrita de textos.

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Podemos definir muito simplesmente o que é um texto quando dizemos que é algo
que nos comunica alguma coisa. Não importa o tamanho, podendo existir textos grandes
ou pequenos, ou até mesmo textos com uma só palavra:
Ex.: CACHORRO, quando colocado em uma placa, na porta de uma casa.

5º EIXO – DESENVOLVIMENTO DA ORALIDADE

Este eixo introduzido há bem pouco tempo no currículo da língua portuguesa, e


reconhecido pela Linguística e pela Pedagogia, é de grande importância na vida das
pessoas, portanto, deve ser também na escola objeto de atenção e estudo.
É importante propiciar aos educandos, principalmente às crianças oriundas de um meio
social menos favorecido, a ter acesso a uma língua de prestígio, mas precisamos
também respeitar a língua que ela adquiriu no meio familiar e social em que vive, sem
discriminá-la.
Lembre-se, educador, que ao trabalhar qualquer conteúdo, você deverá sempre iniciá-lo
com atividades orais.

Outros fatores necessários para facilitar as ações da alfabetização:

Ambiente alfabetizador: fazer da sala de aula um espaço onde ricos estímulos de


aprendizagem estejam sempre presentes. É um ambiente que promove um conjunto
de situações de uso real de leitura e de escrita, em que os educandos têm a oportunidade
de participar. Um ambiente alfabetizador não é apenas aquele em que aparecem
diferentes tipos de texto, é mais que isso: é aquele que tem diferentes tipos de texto que
são consultados frequentemente, com diferentes funções sociais. Eles devem ser
substituídos de acordo com sua funcionalidade, além de estarem ao alcance do grupo.
ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS: para favorecer uma alfabetização de qualidade, é necessário
propor atividades de leitura e escrita que fazem sentido para as crianças. É necessário
que as atividades de leitura e escrita aconteçam de forma prazerosa, contextualizada, e
de acordo com a realidade social dos educandos.
CAPACITAÇÃO DOCENTE: o educador necessita conhecer o nível conceitual e as capacidades
cognitivas de seus educandos para acreditar que níveis de conhecimentos variados
constituem uma riqueza para o trabalho em sala de aula.
O embasamento teórico através de estudos, leituras e cursos leva o alfabetizador a
acreditar em seu trabalho, e que cada criança aprende no seu tempo, de acordo com suas
diferenças e suas capacidades cognitivas.
AUTOESTIMA: o trabalho de autoestima dos educandos é outro fator relevante em
qualquer processo de aprendizagem, para reavivar a confiança em suas capacidades de
dar conta dos desafios e dificuldades que terão de vencer.

6 ALFABETizAçÃO E LETRA MENTO 1 — CADERNO DO EDUCADOR


INTERVENÇÕES: mais uma vez, o papel do alfabetizador é preponderante, e necessário, nas
intervenções que faz para levar o educando a avançar no seu processo de construção de
conhecimento.
As intervenções devem ser problematizadoras, ou seja, devem colocar bons problemas
para serem resolvidos pelos educandos.
Conhecer a gênese da leitura e da escrita: um educador competente conhece
profundamente a gênese da língua escrita, formulada por Emília Ferreiro e Ana
Teberosky, para saber mediar as intervenções e atividades necessárias a obter sucesso no
processo de alfabetização.
Utilizando-se dessas estratégias em seu trabalho, sem dúvida, o resultado será bastante
compensador.
REALIZAR DIAGNÓSTICOS: diagnosticar o que os educandos já sabem, antes de iniciar o
processo de alfabetização, é condição para o sucesso da aprendizagem da leitura e da
escrita. Identificar os conhecimentos prévios e saber explorá-los é fundamental para
qualquer aprendizagem.
Por isso, preparamos uma lista no início de cada unidade, e no final da última, que
servirá de diagnóstico para você acompanhar a hipótese de escrita dos educandos. A
análise das listas ajudará você a organizar duplas de trabalho produtivas, e a planejar
situações de aprendizagem que tenham intervenções apropriadas ao conhecimento dos
educandos.
Esperamos que esse material proporcione aos educandos boas questões a resolver, já
que aprendemos à medida que os desafios colocados obrigam a pensar, a reorganizar
o conhecimento que temos, a buscar mais informação, a refletir para buscar resposta.
Mãos à obra!

Aspectos psicolinguísticos da alfabetização

AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA

Emília Ferreiro, em sua pesquisa sobre o processo de construção da leitura e da escrita,


ao lado de Ana Teberosky, faz uma descrição mapeadora do processo que cada
indivíduo percorre para aquisição da língua escrita.
Essa pesquisa, além de ter levado a um redirecionamento das questões da aprendizagem,
coloca em xeque a ideia de “prontidão” para a alfabetização, segundo a qual a
aprendizagem da língua escrita não depende, fundamentalmente, de habilidades
consideradas como pré-requisitos para que a criança possa ser alfabetizada, mas resulta
da interação entre o indivíduo e a língua escrita, como sujeito de conhecimento.
Sem sombra de dúvidas, existe uma história pré-escolar da escrita. A criança não espera
ter seis anos, e nem ter uma educadora responsável pela sua aprendizagem, para
começar a refletir sobre o que é ler e escrever. Ao ingressar na escola, ela já formulou as
mais variadas hipóteses sobre este objeto de conhecimento, as quais devem ser
respeitadas pelo educador.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 7
A pesquisa de Emília Ferreiro permitiu-lhe identificar quatro níveis de evolução da
escrita, até o momento em que se pode considerar que a criança venceu as barreiras do
sistema, sendo capaz de interpretar (ler) e reproduzir (escrever) símbolos gráficos.
O fracasso ou o sucesso da alfabetização depende de entender o nível de evolução
conceitual da criança. É importante para o educador alfabetizador conhecer os caminhos
que a criança percorre, para estabelecer e compreender o processo de construção do
sistema, intervindo de modo a levá-la a refletir sobre suas hipóteses.

níveis de evolução da escrita


1 NÍVEL PRÉ-SIL ÁBICO:

Inicialmente, a criança não diferencia o desenho da escrita, e não dá nenhum significado


ao texto. Ela pensa que os desenhos dizem os nomes dos objetos.
Em seguida, começa a produzir riscos ou rabiscos típicos da escrita que tinha como
forma básica (modelo). Se a forma básica for letra de imprensa, fará rabiscos separados,
com linhas retas e curvas; se for a letra cursiva o modelo com que ela tem contato, fará
rabiscos ondulados.
Outros elementos podem aparecer em sua escrita, como pseudoletras ou números.
Fatos conceituais observados no nível pré-silábico: A criança pensa que é possível ler
nomes diferentes com grafias iguais. Elas ainda não conseguem entender que o que a
escrita representa no papel são os sons da fala.
EX.: Gelatina – S R I O
B Bala – S R I O B
Cocada – S R I O B
Posteriormente, a criança nega essa sua hipótese, porque diz que, para ler nomes
diferentes, eles devem ser escritos com letras diferentes.

EX.: Gelatina – A U O
T Bala – A C V E
Cocada – N O S D
Eixo quantitativo: A criança, de um modo geral, exige um mínimo de três letras
para ser uma palavra. As palavras como pé, sol, rua, lar etc., segundo ela, não
poderão ser lidas porque têm “poucas letras”. São rejeitadas, em função do critério
interno de quantidade.
Eixo qualitativo: Para que se possa ler ou escrever uma palavra, torna-se
necessário, também, uma variedade de caracteres gráficos. As palavras que
possuem letras iguais são também rejeitadas.

8 ALFABETizAçÃO E LETRA MENTO 1 — CADERNO DO EDUCADOR


Outro ponto a ressaltar é que numa determinada fase, a criança não separa letras
de números. Costuma, às vezes, escrever colocando numerais junto às letras, já que
ambos os caracteres envolvem linhas retas e curvas.
Outra característica observada é que a criança acredita que os nomes de
pessoas (realismo nominal), animais e coisas têm relação com o seu tamanho, peso
ou idade. As pessoas, animais ou objetos grandes devem ter nomes grandes. Por
conseguinte, as coisas pequenas terão nomes pequenos.
O maior desafio desse nível é auxiliar os educandos a perceber que a escrita
representa os sons da fala.
Quando a criança é convidada a ler a sua escrita, ela passa o dedo direto pela
palavra, demonstrando não representar a pauta sonora das palavras.

EX.: Rato – T C R C U S

2 NÍVEL SILÁBICO:

Essa escrita constitui um grande avanço, e se traduz num dos mais importantes
esquemas construídos pela criança, durante o seu desenvolvimento. Pela primeira vez,
ela trabalha com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala, porém,
com uma particularidade: cada letra vale por uma sílaba. Assim, utiliza tantas letras
quantas forem as sílabas da palavra.
EX.: Jacaré – F R A (silábico restrito) – a escrita da criança está restrita a letras de sua
experiência no momento da escrita.
Jacaré – J K R, J C E, A K E ou A A E (silábico evoluído) – a escrita da criança contém a
correspondência sonora das vogais ou consoantes.
Alguns conflitos são vivenciados nesta fase, como:
Hipótese da quantidade mínima: elas acreditam que existe uma quantidade mínima
de três letras para escrever. Desta forma, palavras monossílabas e dissílabas
precisam ser escritas com um mínimo de três ou quatro letras.

EX.: Ao escrever P A T O, representa A O T B (ela representa AO, como acha pouco, ela
acrescenta mais duas letras aleatórias).
Hipótese da variedade de letras: a criança acredita que uma mesma palavra não
pode ser escrita com letras repetidas de forma sequenciada.

EX.: Ao escrever B A R A T A, ela escreveria A A A, mas por achar essa escrita impossível,
representa: A T C.
No nível silábico, quando a criança é convidada a ler sua escrita, ela mostra para
cada pauta sonora uma letra representada.
EX.: Jacaré – T C N

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3. NÍVEL SIL ÁBICO-ALFABÉTICO:

Esta fase apresenta-se como uma transição entre o nível silábico e o nível alfabético.
Diante dos conflitos da hipótese silábica, a criança descobre que o esquema de uma letra
para cada sílaba não funciona e, assim, procura acrescentar letras à escrita da fase
anterior.
Emília Ferreiro nos lembra que um adulto mal informado poderá, nessa fase, achar que
a criança está omitindo letras, o que não é verdade. A criança está é acrescentando letras
à sua escrita da fase anterior. Trata-se de um progresso, e não de um retrocesso.

Ex.: Pato – P T U
Macaco – M C A C O

4 NÍVEL ALFABÉTICO:

É a fase final do processo de alfabetização de um indivíduo. Nesse nível, pode-se considerar


que a criança venceu as barreiras do sistema de representação da linguagem escrita. Ela
já é capaz de fazer uma análise sonora dos fonemas das palavras que escreve. Isso,
porém, não significa que todas as dificuldades foram vencidas. A partir daí, surgirão os
problemas relativos à ortografia, entretanto, trata-se de outro tipo de dificuldade que
não corresponde ao do sistema de escrita que ela já venceu.
EX.: Cachorro – C A X O R
O Gorila – G U R I L A
Lembre-se,
Alfabetização e letramento educador!

Acreditamos que a aprendizagem da leitura e da escrita depende de duas portas de


entrada, distintas, mas indissociáveis e que necessitam ser trabalhadas ao mesmo tempo:
ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO.
A alfabetização é a aquisição do código da escrita e da leitura. Segundo Magda Soares, esta
se faz pelo domínio de uma técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a
direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e
letras, de fonemas e grafemas; a criança perceber unidades menores que compõem o
sistema de escrita (palavras, sílabas, letras).
Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de
escrita. Como diz Soares (2003), não adianta aprender uma técnica e não saber
usá-la.
Diante dessas afirmativas, não podemos perder o foco e desconsiderar a especificidade
da aquisição do sistema de escrita (ensinar a técnica), sem perder de vista as práticas
sociais de leitura e escrita.
1 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO
Dessa forma, alémde trabalharmos comuma diversidade de textos que
circulamsocialmente, devemos levar os educandos a construir o sistema de escrita
alfabético, cabendo à escola pensar em considerações tão importantes como: Alfabetizar
letrando e letrar alfabetizando.

Formas de agrupamento

Quando pensamos em agrupar os educandos de forma produtiva, pensamos em


organizar duplas ou pequenos grupos, em que umas crianças possibilitem proporcionar,
através de ideias e questões, aprendizagens às outras.
Para que isso aconteça, devemos ficar atentos a algumas questões:
• O educador precisa saber, entender e dominar o que seus educandos sabem,
analisando se grafa e reconhece as letras; têm capacidade de refletir sobre os sons da
fala (consciência fonológica); entendem a função da leitura e da escrita; percebem as
unidades menores que compõem o sistema de escrita, dentre outras.
• O nível de escrita do educando: devemos agrupar os educandos por níveis próximos.
Educandos pré-silábicos com educandos silábicos, silábicos com silábico-alfabéticos
e silábico-alfabéticos com alfabéticos.
Como nem sempre em uma sala de aula estes agrupamentos são possíveis, às vezes
não temos tanta diversidade de escrita, e pensamos em outras possibilidades: os que
sabem letras com os que não sabem; os que grafam letras com os que não grafam; os
que já refletem sobre os sons das palavras, com os que ainda não refletem, e assim
por diante.
• O comportamento dos educandos: não adianta formarmos uma dupla em que as
crianças são muito tímidas ou muito agitadas. Isso impossibilitará o trabalho e não
proporcionará momentos de aprendizagens significativas.

Lembre-se, A parceria torna-se produtiva quando reúne educandos com hipóteses


educador! diferentes, porém próximas, para que haja troca entre eles.

nome próprio

Trabalhar o nome próprio no início da alfabetização é ter uma valiosa fonte de


informação disponível para outras indagações e aprendizagens, que servirão para
produzir outras escritas e leituras, além de ter estreita relação com a construção da
identidade da criança.
A escrita do nome próprio é uma importante conquista da criança que se alfabetiza.
PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 11
Além de ter um valor social muito grande, favorece a reflexão sobre o sistema.

1 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Trabalhamos bastante o nome próprio e dos colegas no início do processo da
alfabetização, para que essas palavras tão significativas se tornem referência para as
crianças, em variadas situações:

• Ao escrever seu nome e o dos colegas, as crianças vão aprender a traçar letras.
• Aprendendo a letra inicial dos colegas, elas aprendem a nomear as letras do alfabeto
(M, de Maria; P, de Pedro).
• Esses nomes podem servir de consulta para escrever e ler outras
palavras. “Como se escreve macaco? Já sei! Começa com ‘ma’, de Maria”.
“Descobri onde está escrito gato porque começa com Gabriel”.
• É uma ótima fonte de comparação e
questionamento. “Por que meu nome tem sete letras
e o seu quatro?”
• Ajuda a perceber a ordem não aleatória dentro de um conjunto de letras (não vale
colocar qualquer letra, além de existir uma ordem obrigatória).
• Possibilita a reflexão sobre as unidades que compõem a palavra: como as sílabas e as
letras.
• Ajuda na construção da consciência fonológica.
“Paula e Pedro começam com P”. “Olha! Mariana rima com Ana!”

Diante disso, percebemos que se o educador levar os educandos a refletirem sobre os


nomes, com intervenções que as crianças compreendam, melhora o funcionamento do
sistema alfabético.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TRABALHAR O NOME PRÓPRIO COM CRIANÇAS:

1 Familiarizar-se com o nome, escrevendo-o nos materiais do educando.


2 Unir fotos dos colegas ao crachá correspondente.
3 Comparar nomes maiores e menores.
4 Concurso entre os educandos para verificar quem sabe identificar o maior número
de nomes dos colegas, através da ficha.
5 Formar o nome próprio com letras móveis.
6 Bingo com a ficha do nome.
7 Descobrir as letras do nome em um texto.
8 Forca com os nomes próprios.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 13
9 Caça-palavras com os nomes da turma. Os educandos deverão procurar e circular
os nomes encontrados.
10 Bingo com a assinatura dos educandos.
11 Jogo da memória com os nomes dos educandos e letra inicial.
12 Nomes mágicos: com as fichas dos nomes, o grupo tenta formar palavras trocando
as letras de lugar.
13 Acróstico: o educador escreve o nome de um educando na lousa ou em uma folha
de papel na vertical. As crianças, em duplas ou em grupos, descrevem palavras
positivas sobre a criança, de cujo nome estão sendo usadas as letras iniciais.
14 Classificar as fichas da turma de várias formas:
> Letra inicial
> Número de letras
> Nomes compostos
> Nomes dos meninos
> Nomes das meninas
15 Adivinhar os nomes próprios através de pistas.
16 Apresentar, em uma folha ou na lousa, nomes parecidos e pedir aos educandos que
identifiquem as diferenças e semelhanças: Diogo – Diego, Márcio – Márcia, Daniel –
Daniela etc.
17 Construir nomes compostos: o educador apresenta uma folha com o nome de toda
a turma. Em grupo, os educandos vão unir alguns nomes, formando nomes
compostos.
18 O educador escreve os nomes dos educandos na lousa e pede para a classe
observar. Em seguida, pede aos educandos que abaixem a cabeça e apaga um ou
mais nomes. O grupo tentará descobrir quais os nomes que desapareceram.
19 Jogo da memória (foto e nome): as crianças devem relacionar a imagem a cada
nome disposto em uma mesa.
20 Fichas com nomes embaralhados: cada criança deve sortear uma ficha e entregá-la
ao respectivo dono.
21 Agrupar os crachás pela letra inicial.
22 Pedir, a cada dia, a um educando para fazer a distribuição do crachá.
23 Fazer um calendário com os nomes de todos os meses do ano na sala. Pedir para a
turma fixar o seu crachá no mês de seu aniversário.
24 Agrupar os nomes que terminam com as mesmas letras.

1 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


25 Fazer cartelas de bingo, baralho, dominó, com a assinatura dos educandos.
26 O educadormostra fichas com as letras dos nomes invertidas. Os educandos
recompõem os nomes na ordem certa.
27 Quebra-cabeça com nomes próprios.
28 Recortar de jornais e revistas as letras dos nomes dos colegas do grupo e colar no
caderno.
29 Baralho com os nomes da turma X a letra inicial.
30 O educador dita os nomes dos educandos para todos. Eles escrevem apenas a letra
inicial do nome ditado.
31 Classificar as fichas dos nomes pelo número de letras dos mesmos.

Lembre-se, educador!
As fichas (ou crachás) com os nomes devem ficar disponíveis na
sala de aula, em um local de fácil acesso e visibilidade.
Dicas para confeccionar a ficha (ou crachás) dos educandos:
• Escreva apenas o primeiro nome das crianças (ex.: Joana – João Pedro).
• As fichas devem ter o mesmo tamanho.
• Todas devem estar escritas com letra de imprensa maiúscula do mesmo tamanho.
• A folha escolhida deve ser da mesma cor para todos os educandos, assim como a cor da letra.
Essas iniciativas são importantes para que os educandos não tenham pistas para
identificar os nomes através de tamanho, cores, etc., mas, sim, por causa das letras que o
compõem.

Leitura

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho de construção de significado


do texto.
O significado construído está diretamente relacionado com nossos conhecimentos
prévios, no momento da leitura. Assim, nossos conhecimentos prévios sobre o tema a
ser tratado no texto facilitam nossa leitura e contribuem para a sua compreensão.

O CONHECIMENTO PRÉVIO NA LEITURA

A compreensãodeumtextoéumprocessoquesecaracterizapelautilizaçãodeconhecimentos
prévios: o leitor utiliza, na leitura de um texto, os conhecimentos que já possui a
respeito do conteúdo desse texto e que foram adquiridos ao longo de sua vida. É
mediante a interação

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 15
dos diversos níveis de conhecimentos prévios, que o leitor consegue construir o sentido
do texto. E porque ele utiliza-se de diversos níveis de conhecimentos que interagem
entre si, no ato de ler, é que a leitura é considerada um processo interativo.
ÂnGELA KLEIMAN

NÍVEIS DE CONHECIMENTO PRÉVIO

São três os níveis de conhecimento prévio que entram em jogo durante a leitura:
• Conhecimento Prévio Linguístico
• Conhecimento Prévio Textual
• Conhecimento Prévio de Mundo

CONHECIMENTO PRÉVIO LINGUÍSTICO

É um conhecimento que não está de uma maneira clara no texto e que exige do leitor
uma competência abrangente, como: vocabulário rico, conhecimento de regras
ortográficas e gramaticais e o conhecimento sobre o uso da língua. O conhecimento
linguístico desempenha um papel fundamental na compreensão das palavras no texto. É
ele que permitirá ao leitor identificar as categorias das palavras e as suas respectivas
funções no texto.

CONHECIMENTO PRÉVIO TEXTUAL

Outro conhecimento de suma importância para a compreensão é o conjunto de noções e


conceitos que temos sobre a tipologia do texto, chamado de conhecimento prévio
textual. Abrange o conhecimento dos aspectos relativos à forma composicional e ao
estilo de linguagem.
Quanto à TIPOLOGIA TEXTUAL, ou seja, à estrutura como o texto foi organizado, veja as
características que permitem diferenciar um tipo de outro:

CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS


TIPO TEXTUAL EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA EXEMPLO

NARRAçÃO • APREsEnTAM FATOs OU AçÕEs EM UMA sEqUênCiA COnTOs, FÁBULAs,


TEMPORAL E CAUsAL. ROMAnCEs, BiOgRAFiAs...
• CEnTRADOs nA AçÃO.
• EM FUnçÃO DA AçÃO, PODE-sE DiFEREnCiAR AUTOR,
nARRADOR (vOz qUE nARRA Os FATOs, nA PRiMEiRA OU
nA TERCEiRA PEssOA) E PERsOnAgEns (AqUELEs qUE
vivEM A AçÃO).
• PREsEnçA COMUM DE MARCADOREs DE TEMPO (UM
DiA, qUAnDO, DEPOis...) E inDiCADOREs DE RELAçÕEs
CAUsAis (AssiM, COMO REsULTADO, FinALMEnTE...).

1 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS
TIPO TEXTUAL EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA EXEMPLO

• gERALMEnTE, sE ORgAnizAM EM TRês PARTEs BÁsiCAs:


• AMBiEnTAçÃO – PARTE EM qUE sE APREsEnTAM Os
PERsOnAgEns E A siTUAçÃO, RELATAM-sE EvEnTOs
AnTERiOREs, siTUAM-sE O EsPAçO E O TEMPO;
• COMPLiCAçÃO – COnJUnTO DE FATOs qUE gERAM UM
COnFLiTO, TRAnsFORMAnDO A siTUAçÃO iniCiAL;
• DEsFECHO OU REsOLUçÃO – vOLTA A UMA siTUAçÃO
DE EqUiLÍBRiO.

DESCRiçÃO • REPREsEnTAM vERBALMEnTE UM OBJETO, UMA MAnUAL DE insTRUçÃO,


PEssOA, UM LUgAR, MEDiAnTE A inDiCAçÃO DE vERBETE DE DiCiOnÁRiO,
AsPECTOs CARACTERÍsTiCOs, DE PORMEnOREs CERTOs POEMAs OU
inDiviDUALizAnTEs. REqUER OBsERvAçÃO CUiDADOsA CRÔniCAs…
PARA TORnAR AqUiLO qUE vAi sER DEsCRiTO UM
MODELO inCOnFUnDÍvEL. nÃO sE TRATA DE EnUMERAR
UMA séRiE DE ELEMEnTOs, MAs DE CAPTAR Os TRAçOs
CAPAzEs DE TRAnsMiTiR UMA iMPREssÃO AUTênTiCA.
• Os sUBsTAnTivOs E ADJETivOs sÃO RELEvAnTEs nA
COnsTRUçÃO E COMPREEnsÃO DEssE TiPO DE TExTO.

DiSSERTAçÃO, QUASE SEMPRE OS TExTOS NÃO SE LiMiTAM A SER ARTigO CiEnTÍFiCO,


ExPOSiçÃO, PURAMENTE DiSSERTATivOS, ExPOSiTivOS OU ARTigOs DE OPiniÃO,
ARgUMENTAçÃO ARgUMENTATivOS. NORMALMENTE, UM TExTO É MOnOgRAFiA, EDiTORAis…
UM COMPLExO, UMA COMPOSiçÃO, UMA REDAçÃO,
ONDE SE MiSTURAM ASPECTOS DiSSERTATivOS COM
MOMENTOS ExPOSiTivOS E ARgUMENTATivOS E,
PARA CLASSiFiCÁ-LOS, PROCURE OBSERvAR QUAL O
COMPONENTE PREDOMiNANTE.

• EM gERAL, EssEs TExTOs ExPÕEM UMA OPiniÃO


sOBRE DETERMinADO TEMA OU iDEiA, ExPLiCAnDO,
COMEnTAnDO, AvALiAnDO, REFLETinDO,
ARgUMEnTAnDO A FAvOR OU COnTRA, COM O OBJETivO
DE TORnÁ-LA RECOnHECiDA E ACEiTA.
• Os TRês TiPOs sÃO gERALMEnTE COMPLEMEnTAREs E
EMPREgADOs qUAnDO sE DEsEJA inFORMAR, ExPLiCAR
OU inTERPRETAR OBJETivAMEnTE DETERMinADO
TEMA.
• UTiLizAM vERBOs nA 1ª E 3ª PEssOAs DO PREsEnTE
DO inDiCATivO.
• sÃO ORgAnizADOs EM TRês PARTEs: inTRODUçÃO –
DEsEnvOLviMEnTO – COnCLUsÃO.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 17
CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS TEXTOS
TIPO TEXTUAL EM QUE PREDOMINA ESSA ESTRUTURA EXEMPLO

iNJUNçÃO • LEvAM O LEiTOR A MAis qUE UMA siMPLEs PREsCRiçÕEs


inFORMAçÃO. O TExTO inJUnTivO é insTRUCiOnAL. sÃO MéDiCAs, BULAs DE
TExTOs DE TRATAMEnTO DiRETO COM O inTERLOCUTOR, REMéDiO, MAnUAis
CARREgADOs DE TRAçOs DE COnvERsAçÃO, DiÁLOgO DE insTRUçÃO...
OU FALA PREsEnCiAL. MAs, ALéM DissO, APREsEnTAM
COMAnDOs, ORDEns, COnsELHOs OU MORAis.
• UsO DE vERBOs nO iMPERATivO.

CONvERSACiONAL • EsTRUTURAs EM qUE APARECE, EM EsTiLO DiRETO, EnTREvisTAs,


(OU DiALOgAL) A inTERAçÃO LingUÍsTiCA EnTRE Os DisTinTOs OBRAs DE TEATRO...
PARTiCiPAnTEs DE UMA siTUAçÃO COMUniCATivA,
ALTERnAnDO-sE Os MOMEnTOs DE FALA DE CADA UM
DELEs.
• As FORMAs PROnOMinAis sÃO RELEvAnTEs,
UMA vEz qUE ELAs sE REFEREM AOs DivERsOs
inTERLOCUTOREs, siTUAnDO-Os nO DisCURsO.

Existem também outros fatores importantes responsáveis pela textualidade de um


discurso: a coerência e a coesão.
Coerência: é a busca de sentido do texto. Em um texto coerente, todas as partes se
encaixam, não existindo nada sem sentido, desconexo ou contraditório.
Coesão: é a ligação entre os vários enunciados presentes no texto. As relações de
sentido se manifestam através de elementos que fazem a ligação ou substituição no
texto. São os conectivos ou elementos de ligação.

Conhecimento prévio de mundo

É o conhecimento ativado pela mente ou adquirido informalmente, através de nossas


experiências e convívio numa sociedade, e cuja ativação no momento oportuno é
essencial à compreensão de um texto.
A ativação do conhecimento prévio é, então, essencial à compreensão, pois é o
conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer inferências
necessárias para relacionar diferentes partes discretas do texto num todo coerente.
O conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo devem
ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento de compreensão do texto.

1 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Há experiências evidentes que mostram com clareza que o que lembramos, após a
leitura de um texto, são as inferências que fizemos durante a leitura do mesmo.
Todos nós sabemos que quando decoramos um texto, sem tentar procurar um
sentido global, isto é, sem fazer as inferências necessárias, esquecemos o conteúdo
quase que imediatamente, evidenciando, com isso, que não houve compreensão, apenas
um passar de olhos superficial, sem que o material percebido sequer pareça ter entrado
na consciência.

O ato de ler ativa uma série de ações e pensamentos


que ocorrem ao mesmo tempo:

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

• Decodificação: aprender a decodificar pressupõe aprender as correspondências que


existem entre sons da linguagem e os signos, ou os conjuntos de signos gráficos.
• Inferência: contexto para interpretar o texto. Usar os conhecimentos de mundo para
entendê-lo.
• Antecipação: não está escrito no texto. Vai se confirmando ou não, de acordo com a
leitura.
• Seleção: utilização durante a leitura do que é útil para a interpretação do texto,
desprezando o que não é importante.
• Verificação: confirmação e checagem das demais estratégias na medida em que se lê.
Para tentar atribuir significado a um texto, o educando colocará em foco tudo o que sabe
sobre a língua.
Uma boa situação de aprendizagem é aquela em que o educador propõe atividades
desafiadoras, ou seja, ao mesmo tempo difíceis e possíveis.
O educador deve criar situações didáticas em que seus educandos leiam antes de
aprenderem a ler convencionalmente. Para isso, deve planejar atividades de leitura, em
que coloca os educandos a refletirem sobre o conhecimento que já possuem, podendo
observar a letra, inicial ou final, associar o som inicial ou final da palavra (como do seu
nome ou de algum colega), estabelecer semelhanças e diferenças entre as palavras etc.
Para que as atividades de leitura sejam significativas, elas devem cumprir diferentes
propósitos: buscar informações, divertir, estudar, seguir instruções etc.

CONDIÇÕES A SEREM GARANTIDAS NAS SITUAÇÕES EM QUE O EDUCADOR LÊ PARA OS EDUCANDOS (*)

Quando o objetivo é ler para os educandos buscando garantir a semelhança com as


situações sociais em que faz sentido ler para outras pessoas, é importante que o
educador:
• Explicite sempre os motivos pelos quais deseja compartilhar a leitura com eles:
porque o texto trata de uma questão interessante, porque conta uma linda história,
PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 19
porque é

2 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


atual, porque está relacionado com um tema que se está trabalhando, porque está bem
escrito, porque é original, divertido, surpreendente, porque ajudará a classe a resolver
um problema ou uma questão com a qual esteja envolvida.
• Demonstre que a qualidade do texto é o que motivou a sua escolha como algo que
vale a pena ser lido: porque é interessante, instigante, intrigante ou emocionante...
• Em se tratando de textos literários, evite escolher aqueles em que o “didático” – a
intenção de transmitir um ensinamento moral, por exemplo – supere a qualidade
literária, em que o texto é utilizado principalmente como pretexto para ensinar algum
conteúdo escolar.
• Em se tratando de gêneros informativos, evite escolher textos com informações
banalizadas, incompletas, distorcidas, simplificadas; supostamente escritos para um
público infantil.
• Compartilhe com os educandos seu próprio comportamento de leitor experiente,
mostrando-se interessado, surpreso, emocionado ou entusiasmado com o texto
escolhido
– relendo certos trechos, sempre que valha a pena, ou seja, sempre que necessário,
como a passagem mais surpreendente da história, a parte mais complexa do texto, a
questão central da notícia, entre outras possibilidades.
• Opine sobre o que leu, coloque seus pontos de vista aos educandos e convide-os
sempre a fazer o mesmo – quer dizer, aja como qualquer leitor “de verdade”.
• Ajude os educandos a descobrirem o significado do texto a partir do contexto, em vez
de ficar explicando a toda hora as palavras que considera difícil.
• Ofereça elementos contextuais que conferem sentido à leitura e favorecem a
antecipação do que o texto diz. Isso se dá quando, por exemplo:
> comunica aos educandos onde e como encontrou o texto;
> mostra a eles o portador do texto: se é um livro, mostra a capa na qual lê os dados
(título, autor, editor); se é um jornal, faz referência à seção na qual o texto aparece,
procurando-a diante deles; se é uma carta, diz como chegou às suas mãos e a quem
está dirigida etc.;
> oferece informações complementares sobre o texto, o autor, o portador: se o que
vai ler é um conto ou um poema, lê também partes do prólogo do livro, ou conta
dados biográficos do autor; se é uma notícia, faz referência a outras notícias
parecidas; se é um texto de uma enciclopédia, pode investigar o que os educandos
já sabem sobre o tema.
• Enfim, para que o educador possa saber quais são as melhores formas de trazer a
leitura para dentro de sua sala de aula como algo atraente e interessante, talvez o
critério mais eficaz seja o seguinte: agir com seus educandos como gostaria que
seus educadores tivessem agido com eles próprios, para ajudá-los a serem leitores
interessados e dispostos a “enfrentar” qualquer tipo de texto.
(*) Adaptado por Rosaura Soligo e Rosângela Veliago a partir do texto original, de
autoria da pesquisadora argentina Délia Lerner, contido no documento Atualización
Curricular – EGB – Primer Ciclo. Secretaria de Educación/Dirección de Curriculum.
PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 21
Municipalidad de la Ciudad de Buenos Aires.

2 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Lembre-se, educador!

No início de cada atividade, sugerimos, através dos ícones, algumas possibilidades propostas.
Elas são apenas sugestões, que devem ser seguidas apenas se atenderem à realidade da
sua turma.
Acreditamos que todas as formas de agrupamento são importantes; e cada uma delas
proporciona aprendizagens diferentes.
Atividades coletivas: com a ajuda do educador, todos pensam juntos sobre a construção
da leitura e da escrita, dão opiniões, formulam questões. É um momento único, que
proporciona aprendizagens diferentes. O educador deve pedir a colaboração dos
educandos para ajudá-lo na escrita das palavras, na estruturação dos textos, a pensar
onde estão escritas determinadas palavras etc.
Atividades em grupo: o ideal é que ele tenha até quatro educandos, e que eles sejam
agrupados de forma que todos participem da atividade. O educador deve levar em
consideração os conhecimentos dos educandos e o comportamento de cada um.
Atividades em dupla: as duplas possibilitam aos educandos mais tímidos tomar coragem
para participar das atividades. Além disso, é um rico momento de promover trocas
significativas entre as crianças e uma grande interlocução de ideias, em que a dupla
deve colocar em jogo tudo o que sabe. Para que este trabalho seja produtivo, as crianças
deverão ter autonomia, não precisando do direcionamento constante do educador.
Atividades individuais: é um momento em que o educando pode organizar seus
conhecimentos, sistematizando suas aprendizagens. O educador deve realizar
intervenções pontuais que atendam às demandas individuais dos educandos.

Essas sugestões serão produtivas se houverem intervenções do educador que, durante as atividades, deve circu

A proposta do livro

Trabalhamos, nos três capítulos, algumas questões que consideramos importantes no


processo de construção da leitura e da escrita:
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL: propiciamos momentos de trocas, interações,
exposição de opiniões, elaboração de ideias, organização de atividades, dentre outros,
para explorar a linguagem oral. Buscamos sugerir para o educador, durante as unidades, a

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 23
necessidade de buscar os conhecimentos prévios dos educandos e colocá-los como
sujeitos participantes das propostas escolares.

LER E ESCREVER: acreditamos que, a todo o momento, os educandos devem colocar em jogo
todos os seus conhecimentos sobre a língua, além de sentirem-se encorajados a escrever
e a ler, demonstrando suas hipóteses sem medo. Para que isso aconteça, precisamos criar
situações didáticas que rompam com a ideia de que apenas quem lê e escreve
convencionalmente pode fazê-lo.
Precisamos proporcionar atividades desafiadoras e que, ao mesmo tempo, sejam
possíveis de serem executadas.
Quandoacriançasesentecapazdelereescrever, mesmonãofazendoissoconvencionalmente,
percebemos um grande avanço em suas hipóteses.

DIVERSIDADE TEXTUAL: é preciso oferecer textos à criança, textos com os padrões textuais
que circulam na sociedade, desde o início do ano, inserindo-as nas primeiras atividades de
alfabetização. Conhecer seus usos e suas funções sociais favorece a reflexão sobre o sistema
de escrita, além de ajudar a desenvolver as estratégias de leitura.
Trabalhamos com textos reais para aproximar os educandos de diferentes gêneros.
Acreditamos que os educandos precisam conhecer e apropriar-se desses textos que
circulam na sociedade para conhecer, entender sua função e dar sentido ao mundo.

GÊNERO TEXTUAL: os gêneros textuais, orais ou escritos, têm sua existência no cotidiano
das pessoas e expressam-se em designações diversas, como: poema, trava-língua,
quadrinho, conto, fábula, lenda, parlenda, adivinha, carta, bilhete, sermão, receita
culinária, notícia de jornal, piada, conversa ao telefone etc.
O objetivo do educador que se preocupa em alfabetizar letrando inclui a produção e
análise de diferentes gêneros textuais, a fim de que o educando possa aprender o uso
social de cada um deles.
Como existem diferentes textos que circulam socialmente, cada um atendendo a um uso
específico, é impossível não se comunicar através de algum gênero.

LETRAMENTO: buscamos uma proposta que possibilite inserir os educandos em situações


em que a escrita apareça de forma dinâmica, para atender às suas diferentes funções
sociais. Escrevemos sempre com um objetivo, e de acordo com esse objetivo, buscamos o
texto mais adequado ao momento para nos comunicar. Acreditamos que apropriar-se das
práticas letradas é incluir-se nas práticas sociais e culturais, que possibilitam o exercício
da cidadania.

CONSTRUÇÃO DA AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICO: para que o educando possa


participar da cultura escrita, ele precisa ir além de conhecer e saber quando usar os textos

2 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


que circulam socialmente. Ele precisa apropriar-se de uma técnica que lhe garantirá esse
acesso. Temos que saber diagnosticar com clareza o grau de conhecimento que os
educandos possuem sobre o sistema, pois a apropriação do sistema de escrita alfabética
tem suas especificidades que precisam ser trabalhadas.

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: é a capacidade de identificar e discriminar diferentes sons. Ela


é fundamental para o desenvolvimento da consciência fonêmica (identificar que as
palavras têm sons) e da decodificação (identificar a correspondência entre os sons e as
letras).
Ter consciência fonológica implica saber identificar e discriminar diferentes sons e suas
nuanças – como alto, baixo, grave, agudo, próximo, distante, suave, estridente,
esganiçado, os sons dos animais, dos instrumentos, dos diferentes objetos.
Num ambiente sadio e rico de estímulos, as crianças não apenas ouvem os diversos sons
como são levadas a prestar atenção, identificar, discriminar e agir em função de sons: a
mãe que chega, o pai que sai, o vizinho que perturba a vizinha, o carro ou o trem que se
aproximam, o sino que bate na torre, a sirene de ambulância, o som estridente do
vizinho, o ruído do rato roendo a parede ou o gambá que se aninha no teto... E não só a
vida real: as brincadeiras e os brinquedos infantis estão cheios de oportunidades para o
educando ir aprendendo a prestar atenção nos diferentes sons – os instrumentos, as
músicas e suas letras, as cantigas de roda, parlendas, poesias e tantas outras brincadeiras
que impõem ritmos (“Marcha, soldado”, “Caranguejo não é peixe”), rimas (“Unidunitê”),
sequências (“Cadê o toucinho que estava aqui?”) e aliterações e assonâncias que, além de
divertirem e encantarem as crianças, contribuem para enriquecer-lhes o vocabulário,
conhecer as letras (jogo da amarelinha), decorar a ordem alfabética e os números
(1,2,3,4, por aqui passou um gato etc.).

PARA A APROPRIAÇÃO DA TÉCNICA, FAZ-SE NECESSÁRIO: grafar e reconhecer letras, usar o papel,
entender a direcionalidade da escrita, pegar no lápis, codificar e, principalmente, construir a
consciência fonológica (capacidade de estabelecer relações entre sons da fala e sua
organização nas palavras – entender a correspondência entre sons e letras, de fonemas e
grafemas, perceber unidades menores que compõem o sistema de escrita – palavras, sílabas,
letras).

Durante o trabalho da alfabetização, não podemos perder o foco de alguns aspectos:


ler para os educandos;
fazer com que os educandos leiam e escrevam, mesmo antes de fazê-lo convencionalmente;
tornar-se escriba dos educandos para que produzam textos oralmente.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 25
Atividades e ações do educador relacionadas à prática de leitura
AnA TEBEROskY/MARTA SoLER GALLART

1 Exposição de cartazes com palavras estáveis, como: personagens de histórias ou


revistas em quadrinhos, nomes próprios, títulos de poemas ou histórias, nomes de
autores diversos etc.
2 Escrita da rotina na lousa. Num primeiro momento, escrevemos sempre as mesmas
palavras, como roda de história, artes, música, recreio etc. Podemos escrever
palavras estranhas, atividades absurdas, como: “comer sabão” no meio da rotina,
com o objetivo de chamar a atenção para as palavras e fazer com que as crianças se
esforcem para ler, tentando descobrir a ação desafiadora que foi colocada pelo
educador.
3 Incentivo de leitura de gibis nos cantos e em momentos planejados. A leitura em
duplas também é muito apreciada pelos educandos.
4 Leitura e memorização de poemas para diagramação do texto.
5 Aproximação das crianças dos livros de histórias já trabalhados em classe.
6 Leitura ou reconto de histórias na roda.
7 Desafios de leitura de legendas relacionados aos projetos ou sequência didática.
8 Bingo de nomes diversos.
9 Forca de nomes próprios ou palavras estáveis.
10 Caça-palavras de poemas, parlendas, canções etc.
11 Leitura dos combinados da classe.
12 Leitura de recados na lousa.
13 Leitura de cartas, convites, avisos e bilhetes recebidos.
14 Leitura de parlendas ou poemas cujos textos já foram memorizados.
15 Leitura de desafios de adivinhas ou tirinhas de jornal.
16 Leitura de listas contextualizadas em um mesmo campo semântico.

Atividades e ações do educador relacionadas à prática da escrita

1 Confecção de listas contextualizadas.


2 Confecção de álbuns de figurinhas feitos pelas crianças.
3 Cruzadinhas.
4 Forca de nomes diversos.

2 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


5 Escrita de convites.
6 Escrita de bilhetes.
7 Escrita coletiva de cartas.
8 Escrita de parlendas e poemas conhecidos.
9 Cópias de escritas na lousa de lições de casa.
10 Confecção de livros de rimas.
11 Produção ou reescrita de histórias trabalhadas em classe.
12 Escrita de finais diferentes de histórias conhecidas.
13 Parlendas com lacunas.
14 Escrita de legendas relacionadas à gravura.
15 Escrita de títulos para história em quadrinhos.
16 Escrita coletiva de combinados para uma excursão.
17 Descrição escrita de personagens de histórias conhecidas.
18 Listas de assuntos a serem pesquisados durante o estudo de um projeto.
19 Escrita de adivinhas.
20 Escrita coletiva de cartas, bilhetes, avisos etc.
21 Ditado em duplas (de educando para educando).
22 Escrita de legendas em fotos trazidas pelas crianças.
23 Confecção de um livro de histórias.

É importante o educador saber como as crianças lidam com a leitura e a escrita de uma
forma geral, como enfrentam desafios e quanto são capazes de arriscar-se, colocando
em jogo suas hipóteses e compartilhando-as com os colegas. É fundamental que o
educador dê grande ênfase ao trabalho de leitura e escrita, como também que promova
situações de conversas e discussões em que o valor social e a função da leitura e escrita
estejam constantemente presentes em sala de aula.

Sugestões de atividades para o trabalho


de alfabetização com músicas

1) Cantar a letra da música, acompanhando com o dedo.


2) Procurar e listar no caderno palavras do texto que comecem com a mesma letra.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 27
3) Apagar algumas palavras que compõem cada verso e pedir aos educandos para
completar, escrevendo a palavra que falta.
4) Completar as letras que faltam nas palavras ou sentenças tiradas da música.

Exemplo:

M A C H S O D A D

a) Procurar e listar palavras do texto com a mesma quantidade de letras.


b) Procurar e listar palavras da música que terminam com o mesmo som.
c) Formar novas palavras a partir de algumas palavras do texto.
EX.: SOLDADO - SOL E DADO

OUTRAS SUGESTÕES:

1) Dramatizar a música associando à expressão corporal.


2) Montar uma lista, com algumas palavras do texto, para o educando colocar o
significado.
3) Ilustrar com desenhos partes da música.
4) Reescrita em dupla da letra da música.
5) Copiar os versos da música em tiras de papel para recompor novamente todo o texto.
6) Destacar algumas frases da música de forma incompleta para o educando descobrir
o que falta.
7) Organizar um álbum de músicas significativas com a classe.
8) Consultar o significado de uma lista de palavras do texto e colocá-las em ordem
alfabética.
9) Recompor versos ou todo o texto da música com as letras móveis.
10) Procurar em um caça-palavras algumas palavras da música e passar o lápis em
torno delas. Reescrever estas palavras por ordem crescente, de acordo com o
número de letras.
11) Fazer uma lista de palavras do texto e ligar: palavra à letra inicial ou ao desenho.
12) Copiar do texto todas as palavras com uma determinada letra escolhida.
13) Transcrever algumas palavras do texto com letras diferentes: cursiva, manuscrita,
impressa etc.

2 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


14) Montar quebra-cabeça com palavras da música:
ÇA BE CA DO SOL DA GO FO CO A DE

15) Formar sentenças dos versos apresentados fora da ordem.


16) Explorar o título, autores e mensagens da música.
17) Recompor todo o texto com fichas contendo palavras da música que os educandos
têm em mãos.
18) Representação da música em outra linguagem: desenho, pintura, colagem, mímica,
coreografia etc.
19) Completar as palavras que faltam nas frases da música.
20) Cantar trechos de músicas diversas para os educandos dizerem o título.
21) Fazer concurso entre dois grupos de educandos: pedir que digam o nome da
música através de palavras ditas pelo educador. Ex.: soldado, mão, anel, Natal etc.
22) Adivinhar o nome do autor de uma música através do título.
23) Descobrir o nome da música através do movimento da boca.
24) Adivinhar o título de uma música através de pistas.

Trabalho com poemas, canções, parlendas e quadras.

JUSTIFICATIVA:

A música, quadras, poemas, parlendas, como uma proposta de trabalho nas classes
de alfabetização, atende o educando integralmente, enriquecendo o seu universo
de conhecimentos e, ao mesmo tempo, resgata o lúdico, o prazeroso no processo de
aprendizagem. Ao selecionar uma canção, poema, parlenda ou quadra, é importante que
o educador faça antes de começar o trabalho, uma seleção de acordo com a necessidade
do grupo, com a qualidade do texto, o interesse do conteúdo, a adequação aos temas de
trabalho.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

> Expor na sala, para futuras reflexões e consultas, a letra da música, poemas, parlendas etc.
> Ouvir a música através de disco ou cantada pelo educador.
> Destacar algumas palavras para: contar o número de letras, colocar em ordem
alfabética, destacar a sonoridade.
> Procurar no dicionário o significado das palavras desconhecidas.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 29
> Escrita do texto no quadro, pelo educador, ditado pelos educandos. Eles vão
cantando ou declamando e o educador registra verso por verso. Através desta
atividade, eles perceberão que existe certa correspondência entre o que se fala e o
que se escreve;
> Distribuir a canção ou poemas mimeografados e pedir aos educandos que pintem
os espaços entre as palavras (fronteiras vocabulares).
> Fazer caça-palavras com algumas palavras da canção. Passar o lápis em torno
delas e reescrevê-las no papel.
> Fazer a diagramação da música ou poema, com sentenças ou palavras do texto.
> Trabalhar a forca ou texto lacunado com algumas palavras do poema ou canção.
> Distribuir a letra da canção para que os educandos façam a pseudoleitura.
> Reescrever a letra da música, parlenda ou poema, em dupla.
> Expor em sala a música ou o poema com letra de tipos diversos.
> Fazer cruzadinhas e outros passatempos com palavras do texto escolhido.
> Remontar a letra da canção ou poema a partir de sentenças, palavras, letras móveis etc.
> Dramatização da música associada à expressão corporal.
> Jogos: bingos, baralhos, dominós, memórias etc., com palavras e frases do texto.
> Procurar palavras do texto no dicionário.
> Reconstruir o poema ou a canção a partir dos fragmentos desordenados, usando os
indicadores textuais.

Trabalho com os contos no processo de alfabetização

1 JUSTIFICATIVA

Os contos de fadas mexem com os sentimentos mais primitivos do indivíduo. Neles, o


bem e o mal aparecem claramente esboçados, auxiliando as crianças a identificar seus
problemas, suas emoções, suas limitações e suas possibilidades de resolução das
dificuldades.

2 OBJETIVOS

> Reconhecer obras e autores consagrados.


> Apropriar-se da linguagem escrita própria desse gênero literário.
> Ter procedimento de sentar para ouvir contos.
> Ampliar o repertório linguístico.

3 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


> Fazer reconto e reescrita dos contos trabalhados.
> Identificar marcas linguísticas.

3 CONHECIMENTO PRÉVIO

> Organização de uma biblioteca literária em sala de aula.


> Seleção do conto a ser trabalhado com a turma.
> Leitura pelo educador do conto escolhido, 2 ou 3 vezes antes de ler para os educandos.
> Observação e manuseio do livro pelas crianças: tamanho, capa, ilustrações, o que
ele nos sugere, quantidade de letras etc.
> Análise biográfica do autor.
> Antecipação do conteúdo: tema, personagens, hipóteses da trama, cenários etc.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

> Leitura do título: o que será que quer dizer?


> Leitura da história pelo educador.
> Provocar os educandos a fazerem leitura por imitação ou leitura virtual.
> Trabalhar a estrutura textual do conto (ambientação, desenvolvimento da trama e
finalização).
> Chamar a atenção para o tempo em que se desenrola a história: cronologia.
> Reconto da história pelo educador, aproximando-se o máximo possível da
linguagem do autor.
> Estimular as crianças para o reconto (trecho de que mais gostaram;
ambientação; início ou final da história; todo o texto; continuando a fala do
educador).
> Reescrita do educador no quadro, a partir do reconto oral dos educandos.
> Cópia pelos educandos da reescrita coletiva de trechos da história.
> Distribuir a história com trechos em lacunas, para o educando completar as
palavras que faltam.
> Reescrita em dupla de trechos ou de todo o texto trabalhado.
> Transformar a história em outro tipo de linguagem: carta, bilhete, mensagem,
desenhos etc.
> Escrita pelos educandos do título da história, nomes dos personagens, de
expressões típicas imutáveis etc.
> Reescrita pelos educandos de alguns fragmentos previamente memorizados.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 31
GLOSSÁRIO

Alfabetização: Emília Ferreiro considera atualmente alfabetização não como um


estado, mas como um processo contínuo que começa bem cedo e não termina nunca. O
conceito de alfabetização, segundo a autora, mudou em decorrência das pesquisas
realizadas, da época atual, da cultura e da chegada da tecnologia. “Ignorar que a criança
desde cedo pensa e tem condição de ler e escrever é um retrocesso”, afirma a
pesquisadora.
Autoestima: confiança em nossa capacidade de pensar, para dar conta dos desafios da
vida. Às vezes, uma palavra, um sorriso, um olhar de aprovação ou um simples aceno de
cabeça pode nutrir a nossa autoestima ou, ao contrário, pode derrubar os nossos sonhos.
Autonomia: não significa a liberdade de fazer o que se quer, mas a responsabilidade em
decidir sobre seu próprio comportamento, assumindo seus direitos e deveres e
respeitando o ponto de vista do outro. Na escola, significa o educando se desenvolver
sendo menos governado pelo educador.
Base alfabética: são atividades diversas, feitas através de textos significativos, com o
objetivo de levar a criança a interpretar e reproduzir o sistema alfabético para a
aprendizagem da leitura e da escrita. Ex.: alfabeto, palavras estáveis, listas
contextualizadas etc.
Cognição: refere-se ao intelecto do indivíduo, à sua maneira de raciocinar, é o que
chamamos de pensamento humano.
Coerência: é o sentido do texto. Em um texto coerente, todas as partes se encaixam,
não existindo nada ilógico, desconexo ou contraditório.
Campo semântico: são palavras próximas pelo sentido, não sendo necessariamente
sinônimos. São classificação de palavras ou conceitos de termos afins.
Competência linguística: capacidade de o sujeito usar qualquer forma de linguagem
apropriada às demandas das situações sociais.
Consciência fonológica: conscientização dos sons constituintes das palavras. É
reconhecer os fonemas que formam as palavras e discriminá-los entre si.
Contextualizado: refere-se à linguagem que pode ser facilmente assimilada em um
esquema existente.
Conflitos cognitivos: são os desafios lançados pelo educador para levar o indivíduo a
raciocinar.
Construtivismo: corrente educacional apoiada no principio de que o conhecimento
não é ensinado, mas sim estimulado; e no qual o educando participa ativamente de seu
aprendizado.
Descontextualizado: literalmente, “fora do contexto”, sem sentido para o leitor, como
acontece no conteúdo de muitos livros pedagógicos (cartilhas), principalmente os de
alfabetização.
Diagnóstico: é a verificação dos conhecimentos prévios que o educando possui com
relação a um determinado conteúdo.

3 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Erros construtivos: são erros que assumem um caráter produtivo, pois revelam o
raciocínio da criança, sua lógica, e não uma incapacidade de aprender. Dessa forma, o
erro auxiliará o educador no entendimento do pensamento do educando. Será mais uma
ferramenta de seu trabalho, um aliado que resultará em sucesso, se bem administrado.
Esquemas: são, segundo Piaget, os responsáveis por nossa maneira de perceber,
compreender e pensar para interpretar o objeto de conhecimento.
Inferir: deduzir ou tirar conclusão por meio de raciocínio.
Interação: é a troca entre as experiências adquiridas. É o contato entre o sujeito e
objeto de conhecimento.
Mediação: qualquer forma de interferência que possibilite a aprendizagem de um novo
conhecimento (educador, colegas, materiais didáticos etc.).
Níveis conceituais: são etapas, fases, períodos ou hipóteses pelas quais as crianças
passam por ocasião de seu desenvolvimento.
Palavras estáveis: são palavras cuja grafia convencional foi memorizada pela criança e que
servem como fonte de informação para escrever outras palavras. Ex.: nome próprio. São
uma ou duas palavras que formam um contexto.
Pseudoleitura ou leitura virtual: leitura feita através de indícios tirados das figuras ou
palavras impressas ou a leitura de um texto cuja memorização já foi garantida.
Psicogênese da leitura e escrita: é o estudo da construção do conhecimento da leitura e
escrita preconizado por Emilia Ferreiro, levando em conta a existência de um sujeito
que, a partir do seu pensamento e de seus próprios recursos em interação com o meio
em que vive, escolhe seu caminho para uma alfabetização significativa.

Este primeiro livro de alfabetização da Escola Ativa tem como objetivo apresentar alternativas para a Educaçã
Acreditamos que, dessa forma, contribuiremos para a melhoria da qualidade do ensino no campo, considerand
Trata-se de um apoio para o educador alfabetizador que não tem um fim em si mesmo, mas procura somar as o
Abraços e bom proveito!

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 33
Bibliografia:

FUNDESCOLA/MEC. Alfabetizando: Livro do educando, 2007.

BRANDÃO, H.; Froeseler, M. G. O livro dos jogos e das brincadeiras para todas as idades: Belo Horizonte,
Editora Leitura, 1997.

CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem Ba, Be, Bi, Bo, Bu: São Paulo, Scipione,

CAVALCANTI, Zélia. Alfabetizando. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.

CHARTIER, Anne Marie; CLESSE, C. e HEÉBRARD, Jean. Ler e escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1966.

COLL, César, O construtivismo na sala de aula. São Paulo, Ática, 1997.

CURTO, L. Maruny, MINISTRAL, M. Maribel e MIRALLES, T. Manuel. Como as crianças aprendem e como o
educador pode ensiná-las a escrever e a ler. Vol. 1. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

CURTO, L. Maruny, MINISTRAL, M. Maribel e MIRALLES, T. Manuel. Material e recursos para a sala de aula. Vol.
2. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

FERREIRO, Emilia. Refiexões sobre alfabetização. São Paulo, Cortez, 1985.

KLEIMAN, Ângela. Os significados do letramento. Porto Alegre, Mercado das Letras, 1996.

NEMIROVSKY, Myriam. O ensino da língua escrita. Porto Alegre, Artmed, 2001.

PAUSAS, A.; DIEZ DE ULZURRUN e colaboradores. A aprendizagem da leitura e da escrita a partir de uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre, Artmed, 2004.

Programa de Formação de Educadores Alfabetizares (Profa), Módulo 3, Unidade 4, Texto 4, Brasília: MEC/SEF, 2001.

PROMEF 1 Programa Marista de Educação Fundamental - 1ª à 4ª série. Referencial teórico-prático para o


ensino de Língua Portuguesa nas séries iniciais da Educação Fundamental, nas Escolas da Província
Marista do Rio de Janeiro. Belo Horizonte, 1998.

SARAIVA, A. Juracy. Literatura e alfabetização. Porto Alegre, Artmed, 2001.

SMOLKA, Ana Luiza B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo, Cortez, 1988.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 1998.

TEBEROSKY, Ana e COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever. Porto Alegre, Artmed, 2001.

TEBEROSKY Ana, GALLART, Marta S. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre, Artmed, 2004.

TOLCHINSKY, Liliana e TEBEROSKY, Ana. Além da alfabetização. Porto Alegre, Ática, 1996.

WACHOWICZ, Teresa Cristina. EUTOMIA – Revista Online de Literatura e Linguística. Quando a semântica
entra nos textos. Universidade Federal do Paraná.

3 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Unidade 1
COnSTRUInDO A MInHA IDEnTIDADE

Este diagnóstico é uma forma de verificar, mais detalhadamente, o que os


educandos estão pensando
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA Nº 1 em relação à escrita.
DATA
NOME Por isso, siga os detalhes que favorecem a sua
IDADE
realização:

LISTA 1 Preencha na folha o nome da criança, o nome


SEBASTIÃO GERALDO ANTÔNIO MARIA ROSAdo aplicador, a data e a idade da criança.

ESCREVA UMA LISTA PARA A SUA EDUCADORA FALANDO SOBRE O QUE VOCÊ GOSTARIA DE FAZER NA ESCOLA
2 Comunique aos educandos o objetivo do diagnóstico antes de iniciá-lo.
Conte para eles a importância de você saber como eles pensam para
escrever, para ajudá-los a avançar.

3 incentive-os a realizar uma escrita do jeito deles, mas mostre-lhes


a importância de pensar bastante antes de iniciar a tarefa.

4 Realize os diagnósticos individualmente com cada educando. Conte que


ele fará uma lista de
nomes de pessoas, já que trabalharemos alguns nomes nessa unidade.
15

1
5 Dite as 5 palavras do diagnóstico, na ordem recomendada, uma de cada vez
e sem silabá-las. Após terminar todas as palavras, peça ao educando para
fazer o que indica a segunda questão.

6 Após a criança escrever, peça que leia, mostrando, com o dedo, que
parte representa o que ela está lendo. Registre como o educando leu.

7 Após terminar, avise que você irá guardar aquela


escrita para que, futuramente, acompanhem juntos
a sua evolução.

Ex.: Ditar a primeira palavra do diagnóstico pronunciando da forma mais natural


possível. Peça à criança para escrever e, em seguida, peça-lhe para ler,
mostrando, com o dedo, que parte representa o que ela está lendo. Apenas após
terminar a escrita e a leitura da primeira palavra passe para a segunda e assim
por diante. quando terminar todas as palavras, passe para a frase.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 35
A QUEM SOU EU?
HORA DA APRESENTAÇÃO

CONHEÇA A MENINA ABAIXO.

O MEU NOME É
ANTÔNIA.
TENHO 7 ANOS. GOSTO DE DESENHAR, BRINCAR E IR À ESCOLA.

Esta atividade tem o objetivo de promover a socialização das crianças da turma.


Organize uma roda e combine com as crianças que cada uma irá se levantar e se
apresentar seguindo o roteiro.
Deixe que participem da organização da apresentação, dando a sua opinião de
EM RODA, APRESENTE-SE PARA A SUA TURMA DA MESMA FORMA QUE ANTÔNIA SEquem irá começar,
APRESENTOU, se durante
E CONHEÇA UM POUCO aSEUS
MAIS SOBRE apresentação
NOVOS COLEGAS. ficarão em pé ou sentados etc.

QUAL É O SEU NOME?


QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?
ONDE VOCÊ MORA?
O QUE MAIS GOSTA DE FAZER?

17

B AGORA QUE VOCÊ JÁ CONHECE SEUS AMIGOS,


QUE TAL ESCREVER SEU NOME EM UM CRACHÁ?

ESCREVA SEU NOME NO CRACHÁ ABAIXO. CASO PRECISE, PEGUE A FICHA DO SEU NOME COM O EDUC

O educador já deve ter preparado a ficha padronizada com o nome


dos educandos: todos do mesmo tamanho, da mesma cor, com a
letra de imprensa maiúscula. A única diferença entre os crachás
será o nOME dos educandos.
ESCREVA A PRIMEIRA LETRA DO SEU NOME NO QUADRADO ABAIXO.

VOCÊ VAI COLORIR AS LETRAS DO SEU NOME QUE APARECEM NO ALFABETO ABAIXO.

A VAMOS BRINCAR COM OS NOMES USANDO O ALFABETO MÓVEL

POR QUE É QUE EU ME CHAMO ISSO E NÃO ME CHAMO AQUILO? POR QUE É QUE O JACARÉ NÃO SE CHAMA CROCODILO? (...)
PEDRO BANDEIRA

18

VOCÊ TEM NO FINAL DO LIVRO UM ALFABETO MÓVEL.


RETIRE-O E RECORTE AS LETRAS; Peça aos educandos que destaquem o alfabeto móvel, recortem e
GUARDE AS LETRAS EM UMA CAIXA OU ENVELOPE;
guardem em um recipiente transparente, etiquetando-o com o nome de
ESCREVA O SEU NOME, USANDO AS LETRAS MÓVEIS. CASO NECESSITE, COPIE SEGUINDO A SUA FICHA.

cada educando.
Esse material será utilizado durante todo o ano letivo, em várias
COMPARE SEU NOME COM OS DOS COLEGAS;
IDENTIFIQUE OS NOMES QUE COMEÇAM E TERMINAM COM AS MESMAS LETRAS;
atividades em sala de aula.
DESCUBRA QUAIS TÊM A MESMA QUANTIDADE DE LETRAS.
não se limite às atividades do
FALE BAIXINHO O NOME DOS COLEGAS E DESCUBRA QUANTAS VEZES VOCÊ MOVIMENTA A BOCA PARA FALAR O NOME DE CADA UM. livro, crie outras situações em que as
crianças poderão utilizar as letras móveis: organizar a rotina do dia, fazer
a lista das crianças presentes no dia etc.
COMENTE COM O EDUCADOR O QUE VOCÊ DESCOBRIU.

20

3 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


B BRINCANDO COM AS LETRAS
VOCÊ CONHECE O JOGO DO BINGO? COMO VOCÊ JOGA?
VAMOS JOGAR?

Esse jogo tem o objetivo de assegurar aos educandos o conhecimento


das letras do alfabeto.
JOGO DO BINGO
Ele deve ser realizado com os educandos em vários dias diferentes até
MODO DE JOGAR: que todos dominem o conhecimento das letras do alfabeto.
Lembre-se sempre de associar as letras iniciais aos nomes dos colegas
DISTRIBUA OS CRACHÁS OU FICHAS DOS NOMES PARA OS COLEGAS;
COLOQUE EM UM ENVELOPE OU EM UM SAQUINHO AS LETRAS DO ALFABETO; (L do Lucas, P do Pedro etc.).
ESCUTE E VEJA AS LETRAS SORTEADAS PELO EDUCADOR;
AQUELE QUE PREENCHER PRIMEIRO A FICHA AJUDARÁ O EDUCADOR A SORTEAR AS LETRAS.

ATENÇÃO: TODOS DEVEM COMPLETAR A CARTELA.

VARIAÇÕES DO BINGO:
Essas variações devem ser feitas em outros dias para não
TROQUE SUA FICHA OU CRACHÁ COM OS COLEGAS.
cansar os educandos.
CONFECCIONE A SUA PRÓPRIA CARTELA UTILIZANDO LETRAS VARIADAS (ELAS PODEM SER COPIADAS, RECORTADAS DE REVISTA OU JORNAIS, REALIZADAS COM O ALFABETO MÓVEL).

21

BRINCANDO COM A MÚSICA


VOCÊ CONHECE MUITAS CANTIGAS DE RODA?
QUAIS SÃO AS SUAS PREFERIDAS?
AJUDE O SEU EDUCADOR A FAZER UMA LISTA DAS SUAS CANTIGAS DE RODA PREFERIDAS.
COLOQUE-A NO CANTINHO DE LEITURA PARA CONSULTÁ-LA QUANDO PRECISAR.
A lista deve ser feita com letra de imprensa maiúscula, com letras grandes FAÇA UMA RODA E CANTE COM SEUS COLEGAS ALGUMAS MÚSICAS QUE LISTOU.

e legíveis, para que facilite a consulta dos educandos.

Em outros momentos que forem cantar, peça que escolham a música


recorrendo ao cartaz, e leiam que músicas querem cantar.
Mesmo não lendo convencionalmente, as crianças devem ser encorajadas
a descobrir onde estão os nomes das músicas.

C VOCÊ CONHECE A CANTIGA A CANOA VIROU?


TROCA… TROCA…
SUBSTITUA O NOME QUE APARECER NA MÚSICA POR OUTROS NOMES QUE COMEÇAM COM O MESMO SOM.

22

VAMOS CANTAR! Essa cantiga deverá ser escrita em uma folha grande, com letra de imprensa
A CANOA VIROU
maiúscula, e colocada no Cantinho de Leitura para garantir a memorização
A CANOA VIROU visual e auditiva dos educandos.
POIS DEIXARAM ELA VIRAR FOI POR CAUSA DA MARIA QUE NÃO SOUBE REMAR.
Eles podem ser convidados para ir à frente da sala cantar a música
acompanhando o cartaz.
SE EU FOSSE UM PEIXINHO E SOUBESSE NADAR
EU TIRAVA A MARIA DO FUNDO DO MAR. Outra boa atividade é o caça-palavra, em que o educando deverá identificar
uma palavra da música solicitada pelo educador.

Outra possibilidade de trabalho é, após terem memorizado a música, pedir


que leiam o cartaz, acompanhando com o dedo a letra da música. Elas
tentarão, dessa forma, regular o que estão lendo ao que está escrito.

23

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 37
Lembre-se, educador: os crachás deverão estar sempre à vista dos educandos,
para freqüente visualização e consulta.
DESAFIO
Faça um cartaz de pregas para facilitar o acesso aos crachás.
PEGUE OS CRACHÁS DE SEUS AMIGOS E ESCREVA OS NOMES DELES PARA COMPLETARDeixe-o
A MÚSICA: em um local de fácil alcance para todos.

A CANOA VIROU
A CANOA VIROU
POIS DEIXARAM ELA VIRAR
FOI POR CAUSA DO(A) QUE NÃO SOUBE REMAR.

SE EU FOSSE UM PEIXINHO E SOUBESSE NADAR


EU TIRAVA O(A) DO FUNDO DO MAR.

DOS NOMES ESCOLHIDOS, HÁ ALGUMA LETRA QUE TEM NO SEU NOME? ESCREVA-A ABAIXO:

24

Trabalhar os sons das palavras é trabalhar a consciência fonológica. QUE TAL DESCOBRIRMOS NOMES QUE TENHAM O MESMO SOM FINAL DOS NOMES DE MARIA E JO ÃO ?

Os educandos devem perceber a relação entre os sons que ouvimos e falamos.


quando trabalhamos o som final das palavras, estamos trabalhando as rimas. FAÇA AS LISTAS COM A AJUDA DO EDUCADOR. LISTA DE NOMES QUE TERMINAM COM O SOM IA .

Busque com os educandos palavras que rimam com o nome de todos da sala.
Além de prazerosa, essa atividade é muito importante para a aquisição do
sistema de escrita.

LISTA DE NOMES QUE TERMINAM COM O SOM ÃO .

CIRCULE NAS LISTAS OS PEDAÇOS DE PALAVRAS QUE SÃO IGUAIS. CONVERSE COM O EDUCADOR

C PESQUISA JUNTO À COMUNIDADE


ENTREVISTE SEUS PAIS, FAMILIARES E PESSOAS DA COMUNIDADE SOBRE OUTRAS CANTIGAS DE RODA.
PROCURE SABER QUEM ENSINOU ESSAS CANTIGAS A ELES. 25
COM A AJUDA DE UM ADULTO, ESCREVA O NOME DAS CANTIGAS.
APRESENTE PARA A TURMA A SUA PESQUISA E CANTE COM OS AMIGOS.

quando trabalhamos com atividades de leitura e de escrita que fazem


sentido para os educandos, favorecemos uma alfabetização de qualidade,
prazerosa, contextualizada e de acordo com a realidade social do
educando.

27
2

3 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


A HORA DE FALAR SOBRE OS AMIGOS!
VOCÊ TEM MUITOS AMIGOS? QUANTOS AMIGOS VOCÊ TEM? OBSERVE O QUE A TURMINHA DO CAMPO VAI CONTAR PARA VOCÊ. Pergunte aos educandos se eles já viram um texto parecido com este. Deixe
que exponham seus conhecimentos.
Antes de ler o texto, peça aos educandos que observem a tirinha e tentem
OI, FRANCISCO!
POR QUE ESTA TRISTE?

adivinhar o assunto abordado. Deixe que todos expressem suas ideias e


comentários.
NINGUÉM QUER BRINCAR COMIGO! TODOS SUMIRAM.

VAMOS À MINHA CASA, LÁ TEM VÁRIAS COISAS PARA BRINCAR.


OI, FRANCISCO!

FELIZ DIA DO AMIGO!

O QUE VOCÊ ACHOU DA SURPRESA QUE A TURMINHA FEZ PARA FRANCISCO? VOCÊ SABIA QUE EXISTE O DIA DO AMIGO?

29

VOCÊ SABIA?

O DIA DO AMIGO É COMEMORADO EM VÁRIOS PAÍSES NO DIA 20 DE JULHO. MARQUE ESSA DATA NO

VEJA O QUE A TURMINHA DO CAMPO FALA SOBRE A AMIZADE.


Leve os educandos ao calendário da
sala e marque com eles o dia do amigo.
Converse sobre a função social do
A AMIZADE APROXIMA AS PESSOAS.
calendário.

UM AMIGO AJUDA O OUTRO. QUEM TEM AMIGO NÃO FICA SOZINHO.

B VEJA O NOME DOS AMIGOS DA TURMINHA DO CAMPO

30
RAIMUNDO ANTÔNIAUIRÁ FRANCISCO ANA

Estimule os educandos a estabelecer o máximo de relações possíveis,


comparando as letras, as quantidades, os tamanhos dos nomes, as
ESCREVENDO DO SEU JEITO, PENSE E RESPONDA
semelhanças e as diferenças entre eles.
DENTRE OS AMIGOS DA TURMINHA DO CAMPO, HÁ ALGUM NOME QUE:

TEM A MESMA QUANTIDADE DE LETRAS QUE O SEU NOME? QUAL?

TEM MAIS LETRAS DO QUE SEU NOME? QUAL?

TEM MENOS LETRAS DO QUE SEU NOME? QUAL?

31

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 39
Analisar as respostas em grupo possibilita, aos educandos, levantar
ANALISANDO AS RESPOSTAS
novas hipóteses e aprender com os colegas.
FAÇA UMA RODA DE CONVERSA E APRESENTE SUAS RESPOSTAS PARA A TURMA. VEJAse necessário,
SE ALGUM COLEGA DEUproponha que retomem
AS MESMAS RESPOSTAS QUE VOCÊ. os crachás do nome.
Faça uma roda para possibilitar uma maior interação entre as crianças.

SERÁ QUE ESTÁ CERTO?

32

CAÇA-NOME DOS AMIGOS

Essa atividade ajudará os educandos a nomear e reconhecer as letras DESCUBRA OS NOMES DOS AMIGOS QUE COMEÇAM COM AS LETRAS ABAIXO.

através dos nomes dos colegas. Proponha que sempre façam referência a
AB
eles. Ex.: M
da Maria, T do Tadeu
etc. Ela ajuda, também, a trabalhar a consciência fonológica. Aos CD
poucos, os educandos vão associando a letra inicial ao som das
palavras.
A consciência fonológica e o reconhecimento das letras são EF

atividades importantes para a construção do sistema de escrita


alfabética.
GH

IJ

KL
M N 33

O P

Q R

S T

U V

W X

Y Z
incentive os educandos a procurarem os nomes das pessoas da escola,
familiares e amigos. quanto mais associações significativas fizerem, mais
fácil será o reconhecimento dos nomes das letras.
COM A AJUDA DO EDUCADOR, DESCUBRA OUTROS NOMES QUE
COMPLETAM AS LETRAS QUE FICARAM VAZIAS.

34

4 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


VAMOS BRINCAR DE ACRÓSTICO?

ACRÓSTICO É UMA COMPOSIÇÃO POÉTICA EM QUE AS LETRAS INICIAIS FORMAM PALAVRAS.

OBSERVE O ACRÓSTICO ABAIXO COM A PALAVRA ESCOLA.

DUCAR ORRIR ANTAR Faça esta atividade com os educandos.


RGANIZAR ER
LEGRAR Leve-os a buscar a ajuda dos colegas para procurar as palavras que
começam com o som das letras do nome do seu melhor amigo. isso ajuda a
COM A AJUDA DO EDUCADOR, FAÇA UM ACRÓSTICO COM O NOME DE UM DE SEUS AMIGOS OU UMA DE SUAS AMIGAS.
construir a consciência fonológica.

BRINCANDO DE CALDEIRÃO DA BRUXA

VEJA A BRUXA ZAZÁ.


ELA É MUITO ESPERTA E DIVERTIDA.
QUANDO ENCONTRA AS LETRAS DO NOME DE UM AMIGO, ELA VAI LOGO JOGANDO-AS EM SEU CALDE
35 ELA MISTURA TUDO E FAZ UMA ENORME CONFUSÃO!

ABREUE LOPES (IN MÍMEO 2008)

Desenhe no quadro ou em um pedaço de papel uma bruxa bem divertida. no


caldeirão, embaralhe as letras do nome de um educando. É HORA DE BRINCAR DE CALDEIRÃO DA BRUXA!

MODO DE JOGAR:
incentive os educandos a observarem as fichas dos colegas para verificarem
qual o nome possível de estar no caldeirão da bruxa. O EDUCADOR DESENHARÁ NO QUADRO A BRUXA E O CALDEIRÃO, COM AS LETRAS DO NOME DE UMA
EM SEGUIDA, CONSULTE AS FICHAS DOS COLEGAS DA SALA E DESCUBRA QUAL É O NOME EMBARALH
REPITA TODAS AS LETRAS DO NOME DO(A) COLEGA.
CASO VOCÊ NÃO DESCUBRA, FALE O NOME DE OUTROS COLEGAS ATÉ ACERTAR.
Circule as letras que forem ditadas pelos educandos para que possam FAÇA VÁRIAS RODADAS DA BRINCADEIRA, VARIANDO COM OUTROS CAMPOS SEMÂNTICOS. EX.: NOM

analisar se o nome escolhido é o que está no caldeirão.

36

CONVERSANDO SOBRE RECEITAS

VOCÊ SABE O QUE É UMA RECEITA?


Deixe que os educandos exponham seus conhecimentos sobre a receita.
PARA QUE SERVE?
VOCÊ CONHECE ALGUMA? Peça que tragam receitas de casa para analisarem juntos.
Observe com os educandos:
COM A AJUDA DO EDUCADOR, LEIA, ACOMPANHANDO COM O DEDO, A RECEITA DE FAZER AMIGOS DE ANTÔNIA.
• ingredientes utilizados;
FAZENDO AMIGOS
• os sabores: se é doce ou salgado;
INGREDIENTES:
• se todos conhecem;
CARINHO 2 XÍCARAS DE EDUCAÇÃO • disposição gráfica da receita etc.
DEDICAÇÃO• 1 PORÇÃO DE RESPEITO
COMPANHEIRISMO • 1 DOSE DE PACIÊNCIA

Após ler o texto, analise com os educandos as semelhanças e as diferenças


MODO DE FAZER:
dessa receita para as receitas que eles trouxeram de casa.
COLOQUE O CARINHO COM TODA A DEDICAÇÃO QUE ENCONTRAR. MISTURE UMA PORÇÃO DE RESPEITO E APROXIME-SE DA PESSOA QUE PRETENDE SER AMIGO. PUXE PAPO E MISTURE AS 2 XÍCARAS DE EDUCAÇÃO COM O COMPANHEIRISMO

COZINHE EM BANHO-MARIA NO FOGO BEM BAIXO. NÃO APAGUE O FOGO ENQUANTO NÃO TIVER CERTEZA DE QUE ESTÁ BEM COZIDO. RETIRE DO FOGO E DESFRUTE DE UMA AMIZADE DURADOURA.

39

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 41
ESSA RECEITA SE PARECE COM AS RECEITAS QUE VOCÊ JÁ VIU?
Peça aos educandos que ajudem você a estruturar o texto.
AGORA É A SUA VEZ DE FAZER UMA RECEITA SOBRE COMO
FAZER AMIGOS. VOCÊ DITA E SEU EDUCADOR ESCREVE. Pergunte como começa uma receita, o que vem primeiro, para que serve o
título etc.
QUANDO TERMINAR, COLOQUE NO CANTINHO DE LEITURA PARA
QUE, QUANDO PRECISAR, POSSA CONSULTÁ-LA. Eles ajudarão também na construção da escrita, ditando com que letra você
NÃO SE ESQUEÇA:
irá escrever, o que irá escrever etc.
• DÊ UM TÍTULO INTERESSANTE.
• ESCOLHA BONS INGREDIENTES.
• ENSINE O MODO DE FAZER COM DETALHES.

C LEIA O TEXTO ABAIXO:

BRINCAR NA INFÂNCIA
GOSTAM MUITO DE BRINCAR TODO DIA, TODA HORA
DE PETECA OU AMARELINHA ANINHA, MÁRCIA E A CAROLA
40

BRINCAR DE BOLA TAMBÉM NÓS ACHAMOS BEM LEGAL MAS QUEM GOSTA DE VERDADE É O MARCELO E O JUVEN

SE BRINCAMOS DE CASINHA OS MENINOS VÃO EMBORA NÃO ACHAMOS NENHUM PAI TODOS DIZEM: ESTOU FORA
SE É DE POLÍCIA E LADRÃO TODOS ELES SEMPRE ESTÃO MAS DE PIRATA OU PATINS SÓ CHAMANDO O JOAQUIM

DE UMA COISA TENHO CERTEZA BRINCAR NA INFÂNCIA É TUDO POIS QUANDO ESTAMOS BRINCANDO
ESTAMOS FELIZES NO MUNDO
Antes de iniciar a leitura, chame a atenção dos educandos para
os elementos que dão informação sobre o texto: ilustração, título, AS AUTO

nome do autor, editora.


Chame a atenção também para a disposição gráfica do poema,
que é diferente da disposição gráfica
de outros textos.
Desta forma, criaremos uma familiaridade com o gênero.

DAS BRINCADEIRAS QUE APARECERAM NO TEXTO, QUAIS AS SUAS PREFERIDAS?


QUAL VOCÊ BRINCA COM OS SEUS AMIGOS?
Deixe seus educandos falarem sobre seus conhecimentos e preferências.

NO POEMA ESTÃO PALAVRAS COM SONS PARECIDOS, SÃO CHAMADOS DE RIMAS. ISSO DEIXA O TEXTO DIVERTIDO. VEJA SE VOCÊ ENCONTRA NO POEMA PALAVRAS QUE RIMAM COM:

Trabalho de consciência fonológica – rimas.


Deixe que tentem buscar no texto os nomes dos brinquedos e brincadeiras.
BOLA CASINHA BONECA Caso não consigam, auxilie-os.
Ex.: escreva no quadro AninHA.
Reflita sobre a escrita final da palavra, depois solicite às crianças que procurem
outra palavra que termine da mesma forma. você estará trabalhando tanto a
sonoridade das palavras como a correspondência escrita.

PATINS LEGAL BRINCANDO

44

4 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


AGORA É A SUA VEZ DE INVENTAR OUTRAS RIMAS

Liste com os educandos todas as palavras que eles conhecem que


rimam com os nomes citados.
Leve os educandos a perguntar a outras pessoas da escola ou
familiares se conhecem palavras que rimam com esses nomes.
A cada nova palavra que descobrirem, leve-os a perceber qual é o
pedaço da palavra que se repete.
ANINHA RIMA COM:

MARCELO RIMA COM:

JOAQUIM RIMA COM:

CAROLA RIMA COM:

45

CAÇA-BRINQUEDOS

ENCONTRE NO DIAGRAMA OS NOMES DOS BRINQUEDOS.

Liste com os educandos todas as palavras que eles conhecem que


rimam com os nomes citados.
BICICLETA – BONECA – BOLA – PETECA – PIPA
Leve os educandos a perguntar a outras pessoas da escola ou
familiares se conhecem palavras que rimam com esses nomes.
EXISTEM 7 ERROS NA SEGUNDA CENA. DESCUBRA-OS E LISTE-OS DO SEU JEITO.
A cada nova palavra que descobrirem, leve-os a perceber qual é o
pedaço da palavra que se repete.

46

Após descobrirem os 7 erros coletivamente, organize duplas com hipóteses


2
diferentes sobre a escrita alfabética e peça que escrevam os erros que
encontraram.
3 Lembre-se: devemos agrupar crianças que estão em um nível próximo, mas
que pensam diferente.

48

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 43
B ESCUTE A DICA E ESCREVA OS NOMES DAS BRINCADEIRAS

QUANDO ESTÁ NA MINHA VEZ FECHO OS OLHOS


E CONTO ATÉ 10. ABRO OS OLHOS
E PROCURO OS AMIGOS
VOU ACHÁ-LOS DE UMA VEZ!
Esta atividade, por ser individual, ajudará você a perceber alguns
aspectos da construção do sistema de escrita: traçado da letra, hipótese
de escrita, consciência fonológica etc.
FAÇO AS CASINHAS NO CHÃO, JOGO A PEDRINHA
COM A MINHA MÃO. PULO BEM RÁPIDO PARA ACERTAR, VÁRIOS NÚMEROS VOU PULAR.

EXISTEM MUITAS MANEIRAS DE BRINCAR,


MAS MUITA COISA NÃO DÁ PARA MUDAR. PODE CORRER...
VOU TE PEGAR!

49

CRUZADINHA

CONTE O NÚMERO DE LETRAS DE CADA PALAVRA E DESCUBRA ONDE ENCAIXAR OS BRINQUEDOS NA CRUZADINHA

AVIÃO – IOIÔ – BONECA – CASINHA – CARRINHO

COLOQUE A PALAVRA EM SEU LUGAR:


Dê a dica para as crianças do número de letras de cada palavra e da
quantidade de quadrados do caça-brinquedos. CAÇA
-BRINQUEDOS

50

C VOCÊ CONHECE OUTROS BRINQUEDOS QUE NÃO


FORAM CITADOS NA CRUZADINHA?

FAÇA O DESENHO E ESCREVA O NOME DELES.

Peça aos educandos que assentem em roda para apresentarem aos


colegas os brinquedos que desenharam.
Deixe que participem da organização da apresentação, dando a sua
APRESENTE PARA A TURMA O QUE VOCÊ FEZ E ESCUTE opinião de quem irá começar, se durante a apresentação ficarão em pé
ATENTAMENTE O QUE SEUS COLEGAS IRÃO APRESENTAR.
ou sentados etc.

51

4 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Unidade 2
FOLCLORE: A nOSSA CULTURA

Este diagnóstico é uma forma de verificar, mais detalhadamente, o que educandos estão
pensando em relação à escrita.
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA Nº 2 Por isso, siga os detalhes que favorecem a sua realização:
DATA
NOME
IDADE
1 Preencha na folha o nome da criança, o nome do
aplicador, a data e a idade da criança.
LISTA
2 Comunique aos educandos o objetivo do diagnóstico antes de iniciá-lo. Conte para
eles a importância de você saber como eles pensam para escrever, para ajudá-los a
BOLA DE GUDE avançar.
CARRINHO BONECA CORDA PIÃO

3 incentive-os a realizar uma escrita do jeito deles, mas mostre-lhes a importância de


investir na tarefa, pensando bastante antes de iniciá-la.

4 Realize os diagnósticos individualmente com cada educando. Conte que ele fará
uma lista de nomes de brinquedos, já que trabalharemos alguns brinquedos
nesse capítulo.

5 Dite as 5 palavras do diagnóstico, na ordem


57 recomendada, uma de cada vez, e sem silabá-
las.

6 Após a criança escrever, peça que leia, mostrando com o dedo, que parte representa
o que ela está lendo.
Registre como o educando leu.

7 Após terminar, avise que você irá guardar aquela escrita para que,
futuramente, acompanhem juntos a sua evolução.

Ex.: Ditar a primeira palavra do diagnóstico pronunciando da forma mais natural possível.
Peça à criança para escrever e, em seguida, peça que leia, mostrando, com o dedo, que
parte representa o que ela está lendo. Apenas após terminar a leitura da primeira palavra
passe para a segunda e assim por diante. quando terminar todas as palavras, passe para
a frase.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 45
A VOCÊ CONHECE ALGUMA LENDA? QUAL?
LISTE COM SEU EDUCADOR AS LENDAS QUE VOCÊ E SEUS COLEGAS CONHECEM.

Faça uma roda para conversar com os educandos sobre as lendas.


Deixe que falem o que sabem sobre esse tipo de texto.
AS LENDAS SÃO HISTÓRIAS TRANSMITIDAS ORALMENTE, AO LONGO DAS GERAÇÕES, SEM QUE SE SAIBA AO CERTO QUEM AS CRIOU.
Ao escrever a lista no quadro, discuta com os educandos o que você
NO UNIVERSO DAS LENDAS TUDO É POSSÍVEL, NÃO EXISTEM LIMITES PARA A IMAGINAÇÃO.

usará para escrever os nomes da lenda.

59

ESCUTE A LENDA QUE SERÁ CONTADA PELO SEU EDUCADOR

CURUPIRA
Explore bem a gravura antes de começar a
leitura. Pergunte se conhecem o personagem, se identificam a O CURUPIRA É UM SER PEQUENO, TEM ALTURA DE UM MENINO, SEUS CABELOS SÃO VERMELHOS E SEU

lenda, explorando bem os conhecimentos prévios que os


ESSE DEFEITO É MUITO ÚTIL PARA FAZER AS SUAS BRINCADEIRAS PREFERIDAS: ASSUSTAR OS CAÇADO
educandos têm
sobre o assunto e sobre esse gênero. O CURUPIRA É O PROTETOR DAS FLORESTAS E DOS ANIMAIS. POR ISSO ELE PERSEGUE TODOS QUE QU

B RECONTE AO SEU EDUCADOR A LENDA DO CURUPIRA


VOCÊ JÁ CONHECIA ESTA LENDA?
60

VOCÊ CONHECE OUTRAS HISTÓRIAS DO CURUPIRA?


VOCÊ ACREDITA QUE ELAS SÃO VERDADEIRAS? POR QUÊ?

DICA DE LEITURA:
CONHEÇA MAIS SOBRE O FOLCLORE BRASILEIRO LENDO: MITOS: O FOLCLORE DO MESTRE ANDRÉ MARCELO XAVIER - EDITORA: FORMATO.

Destine tempo para essa tarefa, dando oportunidade para que todos que
queiram participem.
CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE AS OUTRAS LENDAS QUE VOCÊ CONHECE. quando for preciso, retome junto com as crianças a leitura do texto,
chamando a atenção dos educandos para a diferença entre a linguagem oral e
a linguagem escrita.
Converse com as crianças sobre o reconto feito, verificando se houve
dificuldade para organizar as ideias.

62

4 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


ESCREVA NOS QUADRADINHOS O NOME DO PERSONAGEM DA LENDA QUE VOCÊ ESCUTOU

REGISTRE:
QUANTAS LETRAS TEM O NOME DO CURUPIRA?
O trabalho de análise dos pedaços pequenos que compõem a
palavra ajuda os educandos, da hipótese pré-silábica, a
entender que existem unidades menores que as palavras, e que
é preciso pensar sobre elas para escrever.

QUANTAS VEZES VOCÊ MOVIMENTA A BOCA PARA FALAR CURUPIRA?

63 CIRCULE OS ANIMAIS QUE COMEÇAM COM A MESMA LETRA INICIAL DO PERSONAGEM PRIN

O trabalho com as relações entre os sons e as grafias das palavras CAVALO COELHO
permite desenvolver na criança a capacidade de refletir sobre os sons da fala e a
perceber a CORUJA FORMIGA

correspondência com a
escrita. Faça relação também ao nome dos GATO LEÃO

colegas. Algum colega da sala começa com a mesma letra que


RATO MACACO
o Curupira?
ONÇA PEIXE
Chame a atenção das crianças para os sons das
palavras. O trabalho de consciência fonológica deve estar presente desde o início
AGORA ESCREVA OS NOMES DOS ANIMAIS QUE TERMINAM COM A MESMA LETRA QUE CURU
do processo
de alfabetização.
Jogos e brincadeiras que envolvam a consciência fonológica desenvolvem,
nas crianças, as habilidades de identificar, comparar e manipular os sons.

64

B ESSES PERSONAGENS FAZEM PARTE DE ALGUMAS LENDAS TRADICIONAIS


VOCÊ CONHECE ALGUM DELES?

Faça uma roda de discussão em que todos possam fazer


comentários sobre as lendas.
Pergunte aos educandos sobre os personagens e suas
características.

65

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 47
Mesmo que as crianças ainda não escrevam e leiam convencionalmente, o fato
ESCUTE SEU EDUCADOR LER AS ADIVINHAÇÕES E DESCUBRA
QUEM SÃO OS PERSONAGENS DAS LENDAS
de conhecerem de memória textos como esses irá possibilitar avanços nas
hipóteses dos educandos a respeito da língua escrita.
QUEM É? QUEM É?
É UM MOLEQUE TRAVESSO, USA GORRO VERMELHO, TEM UMA Deixe que as crianças tentem ler a resposta, mesmo não fazendo isso
PERNA SÓ E GOSTA DE FUMAR CACHIMBO.
convencionalmente.
CURUPIRA
Elas podem buscar através da letra inicial, ou final, pistas para a resposta correta.
SACI-PERERÊ

QUEM É? QUEM É?
EM NOITES DE LUA CHEIA SUAS ORELHAS CRESCEM, SEUS OLHOS
FICAM VERMELHOS E O SEU CORPO SE ENCHE DE PELOS.

LOBISOMEM

BOITATÁ

QUEM É? QUEM É?
DURANTE O DIA ELE É UM PEIXE. À NOITE SE TRANSFORMA EM
UM RAPAZ FORTE E BONITO.

LOBISOMEM

BOTO

66

QUEM É? QUEM É?
As adivinhações servem para divertir e provocar curiosidade. são É UMA COBRA DE FOGO E VIVE NA ÁGUA. TEM DOIS CHIFRES
E UM OLHO SÓ QUE FICA NO MEIO DA TESTA. PROTEGE A
textos curtos, geralmente encontrados na forma de MATA CONTRA OS INCÊNDIOS.

pergunta. A presença desses textos favorece a CURUPIRA

valorização COBRA-GRANDE

da cultura popular. QUEM É? QUEM É?

Mesmo que as crianças não escrevam ou leiam convencionalmente, o fato VIVE NOS LAGOS E RIOS. TEM CABELO DOURADO, OLHOS
VERDES E PELE CLARA. SEU CANTO É MARAVILHOSO!
de conhecerem de memória textos como esses irá possibilitar avanços IARA
nas hipóteses dos educandos a respeito da língua escrita. SACI-PERERÊ

TExTO ADAPTADO: ALFABETizAnDO: LivRO DO EDUCAnDO,


FUnDEsCOLA/MEC, 2007.

AGORA É A SUA VEZ DE ADIVINHAR AO CONTRÁRIO

67
LEIA A RESPOSTA E, COM A AJUDA DO SEU EDUCADOR, INVENTE A PERGUNTA.

Deixe que tentem descobrir o nome do personagem que está escrito.


Faça coletivamente a adivinhação e deixe que escrevam à sua maneira o
texto construído.
Faça intervenções individuais, atendendo às necessidades do grupo.

REPOSTA: CURUPIRA.

68

4 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


ESCREVA O NOME DAS PERSONAGENS JUNTO DA SUA LETRA INICIAL
Peça aos educandos que pronunciem
o nome dos personagens e tentem
descobrir a sua letra inicial.

B C

I S

69 CONSTRUA FANTOCHES DE PERSONAGENS DE LENDAS DE SUA REGIÃO E CONTE A HISTÓRIA PARA SE

A construção do fantoche deve priorizar a criação.


REAPROVEITE OS MATERIAIS DISPONÍVEIS NA SUA CASA, OU NA SUA ESCOLA, E USE A IMAGINAÇÃO!
Evite dar modelos prontos, deixe que os educandos criem de acordo com o material
disponível. VALE USAR SACOS DE PAPEL, EMBALAGENS VAZIAS, ROLINHOS DE PAPEL HIGIÊNICO, BOTÕES, CANUDOS, LÃ, SEM

Use e abuse de materiais reaproveitáveis.

Antes de iniciar, faça um reconto oral para garantir a organização das ideias.
Escreva no quadro ou em uma folha grande.
EM GRUPO, CRIE OUTRAS HISTÓRIAS PARA OS PERSONAGENS ESCOLHIDOS E PEÇA PARA
Discuta com os educandos como irão escrever as palavras a fim de favorecer novos
conhecimentos sobre a língua escrita.
Leia o texto, sempre que necessário, para verificar sua coerência.

PEÇA AO EDUCADOR PARA LER O TEXTO QUE VOCÊS CRIARAM,


E CONTE PARA OS SEUS COLEGAS, UTILIZANDO O FANTOCHE QUE VOCÊ CONSTRUIU

LEMBRE-SE, AO RECONTAR:
APRESENTE O PERSONAGEM CONTANDO COM DETALHES AS SUAS CARACTERÍSTICAS;
CONTE EM QUAL LUGAR SE PASSA A LENDA; é necessário que os educandos tenham na memória o texto que será
SIGA A SEQUÊNCIA DETALHADA DOS FATOS, COM A MAIOR RIQUEZA DE DETALHES POSSÍVEL!
recontado.
Ao realizar reconto, o educando organiza seu pensamento, seguindo uma
seqüência lógica. 70

Antes de ser um leitor e escritor convencional, o educando deve apropriar-se


da língua que se escreve.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 49
71

C AGORA QUE VOCÊ JÁ TREINOU O RECONTO COM SEUS COLEGAS, É HORA DE CONTAR A LENDA AOS SEUS FAMILIARES

LEVE SEU FANTOCHE PARA CASA E CAPRICHE NO RECONTO. PEÇA AOS SEUS FAMILIARES PARA ANOTAREM ABAIXO O QUE ACHARAM DO SEU RECONTO.

quando chegarem à escola, promova uma roda. Leia as


observações dos familiares e deixe que contem como foi
a experiência de realizar um reconto para a família.

72

Explore os conhecimentos dos educandos. Faça uma roda para favorecer a


interação. Deixe que expressem sua opinião e peça que justifiquem
a resposta.

incentive seus educandos a ler, mesmo que ainda não façam isso
convencionalmente. Leia o enunciado e peça que tentem descobrir quais são as
festas que estão na lista.
incentive-os a antecipar a palavra, guiando-se pela inicial.
Outra variação: você pode ler o nome da festa e pedir que descubram onde está
escrita.

ESCOLHA UMA FESTA TÍPICA DE SUA REGIÃO E FAÇA UM ÁLBUM COM SEUS COLEGAS, CONTENDO TODA A TRADIÇÃO DESSA FESTA

SIGA O ROTEIRO ABAIXO:


ORIGEM DA FESTA
A IMPORTÂNCIA DELA PARA SUA REGIÃO
ROUPAS CARACTERÍSTICAS
COMIDAS TÍPICAS Este álbum deve ser feito em folhas avulsas.
MÚSICAS
BRINCADEIRAS Coloque toda a tradição da região.
Promova um rodízio, de forma que o álbum vá para a casa de um educando a cada dia.
Dessa forma, as famílias terão conhecimento do trabalho que está sendo realizado.

5 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


A FESTA JUNINA

75

ELAS SÃO COMEMORADAS EM TODOS OS CANTOS DO BRASIL. DURANTE ESSE PERÍODO, O PAÍS FICA PRATICAMENTE TOMADO POR ESSAS FESTAS.
Deixe que os educandos contem as características da
festa junina da sua região.
DE NORTE A SUL DO BRASIL, COMEMORAM-SE COM ROUPAS CARACTERÍSTICAS, DANÇAS, FOGUEIRAS, BANDEIROLAS
E COMIDAS TÍPICAS. AS FESTAS JUNINAS SÃO BEM CONHECIDAS E FAZEM PARTE DO FOLCLORE BRASILEIRO.

76

B OBSERVE AS ROUPAS DAS CRIANÇAS ABAIXO. ESSAS ROUPAS SÃO T

verifique se seus educandos usam roupas semelhantes


a essas nas festas juninas.

Pergunte como se chamam os trajes desenhados e incentive-os a descobrir


onde está escrito o seu
nome. Pergunte com que letra começa e com que letra termina. Dessa LIGUE OS TRAJES ABAIXO AO SEU NOME:
forma, os educandos buscarão pistas para realizar a atividade.
CAMISA XADREZ CHAPÉU GRAVATA
BOTA RETALHOS LAÇO DE FITA
VESTIDO

A VOCÊ SABIA QUE NAS FESTAS JUNINAS HÁ MUITAS COMIDAS TÍPICAS? CONHEÇA UMA DAS RECEITAS DESSA FESTA

77

AMENDOIM TORRADO

Pergunte aos educandos se sabem o que é uma receita e qual a sua função.
• Lembre-os da receita que construíram de como fazer amigos e peça a
INGREDIENTES:
250 GRAMAS DE AMENDOIM TORRADO SEM CASCA
eles para listar as suas semelhanças e diferenças.
½ COLHER DE CAFÉ DE FERMENTO EM PÓ 2 COLHERES DE SOPA DE ACHOCOLATADO• Chame a atenção das crianças para a disposição gráfica da receita.
1 XÍCARA DE AÇÚCAR

4 COLHERES DE SOPA DE ÁGUA

MODO DE FAZER:
PONHA O AMENDOIM EM UMA TRAVESSA PARA TORRAR NO FORNO. MISTURE TODOS OS INGREDIENTES NUMA PANELA, LEVANDO-A AO FOGO. MEXA ATÉ A MISTURA FICAR PASTOSA. SE PERCEBER QUE ESTÁ MUITO DURA, ACRESCENTE UM POU

78

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 51
B CIRCULE O NOME DOS PRODUTOS QUE VOCÊ USARIA, SE FOSSE FAZER A RECEITA DE AMENDOIM TORRADO

Antes de ler os nomes dos rótulos para os educandos, deixe que


tentem identificá-los.

A produção de uma escrita individual também é imprescindível em sala


de aula
e uma forma de o educando sistematizar seus conhecimentos.
nesse momento, passe pelos educandos observando como estão
realizando seus registros. Converse com eles, realizando intervenções
que os levem a sentir-se seguros para realizar a tarefa.
ESCREVA OS NOMES DOS PRODUTOS:

79

SE VOCÊ FOSSE ORGANIZAR UMA FESTA JUNINA, COMO SERIA A LISTA DE DOCES E SALGADOS?

Por ter uma estrutura simples, a lista auxilia o trabalho da base


alfabética. Os trabalhos em dupla ajudam os educandos a trocarem informações, COMPLETE, COM SEU EDUCADOR, AS LISTAS ABAIXO COM AS COMIDAS DE FESTA JUNINA QUE SÃO T
discutirem e a levantarem dúvidas quanto à forma com que representam a
escrita. incentive a dupla a pensar como vai escrever cada palavra.
Esse conflito leva a novas aprendizagens no caminho da aprendizagem do
LISTA DE DOCES LISTA DE SALGADOS
sistema e escrita.

CAÇA-PALAVRAS

PROCURE ABAIXO O NOME DAS COMIDAS TÍPICAS DA FESTA JUNINA

80

Esta atividade em grupo proporcionará uma maior troca


entre os educandos.
Terão que pensar onde estão escritas as letras que
COMPLETE OS NOMES DAS COMIDAS TÍPICAS QUE VOCÊ ACHOU NO CAÇA PALAVRAS
compõem, onde começa e onde termina cada palavra.

M LH PA ONH OC DA

ANJI A P P C

81

5 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


C FAÇA UM DESENHO, COM SEUS FAMILIARES, DE OUTRA FESTA TÍPICA QUE VOCÊS CONHECEM
Faça uma roda
para coletivizar
CONVERSE SOBRE AS SUAS CARACTERÍSTICAS. QUANDO CHEGAR À ESCOLA, APRESENTE SEU DESENHO AOS COLEGAS E VEJA SE ELES ADIVINHAM QUE FESTA É. COLOQUE NO CANTINHO DE LEITURA PARA QUE TODOS CONHEÇAM A FESTA QUE
as respostas das
crianças.

83

A VAMOS CONHECER PARLENDAS!


LEIA A PARLENDA COM SEU EDUCADOR, ACOMPANHANDO COM O DEDO.

Desde bem pequenas, as crianças brincam com a sonoridade das parlendas.


Dessa forma, nasce uma relação afetiva e prazerosa com a
linguagem. Pedir à criança para acompanhar com o dedo a leitura do QUEM COCHICHA O RABO ESPICHA QUEM ESCUTA
O RABO ENCURTA QUEM RECLAMA O RABO INFLAMA
educador ajuda-a
a regular a linguagem oral à linguagem escrita.

DESCUBRA E ESCREVA A PALAVRA DA PARLENDA QUE RIMA COM:

COCHICHA

O trabalho com rimas ajuda na construção da consciência 85

ESCUTA fonológica.
Dessa forma, os educandos começam a perceber que as
palavras são formadas por diferentes sons.
Analise com os educandos como terminam estas palavras.
incentive-os a buscar no texto as palavras que terminam da
RECLAMA mesma forma.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 53
Deixe que tentem descobrir quais são essas palavras.
COMPLETE A PARLENDA COM AS PALAVRAS QUE ESTÃO FALTANDO:
Pergunte aos educandos:
• que palavras estão escritas aqui?
87
• Por que acham que são estas palavras?
INFLAMA – RABO – COCHICHA – ENCURTA • Onde iremos encaixá-las?

QUEM

OESPICHA QUEM RECLAMA


O RABO QUEM ESCUTA
O RABO

CONHEÇA OUTRAS PARLENDAS

UTILIZE AS LETRAS MÓVEIS E, EM DUPLA, ESCREVA A PARLENDA.


quanto maior o repertório das parlendas conhecidas, maior será a intimidade
com a sua estrutura e sua forma de representação.
Depois de memorizadas, utilize essas parlendas para realizar brincadeiras MEIO DIA MACACO ASSOBIA PANELA NO FOGO BARRIGA VAZIA
88 corporais, escritas individuais e coletivas, fazer diagramações de palavras
e frases, observar palavras que rimam, trocar palavras por outras,
escritas com letras móveis
etc. As possibilidades são imensas; a escolha da proposta terá relação com
o seu
objetivo diante da atividade.

UNI DUNI TÊ SALAMÊMINGUÊ


O SORVETE COLORÊ
O ESCOLHIDO FOI VOCÊ

89

5 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Unidade 3
A FAUnA E A FLORA BRASILEIRA

Este diagnóstico é uma forma de verificar, mais detalhadamente, o que os educandos


estão pensando em relação à escrita.
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA Nº 3 Por isso, siga os detalhes que favorecem a sua realização:
DATA
NOME
IDADE
1 Preencha na folha o nome da criança, o nome do
LISTA aplicador, a data e a idade da criança.

2 Comunique aos educandos o objetivo do diagnóstico antes de iniciá-lo. Conte para


eles a importância de você saber como eles pensam para escrever, para ajudá-los
FORMIGA
a avançar.
TUCANO SAPO TATU ONÇA

3 incentive-os a realizar uma escrita do jeito deles, mas mostre-lhes a importância de


investir na tarefa, pensando bastante antes de iniciá-la.

4 Realize os diagnósticos individualmente com cada educando. Conte que ele fará
uma lista de nomes de animais, já que trabalharemos alguns animais nesse
capítulo.

5 Dite as 5 palavras do diagnóstico, na ordem


97 recomendada, uma de cada vez e sem silabá-las. Após
terminar todas as palavras, passe para a a frase.

6 Após a criança escrever, peça que leia, mostrando com o dedo, que parte
representa o que ela está lendo.
Registre como o educando leu.

7 Após terminar, avise que você irá guardar aquela escrita para que,
futuramente, acompanhem juntos a sua evolução.

Ex.: Ditar a primeira palavra do diagnóstico pronunciando da forma mais natural


possível. Peça à criança para escrever e, em seguida, peça-a para ler, mostrando, com o
dedo, que parte representa o que ela está lendo. Apenas após terminar a leitura da
primeira palavra passe para a segunda e assim por diante. quando terminar todas as
palavras, passe para a frase.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 55
A COM O DEDO, ACOMPANHE A LEITURA FEITA PELO SEU EDUCADOR
Antes de iniciar a leitura, chame a atenção dos educandos para os elementos
que dão informação sobre o texto: ilustração, título, nome do autor.
BICHOS QUE EXISTEM E BICHOS QUE NÃO EXISTEM Chame a atenção também para a disposição gráfica do poema, que é
diferente da disposição gráfica de outros textos em prosa. Desta forma,
VIVEMOS RODEADOS DE BICHOS GATO, CACHORRO E PAVÃO MUITOS SÃO NOSSOS AMIGOS
E ALGUNS, NOSSA PAIXÃO criaremos uma familiaridade com o gênero.

ALGUNS JÁ OUVIMOS FALAR


ESTÃO NOS LIVROS E NA TELEVISÃO OUTROS TEMOS CERTEZA
SÓ EXISTEM NA NOSSA IMAGINAÇÃO

SE ELES EXISTEM OU NÃO EXISTEM MEDO NÓS NÃO TEMOS NÃO MESMO SEM NUNCA TER VISTO
SAI PRA LÁ BICHO-PAPÃO.

QUAIS OS BICHOS QUE VOCÊ CONHECE? Promova uma roda de conversa. Deixe que os
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE BICHOS QUE NÃO EXISTEM?
NO FINAL DAS CONTAS
educandos justifiquem a sua resposta.
DOS BICHOS QUE VOCÊ JÁ OUVIU FALAR, DE QUAIS VOCÊ SENTE MEDO? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.
NÃO FAZ TANTA DIFERENÇA NÃO TEMOS AQUELE QUE É SÓ NOSSO É O BICHO DE ESTIMAÇÃO.
VOCÊ POSSUI ALGUM BICHO DE ESTIMAÇÃO?

AS AUTORAS

99

B EM TODAS AS REGIÕES DO BRASIL ENCONTRAMOS UMA ENORME DI

PENSE NA SUA REGIÃO E ESCREVA O NOME DE UM ANIMAL:


QUE TEM ASAS: QUE MORA NA FLORESTA: COM QUATR

Converse sobre os animais que eles conhecem. À medida que realizam


as escritas, faça intervenções de como representarão os nomes dos
animais. Após terminarem a tarefa, vá ao quadro e, com a ajuda dos
educandos,
escreva as palavras que eles formaram.

C FAÇA UM PASSEIO NA SUA COMUNIDADE


ROTEIRO DO PASSEIO:
100

OBSERVE SE MORAM MUITAS PESSOAS NA SUA COMUNIDADE.


FIQUE DE OLHO NOS SERES VIVOS QUE ENCONTRAR.
VERIFIQUE SE EXISTEM MUITAS PLANTAS E ANIMAIS. TENTE IDENTIFICÁ-LOS.

REGISTRE O QUE OBSERVOU DURANTE O PASSEIO


nesse passeio com os educandos, ao redor da escola, incentive-os a identificar
os seres vivos que encontrarem.
De volta à sala de aula, deixe que registrem as suas observações utilizando
desenhos e/ou escrita, conforme desejarem.
Em roda, socialize as informações colecionadas e proporcione uma conversa
sobre as características do local onde moram.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE O QUE OBSERVARAM DO LUGAR ONDE MORAM.

101

5 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


A CURIOSIDADE:
ONÇA-PINTADA E SUAS INCRÍVEIS HABILIDADES

A ONÇA-PINTADA É UM DOS MAIORES FELINOS QUE EXISTEM EM TODO O MUNDO. ELA É LINDA, TEM PELOS COLORIDOS E É MUITO TEMIDA POR TODOS.
Antes de iniciar a leitura, explore os elementos que
dão informações sobre o texto: gravura, título.
ALÉM DE SER EXCELENTE CAÇADORA DE ANIMAIS, SALTA, CORRE E NADA COMO NINGUÉM. A ONÇA-PINTADA TEM HÁBITOS NOTURNOS. DURANTE O DIA ELA DORME E DESCANÇA PERTO DOS RIOS. À NOITE SAI À PROCURA DE ALIMENTOS.

Realize antecipações sobre o texto que será lido para que ativem os
ELA NECESSITA DE PELO MENOS 2KG DE CARNE POR DIA PARA COMER. PROTEGIDA PELA ESCURO DA NOITE, ELA USA AS PINTAS DE SEU CORPO PARA DESPISTAR OS SEUS SEGUIDORES.
conhecimentos prévios dos educandos sobre o assunto.
DE OLHOS E OUVIDOS ATENTOS, SAI EM BUSCA DE JACARÉS, CAPIVARAS, TARTARUGAS, AVES E PEIXES PARA SE ALIMENTAR.

VOCÊ SABIA? NA AMÉRICA DO NORTE A ONÇA- PINTADA É CHAMADA DE JAGUAR, PALAVRA QUE VEM DA LÍNGUA GUARANI E SIGNIFICA CRUEL.
O
T
F

AS AUTORAS

JUNTO COM SEUS COLEGAS, DÊ OUTRO TÍTULO PARA A CURIOSIDADE DA ONÇA-PINTADA

Convide os educandos a retomarem o texto inicial


e conversarem sobre o título dado ao texto. CONSTRUINDO UM CARTAZ
FAÇA UM CARTAZ ALERTANDO AS PESSOAS DA SUA ESCOLA SOBRE AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ DESCOBRIU DA O
COLOQUE EM UM LUGAR DA SUA ESCOLA QUE TODOS VEJAM.
Explore, através de uma discussão com a turma, outros títulos que poderiam NÃO SE ESQUEÇA DE COLOCAR TÍTULO, ILUSTRAR E CAPRICHAR NAS INFORMAÇÕES.

ser
substituídos e que não tiram a coerência
da reportagem.
Caso seja necessário, retome com as crianças a leitura do texto.
quando produzirem a escrita do título, leve os educandos a perceberem as
questões relacionadas à aquisição do sistema de escrita alfabético: letra inicial,
letra final,
seqüência e
escolha das letras
etc.

VAMOS CANTAR!

VAMOS BRINCAR DE FAZER PARÓDIA: O trabalho com a música enriquece o universo de conhecimentos e, ao mesmo tempo,
resgata o lúdico e o prazeroso no processo de aprendizagem.
ONÇA-PINTADA
ONÇA-PINTADA
QUEM FOI QUE TE PINTOU? FOI A BRUXA VELHA
Peça que cantem a música acompanhando com o dedo.
QUE POR AQUI PISOU PISOU NA AREIA LEVANTOU POEIRA PUXA ONÇA
POR ESSA ORELHA
O trabalho de leitura deve ser incentivado nas crianças, mesmo que ainda não façam
isso convencionalmente, sem medo de errar. A atividade de ler cantando é muito útil
AS AUTORAS
para a aprendizagem das características do sistema alfabético e da decodificação.
PARÓDIA É UMA IMITAÇÃO CÔMICA DE UMA COMPOSIÇÃO LITERÁRIA.
isso ajuda o educando a realizar a análise da relação entre o que diz e o que está
escrito, e a pensar na correspondência entre o som e a escrita.
FONTE: MINIDICIONÁRIO AURÉLIO DA LÍNGUA PORTUGUESA.
104

Leve outras paródias da região para serem apresentadas à turma e


VEJA A PARÓDIA AO LADO: investiguem outras que os educandos conheçam.
Peça que identifiquem as semelhanças e diferenças entre os dois textos: frases
ATIREI O PAU NO GATO-TONÃO ATIRE O PAU NO GATO-TO MAS O GATO-TOPOR QUE ISSO-SO-SO que se repetem, palavras que iniciam ou terminam da mesma forma, que têm a
MÚSICA:PARÓDIA:

NÃO MORREU REU-REUNÃO SE FAZ-FAZ-FAZ DONA CHICA-CAO GATINHO-NHO-NHO


ADMIROU-SE-SEÉ NOSSO AMIGO-GO-GO mesma quantidade de
DO BERRO, DO BERRONÃO SE DEVE
QUE O GATO DEU.MALTRATAR OS ANIMAIS. sílabas e letras etc.
MIAU!MIAU!

105

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 57
Escreva no quadro a música Onça-pintada.
Chame a atenção das crianças para a estrutura do texto.
Discuta com os educandos quais palavras poderiam ser substituídas na
AJUDE O EDUCADOR A CONSTRUIR UMA PARÓDIA COM A MÚSICA DA ONÇA-PINTADA
música, para que ela fique ainda mais engraçada. Ao substituí-la, volte ao
texto para verificar se continua com sentido.
Peça, também, ajuda dos educandos na construção do sistema da escrita.

B ESCREVA O NOME DOS ANIMAIS QUE ENCONTROU:

Passe pelas carteiras observando as escritas dos educandos.


Realize intervenções que deixem claro, para os educandos, que eles devem
pensar e
colocar em jogo seus conhecimentos ao escrever.

VOCÊ SABIA?

AS FLORESTAS TROPICAIS SÃO O HABITAT DE MAIS DA METADE DAS PLANTAS E ANIMAIS DO MUNDO.
nesta atividade, os educandos terão que organizar as letras embaralhadas
ORGANIZE AS LETRAS DOS NOMES DOS ANIMAIS nos quadros correspondentes. isso ajudará a pensar na correspondência do
oral com a escrita, levando-os a perceber as partes menores que compõem
a palavra.

5 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


C BICHO ESCONDIDO
DENTRO DAS PALAVRAS ABAIXO HÁ NOMES DE ANIMAIS. VAMOS DESCOBRIR QUAIS SÃO?

Esta atividade ajuda os educandos a perceberem que, dentro de uma palavra,


FOFOCA TATUAGEM
podemos ter outras, e que elas são compostas de unidades menores, como
sílabas e letras, além de trabalhar, também, a consciência fonológica.
ESTOURO GALOPE
Pesquise com os educandos palavras que tenham outros nomes escondidos.
COBRADOR ATÔMICO

SAPATO RÉGUA

DESENHE OS ANIMAIS QUE ENCONTROU:

A FÁBULAS
AS FÁBULAS SÃO CONTOS TRADICIONAIS, TRANSMITIDOS ORALMENTE, QUE SEMPRE TRAZEM UMA LIÇÃO D

DICA DE BOAS FÁBULAS:


110 A CIGARRA E A FORMIGA
O LOBO E O BURRO
O CORVO E O JARRO
A GANSA DOS OVOS DE OURO
O LEÃO E O MOSQUITO
O CÃO E O OSSO
A RÃ E O TOURO
O RATINHO, O GATO E O GALO
OS VIAJANTES E O URSO
Faça uma roda para conversar com os educandos sobre as fábulas. Deixe O GALO E A RAPOSA

que falem o que sabem sobre esse tipo de texto. Faça com os educandos, no
SUGESTÃO:
quadro, uma lista de outras fábulas conhecidas e levem ao Cantinho de Leitura. FAÇA UMA LISTA DE FÁBULAS E LEVE AO CANTINHO DE LEITURA.
VÁ RISCANDO AS QUE JÁ LEU.
ACRESCENTE OUTRAS QUE VOCÊ CONHECE E QUE GOSTARIA DE LER NOVAMENTE.

é fundamental que as crianças sejam incentivadas a ler sem medo de errar,


DESSA FORMA, VOCÊ E SEUS COLEGAS PODERÃO VARIAR BASTANTE A LEITURA, APRENDENDO BOA
mesmo que ainda não leiam convencionalmente.

111

B ACOMPANHE COM O DEDO A LEITURA DE DUAS


VERSÕES DA FÁBULA O LEÃO E O RATINHO

Deixe que as crianças tentem acompanhar a leitura, mesmo


não fazendo isso convencionalmente.

112

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 59
O LEÃO E O RATO Faça com que as crianças tentem antecipar como será a
VERSÃO Nº 1
fábula, falando sobre os personagens, os acontecimentos dos
fatos
CERTO DIA, QUANDO O LEÃO ESTAVA DORMINDO ACORDOU ASSUSTADO. ERA e a finalização,
UM RATINHO mesmo
QUE PASSEAVA PRÁ ainda
LÁ E PRÁ CÁ, SOBRE não conhecendo a fábula.
SUAS COSTAS.
- SAIA DAQUI RATO ATREVIDO DISSE O LEÃO. VOU COMÊ-LO.
NÃO FAÇA ISSO SENHOR LEÃO, DEIXE-ME IR. QUEM SABE ALGUM DIA PODEREI PAGAR-LHE ESTE FAVOR? O LEÃO RINDO SOLTOU O RATINHO DIZENDO: VOCÊ UM RATO INUTIL COMO PODERÁ AJUDAR-ME? O RATINHO TREMULO DE M
PASSARAM SE OS DIAS. O LEÃO ESTAVA NOVAMENTE A DORMIR, QUANDO FICOU PRESO PELA REDE DOS CAÇADORES DO REI, QUE AMARRARAM-NO EM UMA ÁRVORE.
RUGINDO MUITO ALTO ELE CHAMOU A ATENÇÃO DO RATINHO QUE APROXIMOU-SE, ROEU A CORDA, A REDE E LIBERTOU O LEÃO DIZENDO: EU NÃO LHE DISSE SENHOR LEÃO, QUE ALGUM DIA PODERIA PAGAR-LHE AQUELE FAVOR?
É VERDADE DISSE O LEÃO E ABRINDO A SUA ENORME PATA, COLOCOU DENTRO A PATINHA DO RATINHO EXCLAMANDO: OBRIGADO RATINHO. DE HOJE EM DIANTE SEREMOS AMIGOS PARA SEMPRE.
MORAL DA HISTÓRIA: AMIGO É AQUELE QUE AJUDA O OUTRO SEMPRE QUE ELE PRECISA.

VERSÃO Nº 2

113

UM LEÃO, CANSADO DE TANTO CAÇAR, DORMIA ESPICHADO À SOMBRA DE UMA BOA ÁRVORE. VIERAM UNS RATIN

TODOS CONSEGUIRAM FUGIR, MENOS UM, QUE O LEÃO PRENDEU EMBAIXO DE SUA PATA. TANTO O RATINHO PED

ALGUM TEMPO DEPOIS, O LEÃO FICOU PRESO NA REDE DE UNS CAÇADORES. NÃO CONSEGUIA SE SOLTAR, E FAZ
INTEIRA TREMER COM SEUS URROS DE RAIVA.

NISSO APARECEU O RATINHO.


Pergunte aos educandos o que acham que será diferente nesta segunda COM SEUS DENTES AFIADOS, ROEU AS CORDAS E SOLTOU O LEÃO.

versão. Registre as ideias para depois comprovar as hipóteses. MORAL DA HISTÓRIA: UMA BOA AÇÃO GANHA A OUTRA.

FONTE: ALFABETIZAÇÃO – CADERNO DO EDUCADOR-PROJETO FUNDESCOLA/ SELF-MEC, 2007.

114

C DO QUE FALAM AS FÁBULAS QUE O EDUCADOR LEU?


O QUE VOCÊ OBSERVOU NELAS?
QUAIS SÃO AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ELAS?
SE VOCÊ FOSSE MODIFICAR A FÁBULA, O QUE VOCÊ FARIA?

Faça as discussões em roda, para que todos possam se ver e dar suas
opiniões. Deixe que justifiquem suas respostas.
FAÇA AS ATIVIDADES ABAIXO DE ACORDO COM A VERSÃO Nº 2 DA FÁBULA O LEÃO E O RATINHO.

Liste as semelhanças e as diferenças entre as fábulas. Torne observáveis


CIRCULE OS NOMES DOS ANIMAIS QUE APARECEM NA FÁBULA
as questões referentes a: como iniciam as fábulas, os personagens que
aparecem, como elas são finalizadas, a estrutura etc.
PATO CACHORRO

RAPOSA RINOCERONTE

LEBRE LEÃO

COBRA GATO Deixe que descubram onde estão escritos os nomes dos
RATO GIRAFA animais. incentive-os a ler, dando pistas, mesmo não fazendo
isso convencionalmente.

115

6 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


NUMERE AS FRASES DE ACORDO COM OS ACONTECIMENTOS
Construa com os educandos uma seqüência lógica dos fatos. Caso
DA FÁBULA precise, volte a ler o texto com eles.
O LEÃO SOLTOU O RATINHO.

O RATINHO SOLTOU O LEÃO.

O LEÃO ACORDOU COM OS RATINHOS EM CIMA DELE


E PRENDEU UM RATINHO COM SUA PATA.

A REDE DOS CAÇADORES PRENDEU O LEÃO. Esse será um bom momento para trabalhar valores como respeito,
O LEÃO DORMIA ESPICHADO À SOMBRA DE UMA ÁRVORE. solidariedade, cooperação, dentre outros.
Deixe que os educandos estabeleçam uma relação entre as lições das
A MORAL DA FÁBULA: UMA BOA fábulas e as situações semelhantes que já vivenciaram.
AÇÃO GANHA A OUTRA.
Faça uma roda para que todos se vejam e dêem
O QUE ISSO SIGNIFICA? suas opiniões.
CONVERSE COM SEUS AMIGOS
SOBRE O QUE VOCÊS
ENTENDERAM SOBRE ESTA LIÇÃO.

116

DESENHE A FÁBULA EM QUATRO CENAS

1 2
Após a realização dos desenhos, socialize as respostas em uma
roda. verifique quem conseguiu retratar nos desenhos a ideia principal da
fábula, sem perder de vista a seqüência lógica dos acontecimentos.

3 4

AGORA É A SUA VEZ DE ESCREVER A SUA VERSÃO SOBRE A FÁBULA O LEÃO E O RATINHO

117

Os educandos com as hipóteses de escrita mais avançadas (nível alfabético e


silábico alfabético) podem realizar a escrita sozinhos.
Passe por eles orientando-os na construção do sistema da escrita e na
estrutura do gênero.
Para os outros educandos da sala, realize o trabalho coletivo. Peça-lhes que
ajudem você a estruturar o texto.
Pergunte onde deve colocar o título, como pode começar a fábula, qual será a
ordem dos acontecimentos, como irão finalizar etc.
Faça-os pensar, também, na estrutura do sistema de escrita, perguntando as
letras que deve usar para escrever as palavras.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 61
A ESCUTE O QUE O EDUCADOR VAI LER:
SABIA QUE A MÃE DO SABIÁ SABIA QUE O SABIÁ
SABIA ASSOBIAR?

118
VOCÊ CONHECE OUTROS TEXTOS QUE SÃO DIFÍCEIS DE FALAR DE FORMA RÁPIDA? QUAIS?

Os trava-línguas brincam com os sons e os significados das palavras. são uma


ótima fonte para trabalhar a consciência fonológica, além de desafiarem os
ESSES TEXTOS SÃO CHAMADOS DE TRAVA-LÍNGUA. ELES SÃO JOGOS EM QUE A PESSOA TEM QUE DIZER, COM CLAREZA E RAPIDEZ, VERSOS OU FRASES DIFÍCEIS, OU COM O MESMO SOM, VÁRIAS VEZES.
educandos a observarem as letras que compõem as palavras.
Por apresentarem várias palavras com letras repetidas, não possibilitam aos
educandos buscarem pistas nas letras iniciais e finais.

120

VAMOS APRENDER OUTROS TRAVA-LÍNGUAS?

ACOMPANHE COM O DEDO A LEITURA

A RATA ROEU A ROLHA DA GARRAFA DA RAINHA

O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA


E O REI DE ROMA ROUCO DE RAIVA ROEU A ROUPA
Promova um prazeroso e divertido momento. Convide os educandos para irem DO RATO DE ROMA

à frente da sala apresentar o trava-língua, recitando-o o mais rápido possível.


A PATA PEDRITA PULOU A PORTEIRA
PARA PROCURAR NO PARQUE O PATO QUE PASSEAVA
COM OS PATINHOS

AS AUTORAS

BRINCANDO COM AS PALAVRAS


PRONUNCIE TRÊS VEZES OS TRAVA-LÍNGUAS O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
TREINE QUANTAS VEZES PRECISAR.

B OS VERSOS FORAM MISTURADOS AO ESCREVERMOS O TRAVA-LÍNGUA. VAMOS ORDENÁ-LOS?

COM OS PATINHOS A PATA PEDRITA


PARA PROCURAR NO PARQUE PULOU A PORTEIRA 121
O PATO QUE PASSEAVA

Os educandos devem ter memorizado o trava-língua antes de realizar a


diagramação das frases.
Peça que pronunciem a primeira frase do trava-língua e, em seguida,
pergunte onde ela pode estar escrita.
questione-os como podem descobrir onde estão escritas as palavras, já que
elas começam da mesma forma.
Eles terão que colocar em jogo todos os seus conhecimentos para perceber as
unidades menores que compõem as palavras e as frases.

122

6 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


LIGUE AS COLUNAS FORMANDO CASAIS DE ANIMAIS
Conte aos educandos que nessa atividade estão escritos
nomes de animais. Peça que tentem ler quais são. Depois
CAVALO OVELHA peça que descubram seus pares.
CARNEIRO PATA Os educandos devem ser estimulados a ler em diferentes
CACHORRO GALINHA situações e momentos do dia.
BOI CABRA

BODE VACA

GALO ÉGUA

PATO CADELA

123

INVENTANDO BICHOS

VOCÊ VAI PRECISAR APENAS DE TINTA GUACHE.

MODO DE FAZER:

Promova um momento agradável. Peça que planejem que animais irão CRIE ANIMAIS INCRÍVEIS, PINTANDO SUA MÃO E SEU BRAÇO COM TINTA GUACHE.
USE E ABUSE DA SUA CRIATIVIDADE!

representar. sente-os em roda em local confortável.


Peça a ajuda dos educandos para organizar o ambiente, antes e após a
atividade.
Listem os animais que conseguiram representar.

VIVA A NATUREZA

VIVEMOS EM UM LINDO PLANETA COM LAGO, RIO E MAR


COM FLORESTAS VERDEJANTES QUE NOS AJUDAM A RESPIRAR

NÃO PODEMOS NOS ESQUECER DESSE PLANETA CUIDAR


VAMOS JUNTOS, HOJE E SEMPRE, TRABALHAR PRA PRESERVAR

VAMOS FICAR ATENTOS ALERTAR CONTRA A POLUIÇÃO NÃO JOGAR LIXO NOS RIOS NEM QUEIMAR A PLANTAÇÃO

DA NOSSA ALIMENTAÇÃO TAMBÉM DEVEMOS CUIDAR POIS A TERRA É IMPORTANTE


PRA NOSSO ALIMENTO PLANTAR.
Antes de iniciar a leitura, chame a atenção dos educandos para os elementos que
dão informação sobre o texto: ilustração, título, nome do autor.
Deixe que antecipem o assunto de que tratará o texto.
AS AUTORAS

Chame a atenção, também,124para a disposição gráfica do poema, que é


diferente da disposição gráfica de outros textos.
Dessa forma, criamos uma familiaridade com o gênero.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE O QUE ENTENDEU DO POEMA.

125
PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 63
C ALÉM DE PRECISAR DA TERRA PARA MORAR,
A GENTE COME O QUE A TERRA DÁ OU O
QUE A GENTE PLANTA NELA. MUITAS PESSOAS VIVEM DO SEU TRABALHO COM A TERRA.

Proporcione uma rica troca entre os educandos sobre o que descobriram


com os familiares.
Faça uma roda para que todos possam se ver e coletivizar as
PENSANDO ONDE VOCÊ VIVE, COMO VIVE, ONDE SEUS FAMILIARES TRABALHAM, O QUE VOCÊ COME, CONVERSE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA TERRA PARA SUA FAMÍLIA. QUANDO CHEGAR À ESCOLA, CONTE AOS COLEGAS O QUE DESCOBRIU.

informações.

126

As quadrinhas, assim como as parlendas e os trava-línguas, brincam


com os sons das
A A TERRA DÁ PLANTAS E ÁRVORES DE MUITOS TIPOS. MUITAS DELAS T

palavras. são textos mantidos pela tradição oral e fazem parte da


cultura popular. Eles favorecem, através de suas rimas, uma análise
dos sons que
compõem as palavras. VOCÊ SABIA?
AS FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS SÃO VEGETAIS ESSENCIAIS PARA A NOSSA SAÚDE. SÃO FONTES D
As atividades de consciência fonológica são muito importantes para as
crianças que ainda não perceberam que a escrita tem uma relação OUÇA A QUADRINHA:
HOJE FUI À FEIRA
com PRA COMPRAR ABACAXIS
DE TÃO BONITOS QUE ESTAVAM TROUXE MANGA, MAMÃO E CAQUI
a pauta sonora.

CIRCULE AS FRUTAS QUE VOCÊ CONHECE.


VOCÊ VAI COLORIR COM A SUA COR FAVORITA O NOME DA FRUTA QUE JÁ EXPERIMENTOU.
LISTE COM O EDUCADOR AS FRUTAS QUE VOCÊ ENCONTRA ONDE MORA.

B COMPLETE COM OUTRAS FRUTAS QUE


VOCÊ CONHECE

HOJE FUI À FEIRA


127

PRA COMPRAR. DE TÃO BONITAS QUE ESTAVAM


TROUXE,

MAMÃO E.

FAÇA UMA LISTA DE SUAS FRUTAS PREFERIDAS

Peça aos educandos que pensem nas frutas que irão representar antes de
iniciar. incentive os educandos a promoverem suas escritas. Lembre-os da
importância de investirem na tarefa. Eles precisarão de apoio e mediação
nessas atividades. Passe pelos educandos observando as escritas que estão
produzindo.
As atividades individuais ajudarão você a observar as escritas dos
educandos para que intervenha adequadamente.

128

6 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


VEJA AS RECEITAS

SALADA DE FRUTAS
Deixe que os educandos exponham seus conhecimentos sobre a
INGREDIENTES:
receita. Leve-os a observarem a disposição gráfica da receita.
MAÇÃ
BANANAS
Após ler o texto, analise com os educandos as semelhanças e as diferenças dessas
1 MAMÃO PEQUENO SUCO DE 2 LARANJAS 1 COLHER DE MEL OU AÇÚCAR receitas de salada de frutas.
INGREDIENTES:
ABACAXI
MODO DE FAZER: PERAS
LAVE E DESCASQUE AS FRUTAS. CORTE-AS EM PEDAÇOS PEQUENOS. PONHA EM UMA TIGELA. ACRESCENTE MEL E AÇÚCAR A GOSTO. REGUE COM SUCO DE
2 MAÇÃS
FRUTA. DEIXE 10 MINUTOS MELÃO
NA GELADEIRA E SIRVA. LARANJAS AÇÚCAR
SORVETE OU CREME DE LEITE

MODO DE FAZER: PIQUE AS FRUTAS, COLOQUE-AS EM UMA TIGELA. ACRESCENTE AÇÚCAR A GOSTO.
SIRVA COM SORVETE OU CREME DE LEITE.

ESCOLHA A RECEITA QUE MAIS GOSTOU. JUSTIFIQUE PARA A SUA TURMA A SUA ESCOLHA.

129

AS FRUTAS DESENHADAS APARECEM NAS RECEITAS DE SALADA DE FRUTAS.

DESCUBRA ONDE ESTÃO ESCRITOS OS NOMES DAS FRUTAS DESENHADAS E CIRCULE-OS

Deixe que os educandos tentem ler os nomes


das frutas desenhadas, mesmo ainda não MELÃO MAÇÃ MANGA

sabendo ler
convencionalmente.
ABACATE AMEIXA ABACAXI

PERA PÊSSEGO PINHA

MORANGOMAMÃO MEXIRICA

130

SUBSTITUA OS DESENHOS PELA ESCRITA E DESCUBRA A SALADA QUE QUEREMOS LHE ENSINAR

SALADA DE FRUTAS: INGREDIENTES

1 nesta atividade, os educandos devem pensar que letras utilizarão para


representar as frutas desenhadas. isso ajudará a pensar na correspondência
4
do oral com a escrita, levando-os a perceber as partes menores que compõem
2
as palavras. Como os espaços já estão determinados, eles terão que colocar
em jogo os seus conhecimentos para conseguir preencher todos os espaços
2 vazios. Organize duplas produtivas e passe por elas, dando dicas que façam
com que os educandos pensem que letras utilizarão para representar os nomes
1 CACHO DE
das frutas.
6

CALDO DE 3

MODO DE FAZER:
DESCASQUE E PIQUE AS FRUTAS. MISTURE O AÇÚCAR E O CALDO DA LARANJA. DEIXE POR DUAS HORAS NA GELADEIRA E SIRVA BEM GELADINHA.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 65
131

Peça aos educandos que ajudem você a estruturar o texto.


Pergunte como começa uma receita, o que vem primeiro, para que
AGORA FAÇA A SUA RECEITA DE SALADA DE FRUTAS. UTILIZE FRUTAS TÍPICAS DA SUA REGIÃO.
serve o título etc.
NOME DA RECEITA: Combinem quais serão as frutas utilizadas e deixe que escrevam o nome
delas de acordo com suas hipóteses.

INGREDIENTES:

Realize a escrita coletivamente no quadro. Os educandos ajudarão


ditando as letras a serem utilizadas e na construção do sentido do texto. À
medida que escreve, leia várias vezes para que eles verifiquem se precisam
mudar ou
acrescentar alguma palavra.
Peça às crianças que estão mais avançadas em suas hipóteses para realizar
as suas escritas sozinhas ou em pequenos grupos. quando terminarem,
socialize
suas produções.

132

C BINGO MALUCO
PREENCHA OS QUADROS VAZIOS DA CARTELA DA PÁGINA SEGUINTE COM AS FRUTAS QUE QUISER, SEM REPETI-LAS.

AS CARTELAS DOS PARTICIPANTES DEVEM TER FRUTAS DIFERENTES.


SORTEIE AS LETRAS DO ALFABETO.
QUEM TIVER EM SUA CARTELA UMA FRUTA QUE COMEÇA COM A LETRA SORTEADA, MARCA A CARTELA.
ATENÇÃO: NO BINGO MALUCO, GANHA O JOGO QUEM MENOS MARCAR A CARTELA.

Este jogo é mais uma das atividades que ajudará a garantir a construção da
DICA: DEPOIS DE JOGAR VÁRIAS VEZES COM OS AMIGOS, LEVE PARA CASA E ENSINE SEUS FAMILIARES COMO SE JOGA O BINGO MALUCO.

consciência fonológica das crianças. guarde as cartelas e jogue quantas vezes


precisar, alternando os dias.
A construção da consciência fonológica é fundamental para a apropriação do
BINGO sistema de escrita alfabético.

134

6 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


Este diagnóstico é uma forma de verificar, mais detalhadamente, o que os
educandos estão pensando em relação à escrita.
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA Nº 4 Por isso, siga os detalhes que favorecem a sua realização:
DATA
NOME
IDADE
1 Preencha na folha o nome da criança e a data em que foi aplicado.

2 OComunique
ESCREVA UMA PARLENDA PARA UM DE SEUS PARENTES CONTANDO aos educandos
QUE MAIS GOSTOU DE FAZER NAoESCOLA
objetivo
ESTEdo diagnóstico
ANO. antes de iniciá-lo. Conte
para eles a importância de você saber como eles pensam para escrever, para
ajudá-los a avançar.

3 incentive-os a realizar uma escrita do jeito deles, mas mostre-lhes a


importância de investir na tarefa, pensando bastante antes de iniciá-la.

4 Realize os diagnósticos individualmente com cada educando. Conte que ele


escreverá a parlenda que ele conhece.

5 Lembre com ele a parlenda antes de iniciar.

6 À medida que ele escrever, peça que releia seu texto para ver se não pulou
139 nenhuma parte.

7 Após terminar a escrita, peça que releia o texto inteiro e observe se escreveu
todas as palavras. incentive-o a mudar algo, se ele desejar. Peça-o para
mostrar, com o dedo, que parte representa o que ele está lendo.

8 Após terminar, busque as escritas anteriores e acompanhe os avanços


realizados durante o ano.

Atenção: não auxilie o educando na realização dessa atividade. sendo essa uma
avaliação diagnóstica é preciso que seja realizada de forma livre e individual.

PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 67
Bibliografia:
Alfabetizando: livro do aluno. Fundescola/MEC, 2007.
BRANDÃO, H.; FROESELER, M. g. O livro dos jogos e das brincadeiras para todas as idades. Belo Horizonte,
Editora Leitura, 1997.

CAgLiARi, L. C. Alfabetizando sem Ba, Be, Bi, Bo, Bu. São Paulo, Scipione.

CAvALCANTi, z. Alfabetizando. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.


CHARTiER, A. M.; CLESSE, C.; HEÉBRARD, Jean. Ler e escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1966.

COLL, C. O construtivismo na sala de aula: São Paulo, Ática, 1997.


CURTO, L. M.; MiNiSTRAL, M. M.; MiRALLES, T. M. Como as crianças aprendem e como o v pode ensiná-las a
escrever e a ler. vol. 1, Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
CURTO, L. M.; MiNiSTRAL, M. M.; MiRALLES, T. M. Material e recursos para a sala de aula. vol. 2, Porto Alegre,
Artes Médicas, 2000.

FERREiRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

FERREiRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, Cortez, 1985.


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NEMiROvSKY, M. O ensino da língua escrita. Porto Alegre, Artmed, 2001.


PAUSAS, A.; DiEz, U. et al. A aprendizagem da leitura e da escrita a partir de uma perspectiva construtivista.
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SARAivA, A. J. Literatura e alfabetização. Porto Alegre, Artmed, 2001.


SMOLKA, A. L. B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. São Paulo,
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SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 1998.


TEBEROSKY, A.; COLOMER, T. Aprender a ler e a escrever. Porto Alegre, Artmed, 2001.

TEBEROSKY, A.; gALLART, M. S. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre, Artmed, 2004.
TOLCHiNSKY, L.; TEBEROSKY, A. Além da alfabetização. Porto Alegre, Ática, 1996.

6 ALFABETizA çÃO E L ETRAMENTO 1 — CADERNO DO EDUCADO


PRO gR AM A ESCOL A A T i vA 69

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