Apostila Marketing - Carrnaza
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GIOVANNA CARRANZA
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PROFª. GIOVANNA CARRANZA
Mestre em Marketing Estratégico.
Formada em Administração de Empresas pela Universidade
Centroamericana – UCA.
Especialista em Marketing e Publicidade.
Atualmente é empresária, docente e palestrante em Administração,
inteligência Emocional e Empreendedorismo em universidades e nos
principais cursos preparatórios para concursos do Brasil.
Onde me encontrar?
@giovanna.carranza
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do Bem
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CURSO PREPARATÓRIO | BANCO DO BRASIL 2021
SUMÁRIO
MÓDULO 01 | O QUE É MARKETING...............................................................................7
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
1.1. PRINCÍPIOS GERAIS DO PLANEJAMENTO..........................................................9
1.2. TIPOS DE FILOSOFIA DE PLANEJAMENTO........................................................10
1.3. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO....................................................................12
1.4. OS COMPONENTES DO PLANO........................................................................13
1.5. FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO......................................................................14
1.6. BENCHMARKING?............................................................................................15
1.7. DIMENSÕES DO PLANEJAMENTO....................................................................15
2. BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO.............................................................................15
3. TIPOS DE PLANEJAMENTO........................................................................................17
3.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO........................................................................19
3.2. PLANEJAMENTO TÁTICO...................................................................................38
3.3. PLANEJAMENTO OPERACIONAL .....................................................................39
VAMOS APROFUNDAR O ESTUDO SOBRE IMAGEM................................................46
MARKETING EM EMPRESAS DE SERVIÇOS....................................................................50
INTANGIBILIDADE........................................................................................................52
INSEPARABILIDADE......................................................................................................52
VARIABILIDADE............................................................................................................53
PERECIBILIDADE...........................................................................................................53
MARKETING DE PRODUTOS..........................................................................................54
CARACTERÍSTICAS:.......................................................................................................54
MARKETING DE RELACIONAMENTO..............................................................................56
CARACTERÍSTICAS DO MARKETING DE RELACIONAMENTO........................................57
SATISFAÇÃO, VALOR E RETENÇÃO DE CLIENTES............................................................58
O PROCESSO DE ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE CONSUMIDORES....................................60
AS DEMANDAS DO MERCADO.......................................................................................65
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MÓDULO 01 | O QUE É MARKETING
No Brasil, o conceito de Marketing, ainda hoje, está desfocado. Muitas pessoas acham que Ma-
rketing significa uma forma de despertar desejos nos Clientes, uma forma de vender produtos de
qualquer maneira, mesmo que as pessoas não o queiram. Alguns leigos acreditam que Marketing
é “Uma maneira de fazer com que pessoas comprem o que não precisem com o dinheiro que não
têm”. Na verdade, Marketing é um estudo baseado em diversas ciências (Sociologia, Psicologia, Ma-
temática, Antropologia, Estatística, Filosofia, dentre outras).
O Marketing, enquanto ciência tem como objetivo conhecer profundamente, o comportamento
de pessoas e, a partir disso, tomar ações sobre elas, para satisfazer necessidades e desejos de cada
um.
O Marketing tornou-se uma força difundida e influente em todas as profissões. Em poucos anos,
despojou-se de sua antiga imagem de ser algo antiético e desnecessário e passou a ser visto como
um componente essencial para a formação e manutenção de diversas atividades profissionais, ten-
do, inclusive, seus conceitos aplicados nos mais diversos tipos de organização, desde times de fu-
tebol a igrejas, passando por governos e ONGs. Hoje, o marketing pode ser considerado essencial
para qualquer instituição, seja pública ou privada. O departamento de marketing se relaciona e
deve trabalhar em parceria com todos os departamentos, sem exceção, vendas, financeiro, produ-
ção, atendimento, recursos humanos, logística, segurança, etc.
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1. INTRODUÇÃO
Está claramente comprovado que empresas que planejam têm resultados superiores àquelas que
agem de uma maneira impulsiva, sem a análise da situação atual ou ponderação das estratégias mais
factíveis.
O trabalho de um gestor ou administrador não pode ficar restrito apenas ao atual, ao hoje, ao pre-
sente, é necessário ir além do imediato e projetar-se para o futuro. Decisões estratégicas precisam
ser tomadas. Dessa maneira, permite-se que a empresa cresça, desenvolva-se e sobreviva em um
ambiente altamente competitivo e hostil no caso das instituições privadas e no caso das instituições
públicas buscar maior competitividade e atendimento das necessidades do cidadão.
Ao planejar, o administrador configura e reconfigura continuamente a sua organização ou a unidade
organizacional que administra. É necessário saber em qual direção deseja que sua organização siga,
tomar as decisões necessárias e elaborar os planos e estratégias para que isso se torne realidade. O
planejamento está voltado para o futuro, e o futuro requer uma atenção especial. É para ele que a
organização deve estar preparada a todo instante.
Palavras-chave relacionadas com planejamento: definir, estabelecer, prever, programar, antecipar, re-
duzir a incerteza, prevenir.
O planejamento é o processo que objetiva orientar o sistema de decisões que afetam o futuro, visan-
do reduzir a incerteza.
Segundo Peter Drucker, como qualquer decisão gerencial importante pode levar anos para se tornar
realidade – pesquisas, construção de novas instalações, ou projeto de um novo produto ou serviço,
ela deve também ser produtiva durante anos para obter o retorno de seus investimentos1. No caso
de uma instituição pública, o retorno também é buscado, só que é um retorno social.
De acordo com o Dicionário Aurélio (2010), planejamento é o ato ou efeito de planejar. Pode ser de-
finido como um processo articulado de definição de objetivos e de escolha dos meios para atingi-los.
O planejamento é um processo de análise e decisão racional que antecede e acompanha a ação da
organização na procura de solução para os problemas, ou com vistas a aproveitar as oportunidades,
com eficiência, eficácia e constância.
Segundo Paludo (2009), planejamento é um processo racional para a tomada de decisão, com vistas
a selecionar e executar um conjunto de ações, necessárias e suficientes, que possibilitarão partir de
uma situação atual existente e alcançar uma situação futura desejada.
É falso acreditar que um planejamento é elaborado apenas por uma pessoa. A participação dos fun-
cionários até de outros níveis hierárquicos inferiores, dos clientes e dos fornecedores é necessária.
A instituição privada pode incentivar a liberdade e a iniciativa de seus colaboradores, desde que não
contrariem nenhuma proibição expressa na legislação, a instituição pública também pode incentivar
a liberdade e a criatividade, mas dentro daquilo que lhe é permitido (princípio da legalidade).
Planejamento é a primeira função administrativa do processo organizacional (planejamento, organi-
zação, direção e controle). Ele define objetivos e decide sobre os recursos e tarefas necessários para
alcançá-los adequadamente.
1 Drucker, Peter F. Management – tasks, responsabilities, practices. New York: HarperCollins. 1997 p. 121.
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3 Ackoff, Russel L. Planejamento Empresarial. 1a. edição. 1976 Livros Técnicos e Científicos p. 59
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
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2) Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos. Simultaneamente à definição dos obje-
tivos, deve-se avaliar a situação atual em contraposição aos objetivos desejados, verificar onde
se está e o que precisa ser feito.
3) Desenvolver premissas quanto às condições futuras. Premissas constituem os ambientes es-
perados dos planos em operação. Como a organização opera em ambientes complexos, quanto
mais pessoas estiverem atuando na elaboração e compreensão do planejamento e quanto mais
se obter envolvimento para utilizar premissas consistentes, tanto mais coordenado será o pla-
nejamento. Trata-se de gerar cenários alternativos para os estados futuros das ações, analisar o
que pode ajudar ou prejudicar o progresso em direção aos objetivos. A previsão é um aspecto
importante no desenvolvimento de premissas. A previsão está relacionada com pressuposições a
respeito do futuro.
4) Analisar as alternativas de ação. O quarto passo do planejamento é a busca e análise dos cur-
sos alternativos de ação. Trata-se de relacionar e avaliar as ações que devem ser tomadas, es-
colher uma delas para perseguir um ou mais objetivos, fazer um plano para alcançar os objeti-
vos.
5) Escolher um curso de ação entre as várias alternativas. O quinto passo é selecionar o curso de
ação adequado para alcançar os objetivos propostos. Trata-se de uma tomada de decisão, em
que se escolhe uma alternativa e se abandonam as demais. A alternativa escolhida se transforma
em um plano para o alcance dos objetivos.
6) Implementar o plano e avaliar os resultados. Fazer aquilo que o plano determina e avaliar cuida-
dosamente os resultados para assegurar o alcance dos objetivos, seguir através do que foi plane-
jado e tomar as ações corretivas à medida que se tornarem necessárias.
A racionalidade limitada do indivíduo impede que as decisões sejam ótimas, logo, em um plane-
jamento, principalmente se for estratégico, não é adequado que sejam tomadas apenas por uma
pessoa. O planejamento nem sempre é feito por administradores, gestores ou por especialistas
trancados em escritórios e em apenas algumas épocas predeterminadas. Pode existir ampla partici-
pação dos funcionários de todos os níveis organizacionais. Embora seja uma atividade voltada para
o futuro, o planejamento é realizado continuamente e o ideal é que esteja abrangendo as ideias e
participações de um maior número de pessoas da organização. O planejamento deve ser constante
e participativo, dessa maneira se tem uma visão mais completa e sistêmica da situação, pois três,
cinco, oito cérebros conseguem idealizar, visualizar e pensar melhor que apenas um. A descentrali-
zação permite a participação e o envolvimento das pessoas em todos os aspectos do seu processo.
É o chamado planejamento participativo.
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Para a realização do planejamento, é vital conhecer o ambiente em que a organização está inserida.
Em outras palavras, qual é a sua missão, quais são seus objetivos básicos, capacitação e motivação
dos seus funcionários, situação econômica, qual é a sua situação em relação ao concorrente, qual
é a imagem formada pelos clientes e fornecedores, e outras informações necessárias para o conhe-
cimento da mesma. É importante a empresa conhecer quais os fatores chave para o seu sucesso. A
partir daí, pode-se começar a pensar em planejamento.
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1.6. Benchmarking?
Mais adiante aprofundaremos mais esse conceito, já que ele faz parte das ferramentas da gestão
da qualidade, mas precisamos adiantar um pouco a teoria. O benchmarking é um dos mais úteis
instrumentos de gestão para melhorar o desempenho das empresas e conquistar a superioridade
em relação à concorrência. Baseia-se na aprendizagem das melhores experiências de empresas si-
milares e ajuda a explicar todo o processo que envolve uma excelente “performance” empresarial.
A essência deste instrumento parte do princípio de que nenhuma empresa é a melhor em tudo, o
que implica reconhecer que existe no mercado quem faz melhor do que nós. Habitualmente, um
processo de benchmarking arranca quando se constata que a empresa está diminuindo a sua renta-
bilidade. Quando a aprendizagem resultante de um processo de benchmarking é aplicada de forma
correta, facilita a melhoria do desempenho em situações críticas no seio de uma empresa.5
Em outras palavras, benchmarking é a técnica por meio da qual a organização compara o seu
desempenho com o de outra. Por meio do benchmarking, uma organização procura imitar outras
organizações, concorrentes ou não, do mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de
maneira particularmente bem feita (essa frase já caiu idêntica em provas, tanto da FCC como do
CESPE).
Questões importantes a serem identificadas na elaboração do planejamento:
• Dá para fazer?
• Vale a pena fazer?
• Quem faz?
• Como fazer bem?
• Funciona?
2. BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO
As empresas estão cada vez mais em ambientes altamente mutáveis e complexos, enfrentam uma
enorme variedade de pessoas, fornecedores e concorrentes. Do lado externo, temos os concorren-
tes, o governo e suas regulamentações, a tecnologia, a economia globalizada, os fornecedores etc.
No ambiente interno, existe a necessidade de trabalhar de forma cada vez mais eficiente, novas
estruturas organizacionais, funcionários, recursos e muitos desafios administrativos.
O planejamento oferece inúmeras vantagens nessas situações, inclusive melhora a capacidade da
empresa de se adaptar às mudanças (flexibilidade organizacional), ajuda na coordenação e admi-
nistração do tempo.
Vejamos algumas vantagens:
5 Camp, Robert C., Benchmarking O caminho da Qualidade, São Paulo, Pioneira, 1993.
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3. TIPOS DE PLANEJAMENTO
6 Idalberto Chiavenato – Administração Geral e Pública. 3a. edição Manole 2012 p. 80 – 100
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PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO
DISCRIMINAÇÃO
ESTRATÉGICO TÁTICO
Quanto ao prazo Mais Longo Mais curto
Quanto à amplitude Mais amplo Mais restrito
Quanto aos riscos Maiores Menores
Quanto às atividades Fins e meios Meios
Quanto à flexibilidade Menor Maior
PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO
DISCRIMINAÇÃO
TÁTICO OPERACIONAL
Quanto ao prazo Mais Longo Mais curto
Quanto à amplitude Mais amplo Mais restrito
Quanto aos riscos Maiores Menores
Quanto ãs atividades Meios Meios
Quanto à flexibilidade Menor Maior
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O planejamento estratégico não se confunde com o tradicional planejamento de longo prazo, que,
basicamente, projeta para o futuro as mesmas situações tidas no passado. Ele aponta o caminho
a ser seguido pela organização, como forma de responder às mudanças no ambiente. É o planeja-
mento mais amplo e abrangente da organização e é de responsabilidade dos níveis mais altos da
empresa. Ele é projetado para o longo prazo, tendo seus efeitos e consequências estendidos por
vários anos à frente. Envolve a empresa em sua totalidade, abrange todos os recursos e áreas de
atividade e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional.
OBSERVAÇÃO: preste atenção na seguinte frase do Chiavenato e Paludo:
O planejamento estratégico é diferente e mais amplo do que o planejamento tradicional de longo
prazo.
Se cair assim, você já sabe que a questão está verdadeira, pois o planejamento estratégico vem subs-
tituir o planejamento tradicional.
Para Fischmann e Almeida (1991, p. 25), o conceito de planejamento estratégico é definido da se-
guinte forma:
“Planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do
ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças, dos seus pontos
fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósi-
to de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos.”
Para que o planejamento organizacional tenha sucesso, é necessário o comprometimento e partici-
pação da cúpula administrativa em todas as etapas do processo, desde a sua concepção, elaboração
e implementação. Todos os demais planos estarão subordinados, submissos e alinhados ao estraté-
gico.
O planejamento estratégico exige uma mudança cultural do pensamento no individualismo “eu”
(área/setor) para o pensamento em equipe “nós” (organização), e torna-se uma conquista para as
organizações, pois aumenta a visão da empresa sobre o futuro e possibilita alcançar melhores re-
sultados, antecipando-se às mudanças futuras e aproveitando as oportunidades identificadas.
No planejamento estratégico são elaboradas as estratégias que serão usadas pela organização para
conseguir a sua competitividade e diferencial. A partir dessas estratégias são desdobrados os planos
em ação e metas para toda a empresa. As estratégias são típicas do nível estratégico.
No processo de elaboração da estratégia são analisados o conjunto de forças e fraquezas organizacio-
nais do ambiente interno e as oportunidades e ameaças do ambiente externo. No capítulo anterior, foi
dito que estratégia é o caminho escolhido pela organização para alcançar seus objetivos ou superar
algum desafio. Esse caminho deve ser traçado de acordo com as competências, capacidades próprias
de cada organização e deve orientar um comportamento global, compreensivo e sinérgico de todos os
seus componentes.
Já foi questão de prova: a estratégia deve estar alinhada com a missão e a visão, e corresponde a um
conjunto de decisões definidas para orientar a execução das ações que possibilitarão o alcance dos
objetivos fixados no plano.
De acordo com Albuquerque; Medeiros; Feijó (2008), a estratégia é a principal referência da insti-
tuição em suas ações cotidianas. As ações nos níveis tático e operacional deverão ser procedidas de
modo a garantir que a instituição evolua dentro da estratégia traçada.
OBSERVAÇÃO: O planejamento estratégico tem a função de, por meio da estratégia, orientar a ges-
tão das organizações e influenciar o processo decisório de seus dirigentes.
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Características:
• restringe-se a fatores e variáveis quantitativos, objetivos e conhecidos;
• explica o futuro através do passado;
• futuro único e certo;
• modelo determinista e quantitativo.
Pode-se considerar que a abordagem projetiva se caracteriza em restringir fatores e variáveis quan-
titativos e a objetivos conhecidos. Também explica o futuro pelo passado.
Características:
• visão global, sistêmica, holística;
• variações qualitativas (quantificáveis ou não, subjetivas ou não, conhecidas ou não);
• futuros múltiplos e incertos;
• o futuro atua como determinante da ação presente;
• análise intencional, utiliza opiniões, julgamentos, pareceres, probabilidades etc.
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A abordagem projetiva mostra-se, na maior parte das vezes, insuficiente para direcionar a ação da
empresa no futuro e, por outro lado, a abordagem prospectiva cria futuros desejáveis e estrutura
as estratégias a partir do presente, como uma ferramenta útil para suprir, eficientemente, esse as-
pecto do planejamento estratégico.
Como foi dito anteriormente, o futuro é incerto e imprevisível, mas com certeza será diferente do
presente e para amenizar essa incerteza, utiliza-se a técnica de “cenários”. Como os cenários são
projeções de ambientes futuros, são futuros potenciais. Geralmente, trabalha-se com mais de um ce-
nário, haja vista as incertezas que o permeiam.
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3.1.4. Valores
Os valores são padrões orientadores de conduta, definidos para a organização e comunicam
como cada colaborador deve se comportar no desempenho das atividades e nas demais situações
do dia a dia. São definidos pela alta administração e revelam suas preferências e ideologias pes-
soais.
Valores são princípios, crenças, normas e padrões que orientam o comportamento e a atuação da
organização, e que devem ser internalizados e incorporados em sua cultura. Valores são virtudes,
são bens desejáveis que traduzem um sentido comum, uma visão única a ser compartilhada por
diretores, gerentes e funcionários.
• refutam o individualismo;
• reforçam os laços entre os funcionários e suas organizações;
• aumentam a lealdade;
ATENÇÃO! Os valores: • favorecem a comunicação;
• são guias genéricos para as decisões e as ações;
• reforçam o otimismo;
• são a chave para a construção de uma consistência organizacional.
Os valores são essenciais para o pensamento estratégico e não devem ser reduzidos a simples pro-
clamação de palavras de efeito, mas por representarem os credos organizacionais, devem ser in-
ternalizados e disseminados como guias norteadores para as relações internas e externas, tanto na
relação funcionário-funcionário, funcionário-cliente, funcionário-fornecedor etc.
Os valores são definidos por palavras como: ética, honestidade, excelência, compromisso, respon-
sabilidade, trabalho, valorização dos funcionários, não preconceito etc.
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Análise interna
A análise interna é restrita, controlável e identifica os pontos fortes e os pontos fracos da organiza-
ção. Identifica quais as práticas atuais da organização e o seu modo de fazer.
Pontos fortes são competências, fatores ou características positivas que a organização possui e que
favorecem o cumprimento de sua missão, devendo ser considerados na elaboração das estratégias.
Referem-se às habilidades, capacidades e competências básicas da organização. Pessoal qualificado e
motivado, por exemplo, é considerado um ponto forte da organização.
Pontos fracos são as deficiências, fatores ou características negativas que se encontram presentes na
organização e prejudicam o cumprimento de sua missão, devendo ser objeto de programas específi-
cos para eliminá-los ou minimizá-los. As características negativas internas podem inibir ou restringir
o desempenho da organização. Referem-se à ausência de capacidades e/ou habilidades, elas devem
ser superadas ou contornadas para que a organização alcance o nível de desempenho desejado. Di-
gamos que a empresa tenha um sistema de informação obsoleto, ou que os funcionários estejam
desmotivados, são exemplos de prontos fracos.
Nessa etapa é feita a avaliação do desempenho da organização em relação a todas as áreas funcio-
nais, para identificar quais as competências, fatores ou características que a empresa possui para
atingir seus objetivos. Identificam-se os pontos fortes e também as carências de cada área.
Pode ser utilizado, como ferramenta de avaliação, o benchmarking. Assim como já foi dito anterior-
mente, essa técnica consiste em identificar as melhores empresas e quais as técnicas, métodos e
estratégias que elas utilizaram e utilizam para conquistar, manter e fortalecer suas áreas funcionais
e seus processos (identifica as melhores práticas dessas empresas de sucesso).
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Análise externa
O ambiente externo, em geral, é um conceito amplo que inclui todos os elementos do contexto social
em que a organização está inserida, incluindo as entidades concorrentes atuais, potenciais, fornece-
dores, clientes, governo, fatores sociais, culturais, tecnológicos, políticos etc.
A análise externa é ampla, lida com o incontrolável e se refere ao conhecimento do ambiente externo
à organização. Esse conhecimento da parte externa também é indispensável e irá influenciar na defi-
nição da estratégia a ser utilizada pela organização.
Nas organizações, essa análise irá abranger, no macroambiente, itens políticos, legais, econômicos,
tecnológicos e socioculturais, e no ambiente setorial, os concorrentes, fornecedores, compradores,
novos produtos e/ou produtos substitutos, e governo.
OBSERVAÇÃO: O macroambiente das organizações é constituído por um conjunto amplo e complexo
de variáveis tecnológicas, políticas, econômicas, legislativas, sociais, demográficas e ecológicas que en-
volvem e influenciam as empresas.
Veja o seguinte: Martinho Almeida (2009) afirma que a análise do ambiente (externa) é a etapa
mais importante do planejamento estratégico, pois é quando as entidades são levadas a alcançar
a eficácia pela descoberta de oportunidades e ameaças. Para Almeida, o ambiente de uma entida-
de é tudo aquilo que influencia em seu desempenho, sem que ela pouco ou nada possa fazer para
mudar tais fatores ou variáveis.
Exemplo da Matriz SWOT de uma empresa:
Forças Fraquezas
• Boa imagem • Falta de direção e estratégia
• Qualidade do produto • Pouco investimento em inovação
• Baixo custo • Linha de produtos muito reduzida
• Parcerias • *Distribuição limitada
• Distribuição • Custos altos
• Liderança de mercado • Problemas operacionais internos
• Competência • Falta de experiência da administração
• Tecnologia própria • *Falta de formação dos funcionários
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Oportunidades Ameaças
• Rápido crescimentos de mercado • Recessão
• Abertura aos mercados estrangeiros • Nova tecnologia
• Empresa rival enfrenta dificuldade • Mudanças demográficas
• Encontrados novos usos do produto • Empresas rivais adotam novas estratégias
• Novas tecnologias • Barreiras ao comércio exterior
• Mudanças demográficas • Desempenhos negativos das empresas
• Novos métodos de distribuição associadas
• Diminuição da regulamentação • Aumento da regulamentação
Em relação aos objetivos, as fortalezas (potencialidades) e oportunidades ajudam no alcance dos ob-
jetivos, já as debilidades (pontos fracos) e ameaças atrapalham.
Análise SWOT
na conquista do objetivo
AJUDA ATRAPALHA
(S) (W)
Interna (Organização)
Origem Forças Fraquezas
do fator (O) (T)
Externa (Ambiente)
Oportunidades Ameaças
OBSERVAÇÃO: A análise SWOT pode cair também na sua prova com a sigla FOFA (Fortalezas, Oportuni-
dades, Fraquezas e Ameaças) ou POFA, com Potencialidades no lugar de Fortalezas.
É muito importante saber também o conceito de estabilidade. Estabilidade “se refere a até que
pontos os elementos são dinâmicos. Um ambiente é estável se permanecer relativamente o mes-
mo durante um certo período de tempo (por exemplo, serviços públicos). Ambientes instáveis, por
outro lado, são aqueles que passam por mudanças abruptas, que são rápidas e muitas vezes ines-
peradas (por exemplo, alta tecnologia)”7.
Questão comentada
(CESPE TRE/GO 2015) Considere que, em um tribunal regional eleitoral, haja pequena quantidade
de profissionais com conhecimento profundo na área de direito eleitoral e que, nesse mesmo tri-
bunal, seja feito um planejamento estratégico com uso de análise SWOT. Nessa situação, de acordo
com os princípios desse tipo de análise, a carência de especialistas deve ser considerada uma ame-
aça ao cumprimento da missão do tribunal.
Errada. Quando em uma instituição há pequena quantidade de profissionais com conhecimento
profundo sobre um assunto essencial, a análise identifica que é considerada uma FRAQUEZA e não
é uma AMEAÇA. É uma fraqueza já que é uma falha do ambiento interno.
7 BOWDITCH, James L. e BUENO, Anthony F Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992 , p.
147.
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OBSERVAÇÕES
• A ameaça de entrada de novos concorrentes em potencial coloca um limite nos preços e modula
o investimento.
• O poder do comprador influencia os preços que as empresas podem cobrar, influenciam também
o custo e o investimento, pois compradores poderosos exigem serviços dispendiosos, da mesma
forma que influencia a ameaça de substituição.
• O poder de negociação dos fornecedores determina o custo das matérias-primas e de outros
insumos.
• A intensidade da rivalidade influencia os preços, assim como o custo da concorrência, pois os pre-
ços hoje em dia são estabelecidos pelo mercado.
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O conceito de controle organizacional será aprofundado mais adiante, mas podemos antecipar que
é uma função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente
estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de
realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar o desempenho
ou interferir em função do processo administrativo para assegurar que os resultados satisfaçam às
metas, desafios e aos objetivos estabelecidos.
Através do controle verifica-se que o planejamento estratégico não deve ser visualizado como a so-
lução de todos os problemas da empresa, mas como um instrumento administrativo que realmente
ajuda a empresa a se conhecer e a ter visão do futuro.
Segundo Martinho Almeida (2009), “em uma organização onde as pessoas têm a visão estratégica
não é necessário que se determine tudo o que elas devem fazer, pois a visão orienta as ações”.
Questões estratégicas
Esse assunto é bastante cobrado em prova. É muito importante para a empresa determinar as ativi-
dades vitais, críticas, importantes. As questões estratégicas são muito parecidas com os fatores crí-
ticos de sucesso do planejamento tradicional. A definição dessas questões antecede a definição dos
objetivos e a escolha das estratégias, e dão início à elaboração do plano estratégico propriamente
dito. Tratam-se de questões abrangentes e relevantes para o sucesso da organização, e que por isso
devem ser adequadamente respondidas (encontrando-se soluções adequadas).
Questões estratégicas são os principais temas que podem abalar o cumprimento da missão e o
alcance da visão se não forem bem estabelecidas, constituindo-se em preocupações constantes da
alta direção da organização. Elas irão delinear as políticas e influenciar a elaboração das estratégias.
Mas se forem estabelecidas de uma maneira adequada, podem ajudar no sucesso da empresa.
As questões estratégicas apresentam características que as diferenciam das demais questões que a
organização terá que responder.
Essas questões:
• requerem esforço extra da organização e de cada área afetada;
• importam em maior impacto no fortalecimento dos pontos fortes e na eliminação dos pontos
fracos/ameaças;
• são relevantes e inadiáveis;
• podem definir a própria sobrevivência da organização.
Não existe um número ideal de questões, mas elas devem abranger os elementos identificados na
visão de futuro e no diagnóstico da situação atual. Primeiro, identifica-se um grande número de
questões estratégicas, e, em seguida, priorizam-se as questões de acordo com a sua relevância e
impacto para a organização.
A elaboração dessas questões pode ser feita em três etapas:
1) escreve-se a questão de maneira objetiva;
2) explica-se porque a questão é fundamental para a organização;
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3) relacionam-se as consequências de não trabalhar a questão, de não ter uma estratégia adequa-
da como resposta.
Para Hamel e Prahalad8 a intenção estratégica de uma organização tangibiliza a capacidade de so-
nho e criação, através da sustentação de uma posição competitiva a longo prazo.
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→ Definição de estratégias
A estratégia é o caminho, a maneira pela qual os objetivos e as metas serão alcançados. Para que
as estratégias possam ser estabelecidas, deve-se primeiro fazer o diagnóstico, analisar a situação
atual. Podem ser estabelecidas várias estratégias, inclusive diferentes para cada área, mas sempre
devem estar em harmonia e integradas.
Martinho Almeida destaca que os conceitos de estratégia e objetivos estão intimamente ligados,
pois “enquanto a estratégia dá o caminho, o objetivo mostra aonde se quer chegar”.
Existem vários conceitos de autores sobre o significado de estratégia:
• De acordo com Henry Mintzberg, estratégia é uma forma de pensar no futuro, integrada no pro-
cesso decisório. Um procedimento formalizado e articulador de resultados. Um programa de tra-
balho.
• Richard Pascale define a estratégia como o processo de selecionar oportunidades, definidas em
termos de clientes a serem atendidos e produtos a serem oferecidos e, ao mesmo tempo, como
o processo de tomar decisões sobre investimentos de recursos com a finalidade de atingir obje-
tivos.
• Estratégia, segundo Hampton, é um plano que relaciona as vantagens da empresa com os desa-
fios do ambiente. O desafio da estratégia é adaptar a organização com sucesso a seu ambiente.
• Estratégia, segundo Hamel e Prahalad, é o processo de construir o futuro, com base no aproveita-
mento das competências fundamentais da empresa.
• Segundo Robbins e De Cenzo, os planos que se aplicam à totalidade da organização, que esta-
belecem seus objetivos globais e que procuram posicionar a organização em seu ambiente, são
chamados planos estratégicos.
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Matriz de Ansoff
Produtos
Tradicionais Novos
Tradicionais Penetração no mercado Desenvolvimento de produto
Mercados
Novos Desenvolvimento de mercado Diversificação
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Antônio Maximiano (2000) ensina que “os planos das organizações precisam ser explicitados, for-
malizados e escritos, para documentação, comunicação, definição de responsabilidades, atendi-
mento de exigências legais, avaliação e aprovação”.
Enquanto o plano estratégico é genérico, abrangente, sistêmico, os planos táticos ou setoriais são
menos genéricos e constituídos para cada área funcional da organização (finanças, produção, re-
cursos humanos etc.). Os planos setorizados devem também ser desmembrados em planos opera-
cionais, que são mais detalhados, minuciosos.
• Implementação
Após o desmembramento dos planos gerais em planos setoriais, e desses em planos operacionais,
agora é o momento de agir, de colocar o documento em prática. A implementação corresponde à
execução dos planos operacionais e dos programas (conjunto de ações) – ambos compreendendo
um conjunto de atividades.
• Avaliação
Na avaliação, deve-se comparar os objetivos alcançados com os objetivos pretendidos. São ativida-
des do processo de avaliação: medir, mensurar, comparar, identificar erros e corrigi-los. Uma fun-
ção básica é estabelecer um padrão de medida, o que é o correto, para depois focar se a empresa
conseguiu a eficiência, a eficácia, a efetividade, a economicidade, a legalidade etc.
Vamos relembrar os conceitos de alguns indicadores de desempenho:
• Eficiência: é o uso racional e econômico dos recursos na produção de bens e serviços, recursos
humanos, materiais, financeiros, tecnológicos, ambientais etc.
• Eficácia: é o grau de alcance das metas e objetivos, é uma medida de resultados utilizada para
avaliar o desempenho da administração.
• Efetividade: é o impacto das ações, dos programas e projetos, se trouxeram algo positivo para
os clientes, usuários e sociedade em geral, é o grau de satisfação das necessidades e dos dese-
jos da sociedade pelos serviços prestados pela instituição.
A avaliação serve como instrumento de aprendizado organizacional, pois só posso corrigir algo se
eu souber que estou fazendo errado, permitindo dessa maneira uma melhoria contínua e acúmulo
de conhecimentos para utilização futura.
AMBIENTE INTERNO
SWOT Predominância de Predominância de
Pontos fracos Pontos fortes
Predominância de: Estratégias de
Estratégias de Manutenção
AMBIENTE Ameaças Sobrevivência
EXTERNO Predominância de: Estratégias de Estratégias de
Oportunidade Crescimento Desenvolvimento
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• Estratégias de Sobrevivência, quando existem mais ameaças e pontos fracos, e a empresa de-
verá pautar-se por objetivos e estratégias emergenciais, no sentido de eliminar os pontos fracos.
É uma postura preocupante. As ações deverão ser pautadas pela rapidez e tentar diminuir o im-
pacto das ameaças. Esta postura demonstra fragilidade singular da organização.
• Estratégias de Manutenção, quando existem mais ameaças e pontos fortes, não apresenta a fase
aguda da sobrevivência. Todavia, poderá simultaneamente atuar com objetivos e estratégias para
eliminar os pontos fracos e potencializar os pontos fortes. Permanece a nuance das ameaças.
• Estratégias de Crescimento, quando existem mais oportunidades e pontos fracos, o impacto
dos pontos fracos não é tão agudo. Nessa situação, a organização pode partir para eleger objeti-
vos e estratégias que permitam corrigir os pontos fracos e também aproveitar mais intensamen-
te as oportunidades que o ambiente externo oferece.
• Estratégias de Desenvolvimento, quando existem mais oportunidades e pontos fortes, é o ideal
de Postura Estratégica. Nesse quadrante, a organização encontra-se em sua plenitude. Ela pode
potencializar seus pontos fortes e maximizar as oportunidades.
Na análise do AMBIENTE EXTERNO, deve-se considerar a atratividade dos ramos de negócios:
• NEGÓCIO IDEAL: com muitas oportunidades e poucas ameaças;
• NEGÓCIO ESPECULATIVO: igualmente com muitas oportunidades e ameaças;
• NEGÓCIO MADURO: com poucas oportunidades e ameaças;
• NEGÓCIO ARRISCADO: com poucas oportunidades e muitas ameaças.
Resumindo, visualizamos que o planejamento estratégico se assenta sobre três parâmetros: a vi-
são do futuro, os fatores ambientais externos e os fatores organizacionais internos. Começa com
a construção do consenso sobre o futuro que se deseja: é a visão que descreve o mundo em um
estado ideal. A partir daí, examinam-se as condições externas do ambiente e as condições internas
da organização.
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De acordo com Chiavenato: “As políticas constituem exemplos de planos táticos que funcionam
como guias gerais de ação. Elas funcionam como orientações para a tomada de decisão. Geralmente
refletem um objetivo e orientam as pessoas em direção a esses objetivos em situações que requei-
ram algum julgamento. As políticas servem para que as pessoas façam escolhas semelhantes ao se
defrontarem com situações similares. As políticas constituem afirmações genéricas baseadas nos ob-
jetivos organizacionais e visam oferecer rumos para as pessoas dentro da organização.”
As políticas definem limites ou fronteiras para a tomada de decisões das pessoas, reduzindo o seu
grau de liberdade, geralmente são definidas para cada departamento e cada uma pode ser desdobra-
da em outras políticas mais detalhadas.
OBSERVAÇÃO: As políticas refletem um objetivo e tem como função aumentar as chances de acerto
quando a situação requer julgamento. Podem ser explicitas – quando escritas ou orais e fornecem in-
formações para a tomada de decisões; ou implícitas (tácitas) – quando subentendidas e consideradas
de conhecimento geral.
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PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Definem a missão, o futuro e as formas de atuar no ambiente (produtos
PLANOS ESTRATÉGICOS e serviços, clientes e mercados, vantagens competitivas), bem como os
objetivos de longo prazo.
PLANOS FUNCIONAIS Definem os objetivos e cursos de ação das áreas funcionais (marketing,
OU ADMINISTRATIVOS finanças, operações, recursos humanos) para realizar os planos estratégicos.
Definem atividades, recursos e formas de controle necessários para realizar
PLANOS OPERACIONAIS
os cursos de açào escolhidos.
Para continuarmos, você precisa saber a diferença entre eficiência, eficácia e efetividade.
→ Eficiência e Eficácia Organizacionais
Dois conceitos simples:
• Eficiência – fazer certo.
• Eficácia – fazer a coisa certa.
Exemplo: Suponha que o Gerente Publicitário de uma empresa de cartões de crédito tem planos
para aumentar o número de associados que se beneficiam com o cartão oferecido.
Procurando atingir um público que pode adquirir o cartão, ele elabora um material que será reme-
tido pelo correio a centenas de residências. Visando comunicar a existência do cartão, as vantagens
que este oferece e os benefícios para o associado, o gerente elabora uma carta e prospectos con-
tendo fotos e desenhos coloridos. Tudo sendo feito utilizando recursos de computação gráfica.
Centenas de correspondências com este material são remetidas. É esperado um aumento do nú-
mero de associados em torno de 4% em 2 meses.
Passado esse período, verificou-se que o número de associados subiu apenas 1,5 %. A idéia da
emissão desse material via correio não atingiu plenamente o objetivo.
Observamos que o Gerente, no momento em que elaborou a carta e os prospectos fez um excelen-
te trabalho. Havia clareza de comunicação, ilustrações e fotos expositivas que complementavam as
informações. Utilizou-se papel metalizado com impressões em fotolito. Um trabalho de boa quali-
dade, porém a idéia não atingiu o objetivo almejado, que seria alcançar 4% no aumento de associa-
dos.
Podemos afirmar, então, que o Gerente Publicitário foi eficiente, porém não foi eficaz. Ao montar a
carta e os prospectos, realizou uma boa tarefa, "fez tudo certo". Apesar do material apresentar boa
qualidade, não foi uma idéia que conseguiu atrair o número desejado de novos associados. Não
atingiu o objetivo. A idéia do envio dessa correspondência não foi "a coisa certa a ser feita" afim
de conseguir 4% de aumento do número de associados. Uma idéia melhor poderia ter sido, talvez,
fazer anúncios em revistas, jornais, TV, etc
Eficiência significa fazer um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade.
Eficácia é fazer um trabalho que atinja um resultado esperado.
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Ao elaborar um material excelente, o Gerente foi eficiente , mas este trabalho não alcançou os re-
sultados esperados, então não foi eficaz.
Um administrador, no decorrer de suas atividades, deve alcançar ao mesmo tempo a eficiência e
a eficácia. Primeiro seu trabalho precisa alcançar o que se espera, os objetivos almejados, e esse
trabalho não deve conter erros demasiados. Deve estar o mais correto possível.
Se o administrador é eficaz, mas não é eficiente, ou seja, faz o trabalho certo para alcançar uma
meta, mas esse trabalho apresenta diversos erros, então os objetivos têm chances remotas de se-
rem alcançados.
Se o administrador é eficiente mas não é eficaz, ou seja, faz os seus trabalhos com um mínimo de
erros, mas nunca realiza um trabalho que levará ao alcance das metas, então os objetivos nunca
serão alcançados.
O administrador que é eficiente, porém não é eficaz, nunca alcança os resultados, ao passo que,
aquele que é eficaz mas não é eficiente, tem algumas chances de atingir bons resultados.
Por fim, o administrador que é eficiente e é eficaz sempre atinge resultados positivos.
Para que tudo isso possa ter lógica, veremos os níveis que existem em uma empresa.
Níveis
Conteúdo Tempo (prazo) Amplitude
Organizacionais
Genérico e Macroorientado: aborda a empresa
Estratégico Longo prazo
abrangente como uma totalidade
Menos genérico e Aborda cada unidade da empresa
Tático Médio prazo
mais detalhado separadamente
Detalhado e Microorientado: aborda apenas cada
Operacional Curto prazo
específico tarefa ou operação.
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IMAGEM INSTITUCIONAL
Intangível e abstrata. Assim é a Imagem Institucional. Não pode ser tocada, vista ou medida em ter-
mos absolutos; existe somente como um conceito na cabeça das pessoas. Mas, ainda assim, trata-
-se de um dos ativos mais preciosos que uma organização pode obter.
A presente pesquisa bibliográfica ratifica a argumentação acima.
Conforme Barich e Kotler (ref. 101), quanto mais os mercados se tornam competitivos, mais as
empresas necessitam configurar suas imagens de forma atraente. Os consumidores em potencial
têm uma imagem de todo fornecedor, da qualidade de seus produtos, serviços, políticas de preços
e assim por diante. Estas imagens que não são necessariamente acuradas de qualquer maneira,
influenciarão na decisão de compra daqueles consumidores.
Ries e Trout destacam em sua obra (ref. 012), atualmente considerada um clássico sobre formação
de imagem, que, para ser bem-sucedido, hoje em dia, é preciso ter os dois pés no chão e viver a re-
alidade. Mas a única realidade que conta é a que está na mente do indivíduo. Além disso, vivemos
numa era saturada de comunicação. Nesse contexto, a mente humana filtra ou rejeita grande parte
da informação que chega, só aceitando, de certo modo, o que coincide com seu conhecimento ou
experiência anterior. O público, num mecanismo de defesa, supersimplifica o significado das coisas,
pois é a única maneira de lidar com o constante e crescente fluxo informacional. É assim também
com as empresas, que, às vezes, são percebidas pelo mercado de maneira subjetiva e superficial.
Suas imagens são formadas por alguns fatores-chave considerados relevantes pelos diversos públi-
cos, os quais, por fim, determinarão suas respectivas reputações.
Seja como for, Lamons (ref. 067) registra que, conseguindo-se uma reputação favorável pelo geren-
ciamento competente da Imagem Corporativa, a empresa é recompensada com altas participações
de mercado, menores custos das vendas e lucros crescentes. Os responsáveis pela imagem das em-
presas deveriam, portanto, se certificar da consistência das mensagens emitidas pela empresa e,
também, deveriam partilhar suas interpretações de qual imagem comunicar.
Não é surpresa então que muitas empresas pareçam obcecadas por sua imagem.
Num trabalho compilado por Dickson, por exemplo, é relatado por que empresas como a Mobil ou
a IBM são vistas negativamente pelo mercado, apesar do montante de recursos investidos na cons-
trução de suas imagens.
Smith diz que os empresários sabem que hoje em dia as notícias correm numa velocidade de nano-
segundos, tornando a preservação de uma boa imagem algo extremamente complicado, indepen-
dentemente do fato de que tal preservação nunca tenha sido tão importante como agora.
David Glass, CEO da Wall-Mart, destacada rede varejista americana, declara e confirma que uma
boa imagem mantém o relacionamento com seus consumidores, fornecedores e funcionários; a
reputação empresarial é tudo nos negócios e deveria ser mantida a qualquer custo.
A importante revista empresarial Fortune, em consonância com esta temática, promove anualmen-
te uma pesquisa que aponta as dez corporações americanas mais admiradas. Na apresentação dos
resultados da pesquisa realizada em fins de 1991, Caminiti (ref. 046), articulista da Fortune, aponta
que uma boa imagem é a chave para a vantagem competitiva de qualquer empresa, grande ou
pequena. Estas empresas conseguem atrair talentosos trabalhadores, podem comercializar seus
produtos mais eficientemente e são capazes de manter a lealdade de seus consumidores. Caminiti
enfatiza que a informação sobre a imagem não é encontrada nos balanços das empresas e que um
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expert de Wall Street teria dificuldades para identificar o valor patrimonial de uma boa imagem.
Em continuação, salienta que uma sólida reputação toma o consumidor desejoso por pagar mais
pelo produto ou serviço, pois ele próprio se sente valorizado ao comprar produtos e marcas de em-
presas conceituadas; além disso, atrai e mantém os melhores profissionais ansiosos por trabalhar
na empresa, facilitando o recrutamento dos talentos da concorrência, abre as portas aos diversos
mercados e serve de trampolim para uma rápida aceitação de novos produtos, pela credibilidade
de uma Imagem Corporativa construída anteriormente.
Essas pesquisas anuais da Fortune procuram identificar empresas que recebam alta avaliação, se-
gundo oito critérios, junto a mais de 8000 executivos e analistas financeiros (ver quadro 1). Quanto
maior a pontuação obtida pela empresa, mais admirada e com melhor reputação ela é considera-
da. Nas edições da Fortune apresentando os resultados dessas pesquisas, são analisadas as justifi-
cativas por que certas empresas, de um ano para outro, são excluídas ou incluídas no ranking das
dez mais admiradas. A leitura comparada desses resultados fomece informações para o melhor
conhecimento dos fatores formadores da Imagem Institucional.
A conseqüência deste entendimento da Imagem Institucional como sendo algo muito importante é
a idéia de que a mesma seja uma geradora de rendimentos futuros.
A lógica desse raciocínio é extraída da Teoria dos Jogos. Assim, se um amigo constantemente cum-
pre suas promessas, acabamos construindo uma imagem positiva da pessoa, baseada na crença de
que a confiabilidade demonstrada faz parte de suas características; seu comportamento anterior
é um sinal que garante suas próximas ações. Da mesma maneira, o modo de agir de uma empresa
no passado passa a ser acreditada como sua característica inerente, responsável por sua reputação
presente e indicando como agirá no futuro.
Uma boa imagem é fundamental para as empresas globalizadas. Smith lembra que, ao se men-
cionar a IBM, a Coca-Cola, a Mercedes-Benz ou a Toyota, imediatamente vem à lembrança uma
imagem diferenciada, associada ao produto ou símbolo corporativo. Daí, tem-se que uma imagem
favorável é vital para obter prestígio e reconhecimento mundiais, o que favorece associações e
joint-ventures, abre canais a financiamentos, facilitando, ainda, os vínculos com fornecedores, dis-
tribuidores e autoridades em todos os países.
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Uma elevada imagem é, também, fator de superioridade competitiva. Como mostra Miller, os concor-
rentes de uma empresa com imagem conceituada precisam “levantar bem cedo” ao tentar superá-la,
pois empresas de excelente imagem geralmente se tomam líderes de mercado ao capitalizarem sua
reputação. Isso é confirmado pelos resultados obtidos por Buzzel e Gale, os quais demonstram que as
empresas com melhor imagem também desfrutam de uma maior participação de mercado.
O CONCEITO DE IMAGEM
Reconhecida sua importância, exige-se uma definição precisa do significado da imagem como re-
quisito para um eficaz gerenciamento de sua construção. Kotler e Andreasen usam o termo ima-
gem como a soma de crenças, atitudes e impressões que uma pessoa ou grupo tem de um objeto,
uma pessoa, um lugar, uma marca, um produto ou uma empresa. É, portanto, o resultado da per-
cepção, que poderá ser falsa ou verdadeira, imaginada ou real. Esta definição procura diferenciar
imagem de outros conceitos correlatos ou próximos, como crença, atitude, estereótipo ou valor.
Para Rokeach a imagem é mais que a simples crença. Assim, a crença de que os políticos estão mais
preocupados com seus interesses do que com a sociedade é apenas um elemento de uma imagem
maior que se tem do Congresso. Por outro lado, imagem e atitude não coincidem necessariamente.
Se selecionarmos duas pessoas com a mesma imagem do Parlamento, qual seja a de que é uma
dispendiosa instituição de privilegiados, a primeira pessoa pode considerar sua manutenção impor-
tante para a preservação da democracia, enquanto a outra pode ter uma atitude a favor do encer-
ramento de suas atividades como solução para seus desmandos.
Britt identifica a diferença entre imagem e estereótipo. Para ele, estereótipo sugere uma imagem
altamente distorcida e simplista, pressupondo uma atitude anterior favorável ou desfavorável ao
objeto. Já a imagem se refere a uma percepção mais pessoal, podendo variar bastante de uma pes-
soa para outra.
Assim como em outras situações, a imagem de uma empresa não representa necessariamente sua
realidade. Será sempre a resultante de um processo perceptivo subjetivo, pois o meio pode não ser
a mensagem, mas ele a afeta seriamente.
O meio, em vez de funcionar como um sistema de transmissão, na verdade funciona como um fil-
tro. Só uma pequena fração da matéria original chegará à mente do receptor. É, portanto, previsível
que as crenças dos indivíduos acabem por formar imagens, por vezes distorcidas e estereotipadas
dos objetos. Mas são elas que determinam que produto se deseja, quais as marcas mais confiáveis
e em quais empresas se poderá depositar confiança.
Então, o que as pessoas vêem depende das características dos estímulos, tanto quanto de suas
personalidades, seus valores, experiências e crenças. A imagem envolve o interior e o exterior do
indivíduo, contemplando necessidades conscientes, como também demandas inconscientes ou re-
primidas.
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Outro autor, Joseph Boney, relata o caso de várias empresas coligadas que pretendem reunir-se
numa só, com o objetivo de estabelecer mais claramente para o público sua identidade: “... embora
nossas empresas tenham os mesmos proprietários, cada uma delas vinha atuando separadamente.
(...) O uso de equipes isoladas de vendas e marketing confunde os consumidores ...”. Curiosamente,
Sandra Pesmen cita o caso da Marriot Corp., que se está dividindo em duas empresas, com vistas a,
entre outros objetivos, marcar mais claramente a identidade de suas duas divisões, cada uma das
quais com produtos e segmentos mercadológicos bem definidos.
Fortemente associados à identidade corporativa estão o nome da corporação (ou da empresa),
a marca e o logotipo. Barbara Ettorre menciona estudos, que demonstram poder a mudança do
nome ter efeito imediato, positivo ou negativo, no preço da ação da empresa na Bolsa.
Às vezes, na perspectiva do público, o nome da empresa vem associado a seu produto principal.
Por exemplo, segundo Bradley Johnson , os responsáveis pela imagem da Nestlé perceberam que a
maioria do público americano vinha associando o nome da empresa apenas aos chocolates que ela
produz, deixando de associá-lo a seus outros incontáveis produtos, de onde decorreu campanha de
propaganda destinada a corrigir a situação.
Para vários autores, um fator importante na formação da Imagem Corporativa é a relação com o
público interno. Com o aumento da competitividade e flexibilidade está ocorrendo violenta mu-
dança na forma de produção e de gerenciamento nas empresas. Como decorrência desses e de
outros fatores, a dispensa de empregados tem sido freqüente. E o processo de dispensa pode ter
forte impacto na imagem da organização.
Os boatos, os boicotes, as fraudes podem desempenhar papel fundamental na cristalização da ima-
gem negativa de uma corporação. Assim, também, os acidentes, especialmente os ecológicos. Tais
acidentes, além dos prejuízos ao ambiente, à sociedade e aos indivíduos, podem repercutir desfa-
voravelmente nos custos e na imagem das corporações por eles responsáveis.
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De qualquer maneira o campo para pesquisas futuras, nesta área, deverá constituir-se no moni-
toramento dos programas de gerenciamento da Imagem Institucional, o qual terá por finalidade a
identificação das razões dos sucessos e insucessos obtidos nos citados programas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Heraldo Vasconcellos – Bibliotecário Supervisor do Serviço de Processos Técnicos da Biblioteca Karl
A. Boedecker da EAESP/FGV.
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não orientado pelo exterior, espontâneo, semelhante a esta mesma sensação, só que mais suave;
acompanhada das mesmas emoções agradáveis, agradável ou desagradável em menor grau.
Diante dos conceitos de imagem defendidos pelos autores acima, as organizações assumem que
cada vez mais a imagem percebida pelos seus clientes está diretamente ligada ao impacto financei-
ro, seja positivo ou negativo.
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MARKETING EM EMPRESAS DE SERVIÇOS
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dinheiro. Exemplos: alugar um quarto de hotel, depositar dinheiro em um banco, cortar o cabelo, viajar
de avião, aconselhar-se com um advogado - todas essas atividades envolvem a compra de um serviço.
Os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente e pressupõe uma relação de contato
direta entre empresa/consumidor.
Os serviços possuem as seguintes características que têm interesse para o marketing:
Intangibilidade
Os serviços são intangíveis porque não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou cheirados
antes de serem compra¬dos. Por exemplo, quem se submete a uma cirurgia plástica não pode ver
o resultado antes da compra, e os passageiros de empresas aéreas têm apenas uma passagem e a
promessa de uma chegada segura a seu destino.
Para reduzir a incerteza, os compradores procuram "sinais" de qualidade de serviço. Tiram suas
conclusões sobre a qualidade a partir de tudo que puderem observar sobre o lugar, as pessoas, o
equipamento, o material de comunicação e o preço. Por¬tanto, a tarefa do prestador de serviços é
tornar esses serviços tangíveis de várias maneiras.
No caso de entretenimento e serviços profissionais, os compradores preocupam-se muito com
quem vai prestar o serviço. Um show de Jô Soares não será o mesmo se ele adoecer e for substituído
por Chico Anísio. Uma defesa legal apresentada por um João Ninguém difere da apresentada por Bill
Gates. Quando os clientes têm fortes preferências de fornecedor, usa-se o preço como uma forma
de racionalizar o tempo limitado do fornecedor para oferecer seus serviços. Por isto um advogado
famoso cobra mais caro do que os advogados menos conhecidos.
Um banco que queira transmitir a ideia de que seu serviço é rápido e eficiente deve tornar seu
posicionamento estratégico tangível em todos os aspectos de contato com o consumidor. O local
físico do banco deve sugerir serviços rápidos e eficientes: seu exterior e interior devem ter linhas
harmoniosas, o fluxo de pessoas deve ser cuidadosamente planejado, as filas de espera devem
ser curtas, e a música de fundo, leve e otimista. Seus funcionários devem estar sempre ocupados
e corretamente vestidos. O equipamento – computadores, copiadoras, mesas - deve ter uma
aparência moderna. Suas propagandas e outros tipos de comunicações devem indicar eficiência,
com designs limpos e simples, e palavras e fotos cuidadosamente escolhidas para comunicar
o posicionamento do banco. Devem ser escolhidos um nome e um símbolo para seus serviços
sugerindo rapidez e eficiência. Os preços dos vários serviços do banco devem ser divulgados de
forma sempre simples e clara.
Inseparabilidade
Os produtos físicos são fabricados, estocados, mais tarde vendi¬dos e, por fim, consumidos.
Porém, os serviços são primeiro vendidos, depois produzidos e consumidos ao mesmo tempo.
Em serviços, produção e consumo são simultâneos. Serviços são inseparáveis daqueles que os
fornecem, sejam pessoas ou má¬quinas. Se um empregado presta serviços, ele é parte do serviço.
Quando ele eventualmente comete um erro, o cliente já recebe o serviço defeituoso por conta da
simultaneidade. Como o cliente também está presente quando o serviço é produzido, a interação
fornecedor-cliente é um aspecto especial do marketing de serviços. Tanto o fornecedor quanto o
cliente afetam o resultado do marketing de serviço.
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Variabilidade
Os serviços são altamente variáveis; sua qualidade depende de quem os proporciona e de quando,
onde e como são proporcionados. Por exemplo, alguns hotéis, como o Ritz-Carlton ou o Marriott,
têm fama de oferecer melhores serviços que outros. Em um determinado hotel Marriott, o
empregado que cuida do registro dos hóspedes é simpático e eficiente, enquanto outro funcionário
a dois passos dali pode ser desagradável e lento. Mesmo a qualidade do serviço de um único
empregado do Marriott varia de um dia para o outro, de acordo com sua energia e disposição e
energia no momento de contato com cada cliente.
As empresas de serviços podem tomar várias medidas para garantir o controle de qualidade. Podem
oferecer ao empregado incentivos que enfatizem a qualidade, como prêmios do funcionário do mês
ou bônus baseados no feedback do cliente. Pode verificar a satisfação do cliente regularmente por
meio de um sistema de sugestões e queixas, pesquisas com a clientela e comparação com o nível do
serviço em outros estabelecimentos semelhantes Quando se descobre um serviço malfeito, deve-
se corrigi-lo.
Perecibilidade
Os serviços são perecíveis e não podem ser estocados para vendas ou uso futuros. Alguns médicos
cobram dos pacientes consultas às quais eles não compareceram porque o valor do serviço existe até
o fim da hora marcada. Quando a demanda é constante, o fato de os serviços serem perecíveis não
causa maiores problemas; mas quando é flutuante, os problemas podem ser graves. Por exemplo, as
empresas de transporte público são obrigadas a manter muito mais equipamento devido à demanda
na hora do rush do que manteriam se a demanda fosse uniforme durante todo o dia.
As empresas de serviços podem empregar várias estratégias para produzir uma proporção melhor
ente demanda e oferta. Em termos da demanda, cobrar preços diferentes em horários diferentes
irá transferir uma parte da demanda dos períodos de pico para os de não-pico. Entre os exemplos,
incluem-se os preços mais baixos nas sessões de cinema do começo da tarde e descontos de
aluguéis de carros nos fins de semana. Pode-se também aumentar a demanda nos horários de
não-pico, como ocorreu quando o McDonald’s nos Estados Unidos começou a oferecer seu café da
manhã Egg McMuffin, e os hotéis criaram pacotes especiais para fins de semana. Serviços adicionais
podem ser oferecidos durante os horários de pico para proporcionar alternativas aos clientes que
são obrigados a esperar - como salas de coquetéis para esperar vagar uma mesa de restaurante, e
caixas automáticas nos bancos. Os sistemas de reserva ajudam a administrar o nível de demanda;
as empresas aéreas, hotéis e médicos utilizam-nas regularmente.
Em termos da oferta, pode-se empregar funcionários em tempo parcial para atenderem à demanda
quando o volume aumenta. As universidades empregam professores em tempo parcial quando
o número de matriculas aumenta, e os restaurantes recorrem a garçons e garçonetes em tempo
parcial. Pode-se administrar com mais eficácia a demanda nos horários de pico se os empregados
fizerem apenas tarefas essenciais durante esses períodos. Algumas tarefas podem ser transferidas
aos clientes, como preencher suas próprias fichas médicas ou embalar suas próprias compras em
supermercados. Finalmente, os fornecedores podem partilhar serviços, como no caso de vários
hospitais que partilham um equipamento de alto custo.
Participação do cliente no processo: atenção ao desenho das instalações e oportunidades
de co-produção.
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MARKETING DE PRODUTOS
O marketing de produtos destina-se a bens de consumo não duráveis, como alimentação, produtos
de higiene pessoal, vestuário; produtos duráveis, como eletrodomésticos, automóveis, objetos
de arte, móveis. Estes bens têm uma característica tangível, ou seja, podem ser produzidos,
examinados, como colocados em stock, transportados pelo comprador antes que a transação seja
finalizada com o vendedor que oferece e, eventualmente efetuar a venda.
Em virtude destes atributos, pode-se afirmar que produtos diferem de serviços em vários aspectos,
mas principalmente, por serem tangíveis. Além disso, a satisfação com o consumo de um produto
pode ser em lugares e períodos de tempo muito posteriores ao momento exato em que foram
comprados, ex: podemos comprar um bom vinho na Europa, e vir a consumi-lo quatro anos depois
em outro lugar. Outro atributo dos produtos diz respeito a sua condição de poder ser produzido e
vendido por pessoas com as quais não há necessidade de haver contato interpessoal.
Muitas vezes, torna-se difícil separar Marketing de Produtos de Marketing de Serviços, visto que
quando um consumidor adquire um produto, ele está a adquirir um novo serviço.
CARACTERÍSTICAS:
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As forças da marca:
• Preço
• Variedade de produtos
• Diversidade
• Publicidade
• Inovação
• Qualidade
• Versões limitadas
As fraquezas da marca:
• Banalização do produto
• Monotonia dos modelos
As oportunidades:
• Expansão de produtos para outras áreas de mercado. Mercados emergentes.
As ameaças:
• Crescente concorrência de marcas com preços mais competitivos e designs mais alternativos
• Envelhecimento populacional
• Saturação do mercado
O mix de marketing utilizado em serviços é ampliado, conhecido como 7 Ps. Além dos 4 Ps
tradicionais (Produto/Serviço, Preço, Praça e Promoção), se utilizam:
• People (Pessoas): todas as pessoas envolvidas direta e indiretamente na produção e consumo
de um serviço são parte importante do marketing mix.
• Process (Processos): os procedimentos, mecanismos e fluxo de atividades pelos quais um
serviço é consumido são elementos essenciais da estratégia de marketing.
• Physical Evidence (Evidências Físicas): o ambiente no qual um serviço é prestado, assim como
materiais impressos e outros itens físicos, podem tornar palpável a promessa que um serviço
representa.
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MARKETING DE RELACIONAMENTO
Não se pode de maneira alguma falar sobre marketing de relacionamento sem citar Regis McKenna,
considerado, pela maioria dos autores pesquisados, o pai do marketing de relacionamento. Segundo
McKenna (1992, p.06), “hoje o marketing não é uma função (...). É integrar o cliente à elaboração
do produto e desenvolver um processo sistemático de integração que dará firmeza à relação”.
Na concepção de McKenna, portanto, o vendedor, no sentido tradicional do termo, aquele que
empurra o produto para o consumidor está morto. Em seu lugar surge o facilitador, o agente capaz
de criar uma relação com o consumidor baseada na confiança e ganhos mútuos ao longo do tempo.
Segundo Stone e Woodcock (1998), o marketing de relacionamento é o uso de várias técnicas e
processos de marketing, vendas, comunicação e cuidado com o cliente para identificar clientes de
forma individualizada e nominal, criar um relacionamento duradouro entre a sua empresa e esses
clientes e administrar esse relacionamento para o benefício mútuo dos clientes e da empresa.
De acordo com Dias (2003, p. 301), o marketing de relacionamento é uma estratégia de marketing
que visa a construir uma relação duradoura entre cliente e fornecedor, baseada em confiança,
colaboração, compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, resultando na otimização
do retorno para a empresa e seus clientes.
Para Kotler (1998, p.30), “marketing de relacionamento é a prática da construção de relações
satisfatórias de longo prazo com partes-chave (...), para reter sua preferência e negócios a longo
prazo”.
Gordon (1999, p.31) entende o marketing de relacionamento como um “processo contínuo de
criação de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante
uma vida toda de parceria”.
Já, para Bretzke (2003, p.01) marketing de relacionamento é uma filosofia de administração
empresarial que se baseia na aceitação da orientação para o cliente e para o lucro por parte de
toda a empresa, e no reconhecimento de que deve buscar novas formas de comunicação para
estabelecer um relacionamento profundo e duradouro com os clientes, como forma de obter uma
vantagem competitiva sustentável.
Em resumo, marketing de relacionamento é a construção de uma relação duradoura entre Empresa
e consumidor, baseada na confiança e em ganhos mútuos ao longo do tempo.
Normalmente, as pessoas confundem o conceito de marketing de relacionamento com marketing
de fidelização. Tal confusão (bastante comum) deve-se ao fato do marketing de fidelização fazer
parte do processo de marketing de relacionamento. De acordo com Dias (2003, p. 300), “o marketing
de fidelização é o primeiro nível do marketing de relacionamento”. O marketing de retenção ou
fidelização é a estratégia mercadológica que tem por objetivo reter a preferência do consumidor no
que diz respeito à compra de determinado produto. Ou, nas palavras do próprio Dias (2003, p.300),
“fidelizar ou reter o cliente é o resultado de uma estratégia de marketing que tem como objetivos
gerar frequência de compra dos clientes, aumentar as vendas por cliente e recompensar o cliente
por compras repetidas”. No entanto, isso é possível somente a partir do desenvolvimento de uma
relação entre empresa e consumidor.
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De acordo com Connellan (1998), isso não significa ignorar a conquista de novos clientes, algo
muito importante. A organização, entretanto, precisa se concentrar mais na manutenção dos que já
existem, obtendo maiores volumes de cada conta e pensando em termos de participação dentro da
clientela em vez de participação de mercado.
Já o marketing one-to-one, ou marketing um a um, também chamado marketing individualizado, é a
parte final do processo de marketing de relacionamento. Nele cada cliente é tratado individualmente
de maneira personalizada. A oferta da empresa é adaptada às necessidades e características dos
consumidores, como no caso das agências de turismo, que criam pacotes personalizados para seus
clientes.
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Atualmente os clientes têm a sua disposição uma ampla gama de produtos e serviços que podem
comprar. Eles fazem sua escolha com base em suas percepções de qualidade, serviço e valor. As
empresas precisam entender os fatores que determinam o valor e a satisfação para o cliente. O
valor entregue ao cliente é a diferença, para ele, entre o valor total e o custo total. Os clientes
normalmente escolherão a oferta que maximiza o valor entregue.
A satisfação do cliente consiste na sensação de prazer ou de decepção resultante da comparação
do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.
Os clientes estarão satisfeitos quando suas expectativas forem atendidas e estarão encantados
quando suas expectativas forem superadas. Clientes satisfeitos permanecem fiéis por mais tempo,
compram mais, são menos sensíveis a preços e fazem propaganda boca-a-boca positiva sobre a
empresa.
Em outra palavras, podemos definir fidelização como sendo um compromisso profundo de comprar
ou recomendar repetidamente certo produto ou serviço.
As empresas que ultrapassam todos esses obstáculos para alcançar suas metas de satisfação e valor
para o cliente são chamadas de empresas de alto desempenho. O maior desafio para empresas de
alto desempenho é construir e manter negócios viáveis em um ambiente de mercado em constante
mudança. Elas precisam reconhecer os elementos essenciais do negócio e saber como estabelecer
um equilíbrio entre os públicos interessados, processos, recursos, capacidades organizacionais e
cultura corporativa.
A empresa deve definir quais são seus grupos de interesse e as necessidades deles. Deve-
se destacar que grupos de interesses não são apenas os acionistas, mas também clientes,
funcionários, fornecedores, etc. Uma empresa pode ter como objetivo encantar seus clientes,
atender às expectativas dos funcionários, gerar lucratividade para os acionistas e satisfação para os
fornecedores.
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A empresa pode alcançar suas metas junto aos grupos de interesse apenas gerenciando e
interligando processos de trabalho, identificando antes quais são os processos de negócios centrais,
ou fundamentais, da empresa. Entre estes processos destaca-se a atração e retenção de clientes,
atendimento de pedidos, logísticas, etc.
Para conduzir seus processos de negócios, as empresas necessitam de recursos como mão de obra,
materiais, equipamentos. Um dos principais desafios das empresas de alto desempenho é possuir
e desenvolver os recursos e as competências necessárias e essenciais para a entrega das propostas
de valor e as metas organizacionais que constituem a essência do negócio.
A organização de uma empresa consiste em suas estruturas políticas e cultura corporativa, que
podem se tornar disfuncionais em um ambiente de rápida mudança, como o que vivemos hoje
em dia. Enquanto as estrutura e as políticas podem ser mudadas, a cultura de uma empresa é
geralmente difícil de ser alterada e neste ponto reside o problema, pois a mudança de cultura é
fator chave, essencial, para o sucesso das empresas durante as mudanças que o mercado oferece.
Para criar a satisfação dos clientes, as empresas devem gerenciar sua cadeia de valor, bem como
seu sistema de entrega de valor, com o foco no cliente.
Cadeia de valor — usada como uma ferramenta para identificar maneiras para criar mais
valor. Nove atividades criadoras de valor, sendo 4 delas chamadas de Atividades de apoio, também
chamadas de atividades meio, e 5 atividades principais, também denominadas atividades fins, que
irão interferir diretamente no índice de satisfação dos clientes.
Rede de entrega de valor — para ser bem sucedida, uma empresa precisa procurar vantagens
competitivas entre suas próprias operações. A construção de uma rede de entrega de melhor valor
pode ser uma tática de diferenciação de muito sucesso na direção de se obter maior satisfação do
cliente.
A concorrência é entre redes, não entre empresas. Sai ganhando a empresa com a melhor rede.
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Ao mesmo tempo, deve-se reconhecer que alguns consumidores tornam-se inativos ou abandonam
a empresa ou o destino turístico por razões diversas. O grande desafio da Empresa é reativar os
turistas insatisfeitos por meio de estratégias de recuperação. Via de regra, é mais fácil e mais barato
recuperar do que encontrar novos consumidores.
O desenvolvimento de consumidores mais leais aumenta o faturamento da Empresa. Isso,
entretanto, tem um custo. A grande questão é decidir quanto uma empresa deve investir no
desenvolvimento do relacionamento com seus consumidores de maneira que os custos não
excedam os ganhos.
Para responder a essa questão Kotler (1998) afirma que é preciso distinguir cinco níveis diferentes
de investimento:
a) Marketing básico: o vendedor simplesmente vende o produto;
b) Marketing reativo: o vendedor vende o produto e estimula o consumidor a telefonar se tiver
dúvidas, comentário ou reclamações;
c) Marketing responsável: o vendedor telefona ao consumidor, logo após a venda, para conferir
e saber se o produto está atendendo às expectativas, além de solicitar sugestões par melhoria do
produto;
d) Marketing proativo: o vendedor da Empresa contata o consumidor de vez em quando para
informar sobre melhores usos do produto e a utilidade de novos produtos;
e) Marketing de parceria: a Empresa trabalha continuamente com o consumidor para descobrir
maneiras de ele economizar ou ajudá-lo a usar melhor o produto.
Satisfação do cliente
• Sensação de prazer ou desapontamento após a comparação do desempenho ou resultado
percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.
• Clientes parcialmente satisfeitos trocam de fornecedor com facilidade quando surge uma
melhor oferta.
• Um alto nível de satisfação cria um vínculo emocional com a marca e não apenas uma
preferência.
• Quanto maior o nível de satisfação maior será o grau de fidelidade do cliente, garantindo assim
o seu retorno e a conquista de novos clientes.
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Uma das opções que se pode ter em conta para criar valor (qualidade) extraordinário aos clientes
é oferecer uma garantia extraordinária. Um exemplo é o Hampton Inn dos Estados Unidos: neste
hotel lhe dão a garantia de que se você não estiver satisfeito, não terá que pagar. Se fosse um hotel
ruim, com certeza quebraria, porém é tão bom que menos de uma centésima parte de um por
cento não paga por insatisfação.
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poderá cobrar um preço mais alto e obter mais utilidades, ou poderá cobrar o mesmo preço e
ganhar maior participação no mercado.
5. Vigiar as mudanças dos valores dos clientes através do tempo. Embora os valores dos clientes
sejam bastante estáveis a curto prazo é provável que mudem conforme o surgimento de
tecnologias e características da concorrência e conforme os clientes viverem em diferentes
climas económicos.
AS DEMANDAS DO MERCADO
Apesar de uma das principais funções do Marketing seja estimular a demanda, esta é também uma
das atividades mais complexas, uma vez que existem diversos tipos de demanda:
1. Demanda negativa - Um mercado encontra-se em um estado de demanda negativa quando uma
parcela significativa dele não gosta do produto e até mesmo o evita — vacinas, serviços odontológicos,
vasectomias e operações de vesícula, por exemplo. Empregadores tem uma demanda negativa por
ex-presidiários e alcoólatras como funcionários. A tarefa do marketing é analisar por que o mercado
não gosta do produto e avaliar se um programa de marketing que envolva redesenho do produto,
preços mais baixos e promoção positiva pode mudar crenças e atitudes.
2. Demanda inexistente - Consumidores-alvo podem desconhecer ou não estar interessados em
um produto. Agricultores podem não ter nenhum interesse em um novo método de cultivo e
estudantes universitários podem não estar interessados em cursos de línguas estrangeiras. A
tarefa do marketing é encontrar meios de ligar os benefícios do produto as necessidades e aos
interesses naturais das pessoas.
3. Demanda latente - Muitos consumidores podem compartilhar uma forte necessidade que
nenhum produto disponível no mercado e capaz de satisfazer. Existe uma forte demanda
latente por cigarros que não prejudiquem a saúde, bairros mais seguros e automóveis que
consumam menos combustível. A tarefa do marketing consiste em mensurar o tamanho do
mercado potencial e desenvolver produtos e serviços que satisfaçam a demanda.
4. Demanda em declínio - Toda organização se depara, mais cedo ou mais tarde, com declínio na
demanda por um ou mais de seus produtos. Igrejas tem visto suas congregações diminuírem;
universidades particulares tem visto o número de matrículas reduzir. O profissional de marketing
deve analisar as causas do declínio e determinar se a demanda poderá ser reestimulada com
novos mercados-alvo, com mudanças na característica do produto ou com comunicações mais
eficazes. A tarefa do marketing é reverter o declínio da demanda por meio do marketing criativo.
5. Demanda irregular - Muitas empresas precisam lidar com uma demanda que apresenta variações
sazonais, diárias ou até mesmo horárias, o que causa problemas de ócio e de sobrecarga.
Muitos veículos de transporte coletivo ficam ociosos durante as horas de menor movimento
e mostram-se insuficientes durante os horários de pico. Museus são pouco visitados durante
a semana e ficam demasiadamente lotados durante os fins de semana. A tarefa de marketing
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Pode parecer simples para uma empresa a tarefa de identificar seus concorrentes. A Coca Cola sabe
que a Pepsi Cola é sua principal concorrente. Mas a faixa de concorrentes reais e potenciais de uma
empresa é na verdade bem mais ampla. Uma empresa esta mais propensa a ser atingida por novos
concorrentes e novas tecnologias do que por concorrentes já existentes.
Nos últimos anos, muitas empresas não perceberam que seus concorrentes mais temíveis estão na
internet. Por exemplo, há poucos anos, as redes de livrarias estavam competindo para ver quem
construiria o maior número de megalojas, onde os leitores pudessem se sentar em confortáveis
poltronas e saborear um cappuccino. Entretanto, enquanto sólidas redes de livrarias decidiam
quais produtos estocar em seus cafés, Jeffrey Bezos estava construindo um império online chamado
Amazon.com.
A miopia em relação aos concorrentes pode levar a um enfoque nos concorrentes atuais em vez de
nos potenciais, pode ter como resultado o fim de algumas empresas.
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Setor é um grupo de empresas que oferecem um produto ou uma categoria de produtos que são
substituídos próximos uns dos outros.
Os setores são classificados de acordo com a quantidade de empresas vendedoras; os níveis de
diferenciação do produto; a presença ou não de barreiras à entrada, à modalidade e à saída; as
estruturas de custo; o grau de interação vertical, e o grau de globalização.
Quantidade de empresas vendedoras e nível de diferenciação:
O ponto de partida para descrever um setor é especificar a quantidade de empresas vendedoras que
atuam nele e definir se o produto é homogêneo ou altamente diferenciado. Essas características
dão origem a quatro tipos de estrutura setorial:
Monopólio puro: somente uma empresa fornece um certo produto ou serviço em determinado
país ou região.
Oligopólio: uma pequena quantidade de (geralmente) grandes empresas que fabricam
produtos que variam de altamente diferenciados a padronizados.
Concorrência Monopolista: muitos concorrentes são capazes de diferenciar suas ofertas
no todo ou em parte (restaurantes, lojas de produto de beleza). Os concorrentes enfocam os
segmentos do mercado em que podem atender às necessidades dos clientes de modo superior e
impor um preço premium.
Concorrência pura: muitos concorrentes oferecem o mesmo produto e serviço (mercado de
ações, mercado de commodities). Uma vez que não há uma base para diferenciação os preços dos
concorrentes são praticamente os mesmos.
Estrutura de custos:
Cada setor tem uma certa composição de custos que moldará em grande parte sua conduta
estratégica. Por exemplo, a indústria siderúrgica envolve custos elevados de fabricação e matéria
prima; a fabricação de brinquedos envolve custos elevados de distribuição e marketing. As empresas
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usam estratégias para reduzir seus custos. A empresa siderúrgica com instalação mais moderna (por
exemplo, mais eficiente em termos de custo) terá uma grande vantagem sobre outras empresas do
setor siderúrgico.
Grau de globalização
Alguns setores são altamente regionais (como o de jardinagem); outros são globais (como os de
petróleo, motores para aeronaves e câmaras fotográficas). As empresas dos setores globais precisam
competir de maneira global, se quiserem alcançar economias de escala e se manterem atualizadas.
Assim que a empresa identificar seus principais concorrentes, ela deve descobrir suas características,
especificamente suas estratégias, seus objetivos, suas forças e fraquezas e seus padrões de reação.
Estratégias: Um conjunto de empresas que adotam a mesma estratégia em um determinado
mercado alvo é chamado de grupo estratégico. Uma empresa precisa monitorar continuamente as
estratégias de seus concorrentes. Concorrentes engenhosos reveem suas estratégias constantemente.
Objetivos: O que cada concorrente esta buscando no mercado, o que impulsiona o
comportamento de cada concorrente. Muitos fatores moldam os objetivos de um concorrente,
incluindo porte, histórico, administração atual e situação financeira.
Forças e fraquezas dos concorrentes: se os concorrentes poderão ou não realizar suas
estratégias e atingir suas metas. Uma empresa precisa coletar informações sobre as forças e
fraquezas de cada concorrente e pode analisar qual a ocupação do concorrente em uma das seis
posições competitivas que são: dominante; forte; favorável; sustentável; fraca e inviável.
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Padrões de reação dos concorrentes: todo concorrente tem uma determinada filosofia
de realização de negócios, uma certa cultura interna e convicções que o guiarão. A maioria das
empresas pertence a uma das quatro categorias:
1. Concorrente cauteloso ou omisso: é o concorrente que não reage com rapidez ou firmeza a um
movimento do rival;
2. Concorrente seletivo: é um concorrente que reage somente a determinados tipos de ataque. Ele
pode reagir a cortes de preço e não ao aumento de gastos com propaganda;
3. Concorrente arrojado: é o concorrente que reage rapidamente e com firmeza a qualquer ataque
4. Concorrente imprevisível: é o concorrente que, como o nome já diz, não exibe um padrão de
reação previsível. Não há meio de prever a ação do concorrente com base em sua situação
econômica, seu histórico ou qualquer outro fator.
Com um sistema bom e competitivo, os gerentes terão mais facilidade para formular suas estratégias
competitivas.
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Categorias de concorrentes
Após a empresa ter conduzido sua análise de valor para os clientes, ela pode concentrar seu ataque
em um dos seguintes grupos de concorrentes:
Fortes versus Fracos: a maioria das empresas direciona seus ataques aos concorrentes
fracos, por isso exige menos recursos por participação de mercado conquistada. No entanto, ao
atacar os concorrentes fracos, a empresa conquista pouco em termos de aprimoramento de suas
capacidades. A empresa também deve competir com seus concorrentes fortes, para acompanhar
os melhores. Até os concorrentes fortes possuem fraquezas – e a empresa pode provar ser um
oponente de peso.
Próximos versus distantes: a maioria das empresas compete com os concorrentes que mais
se parecem com elas. A Chevrolet concorre com a Ford, não com a Jaguar. Ao mesmo tempo, a
empresa deve evitar a tentativa de destruir o concorrente mais próximo.
Bons versus Maus: Todo setor contem concorrente bons e maus. Uma empresa deve auxiliar
seus concorrentes bons e atacar seus concorrentes maus. Os concorrentes bons atuam segundo
as regras do setor: eles fazem suposições realistas sobre o potencial de crescimento do setor,
estabelecem preços que tem uma relação razoável com os custos; favorecem um setor saudável;
limitam-se a uma parcela ou segmento do setor; motivam outros a reduzir custos ou aumentar
a diferenciação, e aceitam o nível geral de sua participação e de seus lucros. Concorrentes maus
tentam comprar participação, em vez de conquista-la; arriscam-se muito; investem em capacidade
excessiva, e tumultuam o equilíbrio do setor.
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Podemos fazer mais descobertas quando classificamos as empresas pelo papel que elas
desempenham no mercado alvo: líder, desafiante, seguidora ou ocupante de nicho de mercado.
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Uma desafiante de mercado deve, em primeiro lugar, definir seu objetivo estratégico. A desafiante
deve decidir quem vai atacar:
1. Ela pode atacar a líder de mercado: essa é uma estratégia de alto risco, mas que traz
recompensas potencialmente elevadas, fazendo bastante sentido quando a líder não esta
atendendo bem ao mercado.
2. Ela pode atacar empresas de porte semelhante ao seu que não estejam trabalhando bem
ou que estejam com poucos recursos: essas empresas tem produtos ultrapassados, estão
cobrando preços excessivos ou não estão satisfazendo os clientes de alguma outra forma.
3. Ela pode atacar pequenas empresas locais e regionais: muitas das principais empresas de
cerveja chegaram a seu porte atual devorando empresas menores ou “peixes pequenos”
Seleção de uma estratégia de ataque:
Tendo em vista o objetivo estratégico bem definido, quais são as opções de ataque? Podemos
distinguir cinco estratégias de ataque:
• Ataque frontal: o atacante se iguala a seu oponente no que se refere a produto, propaganda,
preço e distribuição.
• Ataque pelo flanco: pode ser conduzido junto a duas dimensões estratégicas – geográfica e
por segmento. Em um ataque geográfico, o desafiante localiza áreas em que o desempenho do
oponente é insatisfatório. A outra estratégia de flanco é atender às necessidades não atendidas
pelo mercado, como fizeram os fabricantes de automóveis ao desenvolverem carros mais
econômicos. Ataques de flanco são bastante razoáveis e particularmente atraentes para um
desafiante com menos recursos do que seu oponente. Os ataques pelo flanco são bem mais
propensos ao sucesso do que os ataques frontais.
• Ataque de cerco: é um esforço para lançar mão sobre uma porção generosa do território
inimigo por meio de uma blitz. Ela implica o lançamento de uma grande ofensiva em diversas
frentes. O cerco faz sentido quando a desafiante controla recursos superiores e acredita que
um cerco imediato enfraquecerá a vontade do oponente
• Ataque Bypass: você desvia do inimigo e ataca mercados mais fáceis, para ampliar sua base
de recursos. Essa estratégia oferece três linhas de abordagem: diversificar a linha de produto
não relacionados entre si, diversificar em direção a novos mercados em outras regiões e atacar
novas tecnologias para suplantar os produtos existentes.
• Ataque de guerrilha: consiste em travar ataques pequenos e intermitentes para constranger e
desmobilizar o oponente para então assegurar pontos de apoios permanentes. A guerrilheira
desafiante usa tanto os meios de ataque convencionais quanto os não convencionais, entre
eles cortes de preços seletivos, intensas promoções relâmpagos e ações judiciais ocasionais.
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uma das outras. Em vez disso, elas apresentam ofertas similares aos compradores, geralmente
copiando a líder.
A seguidora tem de definir um caminho de crescimento que não atraia retaliação competitiva.
Podemos distinguir quatro estratégias amplas:
• falsificação: o falsificar produz uma cópia do produto da líder, embala a cópia e a comercializa
no mercado negro ou entre comerciante de má reputação.
• clonagem: o clonador imita o produto, o nome e a embalagem da líder com variações sutis.
• imitação: o imitador cópia algumas características da líder porém mantem a diferenciação em
termos de embalagem, propaganda, preço, etc.
• adaptação: o adaptador melhora ou adapta os produtos da líder. Ela pode optar por vender
para mercados diferentes.
PROPAGANDA E PROMOÇÃO
De acordo com Sant’Anna (2005), a propaganda tem o objetivo de conduzir o consumidor pelos
cinco níveis da comunicação: desconhecimento, conhecimento, compreensão, convicção e ação. O
ciclo começa pelo nível mais baixo (desconhecimento) e passa pelos outros, até chegar ao nível final
(ação). Um exemplo típico seria um produto novo no mercado: a propaganda serve de elo entre
esse novo produto e o cliente, com o propósito de informá-lo inicialmente, até, por fim, convencê-
lo a experimentar tal produto.
Já para Keller & Kotler (2006), a propaganda pode ser classificada de acordo com seu propósito,
que pode ser: informar, persuadir, lembrar ou reforçar. Produtos novos usam mais a propaganda
informativa, já as marcas mais conhecidas usam a propaganda de reforço para estimularem o
cliente a continuar comprando seus produtos.
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Propaganda – Conceitos
1. Apresentação de venda impessoal, estabelecida em nível predeterminado, visando a um
público dentro de um período especificado de tempo, e paga por um patrocinador identificável.
2. Qualquer forma paga de apresentação impessoal de ideias, produtos ou serviços efetuada por
um patrocinador identificado.
Propaganda Comparativa
Propaganda que procura estabelecer a superioridade de uma marca através da comparação
específica com uma ou mais marcas de uma classe de produtos.
Propaganda Cooperativa
Sistema em que os custos da propaganda de certos artigos são partilhados entre os fabricantes e os
varejistas.
Propaganda Corretiva
Propaganda, como a exigida nos EUA pela Comissão Federal de Comércio, que corrige propaganda
enganosa anterior.
Propaganda de Lembrança
Propaganda utilizada para que os consumidores mantenham o produto em mente.
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Propaganda de Produto
Propaganda cujo único propósito é vender o produto.
Propaganda Informativa
Propaganda utilizada para informar os consumidores sobre um novo produto ou aspecto e para
criar demanda primária.
Propaganda Institucional
Propaganda com o propósito de promover um conceito ou a imagem de uma empresa.
Promoção - Conceitos
1. Tarefa de informar, persuadir e influenciar os indivíduos na escolha de certo produto ou serviço.
2. Um dos quatro P's da classificação do composto mercadológico de McCarthy.
Promoção de Vendas
Incentivos de curto prazo para encorajar a compra ou venda de um produto ou serviço.
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além da tv aberta e das rádios, contamos com a tv por satélite, a tv a cabo e suas dezenas ou
centenas de canais, os jornais cada vez mais atualizados no seu formato e apresentação, as revistas
com novos e dinâmicos formatos, o acesso a informações via internet e muitos outros por vir ainda.
E, através desta multiplicidade infindável de veículos, somos maciçamente influenciados pelo
marketing em nosso cotidiano, como já anunciara Marcos Cobra:
"Desde que acordamos até o momento em que dormimos, todas as nossas ações são permeadas
pelo marketing."
"O consumo do sabonete na higiene pessoal, ao lado da pasta dental, ou mesmo do papel higiénico,
é influenciado por alguma promoção no ponto de venda ou por um comercial na televisão."
"A lâmina de barbear, o creme de barbear, a loção pós-barba e o desodorante têm seu uso
estimulado por algum apelo persuasivo.'
"A manteiga ou a margarina, o café solúvel ou o de coador, o leite, tudo passa pela sedução de
compra de algum elemento de marketing."
UTILIZAÇÃO DE CANAIS REMOTOS PARA VENDAS
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Propaganda na internet
A internet foi criada, inicialmente, com o intuito de agilizar a comunicação dos pesquisadores do
Governo dos Estados Unidos e das instituições educacionais do país. Atualmente, a grande rede
é utilizada como palco para grandes e pequenas empresas montarem sites e divulgarem seus
produtos.
De acordo com Zeff & Aronson (2000), o primeiro formato da promoção online foi a própria rede.
Depois surgiram os banners e os botões publicitários. Os primeiros anúncios – por volta do ano
de 1994 – eram baseados no modelo impresso, com figuras estáticas. Hoje podemos constatar
anúncios criados exclusivamente para a internet, com bastante interatividade.
Segundo Keller & Kotler (2006), a televisão foi por muito tempo a mídia mais utilizada, porém, nos
últimos anos, pesquisadores notaram a redução de sua eficácia devido à saturação de comerciais
(mais comerciais de menor duração). Em consequencia disso, os telespectadores costumam
trocar de canal na hora dos comerciais. Além do mais, os custos com a propaganda na TV subiram
em maior ritmo que os das outras mídias, dando espaço para os planejadores buscarem outras
alternativas para poderem anunciar sem gastar tanto.
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VENDAS
Para uma abordagem abrangente do esforço promocional devemos subdividi-lo em três grupos de
relações: as relações com os vendedores, com os revendedores e com os consumidores.
As relações com a equipe de vendas devem ser pautadas pela ampla e eficiente disponibilidade
da estrutura promocional a serviço dos vendedores, os quais devem continuamente buscar
desenvolver-se, aperfeiçoar e reciclar em torno da temática promocional.
No que tange às relações com os revendedores, a promoção de vendas deve atentar para a
importância da rotação dos produtos nos pontos de vendas.
Para tanto, deve cuidar criteriosamente da sua reposição e substituição, pesquisando (até por
indagação simples) a frequência com que os consumidores compram determinado produto.
Isto nos dá o parâmetro de como está a resposta da demanda no mercado e permite localizar
pontos vulneráveis onde o esforço promocional deve atuar.
Os revendedores geralmente são o alvo de brindes especiais em datas de significação (aniversário,
inauguração, etc.) e no cumprimento e superação de metas. Para eles são organizados e promovidos
seminários de avaliação e motivação, encontros para lançamento de novos produtos, presta-
se apoio à atualização do lay-out do ponto de venda, além de continuamente criarem serviços
especiais.
Já a relação com os consumidores, no âmbito do esforço promocional, é voltada a intensificar o
tráfego nos pontos de vendas e estimular a demanda.
Para tal, a promoção utiliza-se de um vasto ferramental, que vai de brindes, amostras, concursos,
passando por ofertas, de múltipla utilidade, indo até a demonstrações nos pontos de vendas,
participação em feiras e exposições.
Geralmente as organizações varejistas ordenam suas atividades promocionais focando três pontos
básicos, a saber:
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Sendo assim, vale enfatizar as diferentes habilidades exigidas do profissional de vendas, tais como
o domínio dos instrumentos de comunicação, sobretudo a oralidade, e a capacidade de analisar os
sinais emitidos pelo receptor a fim de perceber quais as necessidades e desejos a serem supridos.
Prospecção e Qualificação
Primeiramente, o vendedor deve desenvolver uma análise acerca das variáveis envolvidas na sua
ação persuasiva; incluindo desde a identificação do mercado potencial, até os pormenores que
implicam no comportamento de um dado estilo de clientes que se busca atingir com a posterior
abordagem.
Nesse sentido, constata-se que a venda pessoal começa com a prospecção, sendo esta a identificação
de clientes potenciais; ademais, os vendedores precisam localizar indivíduos ou organizações que
possam ser compradores de seus produtos.
Quanto à qualificação, infere-se que esta concerne à determinação das condições de um cliente
potencial ser um comprador de fato, analisando suas características no intuito de constatar se estão
propensos a comprar e se possuem os requisitos de um comprador.
Além disso, ainda no que tange à qualificação dos clientes, percebe-se que os vendedores precisam
ser habilidosos para descartar más indicações ou indicações sem perspectiva, sendo que os clientes
potenciais podem ser qualificados através do exame de sua situação financeira, volume de negócios,
localização e estabilidade (KOTLER, 1993).
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Abordagem
A abordagem surge como a etapa posterior à preparação que lhe antecedeu; dentro de um raciocínio
sistemático, a abordagem representa o conseqüente lógico da prospecção e da pré-abordagem, uma
vez que sem a efetivação da abordagem não faria sentido a realização das etapas anteriores.
Segundo Churchill e Peter (2005, p. 514) “uma vez que os vendedores tenham concluído a preparação,
planejam uma abordagem ou contato inicial com o cliente potencial qualificado”. Por esse modo,
nessa etapa busca-se encontrar possíveis soluções para os problemas ou desejos evidenciados no
cliente, sendo essa a forma mais simples para se obter o interesse e a atenção do ouvinte.
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Apresentação de Vendas
De acordo com Kotler (1993, p. 767) “nesse estágio, o vendedor conta ao comprador a ‘história’ do
produto, seguindo para isto a fórmula AIDA, visando obter sua atenção, conquistar seu interesse,
despertar seu desejo e induzi-lo à ação”.
Ademais, vale ressaltar que é nesse momento que o emissor transmite a sua informação ao cliente,
de modo que uma comunicação adequada para os vendedores que buscam cultivar relacionamentos
de longo prazo é aquela que prevê o fluxo da mensagem ocorrendo em ambas às direções; tanto do
emissor para o receptor, quanto do receptor para o emissor.
Assim, os vendedores orientados para o valor geralmente começam por uma apresentação com
perguntas abertas, que ajudam a revelar informações sobre os desejos e necessidades do cliente
potencial. Os vendedores podem ajudar a formar relacionamentos de longo prazo, em vez de
meramente concluir uma única venda, identificando não apenas como um determinado produto
pode ajudar, mas como a organização poderia trabalhar cooperativamente com seus clientes.
(CHURCHILL e PETER, 2005, p. 514).
Desta forma, o vendedor buscará manter o interesse do cliente, ao passo em que busca gradativamente
despertar nele o desejo pelo produto, de modo que no instante adequado esteja apto a proporcionar
o estímulo necessário capaz de determinar a ação responsável pelo fechamento da venda.
Segundo Sheth, Mittal e Newman (2001, p. 377) “a estruturação de informação enfatiza a apresentação
de informações que possibilitem à pessoa ver os benefícios do comportamento desejado”.
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Para que o estímulo propulsor da compra de fato ocorra, vê-se que a essência dos argumentos
explanados na apresentação deve ser levada em consideração pelo vendedor, de modo que as
informações eficazes sejam estruturadas de maneira que exprimam relevância e coerência para os
clientes-alvo da apresentação da venda.
Fechamento da Venda
Nessa instância do processo de vendas, faz-se oportuno colocar algumas considerações
concernentes ao papel desempenhado pela venda pessoal, sobretudo no que tange à função de
destaque ocupada pela mesma, vez que se analisada em paralelo com os demais componentes de
marketing, tais como a propaganda e a publicidade, esses últimos se revelam acessórios quanto ao
poder de fechamento das vendas. Nesta mesma linha de pensamento, Cobra (1994, p. 28) expressa
que “embora no mundo do Marketing muita importância seja dada à propaganda, a verdade é que
a venda pessoal é de longe a mais importante forma de comunicação de uma empresa com seu
mercado. É através do vendedor que a venda é fechada”.
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Assim sendo, percebe-se que após o vendedor explicar o produto e seus benefícios de maneira
bastante eloqüente, a etapa posterior do processo consiste em tentar alcançar o fechamento da
venda, de modo a obter o consentimento do cliente para a compra. Logo, segundo Churchill e
Peter (2005, p. 517) “o fechamento da venda envolve a solicitação de pedidos e a obtenção de
compromisso de compra por parte dos clientes potenciais”.
O que se sugere, é que durante a apresentação das vendas o vendedor faça sutis tentativas que
direcionem ao fechamento, para que dessa forma se consiga testar as reações do cliente e sua
disposição à compra; e, por deveras, reconhecer a circunstância mais adequada para efetivamente
finalizar a venda.
Além disso, para Kotler (1993, p. 769) “o vendedor deve saber como reconhecer o momento
apropriado para o fechamento de venda, incluindo atitudes físicas, declarações ou comentários,
bem como perguntas“.
Sendo assim, o fechamento experimental facilita o vendedor na descoberta dos anseios e objeções
do comprador, de modo que se deve ater a todas as reações do cliente para que seja possível
refutar as objeções e enfatizar os benefícios capazes de superar eventuais percepções negativas
construídas acerca do produto.
Os bons conquistadores de pedidos conhecem a fundo os produtos que estão vendendo, sabem
como descobrir o que os clientes precisam e como resolver seus problemas melhor do que
os concorrentes. Conquistar compradores de produtos concorrentes, aliás, requer ainda mais
habilidades de vendas. De acordo com uma pesquisa, os compradores relutam em trocar de
fornecedores mesmo quando existem boas razões para isso. A superação desse desafio exige que
os vendedores convençam os compradores de que sua proposta (produto) tem valor superior.
(CHURCHILL e PETER, 2005, p. 509).
Nesse raciocínio, convém distinguir o ato de persuadir do ato de convencer, tendo o convencimento
como algo mais profundo no que tange à estruturação do discurso e a persuasão como uma adesão
mais superficial aos argumentos; revelando-se maior eficácia nas vendas que são fechadas a partir
do real convencimento, ato no qual são desenvolvidos argumentos de maior aceitação e valor
perante os receptores da mensagem, de tal sorte que se atribui a estes maior poder de eloqüência
e de fechamento das vendas.
Seguindo esse pensamento, Alexy (2001, p. 135) faz a distinção entre persuadir e convencer,
expondo as características de um argumento eficaz e as de um argumento válido, de modo que
“quem tenta obter o acordo de uma audiência particular sozinho está fazendo uma tentativa de
persuasão; quem anseia pelo acordo da audiência universal demonstra um desejo de convencer”.
Vale dizer que, para os indivíduos que constituem nas vendas uma profissão, é preferível obter
dos clientes o convencimento, uma vez que desta forma se constrói convicções mais duradouras
e favoráveis a um relacionamento de longo prazo; não obstante, a persuasão também representa
poder como ferramenta de vendas, mas deve sempre ser aplicada dentro dos limites éticos para
não ferir a reputação do vendedor.
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TELEMARKETING
Tipo de marketing direto que é feito via telefone, podendo ser ativo - quando as pessoas são
procuradas pela empresa, através de uma política promocional de vendas - ou receptivo - quando
os clientes ligam para a empresa, condicionados através de uma peça publicitária, promoção ou no
caso de um simples contato com o serviço de atendimento a clientes para reclamações, críticas e,
ou sugestões.
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APLICAÇÕES DO TELEMARKETING
Estilo de Operações
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Serviço: bem intangível que não implica na troca ou posse de produtos físicos, embora possa estar
associado a estes.
Podem ser exercidos na área:
1. Governamental
2. Não Governamental (ONGs)
3. Empresarial
Outras características dos serviços:
1. Intangibilidade - não possuem corpo físico
2. Inseparabilidade - o consumo é simultâneo
3. Variabilidade - não há dois fornecimentos iguais
4. Perecibilidade - não podem ser estocados
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SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
Segmentação de mercado - visa gerar subsídios para a organização dos territórios, o zoneamento e
outros critérios para a formulação da estratégia de vendas. Pode ser entendida como a subdivisão
de um mercado em partes menores, preservando as características de compra e consumo.
Para Moreira (2000, p. 96), "a identificação de segmentos de mercado dentro do planejamento de
vendas visa gerar subsídios para a organização dos territórios, o zoneamento e outros critérios para
a formulação da estratégia de vendas". Assim entende-se a segmentação como a subdivisão de um
mercado em partes menores, as quais preservam as características básicas de compra e consumo.
Segundo Cobra (1994) segmentar significa dividir, fragmentar, cujos critérios devem estar apoiados
em informações precisas acerca do mercado total que se objetiva dividir.
A segmentação de mercado serve de base para:
• a determinação de quotas de vendas;
• o zoneamento e o rezoneamento de vendas;
• a elaboração do plano orçamentário;
• a elaboração da previsão de vendas;
• a avaliação do desempenho dos pontos de vendas;
• a avaliação do desempenho dos territórios de vendas;
• a avaliação do desempenho mercadológico;
• outras formulações estratégicas.
Ressalta ainda os seguintes requisitos para a segmentação de mercado:
• um segmento precisa evidenciar um potencial adequado - para que represente uma
oportunidade, é preciso que o seu potencial seja atraente;
• um segmento precisa ser economicamente acessível - é preciso que seja acessível do ponto de
vista econômico;
• um segmento precisa ser razoavelmente estável - é preciso identificar qual segmento-alvo é o
melhor atualmente;
• um segmento precisa ser determinado adequadamente - há diversos métodos aplicados na
segmentação de mercado. É preciso cuidado em relação ao uso destes métodos e atenção
com sua interpretação. Um dos mais conhecidos é o do Cluster Analysis, o qual tornou-se uma
ferramenta bastante difundida entre os pesquisadores de mercado. O método é estatístico e foi
desenvolvido para agrupar pessoas ou produtos com características relativamente homogêneas,
como atitudes, propensão de compras, hábitos, etc. Usa-se também na identificação de grupos
homogêneos de compradores, para se entender melhor o comportamento de consumidores.
Para Las Casas (1993) as empresas orientadas para o marketing dividem os mercados em segmentos.
A ideia da segmentação é separar os mercados com características semelhantes entre si. Ou seja,
separa-se um grupo homogêneo de um mercado formado por grupos heterogêneos entre si.
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Com isto, é possível compreender melhor os desejos e necessidades dos consumidores e a partir
daí oferecer produtos e serviços mais adequados.
Pode-se segmentar um mercado, pelas seguintes formas:
• geográfica - onde o mercado é dividido por regiões, como norte, sul, cidades, municípios,
bairros etc;
• demográfica - os mercados são divididos levando-se em conta sexo, idade, estado civil,
profissão, etc;
• psicográfica - o mercado é dividido segundo características de personalidade, estilo de vida,
atitudes, entre outros.
LEITURA COMPLEMENTAR
Marketing de Relacionamento
O conceito do Marketing de Relacionamento, surgido no início dos anos 1980, é relativamente
recente, mas se faz essencial no cotidiano das organizações orientadas para cliente. Esta filosofia de
gestão surgiu da necessidade constante de reformular as atividades organizacionais para atender
constantes mutações nos desejos dos consumidores, uma alteração de percepções que aumenta
ao passar do tempo e exige relacionamentos mais próximos entre empresas e clientes. Entende-se
que esta retenção somente é possível quando a empresa muda sua orientação de vendas para uma
outra perspectiva, baseada em relacionamentos, interações e satisfazer aos desejos dos clientes. A
contrapartida desta interação é a possibilidade de formar uma carteira de clientes premium.
Marketing de Relacionamento, conforme Brambilla (2009) consiste na atenção para as estratégias
relacionais, tendo em vista a manutenção dos relacionamentos da firma com seus clientes, sendo o
objetivo resultados continuados, ou seja, promover negócios vindouros.
Todavia, as empresas também devem destinar atenção além dos clientes atuais, tendo foco
em indecisos, ou clientes que já transacionam com a empresa eventualmente. De acordo com
Kotler (1998, p.619), “o custo de atrair novos consumidores é cinco vezes maior que o custo de
manutenção do atual consumidor.” Trata-se de uma estratégia efetiva de negócio.
Na perspectiva de Kotler (1998), para determinar a taxa de consumidores indecisos, devem-se
seguir quatro passos:
1. a firma deve definir e mensurar sua taxa de retenção de consumidores (ex. em um curso superior,
uma boa medida pode ser a divisão do número de graduados pelo número de matrículas);
2. deve-se identificar as causas que levam os consumidores a abandonar os negócios com a empresa
(ex. redução na qualidade de atendimento, que deve ser reestabelecida). É preciso ainda,
3. contabilizar o volume de lucro perdido com esses consumidores que abandonam negócios com a
firma, ou seja, o percentual de prejuízo ao longo do tempo em que o cliente se retira da carteira
de compradores ativos; e,
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4. se faz pertinente calcular quanto custa reduzir a taxa de abandono de clientes. Se o custo for
menor que o lucro perdido, as ações de recovery, ou de recuperação de consumidores serão
pertinentes.
Alguns hotéis adotam medidas simples para reduzir a taxa de abandono, como por exemplo, bordar
no roupão do hotel, o nome ou as letras iniciais do nome do hóspede que lá se hospeda com uma
determinada frequência, etc. (KOTLER, 1998).
O desenvolvimento de consumidores mais leais aumenta o faturamento da empresa, porém,
satisfação e lealdade são conceitos que requerem parcimônia quanto à relação entre empresa e
consumidores. Uma das questões, além das conceituais, reside nos custos para que estes estados
de consumidores sejam obtidos (clientes satisfeitos e/ou leais requerem tempo de transações, e
consistem de fenômenos relacionais de longo-prazo). A questão essencial é decidir o quanto uma
empresa deve investir no desenvolvimento do relacionamento com seus consumidores, para que
os custos não excedam os ganhos. Para estes fins, Kotler (1998) afirma que é preciso distinguir
dentre cinco níveis diferentes de investimento centrados em Marketing:
1. Marketing Básico (relacionado com a venda convencional do produto, efetuada pelo vendedor);
2. Marketing Reativo (além de realizar a venda, o vendedor estimula o consumidor a telefonar se
tiver dúvidas, comentário ou reclamações a fazer);
3. Marketing Responsável (ocorre quando, por exemplo, o vendedor telefona ao consumidor, logo
após a venda, para conferir e saber se o produto está atendendo às expectativas, além de
solicitar sugestões de melhoria);
4. Marketing Proativo (ocorre quando o vendedor contata o consumidor de vez em quando, com o
objetivo de informar sobre melhores usos do produto, novas utilidades se for o caso e, divulgar
ou informar acerca de novos produtos);
5. Marketing de Parceria (quando a organização trabalha continuamente com o consumidor para
descobrir maneiras de ele economizar ou ajudá-lo a fazer o melhor uso do produto).
Boa parte das estratégias relacionais bem sucedidas dependem do engajamento das pessoas, neste
caso dos vendedores, quais representam a linha de frente organizacional.
Quando estes colaboradores são orientados para atender aos clientes, através de programas
efetivos de treinamento para os funcionários, tendem a receber maior delegação de poder, com
isso possuem autonomia, ou seja, autoridade para a tomada de decisão. Para resolver os problemas
e fazer bom trabalho em equipe, serão listadas algumas dicas de relacionamento para serem
utilizadas nas firmas, conforme Charles (2004), divide em três domínios:
1. orientação para o cliente (em âmbito empresarial, o enfoque da construção dos relacionamentos
com os clientes, está voltado para ações e atitudes dos funcionários perante o cliente – neste
contexto, o funcionário é o contato do cliente com a empresa);
2. treinamento (o treinamento adequado ao pessoal da firma que lida com os clientes é um aspecto
primordial para que as relações de ganho mútuo empresa-cliente sejam viáveis);
3. autonomia, ou delegação de poder (é preciso proporcionar adequado nível de poder decisório
para que os colaboradores de venda possam melhor atender aos clientes – através destas
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