Adolescentes Ebd

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

ESCOLA TEOLÓGICA DA ASSEMBLÉIA DE DEUS EM ABREU E LIMA

POR QUE OS ADOLESCENTES NÃO SE SENTEM MOTIVADOS A


PARTICIPAR DA E.B.D.?

ABREU E LIMA, 13 DE JUNHO DE 2017.


A todos os que estão envolvidos a ajudar os adolescentes a passar em segurança
para a idade adulta.
O vosso amor e empenho não serão em vão.
Deus os abençoe.
Professora: Rebeca Sales
Alunas: Aldenize Gomes
Maria Sueli
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................4
O ADOLESCENTE.......................................................................................6

Mudanças físicas..........................................................................................6

Alterações mentais.......................................................................................7

Mudanças individuais...................................................................................7

Mudanças sociais.........................................................................................8

O que seria uma escola dominical atrativa para o adolescente?.................9

CONCLUSÃO.............................................................................................10

REFERÊNCIAS..........................................................................................11

III
4

INTRODUÇÃO

A adolescência é uma das fases mais lindas da vida do ser humano, porém a
mais complexa. O adolescente começa a entrar no mundo dos adultos mediante o
crescimento e as mudanças do seu corpo, por intermédio de suas capacidades e de
seus afetos, na busca da definição de sua identidade e seu papel no meio social.
Um conflito é formado dentro do seu mundo interior, e o mundo do adulto que
passou a conhecer. Muitos conceitos, atitudes e práticas da meninice, de natureza
moral e religiosa passam a ser questionados. Na maioria dos casos, as dúvidas a
respeito dos preceitos morais e religiosos vêm à tona. Nessa fase se sente cobrado,
incompreendido, acha que os pais e líderes estão ultrapassados.
Por um lado, na busca por criar sua própria identidade, deixa um pouco de
lado os valores e laços familiares e vai se identificando com outros grupos. Faz
confusão entre valores religiosos assumidos e valores adquiridos na vivência
coletiva (aprendidos no grupo de convivência).
Por outro lado, percebe-se que há dificuldade, por parte da igreja, quanto ao
enfrentamento das constantes mudanças e desafios que a atual realidade
apresenta. Há uma discrepância entre o modelo que eles adquirem e os valores
ensinados na igreja. Existe então, a necessidade dos adolescentes frequentarem a
Escola Dominical.
Mas, não é o que vemos nas nossas igrejas. Encontramos uma ausência ou
um número resumido deles nesses ambientes de ensino. Esse deveria ser o local
em que eles encontrariam apoio para encontrar soluções para suas inquietudes e
conflitos.
Buscamos então entender, quais os motivos para a desmotivação dos
adolescentes na E.B.D. O que os fazem afastar-se cada vez mais do ensino bíblico?
O que poderia ser feito para atraí-los ao caminho que os levará á sabedoria?
O tema dessa pesquisa não é uma futilidade. A ausência e a apatia dos
adolescentes são notáveis na maioria das igrejas evangélicas. Sendo uma fase da
vida tão importante para eles, essa deve ser orientada pela palavra de Deus, e a
Escola Dominical é um dos melhores meios de Educação Cristã.
Entrevistaremos pais, professores de E.B.D. e adolescentes que frequentam
ou não, a Escola Dominical, como também através de pesquisa em publicações, que
5

falam acerca das questões da adolescência. Traremos nessa pesquisa algumas


considerações e sugestões para professores, dirigentes e líderes que os ajudarão a
implementar uma gestão dinâmica e voltada para essa fase da vida em questão.
Nosso objetivo enquanto pesquisadoras é fazer entender um pouco da mente
dos nossos adolescentes para melhor compreendê-los. Fazendo assim, poderemos
contribuir para o reino de Deus, onde Ele mesmo é quem mais ama a cada um de
nós e quer que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Sejam jovens,
crianças, adultos ou idosos.
6

O ADOLESCENTE

Vários estudiosos dizem que a adolescência é a fase de transição que liga a


infância à fase adulta. Chegam a afirmar que essa fase começa por volta dos 12
anos e termina por volta dos 18. Em geral, essa definição é um bom ponto de
partida, mas não podemos nos esquecer de que um adulto jovem pode aparentar 25
anos exteriormente, mas ter idade emocional de 12.
A adolescência se inicia com as mudanças corporais da puberdade e termina
quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade, obtendo
progressivamente sua independência econômica, além da integração em um grupo
social.
Segundo o Dr. John Townsende “... o adolescente passa por muitas
transformações extraordinárias que abragem muitos aspectos da vida dele;
neurológicos, hormonal, emocional, social e espiritual. Todas essas alterações
ocorrem ao mesmo tempo, o que implica ele ter de administrar muita coisa”
(Townsende, John. 2011, 92).
Diante de tantas transformações e percepções, o jovem parte para a
construção de sua identidade. É conhecida a obra de Aberastury e Knobel
(Adolescência normal – um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas,
2000), em que descreveram o que denominaram a “síndrome normal da
adolescência” – busca por si mesmo e da identidade, atitudes de tendência grupais,
necessidade de intelectualizar e fantasiar. Uma vez que seu desenvolvimento já
permite criar hipóteses, observa-se uma capacidade de senso crítico e, por isso,
podem ocorrer crises religiosas, atitudes sociais reivindicatória com tendências anti
ou associais, contradições sucessivas, separação progressiva dos pais e constantes
flutuações de humor.
Essas mudanças dividem-se basicamente em quatro áreas principais: física,
mental, individual e social. Vamos ver brevemente cada uma dessas áreas.

Mudanças físicas

Praticamente da noite para o dia, o adolescente está mais parecido com um


adulto do que com uma criança. Nesse período o peso corporal quase dobra, e a
7

altura aumenta cerca de 25%. Perde as roupas rapidamente, passa a ter menos
coordenação nas atividades esportivas porque está crescendo muito rápido, e come
quantidades monstruosas de comida, a fim de obter combustível para seu
metabolismo rápido e intenso.
Durante a adolescência, surgem as características sexuais secundárias
desencadeadas nas meninas pelo estrogênio e, nos meninos, pela testosterona.
Embora o corpo de seu filho esteja maduro, as emoções deles não estão. O interior
dele precisa alcançar o exterior.

Alterações Mentais

O adolescente pensa e processa as informações em níveis mais conceituais


do que quando era criança, pois, naquela época, não tinha condições para isso. O
adolescente consegue empregar raciocínio abstrato, elaborar hipóteses e fazer
deduções. Essas alterações ajudam a prepará-lo para agir com sucesso no mundo
adulto, onde ele vai precisar tirar conclusões das informações, exercer julgamentos
e tomar todo tipo de decisões pelas quais ele será responsável.
O adolescente pode ser lógicos, persuasivos e manipuladores.

Mudanças Individuais

O adolescente passa por alterações individuais e emocionais complexas. Está


lutando com muitos estímulos porque está avançando no alcance de maturidade
emocional. E, ao mesmo tempo independente e dependente. Questiona as
convicções, a crença e os valores da sua família e desafia a autoridade. Sente mais
segurança para dizer aquilo de que não gosta do que dizer aquilo de que gosta.
Sente emoções intensas e extremas. Investe mais no “hoje” do que no “amanhã”.
Boa criação significa dar ao adolescente a estrutura, a firmeza e o amor de que ele
precisa para atravessar com êxito todas essas mudanças emocionais e individuais.
8

Mudanças Sociais

O centro da vida do adolescente muda da família para os colegas do grupo.


Seus amigos passam a ser o foco e o principal interesse da vida dele. Ele passa
mais tempo com ele no telefone, pessoalmente ou se comunicando por mensagens
instantâneas.
Contudo, essa modificação de interesse faz parte do plano de Deus . ela
prepara o adolescente gradativamente para estar pronto para se relacionar com o
mundo externo e se unir ao próprio grupo de apoio ou ao grupo familiar. Em geral, o
adolescente que não se volta da família para os amigos tem dificuldade com o
emprego, namoro e amizades depois que sai de casa. Ainda permanece ligado ao
ambiente familiar e não tem as ferramentas para se dar bem fora dele.

Os adolescentes precisam de referências, de onde possam forjar sua


identidade. A igreja e a E.B.D. são uns desses lugares, entre outros diversos. O que
os conteúdos teológicos afirmam como verdades, muitas vezes entram em choque
com o que o grupo de amigos ou colegas de escola afirma.
Nessa importante tarefa de educar devemos aproveitar todas as
oportunidades que surgem. A EBD é seguramente a mais importante agencia
educativa que a igreja tem ao seu dispor e também de maior alcance. Algumas
igrejas, consciente da importância da educação, tem na EBD um espaço onde é
possível desenvolver ações educativas de preparo para a vida.
A EBD tem funções formadora/educadora. Formadora porque deve formar
seus alunos para o exercício da cidadania e educadora porque ao formar cidadãos o
faz dentro de determinados pressupostos educacionais.
A Educação Cristã desenvolvida na EBD, tendo princípios norteadores claros
e distintos, isto é, que permita perceber aonde se quer chegar, deve levar a um
crescimento que seja capaz de ajudá-lo a definir, mesmo que de modo precário o
caminho que deseja seguir como estudante na busca de profissionalização, no
desenvolvimento de suas potencialidades, mas, principalmente como Cidadão do
Reino. Entende-se como Cidadão do Reino aquela pessoa que no relacionamento
entre ser humano e Deus expressa o desejo e a vocação para o bem.
9

O que seria uma E.B.D. atrativa para os adolescentes?

Segue algumas sugestões práticas para tornar a nossa E.B.D mais atrativa
mas, sem alterar seu propósito:
• Escala de professores para cada classe: proporcionará uma aula mais
atrativa. Uma escala de professores pode deixar os alunos ansiosos, pois cada aula
trará didáticas diferentes. Um único professor poderá se desmotivar, pois sempre
estará no mesmo grupo.
• Plano de aula: não apenas dos conteúdos a serem ensinados, mas também
nas atividades a serem realizadas em cada lição. O professor poderá preparar-se
melhor e os adolescentes até podem contribuir com algum material necessário.
• Dinâmicas em grupos: é uma forma de trabalhar fazendo com que os
adolescentes se envolvam integralmente com uma atividade. Possibilitando vivenciar
uma experiência que os faça refletir sobre algo de valor que enriquecerá suas vidas
espirituais. De forma muito alegre e espontânea, eles fazem questão de participar, e
o que mais chama a atenção é que eles realmente gostam de dinâmicas.
• Café da manhã antes da EBD: muitos adolescentes reclamam que tem
apenas o domingo, para dormir mais um pouco e não dá tempo de virem a Escola
Dominical. Com o café da manhã eles podem vir de casa para a EBD, serem
alimentados e ainda tem a interação com outros adolescentes, que torna o momento
ainda mais prazeroso.

É preciso chamar atenção ao fato de que todo esforço será em vão se não
houver amor nos corações daqueles envolvidos na causa da Educação Cristã dos
adolescentes. Pois, os mesmos, protagonistas dessa pesquisa necessitam ser
amados para serem compreendidos.
10

CONCLUSÃO

Como foi demonstrado neste trabalho, o adolescente passa por estágios de


desenvolvimento físico, emocional, social intelectual e espiritual, e que estes
estágios possuem características próprias e marcantes.
A igreja precisa estar atenta à necessidade de investir no departamento
Escola Dominical para que nossos adolescentes sintam-se acolhidos em meio a
tantas turbulências no seu corpo e no mundo. Sabemos que infelizmente muitas
famílias também não sabem lidar com os parentes nessa fase da vida. Dessa forma
a Igreja pode vir a ser suporte para apoio também aos pais, que mesmo tendo já
passado pela adolescência, não sabem como lidar com os filhos.
Considerando o “Ide” de Cristo, não podemos virar as costas para essa
geração que precisa de Salvação, e que pode tão fácil ser ludibriada pelos encantos
desse mundo.
As redes sociais, as mídias estão a todo vapor trazendo novidades
mundanas para a mente dos nossos jovens, caso não nos apressemos como igreja,
estaremos perdendo a muitos.
11

REFERÊNCIAS

LIVROS

Townsend, John. Limites para adolescentes: quando dizer “sim”, como dizer
“não” . São Paulo: Editora Vida, 2011.

Bock, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de


psicologia. São Paulo: Saraiva, 2008.
12

Você também pode gostar