Gastronomia Minhota

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Jorge Cipriano (ADMIN)
EVENTOS VÍNICOS
DÊ A SUA OPINIÃO

CLUBE DE VINHOS PORTUGUESES


Espaço de divulgação de Vinhos Portugueses

Agosto 2009

Arquivo Mensal

Agosto 31, 2009

GASTRONOMIA MINHOTA
Posted by Jorge Cipriano under MINHO | Tags: Gastronomia |
[2] Comments

PRATOS APRESENTADOS

SOPA: Caldo-verde à Minhota e Caldo de Pobres

PEIXE: Torta de Camarão, Bacalhau à Luziamar, Feijão com Bacalhau e Couve e Pescada à Poveira

CARNE: Cabidela de Miúdos e Rojões à Moda do Minho

DOCES E SOBREMESAS: Molarinhas de Rendufe, Formigos, Rabanadas, Leite Creme Queimado,


Arroz Doce, Pudim de Laranja, Pêras Bêbedas

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Caldo-verde à Minhota

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 180 a 200 g de couve galega cortada em caldo-verde ;


* 1 cebola ;

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* 2 dentes de alho ;
* 600 g de batatas ;
* 4 rodelas de salpicão ou de chouriço de carne ;
* 2 fatias de broa de milho ;
* 1,5 dl de azeite ;
* sal

Confecção:
Descascam-se as batatas, a cebola e os dentes de alho e levam-se a cozer em 1,5 litros de água
temperada com sal e metade da quantidade de azeite. Entretanto arranjam-se as folhas de couve,
lavam-se e cortam-se em juliana finíssima (em caldo-verde.
Quando as batatas estiverem bem cozidas, esmaga-se tudo (batatas, cebola e alhos) com um garfo ou
com o espremedor de batata. Leva-se novamente ao lume e 10 minutos antes de servir, com o caldo a
ferver em cachão, junta-se a couve bem escorrida.
Deixa-se cozer com o recipiente destapado até a couve deixar de saber a cru.
Rectifica-se o tempero e adiciona-se o restante azeite.
Coloca-se uma rodela de salpicão ou de chouriço de carne em cada prato ou tigelinha e rega-se com o
caldo-verde. Cortam-se as fatias de broa ao meio e distribuem-se pelas pessoas.

No Verão, época em que a couve galega é mais rija, convém escaldá-la antes de se juntar ao caldo.

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Caldo de Pobres

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 200 gr de toucinho entremeado ou carne de porco gorda salgada (entenda-se da salgadeira) ;


* 8 folhas grandes de couve galega ;
* meia chávena de chá de arroz ;
* meia chávena de chá de massinha ou massa cortada ;
* 1 colher de sopa de azeite ;
* sal

Confecção:
Põe-se ao lume uma panela com bastante água fria e o toucinho.
Quando este estiver quase cozido, junta-se a couve cortada em tiras largas, o arroz e as massas.
Tempera-se com o azeite e sal e deixa-se cozer e apurar.
Não havendo tempo para deixar apurar, engrossa-se o caldo com cerca de duas colheres de sopa de
farinha de milho.
Pode-se também juntar a este caldo feijão canário, que deve cozer ao mesmo tempo que o toucinho.
*Vulgarmente os rurais, retiram com uma escumadeira tudo que é entulho, a que também dão o nome
de «conduto» (sólido), que comem separadamente do caldo.
No fim bebem o caldo.
*Sopa muito importante no meio rural e que se faz todos os dias de manhã em quantidade suficiente
para a refeição do meio-dia e da noite.

fonte: Editorial Verbo

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Torta de Camarão

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Ingredientes:
Para 10 pessoas

* 6 colheres (das de sopa) de farinha triga (bem cheias)


* 1 chávena almoçadeira de leite
* 3 gemas de ovo
* 6 claras
* sal e pimenta q.b.

Confecção:

Desfaz-se a farinha com o leite, juntam-se as gemas e as claras batidas em castelo.


Barra-se um tabuleiro com manteiga (41cm x 30cm x 5cm), e coloca-se amassa e vai ao forno.
Quando estiver cozida (25 minutos aproximadamente), vira-se em cima de um pano e barra-se com o
creme de camarão que já deve estar pronto, e enrola-se como qualquer torta.

Creme de Camarão para a torta

* 1 kg. de camarão
* 300 grs. de farinha
* 4 gemas
* 1 litro de leite

Confecção:

Faz-se um refogado com a margarina (sem deixar aloirar a cebola).


Junta-se o camarão, depois de cozido e descascado, ao refogado; depois, junta-se a farinha desfeita
com o leite e as gemas.
Estando o creme pronto recheia-se a torta.

Vinho recomendado: Casa da Tapada Loureiro 2008

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Bacalhau à Luziamar

Ingredientes:

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Para 4 pessoas

* 4 postas de bacalhau do lombo


* 4 dl de bom azeite
* 4 dentes de alho
* 100 grs. de farinha de trigo
* 1 cebola
* 2 tomates pelados
* 4 tiras de presunto
* 8 batatas para puré
* pickles q.b.
* maionese q.b.
* queijo ralado q.b.
* noz-moscada q.b.
* azeitonas q.b.
* sal e pimenta q.b.

Confecção:

Depois de o bacalhau estar bem demolhado (pelo menos 2 noites), é passado por farinha e frito no
azeite bem quente com 2 dentes de alho esborrachados.
Pica-se, depois, a cebola com os outros 2 dentes de alho que vão ao lume num tacho com o azeite e
óleo a alourar.
Depois de alourar, mistura-se o tomate pelado, à parte, na frigideira que se vai servir, deita-se a cebola
no fundo, coloca-se o bacalhau, deita-se outra camada de cebola em cima e, ainda, as tiras de
presunto.
À volta da frigideira é colocado o puré.
Por cima, salpica-se com pickles e maionese.
É decorado com tiras de pimentos (morrones) e azeitonas à Volta, sendo, finalmente, salpicado com
queijo ralado e vai ao forno a gratinar.
É servido quente.

Vinho recomendado: Quinta da Aveleda Branco 2008

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Feijão com Bacalhau e Couve

Ingredientes:
Para 5 pessoas

* 5 dl de feijão canarinho (amarelinho) ;


* 2 postas de bacalhau ;
* 1 kg de olhos de couve galega ;
* 1,5 dl de azeite ;
* 1 dl de vinagre ;
* 3 dentes de alho ;
* sal ;
* pimenta

Confecção:
Introduz-se o feijão demolhado em água fria.
Assim que o feijão começar a abrir, junta-se o bacalhau e os olhos da couve galega e deixa-se cozer
tudo.
Em seguida escorre-se e deita-se na travessa de serviço.
Rega-se com o azeite e o vinagre, polvilha-se com os alhos picados e tempera-se com sal e pimenta.
Serve-se bem quente.
*Variante: Substituí-se o bacalhau por toucinho magro ou couratos; substítuem-se os olhos de couve
galega por nabiças.

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fonte: Editorial Verbo

Vinho recomendado: Casa de Oleiros Azal Branco 2008

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Pescada à Poveira

Ingredientes:

(Para 10 pessoas)

* 1 pescada de Póvoa de Varzim;


* 1 folha de louro;
* 2 kg de batatas;
* 2 molhos de grelos;
* 10 ovos;
* 7,5 dl de azeite;
* 2 cebolas;
* 1 colher de chá de colorau doce;
* 2 colheres de sopa de vinagre;
* sal;
* 1 pão cacete.

Confecção:

Depois de escamada e lavada corta-se a pescada em postas com 5 cm de espessura. Tempera-se


com sal e deixa-se ficar assim durante algumas horas. Em seguida, lava-se a pescada e deixa-se ficar
em água fria enquanto se leva ao lume um tacho com água.
Assim que esta água ferver introduz-se o peixe com uma folha de louro. Deixa-se levantar fervura
novamente que se quebra juntando um pouco de água fria. Deixa-se então cozer a pescada durante
alguns minutos (depende da espessura). Tiram-se as postas cuidadosamente com uma escumadeira
para não se desfazerem.
Entretanto, têm-se cozido as batatas, os grelos e os ovos e cortado o pão em fatias (não tendo cacete
pode servir papo-seco) e preparado o molho fervido, que se faz como segue: deita-se a cebola picada
num tachinho com azeite e colorau. Deixa-se ferver um pouco e adiciona-se o vinagre. Tempera-se
com sal e pimenta.
Dispõem-se as fatias de pão no fundo de uma “bacia” (prato grande e fundo de barro vermelho).
Rega-se com um pouco do molho e colocam-se por cima as postas de pescada, as batatas, os grelos
e os ovos cortados às rodelas.
Cobre-se tudo com o molho fervido.

fonte: Editorial Verbo

Vinho recomendado: Portal do Fidalgo Alvarinho Branco 2008

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Cabidela de Miúdos

VIANA DO CASTELO

Ingredientes:
Para 10 pessoas

* 1,5 kg de colada de porco (fressura) ;


* 2 cebolas ;
* 2 dl de azeite ;
* 4 dentes de alho ;
* 4 pães (50 g cada) ;
* sal ;
* pimenta ;
* cominhos

Confecção:
Leva-se a colada a estufar com as cebolas cortadas ou picadas, o azeite, os dentes de alho picados,
sal, pimenta e uma pitada de cominhos. Vai-se juntando água a pouco e pouco.
Quando o estufado estiver bem apurado, retira-se a colada e corta-se em bocadinhos muito pequenos
e volta-se a introduzir no tacho.
Corta-se o pão em fatias finíssimas, que se introduzem no tacho para engrossar a calda, devendo
contudo manter-se as fatias distintas.
Rectifica-se o tempero e serve-se bem quente.

A colada de porco inclui os bofes, o baço, a traqueia, o esófago, a goela e as carnes ensanguentadas
que circudam estes órgãos.

fonte: Editorial Verbo

Vinho recomendado: A.C. Monção Tinto 2008

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Rojões à Moda do Minho

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Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 800 g de perna de porco sem pele, mas com gordura ;


* 3,5 dl de vinho verde branco ;
* 3 colheres de sopa de banha ;
* 4 dentes de alho ;
* 2 folhas de louro ;
* 1 colher de sobremesa de colorau ;
* sal e pimenta ;
* 20 castanhas assadas ;
* 350 g de belouras ou bolachos;
* 350 g de tripa enfarinhada ;
* 100 g de fígado de porco ;
* 100 g sangue cozido

Confecção:
Corta-se a carne de porco em cubos com cerca de 10 cm de lado, que se põem a marinar durante
duas horas com o vinho, os dentes de alho esmagados, sal, pimenta e o louro.
Leva-se ao lume (de preferência num tacho de ferro) e deixa-se cozer em lume forte até o vinho se
evaporar. Junta-se então a banha e, em lume brando, deixam-se cozer os rojões até alourarem bem.
Nessa altura junta-se ao molho o colorau dissolvido num pouco de vinho verde.
Retira-se então um pouco da gordura de cozer os rojões para um sertã e fritam-se, a pouco e pouco, a
tripa enfarinhada (ver a seguir) cortada aos bocados de 3 cm a 5 cm, as belouras cortadas em rodelas
com 0,5 cm de espessura e o fígado e o sangue cortados em fatias.
À medida que estes ingredientes se vão fritando, juntam-se aos rojões, para manter tudo quente.
Juntam-se também as castanhas assadas, depois de descascadas.
Servem-se numa travessa com batatinhas louras e enfeitados com rodelas de limão e raminhos de
salsa.

Tripa Enfarinhada

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Lavam-se muito bem as tripas frescas e, em seguida, põem-se de molho, de um dia para o outro, em
água com rodelas de limão. Deve-se mudar a água várias vezes.
Em seguida enxugam-se, viram-se do avesso e passam-se por farinha de milho temperada com
pimenta e cominhos. Ata-se uma das extremidades e voltam-se para dentro. Mergulham-se em água a
ferver para uma cozedura rápida. Depois de cozidas, fritam-se em banha e cortam-se do tamanho que
se quiser.

fonte: Editorial Verbo

Vinho recomendado: A.C. Braga Tinto 2008

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Molarinhas de Rendufe

Ingredientes:

400g de açúcar
2 nozes de manteiga amolecida
Canela q.b.
20g de farinha de trigo
4 gemas de ovos
250g de miolo de amêndoa pelada e passada pela máquina
7 claras de ovos
Baunilha em pó q.b.
Açúcar pilé q.b.

Preparação:

Escalde as amêndoas.
Bata bem as gemas, as claras e o açúcar até obter um creme.
Junte a amêndoa, a manteiga, a canela, a baunilha e a farinha. Coloque a massa num tabuleiro
untado e polvilhado com farinha, leve ao forno cerca de 30 minutos.
Cortam-se as Molarinhas em fatias, que se envolvem em açúcar pilé.

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Formigos

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Ingredientes:

2 litros de água
3 paus de canela
200 gramas de açúcar
1 casca de limão
3 colheres de mel
125 gramas de manteiga
500 gramas de pão duro
100 gramas e miolo de noz
100 gramas de pinhão
3 gemas de ovo
1 cálice de Porto
1 colher de café de sal

Preparação:

Ferve-se a água juntamente com a canela, a casca de limão, a manteiga, o sal, o açúcar e o mel.

Mistura-se o pão, previamente esfarelado à mão.

Deixa-se ferver um pouco e seguidamente misturam-se os frutos; por fim juntam-se as gemas batidas
e o vinho do Porto. Ferve mais três minutos e está pronto.

Pode servir-se polvilhado com um pouco de canela e pó.

Vinho recomendado: Espumante Soalheiro Alvarinho Branco 2007

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Rabanadas

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Ingredientes:

1 pão de véspera (cacete)


3 dl de leite
4 ovos
300 g de açúcar
canela
1 casca de limão
óleo para fritar

Preparação:

Leva-se o leite a ferver com duas colheres de sopa de açúcar e a casca de limão.
Batem-se os ovos muito bem, de modo que a clara fique imperceptível.
Corta-se o pão em fatias com cerca de 1,5 cm e passam-se primeiro pelo leite e depois pelos ovos.
Fritam-se em óleo bem quente e escorrem-se sobre papel absorvente ou sobre um pano.
Servem-se polvilhadas com açúcar e canela ou com calda de açúcar.

Vinho recomendado: Vinho do Porto Quinta do Portal LBV 1997 Tinto

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Leite Creme Queimado

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Receita para 6 pessoas

Ingredientes:

1l leite
6 gemas (preferencialmente de ovos caseiros)
7 col. sopa açúcar
4 col. sopa de farinha de trigo sem fermento
1 casca de limão

Preparação:

Leva-se o leite a ferver com a casca de limão. Entretanto bate-se o açúcar com as gemas e a farinha
(pode pôr-se um gole de leite para ser mais fácil de mexer).
Quando o leite ferver, junta-se ao creme lentamente, mexendo sempre.
Põe-se a mistura no tacho onde se ferveu o leite e leva-se a lume brando até levantar fervura, sem
parar de mexer.
Coloca-se numa travessa, polvilha-se com açúcar e queima-se com ferro próprio.

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Arroz Doce

Ingredientes:

1,5l de leite
1 pau de canela
1 casca de limão
180g de arroz
2dl de água
150g de açúcar

40g de margarina
sal e canela em pó

Preparação:

Coloque o leite ao lume com o pau de canela e a casca de limão e deixe ferver.
Deite o arroz num tacho, cubra com água e tempere com uma pitada de sal. Leve a lume brando até
evaporar a água.
Vá adicionando o leite bem quente, a pouco e pouco, à medida que o arroz o for absorvendo,
mantendo sempre o lume brando e mexendo de vez em quando.
Quando o leite acabar e o arroz estiver bem cremoso, junte o açúcar e mexa, deixe ferver mais um

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pouco cerca de 2 ou 3 minutos.


Retire do lume e junte a margarina.
Coloque numa travessa funda ou em taças individuais. Enfeite com canela em pó.

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Pudim de Laranja

Ingredientes:

12 gemas
6 claras
raspa de 1 laranja
sumo de 3 laranjas
1 colher de chá de farinha
300 g de açúcar

Preparação:

Bate-se tudo muito bem e vai a cozer em banho-maria em forma untada com caramelo.

Vinho recomendado: Espumante Castas de Monção Alvarinho 2007


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Pêras Bêbedas

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Receita para 8 pessoas

Ingredientes:

8 pêras
350 g de açúcar
7,5 dl de vinho tinto
1 limão
1 cálice de vinho do Porto
1 pau de canela

Preparação:

Descascam-se as pêras inteiras mantendo-lhes o pé e envolvem-se em sumo de limão.


Enche-se um recipiente com água e junta-se o açúcar. Leva-se ao lume.
Adiciona-se o vinho tinto e deixa-se levantar fervura. Junta-se o pau de canela e uma casca de limão.
Introduzem-se as pêras e deixa-se cozer em lume brando até ficarem macias. Quando estiverem
prontas retiram-se com cuidado para uma taça.
Mantém-se no lume o vinho com o açúcar e junta-se o vinho do Porto. Deixa-se ferver até a calda
apresentar um aspecto de xarope. Nessa altura, retira-se o molho do lume e derrama-se sobre as
pêras.

Fontes: Camara de Amares e Roteiro Gastronómico de Portugal

Agosto 31, 2009

AMARES – O ESPLENDOR DA SUA HISTORIA


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Património

MOSTEIRO E POUSADA DE SANTA MARIA DE BOURO

Visitar o Concelho de Amares é realizar uma viagem pela história, na medida em que são muitos os
monumentos que retratam épocas documentadas que se relacionam directamente com os grandes
momentos da história de Portugal.

O Mosteiro e Pousada de Santa Maria de Bouro é um exemplar desta riqueza. Classificado como
Imóvel de Interesse Público, situado na freguesia de Bouro Santa Maria, foi fundado no século XII.

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O Mosteiro pertenceu à Ordem de Cister e é caracterizado pela sua arquitectura religiosa, românica,
maneirista, barroca, rococó, neoclássica e contemporânea. De salientar, a sacristia forrada a azulejos
do século XVIII, onde é retratada a vida de S. Bernardo, um tesouro artístico legado pelos nossos
antepassados e desconhecido dos mais atentos olhares.

Parte do mosteiro (convento) foi adaptada para uma “Pousada de Portugal”, considerada hoje uma
unidade hoteleira de referência.

SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA ABADIA

Localizado num local aprazível, onde o contacto com o meio natural é privilegiado, o Santuário de
Nossa Senhora da Abadia foi construído nos séculos XVII e XVIII, na freguesia de Bouro Santa Maria.
O santuário mariano pertence ao estilo arquitectónico barroco e rococó e é composto por capelas de
via-sacra, igreja, cruzeiro, fontes e edifícios de apoio aos peregrinos.

É um local de devoção e, ao mesmo tempo, um local tranquilo de rara beleza, onde os visitantes são
convidados a permanecer e desfrutar de momentos de descanso. Em redor do Santuário de Nossa
Senhora da Abadia, pode contemplar-se um ambiente paradisíaco, onde o sussurrar das águas e o
chilrear das pequenas aves quebram o silêncio que tanto caracteriza este espaço. Caminhadas e
percursos relaxantes são actividades bastante apelativas e que podem promover-se na sua área

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envolvente.

De salientar, ainda, o Museu do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, instalado nos antigos
“quartéis” do Santuário. Identifica-se, fundamentalmente, pela arte sacra, estatuária, alfaias,
documentação e manifestações religiosas, etc. A etnografia, o folclore e o artesanato (cultura do linho),
contribuem, também, para a sua identidade.

MOSTEIRO DE SANTO ANDRÉ DE RENDUFE

O Mosteiro de Santo André de Rendufe, localizado num vale, numa zona rural, isolado pela sua antiga
cerca, foi mandado construir no séc. XII, na freguesia de Rendufe.
O Mosteiro beneditino masculino, onde se destaca a talha dourada, de estilo barroco nacional, está
classificado como Imóvel de Interesse Público. Parte do mosteiro (dependências monacais e quinta da
cerca) pertence a particulares, com uma importante produção de vinho verde.

Sendo uma das mais belas jóias da arquitectura barroca do Concelho de Amares, o Mosteiro de Santo
André de Rendufe proporciona, todavia, uma viagem pelos estilos arquitectónicos, onde podemos
encontrar a energia e o movimento do barroco, por um lado, e a sobriedade do neoclássico, por outro.

GEIRA

As ocupações humanas do território amarense, que remontam a outras épocas, deixaram um legado
construído.
Esta via romana, com cerca de dois mil anos, ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta
(Astorga). Esta ligação entre as duas capitais do Noroeste Peninsular facilitou, na época romana, o
acesso às regiões montanhosas do Nordeste do território sob o domínio de Bracara, ao espaço
ocidental sob controlo de Asturica.

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Em Amares, podemos percorrer parte desta via, recomendando-se o percurso entre o Lugar de
Via-Cova, na freguesia de Paredes Secas e Santa Cruz, na freguesia de Seramil, podendo o mesmo
continuar pelo Concelho de Terras de Bouro.

PONTE DO PORTO

Classificada como Monumento Nacional, pertence à arquitectura civil pública medieval. Este notável
imóvel, com provável construção do século XIV, localiza-se na freguesia de Prozelo, sob o rio Cávado,
estabelecendo a ligação de Amares à Póvoa de Lanhoso e a Braga. Localiza-se numa zona rural e é
constituída por um tabuleiro plano sobre catorze arcos quebrados e plenos, com três Pegões
separados por olhais.

Considerada uma grande obra de beleza e de arquitectura, a Ponte do Porto apresenta contrafortes
com talhamares triangulares e talhantes rectangulares.

PONTE DE RODAS

Monumento Nacional, de arquitectura civil pública, medieval, construído na Idade Média na freguesia
de Caldelas, sob o rio Homem e faz ligação entre a freguesia de Caldelas e o concelho de Vila Verde.
É constituída por tabuleiro plano sobre três arcos desiguais, com dois contrafortes com talhamar de
contorno triangular e talhante de contorno rectangular.

CASA DA TAPADA

Imóvel de Interesse Público, construído no século XVI, na freguesia de Fiscal, pertence à arquitectura

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civil residencial, maneirista e barroca. A Casa da Tapada foi mandada construir pelo poeta Francisco
Sá de Miranda e foi sua moradia nos últimos anos da sua vida.

Na quinta da Casa da Tapada é produzido o vinho verde e o espumante “Casa da Tapada”.

Localiza-se numa zona rural isolada e é envolvida por extensos campos de vinha e mata que fazem
parte da quinta e possui também edifícios rústicos e um espigueiro.

Enoturismo

Nas encostas do Noroeste de Portugal, produz-se um dos incomparáveis vinhos com características
únicas no mundo.

Influenciado pelas peculiaridades das castas regionais, pelas características dos solos, do clima e pela
sabedoria do Homem, o Vinho Verde torna-se num néctar muito apreciado, especialmente na época
quente, na medida em que usufrui de óptimas propriedades digestivas, leveza e frescura, através de
uma mistura de aroma e “agulha” (gás carbónico natural).

A região onde se produz o Vinho Verde é uma das maiores zonas vitícolas de Portugal, onde se
destaca a sub-região Cávado, que engloba o Município de Amares.

Nesta sub-região do Cávado, a produção do Vinho Verde apresenta profundas tradições, onde
subsistem, pontualmente, peculiaridades curiosas, desde a própria cultura da vinha, com a “vinha de
enforcado”, até às vindimas.

A “vinha de enforcado” é antigo sistema de condução de vinha, em que as videiras trepam por árvores,
desenvolvendo-se a uma altura considerável do solo, geralmente associado a outras culturas, como ao
milho de regadio (Primavera-Verão), e à cultura de forrageiras anuais (Outono-Inverno).

Nesta sub-região, mais concretamente no território que abrange o Município de Amares, a produção de
Vinhos Verdes, especialmente muitos vinhos brancos, são produzidos com a casta Loureiro e ostentam
um intenso aroma floral, que os tornam num harmonioso acompanhamento para os pratos de peixe,
marisco, carnes brancas ou como um aperitivo.

Por sua vez, os Vinhos Verdes Tintos são excepcionais no acompanhamento da afamada gastronomia
regional, com os pratos de carne, que tradicionalmente se confeccionam com toda a delicadeza e

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minúcia.

Do Passado até ao Presente

O Vinho Verde e a sua cultura têm um grande interesse e uma longa história, na medida em que
assumia extrema importância como fonte de rendimentos de muitas famílias.

Diz-se que a origem do Vinho Verde remonta à civilização romana, permanecendo, posteriormente, nos
hábitos das populações desta região. Desta forma, a partir do século XII, as alusões à cultura da
vinha, estavam, tradicionalmente, associadas a uma importância religiosa e histórica.

Só a partir do século XIII, com a expansão da mercantilização, circulação da moeda e expansão


demográfica, é que os Vinhos Verdes se tornaram conhecidos nos mercados europeus, sendo os
primeiros vinhos portugueses a entrar nos mercados da Alemanha, Inglaterra e Flandres.

O quadro da viticultura regional vai alterando ao longo dos séculos, tendo sempre em conta a sua
qualidade e regulamentação, surgindo pela primeira vez a demarcação da “Região dos Vinhos
Verdes”, através da Carta de Lei de 18 de Setembro de 1908 e do Decreto de 1 de Outubro de 1908.

Neste sentido, a Denominação de Origem teve o seu reconhecimento a nível internacional, originando
a exclusividade do uso da designação “Vinho Verde”, a um vinho com particulares exclusivas.

Actualmente, a Região dos Vinhos Verdes, mais concretamente a sub-região do Cávado (Município de
Amares), está a complementar esforços no sentido de incrementar, estimular e desenvolver o potencial
turístico da região, a par da actividade vitivinícola e de produção de vinhos de qualidade

Tendo em conta que o Turismo assume um papel cada vez mais importante na dinamização
económica e social dos territórios rurais, a valorização do enoturismo, visa a criação e promoção do
“Turismo Enológico”, mediante a valorização dos recursos patrimoniais, culturais e etnográficos,
associados à produção do vinho, o que permitirá reforçar a identidade local, desenvolvendo
alternativas ao crescimento económico e que fixem a população, através da oferta alternativa de
emprego e serviços baseados no desenvolvimento sustentado e aproveitamento dos recursos
endógenos.

Aspectos Geográficos

O concelho de Amares, do distrito de Braga, localiza-se na Região Norte e no Cávado (NUT II e III), na
margem direita do rio Cávado, a nordeste de Braga. Fica limitado a norte pelo rio Homem e a sul pelo
Cávado, cujo vale define a sua paisagem. Tem como limites os seguintes concelhos: Vila Verde a
oeste e noroeste, Terras do Bouro a norte, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso a este e Braga a sul.
Apresenta um relevo irregular onde predominam os solos graníticos, intensamente irrigados. A
variação de altitude de Amares vai desde os 30 metros nos vales dos rios Cávado e Homem a 90
metros no Alto de Sta. Isabel. O clima de Amares, como o de Portugal Continental, é mediterrânico,
apresentando uma temperatura média anual de 14 ºC e uma precipitação total anual de 1 707,7
milímetros o que faz com que a pluviosidade deste concelho seja uma das mais elevadas do Minho.
Numa área de aproximadamente 82 km2 distribuem-se 24 freguesias: Amares, Barreiros, Besteiros,
Bico, Bouro Santa Maria, Bouro Santa Marta, Caires, Caldelas, Carrazedo, Dornelas, Ferreiros, Fiscal,
Figueiredo, Goães, Lago, Paranhos, Paredes Secas, Portela, Proselo, Rendufe, Sequeiros, Seramil,
Torre e Vilela.
Em 2005, o concelho apresentava 19 045 habitantes.
O natural ou habitante de Amares denomina-se amarense.

História e Monumentos

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A povoação de Amares desenvolveu-se devido à sua situação geográfica, após a invasão dos Mouros
no século VIII. O seu nome primitivo parece ter sido Marecos, designação de uma quinta pertencente a
Gualdim Pais, primeiro Mestre da Ordem dos Templários. Foi D. Manuel I que em 1514 concedeu foral
a Amares. Contudo, o actual concelho só foi obtido em 1853.
Na vila destacam-se a Igreja Matriz e o pelourinho. Do património do concelho fazem também parte os
castros de Amares e de Lago; a ponte de Rodas; a ponte do Porto; as casas-torre; a Igreja de Caíres;
a Igreja de Figueiredo e a Capela de Santa Luzia. No entanto, as principais referências monumentais
de Amares são o Mosteiro de Santo André de Rendufe, beneditino; o Mosteiro de Bouro Santa Maria e
o Santuário de Abadia.

Tradições, Lendas e Curiosidades

Em Julho têm lugar as Festas do Corpo de Deus e da Nossa Senhora da Paz.


A Feira Franca de Amares faz-se no segundo domingo de Maio. Aos sábados é realizada uma feira
semanal.
O feriado municipal é no dia 13 de Junho.
O artesanato do concelho prende-se principalmente com a tecelagem, os bordados, a fiação de linho,
a cestaria, a latoaria, a tanoaria, a talha, as miniaturas em madeira, a cerâmica, a pirotecnia e a
construção de alfaias agrícolas.

FONTE: C.M. Amares

Agosto 31, 2009

VINHO VERDE CASA DA TAPADA


Posted by Jorge Cipriano under MINHO, Vinhos | Tags: MINHO, Vinhos |
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Casa da Tapada
Amares-Portugal

GPS: N” 41º39`8.52 W” 8º22´54.26

Tel.: +351 253 361 012


Telm.: +351 93 244 91 67/ +351 93 244 91 70
e-mail: [email protected]
[email protected]

A Casa da Tapada, quinta no coração do Minho, tem 25 hectares, 12 ocupados com a cultura da
vinha. 1,5 correspondem à área ocupada pela casa principal, classificada como Imóvel de Interesse
Público, pela capela, adega e outras construções.

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No ano de 1552, aqui se fixou o poeta Sá de Miranda e escreveu a parte mais relevante da sua obra.

A Casa da Tapada situa-se na freguesia de Torre, concelho de Amares, que faz fronteira com a vila
termal de Caldelas.

O nome de Amares foi usado como apelido por Gualdim Pais, primeiro mestre português da ordem
dos Templários, aqui nascido. A sua quinta, supostamente chamada Marecos, deu o nome à
povoação, tendo, depois, derivado para o topónimo Amares.

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O município de Amares, composto por 24 freguesias, fica entre os concelhos de Vila Verde, Terras do
Bouro, Vieira do Minho, Póvoa do Lanhoso e Braga.

Beneficia de excelente localização e múltiplos acessos. O aeroporto do Porto fica a uma hora de
automóvel. E o de Vigo a cerca de duas horas. O aeródromo de Braga é uma hipótese para voos
particulares.

Por caminho de ferro, o comboio Alfa Pendular liga Braga a Lisboa em quatro horas. Por estrada
chega-se de Braga a Amares em cerca de 15 minutos.

Os acessos por estrada contam com a A1 (auto-estrada Lisboa-Porto) e a A3 (auto-estrada Porto-


Braga) e as variantes de Braga para Caldelas (EN101 e EN205) e de Braga, passando por Amares,
ainda, a EN101, a EN205 e a EN308.

A Casa da Tapada fica a 9 km de Amares, sendo a distância da sede do concelho a Braga mais 12 km.
Por sua vez Braga dista 64 km do Porto.

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Francisco Sá de Miranda nasceu em Coimbra em 1481 e faleceu em 1558 na Quinta da Tapada, em


Amares que era sua propriedade. Foi um dos maiores poetas da sua geração e um dos primeiros a
introduzir as ideias e a estética do renascimento na literatura portuguesa.

Em Lisboa estudou leis na Universidade e foi amigo de Bernardim Ribeiro. O Cancioneiro Geral de
1516 já inclui poemas seus, embora ainda compostos de acordo com os cânones tardo-medievais
(medida antiga). Vive em Itália, de 1521 a 1526, tomando contacto com os grandes vultos do
renascimento e com as novas ideias. É na sequência desta viagem que leva a cabo uma pequena
revolução poética, introduzindo o decassílabo italiano, os sonetos, tercetos e oitavas, bem como novos
géneros: canção, écloga, elegia, etc. Traz, ainda, para Portugal o teatro de inspiração clássica.
Postumamente (1595) seria, ainda, editado o livro «Obras».

Figura destacada do renascimento literário em Portugal influenciou decisivamente escritores como


Diogo Bernardes e Pêro Andrade de Caminha, tendo, de alguma forma, precedido Camões.

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Abandonada a vida da corte, retira-se para o Minho, fixando-se, inicialmente, em Duas Igrejas, nas
margens do rio Neiva. Aí escreveu o essencial da sua obra, circunstância pela qual ficou conhecido
como o «poeta do Neiva». Mais tarde, em 1530, casa com D. Briolanja de Azevedo, filha de Francisco
Machado e D. Joana Azevedo, da família da poderosa Casa de Castro em Carrazedo, Amares. A
mulher de Sá de Miranda era irmã de D. Manuel Machado de Azevedo, senhor do solar-torre do
Castro. A sua linhagem remontava a Pedro Martins, filho do herói da tomada de Lisboa aos mouros,
Martim Moniz. Com torre quadrada e ameada, provavelmente do séc. XV, a Casa de Castro é outra das
referências do património de Amares.

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Quatro anos depois o poeta compra uma quinta no limite nascente da Freguesia de Fiscal, onde
manda construir uma casa solarenga e uma capela. Aos poucos, foi adquirindo as propriedades
limítrofes, acabando por ficar com uma quinta de grandes dimensões que mandou murar. Nascia,
assim, a Quinta da Tapada. Posteriores alterações nos séculos XVII e XVIII deram-lhe um aspecto
próximo do actual. A Casa da Tapada foi declarada imóvel de interesse público em 1977.

Francisco Sá de Miranda foi sepultado em Carrazedo, nos arredores da Tapada. O seu túmulo pode

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ser visto no interior da capela anexa à igreja paroquial. De raiz medieval, foi reconstruída em 1750,
estando classificada como imóvel de interesse público.

A referência mais importante aos primórdios da Casa da Tapada, com quinta e bosque, foi a sua
aquisição por Sá de Miranda, segundo uma das versões entre 1532 e 1534.

Poeta filósofo, abandona a corte de Lisboa e vem para o Minho no século XVI. Passa a ser lavrador,
que fidalgo já era. Dedica-se à vitivinicultura. Espécie de premonição do que se viria a passar na Casa
da Tapada, no séc. XX.

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Há a certeza da sua presença em 1536, ano do seu casamento com D. Briolanja de Azevedo, irmã do
seu vizinho, Manuel Machado de Azevedo, fidalgo de uma das famílias mais nobres do Minho. Aqui
viveu e aqui escreveu a parte mais importante da sua grande obra poética.

«Haí se recolheu à sombra dos bosques com 40 annos, em boa condição de saúde, mas já
encanecido (…) a Quinta da Tapada ficou sendo o templo das musas, cujos oráculos e revelações
eram escutados com maior respeito pelos poetas mais distintos da nova geração (…) que brevemente
determinaram a nova renascença da poesia portuguesa».

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As visitas representavam o movimento artístico da época. Francisco de Holanda, o notável artista,


quando andou pelo norte do país, levou ao poeta lembranças de Itália.

Conforme descrição oitocentista, a situação da casa é idílica e reina ali o mais profundo silêncio. Fica
colocada na encosta de uma colina com vistas desafogadas. A ala direita é do séc. XVIII.
Contornando-a encontra-se um tanque, com um jorro de água que sai de uma carranca de pedra ao
estilo do mesmo século. Uma escultura que se supõe ter estado junto do tanque está, agora, em
frente à casa e representa Santiago em luta com os mouros. Dúvidas persistem sobra a sua origem
que reportam, uns ao séc. XII e outros ao séc. XVII. De qualquer forma a obra mais antiga deste
conjunto é a capela, de 1615.

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Tem data de 1615, conforme consta da inscrição no granito da sua porta: «ESTA CAPELA MANDOV
FAZER FRCº DE SAA DE MENEZES 1615». D. Francisco de Menezes foi o primeiro neto do poeta Sá
de Miranda e nesta mesma capela foi sepultado no ano de 1633. A capela é uma construção sólida de
granito, com uma bonita vista sobre a vinha da quinta. Sobre a entrada vê-se o brasão da família.

Dentro, além do altar-mor, existem dois outros colaterais, ambos exemplos curiosos de um barroco
com influências que se dizem ser de origem brasileira. As cores utilizadas são raras, com

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predominância do branco e tons quentes de verde e azul.

FONTE: Casa da Tapada

Agosto 28, 2009

SUGESTÕES DE VINHOS PARA A SEMANA DE 28 AGOSTO A 04


SETEMBRO DE 2009
Posted by Jorge Cipriano under SUGESTÕES, Vinhos | Tags: SUGESTÕES, Vinhos |
[6] Comments

ESTA SEMANA: Minho, Vinhos Verdes e Alentejo

PRÓXIMA SEMANA: Terras do Sado, Ribatejo e Estremadura.

Côr REGIÃO PRODUTOR MARCA PREÇO ONDE


/ CASA (€) COMPRAR
(1)

Sociedade Couteiro Mor


Vinhos Alentejo Agrícola 2007 2.59 PDFN, MC
Tintos Gabriel
Francisco
Dias e
Filhas
Couteiro Mor
Colheita 3.49 PDFN
Seleccionada

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2007
Couteiro Mor
Grande 9.00 GN, PDFN
Escolha 2006
Vale do
Ancho 2005 15.0 GN

Herdade da Terras d’Uva


Mingorra 2007 3.00 PDFN

Alfaraz 2007
5.59 GN. MC

Alfaraz
Cabernet 9.00 GN
Sauvignon
2006
Vale Vale
Barqueiros Barqueiros 5.00 JA, GN
2007
Vale
Barqueiros 9.00 GN
Reserva 2005
Herdade Monte das
das Servas Servas 2005 5.50 JA, MC,
GN

Herdade das
Servas Syrah 12.50 GN
Touriga
Nacional
2005
Adega Navegantes
Cooperativa 2008 1.00 JA, MC
da
Vidigueira
Vila dos
Gamas 2007 2.29 JA, MC

Vila dos
Gamas 5.50 JA
Trincadeira
2006
Sociedade Couteiro Mor
Vinhos Alentejo Agrícola 2008 1.75 PDFN, MC
Brancos Gabriel
Francisco
Dias e
Filhas
Couteiro Mor
Colheita 3.49 PDFN
Escolha 2008
Herdade da Terras d’Uva
Mingorra 2008 2.50 PDFN, JA,
MC

Alfaraz 2008
3.50 MC, JA,
GN

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2009 Agosto « CLUBE DE VINHOS PORTUGUESES http://clubevinhosportugueses.wordpress.com/2009/08/

Vale Vale
Barqueiros Barqueiros 5.00 JA, GN
2008
Herdade Monte das
das Servas Servas 2008 3.50 JA, MC,
GN

Adega Navegantes
Cooperativa 2008 1.00 JA, MC
da
Vidigueira
Vila dos
Gamas 2008 1.59 JA, MC,
PDFN

Vila dos
Gamas Antão 1.99 JA, MC
Vaz 2008
Vinhos Minho PROVAM Portal do
Verdes Fidalgo 6.99 JA
SR Alvarinho
Monção 2008

Vinha Antiga
2007 9.59 JA

Varanda do
Conde 3.50 JA
Alvarinho
Trajadura
2008
Soalheiro Soalheiro
2008 8.00 JA, MC

Soalheiro
Primeiras 15.0 GN
Vinhas
Alvarinho
2008
Quinta de
Soalheiro 20.0 GN
Reserva
Alvarinho
2007
SR Casa de Casa de
Tâmega Oleiros Oleiros Azal 2.50 JA, MC,
2008 PDFN

SR Quinta da Aveleda
Sousa Aveleda Fonte 2008 2.59 JA, MC

Casal Garcia
2008 3.00 JA, MC,
PDFN

Quinta da
Aveleda 2008 4.19 JA, MC

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EspumantesMinho PROVAM Castas de


Monção 6.99 JA
SR Alvarinho
Monção Trajadura
2007
Coto das
Mamoelas 12.50 JA
Alvarinho
2006
Soalheiro Soalheiro
2007 10.0 JA, GN

(1) PDFN – Pingo Doce/Feira Nova; MC – Modelo/Continente; JA – Jumbo/Auchan; GN –


Garrafeira Nacional

Agosto 25, 2009

GASTRONOMIA EM TRÁS-OS-MONTES
Posted by Jorge Cipriano under Trás-os-Montes | Tags: Gastronomia |
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SOPAS: Água de Unto, Caldo de Cebola e Sopa das Malhas;

PEIXE: Bacalhau à Bruxa de Valpaços, Trutas de Escabeche e Polvo à Transmontana;

CARNE: Bexiga com Grelos, Coelho com Molho Vilão, Perdiz com Cogumelos e Feijoada do Alto
Barroso;

BOLA: Folar de Valpaços;

DOCES E SOBREMESAS: Toucinho-do-céu de Murça, Papos-de-anjo de Mirandela e Migas Doces.

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Água de Unto

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ALTO BARROSO

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 1 talhadinha de unto (cerca de 50 g) ;


* fatias de pão de centeio (cerca de 200 g) ;
* água e sal

Confecção:

Corta-se a talhadinha de unto e rija-se (derrete-se) numa frigideira. Tem-se ao lume uma panela com
água a ferver, dentro da qual se deita o unto derretido. Tempera-se com sal.
Têm-se as malgas preparadas com o pão de centeio cortado em fatias e enchem-se com o caldo.
Também se podem escalfar ovos na água do unto a ferver. Nesse caso, escalfa-se 1 ovo por pessoa e
põe-se sobre o pão antes de se deitar o caldo na malga.

Unto é a gordura que se encontra entre o soventre e o peritoneu. Em Trás-os-Montes, esta gordura é
amassada, enrolada e moldada em bola ; esta bola é envolvida na pele de unto (tiés) e depois de
atada é pendurada no fumeiro. O soventre é o mesmo que entremeada [carne gorda da barriga que
serve para fazer rojões e que se encontra agarrada à pele (couro ou couracho) e do outro lado do
unto].

Esta sopa é usada nesta zona como pequeno almoço dos que no Inverno se ocupam quer da lavoura
quer do pastoreio.

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Caldo de Cebola

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Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 500 g de batatas brancas ;


* 2 cebolas grandes ;
* 2 colheres de sopa de azeite ;
* 50 g de chouriço ou de salpicão

Confecção:
Descascam-se e cozem-se as batatas em 2 litros de água com o azeite e o chouriço ou o salpicão. O
enchido é facultativo. No caso de não se juntar o enchido, tempera-se com sal.
Passam-se as batatas pelo passador e adiciona-se a cebola cortada aos quartos. Deixa-se cozer,
rectifica-se o tempero e pode servir-se com uma rodela de chouriço ou de salpicão em cada prato.

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Sopa das Malhas

Ingredientes:

* 1,2 lt de caldo de carne


* 2 ovos
* sal
* meio pão caseiro
* 2 dentes de alho
* 1 raminho de hortelã

Confecção:

Leve ao lume o caldo de carne numa panela e deixe ferver. Acrescente os ovos previamente batidos,
em fio e deixe cozer durante cerca de 2 minutos. De seguida, retire do lume e tempere o caldo com
uma pitada de sal e reserve.
Parta o pão aos pedaços de tamanho igual para dentro de uma terrina.
Descasque e pique finamente os dentes de alho. Junte os pedaços de pão.
Aromatize também com o raminho de hortelã e, por fim, regue com o caldo que reservou. Sirva bem
quente.

Dica: Quando cozer carnes e enchidos, aproveite o caldo da cozedura destes para a confecção desta
sopa. Por exemplo, se fizer um cozido, a água da cozedura das carnes será ideal para esta receita.

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Bacalhau à Bruxa de Valpaços

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Fonte: Valpaços Online

Ingredientes:

(para 6 pessoas)

* 1 kg de bacalhau
* 6 cebolas
* 2 alhos
* 1 dl de azeite
* 1 colher de sopa de manteiga
* 50 g de toucinho
* 600 g de batatas
* 3 colheres de sopa de vinagre
* 3 colheres de sopa de farinha de trigo
* 1 ramo de salsa; sal e pimenta.

Preparação:

Deixe o bacalhau a demolhar durante 48 horas. Depois, tire-lhe a pele e as espinhas. Corte as cebolas
às rodelas. Pique o toucinho e corte os alhos às tiras. Cubra o fundo do tacho com uma porção das
cebolas, sobre estas coloque uma porção de bacalhau e sobre este coloque uma porção de batatas,
de toucinho e dos restantes condimentos. Polvilhe com uma colher de farinha. Faça isto
sucessivamente até completar três camadas de cada ingrediente. Adicione o azeite, tape o tacho e
leve ao lume (cerca de 30 minutos), regando sempre com o próprio molho.

Vinho recomendado: Quinta do Vallado Branco 2008

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Trutas de Escabeche

Fonte: Gastronomia Tradicional Portuguesa – Trás-os-Montes

Ingredientes:

* 1 kg de trutas
* 200 g de presunto com gordura

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Para o escabeche:

* 2 dl de vinagre
* 2 cebolas
* 1 malagueta
* pimenta branca
* sal

Preparação:

Preparam-se as trutas, lavam-se, cortam-se às postas e temperam-se com o sal, a pimenta e a


malagueta picada. Fritam-se em azeite quente e ao mesmo tempo frita-se também o presunto cortado
aos cubos. Quando fritas, colocam-se numa travessa com o presunto.
Muda-se o azeite e voltam ao lume num tacho com as cebolas cortadas às rodelas grossas. Quando a
cebola estiver loura, adiciona-se o vinagre, rega-se o peixe com a mistura e, passados dois dias,
serve-se frio. Acompanha-se com batatas cozidas.

Vinho recomendado: Quinta dos Avidagos Branco 2008

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Polvo à Transmontana
Fonte: Gastronomia Tradicional Portuguesa – Trás-os-Montes

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 1,5 kg de polvo
* 5 dentes de alho
* 1 folha de louro
* salsa
* 1 copo de vinho branco
* farinha de trigo
* 3 ovos
* pão ralado
* azeite para fritar

Preparação:

Coza o polvo até ficar bem tenro. Escolha as partes mais grossa e corte em traços iguais.
Ponha os pedaços numa tigela e tempere com sal, os alhos esmagados, o louro, a salsa picada e o
vinho branco. Deixe marinar durante 5 horas.
Escorra bem os pedaços de polvo e passe-os por farinha, ovo batido e pão relado, por esta ordem.
Frite em azeite abundante até estar douradinho e escorra em papel absorvente.
Sirva com arroz feito com as partes mais finas do polvo.

Vinho recomendado: CARM Branco 2008

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Bexiga com Grelos

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Valpaços

Ingredientes:
Para 6 pessoas

* 1 bexiga de porco
* sumo de laranja
* 1 kg de entrecosto (as partes mais tenras das costeletas)
* 500 gr de lombo de porco
* 5 dl de vinho tinto maduro
* 3 dentes de alho
* pimenta preta em pó
* 1 colher de colorau
* 1 cebola média
* 2 fatias de pão
* 100 g de farinha de centeio
* 1 tigela de sangue de porco líquido (cerca de 2,5 dl) batido com alho picado e um pouco de vinho
* sal

Confecção:

No dia da preparação da bexiga, depois desta impecavelmente limpa, lava-se com sumo de laranja (de
preferência ao de limão).
Começa por se pôr em sorça (termo transmontano para designar vinha-d’alhos) durante 4 dias o
entrecosto e o lombo cortado em bocadinhos.
A sorça é composta pelo vinho, os dentes de alho, pimenta em pó e colorau.
Durante os 4 dias a carne deve ser mexida.
Juntam-se as carnes que estão que estão na vinha-d’alhos (sorça), a cebola picada, o pão esfarelado,
a farinha de centeio e o sangue.
Rectifica-se o tempero e enche-se a bexiga de porco cuidadosamente dada a sua elasticidade e
fragilidade.
Ata-se com um fio e põe-se a secar ao fumeiro, tendo o cuidado de a amparar com uma tiras de pano
por causa do seu peso.
O tempo de fumeiro pode ir de 8 a 15 dias.
Para servir, pendura-se a bexiga num pau ou num garfo de ferro e introduz-se numa panela com água
fria abundante e leva-se a ferver, sendo esta fervura constante.
O nível de água também deve ser mantido durante toda cozedura, que é de cerca de 2 horas.
Serve-se a bexiga acompanhada com grelos cozidos.

Vinho recomendado: Quinta do Vallado Reserva Tinto 2005

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Coelho com Molho Vilão

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Fonte: Gastronomia Tradicional Portuguesa – Trás-os-Montes

Ingredientes:

* 1 coelho
* 1 ramo de salsa
* 2 dl de azeite
* 1dl de vinagre
* 1 dente de alho
* 1 colher de café de colorau
* sal

Preparação:

Prepara-se o coelho, tempera-se com sal e assa-se nas brasas. Depois de assado, corta-se aos
bocados. Faz-se o molho com azeite e vinagre, os dentes de alho picados, o colorau e o sal. Depois
de bem batido, deita-se sobre o coelho, que deve ser servido só no dia seguinte. Acompanha-se com
batatas cozidas.

Vinho recomendado: Valle Pradinhos Tinto 2006

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Perdiz com Cogumelos

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 2 perdizes ;
* 1 dl de azeite ;
* 100 g de presunto ;
* 1 cebola média ;
* 1 kg de cogumelos silvestres (pinheiras ou cardielos) ;
* 3 ou 4 carcaças (200 g) ;
* sal e pimenta

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Confecção:

Depois de arranjadas, cortam-se as perdizes em bocados, que se alouram no azeite juntamente com o
presunto cortado em pedaços.
Entretanto, pica-se a cebola finamente e junta-se ás perdizes logo que estas estejam louras. Mexe-se,
deixa-se alourar a cebola e adicionam-se os cogumelos cortados em bocados. Tempera-se com sal e
pimenta, reduz-se o lume e, com o tacho tapado, deixa-se apurar em lume brando.
Tem-se o pão cortado em fatias numa travessa e deitam-se-lhe por cima as perdizes e os cogumelos.

Há quem prefira cozinhar estas perdizes inteiras. Uma perdiz grande, partida em bocados e cozinhada
deste modo, pode dar para 3 pessoas.

Vinho recomendado: Quinta de La Rosa Reserva Tinto 2005

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Feijoada do Alto Barroso

Ingredientes:
Para 6 a 8 pessoas

* 1 litro de feijão branco grande


* 3 cebolas
* 1 colher de sopa de azeite
* 3 cenouras
* 1 orelheira de porco fumada
* 300 g de pernil fumado
* 1 ramo de salsa
* 3 colheres de sopa de azeite
* 2 colheres de banha
* 1 folha de louro
* 2 dentes de alho esmagados
* 1 ou dois tomates

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* 1 salpicão
* 1 farinheira
* 1 chouriço de sangue
* 1 chouriça de carne
* sal
* pimenta
* piripiri

Para o arroz:

* 500 a 600 g de arroz


* 2 dentes de alho
* 2 colheres de sopa de azeite
* 1 colher de sopa de banha
* 1 colher de sopa de margarina
* sal

Confecção:

Chamuscam-se a orelheira, o pernil e o pé de porco e põe-se tudo de molho de um dia para o outro.
Depois lavam-se em água quente e raspam-se.
De véspera, põe-se também o feijão de molho em água fria. O feijão deve ser branco, grande mas não
feijoca. Põe-se a cozer em água simples as carnes que se prepararam.
Como o tempo de fumeiro é muito prolongado em Trás-os-Montes (as lareiras funcionam durante
grande parte do ano), a carne não deve ser totalmente cozida nesta água mas acabar de cozer
juntamente com o feijão.
A água que serviu para cozer as carnes é aproveitada para a lavadura dos porcos.
Coze-se o feijão em água com um fio de azeite, as cenouras inteiras e duas cebolas. Quando as
carnes estiverem meio cozidas, juntam-se ao feijão; 10 minutos antes de terminar a cozedura do feijão,
junta-se-lhe a farinheira, o salpicão, a chouriça e o chouriço de sangue que estiveram de molho em
água quente.
À parte, faz-se um refogado com a restante cebola, o azeite, a banha, o louro, os alhos esmagados, o
tomate em bocadinhos e a salsa partida à mão. À medida que este refogado for alourando, vão-se
juntando pinguinhos de água de cozer o feijão. Juntam-se depois o feijão e as carnes cortadas em
bocados e as cenouras cortadas em rodelas.
Rectifica-se o sal, pimenta e geralmente junta-se um pouco de piripiri. Os chouriços reservam-se para
o arroz que acompanha a feijoada.

Vinho recomendado: Quinta da Seara d’Ordens Tinto Colheita Seleccionada 2006

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Folar de Valpaços

Ingredientes:

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* 1 kg de farinha ;
* 12 ovos mais uma gema ;
* 350 g de gordura (150 g de manteiga, 150 g de banha, 50 g de azeite) ;
* 30 g de fermento de padeiro ;
* 1 frango pequeno corado ;
* 1 salpicão pequeno ;
* 200 g de presunto ;
* 1 chouriço de carne (linguiça) ;
* salsa

Confecção:

Peneira-se a farinha com um pouco de sal fino para um alguidar e faz-se uma cova no meio. Desfaz-se
o fermento de padeiro em 0,5 dl de água tépida, deita-se na cova da farinha e vai-se envolvendo nela.
Colocam-se os ovos inteiros com a casca numa tigela e cobrem-se com água morna (não quente).
Alguns minutos depois, abrem-se para dentro da farinha (sempre ao centro) e vai-se fazendo absorver
a farinha trabalhando-a a partir do centro.
Juntam-se as gorduras e põem-se a derreter sobre lume brando. Juntam-se à massa e trabalha-se
tudo adicionando a quantidade de água necessária para se obter uma massa fina. Em seguida,
bate-se a massa com as duas mãos até esta se desprender completamente do alguidar. A massa
considera-se bem batida quando à superfície aparecerem umas bolhas. Nesta altura polvilha-se a
massa com um pouco de farinha, cobre-se com um pano e envolve-se o alguidar com um cobertor.
Coloca-se num local tépido e onde possa receber mesmo uma certa quantidade de calor, mas
indirectamente. Nestas circunstâncias, a massa leva mais ou menos 2 horas a levedar.
A massa está levedada quando atingir o dobro do volume e quando ao abrir apresentar um aspecto
rendado.
Tem-se um tabuleiro rectangular, cujos bordos não devem exceder 8 cm de altura, muito bem untado
com banha. Cortam-se o chouriço e o salpicão ás rodelas, o presunto ás tiras e desossa-se o frango
limpando-o de peles e ossos e desfazendo-o em febras.
Divide-se a massa em três partes, devendo uma delas ser um pouco maior. Estende-se esta parte
maior e forram-se com ela o fundo e os lados do tabuleiro. Espalha-se por cima metade da porção das
carnes e salsa e cobre-se com a segunda parte da massa, sobre a qual se dispõem as restantes
carnes. Finalmente, tapa-se o folar com a terceira parte da massa e unem-se os bordos a esta camada
final.
Deixa-se o folar levedar novamente até aparecerem à superfície umas bolhinhas. Nesta altura,
pincela-se com gema de ovo e leva-se a cozer em forno bem quente durante cerca de 45 minutos.

fonte: Editorial Verbo

Vinho recomendado: Soutinho Tinto 2006

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Toucinho-do-céu de Murça

Ingredientes:

* 500 g de açúcar ;
* 125 g de amêndoas ;

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* 125 g de doce de chila ;


* 20 gemas de ovos ;
* 2 colheres de sopa de farinha ;
* margarina

Confecção:

Pelam-se e ralam-se as amêndoas.


Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até se obter o ponto de fio (103º C).
Junta-se o doce de chila e deixa-se ferver mais 2 a 3 minutos.
Adicionam-se as amêndoas raladas, que devem estar bem enxutas, e leva-se novamente ao lume para
fazer um ponto de estrada muito fraco (o fundo do tacho deve ver-se muito rapidamente).
Retira-se o doce do lume e, depois de arrefecer um pouco, juntam-se as gemas, que engrossarão um
pouco sobre o lume, sem que no entanto o doce ferva.
Deixa-se arrefecer ligeiramente.
Unta-se com margarina e polvilha-se com farinha um forma rectangular ou quadrada, com cerca de 1,5
litros de capacidade. Espalha-se uma colher de farinha sobre o fundo da forma e deita-se dentro o
doce. Polvilha-se a superfície com a outra colher de farinha e leva-se a cozer em forno bem quente
(200º C a 250º C).
O toucinho-do-céu está cozido quando se lhe introduzir uma faca e esta sair quente e limpa.
Desenforma-se.
Sacode-se o excesso de farinha, corta-se o toucinho-do-céu em fatias, passam-se por açúcar pilé e
guardam-se numa caixa forrada com papel de seda recortado com a tesoura.

Vinho recomendado: Espumante Vértice Branco Bruto 2006

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Papos-de-anjo de Mirandela

Ingredientes:

* 500 g de açúcar ;
* 3 ou 4 colheres de sopa de doce de fruta ;
* 8 ovos, mais 7 gemas ;
* 1 colher de chá de canela ;
* açúcar para polvilhar

Confecção:

Na preparação para estes papos-de-anjo pode ser utilizado qualquer doce de fruta (incluindo de
abóbora), com excepção dos doces de maça, marmelada ou qualquer geleia.
Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água (cerca de 2 dl) e deixa-se ferver até se obter ponto de
espadana (117º C). Adiciona-se o doce escolhido e deixa-se ferver novamente até se obter o mesmo
ponto. Retira-se então o doce do lume e depois de se ter deixado arrefecer um pouco adicionam-se os
ovos, que foram previamente muito bem batidos com as gemas. Junta-se ainda a canela.

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Distribui-se o preparado obtido por forminhas de queques muito bem untadas com manteiga e
levam-se a cozer em forno moderadamente quente (cerca de 200º C). Desenformam-se e polvilham-se
com açúcar.

Vinho recomendado: Moscatel do Douro Quinta do Portal Reserva 1999

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Migas Doces

Fonte: Gastronomia Tradicional Portuguesa – Trás-os-Montes

Ingredientes:

* 12 ovos;
* 18 colheres de sopa de açúcar;
* 125g de miolo de noz;
* canela

Preparação:

Misture os ovos com o açúcar, bata e leve a lume brando até começar a engrossar. Retire do lume,
mexa novamente, junte a noz partida aos bocadinhos e deite numa travessa. Polvilhe com canela.

Vinho recomendado: Vinho do Porto Quinta do Vallado Tinto 10 anos

Agosto 25, 2009

CIDADE DE PESO DA RÉGUA E VILARINHO DOS FREIRES


Posted by Jorge Cipriano under Douro | Tags: Douro |
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História

O facto de, na opinião de alguns historiadores, Peso


da Régua ter sido habitada durante as invasões
romanas e bárbaras, deu origem ao nome Vila
Regula – casa romana de campo, soterrada em lugar
da cidade. Outros, porém, defendem a hipótese de
derivar de “récua”, devido aos ajuntamentos de
récuas ou cavalgaduras que passavam o rio Douro.

Uma terceira teoria, sustenta a derivação de


“reguengo”, designação atribuída às terras dos reis.
Peso da Régua pode ainda ter origem no termo
“regra”, aludindo ao direito que podia ser herdado
de ascendentes ou conferido a descendentes
através de um foral. Esta teoria baseia-se na
doação de terras feita pelo Conde D. Henrique a D.
Hugo, em 1093, que por sua vez as doou a D. Egas

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Moniz. Seria, portanto, esta “regra” a dar origem à


palavra Régoa, mais tarde Régua. Em relação à
proveniência do nome Peso existem duas correntes
de opinião: a primeira defende a hipótese de derivar
do lugar onde as mercadorias eram pesadas e
cobrados os impostos; a segunda explica a
probabilidade de o nome ter evoluído a partir de um
lugar onde os animais de transporte eram
alimentados ou pensados, o “Penso”.

Esta parte da actual cidade é antiquíssima. A ela se


referiu o foral que D. Sancho I, que concedeu ao
lugar de Godim, porque lhe deu a sua herdade do
monte Argemundais com seus termos declarados,
requerida em 1797 pelo Marquês de Abrantes, D.
Pedro de Lencastre Almeida Sá e Meneses e
passada na Torre do Tombo, do livro que serviu de
registo na chancelaria de D. Afonso III.

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A Régua é uma cidade moderna, que apenas


conheceu a sua condição de concelho após a época
pombalina, no ano de 1836. Toda a importância
reconhecida se inicia por culpa e graça da criação,
na Régoa, da Companhia Geral das Vinhas do Alto
Douro, pelo Marquês de Pombal em 1756. Tendo
mandado delimitar as vinhas do Vale do Douro com
marcos de granito – Marcos de Feitoria –
determinando assim as áreas de produção dos
melhores vinhos, Portugal criava no Douro a
primeira região demarcada e regulamentada do
mundo. A partir daí, e por via do comércio e sua
centralização local, a Régoa passou a ser o centro
da Região, o local onde todos chegavam e de onde
tudo partia.

“A marca funda que deixou na paisagem, na vida dos


homens e no sistema de relações, mais do que a
sua importância económica, para a região e para o
país, fez do Port Wine um facto cultural, património
da cultura portuguesa, um vinho universal.

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É que este vinho generoso, de características singulares,


velho, doce e aromático, encerra séculos de
experiência, de trabalhos, de saber e arte, de
solidariedades e conflitos.

Favorecido pela natureza, que reúne condições excepcionais nas


encostas xistosas do vale do Douro, o vinho do
Porto é, como todos os grandes vinhos, um produto
dos homens.

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Dos durienses, claro, mas também dos


negociantes do Porto, dos ingleses, das gentes
pobres das terras frias de Trás-os-Montes e da
Beira, dos carreiros minhotos, dos galegos…

Aqui,
na região demarcada de vinhos que é considerada a
mais antiga do mundo (1756), no sentido
contemporâneo de uma denominação de origem, a
história das gentes e a história do vinhedo seguem,
desde há séculos, caminhos paralelos.”

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PEREIRA, Gaspar Martins; BARROS, Amândio Morais


(2000).
Memória do Rio. Para uma história da navegação no
Douro. Edições Afrontamento. Porto

No dia 3 de Fevereiro de 1837, Peso da Régua foi


elevada a vila, tendo-lhe sido anexado o concelho
de Godim, com as freguesias de Godim, Loureiro,
Fontelas, Moura Morta e Sedielos.

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A 31 de Dezembro de 1859 foram-lhe adicionadas, pela


extinção do concelho de Canelas, as freguesias de
Poiares, Covelinhas, Vilarinho de Freires e Galafura.

A 11 de Dezembro de 1933 foi criada a freguesia de


Vinhós, desanexada da freguesia de Sedielos.

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Com esta desanexação, o concelho de Peso da Régua


integrava onze freguesias.

Com a integração de Canelas, em 1976, o concelho completou o número


actual de freguesias – doze.

Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a


14 de Agosto de 1985.Em 1988 foi reconhecida pelo

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Office Internacional de la Vigne et du Vin como


Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.

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O Marquês de Pombal e a Região Demarcada do Douro

O criador da Região Demarcada do Douro foi Sebastião José de


Carvalho e Melo, Conde de Oeiras, mais tarde, em
1769, Marquês de Pombal. Nasceu em Lisboa a 13
de Maio de 1699 e veio a falecer na sua quinta em
Pombal a 8 de Maio de 1782.

Senhor de personalidade e feitio muito próprios, foi

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na sua época contestado por alguns. Com a sua


maneira autoritária de governar, violenta por vezes,
soube lançar sólidos alicerces para uma região
demarcada de muito prestígio.

A criação da Companhia Geral da Agricultura das

Vinhas do Alto Douro, por Sebastião José de


Carvalho e Melo ficou a dever-se a homens de muito
mérito, como ao Dr. Luiz Beleza de Andrade, que era
natural do Porto e grande viticultor nesta região do
Douro, ao espanhol biscaínho D. Bartholomeu
Pancorbo e ao Padre Mestre Dr. Frei João de
Mansilha, natural de S. Miguel de Lobrigos.

Esta Companhia, em 1756, tinha como principais

objectivos:

* A demarcação da região;
* Fiscalização dos vinhos de embarque;
* Passagem de guias de trânsito para os vinhos;
* Estabilização de preços e qualidade nos vinhos;
* Privilégio nas vendas dos vinhos para a cidade
do Porto e locais circunvizinhos;
* E, por fim, o privilégio no fabrico e fornecimento
de aguardentes.

A Companhia organizava todos os anos, em


Fevereiro, a importante “Feira dos Vinhos”, que
consistia em chamar os lavradores do Douro à sua
casa no Peso da Régua, e aí, durante 8 dias,
transaccionarem os seus vinhos. Como nessa altura,
na vila, não existiam pensões, a Companhia
proporcionava aos lavradores lautos banquetes.

Barão de Forrester

O Barão de Forrester, de nome Joseph James


Forrester, nasceu em Hull, na Escócia, a 21 de Maio
de 1809.Veio a falecer, vítima de um acidente de

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barco, no Cachão da Valeira, em Maio de 1861.Veio


para Portugal em 1830 e dedicou-se desde muito
cedo à carreira comercial, ajudado nesse tempo por
um tio, grande comerciante na cidade do Porto.
Tornou-se num homem distinto, de grande cultura,
deixando-nos uma extensa obra bibliográfica.

Também foi poeta, desenhista e aguarelista. Além


dos inúmeros mapas da região demarcada, foi ele o
autor do importante mapa “O Douro Português”,
traçando o curso deste rio desde a fronteira
espanhola até à Foz. Este excepcional trabalho fez
com que o governo lhe atribuísse o título de Barão,
honraria pela primeira vez concedida a um
estrangeiro.

Como nesse tempo o acesso para o Douro era


dificil, mandou construir um barco do género rabelo,
ricamente decorado e apetrechado, onde oferecia
grandes jantares aos seus amigos. A tripulação era
muito bem remunerada e magnificamente
uniformizada. Quando se encontrava hóspede de D.
Antónia Adelaide Ferreira, veio a encontrar a morte
no barco em que se fazia transportar numa viagem
de recreio, voltando-se no traiçoeiro ponto do
Cachão da Valeira. Socorridos por outro barco,
salvaram-se todos menos o referido Barão, uma
criada e um criado.

Dizem que D. Antónia se salvou graças aos seus


vestidos, que se comportaram como um perfeito
balão e o Barão se afogou, porque levava na sua
faixa uma quantidade apreciável de moedas de oiro.

Morreu e ficou sepultado no lugar que mais o


impressionava, chegando a desenhá-lo por duas
vezes. Foi uma perda irreparável.

Ferreirinha

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Ao falar do Douro, há nomes que se impõem como o

de D. Antónia Adelaide Ferreira, conhecida

carinhosamente por “Ferreirinha” ou

“Ferreirinha-da-Régua” pelas gentes da sua terra.

Seu avô, Bernardo Ferreira, deixou três filhos, José,

o mais velho, o António, e o mais novo, o Francisco.

José Bernardo Ferreira, de grande bondade e

respeito, foi o pai de D. Antónia Adelaide Ferreira,

que seria mais tarde a grande administradora da

maior casa agrícola do Douro.

António Bernardo Ferreira era o mais inteligente e

de espírito mais comerciante. Quando ainda só se

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falava de um possível confronto das lutas liberais,

meteu-se num barco rabelo e foi até Vila Nova de

Gaia, onde vendeu os armazéns com todo o vinho

por preço inferior ao praticado na altura. Quem não

gostou deste negócio foi o irmão mais velho,

porque os bens também eram dele e não fora

consultado para o efeito.

Mas o com o produto da venda compraram todo o

vinho existente no Douro, transportando-o de

seguida em carros de bois e récuas para a Figueira

da Foz. Entretanto, rebentou a guerra civil, tendo

os armazéns de Vila Nova de Gaia sido saqueados e

o vinho derramado para o rio Douro. Mas enquanto

o Norte sofria na carne a desgraça de uma guerra

civil e a barra do Douro estava bloqueada, estes

senhores faziam as exportações do vinho generoso

para Inglaterra pela barra da Figueira da Foz.

Fizeram um excelente negócio e a família Ferreira

ficou muito mais rica e poderosa.

D. Antónia Adelaide Ferreira e António Bernardo

Ferreira, primos em primeiro grau e filhos de José

Ferreira e António Bernardo Ferreira

respectivamente, uniram as suas vidas pelo

matrimónio e tiveram dois filhos, uma menina Maria

d`Assunção, mais tarde Condessa de Azambuja e

um rapaz a quem deram o mesmo nome do avô e do

pai.

Mas só depois da morte do primeiro marido, é que o

espírito empreendedor desta senhora se manifestou

de forma admirável, fazendo grandes plantações no

Douro e obras de benfeitoria, tornando-se numa

figura de primeira grandeza. Tão importante que o

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2009 Agosto « CLUBE DE VINHOS PORTUGUESES http://clubevinhosportugueses.wordpress.com/2009/08/

Duque de Saldanha, então Presidente do Conselho,

pretendeu que seu filho, o Conde de Saldanha,

contrai-se matrimónio com a filha de tão distinta

senhora.

D. Antónia recusou o convite, embora se sentisse

muito honrada, alegando para o efeito a tenra idade

de sua filha, que só tinha onze anos e que também

gostaria que fosse ela a escolher o seu esposo. O

Duque, habituado a não ser contrariado, mandou os

seus homens raptar a menina. Mãe e filha, quando

souberam o que lhes pretendiam fazer, fugiram

vestidas de camponesas, ajudadas por amigos, para

Espanha e depois para Londres, onde se refugiaram.

Depois da filha casada com o Conde de Azambuja,

D. Antónia casou com Francisco José da Silva

Torres, seu secretário.

Com pouco mais de meio século de existência e no

auge das suas capacidades de administradora,

comprou todo o vinho do Douro para dessa forma

ajudar os agricultores na luta contra os baixos

preços praticados por consequência duma crise de

abundância. Com todo o vinho comprado e

guardado nos seus armazéns, surgiu a “filoxera”,

que destruiu quase a totalidade dos vinhedos,

lançando os durienses na miséria. Mas com o poder

negociável que se lhe reconhecia e com todo o

vinho nos seus armazéns, pôde com facilidade

negociar da melhor maneira com os ingleses,

tornando a casa agrícola Ferreira muito mais rica.

Depois da catastrófica praga da filoxera, mandou

replantar as vinhas. Pagou a construção de

quilómetros de estradas e de caminhos-de-ferro,

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tendo dado trabalho a mil operários e desta forma

cobriu as suas vinte e três quintas com milhões de

cepas. Em 1880, ficou novamente viúva, mas mesmo

assim continuou com a sua obra benfeitora,

ajudando a construir os hospitais de Peso da Régua,

Vila Real, Moncorvo e Lamego. Mandou construir no

Moledo um palácio para acolher o Rei D. Luiz, as

termas, a piscina e um fabuloso parque. Ajudou a

Misericórdia do Porto, ficando esta obrigada a

socorrer qualquer familiar seu.

D. Antónia que nasceu no concelho de Godim no

ano de 1810, viveu a sua infância na Casa de

Travassos, vindo a falecer em 1896 na Casa das

Nogueiras. Dois anos depois da sua morte, foi

criada a Companhia Agrícola dos Vinhos do Porto,

mais conhecida por “Casa Ferreirinha”.

Vilarinho dos Freires

Vilarinho de Freires é uma das freguesias mais antigas do concelho de Peso da Régua. Antes de
Portugal ser constituído nação independente, já Vilarinho de Freires tinha sido fundado, começando,
no entanto, por integrar o concelho de Santa Marta de Penaguião.

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Vilarinho de Freires é atravessado pelo rio Tanha, que não muito longe se encontra com o Corgo.
Numa encosta de terras férteis em vinha e oliveira, é um lugar tranquilo, de características rurais.

A visita a esta freguesia vale pela paisagem dominada pela vinha. Mesmo assim, existe a Igreja Matriz
erguida em homenagem à padroeira, Nossa Senhora das Neves, a Capela Quinta da Ponte, a Casa
Grande e a Casa da Carranca para apreciar.

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Agosto 25, 2009

QUINTA DO VALLADO – UMA HERANÇA DE D. MARIA


ANTÓNIA FERREIRA
Posted by Jorge Cipriano under Douro, Vinhos | Tags: Douro, Vinhos |
[9] Comments

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Quinta do Vallado
5050-364 Quinta do Valado
Peso da Régua – Vila Real
Tel. +351 254 323 147
Fax. +351 254 323 326
Telm.+351 939 103 591
e-mail:[email protected]

A Quinta do Vallado é porventura a minha referência preferida em termos de vinhos do Douro.

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A casa e os vinhos têm uma vida, identidade e alma próprias!

Legados de 6 gerações descendentes da Sra. Da. Maria Antónia Ferreira.

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Figura mítica e incontornável da história do Douro, eternizada por Camilo Castelo Branco.

A sua luta contra a filoxera patenteiam a determinação e tenacidade dos transmontanos em lutar pelas
memórias das heranças de seus antepassados.

Felizmente. Bem hajam.

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Situada em Vilarinho dos Freires, perto de Peso da Régua, no Baixo Corgo, a Quinta do Vallado é
mais um nome ligado à história do Douro. A propriedade existe desde 1716 e no século seguinte
passou às mãos de D. Antónia.

Está com a família Ferreira até hoje.

A posse era fragmentada entre vários herdeiros, até que o bisneto Jorge Viterbo Ferreira tornou-se
proprietário exclusivo da quinta.

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Foi sucedido pelo filho Jorge Maria e, com a morte deste em um acidente de carro, há alguns anos, a
gestão dos negócios ficou com o cunhado Guilherme Álvares Ribeiro, casado com Maria Antónia
Ferreira.

Hoje Guilherme é ajudado na administração por Francisco Ferreira, 31 anos – filho de Jorge Maria e
um dos “Douro Boys”.

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“A família vendia sua produção à Casa Ferreira e em 1993 decidiu apresentar ao mercado seus
próprios vinhos.

Desde o início, concentrou-se nos brancos e tintos de mesa.

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A quinta tem 65 hectares, com terras nas duas margens do rio Corgo, perto do ponto onde ele
deságua no Douro.

Cerca de 20 ha são plantados com vinhas velhas, onde as castas principais são Tinta Amarela, Tinta
Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca, misturadas com outras 25 variedades.

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Para os vinhedos mais novos a empresa contou com a assessoria do prof. Nuno Magalhães,
conhecido especialista, plantando Touriga Nacional, Tinta Barroca e Souzão.

Francisco Ferreira observa que muita gente no Douro está arrancando as uvas brancas, por achar que
elas não são valorizadas como as tintas.

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No Vallado, ao contrário, foram plantados recentemente 8 hectares com espécies brancas típicas
portuguesas – Rabigato, Viosinho, Malvasia Fina, Verdelho e Moscatel. O enólogo da casa é Francisco
Olazábal, o Xito, o mesmo da Quinta do Vale Meão. Foi a primeira quinta do Douro a ter uma esteira
para seleção das uvas.” (Fonte: Winexperts)

As vinhas conservam segredos e arte de gerações.

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A mais recente ocupa uma área de 38 hectáres, com idades entre os 6 e os 10 anos.

A melhor parcela conta com 26 hectáres de vinha com mais de 60 anos!

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Falar da Quinta do Vallado é falar nos tetranetos de Dona Antónia: João Ferreira Álvares Ribeiro,
Francisco Ferreira e Francisco Olazabal.

São ilustres e dignos representantes da família e que muito contribuiram para por o Douro e Portugal
num patamar elevado de qualidade e excelência, tanto no panorama interno como além-fronteiras.

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FONTES: Winexpert e Quinta do Vallado.

Agosto 18, 2009

SUGESTÕES DE VINHOS PARA A SEMANA DE 18 AGOSTO A 25


AGOSTO DE 2009
Posted by Jorge Cipriano under SUGESTÕES, Vinhos | Tags: SUGESTÕES, Vinhos |
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REGIÕES EM DESTAQUE ESTA SEMANA: Dão, Távora-Varosa e Douro.

Próxima semana: Vinhos Verdes, Minho e Alentejo.

Côr REGIÃO PRODUTOR MARCA PREÇO ONDE


/ CASA (€) COMPRAR
(1)

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Álvaro de Quinta de
Vinhos Dão Castro Saes 2007 2.99 PDFN
Tintos

Álvaro de
Castro 5.99 JA, MC
2006
Quinta da
Pellada 9.00 GN, JA,
2006 MC

Quinta da Quinta da
Falorca Falorca 6.99 MC, JA
2006
T-Nac
2005 15.0 GN, MC

Adega Encostas
Cooperativa de 1.89 JA
de Penalva Penalva
do Castelo 2007
Milénio
Touriga 3.50 MC
Nacional
Aragonez
2006
UDACA Porta do
Fontelo 2.69 JA, MC
2007
Irreverente
2007 (Reg 2.32 MC
Beiras)
UDACA
(Bag in 5.50 MC
box 5L)
Quinta do Cunha
Cerrado Martins 2.99 MC, JA
Reserva
2006
Quinta do
Cerrado 5.50 MC, JA
Reserva
2006
Príncipe
do Dão 2.49 JA, MC
2007
Cooperativa Terras do
Távora- Agrícola do Demo 3.50 JA, MC
Varosa Távora 2007

Quinta do Quinta do
Douro Estanho Estanho 3.59 GN
2006
Quinta do
Estanho 10.0 GN
Reserva
2005

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CARM CARM
2006 5.50 JA, GN

Quinta do Castelinho
Castelinho 2007 3.50 JA, MC

Castelinho
Reserva 8.00 JA, MC
2006
Quinta da Soutinho
Pedra Alta 2007 3.25 JA, MC

Quinta da
Pedra Alta 4.50 JA, MC
2007
Quinta da
Pedra Alta 8.95 MC
Reserva
2006
Álvaro de Quinta de
Vinhos Dão Castro Saes 5.32 JA
Brancos Reserva
2008
Adega Milénio
Cooperativa 2008 3.00 MC
de Penalva
do Castelo
UDACA Porta do
Fontelo 2.20 MC
2008
Quinta do Cunha
Cerrado Martins 2.99 MC, JA
2008
Quinta do
Cerrado 5.99 MC, JA
Encruzado
2008
Príncipe
do Dão 2.99 JA, MC
2008
Cooperativa Terras do
Távora- Agrícola do Demo 3.50 JA, MC
Varosa Távora 2008

Quinta do Quinta do
Douro Estanho Estanho 3.59 GN
2008
CARM CARM
2008 4.50 JA, GN

Quinta do Castelinho
Castelinho 2008 3.50 JA, MC

Quinta da Soutinho
Pedra Alta 2008 2.10 MC

Quinta da
Pedra Alta 4.50 MC
2008

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EspumantesTávora- Caves da Raposeira


Varosa / Raposeira Meio Seco 5.25 JA, MC
Beiras Branco
2007
Raposeira
Branco 5.50 JA, MC
Clássico
2006
Raposeira
Tinto 5.50 JA, MC
Bruto
2007
Rosé Quinta do Cunha
Dão Cerrado Martins 2.99 MC, JA
2008
CARM CARM
Douro 2008 3.50 JA, GN

(1) PDFN – Pingo Doce/Feira Nova; MC – Modelo/Continente; JA – Jumbo/Auchan; GN –


Garrafeira Nacional

Agosto 13, 2009

GASTRONOMIA E VINHOS DO DÃO


Posted by Jorge Cipriano under Dão | Tags: Gastronomia |
[2] Comments

PRATOS APRESENTADOS

SOPA: Creme de Camarão com Ovos Escalfados, Sopa de Matação e Sopa da Beira

CARNE: Torresmos da Beira, Cabrito Grelhado na Brasa e Cabrito Estonado da Beira

PEIXE: Arroz de Polvo à Pico, Bacalhau Serrano e Bifes de Atum à Moda do Açores

DOCES E SOBREMESAS: Bananas à Moda dos Açores e Pudim de Café

Creme de Camarão com Ovos Escalfados


FONTE: Felicia Sampaio; Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 800 g de camarão
* 3 tomates médios
* 1 cebola grande
* 1 dl de vinho branco seco
* sal q.b.
* 8 grãos de pimenta preta
* pimenta branca moída na altura q.b.
* 4 colheres de sopa de manteiga
* 2 colheres de sopa de farinha de trigo
* quadradinhos de pão frito q.b.
* 1 ovo escalfado por pessoa
* 1 colher de sopa de coentros frescos picados

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Confecção:

Coza o camarão em 1 litro e 1/2 de água temperada com muito pouco sal e os grãos de pimenta.
Passados 4 minutos de fervura apague o lume.
À parte, faça um refogado com a cebola picada, o alho picado, o tomate pelado e moído em 2 colheres
colheres de sopa de manteiga.
Quando a cebola ficar translúcida, junte a farinha, misture e refogue.
Vá acrescentando metade do caldo de cozer o camarão, previamente coado.
Deixe apurar em lume brando mexendo.
Descasque os camarões.
Pise as cabeças num almofariz, junte o vinho branco e o restante caldo.
Deite este preparado numa caçarola, tempere com sal (se necessário) e pimenta branca moída na
altura e leve ao lume.
Deixe apurar.
Junte o creme que preparou e passe por um passador e aqueça.
Fora do lume, junte os camarões e a restante manteiga.
Sirva com ovos escalfados 1 por pessoa.
Polvilhe com coentros picados.
Acompanhe com quadradinhos de pão frito.

Vinho recomendado: Duque de Viseu Branco 2008

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Sopa de Matação

Alcains
Fonte: Cozinha Tradicional Portuguesa da Editorial Verbo

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 350 g de feijão encarnado


* 1 folha de louro
* 1 colher de sopa de vinagre ou de vinho branco
* 1 cebola
* 1 dl de azeite
* cominhos em pó
* 300 g de pão caseiro
* 4 ovos
* sal

Confecção:

Demolha-se o feijão e coze-se em 3 litros de água.


Depois de cozido, escorre-se deixando alguns grãos na água e reserva-se separadamente o feijão e a
água de o cozer.
Faz-se um refogado bem puxado, com a cebola picada e o azeite.
Leva-se a água de cozer o feijão ao lume e junta-se-lhe o refogado, o louro, o vinagre e os cominhos.
O caldo deve ficar a saber fortemente a cominhos.
Deixa-se ferver para apurar.
Entretanto, corta-se o pão em fatias.
Colocam-se em camadas numa terrina, sendo cada camada regada com um pouco de caldo em
quantidade que molhe apenas o pão.
Batem-se os ovos com sal e deitam-se sobre as sopas.
Tapa-se a terrina e deixa-se ficar assim durante algum tempo para penetrar no pão.
Um pouco antes de servir a sopa, rega-se com mais caldo do feijão a ferver, de modo a cozer os ovos.

*Variante: Molham-se as sopas mais abundantemente com o caldo e regam-se os ovos com o
refogado de cebola, azeite, louro, vinagre ou com refogado temperado com louro e vinagre.

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Acompanha-se com couve cozida, chouriço cozido e toucinho fresco, também cozido.

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Sopa da Beira

Ingredientes:
Para 4 pessoas

* 6 folhas de couve franzida (galega da região) ;


* 1 molho de nabiças ;
* 1 fatia de presunto ou um osso de presunto com carne agarrada ;
* 2 colheres de sopa de azeite ;
* 125 g de farinha de milho ;
* sal ;
* pimenta

Confecção:

Cortam-se as couves e as nabiças à mão.


Coze-se o presunto ou o osso em água suficiente para a sopa (cerca de 2 litros). Quando o presunto
estiver cozido, retiram-se os ossos, esfia-se a carne e juntam-se as hortaliças e o azeite.
À parte desfaz-se a farinha de milho num pouco de água fria, que se junta ao caldo quando as
hortaliças estiverem quase cozidas.
Deixa-se a farinha cozer e engrossar e rectifica-se o sal.

Querendo, pode juntar-se um pouco de pimenta.

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Torresmos da Beira

Ingredientes:
Para 6 pessoas

* 1,5 kg de soventre (carne entremeada da barriga do porco)


* 1 kg de entrecosto
* 2,5 dl de vinho branco
* sal
* pimenta
* colorau
* 2 folhas de louro
* 1,200 kg de batatas

Confecção:

Corta-se a carne e o entrecosto em pedaços grandes e regulares, devendo ter todos febra e gordura.
Tempera-se com sal, pimenta, colorau e o louro partido em pedaços. Rega-se com 1,5 dl de vinho
branco e deixa-se ficar assim de um dia para o outro.
No dia seguinte escorre-se, leva-se a carne ao lume e deixa-se fritar até alourar bem. Junta-se o
restante vinho branco e, se for necessário, um pouco de banha e a marinada.
Lavam-se as batatas, cortam-se ao meio no sentido longitudinal e cozem-se com a pele. Escorrem-se,
pelam-se e cortam-se em fatias grossas.

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Dispõem-se as batatas numa travessa e deitam-se os torresmos por cima.


Servem-se muito quentes, regados com a gordura de os fritar.

Vinho recomendado: Quinta de Saes Tinto 2007

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Cabrito Grelhado na Brasa

Ingredientes:
Para4 a 6 pessoas

* 2 pernas de cabrito ou 1 traseiro completo


* 1,5 dl de azeite
* 0,5 dl de vinagre
* 1 ramo de salsa
* sal
* pimenta

Confecção:

Lava-se o cabrito, dá-se-lhe uns golpes e põe-se de molho em água e sal durante 2 horas.
Numa tigela mistura-se o azeite com o vinagre e tempera-se com sal e pimenta.
Ata-se a salsa em ramo e mergulha-se a parte das folhas no molho, para borrifar o cabrito.
Enxuga-se o cabrito e unta-se com o molho preparado.
Coloca-se depois sobre as brasas de vides e vai-se virando e borrifando com o molho à medida que for
alourando.
Para servir, corta-se o cabrito em bocados, rega-se com o molho que resta e acompanha com batatas
fritas ou arroz de manteiga.

Vinho recomendado: Grão Vasco Tinto 2007

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Cabrito Estonado da Beira

Fonte: João Pereira – Chefe de Cozinha

Ingredientes:

* Um cabrito pequeno ;
* 15 dentes de alho ;
* 1 colher (sopa) de pimenta ;

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* 1 colher (sopa) colorau ;


* 5 colheres (sopa) de banha ;
* 3 dl de vinho branco ;
* Sal.

Confecção:

Limpe bem o cabrito.


Faça uma pasta de tempero com a banha, o colorau, os dentes de alho picados, a pimenta e o sal.
Barre o cabrito por dentro e por fora com a pasta de tempero.
Leve ao forno em assadeira de barro, se possível coloque a carne sobre uma grade feita com paus de
loureiro (usados nas espetadas).
Enquanto assar vá regando com o vinho.
Sirva acompanhado de batatas assadas e esparregado.

Vinho recomendado: Quinta dos Carvalhais Tinto 2006

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Arroz de Polvo à Pico

Fonte: As Receitas Escolhidas da Editorial Verbo

Ingredientes:

* 1 polvo pequeno (cerca de 700 g)


* 2 cebolas
* 2 dentes de alho
* 1 colher de sopa de salsa picada
* 1 dl de azeite
* 2 dl de vinho tinto
* sal
* pimenta
* 1 chávena almoçadeira de arroz

Confecção:

Prepare o polvo e corte-o em bocados.


Num tacho com o fundo espesso deite o polvo, as cebolas, os dentes de alho e a salsa, tudo picado
finamente.
Regue com o azeite e leve a lume brando, durante cerca de 1 hora (ou 30 minutos na panela de
pressão).
Junte o vinho tinto e deixe cozer durante mais 10 minutos.

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Meça o líquido obtido e acrescente água necessária para obter o dobro do volume do arroz.
Tempere com sal e pimenta e deixe levantar fervura.
Junte o arroz, lavado, deixe cozer 15 minutos (2 minutos na panela de pressão), e abafe no forno ou
embrulhe o tacho em jornais durante pelo menos mais 5 minutos.

*Se utilizar um bocado de polvo grande, convém batê-lo com um utensílio de madeira para o amaciar.

Vinho recomendado: Quinta de Saes Reserva Branco 2007

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Bacalhau Serrano

Fonte: Felicia Sampaio


Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal

Ingredientes:

* 4 postas de bacalhau demolhado


* 1/2 pimento vermelho cortado em cubos pequenos
* 100 grs. de presunto cortado em cubos pequenos
* 1,5 dl de azeite
* 7 ovos
* 2 cenouras
* 700 grs. de batatas
* 2 cebolas médias
* sal q.b.
* pimenta branca moída na altura q.b.
* 2 colheres de sopa de salsa picada
* 1 pimento morrone

Confecção:

Descasque as cenouras e as batatas, corte-as em palha, e, frite ambas em óleo quente, não deixando
ficar demasiadas fritas.
Corte as cebolas em meias-luas finas e refogue-as em azeite, juntamente com o presunto e o pimento.
Junte depois o bacalhau desfiado e deixe refogar muito bem.
Junte as batatas e cenouras, envolva bem e por fim, incorpore os ovos batidos com a salsa.
Deixe cozinhar um pouco para que os ovos fiquem cremosos.
rectifique os temperos.
Sirva decorado com pimento morrone cortado em tiras.

Vinho recomendado: Quinta do Cerrado Encruzado Branco 2007

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Bifes de Atum à Moda do Açores

Fonte: Felicia Sampaio; Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal

Ingredientes:

* 700 gr de atum bem fresco ;


* 1 colher (sopa) de vinagre ;
* 1 folha de louro ;
* 1 ramo de salsa ;
* Pimenta ;
* Piripiri ;
* 5 dentes de alho ;
* 1 colher (chá) de farinha torrada ;
* 2 dl de vinho branco ;
* Azeite.

Confecção:

Depois de cortar o atum em bifes finos, coloque-os num recipiente com os dentes de alho picados,
louro, salsa, vinho branco, vinagre, pimenta e piripiri.
Deixa-se a marinar durante cerca de três horas.
A seguir tiram-se os bifes, secam-se num pano e fritam-se em azeite.
Depois de fritos, adiciona-se a marinada e a farinha desfeita em pouca água e deixa-se ferver para
apurar.
Servir com salada de pêra-abacate, bem temperada com azeite e vinagre.

Vinho recomendado: Quinta de Grilos Branco 2008

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Bananas à Moda dos Açores


Fonte: Lúcia Franco – Açores

Ingredientes:

* 8 bananas
* 2 colheres de sopa de manteiga
* 1 colher de sopa de farinha de trigo
* 8 colheres de sopa de açúcar
* 1 copo de leite
* 2 ovos
* 1 cálice de aguardente

Confecção:

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Coloque num pirex untado de manteiga, as bananas partidas no sentido do comprimento.


Bata as gemas com 4 colheres de sopa de açúcar, acrescente o leite, juntamente com a farinha
dissolvida num pouco de agua e leve ao lume, mexendo sempre ate engrossar.
Depois retire e junte a aguardente.
Derrame este creme sobre as bananas.
Bata as claras em castelo firme, e acrescente as outras 4 colheres de sopa de açúcar, sempre a bater.
Derrame as claras sobre as gemas, e leve ao forno médio ate alourar.

Vinho recomendado: Quinta de Cabriz Espumante Branco Meio Seco 2007

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Pudim de Café

Ingredientes:

* 250 g de açucar
* 3 copinhos e 1/2 de leite
* 3 copinhos e 1/2 de café concentrado
* 8 gemas de ovos
* 15 g de maizena
* 20 g de manteiga

Confecção:

Leve ao lume um tacho com o café e o açucar, deixe ferver ligeiramente e retire do lume deixando
esfriar.
Bata as gemas de ovos, dissolva a maizena no leite e junte às gemas, mexendo bem.
Unte uma forma redonda com manteiga e deite a preparação.
Leve ao forno cozinhando até que o pudim esteja coagulado.
Após a cozedura retire do forno, deixe arrefecer, desenforme e sirva.

Vinho recomendado: Casa de Santar Colheita Tardia Branco 2006

Agosto 13, 2009

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CIDADE DE SEIA – NAS FALDAS DA SERRA DA ESTRELA


Posted by Jorge Cipriano under Dão | Tags: Dão |
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Seia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, Região Centro e subregião da Serra
da Estrela, com cerca de 5 702 habitantes. É a maior cidade da subregião da Serra da Estrela e
segunda maior cidade do Distrito da Guarda, pertence à grande área metropolitana de Viseu e fica
sensivelmente equidistante entre as cidades da Guarda e Viseu. É neste concelho que se situa o
ponto mais elevado de Portugal Continental e o segundo ponto mais alto de todo o país, apenas atrás
da Montanha do Pico, nos Açores.

É sede de um município com 435,92 km² de área e 28 145 habitantes (2001), subdividido em 29
freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Nelas e Mangualde, a nordeste por
Gouveia, a leste por Manteigas, a sueste pela Covilhã, a sudoeste por Arganil e a oeste por Oliveira do
Hospital. Neste município está localizado o ponto mais alto de Portugal continental, a Torre, na Serra
da Estrela, com 1.993 metros de altitude. O concelho de Seia abrange uma grande parte da Serra da
Estrela e é também o único de Portugal onde existe uma estância de esqui natural, a Estância de
Esqui Vodafone, localizada dentro dos limites da freguesia de Loriga.

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Dista 98 Km de Coimbra, 67 Km da Guarda e 45 Km de Viseu. É servida principalmente pela Nacional


17 e Nacional 231, que permitem uma ligação à A25, A24 e IP3.

O clima do concelho é temperado, com temperaturas moderadas no Verão e frio no Inverno, com
temperaturas muito baixas e ocorrências de neve, por vezes abundantes, nas partes mais elevadas da
Serra da Estrela. Quanto ao regime de precipitações, há uma pequena estação seca, que compreende
os meses de Verão de Julho e Agosto.

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História

Oppidum Sena, antiga cidade de Sena, hoje Seia, foi fundada há cerca de 2400 anos, pelos Túrdulos.
O rei godo Wamba, que iniciou o seu reinado em 672, fixou os limites da diocese de Egitânia até aos
domínios da então cidade de Sena.

A cidade de Sena, que durante muito tempo foi dominada pelos Árabes, foi definitivamente
reconquistada por D. Fernando Magno, em 1055, tendo mandado edificar o seu castelo. A crónica do
monge Silas relata a violência do ataque e como os Godos puseram em fuga desordenada os
ocupantes da Oppidum Sena (cidade de Sena) em direcção à Oppidum Visense (cidade de Viseu).

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Salientando a importância de Seia, já D. Teresa, no foral de Talavares, se referia à então cidade nos
seguintes termos: “D. Tarasia regnante in Portucale, Colimbria, Viseu et Sena [...]“. (Trad.: D. Teresa,
que reina em Portugal, Coimbra, Viseu e Seia (…))

Em 1132, o rei D. Afonso Henriques fez doação de Seia ao seu valido João Viegas por reconhecimento
dos serviços prestados. Em 1136, Seia tem o seu primeiro foral, dado pelo mesmo monarca, que a
designa por Civitatem Senam (cidade de Seia). Outros forais se seguiram como o de D. Afonso II, em
Dezembro de 1217, o de D. Duarte, em Dezembro de 1433, o de D. Afonso V, em Agosto de 1479, e,
finalmente, o de D. Manuel I, em 1 de Junho de 1510.

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Em 1571, no reinado de D. Sebastião, foi fundada a Misericórdia de Seia.

Nos momentos decisivos da História de Portugal, Seia esteve sempre presente. Na Revolução de 1640,
Seia tomou parte activa, tendo os seus habitantes mandado forjar a espada que D. Mariana de
Lencastre, viúva de D. Luís da Silva, 2°- alcaide-mor de Seia, entregou aos seus filhos na vigília de
sexta-feira para Sábado, 12 de Dezembro.

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Foi em Seia que se realizou o último comício republicano antes da implantação da República em 1910.
Este comício teve lugar no dia 25 de Setembro e foi presidido por Afonso Costa.

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O Castelo de Seia

Sentinela na vertente Oeste da serra da Estrela, actualmente desaparecido, erguia-se no local onde é
actualmente a Igreja de Santa Maria. Permanece vivo, entretanto, no brasão de armas da cidade, onde
duas torres, uma de maiores dimensões, arrematada por outra menor, representam a importância
histórico-militar do castelo

Antecedentes

A primitiva ocupação humana do local da actual Seia remonta à época pré-romana, quando da
fundação de uma povoação pelos Túrdulos, por volta do século IV a.C., denominada como Senna.
Posteriormente fortificada pelos romanos, passou a se designar como Oppidum Senna. Foi
posteriormente ocupada por Visigodos e por Muçulmanos, este últimos a partir do século VIII.

O castelo medieval

À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a povoação foi definitivamente conquistada aos

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mouros por Fernando Magno (1055), que determinou edificar (ou reedificar) a sua fortificação.

À época da formação da nacionalidade portuguesa, Bermudo Peres, cunhado de D. Teresa, iniciou


uma revolta no Castelo de Seia. Não teve sucesso, uma vez que o infante D. Afonso Henriques
(1112-1185), tendo disto tido conhecimento, foi ao encontro dele com as suas forças e expulsou-o do
castelo (1131) (Crónica dos Godos, Era de 1169). D. Afonso Henriques, no ano seguinte, fez a doação
dos domínios de Seia e seu castelo ao seu valido João Viegas em reconhecimento por serviços
prestados (1132). Poucos anos mais tarde, o soberano passou o primeiro foral à povoação em 1136,
designando-a por Civitatem Senam.

Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), recebeu do soberano o Foral Novo (1510). Posteriormente,
na segunda metade do século XVI, foi Alcaide-mor do Castelo de Seia o fidalgo Diogo de Barbuda.

A partir de então não são identificadas referências adicionais a este castelo, anterior à nacionalidade.

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FONTE: C.M. SEIA e Wikipedia

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