Centrifugação

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Aula 11: 12/05/2015


.

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CENTRIFUGAÇÃO

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CENTRIFUGAÇÃO
Na sedimentação as partículas são separadas de um
fluido por ação da força gravitacional.
A separação gravitacional pode ser muito lenta devido a
vários fatores:
(a) tamanho pequeno das partículas,
(b) densidades próximas da partícula e do fluido,
(c) forças associativas que mantém componentes ligados
(como nas emulsões).
O uso da força centrífuga aumenta muitas vezes a força
que atua sobre o centro de gravidade das partículas,
facilitando a separação e diminuindo o tempo de residência
no equipamento.
Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em
que um deles encontra-se na forma de finos glóbulos
no seio do outro líquido, formando uma mistura
estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga e
margarina, maionese, café expresso, alguns cosméticos,
etc...

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CENTRIFUGAÇÃO
Definição:
A centrifugação é uma operação unitária para separação de duas fases de uma
mistura por ação da força centrífuga a que fica sujeita, quando em movimento
de rotação.
A centrifugação é usada para separar sólidos em suspensão num líquido,
constituintes de misturas coloidais e constituintes imiscíveis.
É um método utilizado para acelerar a decantação. A operação de centrifugação
é realizada em um aparelho denominado centrífuga, que gira em alta
velocidade, depositando as partículas sólidas, que são mais densas.
Atualmente existem vários modelos de centrífugas desde as manuais até às
mais sofisticadas.
A centrifugação aplica-se em diversos processos industriais, tais como na
separação da nata do leite, na clarificação de lacas ou na concentração do látex.
Laboratorialmente usa-se para acelerar filtrações.
Coloides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões coloidais)
são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam
pelo menos uma das suas dimensões dentro do intervalo de
1nm a 1µm.
A ciência dos coloides ocupa-se com sistemas nos quais um ou
mais componentes apresentam pelo menos uma de suas
dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm (Shaw, 1975), ou
seja, ela se refere a sistemas contendo tanto moléculas grandes
como partículas pequenas. Coloquialmente, diz-se que as
dispersões coloidais são dispersões intermediárias entre as
soluções verdadeiras e os sistema heterogêneos, em casos em
que as partículas dispersas são maiores do que as moléculas mas
não suficientemente grandes para se depositar pela ação
da gravidade.

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CENTRÍFUGA
Definição:
É constituído de um motor na parte superior, o qual aciona um eixo vertical que
sustenta uma cesta cilíndrica, e este eixo está ligado a um acionamento
(hidráulico, correia, motor elétrico). A alimentação é feita no centro do cesto
em rotação, para equilibrar o peso da massa alimentada e reter as partículas. A
rotação é em torno de 800 a 2100 RPM, e para cada caso existe uma dada
velocidade.
Um exemplo prático de uma centrífuga, ou centrifugadora, encontra-se na
máquina de lavar a roupa: no final de um programa de lavagem, existe um
programa de centrifugação que provoca um movimento de rotação acelerado
no tambor, permitindo separar a água, em excesso, da roupa.
CENTRIFUGAÇÃO

Vantagens e desvantagens.

 Mais rápida.
 Mais efetiva.
 Mais cara.
CENTRIFUGAÇÃO
A centrifuga é um recipiente cilíndrico que gira a alta
velocidade criando um campo de força centrífuga
que causa a sedimentação das partículas.
Alimentação amostra Alimentação amostra Alimentação liquido-liquido

Fração Fração
Liquido Solidos liquido liquido
pesado leve

Os fluidos e sólidos podem exercer uma força muito alta


contra à parede do recipiente, esse fato limita o diâmetro
das centrífugas.
CENTRIFUGAÇÃO

Livro de consulta: Christie John Geankoplis. Transport Process


and Separation Processes. Prentice-Hall, 2003.
Princípio Físico
• A força centrífuga (Fc) é uma força gerada sobre
uma partícula ou conjunto de partículas quando
sujeitas a um movimento circular.
• A força centrífuga atua radialmente a partir do
centro de rotação determinado.
• Esta força só é sentida pelo objeto em movimento
circular.
• A sua intensidade aumenta com a velocidade
angular de rotação (ω).
• A sua intensidade aumenta com o raio da
circunferência descrita (r).

Fc  m r  2

14 http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_centr%C3%ADfuga
Equações de força centrífuga.
A aceleração pela força centrífuga é dada por

ae  r 2

ae é a aceleração devido à força centrífuga (m/s ).2

r é a distância radial do centro da rotação (m).


ω é a velocidade angular (radianos / s).

A força centrífuga Fc

Fc  m ae Fc  m r  2
ω = velocidade angular
ω = v/r g v é a velocidade tangencial (m/s)

As velocidades rotacionais ( N ) costumam ser dadas em


RPM ou seja por rotações/min,

As unidades de ω no SI são radianos por segundo.

2 N rotações 2π radianos 1 minuto


 ωN  
60 minuto 1 rotação 60 segundos

Substituindo

 2N 
2
Fc  m r  2
Fc  m r    0,01097 m r N 2

 60 
A força gravitacional em uma
partícula é:
Fg  mg
A força centrifuga é: Fc  mr 2

Se comparamos ambas equações:

Fc mr r r  2 N 
2 2 2

   
Fg mg g g  60 
Assim, a força desenvolvida em uma centrífuga é
rω2/g vezes maior que a força gravitacional.
Fc 1  2  Fc
2

   r  N
2  0.001118  r  N 2

Fg g  60  Fg
Exemplo 1: Aumento da força pela centrifugação.
Uma centrífuga tem raio de cilindro de 0.1016 m
e uma velocidade de giro de 1000 RPM.
(a) Quantas vezes maior é a força centrifuga
em relação a gravitacional?
(b) Qual seria o efeito na força centrífuga ao
dobrar o raio do equipamento?

(c) Qual seria o efeito de duplicar a velocidade


de rotação?
Fc
Equação:  0,001118 r N 2

Fg
Exemplo 1: Aumento da força pela centrifugação.

R = 0.1016 m Fc
(a) ?
N = 1000 RPM Fg
R = 2 x 0.1016 m Fórmulas:
(b)
N = 1000 RPM Fg  mg Fc r 2
R = 0.1016 m 
(c)
N = 2000 RPM Fc  mr 2 Fg g

 2 N ( rpm ) 
2
Fc
  
2
  0,001118 r N 2

 60  Fg
Exemplo 1: Fc
 1,118103 (0,1016)(1000) 2
Fg
Fc
R = 0.1016 m
(a) 113,6 (a)
N = 1000 RPM Fg
Fc
R = 2 x 0.1016 m  1,118103 (0,2032)(1000) 2
N = 1000 RPM (b) Fg
Fc
R = 0.1016 m (c)  227,2 (b)
Fg
N = 2 x 1000 RPM
Fc 3
 1,11810 (0,1016)(2000) 2

Fg
Fc
 0,001118 r N 2
Fc
Fg  454,3 (c)
Fg
Taxas de Separação em Centrífugas
Assume-se que :

• Todo o líquido se move


para cima à velocidade
uniforme, transportando
partículas sólidas com ele.

• As partículas movem-se
radialmente na vt de
sedimentação.
Se o tempo de residência
for suficiente para que a
partícula chegue até
parede do tambor ela é
separada.
vs =velocidade de sedimentação

vt =velocidade de transporte

Na região A: vt > vs ocorre transporte sem separação


Na região B: vs > vt separação problemática
Na região C: vs >> vt boa separação
A velocidade terminal de sedimentação, em um raio r, se o regime
for laminar, de acordo com a lei de Stokes é :

 2 rD p2  p    dr  2
rD p  p   
2
vt  
18 dt 18
Onde
vt = velocidade de sedimentação na direção radial
Dp = diâmetro da partícula µ = viscosidade do líquido
rpp = densidade de partícula r = densidade do líquido
Como vt = dr/dt
É possível converter a equação da velocidade terminal
em uma equação diferencial e depois integrá-la.
Descarga
liquido

Superfície
liquido
Trajetória da
partícula
Parede
recipiente

Fluxo de alimentação

alimentação
Equação do tempo de residência
dr  rD  p   
2 2

 p

dt 18
t t r 18 dr
 
r2
dt  2
t 0   p   D p2 r1 r

Integrando entre os limites:


para t = 0 e r = r1
para t = tr e r = r2

18 r2
tr  2
  p    Dp
2
ln
r1
3 O tempo de residência é igual
V m
tr   ao volume de líquido do
q m 
3
tambor da centrífuga dividido
 s  pela vazão volumétrica da
  alimentação.

Volume do líquido no Tempo de residência:


tambor: 18 r2
tr  2
  p    Dp
ln
V   (r  r ) b
2
2
1
2 2
r1

Pode se obter a equação da vazão volumétrica, q :

V
q
tr
Equação da vazão volumétrica
V   (r  r ) b
2
2
1
2

18 r2 Substituindo:
tr  2
  p    D p
ln
 br
r  
2
r1 2 2
q 2 1

q
V 18 lnr2 / r1 
tr  2  p   D p2
Reagrupando termos:

q
 p    D 2
p

 2  br22  r12 
18 lnr2 / r1 

As partículas com diâmetro menor que Dp não alcançam


a parede do tambor e saem com o efluente. As partículas
maiores atingem a parede e são separadas.
Descarga
liquido As partículas menores que o Diâmetro
Crítico Dpc não serão retidas.
Trajetória da
Dpc = define-se como o diâmetro de
partícula uma partícula que consegue atingir
a periferia do tambor partindo de
Fluxo de alimentação uma distância entre r1 e r2.
alimentação

A integração é feita considerando que:


para t = 0 r = (r1 + r2)/2
para t = tT. r = r2

 2  p   D pc
2

br22  r12 
qc   qc  vt  
18 ln2r2 / r1  r2 
Na vazão qc as partículas com um diâmetro maior do que Dpc
serão separadas e as menores permanecerão no líquido.
Exemplo 2: Sedimentação em centrífuga.
Uma suspensão será clarificada por centrifugação.
Ela contém partículas com densidade ρp= 1461 kg/m3.
A densidade da suspensão é ρ = 801 kg/m3 e sua viscosidade é
100 cP.
As dimensões da centrífuga são:
r2 = 0.02225 m
r1 = 0.00716 m * 1 cP = 1 mPa·s
e altura b = 0.1970 m.

Calcule o diâmetro crítico das partículas.


se N = 23000 rotações/minuto e qc = 0.002832 m3/h.
Questão:
Exemplo 2: Equação:
Dpc =?  2  p   D pc
2

qc  V 
Dados: 18 ln2r2 / r1  r2 
ρp= 1461 kg/m3
ρ = 801 kg/m3
μ = 100 cP

2N
60
2 (23000) 2
60 2 r 
 V   b r 2410
1   0,19
2 rad / s
 
r2 = 0.02225 m,
r1 = 0.00716 m
b = 0.1970 m
N = 23000 rpm
qc = 0.002832 m3/h

* 1 cP = 1 mPa·s
D pc  0,746 x 106 m  0,746 m
Questão:
Exemplo 2: Equação:
Dpc =?  2  p   D pc
2

qc  V 
Dados: 18 ln2r2 / r1  r2 
ρp= 1461 kg/m3
ρ = 801 kg/m3 qc 18 ln2r2 / r1  r2 
2

 2  p   V 
D
μ = 100 cP pc

r2 = 0.02225 m,
r1 = 0.00716 m 2N 2 (23000)
  2  ( 
23000) 2410rad / s
b = 0.1970 m 60   60  2410rad / s
N = 23000 rpm 60
qc = 0.002832 m3/h  2
2
1
2

V   b r  r   0,1970 0,02225  2


V   0,1970 0,02225  0,00716  2,747x104 m3
2 2

3
0,002832 m
qc   7,87 x107 D pc  0,746 x 106 m  0,746 m
3600 s
Separação de líquidos em uma centrífuga.

 A separação de suspensões líquido-líquido compostas


de líquidos imiscíveis que estão finamente dispersos como
uma emulsão são um problema comum, por exemplo, na
indústria alimentícia.
Um exemplo é a emulsão de leite que é separada em
dois produtos: leite desnatado e creme ou nata, usando
centrífugas.

Nessas separações, a posição da barreira de


transbordamento na saída da centrífuga é muito
importante na realização da separação desejada. Fora
isso os discos de saída de raio diferente permitem o
ajuste do funcionamento da centrífuga.
Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em
que um deles encontra-se na forma de finos glóbulos
no seio do outro líquido, formando uma mistura
estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga e
margarina, maionese, café expresso, alguns cosméticos,
etc...

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Liquido clarificado

Discos

Sólidos

Liquido leve

Liquido pesado
Liquido leve

Disco Alimentação

Liquido pesado

Sólidos

Buracos
Separação de duas fases líquidas:

Saídas
 líquido pesado com H
 líquido leve com L
r4 – r2
Liquido leve
Liquido Onde :
pesado
Interface liquido- r1 = raio até a superfície da
liquido
camada do líquido leve.
r2 – r1 r2 = raio até a interface
líquido-líquido.
Aimentação
r4 = raio até a superfície do
fluxo de escoamento
do líquido leve.
Para localizar a interface entre os líquidos, deve ser
feito um balanço das pressões nas duas camadas.

A força no fluido na distância r é:


Fc  mr dFc  dmr
2 2

A V

Como dm[(2 rb) dr ]  * ρ = m /V

dFc  2rb dr  r 2 

Então
A  2rb
dFc 2 rb
   rdr dP   rdr
2 2
A 2 rb
dP   2 rdr  L
r r 
2

Integrando, obtemos:
P2  P1  2
2
1
2

2
 
r r 
2

 
p2 r2
dP   P P 
2 H 2 2
rdr 4 2 2 4
p1 r1 2
Na interface líquida em r2, a pressão exercida pela fase leve
de espessura (r2 - r1) é igual à pressão da fase pesada de
espessura (r2 - r4):
H 2  L 2
P2  P1  P4  P2 (r22  r42 )  (r22  r12 )
2 2
Resolvendo para r22, na posição da interface, obtemos:

 r  r 2 2
r  2 H 4 L 1
2
H  L
Exemplo 3: Altura da interface.
Em um processo de refinação de óleo se separa
a fase aquosa da fase oleosa em uma centrífuga.
A densidade do óleo é 919,5 kg/m3.
A densidade da fase aquosa é 980,4 kg/m3.
O raio (r1) do escoamento do liquido mais leve é
10,160 mm.
O raio (r4) da saída da fase pesada é 10,414 mm.

Calcule o raio (r2) da interface líquido-líquido.


Exemplo 3: Questão
r2 = ?
Dados
r4 = 10,414 mm
ρL = 919,5 kg/m3 Equações:
Saídas

ρH = 980,4 kg/m3  r  r
2 2
r 
2 H 4 L 1

r1 = 10,160 mmLiquido
pesado
2
H  L
Liquido
r4 = 10,414 mm
 r  r
leve
2 2
Interface liquido-

r2 
H 4 L 1
liquido

H  L
Alimentação r1 = 10,160 mm
r2 13,69mm
Equipamentos
Tendo definido o processo claramente, isto é, objetivos e variáveis exigidas, torna-se
possível selecionar o tipo específico de centrífuga para se chegar ao critério
especificado. De um modo geral, as centrífugas podem ser divididas em centrífugas de
filtração e centrífugas de sedimentação. A Figura abaixo destaca os diferentes tipos de
centrífugas sedimentadoras e filtrantes.
Testes preliminares de peneiramento indicarão rapidamente a melhor opção.

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Componentes de uma centrífuga

http://www.barr-
rosin.com/pt/aplicacoes/separacao_de_
solidos.asp

1. Cuba sólida, conjunto rotativo que contém o fluido com sólidos suspensos.
2. Motor principal.
3. Parafuso sem-fim transportador, conjunto interno de rotação que transporta os resíduos ricos em sólidos suspensos
provenientes da cuba de sólidos rotativa.
4. Retrocesso diferencial, que fornece a energia de ruptura e reduz a velocidade da parafuso transportador, produzindo um efeito
de deslocamento e fricção dos sólidos em suspensão ao longo da parede interna, até ao depósito e para fora do bocal de
descarga de sólidos.
5. Zona de alimentação, que introduz a alimentação na cuba rotativa de sólidos com o mínimo de turbulência.
6. Depósito, secção inclinada da cuba de sólidos e onde a força centrífuga comprime e desidrata parcialmente os resíduos ricos em
sólidos suspensos.
7. Bocal de descarga de sólidos, os pontos de descarga para o resíduo rico em sólidos suspensos próximo da parte superior do
depósito.
8. Bocal de filtrado de escoamento ajustável na extremidade da cuba de sólidos, ponto de descarga para o líquido clarificado.

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1. Centrifuga de Tambor
• Utilizada apenas na clarificação
de líquidos.
• O tambor é dotado de 2 a 8
elementos cilíndricos internos,
uma série de câmaras anelares
unidas consecutivamente.

• O produto a ser clarificado entra no tambor pelo centro,


escoando consecutivamente por cada câmara anelar a
partir da câmara mais interna.
• Em cada câmara o diâmetro é maior e aumenta a força
centrífuga, fazendo o produto escoar por zonas
centrífugas cada vez maiores, até o final do processo.
1. Centrifuga de Tambor

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2. Centrífugas de discos

A centrífuga de discos opera a velocidades de 3000 a


20000 vezes a gravidade e proporciona um sistema de
clarificação contínuo que é satisfatório para materiais com
um conteúdo de sólidos de 1-2 % ou menos. É projetada
para separação sólido/líquido ou duas fases líquidas em
base contínua. Os sólidos sedimentam na parede do vaso
e são descarregados manualmente ou automaticamente
por aberturas intermitentes do vaso. A pilha de discos
aumenta grandemente a área efetiva de sedimentação ou
clarificação, e as fases líquida e sólida movem-se para
cima ou para baixo na superfície dos discos. O líquido
descarrega através de um ou mais discos.
2. Centrífugas de discos

• A mistura é alimentada e
escoa passando através de
buracos espaçados nos
discos.

• Os buracos dividem a seção


vertical em uma seção
interna, onde fica o líquido
leve, e uma seção externa,
onde fica o líquido pesado.
2. Centrífugas de discos
3. Centrífuga Decantadora de Vaso Horizontal

A suspensão é alimentada no interior do eixo transportador


por bombeamento ou por gravidade, sendo automaticamente
acelerada até a velocidade da máquina. A força centrífuga
impele a suspensão através de canais para o interior da
cesta giratória, onde os sólidos decantam através da camada
de licor formada sobre a parede. Há uma pequena diferença
de velocidade entre a rotação da cesta e a do transportador,
permitindo que os sólidos sejam transportados
continuamente ao longo da parede de cesta, para fora da
piscina e em direção à zona secante cônica, até as portas de
descarga dos sólidos. O licor clarificado descarrega
continuamente na direção oposta, através de portas de
transbordamento ajustáveis.
3. Centrífuga Decantadora de Vaso Horizontal

Decantadores centrífugos consistem em dois elementos giratórios


concêntricos horizontais contidos em uma carcaça estacionária (Figura
abaixo).

O cesto (elemento giratório exterior) afila-se de forma que os sólidos


descarreguem em um raio menor que o do licor.

O elemento interno é um transportador de parafuso tipo rosca-sem-fim


com a extremidade da lâmina ajustada próximo ao contorno da cesta.
4. Centrífuga Tubular

Este tipo de centrífuga consiste em um


tubo sólido fechado em ambas as
extremidades, e que normalmente é
alimentado com dois líquidos de
densidades diferentes, por uma entrada
no fundo. A fase mais pesada se
concentra contra a parede do cilindro,
enquanto a fase mais leve flutua sobre
ela.
As duas fases são separadas por meio de
um defletor que as descarrega em dois
fluxos distintos. Se a alimentação do
processo for do tipo líquido/sólido ou
líquido/líquido/sólido, faz-se necessário
uma limpeza regular mas, se não há a
presença de sólidos suspensos, o
processo pode ser contínuo.
5. Centrífuga de Cesta

Em geral, as centrífugas descontínuas de cesta perfurada são


consideradas uma tecnologia obsoleta. Outras máquinas, como os
decantadores de paredes sólidas, ganharam distinção por causa dos
avanços nos projetos do transportador, permitindo o processamento de
sólidos difíceis de descarregar. Porém há exceções, especialmente quando
um volume relativamente pequeno de material deve ser processado e
quando o tempo do ciclo não é um fator significante.
6. Centrifuga Filtrante de Cesta Horizontal com
Raspador para Descarga (“peeler”)

A centrífuga “peeler” (raspador) permite tanto a filtração como a


decantação e é particularmente satisfatória para processar materiais no
ambiente ultra-limpo das indústrias de química fina e farmacêutica.
As máquinas podem ter uma cesta perfurada com membrana filtrante
para o processo de filtração, ou uma cesta sólida para decantação.
A centrífuga tem uma cobertura frontal que abre completamente o que
permite a inspeção segura do interior pelo operador (veja figura abaixo)
Ela também possui um mecanismo automático de faca raspadora para
descarga do bolo, além de um sistema efetivo de remoção dos resíduos,
uma característica que permite retenção completa a cada batelada e
reduz o ciclo operacional removendo os sólidos separados a velocidade
alta.
6. Centrifuga Filtrante de Cesta Horizontal com
Raspador para Descarga (“peeler”)

As altas forças aplicadas e o modo acelerado de descarga faz com que a


centrífuga “peeler” use tempos de ciclo menores, que podem ser ajustados para
assegurar uma larga faixa de capacidades de lavagem. Este tipo de centrífuga
pode ser usado para aplicações onde a suspensão tem baixa concentração de
sólidos.

Centrífuga de descarga automática aberta, mostrando o


raspador no interior da porta frontal
7. Centrífuga Decantadora Horizontal de Vaso
Perfurado
Este tipo de decantador operacionalmente é semelhante aos decantadores de
paredes sólidas, mas é projetado para prover uma adicional eficiência de
lavagem e aumentar a remoção de umidade em aplicações envolvendo materiais
cristalinos.
O decantador opera em dois estágios, combinando as vantagens de clarificação e
de sedimentação da centrífuga de parede sólida e os benefícios da secagem em
uma seção adicional de tela.
8. Centrífuga de Bolsa invertida

A centrífuga de filtro invertido é uma máquina automática horizontal, e


incorpora uma bolsa de descarga automática. As paredes dianteira e traseira da
cesta são acionadas para adiante por um pistão hidráulico para descarregar os
sólidos.
O pano filtrante é arranjado como um cilindro, com a extremidade traseira presa
à parede traseira da cesta e a extremidade dianteira à carcaça da cesta na
beirada dianteira.
À medida que o pistão move-se para adiante, o pano é virado ao avesso e os
sólidos descarregaram em aglomerações no compartimento de coleta de sólidos.
Elas são usadas principalmente na indústria farmacêutica e proporcionam a
remoção de resíduos depois de cada ciclo, mas é limitado a tamanhos menores e
capacidades.
8. Centrífuga de Bolsa invertida
9. Centrífuga Pusher (Impulsora, ou com descarga
por deslocamento)
Este tipo de centrífuga filtrante não só opera continuamente, mas também
possibilita tempos de residência particularmente longos. Os sólidos são retidos
como um bolo em uma cesta de arame de onde são transportados por um
mecanismo impulsor oscilante na direção da descarga de sólidos. Os sólidos
alimentados podem ser granulares, cristalinos ou fibrosos, e relativamente
incompressíveis. Eles operam com um tamanho de partícula médio de 200
mícrons.
10. Centrífuga de Parafuso com tela perfurada

A centrífuga de parafuso (também chamada caracol ou rosca-sem-fim) com tela,


consiste em um transportador de rosca-sem-fim movido horizontalmente, que
revolve a suspensão a uma velocidade diferencial ótima dentro de uma cesta
cônica giratória. A separação de sólidos é obtida pela ação da força centrífuga,
operando a elevados valores de força, enquanto a descarga acontece devido a
inclinação da cesta e a velocidade diferencial do rolo. No ponto de separação, os
sólidos são carregados para adiante pelo rolo até descarregar pela extremidade
da cesta filtrante, com o filtrado passando diretamente através da tela.
Este tipo de centrífuga pode ser equipado com ajuste automático da velocidade
do rolo para atender exigências variáveis de processo, o que elimina
completamente a intervenção do operador e o tempo de manutenção.
Centrífugas de Parafuso com tela perfurada têm excelente capacidade de
lavagem e podem ser usadas para a separação sólido-líquido, onde os materiais
alimentados têm partícula de diâmetro grande, isto é, 50 mícrons ou maiores.
Uma característica sem igual é sua habilidade para separar tanto os sólidos
flutuantes como os sedimentados.
10. Centrífuga de Parafuso com tela perfurada
11. Centrífuga de cesta vertical

Uma seleção das velocidades de alimentação, lavagem, e rotação são


disponíveis, ou por alternador elétrico ou comandos hidráulicos, o que faz a
moderna centrífuga filtrante de cesta muito adaptável ao processo de uma
grande faixa de suspensões e composições química. Estas máquinas de batelada
produzem bolos excepcionalmente secos e têm duas vantagens principais:
• capacidade para uma lavagem eficiente de bolos sólidos usando um mínimo
de líquido de lavagem;
• habilidade para descarregar os sólidos separados a baixa velocidade de cesta,
assegurando quebra desprezível de cristais delicados.
Durante a operação, a suspensão é alimentada pela abertura no topo da cesta
que, normalmente, opera a uma velocidade reduzida. Dependendo do tipo de
suspensão que é tratada e/ou do tipo da máquina, a alimentação ou é
introduzido diretamente na cesta por um tubo tangencial ou por um cone
distribuidor de 360°.
A taxa de alimentação e/ou a velocidade da cesta é ajustada de forma que a taxa
de alimentação iguale a taxa de filtração a medida em que a suspensão cobre a
parede da cesta e forma um bolo uniformemente distribuído.
11. Centrífuga de cesta vertical

Após o ciclo de lavagem, a secagem começa


com a máquina girando a uma velocidade
muito mais alta. Subsequentemente a isto o
bolo é descarregado manual ou
automaticamente usando um arado
transversal a uma velocidade rotacional maior.

Dadas as condições corretas de alimentação,


velocidade de alimentação e pano filtrante, a
cesta centrifuga permite secar sólidos de
tamanhos entre 1 - 10000 mícrons. Eles
também podem ser lacrados completamente e
purgados para operação segura, e em
operação completamente automática, o
operador não entra em contato físico com o
produto.
12. Centrífuga vibratória

Nesta centrífuga, que pode processar até 350


toneladas/hora, os sólidos são retidos por uma
peneira e transportados por vibração axial
maior que a velocidade rotacional da
centrífuga.

Elas são altamente satisfatórios para tratar


produtos de altas taxas de processamento que
são facilmente enxugados (secos) até o teor de
umidade exigido.
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