Apostila Edgar Abreu Cpa 10 Janeiro 2021
Apostila Edgar Abreu Cpa 10 Janeiro 2021
Apostila Edgar Abreu Cpa 10 Janeiro 2021
w w w. c u r s o s e d g a r a b r e u . c o m . b r
SOBRE O PROFESSOR EDGAR ABREU
w w w. c u r s o s e d ga ra b r e u . c o m . b r
@abreu.edgar
@ p ro f. e d ga ra b re u
edgar-abreu
edgarabreu.oficial
SOBRE O MATERIAL
Pontos Negativos: Pensando no trabalho do dia a dia, o conteúdo não agrega muito.
Além disso, às vezes pode ser confuso separar as competências do BACEN com as do
CMN, por exemplo.
Em algum momento de sua vida você já solicitou ou tomou dinheiro emprestado de um amigo
ou parente? Caso tenha participado de uma operação financeira bilateral, espero que tenha tido
sucesso quanto aos compromissos assumidos. Em geral, não é o que acontece.
Se operações financeiras com pessoas conhecidas já são complexas, imagine fazer um negócio
financeiro com quem você nunca viu. Quais são as garantias? E os riscos assumidos? Em um
cenário no qual as transações no mercado financeiro ocorressem de forma direta entre agentes
superavitários e deficitários1, quantos negócios teríamos? Como as pessoas e as empresas se
capitalizariam? Certamente a liquidez seria mínima.
Por esse motivo se faz necessária a criação de um Sistema Financeiro, ou seja, um conjunto de
órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações necessárias à circulação da moeda e
do crédito na Economia. O Sistema Financeiro tem o importante papel de fazer a intermediação
de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de recursos, tendo como
resultado um crescimento da atividade produtiva. Sua estabilidade é fundamental para a própria
segurança das relações entre os agentes econômicos.
1 Superavitário: quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: quem tem déficit financeiro
e busca recursos junto ao mercado.
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#DICA DO PROFESSOR
No edital de certificação CEA, somente os órgãos pintados de vermelho são cobrados. Já os
supervisores podem ser todos abordados em sua prova.
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MÓDULO 01
Composição CMN
1. Ministro da Economia (presidente)
2. Presidente do Banco Central do Brasil
3. Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia
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CPA-10
Políticas econômicas:
• Conselho Monetário Nacional (CMN): responsável por coordenar.
• Banco Central do Brasil (BCB): responsável por executar, acompanhar e controlar.
• Organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Consórcio.
Políticas econômicas:
• Conselho Monetário Nacional (CMN): responsável por coordenar.
• Banco Central do Brasil (BCB): responsável por executar, acompanhar e controlar.
2 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para
executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.
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MÓDULO 01
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CPA-10
O que é?
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. É,
portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas,
Ação todos os direitos e deveres de um sócio no limite das ações possuídas. O acionista
torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse investimento,
uma vez que não se trata de um empréstimo.
Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por Socie-
dades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui contra a
Debêntures
empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada debênture
é uma fração da dívida de quem a emitiu.
Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anônimas.
Notas A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de capital
Promissórias de giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor diretamente para
a empresa.
É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço de
Cotas de Fundos gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos para ter
de Investimentos vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A cota repre-
senta a participação de cada um dos cotistas desse fundo.
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MÓDULO 01
#DICA DO PROFESSOR
Sempre que falar em moeda, falar em políticas econômicas (política fiscal, política de renda, po-
lítica monetária, política cambial), falar em políticas monetárias, falar em câmbio, mercado de
câmbio, está falando no Banco Central e, consequentemente, no CMN.
Apesar da CVM estar abaixo do CMN, no mercado de Capitais (valores mobiliários), quem “man-
da” é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto o CMN manda em todo o resto: nos
mercados de moeda, crédito e câmbio.
Você precisa cuidar do verbo. Lembra do verbo? Os verbos indicam as funções do CMN.
• Conselho = Conselho
• Manda = Monetário
• Neles = Nacional
Porque, no CMN, os verbos que vão aparecer na tua prova são verbos de chefe... Assim, ó:
• Disciplinar
• Regulamentar
• Fixar diretrizes
• Orientar São verbos de quem manda (dono da loja)!
• Zelar
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CPA-10
Nada de execução, execução, no CMN! Quem executa é o Bacen! Aí, nesse caso, seria:
• Fiscalizar
• Regular
• Controlar
• Emitir São verbos de quem executa (gerente da loja)...
Então quem é que vai regulamentar o mercado de moedas (monetário), por exemplo? É o CMN.
Então tome cuidado! Essa é a dica para a tua prova das questões envolvendo os verbos. Como
eu disse, não decore as mais de 40 competências que a gente tem do CMN. Entenda o conceito.
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MÓDULO 01
ANBIMA
ANBIMA é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. É uma
associação de instituições como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras.
Reúne diversas empresas diferentes entre si com o objetivo de reproduzir, dentro de casa, a
pluralidade dos mercados. Nasceu em 2009, a partir da união de duas entidades (ANIDMA + ANBID),
mas representa os mercados há quatro décadas.
Seu modelo de atuação é organizado em torno de quatro compromissos: representar, autorregular,
informar e educar.
Atividades desenvolvidas:
Frentes de Atuação
A ANBIMA é a principal provedora de informações sobre os segmentos de mer-
cado que representamos. A construção de uma base de dados consistente é parte
do seu esforço para dar mais transparência e segurança aos mercados e, conse-
Informação quentemente, fomentar negócios.
Responsável por divulgar desde referências de preços e índices que refletem o
comportamento de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no
acompanhamento dos temas de interesse dos associados.
São duas maneiras de representação da ANBIMA:
1. Promover o diálogo para construir propostas de aprimoramento do merca-
Representação do, que são apresentadas e discutidas com o governo e com outras entida-
des do setor privado;
2. Propor boas práticas de negócios, que os associados seguem de forma vo-
luntária.
Sua autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado
e em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Autorregulação Práticas, que são de adesão voluntária.
O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela nossa equipe técnica,
que supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo.
As ações da ANBIMA em educação se dividem em três vertentes:
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ATENÇÃO!
Para abordar todos os capítulos que o edital exige sobre esses códigos, seriam necessárias mais
de 80 páginas. Isso para um assunto que deverá abranger pouquíssimas questões na sua prova.
Por esse motivo, e por serem, na maioria, questões óbvias e respondidas apenas com o bom
senso, optei em escrever um breve resumo sobre os pontos que considero mais importantes para
a prova.
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MÓDULO 01
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CPA-10
BANCOS MÚLTIPLOS
Criados com o objetivo de racionalizar a administração, os bancos múltiplos funcionam como uma
espécie de holding4 de instituições financeiras, porém, não é qualquer tipo de instituição financeira
que pode fazer parte de um banco múltiplo. Segundo a resolução CMN nº 2.099, as carteiras que
podem compor essas instituições são as de:
As operações realizadas por banco múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e
regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. Logo, para
entender melhor o que cada carteira faz, basta consultar cada uma das instituições financeiras a
seguir. Sendo assim, as suas operações passivas, ativas e acessórias dependem de quais são as
carteiras que o constituem.
Para constituir um banco múltiplo será necessário ser composto por, no mínimo, duas das carteiras
listadas, sendo que uma delas deverá ser, obrigatoriamente, a carteira de banco comercial ou a de
banco de investimento.
BANCOS COMERCIAIS
Bancos comerciais são as principais instituições financeiras do mercado. Somente banco comercial,
cooperativas de crédito e Caixa Econômica Federal podem captar depósito à vista.
Tome cuidado! Nem todo banco múltiplo pode captar depósito à vista. Depende se ele possui ou
não a carteira comercial. Como vimos anteriormente, é possível constituir um banco múltiplo sem
ter a carteira comercial e, sim, com a carteira de investimento.
Bancos comerciais também atuam em operações de câmbio e suas principais operações passivas
são empréstimos e financiamentos de médio e curto prazo.
4 Holding é um tipo de empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas, geralmente denominadas
subsidiárias, centralizando o controle sobre elas. De modo geral, a holding não produz bens e serviços, destinando-se
apenas ao controle de suas subsidiárias.
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MÓDULO 01
Na prática não se conhece muitos bancos comerciais, pois a maioria acaba juntando mais de uma
carteira, montando um banco múltiplo, aproveitando para oferecer mais produtos aos seus clientes
e também a redução de custos operacionais.
BANCOS DE INVESTIMENTO
São instituições financeiras privadas, com foco em investimentos. Podem administrar fundos de
investimento, intermediar operações de câmbio, mas são destaque mesmo atuando como agentes
underwriters.
Agentes Underwriters são instituições financeiras que auxiliam empresas a colocarem valores
mobiliários no mercado de capitais, como emissão de ações, debêntures etc.
Nenhuma empresa abre seu capital sem o intermédio de um Banco de Investimento ou de um
Banco Múltiplo, desde que esse último possua a carteira de investimento.
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MÓDULO 01
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QUESTÕ ES
1. (11.079) Operação que geralmente ocorre fora da bolsa de valores e por telefone:
a) Mercado de Balcão Organizado.
b) Mercado de Capitais.
c) Mercado de Balcão não Organizado.
d) Mercado de Capitais não organizado.
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CPA-10
8. (11.092) Como são chamados os órgãos normativos, responsáveis por controlar, regular e fiscalizar
o Sistema Financeiro Nacional e suas Instituições:
a) Comissão consultiva do Tesouro Nacional.
b) Comissão administrativa do Ministério da Economia.
c) Autoridade Monetária.
d) Autoridade Máxima.
9. (11.087) Qual o principal órgão executor das diretrizes do CMN (Conselho Monetário Nacional) e
supervisor das instituições financeiras?
a) SUSEP
b) PREVIC
c) CVM
d) BACEN
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MÓDULO 01
15. (15.096) Órgão que cliente pode obter mais informações sobre seu plano Vida Gerador de Benefí-
cio Livre - VGBL, além da própria seguradora:
a) CVM
b) BACEN
c) PREVIC
d) SUSEP
17. (15.099) Aviso que deve acompanhar a rentabilidade informada dos ativos, conforme o Código An-
bima de Distribuição de Produtos no Varejo:
a) A rentabilidade passada é garantia de rentabilidade futura.
b) A rentabilidade apresentada não é líquida de impostos.
c) A rentabilidade esperada é sempre superior a rentabilidade passada.
d) A rentabilidade é livre de qualquer risco.
18. (15.101) De acordo com o Código Anbima de Distribuição de Produtos, são produtos de investimentos:
a) Títulos Públicos Federais e Plano VGBL.
b) Ações e Derivativos.
c) VGBL e PGBL.
d) CDBs e Plano VGBL.
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19. (15.103) O código Anbima informa que é necessário definir a situação financeira do cliente, para
adequar os produtos de investimentos ao perfil do mesmo.
Para isso, dentre outras informações, faz-se necessário considerar:
a) Valor das receitas regulares e necessidade futura de recursos.
b) Valor dos ativos que o investidor vendeu nos últimos 5 anos.
c) Valor das receitas não regulares apenas.
d) Valor que será recebido de herança futura.
ATENÇÃO!
Para mais questões e vídeos comentados das respostas acesse o site:
https://cursosedgarabreu.com.br/cursos/cpa-10
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GABARITO
1. C 2. D 3. A 4. C 5. C 6. D 7. C 8. C 9. D 10. D 11. A 12. C 13. D 14. C 15. D 16. B 17. B 18. B 19. A
20. C
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MÓDULO 02
Pontos positivos: este é um módulo que tem um peso bastante relevante. As ques-
tões cobram, de modo geral, entendimentos, mas são resolvidas, na maioria das
vezes, por meio de raciocínio lógico e bom senso.
Pontos negativos: a cobrança do código de autorregulação de distribuição de pro-
dutos é um ponto negativo por ser redundante, dado que o assunto é abordado
também no módulo 1.
ATENÇÃO!
Para abordar todos os capítulos que o edital exige sobre esse código, seriam necessárias mais
de 30 páginas tratando de um assunto que, na sua prova, deverá constar em no máximo duas
questões, as quais, de modo geral, são questões óbvias de bom senso. Por esse motivo, optei em
escrever um breve resumo sobre os pontos que considero mais importantes para a prova.
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MÓDULO 02
#DICA DO ED
IMPORTANTE!
Sobre a legislação de lavagem de dinheiro.
Na prática, todas as alterações demoram além dos seis meses legais, pois precisam de mais algum
tempo extra, necessário para a atualização do banco de dados da ANBIMA.
Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma recursos obtidos por meio
de atividades ilegais em ativos cuja origem é aparentemente legal. Para disfarçar os lucros ilícitos
sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâ-
mico que requer (i) o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta
deles ao crime; (ii) o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses
recursos; e (iii) a disponibilização do dinheiro novamente aos criminosos depois de ter sido suficien-
temente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.
Há mais de 20 anos, percebeu-se a necessidade da adoção de um esforço internacional conjunto
para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo não somente os governos dos diversos países,
mas também o setor privado, especialmente o sistema financeiro.
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CPA-10
PENA
Reclusão de três a dez anos e multa.
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
I – os converte em ativos lícitos;
II – os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movi-
menta ou transfere;
III – importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da opera-
ção;
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
IMPORTANTE!
A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, poden-
do o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor
ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou
valores objeto do crime. A pena será aumentada de um a dois terços se os crimes definidos na lei
forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
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MÓDULO 02
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CPA-10
Alguns exemplos:
FASE Exemplo
1. Comprar uma propriedade rural com o dinheiro do crime.
Colocação 2. Ir em uma casa de câmbio e fazer remessa de recursos ilícitos para uma conta no
exterior.
Ocultação 1. Enviar recursos provenientes de crimes para paraísos fiscais.
(estratificação) 2. Fazer câmbio de notas oriundas de um crime por moeda de outro país.
1. Comprar hotéis, restaurantes, negócios, com dinheiro oriundo de contas no
exterior sem procedência.
Integração
2. Compra de bens com doações originárias de contas “fantasmas”, empresas de
“fachada” etc.
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MÓDULO 02
COMUNICAÇÃO AO COAF
As Instituições Financeiras devem comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF), na forma determinada pelo Banco Central do Brasil,
1. emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, depósito em espécie, saque
em espécie ou saque em espécie por meio de cartão pré-pago em montante acumulado igual
ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) ou o equivalente em moeda estrangeira, no
mês calendário (sempre em espécie);
2. depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou
pedido de provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação
da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de
bens, direitos e valores;
3. emissão de cheque administrativo, TED ou qualquer outro instrumento de transferência de
fundos contra pagamento em espécie de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais).
Prazo: as comunicações das ocorrências mencionadas no caput devem ser realizadas até o dia útil
seguinte àquele em que foram verificadas.
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CPA-10
#DICA DO PROFESSOR
Você se lembra da Operação Unfair Play da Lava Jato? Ok, vou perdoar se você não se lembrar,
são tantas, né? Essa operação investigou e puniu gestores brasileiros envolvidos em esquema de
lavagem de dinheiro junto ao COI – Comitê Olímpico Internacional.
Por falar em COI, sabe quais são as três fases de lavagem de dinheiro? Cite na ordem em que
elas acontecem:
• Colocação
• Ocultação
• Integração
Agora não tem como esquecer na hora da prova, combinado?
A venda casada, como o próprio nome mostra, ocorre quando dois produtos ou serviços são vendi-
dos como se fossem um pacote, ou, em outras palavras, como se a venda de um esteja subordina-
da à venda do outro.
Exemplo: um cliente vai até um banco precisando de um empréstimo, mas o gerente do banco so-
mente libera o valor se o cliente contratar um seguro junto a esse empréstimo.
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MÓDULO 02
IMPORTANTE!
A verificação do perfil do investidor não se aplica à pessoa jurídica considerada investidor quali-
ficado.
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QUESTÕ ES
1. (15.100) De acordo com a lei de combate à Lavagem de Dinheiro, está correto o que se afirma:
a) O princípio da Barreira de Informação é uma das formas de evitar a lavagem de dinheiro.
b) A pena para quem ocultar ou dissimular a utilização de bens é inferior à de quem converte os
recursos em ativos lícitos.
c) A pena é igual para quem ocultar ou dissimular a utilização de bens ou quem os converter em
ativos lícitos.
d) Manter os dados atualizados e realizar o procedimento de KYC não auxiliar na prevenção de
lavagem de dinheiro.
2. (11.147) Uma instituição financeira quando percebe a ocorrência de uma transação com o valor
incompatível com a renda declarada deve:
a) Encerrar a transação imediatamente e estornar os valores.
b) Informar que a transação tem que ser feita em partes para não infringir a lei.
c) Informar a polícia.
d) Tratar a transação como suspeita de lavagem de dinheiro.
3. (15.102) Ao ser definido o objetivo de investimento do investidor, de acordo com o código da Anbi-
ma, deve-se considerar:
I – Prazo de investimento.
II – Finalidade do investimento.
III – Preferência em assumir riscos.
IV – Idade dos pais do investidor.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas
b) I, II, III, IV
c) I, II, IV apenas
d) I, II, III apenas
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CPA-10
ATENÇÃO!
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GABARITO
1. C 2. D 3. D 4. B 5. B
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MÓDULO 03
Pontos positivos: não há contas e não precisa de calculadora. São apenas conceitos.
Pontos negativos: é tão fácil e importante para o seu entendimento de mercado, economia
e orientação ao cliente que o fato de cair pouco na prova – apenas cinco questões – acaba
sendo um ponto negativo.
INDICADORES ECONÔMICOS
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CPA-10
O cálculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sempre o valor dos insu-
mos, ou seja, imaginamos que uma indústria tem um custo de matéria-prima de R$ 1.000,00 (mil
reais) para produzir determinado produto e o vende a R$ 1800,00 (mil e oitocentos reais). Assim,
concluímos que essa indústria contribui com R$ 800,00 (oitocentos reais) para o PIB de cada produ-
to vendido (R$ 1.800,00 – R$ 1.000,00).
#DICA DO PROFESSOR
Montei uma frase para que você não se esqueça da nossa soma! :D
Capital Inicial Ganha MAIS do que o NX Zero.
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MÓDULO 03
AS TRÊS SELIC
Existem no mercado três conceitos distintos para o termo SELIC, vamos a eles:
1. Taxa Selic Meta: esse é o mais famoso de todos, é a taxa de juros determinada em reuniões pe-
riódicas (no mínimo 8 vezes ao ano) pelo COPOM (Comitê de Política Monetária – diretores do
BACEN). Essa taxa serve como referência para todas as taxas do mercado e é determinada em
função da meta de inflação que o COPOM possui, dada pelo CMN (Conselho Monetário Nacio-
nal).
2. Taxa Selic Over: sabemos que os bancos diariamente fazem empréstimos entre si (forma de
operações compromissadas) e que nessas operações, em geral, são dados títulos como garan-
tias. As taxas entre eles são livremente pactuadas, mas têm como referência a taxa Selic Meta.
Ao final de todos os dias uteis, o Banco Central calcula a taxa média praticada nessas operações
de empréstimo interbancários. Essa taxa média é chamada de Selic Over.
3. Sistema de Liquidação Selic: já o Sistema Especial de Liquidação e Custódia é uma clearing
house administrada pelo BACEN em conjunto com a ANBIMA, responsável pela liquidação e
custódia de todos os títulos públicos federais, tais como LFT, LTL e NTN’s.
Comentário: a Selic Over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média
das taxas de negociação dos TPF, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo COPOM, por meio de
reuniões ordinárias ou extraordinárias.
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CPA-10
TR (TAXA REFERENCIAL)
A TR é calculada a partir da Taxa Básica Financeira (TBF) deduzida de um redutor (R), da seguinte
forma:
A TBF de um mês é uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos ime-
diatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da aplicação, ao valor
resultante, de um fator multiplicativo fixado em 0,93 (noventa e três centésimos).
A TR é utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas de
poupança e do FGTS. É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.
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MÓDULO 03
Devido à queda da taxa de juros Selic Meta, ao calcular a TR, obtém-se taxa de juros negativa, pois o
redutor atual (estipulado pelo BACEN) é superior à TBF.
COPOM
Em junho de 1999, o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definidas pelo CMN). Índice
utilizado na meta: IPCA. O COPOM é composto pela diretoria colegiada do BACEN.
É o COPOM quem define a taxa de juros Selic Meta, o que se realiza em uma reunião em dois dias:
O calendário de reuniões (as quais ocorrem 8 vezes ao ano) é divulgado em até o fim de outubro,
podendo o COPOM reunir-se também extraordinariamente, desde que convocado pelo presidente
do Banco Central. A divulgação da ata de reunião se dá em seis dias úteis em português e sete dias
em inglês.
Caso a inflação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo CMN (somado o intervalo de
tolerância), o presidente do Banco Central deve explicar os motivos do não cumprimento da meta
por meio de uma Carta Aberta ao Ministro da Economia.
→ Não confunda!
• Determinar a Meta da taxa de Juros: COPOM.
• Determinar a Meta de inflação: CMN.
#DICA DO PROFESSOR
Desde dezembro de 2017, a taxa de juros Selic Meta não pode ser mais definida com viés, que
foi extinguido. Como essa alteração já tem mais de 6 meses, para a sua prova, a taxa de juros
não pode ser definida com viés, ou seja, para alterá-la antes da próxima reunião, será necessário
convocar uma reunião extraordinária.
TAXA DE CÂMBIO
• Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias
de outra moeda.
• PTAX é a taxa que expressa a média das taxas de câmbio praticadas no mercado interbancário.
É divulgada pelo BACEN.
• TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições autoriza-
das por ele a atuar.
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CPA-10
Logo,
Definições
• Capitalização Simples: juros incidem apenas sobre o capital. Não possui “juros sobre juros”.
• Capitalização Composta: os juros incidem sobre o capital acrescidos os juros de período ante-
rior. Existe a cobrança de “juros sobre juros”.
JUROS SIMPLES
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MÓDULO 03
Em que
• FV = Valor Futuro (montante);
• PV = Valor Presente (capital);
• i = taxa de juros;
• n = período em que a taxa será capitalizada.
Exemplo 1
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao
mês após dez meses?
Exemplo 2
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao
ano após seis meses?
JUROS COMPOSTO
Em que
• FV = Valor Futuro (montante);
• PV = Valor Presente (capital);
• i = taxa de juros;
• n = período em que a taxa será capitalizada.
Exemplo 1
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao
mês após dez meses?
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CPA-10
Exemplo 2
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao
ano após seis meses?
#DICA DO PROFESSOR
Compare o exemplo 1 de juros simples com o exemplo 1 de juros composto:
Conclusão: quando estamos descapitalizando a taxa de juros, o juro composto é inferior aos
juros simples.
Taxas equivalentes: para a capitalização composta, utiliza-se taxa equivalente.
Exemplo: 1% ao mês = 12,68% ao ano.
Taxas proporcionais: para a capitalização simples, utiliza-se taxa proporcional.
Exemplo: 1% ao mês = 12% ao ano.
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MÓDULO 03
ATENÇÃO!
Os assuntos abaixo, apesar de constarem no edital da prova no módulo 3, estão mais relacionados
com outros conteúdos. Por esse motivo, iremos estudá-los mais adiante.
1. Volatilidade: ver no capítulo 4.
2. Prazo médio ponderado de uma carteira de títulos – conceito e riscos associados: ver no
capítulo 4.
3. Marcação a mercado: ver nos capítulos 3 e 5.
4. Mercado primário e mercado secundário – conceito, finalidade e relevância para o
investidor: ver no capítulo 4.
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QUESTÕ ES
1. (15.109) Fórmula para realizar a equivalência de uma taxa de juros compostos de 10% ao bimestre
para quadrimestre:
a) 10 x 2
b) (1,10 x 2) x 100
c) (1,10² – 1) x 100
d) (1,10)² x 100
3. (12.041) Taxa proporcional se refere a que tipo de regime de capitalização na matemática financeira:
a) Capitalizada
b) Simples
c) Composta
d) Equivalente
4. (13.034) Qual das alternativas abaixo, completa de forma correta os espaços faltantes.
______ é o valor inicial de uma dívida, empréstimo ou investimento.
______ é o valor final da transação.
_______ é a remuneração da operação.
a) Capital, montante, juros
b) Montante, capital, juros
c) Aplicação, capital, juros
d) Recurso, montante, juros
5. (15.108) Considerando uma inflação de 5% para o período, e uma taxa nominal de 10% para o mes-
mo período, a taxa real aproximada deste investimento:
a) 15%
b) 5%
c) 10%
d) 20%
49
CPA-10
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GABARITO
1. C 2. D 3. B 4. A 5. B 6. C
50
MÓDULO 04
TIPO DE RENTABILIDADE
51
CPA-10
Exemplo
Edgar aplicou em um CDB e teve uma rentabilidade bruta de 5,8% no período aplicado (como a
rentabilidade é bruta, logo, não foram descontados os impostos). Supondo que a alíquota de I.R.
devida é de 20%, qual a taxa líquida?
5,8% x 0,80 (desconto de 20%) = 4,64%.
Concluímos, assim, que o retorno líquido desse investimento foi de 4,64%.
LIQUIDEZ
Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro. Por exemplo, in-
vestimentos em CDB possuem maior liquidez do que investimentos em imóveis.
RISCO
Quando vamos fazer um investimento, inicialmente, temos apenas uma expectativa da sua renta-
bilidade. No mercado, essa expectativa é conhecida como retorno esperado do investimento. No
entanto, somente com o passar do tempo, e no momento do resgate da aplicação, é que sabere-
mos qual foi realmente o retorno obtido.
Diversos motivos podem fazer com que o retorno realmente obtido no resgate de um investimen-
to seja diferente do retorno esperado no momento da aplicação. Em outras palavras, sempre há
alguma incerteza quando vamos realizar um investimento. O risco de um investimento pode ser
considerado como a medida dessa incerteza, ou seja, a probabilidade de o retorno obtido em um
investimento ser diferente do esperado.
52
MÓDULO 04
RISCO DE LIQUIDEZ
Trata-se da dificuldade de vender um determinado ativo pelo preço e no momento desejado. A
realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração substancial nos preços do mer-
cado. Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores. Investimen-
tos em imóveis são um exemplo de uma aplicação com alto risco de liquidez.
RISCO DE CRÉDITO
Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo não pagamento,
por parte do devedor, dos compromissos assumidos em uma data acertada, seja esse compromisso
os juros (cupons) ou o principal. Há vários tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um
título, sempre estará incorrendo em um ou mais desses tipos de risco de crédito.
As empresas contratam as agências especializadas (agências de rating), como Standard & Poor’s e
Moody’s, para que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no
mercado (e que serão adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), commercial papers,
securitizações etc. O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, as-
sim como das características da dívida emitida. Quanto pior for o rating atribuído, maior será a
taxa de juros exigida como retorno pelo investidor. Exemplo: uma debênture com classificação C
oferece maior risco do que uma com rating CCC, logo, a primeira (de maior risco) deverá pagar um
juros superior, se comparada à segunda.
Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus pagamentos, seus investido-
res estão sujeitos a terem perdas financeiras devidas ao risco de crédito existente.
IMPORTANTE!
Aplicações em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO.
53
CPA-10
RISCO DE MERCADO
Risco de mercado é a potencial oscilação dos valores de um ativo durante um período de tempo. O
preço dos ativos oscila por natureza; uns mais, outros menos. Chamamos isso de volatilidade, que
é uma medida dessa oscilação. Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os
preços dos títulos de renda fixa. O risco de mercado é representado pelos desvios (ou volatilidade)
em relação ao resultado esperado.
Risco de mercado, volatilidade e desvio-padrão, na prática, podem ser utilizados como sinônimos.
O desvio-padrão é a principal medida de risco de mercado.
Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente um retorno de
25% ao ano, temos a expectativa de que, ao aplicarmos R$ 100, obteremos um retorno de R$ 25.
Quaisquer rentabilidades observadas acima ou abaixo nesse contexto são consideradas risco de
mercado.
DIVERSIFICAÇÃO
A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor divide sua poupança nos diver-
sos ativos financeiros e reais, como, por exemplo, colocar 10% de seu dinheiro na poupança, 50%
em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque todos os ovos
numa única cesta”. Dessa forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros
podem compensar, de forma que, na média, não haja perdas mais expressivas.
Deve-se ter em mente, entretanto, que a diversificação não é capaz de eliminar todo o risco de
mercado de um investimento. Isso porque há fatos no mercado que afetam todos os ativos no mes-
mo sentido, seja positivo ou negativo. A expectati-
va de uma recessão econômica, por exemplo, muito
provavelmente levará a uma queda nos preços de
todos os ativos. Chamamos isso de risco sistêmico
ou não diversificável. A diversificação consegue re-
duzir APENAS o risco NÃO SISTEMÁTICO (específi-
co). O risco sistemático não pode ser reduzido, nem
mesmo com uma excelente diversificação. O gráfico
em destaque representa o efeito e os benefícios da
diversificação em uma carteira de ações.
54
MÓDULO 04
#DICA DO ED
Vamos aprender agora como comparar títulos diferentes de acordo com os seus riscos de crédito e
de mercado. Imaginando que o investidor tenha dois títulos conforme descrito abaixo, qual deles
deve apresentar maior retorno? De maneira geral, apresenta maior retorno aquele que tiver maior
risco; esse risco maior pode ser de mercado ou de crédito, por exemplo. Vamos analisar os casos
abaixo:
I. CDB.
II. Títulos Públicos Federais.
O CDB tende a ter maior retorno, pois oferece ao investidor maior RISCO DE CRÉDITO, já que é emi-
tido por bancos, enquanto os TPFs são emitidos pelo Tesouro Nacional (é mais fácil um banco sofrer
liquidação do que o governo federal).
Mais um exemplo:
I. LFT (Tesouro Selic).
II. LTN (Tesouro pré-fixado).
Como ambos os títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional, o risco de crédito deles são idênticos.
Assim, não é possível determinar qual título tende a ser mais rentável. Porém, como LFT é um título
pós-fixado (atrelado à variação da taxa Selic) e LTN é um título pré-fixado, é de se esperar que LFT
tenha um maior retorno, visto que o mesmo título apresenta maior RISCO DE MERCADO.
55
CPA-10
FINANÇAS PESSOAIS
O mais importante antes de começar a cuidar do seu dinheiro é saber que não existe receita de
bolo. Você pode planejar seu orçamento de inúmeras formas e essa é apenas uma delas. Por isso,
pesquise outros métodos, se precisar, até encontrar um que funcione para você.
Uma vida financeira saudável depende de um orçamento bem planejado, mas, para chegar lá, é
preciso mapear e reestruturar, se necessário, os seus gastos e receitas. Então, siga os passos de
cada etapa do infográfico abaixo para cuidar melhor do seu orçamento.
O QUE SÃO DESPESAS: despesa é o que você gasta. Para calcular seus gastos, inclua as grandes des-
pesas, como moradia, alimentação, transporte, saúde e lazer, mas lembre-se de incluir também os
pequenos gastos do dia a dia, que muitas vezes são deixados de lado. Fazem parte de sua despesa
• gastos com aluguel ou parcela de imóvel;
• passagem de ônibus ou combustível;
• compras do mês e refeições;
• ingressos para cinema, teatro ou passeios;
• matrícula e mensalidade da escola dos filhos ou de uma faculdade;
• mensalidade da academia;
• mensalidades de serviços, como TV a cabo, energia elétrica, água e esgoto.
O QUE SÃO RECEITAS: receita é o que você ganha. Para calcular sua receita, lembre-se de conside-
rar o seu salário líquido, descontados os impostos e benefícios. Some também suas fontes alterna-
tivas de renda, se as tiver. Fazem parte da sua receita
• salário líquido;
• rendimento de investimentos;
• pagamentos por trabalhos esporádicos;
• rendimentos fixos de fontes diversas, como aposentadoria ou pensão;
• rendimentos de aluguéis ou dividendos de ações.
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO: o Índice de Endividamento Geral (EG) é a representação da propor-
ção do ativo total que está comprometida para custear o endividamento da pessoal com terceiros
(passivos exigíveis). Por isso, ele é usado como um indicador para a análise da saúde financeira de
uma pessoa ou família. A fórmula para calcular o endividamento é
EG = (Prestações totais / Rendimento total) x 100.
Prestação total: soma de todas as prestações de comprometimento mensal, empréstimos pesso-
ais, financiamentos habitacionais, veículos etc.
Rendimento total: somatório dos rendimentos, salário, recebimento de aluguel, dividendos etc.
56
QUESTÕ ES
1. (15.113) A dificuldade em comercializar um ativo por seu preço justo refere-se ao risco de:
a) Risco de crédito.
b) Risco de mercado.
c) Risco de liquidez.
d) Risco legal.
4. (15.134) O risco de liquidez em Títulos Públicos Federais, pode ser entendido como:
a) Não pagamento por parte do emissor do título.
b) Oscilação do valor do título por conta das mudanças na taxa de juros.
c) Impossibilidade de vender por um valor justo o título, antes do seu vencimento.
d) A não cobertura do FGC para o título.
5. (15.116) Uma empresa emitiu uma debênture e teve seu rating piorado, aumentando assim seu
risco de crédito. Neste caso a empresa apresenta:
a) Maior liquidez.
b) Menor liquidez.
c) Maior chance de inadimplência.
d) Menor chance de inadimplência.
57
CPA-10
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GABARITO
1. C 2. D 3. B 4. C 5. C 6. A 7. B 8. C
58
MÓDULO 05
Pontos positivos: este continua sendo o módulo mais importante para a prova
CPA-10. O peso já foi maior, essa é uma boa notícia. Este é um módulo fácil, mas
que exige muita “decoreba”. É muito importante ler, reler, entender e, infelizmente,
decorar todo o conteúdo do capítulo.
59
CPA-10
CONDOMÍNIO
Fundo de investimento = condomínio.
Comunhão de recursos sob a forma de condomínio, em que os cotistas têm o mesmo interesse e
objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais. A base legal dos fundos de investimento
é o condomínio e é desta base que emerge o seu sucesso, pois o capital investido por cada um dos
investidores cotistas é somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e coletivamente,
ser investido no mercado, com todos os benefícios dos ganhos de escala, da diversificação de risco
e da liquidez das aplicações.
COTA
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio e sempre são escriturais e no-
minativas. A cota, portanto, é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo.
Como é calculado o valor da cota?
60
MÓDULO 05
II. declaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está plenamente ade-
rente à legislação vigente;
III. os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e documentos;
IV. nome do auditor independente;
V. inscrição do fundo no CNPJ;
VI. lâmina de informações essenciais, elaborada de acordo com a exigência da instrução CVM 555,
no caso de fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a investidores qualificados.
61
CPA-10
#DICA DO ED
Quando o fundo decidir REDUZIR TAXAS, seja ela de administração ou performance, NÃO É NECES-
SÁRIA convocação de assembleia.
62
MÓDULO 05
• anualmente, demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos obtidos no ano civil,
número de cotas possuídas e o valor da cota.
→ Obrigações dos cotistas
O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais como
• o cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em que o PL do fundo
se tornar negativo;
• o cotista pagará taxa de administração, de acordo com o percentual e critério do fundo;
• observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos em que o fundo pode
incorrer;
• comparecer nas assembleias gerais;
• manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa lhe enviar os docu-
mentos.
63
CPA-10
64
MÓDULO 05
TIPOS DE FUNDOS
→ FUNDOS ABERTOS
Neles, os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. O número de cotas
do fundo é variável, ou seja, quando um cotista aplica, novas cotas são geradas, e o administrador
compra ativos para o fundo; quando um cotista resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador
é obrigado a vender ativos para pagar o resgate. Por esse motivo, os fundos abertos são recomen-
dados para abrigar ativos com liquidez mais alta.
→ FUNDOS FECHADOS
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do fundo ou em virtude de
sua eventual liquidação. Ainda há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação
nesse sentido por parte da assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do
fundo. Esses fundos têm um prazo de vida predefinido e o cotista somente recebe sua aplicação de
volta após haver decorrido esse prazo, quando, então, o fundo é liquidado. Se o cotista quiser seus
recursos antes, ele deverá vender suas cotas para algum outro investidor interessado em ingressar
no fundo.
O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo fechado deve conter, pelo menos, as
seguintes informações:
I. nome do fundo;
II. nome e endereço do administrador e gestor, se houver;
III. nome e endereço das instituições responsáveis pela distribuição;
IV. política de investimento, público-alvo e principais características do fundo;
V. mercado onde as cotas do fundo são negociadas;
VI. condições de subscrição e integralização;
VII. data do início e encerramento da distribuição;
VIII. o
s dizeres, de forma destacada: “A concessão do registro da presente distribuição não implica,
por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a
qualidade do fundo, de seu administrador ou das cotas a serem distribuídas”.
→ FUNDOS RESTRITOS
Já os fundos classificados como “restritos” são aqueles constituídos para receber investimentos de
um grupo restrito de cotistas, normalmente, os membros de uma única família ou empresas de um
mesmo grupo econômico.
• Também são muito comuns fundos restritos a investidores qualificados.
• Os fundos exclusivos são sempre restritos a investidores profissionais.
65
CPA-10
→ FUNDOS EXCLUSIVOS
Os fundos classificados como "exclusivos" são aqueles constituídos para receber aplicações exclu-
sivamente de um único cotista. Somente investidores profissionais podem ser cotistas de fundos
exclusivos. A marcação a mercado é facultativa.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os prestadores de serviço. É
uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida diariamente. A cobrança de taxa de administração
afeta o valor da cota. A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de
taxa de administração.
TAXA DE PERFORMANCE
Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de re-
ferência. Nem todos os fundos cobram taxa de performance. A cobrança se dá após a dedução de
todas as despesas, inclusive da taxa de administração.
Linha d’água: metodologia utilizada para cobrança de taxa de performance.
Periodicidade: semestral.
66
MÓDULO 05
DESPESAS
De acordo com a Instrução CVM 409, são encargos do fundo de investimento, além da Taxa de
Administração, os impostos e contribuições que incidam sobre os bens, direitos e obrigações do
fundo; as despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e informa-
ções periódicas previstas no regulamento; as despesas de comunicação aos condôminos, os ho-
norários e despesas do auditor; os emolumentos e comissões nas operações do fundo; despesas
de fechamento de câmbio vinculadas às suas operações; os honorários de advogados e despesas
feitas em defesa dos interesses do fundo; quaisquer despesas inerentes à constituição ou liquida-
ção do fundo ou à realização de assembleia geral de condôminos e as taxas de custódia de valores
do fundo.
67
CPA-10
c) de que a concessão de registro para a venda de cotas do fundo não implica, por parte da CVM,
garantia de veracidade das informações prestadas ou de adequação do regulamento do fundo
à legislação vigente ou julgamento sobre a qualidade do fundo ou de seu administrador, gestor
e demais prestadores de serviços;
d) se for o caso, de que as estratégias de investimento do fundo podem resultar em perdas supe-
riores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais
para cobrir o prejuízo do fundo.
#DICA DO ED
O Formulário de Informações Complementares foi extinto pela ICVM 604 (dezembro de 2018). Nes-
sa mesma instrução, ficou definido um padrão do termo de adesão, que deverá ter, no máximo,
5.000 (cinco mil) caracteres e conter a identificação dos 5 (cinco) principais fatores de risco ineren-
tes à composição da carteira do fundo.
APLICAÇÃO DE RECURSOS
Quando o cotista aplica recursos em um fundo (compra de cotas), o gestor deverá comprar ativos
para a carteira do fundo (com o recurso que o cotista aplicou).
RESGATE DE RECURSOS
Quando o cotista resgata recursos de um fundo (venda de cotas), cabe ao gestor do fundo vender
ativos para conseguir recursos para honrar o resgate e pagar o cotista.
Na emissão das cotas do fundo, deve ser utilizado o valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da
data da aplicação, segundo o disposto no regulamento.
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do fundo, inclusive em de-
corrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente ou que possam implicar
alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últi-
mos, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates e,
caso o fundo permaneça fechado por período superior a 5 (cinco) dias consecutivos, será obriga-
tória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária no prazo máximo de um dia, para delibe-
rar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes
possibilidades:
I. substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
II. reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
III. possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
IV. cisão do fundo;
V. liquidação do fundo.
68
MÓDULO 05
FUNDOS PASSIVOS (FUNDO INDEXADO): os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar
um determinado “benchmark” e, por essa razão, seus gestores têm menos liberdade na seleção de
ativos.
FUNDOS ATIVOS: são considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor
desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu “benchmark”.
FUNDO ALAVANCADO: um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade (dife-
rente de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos de default nos
ativos do fundo.
PRINCIPAIS BENCHMARK
Renda fixa
1. DI: as negociações entre os bancos (lastro em títulos privados) geram a taxa DI, referência para
a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do
mercado.
2. SELIC: taxa de juros calculada com base nas negociações entre os bancos, quando o lastro é
títulos públicos.
3. IPCA: principal índice de inflação do país. Utilizado no sistema de metas do COPOM. Calculado
e divulgado pelo IBGE.
4. IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado. Calculado pela FGV, esse índice origina-se de média
ponderada de índices que medem a inflação dos preços ao atacado, ao consumidor e da cons-
trução civil (respectivamente, o IPA-M (60%), do IPC-M (30%) e do INCC-M (10%)).
5. IMA Geral: o IMA (Índice de Mercado ANBIMA) é uma família de índices de renda fixa que re-
presentam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma carteira de títulos públicos
federais. Os subíndices do IMA são determinados pelos indexadores aos quais os títulos são
atrelados:
a. IRF-M (pré-fixados).
b. IMA-B (indexados pelo IPCA).
Renda Variável
1. Ibovespa: índice que acompanha a evolução média das cotações das ações negociadas na Bol-
sa. É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações, integrada pelas ações
que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado (maior liquidez) à vista nos
doze meses anteriores à formação da carteira.
2. IBrX: Índice Brasil de Ações, composto por uma carteira teórica de 100 ações selecionadas na
Bovespa em ordem decrescente por liquidez em termos de seu índice de negociabilidade (nú-
mero de negócios e volume financeiro medidos nos últimos doze meses).
69
CPA-10
70
MÓDULO 05
71
CPA-10
FUNDO CAMBIAL
Os fundos classificados como “cambiais” devem ter como principal fator de risco de carteira a va-
riação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. No mínimo 80% (oitenta
por cento) da carteira deve ser composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$ (reais) e sua carteira é
composta por papéis que buscam acompanhar a variação da moeda norte americana.
ATENÇÃO!
Ele não acompanha a cotação do dólar e pode cobrar taxa de performance.
FUNDO DE AÇÕES
Investe, no mínimo, 67% do seu patrimônio líquido em ações negociadas no mercado à vista de bolsa
de valores. A performance desses fundos está sujeita à variação de preço das ações que compõem
sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de investimento de longo prazo.
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) do seu
patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento de negociação de
valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade
do mercado de balcão organizado, e que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferen-
ciadas de governança corporativa devem usar, em seu nome, a designação “Ações – Mercado de
Acesso”.
72
MÓDULO 05
• Arbitragem: comprar e vender o mesmo ativo, com características ligeiramente diferentes, ga-
nhando o diferencial do preço. Por exemplo, compra de uma ação ON e venda de uma ação PN
do mesmo emissor. Nesse caso, o administrador não está fazendo aposta com relação à direção
da bolsa, mas apenas com relação ao diferencial de preços entre esses dois ativos.
→ Podem cobrar taxa de performance.
FUNDOS MULTIMERCADOS
Os fundos classificados como "multimercado" devem possuir políticas de investimento que envol-
vam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial
ou em fatores diferentes das demais classes previstas na instrução. Ou seja, este tipo de fundo
pode aplicar em DI/SELIC, índices de preços, taxas de juros, câmbio, dívida externa e ações.
• Podem usar derivativos para alavancagem.
• Podem cobrar taxa de performance.
73
CPA-10
IMPORTANTE!
Há isenção de IOF para fundo de ações.
ALÍQUOTA
TIPO DE FUNDO RESPONSÁVEL FATO GERADOR SEMESTRAL ALÍQUOTA RESGATE
(COME-COTA)
RENDA FIXA
Resgate ou 1 – 180 dias = 22,5%
CURTO PRAZO Administrador
Semestral (Maio e 20%
(PRAZO MÉDIO do fundo 181 ou mais = 20%
Novembro)
ATÉ 365 DIAS)
RENDA FIXA 1 – 180 dias = 22,5%
LONGO PRAZO Resgate ou 181 – 360 dias = 20%
Administrador
(PRAZO MÉDIO Semestral (Maio e 15%
do fundo 361 – 720 dias = 17,5%
SUPERIOR A 365 Novembro)
DIAS) 721 dias ou mais = 15%
RENDA VARIÁVEL
Administrador
AÇÕES (MAIS DE Somente Resgate Não tem 15%
do fundo
67% EM AÇÕES)
Administrador Ganhos de capital
IMOBILIÁRIO Não tem 20%
do fundo e Rendimentos
74
MÓDULO 05
OBJETIVO: estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das instituições participantes, rela-
cionadas à constituição e funcionamento de fundos de investimento (“Fundos de Investimento”),
devem se orientar, visando, principalmente, a estabelecer
I. a concorrência leal;
II. a padronização de seus procedimentos;
III. a maior qualidade e disponibilidade de informações sobre Fundos de Investimento, especial-
mente por meio do envio de dados pelas instituições participantes à ANBIMA;
IV. a elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.
O presente Código não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes, ainda que venham a
ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas.
Caso haja contradição entre regras estabelecidas nesse Código e normas legais ou regulamentares,
a respectiva disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo das demais regras
nele contidas. Para o registro dos Fundos de Investimento na ANBIMA, deve ser encaminhado pe-
dido específico acompanhado dos seguintes documentos:
I. Lâmina de Informações Complementares do Fundo de Investimento, quando for o caso (“Lâ-
mina de Informações Complementares”);
II. regulamento do Fundo de Investimento (“Regulamento”);
III. comprovante de pagamento da taxa de registro;
IV. formulário de cadastro.
75
CPA-10
II. “Este fundo utiliza estratégias que podem resultar em significativas perdas patrimoniais para
seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequen-
te obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo”.
Devem, ainda, ser impressos, com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página da Lâ-
mina de Informações Complementares, os seguintes avisos ou avisos semelhantes com o mesmo
teor:
I. “O investimento do fundo de investimento de que trata esta lâmina de informações comple-
mentares apresenta riscos para o investidor”;
II. “Ainda que o gestor da carteira mantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia
de completa eliminação da possibilidade de perdas para o fundo de investimento e para o in-
vestidor”;
III. “O fundo de investimento de que trata esta lâmina de informações complementares não conta
com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de se-
guro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)”;
IV. “A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura”;
V. “As informações contidas nessa lâmina de informações complementares estão em consonância
com o regulamento do fundo de investimento, mas não o substituem”;
VI. “É recomendada a leitura cuidadosa tanto dessa lâmina de informações complementares quan-
to do regulamento, com especial atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de
investimento do fundo de investimento, bem como às disposições da lâmina de informações
complementares e do regulamento que tratam dos fatores de risco a que o fundo está expos-
to”.
MARCAÇÃO A MERCADO
Este conceito diz que o fundo deve reconhecer, todos os dias, o valor de mercado de seus ativos. A
marcação a mercado faz com que o valor das cotas de cada fundo reflita, de forma atualizada, a que
preço o administrador dos recursos venderia cada ativo a cada momento (mesmo que ele o mante-
nha na carteira). Ainda de acordo com a legislação, devem ser observados os preços do fim do dia,
após o fechamento dos mercados. Já para a renda variável, a legislação determina que se observe o
preço médio dos ativos durante o dia.
I. O objetivo de marcar a mercado é evitar a transferência de riqueza entre cotistas.
II. Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do administrador devem ter um
preço único.
III. O administrador deve divulgar, no mínimo, uma versão simplificada da marcação a mercado.
ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA
A administração fiduciária compreende o conjunto de serviços relacionados, direta ou indireta-
mente, ao funcionamento e à manutenção dos fundos de investimento, devendo o administrador
fiduciário fazê-lo de acordo com o disposto no Código e na regulação vigente.
76
MÓDULO 05
DIVULGAÇÃO DE RENTABILDIADE
São expressamente vedadas
• divulgação, em qualquer meio, de qualificação, premiação, título ou análise que utilize dados
de menos de 12 (doze) meses;
• divulgação de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses de registro na CVM;
• divulgação de comparação entre fundos que tenham classificação ANBIMA diferentes, sem
qualificá-los e sem apresentar justificativa consistente para a comparação.
Sem prejuízo das demais obrigações previstas pela regulação em vigor, o administrador fiduciário
deve disponibilizar em seu site na internet, no mínimo,
I. fatores de risco: elencar e descrever, de forma clara e objetiva, os fatores de risco conhecidos
em que o potencial investidor incorrerá caso venha a adquirir cotas do Fundo de Índice, deven-
do dispor minimamente sobre
a) risco de mercado;
b) risco sistêmico;
c) risco de crédito;
d) risco de descolamento de rentabilidade;
e) risco de liquidez das cotas do Fundo de Índice;
f) risco de liquidez dos ativos: descrever as condições de liquidez dos mercados e seus efeitos
sobre os ativos componentes da carteira do Fundo de Índice, as condições de solvência do
fundo e a relação desse risco com as solicitações de resgate de cotas;
g) risco de o investidor não atender aos requisitos mínimos para emissão e resgate;
h) risco de ágio e deságio na negociação das cotas em relação ao valor patrimonial e/ou seu
valor indicativo;
i) risco de o provedor do índice parar de administrar ou manter o índice;
j) risco de suspensão da negociação das cotas por parte da Comissão de Valores Mobiliários,
bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado;
k) risco relativo ao fornecimento ou disponibilização do índice.
II. seção específica com informações sobre os Fundos de Índice, devendo dispor, minimamente,
sobre
a) o que são os Fundos de Índice;
b) semelhanças e diferenças entre os Fundos de Índice e os demais fundos;
c) como ocorre o processo de integralização e resgate de cotas do Fundo de Índice;
d) estratégias permitidas pela Regulação e como os Fundos de Índice ofertados no site se en-
quadram;
77
CPA-10
e) regulação aplicável;
f) como os Fundos de Índice atingem seu objetivo;
g) como o investidor pode acompanhar a evolução do preço do Fundo de Índice.
III. seção específica com termos e definições financeiras (“glossário”) sobre o Fundo de Índice, que
permitam esclarecer ao potencial investidor eventuais dúvidas a respeito dos materiais do Fun-
do disponibilizados no website;
IV. aviso na seção “Taxas e demais despesas do Fundo”, com o seguinte teor: “Esta modalidade de
investimento possui outros custos envolvidos, além das despesas do próprio fundo. Antes de
investir, verifique os custos com corretagem, emolumentos e custódia”.
Os materiais de divulgação do Fundo de Índice constantes do website devem apresentar lingua-
gem clara e moderada, advertindo os investidores para o risco do investimento, além de conter a
expressão “material publicitário”, de forma a alertar os investidores de que não são suficientes para
a tomada de decisão de investimento.
78
QUESTÕ ES
4. (15.119) Um fundo cambial pode ser uma opção para um investidor que deseja:
a) Se proteger contra a inflação.
b) Se proteger contra a variação cambial.
c) Se proteger contra o risco de crédito.
d) Se proteger contra o risco de liquidez.
5. (15.120) O papel de um gestor em um fundo de investimentos que está sofrendo resgates com um
alto volume, deverá ser:
a) Fechar o fundo para aportes e resgates.
b) Vender ativos para efetuar o pagamento dos resgates.
c) Comprar ativos para efetuar o pagamento dos resgates.
d) Comprar ativos com alta rentabilidade para efetuar o pagamento dos resgates.
79
CPA-10
6. (15.121) Alíquota do IR referente ao come cotas em um fundo de Renda Fixa Longo Prazo:
a) 22,50%
b) 20%
c) 15%
d) 10%
7. (15.122) Dentre as opções abaixo, a que obriga o gestor de um fundo de Renda Fixa Simples a com-
prar mais ativos para compor o fundo:
a) Alto volume de resgates no fundo.
b) Aumento da taxa básica de juros.
c) Alto volume de aportes no fundo.
d) Aumento do risco de mercado.
8. (15.123) Fundo que possui tributação de IR com alíquota de 15% no resgate, sem come cotas:
a) Fundo de Renda Fixa Simples.
b) Fundo de ações.
c) Fundo Multimercado.
d) Fundo Cambial.
11. (15.126) Dentre as alternativas abaixo, assinale a que a taxa de administração incide:
a) Sobre a rentabilidade do fundo.
b) Sobre o patrimônio líquido do fundo.
c) Sobre o primeiro aporte realizado no fundo.
d) Sobre a rentabilidade do fundo líquida de IR.
80
MÓDULO 05
13. (15.128) Investimento que possui alíquota de IOF zerada em resgates a partir do 29º dia, come co-
tas no mês de Maio e Novembro:
a) Fundo de ações.
b) Fundo de Renda Fixa.
c) CDB.
d) LTN.
14. (15.129) Dentre os participantes de um fundo de investimento, o responsável por efetuar o recolhi-
mento do IR:
a) Cotista.
b) Custodiante.
c) Gestor.
d) Administrador.
15. (15.130) Fundo de Investimento de Renda Fixa é um fundo que investe em:
a) Ativos como juros, moedas e derivativos.
b) Ativos ligados à variação da taxa de juros doméstica ou índice de inflação.
c) Ações de empresas negociadas na Bolsa.
d) Mercado de opções.
ATENÇÃO!
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GABARITO
1. A 2. A 3. B 4. B 5. B 6. C 7. C 8. B 9. B 10. B 11. B 12. B 13. B 14. D 15. B
81
MÓDULO 06
Pontos positivos: mesmo sendo longo, este é o capítulo que mais se aplica ao
dia a dia do profissional. É um módulo atraente, de leitura fácil e entendimento
acessível.
Pontos negativos: é o módulo mais longo de todos. Conhecer os principais ativos
financeiros do mercado é muito importante para orientar melhor o seu cliente e
conhecer melhor o mercado. É necessário ler e reler várias vezes este capítulo.
6.1 AÇÕES
São classificados como instrumentos de renda variável aqueles produtos cujos rendimentos não
são conhecidos ou não podem ser previamente determinados, pois dependem de eventos futuros,
tais como os fatores conjunturais. Possibilitam maiores ganhos, porém o risco de eventuais perdas
é bem maior. O exemplo mais comum são as ações.
Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a unidade do capital
nas sociedades anônimas. Quem adquire essas “frações” é chamado de acionista, que vai ter uma
certa participação na empresa, correspondente a quantas destas “frações” ele detiver.
TIPO DE AÇÕES
• Ordinárias (ON): garante o direito a voto nas assembleias dos acionistas.
• Preferenciais (PN):
• tem preferência no recebimento de dividendos em relação às ordinárias;
• não tem direito a voto;
• recebem 10% a mais de dividendos em relação às ordinárias;
• caso a companhia fique 3 anos sem distribuir dividendos, o acionista passa a ter direito a
voto.
Obs.: empresas que abrem seu capital deverão ter no mínimo 50% de suas ações sendo do tipo
ordinária (½ e ½).
83
CPA-10
OPERAÇÃO DE UNDERWRITING
AGENTES UNDERWRITER
Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de Investimento, Sociedade Distribuidora
de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM) e Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
84
MÓDULO 06
MERCADO PRIMÁRIO
Colocação de títulos resultantes de novas emissões. Empresas utilizam o mercado primário para
captar os recursos necessários ao financiamento de suas atividades.
MERCADO SECUNDÁRIO
Negociação de ativos, títulos e valores mobiliários em mercados organizados em que investidores
compram e vendem em busca de lucratividade e liquidez, transferindo, entre si, os títulos anterior-
mente adquiridos no mercado primário.
As compras e vendas de ações são intermediadas por uma CTVM ou DTVM. Quando essa negocia-
ção é realizada pela internet, utiliza-se o home broker. O principal objetivo do mercado secundário
é fornecer liquidez para os ativos. Em geral, as ações são negociadas em lote-padrão.
• Home broker: é um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as sociedades
corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado acionário, permi-
tindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet e possibilitando o acesso às
cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.
• Liquidez: maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.
• Lote-padrão: lote de títulos de características idênticas e em quantidade pré-fixada pelas bol-
sas de valores.
85
CPA-10
CUSTO DA OPERAÇÃO
• Corretagem: custo pago para corretoras pelas operações executadas.
Essa é uma informação adicional, na prova não são cobrados esses valores.
• Emolumentos: os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que tenham ocorri-
do negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor financeiro
da operação.
• Custódia: uma espécie de tarifa de manutenção de conta cobrada por algumas corretoras.
GRUPAMENTO (INPLIT)
Reduzir a quantidade de ações aumentando o valor de cada ação. Objetivo: menor risco.
DESDOBRAMENTO (SPLIT)
Aumentar a quantidade de ações reduzindo o valor da ação. Objetivo: maior liquidez.
86
MÓDULO 06
IMPORTANTE!
Tanto no processo de split como no de inplit, o capital social do investidor, assim como o
seu montante investido, não se altera. Já quando uma companhia distribui dividendos ou
pagamentos de juros sobre o capital próprio, o valor distribuído é descontado do preço da ação.
CLUBES DE INVESTIMENTO
Clube de investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas – de no mínimo 3 e no
máximo 50 participantes – para aplicação em títulos e valores mobiliários. É, portanto, um ins-
trumento de investimento coletivo no mercado de capitais, porém mais restrito que um fundo de
investimento.
Os clubes foram planejados para ser uma forma de introdução do pequeno investidor ao mercado
de capitais. Além disso, a gestão da carteira do clube pode ser realizada por um ou mais cotistas,
eleitos pela assembleia geral, observadas algumas vedações da norma. Dessa forma, ao permitirem
um maior envolvimento do cotista, os clubes de investimento facilitam o aprendizado sobre as téc-
nicas de gestão de carteira e da dinâmica do mercado.
O clube deve ser administrado por sociedade corretora, sociedade distribuidora, banco de inves-
timento ou banco múltiplo com carteira de investimento, que é responsável pelo conjunto de ati-
vidades e de serviços relacionados direta e indiretamente ao seu funcionamento e manutenção.
A carteira dos clubes de investimento deve ser composta por, no mínimo, 67% em ações, bônus
de subscrição, debêntures conversíveis em ações de emissão de companhias abertas, recibos de
subscrição, cotas de fundos de índices de ações negociados em mercado organizado e certificados
de depósitos de ações, respeitadas as regras emitidas pela CVM e pelas entidades administradoras
de mercados organizados. Nenhum cotista pode ser titular de mais de 40% (quarenta por cento)
do total das cotas do clube.
TRIBUTAÇÃO EM AÇÕES
87
CPA-10
IMPORTANTE!
Vendas de ações no mercado à vista de bolsas de valores realizadas por pessoa física, exceto
em operações de day trade, em um mês com um valor igual ou inferior a R$ 20.000,00, não
incorrerão em recolhimento de IR.
COMPENSAÇÃO DE IMPOSTO
1. É permitida a compensação de perdas com ganhos em operações de renda variável?
Sim. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas
incorridas nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e
assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos
meses subsequentes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais
previstas naqueles mercados, operações comuns.
2. O resultado negativo, ou perda, apurado em um mês pode ser compensado com ganho auferi-
do em meses anteriores?
Não se pode compensar resultados negativos de um mês com ganhos auferidos em meses anterio-
res, pois a base de cálculo do imposto é apurada mensalmente.
88
MÓDULO 06
IOF EM AÇÕES
Investimento em ações estão isentos da cobrança de IOF, independentemente do prazo, do valor e
do investidor (física ou jurídica).
IMPORTANTE!
Pessoas físicas que investem em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) possuem isenção de Imposto
de Renda (IR).
89
CPA-10
#DICA DO ED
IMPORTANTE!
Pessoas físicas que investem em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) possuem isenção de
Imposto de Renda (IR).
#DICA DO ED
90
MÓDULO 06
O CDB é um título privado de renda fixa para a captação de recursos de investidores pessoas físi-
cas ou jurídicas por parte dos bancos. O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de
investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma dessas carteiras descritas, e Sociedades de
Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras.
Rentabilidade
• Pré-Fixada
• Pós-Fixada
Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado
antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate anterior ao
prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos. Os CDBs não podem ser indexados à va-
riação cambial. Quando o investidor deseja obter um rendimento atrelado à variação cambial, é
necessário fazer um contrato de swap paralelo ao CDB, conhecido também como “CDB swapado”.
IMPORTANTE!
Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
DEBÊNTURES
O objetivo da emissão de uma debênture é a captação de recursos de médio e longo prazo para
sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. As sociedades de arrendamento
mercantil e as companhias hipotecárias estão também autorizadas a emitir debêntures.
Classe das debêntures
91
CPA-10
Principais características
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa não poderá ultrapas-
sar o seu capital social.
Resgate antecipado: as debêntures podem ter, na escritura de emissão, cláusula de resgate anteci-
pado, que dá ao emissor (a empresa que está captando recursos) o direito de resgatar antecipada-
mente, parcial ou totalmente, as debêntures em circulação.
INTRODUÇÃO
Renda fixa é uma obrigação cujo rendimento (taxa de juros) é determinado no momento da compra
do título. Esse rendimento pode ter sua remuneração pré-fixada ou pós-fixada.
92
MÓDULO 06
FORMAS DE REMUNERAÇÃO
Os investimentos em renda fixa podem ter rentabilidades pagas de duas maneiras:
• Pré-fixada: um título é pré-fixado quando o valor dos rendimentos é conhecido no início da
operação.
• Pós-fixada: um título é pós-fixado quando o valor dos juros somente é conhecido no momento
do resgate.
Os investimentos que possuem remuneração pós-fixada podem ter sua rentabilidade atrelada a
diversas taxas de juros, índices de preço ou correções monetárias. As principais são CDI, SELIC, TR,
TBF, IPCA e IGP-M.
• Exemplo de título ZERO cupom: investir 1.000 e, após 5 anos, resgatar o título, recebendo de
volta o principal + juros de 10% ao ano acumulado (do período). Nesse caso, o valor total de
resgate será de 1.610,51 (1.000 de principal + 610,51 de juros).
93
CPA-10
94
MÓDULO 06
ATENÇÃO!
Apesar de as nomenclaturas no programa Tesouro Direto terem sofrido alterações, para a prova,
a ANBIMA continua cobrando as siglas antigas (LTN, LFT, NTN).
Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do perío-
do.
Rentabilidade: em maio de 2012, a caderneta de poupança teve uma alteração na rentabilidade
paga aos investidores. Com o objetivo de evitar a migração de recursos investidos em títulos públi-
cos para poupança (efeito observado com queda da taxa de juros), o governo limitou o ganho das
cadernetas de poupança a 70% da taxa de juros, ficando da seguinte forma:
95
CPA-10
IOF
Alíquota regressiva, conforme tabela abaixo:
26 13
27 10
28 06
29 03
30 00
Até 29 dias, pode incidir IOF. Após 30 dias ou mais, todas as aplicações financeiras estão isentas de
IOF. O IOF é cobrado sobre os RENDIMENTOS e incide sempre ANTES do Imposto de Renda.
Obs.: o IOF para ativos de renda fixa foi eliminado em dezembro de 2010 e voltou a ser cobrado
em maio de 2011. Hoje existe a cobrança de IOF para títulos de renda fixa como CDB e debêntures,
entre outros.
96
MÓDULO 06
IMPORTANTE!
Em aplicações em CRI, CRA, LCA, LCI, CCI, CPR e cadernetas de poupança, pessoa física é ISENTA
da cobrança de Imposto de Renda.
97
QUESTÕ ES
1. (15.112) Antônio realizou uma aplicação em um CDB na Instituição XPTO. Esta instituição sofreu
uma liquidação. O risco observado será principalmente:
a) Risco de mercado, coberto pelo FGC até o limite de R$ 300 mil.
b) Risco de crédito, coberto pelo FGC até o limite de R$ 250 mil.
c) Risco de liquidez, coberto pelo FGC até o limite de R$ 250 mil.
d) Não há risco observado com os dados informados.
3. (13.055) Operação onde é contratada uma determinada taxa ao inicio da aplicação e a mesma não
se alterará no decorrer do investimento, podendo previamente conhecer o valor futuro.
a) Pré-fixada.
b) Pós-Fixada.
c) Hibrida (Pré e Pós Juntas).
d) Taxa Real.
99
CPA-10
7. (15.138) Alíquota total de IR em operações de compra e venda de ações no mercado a vista (não
day trade), quando superior a R$ 20 mil no mês:
a) 20%
b) Entre 22,5% e 15%
c) Isento
d) 15%
8. (15.139) Tributação de Imposto de Renda em um Título Público IPCA+ com Juros Semestrais, ocor-
rerá:
a) Apenas no vencimento do título.
b) Apenas no pagamento dos juros semestrais conforme tabela regressiva.
c) No pagamento dos juros semestrais e no vencimento do título conforme tabela progressiva.
d) No pagamento dos juros semestrais e no vencimento do título conforme tabela regressiva.
9. (15.140) Davi procura seu gerente, solicitando a indicação de um produto de investimento que pos-
sua benefício tributário e garantia do FGC. A melhor indicação será:
a) CRI
b) LCI
c) CDB
d) Debêntures Incentivadas
10. (15.141) Um cliente deseja saber qual o imposto de renda em seu CDB – Certificado de Depósito
Bancário, seu gerente informa:
a) A alíquota será de acordo com a tabela regressiva e incidirá sobre o rendimento.
b) Haverá antecipação de IR nos meses de Maio e Novembro.
c) A alíquota será de acordo com a tabela regressiva e incidirá sobre o total investido.
d) A alíquota será de 15% sobre os lucros.
100
MÓDULO 06
11. (15.131) Debênture que pode ser conversível em ações na data do seu resgate:
a) Debênture com garantia real.
b) Debênture Conversível.
c) Debêntures Pré-fixadas.
d) Debêntures Nominativas.
14. (15.133) Marcelo deseja investir em um Título Público Federal que tenha correção da inflação e não
tenha risco de reinvestimento, a melhor opção:
a) Tesouro Selic – LFT.
b) Tesouro Prefixado – LTN.
c) Tesouro IPCA+ – NTN-B Principal.
d) Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais – NTN-B.
101
CPA-10
ATENÇÃO!
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GABARITO
1. B 2. D 3. A 4. C 5. A 6. C 7. D 8. D 9. B 10. A 11. B 12. B 13. C 14. C 15. A
102
MÓDULO 07
Pontos positivos: este é o melhor dos capítulos, pois o conteúdo é fácil, é muito
importante na prática e essencial para todos os investidores.
Pontos negativos: são, no máximo, cinco questões da prova... poderia ter mais,
né? Que pena!
Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela funciona
como um seguro controlado pelo governo, garantindo não só que o trabalhador continue a receber
uma renda quando se aposentar, mas também que não fique desamparado em caso de gravidez,
acidente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também chamada
de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada tanto para
complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de vida, como o
pagamento da faculdade dos filhos ou um investimento em um negócio próprio.
TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO
Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma empresa especializada.
A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e incide sobre o capital total, incluindo o
rendimento. Esse custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários
(quando o fundo tiver aplicações em renda variável).
103
CPA-10
O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar no contrato. Nos planos VGBL
e PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo cobrada diariamente. É cobrada pela
tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento exclusivo criado para o seu plano e
pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Os que têm fundos com
investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pouco maiores do
que aqueles que investem apenas em renda fixa.
TAXAS DE CARREGAMENTO
Correspondem às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal, emissão de
documentos e lucro. São cobradas logo na entrada do plano e a cada depósito ou contribuição
feitos. Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos, só R$ 95,00 vão
ser creditados efetivamente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor
a fatia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital. As instituições
financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL, com aprovação da
Susep, mas a concorrência forte impede a imposição desse limite.
Essa taxa serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a
cobrança não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado, há três
formas de taxa de carregamento, dependendo do plano contratado.
1. Antecipada: incide no momento do aporte. Essa taxa é decrescente em função do valor do
aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto maior o
montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.
2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decrescente em função
do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de
permanência, menor será a taxa.
3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na
saída (na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como se pode ver, existem produtos
que extinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse
percentual ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos,
não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.
PORTABILIDADE
É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato ou para
outros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC,
durante o período de acumulação, por vontade do titular.
104
MÓDULO 07
Já o regime de tributação é passível de mudanças, mas, cuidado, essa mudança somente pode
ocorrer de Progressivo para Regressivo; o contrário não é permitido.
RESGATES
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate total,
caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas
disponíveis de resgate.
• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que
continuarem no plano permanecerão rendendo.
• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não
tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.
IMPORTANTE!
No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída estipulada, é preciso
ficar atento às regras de carência para resgate.
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
105
CPA-10
Ao escolher pela tributação regressiva, você não pode alterar mais o tipo de tributação. Pode-se
dizer que o regime de tributação regressiva é indicado para quem planeja poupar em plano de
previdência por mais tempo, ou seja, cultivando a visão do longo prazo. Afinal, quanto maior o
período em que o dinheiro ficar aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de Renda.
Já a opção pela tabela progressiva é mais indicada em duas situações:
1. se o investidor tem a intenção de sair do fundo em um prazo mais curto;
2. se o investidor estiver poupando com o objetivo de receber uma renda mensal que fique na
faixa de isenção do IR ou próxima a essa, cuja alíquota não ultrapasse os 7,5%.
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para aqueles que fazem a declaração
do imposto de renda pelo formulário completo. É uma aplicação em que incide risco, já que não
há garantia de rentabilidade, que inclusive pode ser negativa. Ainda assim, em caso de ganho, ele é
repassado integralmente ao participante.
O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma única vez ou transformado
em parcelas mensais. Também pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de
Renda e tem taxa de carregamento. É comercializado por seguradoras. Com o PGBL, o dinheiro é
colocado em um fundo de investimento exclusivo, administrado por uma empresa especializada na
gestão de recursos de terceiros e é fiscalizado pelo Banco Central.
O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é aconselhável para aqueles que não têm renda tributável,
já que não é dedutível do Imposto de Renda, ainda que seja necessário o pagamento de IR sobre o
ganho de capital. Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de rentabilidade mínima,
ainda que todo o rendimento seja repassado ao integrante. O primeiro resgate pode ser feito em
prazo que varia de dois meses a dois anos. A partir do segundo ano, também pode ser feita a cada
dois meses. Possui taxa de carregamento.
106
MÓDULO 07
PGBL X VGBL
PGBL VGBL
Permite abater da base de cálculo do IR os
aportes realizados anualmente ao plano Não permite abater do IR os aportes ao
Dedução de IR
até um limite máximo de 12% (*) da renda plano.
bruta tributável do investidor.
Essa dedução não significa que os aportes
feitos na Previdência são isentos de IR. O IR incidirá apenas sobre os
Incidência de IR Haverá incidência do IR sobre o valor total rendimentos do plano e não sobre o
do resgate ou da renda recebida quando total acumulado.
eles ocorrerem.
Indicado para quem usa a declaração
simplificada ou é isento ou para quem já
Indicado para as pessoas que optam pela
Perfil investidor investe em um PGBL, mas quer investir
declaração completa do Imposto de Renda.
mais de 12% de sua renda bruta em
previdência privada.
107
QUESTÕ ES
2. (15.143) Ao efetuar uma análise sobre o plano de previdência mais adequado para seu cliente
(PGBL ou VGBL), você deverá levar em consideração:
I – Modelo da declaração de IR: Completo ou Simplificado.
II – Regime de tributação: Regressivo ou Progressivo.
III – Taxa Selic.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III.
b) I apenas.
c) I e II apenas.
d) III apenas.
3. (15.144) Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL, possui um benefício fiscal, em que o contribuinte
pode deduzir da sua base de cálculo da Declaração Anual de Imposto de Renda, desde que seja no
modelo completo, o máximo de:
a) 12%
b) 15%
c) 20%
d) 10%
4. (15.111) Pode-se dizer que o risco de crédito da seguradora que comercializa o fundo em um plano
de previdência privada está no período de:
a) Diferimento (acumulação).
b) Benefício.
c) Cobertura.
d) Não há risco de crédito em plano de previdência.
109
CPA-10
6. (15.193) Alíquota de imposto de renda incidente no resgate de um plano de previdência com regi-
me tributário progressivo, após 12 anos:
a) 15%
b) 10%
c) 35%
d) 22,50%
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GABARITO
1. B 2. C 3. A 4. A 5. D 6. A
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